ANA BEATRIZ LOPES DE SOUSA JABBOUR

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1 IDENTIFICAÇÃO DAS MOTIVAÇÕES E BARREIRAS PARA A ADOÇÃO DE PRÁTICAS AMBIENTAIS EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS: ESTUDO DE CASOS NO SETOR DE BATERIAS AUTOMOTIVAS DENISE FRANCO ( denifranco00@hotmail.com ) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA ANA BEATRIZ LOPES DE SOUSA JABBOUR ( abjabbour@feb.unesp.br ) UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - FACULDADE DE ENGENHARIA DE BAURU RESUMO Este artigo teve como objetivo identificar as principais motivações e barreiras para a adoção de práticas ambientais em cadeias de suprimentos (green supply chain management) em empresas do setor de baterias automotivas. O estudo foi realizado em duas das principais empresas desse setor no Brasil. A análise foi baseada em observações de atividades operacionais das empresas in loco, entrevistas com os gestores responsáveis pelas atividades de gestão ambiental e obtenção de dados secundários. Como resultados identificaram-se as principais motivações, que são atendimento a requisitos legais, imagem e redução de custo (longo prazo); e as principais barreiras, que são a falta de conscientização da população, falta de conhecimento, falta de treinamento e aumento de custos (curto prazo). Palavras-chave: Gestão Ambiental em Cadeia de Suprimentos; Motivações; Barreiras; Setor Baterias Automotivas. 1/15

2 1 INTRODUÇÃO A preocupação com a preservação ambiental assume hoje uma importância cada vez maior para as empresas. Sendo assim, o grau de comprometimento de empresários e administradores na busca de soluções ambientalmente adequadas para os problemas da produção, distribuição e consumo de bens e serviços está cada vez maior. Além disso, dimensões econômicas e mercadológicas das questões ambientais tem se tornado cada vez mais relevantes, representando custos e/ou benefícios, limitações e/ou potencialidades, ameaças e/ou oportunidades para as empresas. Assim, cada vez mais considerada nas estratégias de crescimento das empresas (SOUZA, 2002). No entanto, como as empresas estão atualmente organizadas em cadeias de suprimentos, representadas por empresas interdependentes, a gestão ambiental não pode ficar restrita a uma única empresa. Por isto, a importância de se discutir gestão ambiental em cadeias de suprimentos (green supply chain management). A gestão ambiental em cadeia de suprimentos conduziu, assim, a uma expansão das fronteiras e passou a contemplar, desde a jusante até a montante, mais processos que os anteriormente inseridos na gestão ambiental das empresas (SVENSSON, 2007). Para Jappur et al. (2008), estas organizações, em cadeias globais, já despertaram para a necessidade de incluir as preocupações ambientais nas estratégias de negócio e estão incentivando a melhoria do desempenho ambiental dos constituintes de sua cadeia produtiva, principalmente seus fornecedores diretos. Adicionalmente segundo Rao e Holt (2005), a gestão ambiental em cadeia de suprimentos promove eficiência e sinergia entre os parceiros do negócio e contribui para um aumento do desempenho ambiental, minimizando desperdícios e auxiliando a economia de custos. Diante desse cenário, esta pesquisa concentrou-se, então, na seguinte indagação: Quais são as motivações e barreiras na adoção de práticas de gestão ambiental na cadeia de suprimentos em empresas do segmento de baterias automotivas? Tendo em vista que este segmento possui regulamentações específicas no Brasil e que atualmente a Política Nacional de Resíduos Sólidos está em vigor, de acordo com Thun e Muller (2010), é uma característica importante os aspectos normativos que regem as questões ambientais do país em análise, para se estudar as motivações e barreiras na adoção de práticas de gestão ambiental em cadeia de suprimentos. Para responder o problema de pesquisa proposto, o trabalho teve como objetivo identificar e analisar as motivações e barreiras existentes na adoção de práticas de Green Supply Chain Management (GSCM). Para tanto, foi realizado estudo de casos em duas das principais empresas do setor de baterias automotivas do Brasil. O presente trabalho é composto por cinco seções. A primeira é a Introdução, em que se relata a contextualização do tema, e apresenta o problema e o objetivo de pesquisa. Na segunda, foi realizada uma revisão da literatura, na qual se discorre sobre conceitos relacionados ao tema, como gestão ambiental em cadeia de suprimentos (conceitos, definições e práticas), os motivadores e barreiras na adoção de práticas de GSCM, e as legislações pertinentes ao setor eletroeletrônico do segmento de baterias automotivas. A terceira seção descreve a metodologia utilizada para a realização do estudo. E, então, os dados coletados foram descritos e discutidos com intuito de se obter o resultado para o estudo em questão e está relatado na seção quatro, sendo possível com isso finalizar o trabalho com uma conclusão na quinta seção. 2/15

