RESSOCIALIZAÇÃO DO ENCARCERADO: O TRABALHO COMO ESTÍMULO

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1 1 RESSOCIALIZAÇÃO DO ENCARCERADO: O TRABALHO COMO ESTÍMULO Bruno Chacon Brandão 1 Paulo Camelo Timbó 2 RESUMO Ressocialização do encarcerado: o trabalho como estímulo é foco deste artigo. Seu objetivo é analisar se há uma efetiva possibilidade de ressocialização do encarcerado, utilizando o trabalho como ferramenta. O enfoque metodológico desta pesquisa é bibliográfico, sendo baseada em livros, artigos de revistas e consulta à internet. A natureza da pesquisa é qualitativa, por haver compreensão da realidade carcerária e observação da ótica do preso sobre o trabalho como forma de ressocialização do mesmo. Foi baseado nas experiências de trabalho prisional ocorridas na Penitenciária Industrial Regional de Sobral (PIRS), em que verificamos a sua significação, vantagens e desvantagens para o encarcerado. Os autores que merecem destaque na organização desse trabalho são Greco (2011) e Capez (2008) por apresentarem de forma clara e significativa a questão das penas no nosso ordenamento jurídico e Carvalho (2011) por elaborar um trabalho votado à relação entre o tempo da pena e o trabalho prisional, sob a ótica do preso no cenário prisional cearense. Concluímos que a ressocialização é um dos fins urgentes a serem alcançados na realidade prisional brasileira, e, o trabalho carcerário, o meio mais eficaz para essa consecução. Palavras chave: Ressocialização. Encarcerado. Trabalho carcerário. ABSTRACT Rehabilitation of the incarcerated: work as a stimulus is the focus of this article. Your goal is to analyze whether there is a possibility of effective re-socialization of prison, using the work as a tool. The methodology of this research is literature, and based on books, magazine articles and Internet consulting. The nature of the research is qualitative, because there is understanding of reality prison and optical observation of the prisoner on the work as a way of reintegrating himself. It was based on the experiences of prison labor occurred in the Regional Prison Industrial Sobral (PIRS), where we find its meaning, advantages and disadvantages for the incarcerated. The authors that deserve attention in the organization of this work are Greco (2011) and Capez (2008) by presenting a clear and significant the issue of punishment in our legal and Carvalho (2011) voted to set up a working relationship between the time of penalty and prison labor, from the perspective of the prisoner in prison scenario Ceará. We conclude that the purpose of rehabilitation is an urgent reality to be achieved in Brazilian prisons, and prison work, the most effective means of achieving this. Key-words: Resocialization. Incarcerated. Work prison. 1 Advogado, exercendo a profissão no escritório de advocacia MB Advogados, aluno do Curso de Pó-graduação em Processo Penal, pela Universidade de Fortaleza UNIFOR. 2 Coordenador do Curso de Pós-graduação em Processo Penal e professor do Direito Penal, pela Universidade de Fortaleza UNIFOR, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.

2 2 INTRODUÇÃO Tendo em vista a realidade prisional brasileira, marcada pela falência do sistema penitenciário, precariedade das cadeias públicas, superlotação de delegacias de polícia, locais onde as pessoas vivem sem a menor dignidade humana e sem perspectiva de melhoria de vida, a atividade laborativa se mostra como um meio eficaz para estimular a ressocialização do encarcerado durante o cumprimento de pena. Diante disso, o tema em tela se apresenta bastante relevante do ponto de vista da necessidade de melhor se analisar esse problema social, para que se possa elaborar políticas públicas voltadas para a área da execução penal, capazes de proporcionar uma concreta ressocialização do condenado. O desejo de verificar o trabalho como um fator positivo na ressocialização do preso surgiu justamente da verificação da realidade de superlotação dos presídios, do alto índice de criminalidade e reincidência em todo o território brasileiro. Contudo, merece destaque a recente obra intitulada Cotidiano do encarcerado: o tempo como pena e o trabalho como prêmio, do autor Robson Augusto, que aborda no cenário literário cearense a realidade prisional, no que diz respeito à relação entre o tempo da pena e o trabalho prisional, sob a ótica do preso, destacando o trabalho como instrumento para a ressocialização do encarcerado, numa visão de dentro da penitenciária, ou seja, do condenado, além de retratar a realidade dos presídios cearenses. Essa ótica despertou o interesse pela pesquisa acerca do trabalho prisional como um mecanismo ressocializador, que estimula a recuperação da dignidade daqueles que se encontram no cárcere, diminuindo a ociosidade do tempo de pena, bem como os capacitando profissionalmente para o retorno ao convívio da sociedade, afinal, o trabalho dignifica o homem, sendo meio de crescimento pessoal, seja moral, seja espiritual ou em termos de qualidade de vida financeira. O objeto geral do presente trabalho científico consiste em analisar se há uma efetiva possibilidade de ressocialização do encarcerado, utilizando o trabalho como ferramenta, justamente por levar em consideração a realidade prisional brasileira. Nesse contexto, os objetivos específicos se delineiam em apresentarmos a pena e o sistema penitenciário como meios de correção para o apenado, mostrarmos a experiência prisional da PIRS (Penitenciária Industrial Regional de Sobral), que utiliza o trabalho como meio de ressocialização do