3 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fundamentação teórica discorre inicialmente sobre conceitos e definições de Gestão Ambiental em Cadeias de Suprimentos, em seguida, analisaram-se as motivações e barreiras para adoção de práticas voltadas a esse tema. Além disso, utilizaram-se como base legislações brasileiras, como a Política Nacional dos Resíduos Sólidos que visa a logística reversa e as resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que regem especialmente a proteção a poluição. 2.1 Gestão Ambiental em Cadeia de Suprimentos A gestão ambiental em cadeia de suprimentos tem suas raízes na literatura de gestão ambiental e de gestão da cadeia de suprimentos cujos componentes dizem respeito à influência e aos relacionamentos entre esses dois focos (SRIVASTAVA, 2007). Os estudos sobre gestão ambiental na cadeia de suprimentos ainda são recentes, todavia este assunto tem evoluído em diferentes áreas e incluem questões como gestão da produção, relacionamento cliente-fornecedor, desenvolvimento de produtos, compra de matéria-prima, ciclo de vida de produtos, além de outras (SARKIS, 2003). Srivastava (2007) define gestão ambiental em cadeia de suprimentos como "(...) integração do pensamento ambiental na gestão da cadeia de suprimentos, incluindo design de produto, seleção de fornecedores de matéria-prima, processos de fabricação, entrega do produto final aos consumidores, bem como a gestão do fim de vida do produto após sua vida útil". Ainda, segundo Brassolatti e Martins (2010), o gerenciamento ambiental da cadeia de suprimentos deve expandir o conceito tradicional da gestão da cadeia de suprimentos, englobando as questões ambientais, a fim de que os impactos ambientais sejam minimizados durante todo o ciclo de vida do produto.. Labegalini (2010) relata que a definição e o escopo de GSCM encontram uma enorme amplitude na literatura desde a compra verde até a integração da cadeia de suprimentos sustentável, abrangendo fornecedor, produtor, consumidor, logística reversa e, ainda, cadeia de suprimentos em circuito fechado. Com isso, infere-se que a diminuição dos impactos ambientais de um sistema, como o da cadeia de suprimentos, requer o envolvimento de todas as organizações relacionadas a ele e de todas as suas áreas funcionais. Canning e Hanmer- Lloyd (2007) asseguram que, qualquer que seja o ramo do negócio e independentemente da localidade de suas operações, as empresas devem sempre minimizar os impactos ambientais de seus processos, incluindo essas metas em toda a cadeia de suprimentos na qual estão inseridas. Adicionalmente, dois objetivos primários de GSCM podem ser reconhecidos (LU; WU; KUO, 2007): (1) Encontrar critérios de desempenho ambiental consistentes entre os participantes da cadeia e promover comportamento corporativo ambiental responsável entre todos os atores na cadeia de produtos e serviços; (2) Ajudar os fornecedores a reconhecer a importância da resolução de questões ambientais e ampará-los na instalação de suas próprias iniciativas de melhoria. Zhu, Sarkis e Lai (2008) conduziram um estudo que teve como objetivo investigar empiricamente as práticas de GSCM. Essas práticas foram divididas em cinco fatores como mostrado a seguir: Gestão Ambiental Interna Comprometimento da alta gerência; Apoio de gestores de nível médio; 3/15

4 Cooperação de diferentes áreas funcionais na adoção de melhorias ambientais; Gestão ambiental de qualidade total; Cumprimento a legislações ambientais e programas de auditoria; Certificação ISO 14001; Existência de um Sistema de Gestão Ambiental; Compra verde Rotulagem ambiental dos produtos; Cooperação de fornecedores em objetivos ambientais; Auditoria ambiental realizada na gestão interna dos fornecedores; Fornecedores certificados pela ISO 14001; Avaliação das práticas ambientalmente amigas de fornecedores secundários; Cooperação com os clientes Cooperação com os clientes para Ecodesign; Cooperação com os clientes para Produção mais Limpa; Cooperação com os clientes para Embalagens verdes; Eco-design Desenvolver produtos que utilizem menos matéria-prima e energia; Desenvolver produtos que suas matérias-primas e componentes sejam reutilizados, reciclados e recuperados; Desenvolver produtos que evitem ou reduzem o uso de materiais perigosos e/ou seu processo de fabricação; Recuperação do Investimento Recuperação do investimento (venda) do excesso de estoque e de materiais; Venda de sucatas e materiais usados (logística reversa); Venda de equipamentos em excesso. Como Zhu, Sarkis e Lai (2008) validaram estatisticamente essas práticas, optou-se por adotar essa classificação neste artigo. 2.2 Motivações e Barreiras para a Adoção de Práticas da Gestão Ambiental em Cadeia de Suprimentos As empresas só adotam práticas de gestão ambiental em cadeia de suprimentos se identificarem benefícios, especificamente nos resultados financeiros e operacionais (BRITO; BERNARDI, 2010). Seuring e Müller (2008) realizaram uma análise dos estudos publicados no período de 1994 até 2007 sobre o GSCM em periódicos tradicionais. Um dos resultados desta revisão bibliográfica foi a declaração das principais pressões ou incentivos para a aplicação de práticas do green supply chain management. O Quadro 1 lista classificatoriamente estes motivadores em quantidade de artigos que os citaram. Percebe-se, então, que o mais mencionado, no período e escopo do estudo, foi Atendimento a requisitos legais e o que menos foi citado, em relação aos outros, foi a Reputação que está relacionada à imagem que as empresas querem que seus clientes tenham de suas ações ambientais. Motivadores 1 o Atendimento a requisitos legais 2 o Pressões dos consumidores 3 o Incentivos dos acionistas 4 o Vantagem competitiva 4/15

5 5 o Pressões de ONGs 6 o Reputação / Imagem Quadro 1: Incentivos para o GSCM. Fonte: Adaptado de SEURING e MÜLLER, Walker, Sistob e Mcbainc (2008) investigaram sete grandes organizações públicas e privadas comprovou que os incentivos fundamentais foram: conformidade a requisitos legais, minimização do risco ambiental, monitoramento do desempenho ambiental e pressão por parte dos clientes. Enquanto que cada companhia selecionou uma barreira, sendo assim, não houve semelhança entre as respostas e a única dificuldade listada por duas das sete organizações foi o alto custo que é indispensável para adotar as práticas do GSCM. Testa e Iraldo (2010) realizaram um estudo com quatro mil fábricas de diferentes setores industriais localizadas em sete países pertencentes à Organisation for Economic Cooperation and Development (OECD) e observaram que as práticas de GSCM são frequentemente adotadas por exigência de clientes e consumidores ou por pressões decorrentes de outros atores importantes da cadeia, que já iniciaram a aplicação de conceitos do GSCM. Outro motivador encontrado é que um Sistema de Gestão Ambiental estabelecido pode proporcionar uma adoção de ferramentas do GSCM mais eficaz, sendo que necessita, entre outras coisas, envolver sua cadeia de suprimentos em suas atividades ambientais. As limitações detectadas por Testa e Iraldo (2010) em sua análise estão relacionadas à avaliação de fornecedores e seus requisitos, posto que muitas vezes dados e informações sigilosas são imprescindíveis para ser possível um julgamento no contexto ambiental de seus fornecedores e os requisitos ambientais devem estar alinhados, indo de encontro aos princípios das outras companhias existentes na cadeia de suprimentos. Além disso, o estudo mostrou que faz-se necessário altos investimentos iniciais para conseguir implantar métodos de gestão ambiental em toda a cadeia de suprimentos e, também, o lucro a curto e médio prazo torna-se desprezível e concretizando uma barreira enfrentada. Thun e Müller (2010) fizeram uma pesquisa com trinta empresas do setor automotivo alemão em que constataram-se que os principais motivadores para a adoção de práticas do GSCM são as exigências de clientes. Além disso, a competição/concorrência é a segunda principal força motriz. Em contraste, o governo e seus regulamentos legais desempenham pouca influência para implementação do método. Fatores internos, tais como a atitude dos gestores sobre as questões ambientais são de importância moderada também. Por conseguinte, o poder estimulante dos últimos dois condutores é mais fraco, em comparação com os outros dois. A principal dificuldade para implementação de práticas de GSCM detectada por Thun e Müller (2010) baseia-se no fato de que, globalmente, as empresas estão atuando em diferentes nações e, portanto, distintas legislações e ações ambientais são seguidas e utilizadas, o que pode impedir um denominador comum das atividades ambientais dessas cadeias. Além disso, a dependência de atos ambientalmente corretos de todas as empresas que pertencem à cadeia de suprimentos é outro fator de dificuldade detectado no estudo. Considerando-se barreiras internas percebeu-se que a falta de conhecimento por parte de funcionários das empresas, a falta de uma política ambiental interna formulada por cada elo da cadeia de suprimentos e falta de uma integração de todas as áreas funcionais são obstáculos também encontrados. A pesquisa feita por Yang e Sheu (2011) analisou a gestão ambiental em cadeia de suprimentos de seis empresas de manufatura do setor de informática em Taiwan e China e 5/15

6 identificou que após a aplicação de rigorosas legislações ambientais europeias (RoHS), para manter seus clientes e assim as exportações, as companhias tiverem que se adaptar rapidamente a novos sistemas de gestão ambiental para conseguirem cumprir com regulamentos impostos. Sendo assim, como Thun e Müller (2010) verificaram, diferentes legislações de diferentes nacionalidade de empresas podem ser consideradas barreiras para a aplicação de práticas do GSCM, porém pode tornar-se motivador inicial para empresas fornecedoras e/ou exportadoras (YANG; SHEU, 2011). Andiç, Yurt e Baltacioglu (2012) foram responsáveis por um estudo que envolveu oito empresas do setor de eletroeletrônicos da Turquia e entre outras coisas conseguiu-se concluir que os incentivos são: exigências de clientes (ou potenciais clientes) e a vantagem competitiva relacionada à imagem da empresa. A pesquisa mostrou ainda que a legislação seria um importante motivador se não existisse a falta de monitoramento e controle por parte das organizações públicas. Pode-se observar, também, que os altos custos (em curto prazo) e falta de conscientização de fornecedores e clientes são as principais barreiras deparadas pelas empresas analisadas. Com isso, percebe-se que os estudos envolveram amplos setores industriais, mesmo que nesta revisão tenha prevalecido o de eletroeletrônicos (YANG; SHEU, 2011; ANDIÇ; YURT; BALTACIOGLU, 2012;) e onde as empresas estudadas estão localizadas são principalmente Europa, Ásia e América do Norte (SRIVASTAVA, 2007; WALKER; SISTOB; MCBAINC, 2008; THUN; MÜLLER, 2010; YANG; SHEU, 2011; ANDIÇ; YURT; BALTACIOGLU, 2012). Além disso, constatou-se que para se detectar com maior eficácia as motivações e barreiras para adoção de práticas GSCM, os artigos concentraram em análises em organizações públicas e privadas trazendo, portanto, evidências práticas. 2.3 Legislação Ambiental Brasileira para o Setor de Baterias Automotivas A normatização e legislação ambiental brasileira envolvem as leis decretadas, as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (COMANA) e, ainda, as normas brasileiras regulamentadoras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Analisando essas normas observou-se uma exigência de se evitar os impactos ambientais causados por organizações públicas e privadas. Por exemplo, tem-se a Lei Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a Resolução CONAMA 313/2002 que dispõe sobre o "Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais" e, também, as normas brasileiras regulamentadoras com procedimentos de classificação, transporte e armazenagem dos resíduos. A Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, segundo o Artigo 4 o, reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólido. Compreende-se, nesse momento, que o governo brasileiro começa a se preocupar com os impactos ambientais, causados pelo consumo exacerbado das pessoas e, em consequência, a altíssima aceleração na produtividade nas indústrias. Em busca de possíveis legislações relacionadas ao setor eletroeletrônico foi realizada uma pesquisa no portal do Ministério do Meio Ambiente e verificaram-se as regulamentações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA. Analisaram-se, então, todas as regulamentações CONAMA desde o ano 2000 e foram detectadas algumas leis ligadas ao meio ambiente e que deveriam moldar ações das organizações de todos os setores. 6/15