3 3 encarcerado e, por último, verificarmos os benefícios que o trabalho proporciona ao encarcerado. Utilizou-se na pesquisa uma grande fonte doutrinária, na qual estão autores como Capez (2008) e Greco (2011), pois trataram do tema pena, analisando sua origem, os princípios, a classificação e suas espécies de maneira bastante didática. Podemos citar, ainda, Mirabete (2007), que demonstrou detalhadamente o conteúdo de nossa legislação penal e processual no que diz respeito ao trabalho do preso e a remição da pena. Carvalho (2011) foi o autor que apresentou a ótica do encarcerado sobre o trabalho ao tempo do cumprimento de pena, fazendo-nos refletir sobre a realidade prisional cearense, inquietando-nos a aprofundar os estudos para identificar que, quando há boa vontade por parte do Estado e do encarcerado, há sim como se ressocializar e voltar ao seio da sociedade com novas perspectivas. Em relação aos aspectos metodológicos, o tipo de pesquisa é bibliográfica, pois buscamos em livros, artigos de revistas e na internet a fundamentação teórica deste trabalho científico. A natureza da pesquisa é a qualitativa por haver compreensão da realidade carcerária e observação da ótica do preso sobre o trabalho como forma de ressocialização do mesmo. 1 DAS PENAS Quando o Estado tomou para si o jus puniendi, assumiu a responsabilidade pela cominação das sanções penais, em abstrato e em concreto. Realizada a infração penal, como uma violação a norma penal incriminadora, surge para o Estado o poder dever de punir o agente, o que se faz através da sanção penal. Esta sanção penal, na maioria dos ordenamentos jurídicos, inclusive no brasileiro, se divide em duas espécies: penas e medidas de segurança. Segundo Rogério Greco (2011, p. 469) quando o agente comete um fato típico, ilícito e culpável, abre-se a possibilidade para o Estado de fazer valer o seu ius puniendi. Nestes termos, quando alguém pratica uma infração penal, o Estado impõe como consequência uma pena, que está prevista em lei e que se configura para o agente infrator como um castigo, uma punição, de modo a evitar a prática de novas infrações. Assim, a pena a ser aplicada, que é uma consequência imposta pelo Estado a quem pratica um ilícito penal, terá que observar os princípios previstos na nossa Constituição

4 4 Federal, pois visa proteger os direitos de quem está, temporariamente ou não, no território brasileiro. Desta maneira, a nossa Carta Magna entendendo que certas penas feriam a dignidade da pessoa humana, bem como a função preventiva de que dela se espera, proibiu a cominação de uma série de penas. É o que verificamos no artigo 5º, inciso XLVIII da Constituição Federal de 1988, quando diz que não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do seu art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis. A origem das penas perde-se no tempo. Contudo, Rogério Greco (2011, p. 470) afirma que depois da primeira condenação aplicada por Deus (ocorrida ainda no paraíso, com a expulsão de Adão e Eva do jardim do Éden, por causa do fruto proibido), o homem, passando a viver em comunidade, e não mais de forma isolada e independente, também passa a adotar a aplicação de penas sempre que as regras da sociedade que ele fizesse parte fossem violadas. Hoje. Segundo Rogério Greco (2011, p. 472), hodiernamente a realidade, pelo menos nos países ocidentais, é marcada por uma preocupação com a vida dos seres humanos e sua preservação física e mental, visando assegurar a preservação da dignidade da pessoa humana, justamente para afastar os tratamentos degradantes e cruéis de todos os ordenamentos jurídicos. A pena de morte, infelizmente, ainda não foi banida em todos os continentes. No Brasil, a vedação é expressa na Carta Magna, porém, nos Estados Unidos, ainda é aplicada sob diversas formas (injeção letal, cadeira elétrica, etc.), apesar dos protestos das organizações internacionais de direitos humanos. A pena possui como características alguns aspectos que são oriundos de princípios, que estão explícitos ou implícitos em nossa Constituição Federal (artigo 5º) e que tem a função de nortear o legislador ordinário para adotar um sistema de controle penal voltado aos direitos humanos (BITENCOURT, 2004). As características da pena, segundo Fernando Capez (2008) são: legalidade, anterioridade, individualidade, inderrogabilidade, proporcionalidade e humanidade. Entender o que cada característica representa é de total importância para percebermos o que a nossa constituição entende pela pena, contudo, veremos três: Legalidade. Prevista no artigo 5º, inciso XXXIX da Constituição Federal, diz que Não há crime sem lei anterior que a defina, nem pena sem prévia cominação legal. Esta característica também está prevista no Código Penal, em seu artigo 1º, com uma redação não muito diferente da descrita acima, sendo considerado o princípio mais importante do Direito Penal, justamente porque não se pode falar em crime se não houver uma lei definindo-o como