7 Percebeu-se que as regulamentações do CONAMA envolvem variados temas, áreas e setores industriais, sendo que o Conselho é um colegiado representativo de cinco setores, a saber: órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade civil. A única resolução encontrada que pode estar diretamente ligada ao setor de eletroeletrônico é a de número 401 do ano de 2008, o qual determina um teor máximo de substâncias químicas (chumbo, cádmio e mercúrio) na utilização da fabricação de pilhas e baterias que serão comercializadas no Brasil. Além disso, essa legislação determina critérios e normas para a administração correta dessas substâncias e, por fim, considera outras providencias. Conclui-se, então que, no Brasil não há uma regulamentação eficaz no que se refere ao lixo eletrônico, por enquanto, somente o descarte de pilhas e baterias é regulamentado pelo CONAMA, por meio da resolução já citada. Infere-se, com isso, que a legislação ambiental brasileira está apenas em um estágio inicial para conseguir atingir regulamentações ideais. Embora sem nenhum impacto ainda relevante nas tomadas de decisões das empresas, a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos já é considerada um avanço expressivo, sendo que foca em ações relacionadas à logística reversa, a qual como afirmado por Svensson (2007) e Labegalini (2010), é umas das importantes práticas presentes na gestão ambiental na cadeia de suprimentos. Com isso, as empresas estão sendo pressionadas a adquirirem técnicas mais ambientalmente corretas, com integração sas áreas de projeto e desenvolvimento de produto, otimizações da cadeia de suprimentos e da análise do ciclo de vida. Sendo assim, pretende-se realizar um estudo que irá identificar, do mesmo modo com que os autores citados neste capítulo, motivadores e barreiras na implementação de métodos do GSCM, no setor eletroeletrônico no segmento de baterias automotivas. 3 MÉTODO DE PESQUISA No presente trabalho foi utilizado o método de estudo de caso que segundo Yin (p. 24, 2010) permite que os investigadores retenham as características holísticas e significativas dos eventos da vida real e, além disso, preocupa-se com a apresentação rigorosa e justa dos dados empíricos. Um estudo de caso bem realizado considera no mínimo três fontes de informações: pesquisas históricas do tema, observações diretas dos eventos estudados e entrevistas das pessoas envolvidas, o que leva a triangulação do método. Com isso, o estudo de caso tem a capacidade de lidar com uma ampla variedade de evidências. O estudo de caso investigou duas das principais empresas do setor de baterias automotivas do Brasil com o objetivo de pesquisar e analisar a adoção de práticas de GSCM e seus motivadores e barreiras. Para alcançar os objetivos estabelecidos nesta pesquisa foi utilizado o método exploratório. Foi realizada uma pesquisa na literatura a fim de elaborar o questionário que foi aplicado aos gestores ambientais das empresas selecionadas, sendo que este procedimento envolve a interrogação direta dos profissionais da área e do estudo de caso, para obter um conhecimento mais detalhado. Para a primeira empresa pesquisada a entrevista foi realizada com o gestor ambiental que estava nesse cargo há seis anos, é técnico de Segurança do Trabalho há 27 anos e também é pós-graduado em Gestão Ambiental. Na segunda empresa o encontro foi com o supervisor ambiental que estava neste cargo há seis meses e cuja formação acadêmica é de graduado em Biologia e em Química Industrial e também é pós-graduado em Atribuições Tecnológicas. Com os dados e o conjunto de evidências coletados, foi possível a produção de uma narrativa geral do caso. No relatório da pesquisa foi exposto apenas os dados relevantes, 7/15

8 apresentados em quadros demonstrativos que permitem uma visão geral e detalhada dos dados das duas empresas, de modo a extrair conclusões válidas e relações entre elas. Além disso, os resultados obtidos foram comparados com a teoria. 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS As informações apresentadas a seguir são provenientes das empresas em estudo, cujas identificações, por razão de conservação de sigilo, não podem ser reveladas. Além disso, adiante são expostas as caracterizações das empresas, as entrevistas realizadas e percepções das observações do cotidiano das organizações. 4.1 Empresa Alfa Caracterização da Empresa A primeira empresa onde foi realizada a pesquisa, denominada Alfa (α), localiza-se na região de Bauru e atua no mercado de fabricação de tanto de componentes quanto baterias automotivas acabadas. Seus clientes englobam desde lojas de atacado revendedoras como grandes montadoras de veículos. Esta corporação já está há 19 anos atuando nesse mercado e atualmente conta com cerca de 500 funcionários diretos. A empresa alfa possui a certificação ISO 9001, cuja primeira validação foi conquistada no ano de Possui também a certificação ISO 14001, que foi emitida em 2006 apenas para a unidade de Bauru. As suas recertificações ocorrem a cada três anos e realizam-se auditorias de manutenção a cada um ano. A última certificação da ISO 9001 e foram realizadas em 2011, juntamente com a primeira certificação da ISO/TS que é uma referência mundial para o sistema de gestão da qualidade solicitado pelas empresas atuantes do setor automotivo. A sua Política do Sistema de Gestão Integrado descreve: As indústrias Alfa-SP de baterias ltda., localizada no distrito industrial II em Bauru-SP, fabricante de baterias automotivas, industriais e componentes, em conjunto com o seu Capital Humano, Clientes e Fornecedores se comprometem com a fabricação de produtos com alta tecnologia e qualidade atendendo os requisitos e satisfação dos clientes, as normas e regulamentos da legislação ambiental vigente, preservando o meio ambiente e prevenindo a poluição através da melhoria continua de seu SGI, para otimizar os recursos naturais e minimizar os impactos ambientais Práticas de GSCM Quando interrogado sobre o conceito de Gestão Ambiental em Cadeias de Suprimentos, o entrevistado respondeu não ter informação, entretanto com o desenvolver da entrevista e da visita, constataram-se pequenas aplicações das práticas ambientais que estão relacionadas a este tema. Portanto, após a entrevista conduzida pela pergunta contida no questionário que define este conceito, segundo os autores Canning e Hanmer-lloyd (2007), Srivastava (2007), Brassolatti e Martins (2010) e Labegalini (2010) e, com as observações feitas durante a visita, pode-se constatar que as principais práticas ambientais em cadeia de suprimentos utilizadas pela empresa alfa, mesmo que ainda no início de sua utilização, são: Gestão Ambiental Interna Comprometimento da alta gerência; Apoio de gestores de nível médio; Cumprimento à legislações ambientais e programas de auditorias; Certificação ISO 14001; Existência de um Sistema de Gestão Ambiental; 8/15

9 Compra verde Rotulagem ambiental dos produtos; Fornecedores certificados pela ISO 14001; Eco-design Desenvolver produtos que suas matérias-primas e componentes sejam reutilizados, reciclados e recuperados; Recuperação do Investimento Venda de sucatas e materiais usados (logística reversa). Além disso, o gestor ambiental destacou que a empresa busca usufruir de fontes alternativas de energia e, como exemplo disso, relatou que a partir de janeiro de 2012 a companhia adaptou 100% dos equipamentos que utilizavam gás liquefeito de petróleo (GLP) como combustível e passou para o gás natural e, a partir de fevereiro de 2012, 100% da fonte de energia elétrica da empresa é advinda da energia eólica Motivações e Barreiras para Adoção de Práticas de GSCM O gestor ambiental foi também questionado sobre as motivações que a empresa encontrou para estabelecer essas e outras práticas em sua gestão ambiental, considerando sua cadeia de suprimentos e as principais foram: Atendimento a requisitos legais; Pressões de clientes / consumidores; Imagem / Reputação corporativa; Redução de custos (longo prazo). As maiores dificuldades que foram constatadas para a implantação dessas e novas ferramentas, levando em consideração sua cadeia de suprimentos são: Falta de conscientização da população; Falta de conhecimento / informação sobre o assunto; Falta de compreensão / entendimento de como adotar as práticas; Falta de treinamento; Aumento de custos (curto prazo). 4.2 Empresa Beta Caracterização da Empresa A segunda empresa onde foi realizada a pesquisa, doravante denominada Beta (β), também localiza-se na região de Bauru e atua no mercado de reposição de baterias chumboácido automotivas e seus clientes são lojas de varejo revendedoras e instaladoras desses produtos. Além de produtora, Beta também é recicladora de baterias automotivas tanto de sua marca como de concorrentes. Através da reciclagem dessas baterias obsoletas, consegue-se recuperar, entre outros componentes, o chumbo, o qual pode ser vendido ou utilizado pela própria fábrica para manufaturar novos produtos. Esta empresa já está há 40 anos atuando nesse mercado e atualmente conta com cerca de 450 funcionários diretos. A Política da Qualidade estabelecida pela alta direção da empresa é descrita a seguir (revisão 2): A Baterias Beta é uma empresa que atua no mercado de reposição na área de acumuladores elétricos chumbo-ácido, que tem como foco o compromisso com os clientes em ser referência na qualidade do produto, através do comprometimento e participação de todos na melhoria continua, nos seguintes aspectos: Encantar o cliente; Desenvolver tecnologias, aperfeiçoando processos; 9/15