5 5 tal e cominando-lhe a sanção correspondente. Constitui uma efetiva limitação ao poder punitivo estatal. Anterioridade. Também prevista nos mesmos artigos do princípio da legalidade, esta característica prega que a lei tem que estar em vigor na época da prática da infração penal. Individualidade. Prevista no artigo 5º, inciso XLVI da Constituição Federal, a sua imposição e cumprimento deverão ser individualizados de acordo com a culpabilidade e o mérito do sentenciado (CAPEZ, 2008, p. 359). Com isso, entendemos que a pena, para a nossa legislação, deverá se nortear por dois requisitos: a reprovação ao mal produzido pela conduta praticada pelo agente infrator e a prevenção de futuras infrações penais. Essa é uma tarefa bem difícil para a realidade brasileira, marcada pela criminalidade crescente e o descaso do Estado para resolver problemas político-sociais. As funções que devem ser atribuídas as penas são explicadas por três teorias, quais sejam, teoria absoluta, teoria relativa e teoria mista. Vamos tecer algumas considerações sobre a adotada no Brasil. Teoria mista, eclética, intermediária ou conciliatória. Nesta teoria Fernando Capez (2008, p. 359) afirma que a pena tem a dupla função de punir o criminoso e prevenir a prática do crime, pela reeducação e pela intimidação coletiva (punitur quia peccatum est et ne peccetur). Neste sentido, concluímos que a nossa legislação penal adota essa teoria, já que o artigo 59, caput, parte final, do Código Penal, aponta a dualidade de reprovação e prevenção do crime, unindo dessa forma, as teorias absoluta e relativa, que pregam a retribuição e prevenção, respectivamente, da pena. No artigo 32 do Código Penal estão previsto os tipos de penas que podem ser aplicadas no território nacional, quais sejam: privativas de liberdade; restritivas de direito e de multa. As penas privativas de liberdades, que nos interessa neste trabalho, são as que retiram do condenado o seu direito de locomoção em virtude da prisão por tempo determinado, já que no Brasil não se admite a prisão perpétua. Estão previstas no Código Penal e são as penas de reclusão e detenção (CP, art. 33, caput). De acordo com Rogério Greco (2011, p. 481) a pena privativa de liberdade vem prevista no preceito secundário de cada tipo penal incriminador, servindo à sua individualização, que permitirá a aferição da proporcionalidade entre a sanção que é cominada em comparação com o bem jurídico por ele protegido.

6 6 2 OS SISTEMAS PENITENCIÁRIOS O século XIX marcou a evolução da política criminal. Em destaque, a pena de prisão, que apontava como apoio às pretensões humanitárias da época. Esse apoio se dava justamente por tentar combater as atrocidades cometidas com o infrator, haja vista que, de certo modo, não havia nenhuma proporcionalidade entre a gravidade da infração cometida e a sanção imposta, além de não alcançar o objetivo de intimidar a sociedade para que novos crimes não ocorressem. De fato, a pena de prisão contribuiu para a existência de locais de cumprimento de pena, bem como para a alteração das penas aplicadas nos séculos anteriores, tão marcadas pela crueldade sobre o corpo (mutilações e suplícios) do infrator. Diante deste contexto, alguns sistemas de execução da pena privativa de liberdade surgiram. Outra preocupação abordada sobre o sistema penitenciário diz respeito à realidade carcerária brasileira, se fazendo necessário refletir sobre a segregação dos apenados, a precariedade da assistência ao condenado e a ociosidade constante a que muitas vezes são submetidos. A pena de prisão, como pena propriamente dita, foi um grande avanço na história das penas, contudo, na sua origem, possuía uma finalidade diversa da privação de liberdade da atualidade, pois em meados do século XVIII a prisão serviu tão somente para guardar o réu ou o condenado, a fim de preservá-lo para o momento do julgamento ou da execução. Deste modo, a prisão, inicialmente, possuía um caráter acautelatório, já que à época a natureza da pena ainda era aflitiva. Quanto à execução das penas privativas de liberdade, três sistemas penitenciários se destacaram. A seguir, apontaremos as principais características, peculiaridades e diferenciações, observando qual deles se preocupava com a ressocialização do infrator e qual deles utilizou o trabalho como forma de alcançar essa ressocialização. Sistema Pensilvânico ou celular. Em 1776, conforme Bessa (2007, p. 51), surge a primeira prisão norte-americana, Walnut Street Jail. Porém, somente após 14 anos é que foi inaugurado, nesse estabelecimento prisional, o sistema pensilvânico (ou filadélfico) de cumprimento da privação de liberdade, com inspirações místicas e religiosas. Esse sistema surgiu no final do século XIX, nos Estados Unidos, na cidade da Filadélfia, como uma nova forma da aplicação do regime de prisão, em que o preso cumpria a sua pena em uma cela individual, sem direito à visita, trabalho ou qualquer outra forma de passar o seu tempo de