10 Ser uma das melhores empresas para se trabalhar; Manter atitudes positivas; Sempre atendendo aos requisitos do cliente. A empresa beta possui certificação ISO 9001, cuja primeira validação foi conquistada em Suas recertificações ocorrem a cada três anos, a última validação foi realizada em fevereiro de Mesmo não tendo a certificação ISO 14001, a empresa já conta com uma Política Ambiental estabelecida (revisão 0): A Baterias Beta é uma empresa que atua no mercado de reposição na área de Acumuladores Elétricos Chumbo-Ácido e Ligas de Chumbo, que tem o compromisso com a sociedade em oferecer produtos de alta qualidade, sempre respeitando o Meio Ambiente, baseado nos seguintes aspectos: Redução do consumo de recursos naturais; Prevenção à poluição; Reutilização de produtos recicláveis; Atendendo aos requisitos legais aplicáveis, visando sempre a Melhoria Contínua Práticas de GSCM Quando questionado sobre o conceito de Green Supply Chain Management, o gestor respondeu não ter conhecimento, porém com o desenrolar da entrevista e da visita, constataram-se aplicações das práticas ambientais que estão relacionadas a este tema. Sendo assim, após a entrevista guiada pelo questionário que define este conceito, segundo os autores Canning e Hanmer-lloyd (2007), Srivastava (2007), Brassolatti e Martins (2010) e Labegalini (2010), e com as observações feitas durante a visita pode-se constatar que as principais práticas ambientais utilizadas pela empresa beta em sua cadeia de suprimentos são: Gestão Ambiental Interna Comprometimento da alta gerência; Apoio de gestores de nível médio; Cumprimento à legislações ambientais e programas de auditoria; Existência de um Sistema de Gestão Ambiental; Compra verde Fornecedores certificados pela ISO 14001; Eco-design Desenvolver produtos que suas matérias-primas e componentes sejam reutilizados, reciclados e recuperados; Recuperação do Investimento Venda de sucatas e materiais usados (logística reversa) Motivações e Barreiras para Adoção de Práticas de GSCM Adentrando ao tema desta pesquisa, o gestor foi também questionado sobre as motivações que a empresa encontrou para estabelecer essas práticas em sua gestão ambiental e as principais foram: Atendimento a requisitos legais; Imagem / Reputação corporativa; Redução de custos (longo prazo). Outra inspiração citada pelo gestor foi a certificação ISO 14001, cuja implantação está em andamento e que para ser estabelecida necessidade muitas vezes de outras técnicas implantadas. As maiores dificuldades que foram constatadas para a implantação dessas e novas ferramentas são: 10/15

11 Falta de conscientização da população; Falta de conhecimento / Informação sobre o assunto; Falta de compreensão / entendimento de como adotar as práticas; Falta de treinamento; Aumento de custos (curto prazo). 4.3 Discussões dos Resultados Esta pesquisa consistiu na investigação das motivações e barreiras para a adoção de práticas de gestão ambiental em cadeia de suprimentos em duas empresas do setor eletroeletrônico do segmento de baterias automotivas. Tomando com base as entrevistas realizadas com os gestores ambientais e as observações feitas in loco nas fábricas, foi possível elaborar os Quadros 2, 3 e 4, que sintetizam os dados coletados referentes às práticas ambientais existentes nas companhias, às motivações e barreiras para a implementação dessas e outras técnicas ambientais, sobretudo em cadeia de suprimentos. Práticas de GSCM Gestão Ambiental Interna Comprometimento da alta gerência Apoio de gestores de nível médio Cooperação de diferentes áreas funcionais na adoção de melhorias ambientais Gestão ambiental de qualidade total Cumprimento à legislações ambientais e auditorias ambientais Certificação ISO Existência de um Sistema de Gestão Ambiental Compra verde Rotulagem ambiental dos produtos Cooperação de fornecedores em objetivos ambientais Auditoria ambiental realizada na gestão interna dos fornecedores Fornecedores certificados pela ISO Avaliação das práticas ambientalemente amigas de fornecedores secundários Cooperação com os clientes Cooperação com os clientes para Ecodesign Cooperação com os clientes para Produção mais Limpa Cooperação com os clientes para Embalagens Verdes Eco-design Desenvolver produtos que utilizem menos matéria-prima e energia Desenvolver produtos que suas matérias-primas e componentes sejam reutilizados, reciclados e recuperados Desenvolver produtos que evitem ou reduzem o uso de materiais perigosos e/ou seu processo de fabricação Recuperação do Investimento Recuperação do investimento (venda) do excesso de estoque e de materiais Empresa α Práticas Utilizadas Empresa β 11/15