7 7 pena. Suas características principais eram o isolamento e a religião imposta, já que o encarcerado cumpria a sua pena de forma totalmente isolada e utilizava a leitura da Bíblia como a única forma de estímulo à reflexão e ao arrependimento do crime cometido. Sistema Auburniano. Em contraposição ao sistema pensilvânico, e buscando superar suas limitações, o sistema auburniano surge como uma nova forma de cumprimento de pena, na prisão de Auburn, na cidade de Nova York, em 1816 (BESSA, 2007, p. 52). A característica marcante desse sistema é o silêncio, silêncio absoluto, razão porque também ficou conhecido como silence sistem. Outro elemento importante era o trabalho, que era obrigatório, mas não por razões humanitárias ou reformadoras, tão somente pela necessidade de mão de obra da época, o que denota que esse sistema era inspirado em motivações econômicas. Ao comparar os sistemas pensilvânico e auburniano, percebe-se que ambos desrespeitaram a dignidade humana, como também não conseguiram atingir as suas finalidades, quais sejam, estimular a reflexão e o arrependimento do infrator pelo crime cometido, através dos ensinamentos cristãos (sistema pensilvânico ou filadélfico), bem como retribuir ao infrator pelo crime cometido com o trabalho obrigatório. Sistema Progressivo. Surgido na Inglaterra, início do século XIX, esse sistema foi idealizado por Alexander Maconochie, capitão da Marinha Real e diretor de um presídio do condado de Narwitch, na Austrália. Sua má impressão e indignação com o tratamento desumano que era empregado aos presos enviados para a Austrália, o fez criar um sistema de cumprimento de pena diferenciado dos existentes até então, que levava em consideração não somente o cumprimento da sentença imposta, mas também a conduta do preso durante o cumprimento de sua pena. Então, o que diferencia o sistema pensilvânico e o sistema auburniano do sistema progressivo é que este se propôs a trabalhar a recuperação do infrator penal, diminuiu o rigor dos outros sistemas e alterar o modo da pena ser cumprida, ou seja, através de etapas o apenado conseguia certos privilégios, como forma de prêmio para a etapa seguinte. No Brasil, o problema prisional data de longas datas, fruto de décadas de descaso e de falta de investimentos por parte dos sucessivos governos. Os problemas existentes já são do conhecimento do público, como a superlotação, falta de estrutura física e de pessoal, de maneira que são verdadeiros calabouços da idade média, cuja única finalidade prática é segregar os condenados. Neste contexto, pode-se afirmar que o atual sistema há muito faliu,

8 8 porém longe de dizer que não há solução para tal problema. A saída existe, é notória, eis que apontada por diversos especialistas, mas ainda não há interesse político em resolver o problema. O Estado, além de não investir na ressocialização dos condenados, também não investe na redução dos problemas sociais que funcionam como fatores influenciadores da criminalidade. Ademais, não se preocupa em tirar da população o sentimento de revolta contra os mesmos condenados, o que dificulta sobremaneira a reintegração dos egressos ao convívio social. Ao agir desta forma, o Estado, através de seus governantes, está sendo desleal para com os presos e para com a sociedade. Por isso Leal (2001, p. 53) afirmou que: A batalha pelos direitos dos presos é um gigantesco desafio, talvez um dos maiores dos tempos modernos. Vencê-la é uma tarefa em que todos nós temos de engajar-nos. E, como operadores do direito, não podemos aceitar essa realidade penal, que aponta não haver solução ao combate à falência das prisões e desacredita no seu fim ressocializador. A falta de vontade política no cumprimento das normas, a falta de implementação e efetivação das diretrizes da LEP e o sucateamento do Estado, seja no seu aparato jurídico, policial e penitenciário, faz o Estado estagnar em seu dever de assegurar os direitos essenciais do condenado, que estão dispostos no artigo 41 da LEP. Há em nossa realidade prisional uma precariedade nos aspectos da saúde, higiene, alimentação, assistência judiciária, entre outros direitos assegurados ao encarcerado pela LEP, e essa precariedade se configura como motivo de constantes rebeliões no cenário penitenciário brasileiro. Por isso, não se pode esquecer da responsabilidade que o Estado tem em relação ao apenado, que não é somente sujeito de deveres, mas também de direitos que o Estado tem que reconhecer, como menciona o Art. 10 da LEP: A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. Contudo, essa assistência também está precária, uma vez que a população carcerária vive em condições subumanas e propícias para o crime, sem o mínimo de aparato para sua ressocialização e retorno à sociedade. Outra questão relevante sobre a realidade prisional brasileira é a ociosidade, em que a grande maioria dos presos são submetidos nos ambientes de cumprimento de pena (presídios, cadeias pública, casas de detenção). Essa ociosidade, esse fazer nada dos encarcerados,

9 9 demonstra mais uma vez a falta de interesse e descaso com as orientações trazidas pela LEP, em que trás como direito do preso a educação e o trabalho. Se fossem implantadas nas instituições prisionais, a educação e o trabalho, o cumprimento da pena se aproximaria bem mais da sua principal finalidade. Da mesma forma, se fosse alterada a noção que o apenado possui em relação ao tempo, e que, nas palavras de Carvalho (2011, pág. 71) é tão bem definida: o tempo livre na prisão é identificado pelo seu excesso, e como algo que deve ser morto. Nestes termos, acreditamos que uma forma interessante de matar o tempo de cumprimento de pena, combatendo a ociosidade, é a efetivação de trabalho nos estabelecimentos prisionais, pois além de ajudar o preso a passar o tempo na prisão, possibilita a redução do seu tempo de pena, através do instituto da remição, acompanhado também, de outras vantagens, advindas do nosso ordenamento jurídico. Por fim, ainda sobre a realidade prisional brasileira, é de fácil constatação que a cada dia essa situação só piora e, nós, como operadores do direito, não podemos ficar apáticos e nem desistirmos sobre esse assunto, pois, para que haja estímulo à ressocialização do condenado, dando-lhe condições de levar uma vida digna quando sair do estabelecimento prisional há de haver uma transformação urgente no sistema carcerário. 3 A RESSOCIALIZAÇÃO ATRAVÉS DO TRABALHO Tratar sobre a ressocialização do apenado no momento em que as instituições prisionais brasileiras se apresentam tão deficientes, é algo bastante delicado. Contudo, entendemos que se não há solução efetivada para o caso, o tema precisa continuar sendo discutido, pois a realidade prisional está insustentável. Será que precisamos esperar crimes horrendos, cometidos por criminosos reincidentes, para que soluções concretas sejam tomadas? Até quando o governo vai sustentar a atual realidade prisional? Quando a ideia de que é utopia a solução para os estabelecimentos prisionais e a ressocialização do encarcerado será afastada? Até quando precisamos esperar do Estado uma efetiva solução para o caso? Entendemos que o Estado negligencia a sua responsabilidade em relação aos infratores penais e, assim, o Brasil continua em uma situação crítica e alarmante no que diz respeito à execução penal, como visto no capítulo anterior. Porém, não é porque as coisas chegaram ao

10 10 ponto em que estão, ou seja, o fundo do poço, que os governantes devem negligenciar em não buscar políticas públicas eficientes para a resolução da questão. A nova socialização dos indivíduos é o conceito trazido na obra de Carvalho (2011) para a palavra ressocialização, e que está intimamente ligado ao momento histórico que cristalizava o sistema prisional com a pena privativa de liberdade (que alterava o modus operandi da aplicação das penas, ou seja, o seu caráter aflitivo passava para humanitário ). Deste modo, as penas de suplícios e com corpos dilacerados ( velho castigo ) dava lugar às penas através do encarceramento ( castigos humanitários ), que era a nova forma de controle dos corpos. Contudo, afirma Carvalho (2011, p. 135): Com o passar do tempo, o conceito de ressocialização foi assumindo cada vez mais a conotação de reinserção no sistema produtivo. Ressocializar aparece quase como um sinônimo de profissionalizar e de viabilizar trabalho. O trabalho prisional assume essa finalidade ressocializadora da pena conforme o caput do artigo 28 da LEP, que menciona que o trabalho do condenado terá a finalidade educativa e produtiva. Assim, educativa e produtiva são as palavras chaves da finalidade do trabalho prisional, justamente por significar educação e preparação do apenado para o seu retorno à sociedade. O problema é que a ideia de ressocialização do encarcerado, em nossa realidade, está aliada à ideia de mito, como algo sem solução, que jamais poderá ser alcançado nas instituições prisionais, e que por isso, em regra, é esquecido, salvo, quando nos deparamos com rebeliões nos estabelecimentos prisionais, que demonstram o descaso com o preso, obscuridade, crueldade e falência dos sistemas prisionais brasileiros. Para entendermos como as políticas penais são tratadas dentro das instituições penais, vejamos trecho de uma crítica realizada pelo preso Manoel Firmino Batista da penitenciária industrial terceirizada de Itaitinga, que retrata de forma clara e concisa como o Estado tem tratado a questão da ressocialização de encarcerados: [...]. O Estado precisa desenvolver ações eficazes que possibilitem a ressocialização de pessoas em privação de liberdade. Atualmente, a ressocialização é um mundo de faz-de-contas, e as ações voltadas para este fim quase não existem. (CARVALHO, 2011, p ). Historicamente a concepção do trabalho carcerário teve a sua evolução seguindo a pena privativa de liberdade, ou seja, inicialmente ligava-se à ideia de vingança e castigo no cumprimento da pena de prisão, sendo aplicada da forma mais cruel e aflitiva (daí os