12 Venda de sucatas e materiais usados (logística reversa) Venda de equipamentos em excesso Quadro 2: Listagem de práticas ambientais em cadeia de suprimentos utilizadas nas empresas em estudo. Fonte: Própria autoria. Como mostrado no Quadro 2, em relação a adoção de práticas de GSCM, as empresas estudadas foram consideradas atuantes deste método, posto que realizam seleção de fornecedores considerando, entre outros, aspectos ambientais, selecionam e reciclam todo resíduo gerado em seu processo de fabricação e, entre outras práticas, são responsáveis pela gestão de seus produtos após sua vida útil, como descrito por Srivastava (2007). A empresa alfa mostra-se um pouco mais avançada em relação à aplicação dessas práticas, sendo que apresenta a Certificação ISO 14001, ou seja, um Sistema de Gestão Ambiental instituído. Porém, a Certificação está relacionada ao fato desta empresa apresentar como clientes grandes montadoras, que fazem pressões em seus fornecedores a fim de aplicar também práticas do GSCM em sua cadeia. Todavia, a empresa beta não encontra-se longe, posto que já apresenta um Sistema de Gestão Ambiental inicialmente estruturado e espera certifica-se dentro de no máximo um ano. Outro diferencial da empresa alfa é a utilização da ferramenta Rotulagem Ambiental, cujo objetivo, segundo o responsável ambiental, é informar clientes e consumidores a importância da destinação correto do produto quando este tornar-se obsoleto. Com isso, todas as baterias produzidas na fábrica saem com um rótulo que contém informações ambientais para orientar os consumidores. O Quadro 3 resume as principais motivações para a adoção de ferramentas ambientais principalmente em cadeia de suprimentos das empresas investigadas. Atendimento a requisitos legais Pressões dos clientes / consumidores Incentivos dos acionistas Pressãos de ONG s Imagem / Reputação Corporativa Relações com a comunidade Principais Motivadores Empresa α Empresa β Redução de custos (longo prazo) Quadro 3: Principais motivações detectadas para a adoção de práticas ambientais especialmente em cadeias de suprimentos. Fonte: Própria autoria. Infere-se que as principais motivações - atendimento a requisitos legais (WALKER; SISTOB; MCBAINC, 2008; SEURING; MÜLLER, 2008; BRASSOLATTI; MARTINS, 2010; YANG; SHEU, 2011), imagem / reputação corporativa (ANDIÇ; YURT; BALTACIOGLU, 2012) e redução de custos (longo prazo) (BRASSOLATTI; MARTINS, 2010) - estão em acordo nas duas organizações. Além disso, na empresa alfa foi averiguado outro incentivador que é a pressão de clientes / consumidores, que está claramente relacionado à influência de grandes montadoras que fazem parte de sua cadeia de suprimentos, sendo que elas, em sua maioria, apresentam avançado conceito de gestão ambiental em sua cultura organizacional, como foi observado por Seuring e Müller (2008), Walker, Sistob e Mcbainc (2008), Thun e Müller (2010), Testa e Iraldo (2010), Yang e Sheu (2011), Andiç, Yurt e Baltacioglu (2012) em suas análises. Thun e Müller (2010) identificaram, em contrapartida, que atendimento a requisitos legais não foi um importante incentivo para as empresas do estudo, enquanto que Andiç; Yurt 12/15

13 e Baltacioglu (2012) identificaram que seria um incentivo se houver monitoramento e controle por parte das organizações públicas, porém o ambiente e as visões analisadas nos dois casos também não são análogas. O Quadro 4 apresenta as principais dificuldades verificadas junto às empresas pesquisadas para a implementação de práticas ambientais especialmente em cadeia de suprimentos. Falta de conscientização da população Principais Barreiras Empresa α Empresa β Falta de conhecimento / informação sobre o assunto Falta de comprometimento (funcionários / alta direção / etc) Falta de compreensão / entendimento de como adotar as práticas Inibição da inovação (alto custo) Receio na divulgação de informações para a cadeia de suprimentos Falta de treinamento Aumento de custos (curto prazo) Outras: Falta de cooperação de todos os elos da cadeia Quadro 4: Principais barreiras detectadas para a adoção de práticas ambientais principalmente em cadeias de suprimentos. Fonte: Própria autoria. Entende-se, portanto, que a falta de conscientização da população, falta de conscientização de fornecedores e clientes (ANDIÇ; YURT; BALTACIOGLU, 2012); falta de conhecimento / informação sobre o assunto, verificado por Thun e Müller (2010) também; falta de compreensão / entendimento de como adotar as práticas; falta de treinamento, aumento de custos (curto prazo) (WALKER; SISTOB; MCBAINC, 2008; BRASSOLATTI; MARTINS, 2010; TESTA; IRALDO, 2010; ANDIÇ; YURT; BALTACIOGLU, 2012) foram as principais barreiras encontradas durante o estudo nas duas companhias e as que apresentam autores destacados indicam que eles também identificaram essas barreiras como resultado de suas análises. Um ponto importante citado pelo gestor ambiental da empresa alfa foi a falta de cooperação de todos os elos da cadeia, que segundo a própria definição do green supply chain management delineados pelos autores Canning e Hammer-Loyd (2007) não é viável sem a contribuição de todas as partes envolvidas na cadeia de suprimentos. Com os dados coletados, pode-se perceber que a teoria reflete a realidade, sendo que as motivações selecionadas pelas empresas vão ao encontro aos incentivos listados pelos autores citados nesse trabalho, mesmo considerando que seus estudos basearam-se em empresas localizadas em outras nações e de setores diferentes ao analisado nesta pesquisa. Todavia, a maioria das barreiras encontradas neste estudo não estão em conformidade das detectadas nas pesquisas realizadas pelos autores citados, apenas o aumento de custos a curto prazo foi considerada empecilho ao mesmo tempo em quatro do total de estudos mencionados. Sendo assim, não foi possível detectar uma grande semelhança entre as barreiras obtidas com as mencionadas pelos autores levados em consideração neste estudo, talvez isso deve-se ao fato de que o Brasil apresenta questões de legislação ambientais específicas e ainda menos rigorosas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 13/15