11 11 trabalhos aplicados possuírem caráter de trabalhos forçados). E, mesmo depois que o Estado verificou no preso uma fonte de produção (mão de obra), com a sua atividade laborativa, essa forma aflitiva de cumprir a pena continuou sendo aplicada. (MIRABETE, 2007, p. 89). No Brasil foi a partir do século XVII que as primeiras experiências de pena de trabalho ocorreram, mas se dava em obras públicas e por meio de trabalhos forçados, com a finalidade também de retribuição ao crime cometido (CARVALHO, 2011, p. 75). Contudo, essa finalidade retributiva nada tem haver com a finalidade ressocializadora ou de reinserção social que hoje a pena possui. Atualmente, ao trabalho prisional é atribuída a função ressocializadora da pena e, é por isso, aliado às vantagens asseguradas por nossa legislação, que acreditamos que ele seja a melhor fonte estimuladora para àqueles que se encontram nas unidades prisionais, seja pela capacitação, remuneração ou diminuição da pena. E afinal, no nosso sistema jurídico pátrio, o que temos sobre o trabalho prisional? Na verdade, ele está regulado para o condenado à pena privativa de liberdade e as principais normas jurídicas relacionadas ao tema estão no Código Penal CP (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), nos artigos 34, 35, 39 e 83, inciso III e na Lei de Execução Penal LEP (Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984), nos artigos 28, 29, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 39, inciso V, 41, incisos II, III, IV, V e VI e parágrafo único, 44, 50, incisos IV e VI, 55, 83, caput, 114, inciso I e parágrafo único, 126, 127, 128, 129, 130, 138 e 200. As principais normas jurídicas relacionadas ao trabalho carcerário estão no Código Penal (CP) e na Lei de Execução Penal (LEP). E de início, temos que o trabalho prisional se constitui um direito para o encarcerado, nos termos do artigo 41, inciso II da LEP: Art. 41 Constituem direitos do preso: II atribuição de trabalho e sua remuneração. A remuneração do apenado, que não se dará de forma aleatória, é mais um estímulo para a procura ao trabalho carcerário. E mesmo que a sua destinação ocorra atendendo aos requisitos previstos em lei (art. 29 da LEP), ajuda o encarcerado financeiramente. Outra questão a ser verificada, diz respeito à legislação trabalhista. Será que o trabalho prestado pelo apenado, no seu cumprimento de pena, é regulado pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)? Se consultarmos a CLT, buscando algum dispositivo que regule o trabalho presidiário, nada encontraremos. Contudo, se verificarmos a LEP no artigo 28, 2º, teremos que: O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do

12 12 Trabalho. Desta forma, o trabalhador preso não terá direito ao benefício das férias, 13º salário e os outros concedidos ao trabalhador livre, que tenha contratação regida pela CLT. Neste momento teremos uma ideia da significação do trabalho carcerário no universo prisional, tomando como base a realidade da Penitenciária Industrial Regional de Sobral (PIRS). O significado do trabalho prisional para o preso que se utiliza do trabalho como meio de ressocialização sempre está em consonância com as vantagens facilitadoras advindas do trabalho, mas também com a vontade de mostrar para a sociedade que o criminoso pode mudar, entretanto, precisa ser estimulado. Vejamos que essa afirmativa é comprovada através dos depoimentos de dois presos da vivência dos trabalhadores (1 A), que apresenta a sua significação quanto ao trabalho prisional: A ausência de ocupação contribui para que você não tenha saúde mental legal. Você desestrutura seu sistema psicológico [...]. O trabalho prisional significa antes de tudo uma oportunidade de poder mostrar para as pessoas, para a sociedade principalmente, que aquela pessoa que por ter cometido um erro, um crime, ela continua capaz de desenvolver atividade profissional como qualquer outra. Apenas é um apenado. Mas eu acredito que o significado desse trabalho é fundamental para a recuperação do apenado. Tem que ter um trabalho (...) para servir de estímulo para que o apenado tenha (...) boa perspectiva de voltar ao seio da sociedade [...]. Quem está na Vivência 1ª é quem está trabalhando e não tem interesse em problemas (...). Essa Vivência é a melhor para tirar a cadeia (...). Quem trabalha não quer perder o adianto, o dinheiro e os outros benefícios (...). Por isso, me sinto bem trabalhando. (CARVALHO, 2011, p. 144). Dei um vacilo lá fora por causa de um deslize meu e hoje tou aqui como um criminoso. É assim que a sociedade vê a gente. Mas acontece que nem todo mundo que tá nesse lugar é criminoso. Tem gente que tá aqui por causa de um ciúme ou porque atou por causa de briga de bar (...). [...] O trabalho é importante pra vida de todo mundo, e principalmente na prisão, porque a gente mostra para a sociedade que aqui nem todo mundo é criminoso de verdade, e que tá se recuperando pra vida lá fora. (CARVALHO, 2011, p. 159). Havendo pouca oportunidade de trabalho ofertada pelas instituições penais, os presos que conseguem desempenhar uma atividade laborativa se diferenciam dos demais encarcerados por lhes serem permitidos uma série de vantagens dentro das instituições. Essas vantagens, formais e informais, despertam em alguns apenados o interesse pelo trabalho, e, na PIRS, não seria deferente. As motivações são diversas, mas após entrevistas com vários presos, Carvalho (2011, p. 169) afirma: Os interesses baseiam-se nas vantagens que podem ser obtidas pelo trabalho, que decorrem, entre outras razões, de ganhos adicionais: a ocupação do tempo ocioso, a obtenção de recursos necessários à sobrevivência, as revisões de processos, as apelações judiciais, os benefícios da remição da pena, as visitas íntimas, a permanência em um espaço mais tranquilo, mobilidade espacial, a possibilidade de se relacionar com pessoas de fora, as oportunidades de tráfico de alimentos, bebidas e objetos diversos (obtidas pelo acesso à fonte,

13 13 nas cozinhas, almoxarifados e em outros espaços, com ou sem vista grossa dos agentes da disciplina), entre outras. Outra vantagem obtida através do trabalho é aumentar a possibilidade de conseguir uma revisão de seu processo e obtenção de pareceres (jurídicos, sociais, psicológicos, etc.) favoráveis à progressão de regime (fechado para aberto, diminuição da pena, etc.), principalmente para aquele que possui uma maior aproximidade com a equipe dirigente, afinal, quem trabalha e não se envolve em situações de mau comportamento, demostrando em suas ações no trabalho que o seu crime foi um deslize, se torna mais habilitado na solicitação de progressão de regime. A mobilidade espacial se configura outra vantagem obtida pelo trabalho, que diz respeito ao acesso às demais dependências da prisão. Com esse acesso ele poderá, por exemplo, se valer dessa vantagem para ajudar na comunicação entre os presos e auxiliá-los em negócios ilícitos da prisão (venda de objetos, repasse de drogas, etc). No entanto, a vantagem da mobilidade espacial pode se transformar em desvantagem. Imaginemos que por qualquer motivo o apenado seja obrigado ou tentado a auxiliar outros presos nas práticas ilícitas ocorridas na prisão. Qualquer movimentação que indique uma conduta inadequada do trabalhador preso, implicando em mau comportamento, poderá ocasionar em perda do direito de trabalhar, e, consequentemente, na perda de suas vantagens. Desta forma, se as vantagens oriundas do trabalho não forem utilizadas corretamente, o que serviria para distanciar o mundo do bem e do mal, servirá para ajudar o crime que é praticado no interior das prisões. Vejamos alguns depoimentos de presos trabalhadores da PIRS que cumprem a sua pena em uma vivência de trabalhadores (Vivência 1 A) e que revelam vantagens de fazer parte do grupo de trabalhadores dessa instituição penal: [...] A cela da Vivência 1 A oferece mais espaço porque fica duas pessoas. Nas outras celas, das outras Vivências ficam até nove e onze pessoas. É maior, mas tem mais gente (...). Apesar de ser uma prisão a gente tem mais um pouco de privacidade na 1 A (...). A 1 A sempre foi um objetivo pra mim depois que eu fui preso. Via como um espaço para amenizar o meu sofrimento. Eu tinha a informação que só ia para lá os trabalhadores. Eu era um homem trabalhador e achava que meu lugar era lá. (CARVALHO, 2011, p. 177). Até pra gente arrumar uma mulher o trabalho ajuda. A gente consegue através de um companheiro. Chega e diz: meu irmão, o negócio é o seguinte: eu tou a fim de um pessoalzinho e tal. Tou aqui há muito tempo que não furo couro e tal. (...) Por mês eu gasto mais ou menos uns duzentos reais pra vir nos finais de semana. Normalmente eu recebo este tipo de visita quatro vezes por mês. [...] As mulheres de programa gostam de preso que trabalha porque paga. Tem delas que dizem pras amigas: ei, arruma um homem pra mim que trabalha na cozinha que o babado é

14 14 melhor. Elas gostam mais dos trabalhadores da cozinha porque recebe mais. Elas são tudo interesseira. (CARVALHO, 2011, p ). A visita da minha família é tudo pra mim. Sei, mas se eu tivesse, aqui, sem visita, como tem muito que não tem, eu já tinha feito uma besteira. Minha mulher e meus filhos é a minha força. É por causa deles que eu tento de toda a maneira suportar esse lugar que mexe tanto com o psicológico da gente. É por causa deles que eu valorizo tanto o meu trabalho pensando também no futuro (...). Do dinheiro que recebo da cozinha, dou uma forcinha em casa, pago um curso pra minha irmã, e ajudo pra eles me visitar. (CARVALHO, 2011, p. 167). Diante da menção de vantagens e desvantagens que foram identificadas na PIRS, aliado aos depoimentos acima citados, entendemos que há uma compreensão entre os presos sobre a importância que o trabalho tem para melhorar o tempo e a forma de cumprir sua pena. Não obstante, o trabalho carcerário, que se constitui um direito do preso, é uma oportunidade ofertada para poucos encarcerados e assim, cada vez menos se alcança a finalidade ressocializadora da pena. CONCLUSÃO A pena privativa de liberdade, embora possua uma finalidade retributiva ( castigo ao mal que fora praticado), quando segrega o indivíduo da sociedade, privando-o do convívio social, possui uma finalidade ressocializadora, qual seja, promover a sua readaptação social, prevenido futuras infrações penais. No contexto atual, as instituições prisionais brasileiras, se encontram em situações deploráveis, não conseguindo alcançar a ressocialização dos presos, pois simplesmente segregam os mesmos da sociedade, sentenciando-os também à ociosidade das prisões. O Estado, além de não investir na ressocialização dos encarcerados, também não investe na redução dos problemas sociais que funcionam como fatores influenciadores da criminalidade. Os governantes só abordam esse tema em discursos eleitoreiros, sem, contudo, efetivarem políticas penitenciárias realmente eficientes, capazes de diminuir com a criminalidade e reincidência, aumentando, em contrapartida, o índice de egressos readaptados ao convívio social. Os presos são segregados da sociedade, sendo considerados verdadeiros lixos humanos, ganhando descaso dos governantes e precariedade nas assistências (jurídica, médica, material e etc.) que possuem direito. A ociosidade das prisões gera para os condenados um tempo livre que pode ser bem representado pelo ditado: mente vazia oficina do diabo e a falta de uma

15 15 atividade que preencha esse tempo, distraindo-os e motivando-os para o dia em que ganharão a liberdade, dá lugar à imaginação e prática de novos delitos. A utilização do trabalho no cárcere, nos moldes da atualidade, trás uma nova perspectiva de desenvolvimento e recuperação do encarcerado, quando diminui a ociosidade no cumprimento da pena para aqueles que recebem a oportunidade de se envolver em atividades laborativas, evitando assim os efeitos negativos do ócio (envolvimento em brigas, rebeliões, crimes, etc.); quando o educa ou reeduca em certos hábitos de vivência e convivência no ambiente de trabalho; e, entre outras formas de estímulo a condutas coerentes, capacita profissionalmente o preso. Neste contexto, o trabalho prisional é uma oportunidade de recuperação do apenado, do ponto de vista moral, além de facilitar a reinserção do egresso na sociedade, pois o auxilia a matar o seu tempo de vida, seja pela diminuição da ociosidade, seja pelo instituto da remição da pena, como também o capacita para uma atividade profissional que o ajudará na busca de um trabalho fora dos muros da penitenciária. A atividade laborativa, conforme verificado nos depoimentos dos presos da Penitenciária Industrial Regional de Sobral (PIRS), ajuda também na demonstração para os familiares do encarcerado, a princípio, que não é porque ele cometeu um ilícito penal que ele é uma pessoa sem a possibilidade de recuperação, e, para a sociedade, que nem todo mundo que está na prisão é criminoso de verdade, pois se preocupa com a sua recuperação. Não podemos como operadores do direito aceitar essa realidade prisional que cada dia só piora e que aponta não haver solução ao combate à falência das prisões, desacreditando no seu fim ressocializador. Acreditamos que, para que haja estímulo à ressocialização do condenado, dando-lhe condições de levar uma vida digna quando sair do estabelecimento prisional há de haver uma transformação urgente no sistema carcerário. Por fim, concluímos neste trabalho científico que a finalidade ressocializadora da pena é um dos fins urgentes a serem alcançados na realidade prisional brasileira, e, o trabalho carcerário, o meio mais eficaz para essa consecução, justamente pelas vantagens asseguradas por nossa legislação, em especial, as orientações trazidas pela Lei de Execução Penal (LEP), e pela significação que o trabalho carcerário tem perante os presos.

16 16 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, Lei de 11 de julho de Lei de execução penal. Disponível em: < Acesso em: 29 set Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de Código Penal. Disponível em: < Acesso em: 10 out BESSA, Leandro Sousa. O sistema prisional brasileiro e os direitos fundamentais da mulher encarcerada: propostas de coexistência. 2007, 214f. Dissertação (Mestrado em Direito Constitucional) Curso de Pós-graduação em Direito Constitucional, Fundação Edson Queiroz, Universidade de Fortaleza UNIFOR. Disponível em: < ramacodigo=84&ns=true#>. Acesso em: 14 out BITENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de Direito Penal. 9. ed. Saraiva: São Paulo CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. 12. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2008, v.1. CARVALHO, Robson Augusto Mata de. Cotidiano encarcerado: o temo como pena e o trabalho como prêmio. São Paulo: Conceito Editorial, GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 13. ed. Rio de Janeiro: Ímpetos, LEAL, César Barros. Prisão: crepúsculo de uma era. 2. ed. rev. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução Penal: comentários à Lei nº , de ed. rev. e atual. 7. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007.

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