14 Este trabalho buscou identificar as motivações e barreiras para a adoção de práticas de gestão ambiental em cadeias de suprimentos, sendo que é um tema ainda pouco explorado pelos estudos acadêmicos e há poucos exemplos de aplicações em empresas no Brasil. Foi observado durante toda a investigação que as empresas apresentam práticas ambientais em suas cadeias de suprimentos, mesmo que em início de implantação. Sendo assim, essas práticas iniciais encontram-se conduzidas e praticadas no dia-a-dia das empresas analisadas. Com isso, estão buscando novos desafios relacionados à gestão ambiental. Além disso, detectou-se que mesmo as duas companhias apresentando portes aproximados (grande), a empresa alfa apresenta um sistema de gestão ambiental mais rigoroso, pois apresenta ferramentas de GSCM mais complexas, como a ISO e a rotulagem ambiental. Isto claramente deve-se ao fato desta organização apresentar um mercado consumidor mais exigente, que são grandes montadoras de veículos, posto que estas apresentam rigorosos programas de seleção de fornecedores, inclusive no âmbito ambiental. Com isso, os dados coletados durante as entrevistas, a revisão da literatura que guiou a produção do questionário e as visitas in loco permitiram concluir que as motivações estão relacionadas ao atendimento a requisitos legais, à imagem e reputação corporativa e redução de custos a longo prazo, como já citados em outros estudos internacionais. Enquanto que as principais barreiras incluem a falta de conscientização da população, falta de conhecimento e informação sobre o assunto, falta de compreensão e entendimento de como adotar as práticas, falta de treinamento, e aumento de custos a curto prazo, sendo que não aproxima-se das dificuldades encontradas por outros autores em suas pesquisas. Pode-se considerar, então, que a conscientização ambiental em uma cadeia de suprimentos, torna-se reflexo da visão cultural de uma sociedade, que somente posteriormente será delongada para organizações públicas e privadas. Além disso, pode-se verificar que o setor de baterias, por apresentar severas legislações em comparação a outros setores, pode tornar-se referência de boas práticas ambientais, inclusive de gestão ambiental em cadeia de suprimentos. REFERÊNCIAS ANDIÇ, E.; YURT, O.; BALTACIOGLU, T. Green supply chains: Efforts and potential applications for the Turkish market. Resources, Conservation and Recycling, v.58, p.50-68, BRASSOLATTI, T. F. Z.; MARTINS, M.l F. Gestão ambiental da cadeia de suprimentos: análise de empresas de linha branca. Anais SIMPOI - XIII Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais, BRASIL, Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: < Acesso em: 25 nov BRASIL, Presidência da República - Casa Civil - Subchefia Para Assuntos Jurídicos Lei nº , de 2 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 20 out BRITO, R. P.; BERNARDI, P. C. Vantagem Competitiva na Gestão Sustentável da Cadeia de Suprimentos: Um Meta Estudo. Revista de Administração de Empresas, v. 50, n. 2, p , CANNING, L.; HANMER-LLOYD, S. Trust in buyer-seller relationships: the challenge of environmental (green) adaptation. European Journal of Marketing, v. 41, n.9-10, p , /15

15 JAPPUR, R. F.; CAMPOS L. M. S.; HOFFMAN, V. E.; SELIG, P. M. A visão de especialistas sobre a sustentabilidade corporativa frente às diversas formações de cadeias produtivas. Produção Online, v.8, n.3, LABEGALINI, L. Gestão da sustentabilidade na cadeia de suprimentos: Um estudo das estratégias de compra verde em supermercados. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós- Graduação em Administração da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, p.31-51, LU, L. Y. Y.; WU, C. H.; KUO, T. C. Environmental principles applicable to green supplier evaluation by using multi-objective decision analysis. International Journal of Production Research, v. 45, n , p , RAO, P.; HOLT, D. Do green supply chains lead to competitiveness and economic performance? International Journal of Operations & Production Management, v. 25, n. 9, SARKIS, J. A strategic decision framework for green supply chain management. Journal of Cleaner Production, v.11, n.4, p , SEURING, S.; MÜLLER, M. From a literature review to a conceptual framework for sustainable supply chain management. Journal of Cleaner Production, v.16, n.15, p , SOUZA, R. S. Evolução e Condicionantes da Gestão Ambiental nas Empresas. Revista Eletrônica de Administração, v. 8, n. 6, SVENSSON, G. Aspects of sustainable supply chain management (SSCM): conceptual framework and empirical example. Supply Chain Management: An International Journal, v.12, n.4, p , SRIVASTAVA, S. K. Green supply-chain management: A state-of-the-art literature review. International Journal of Management Reviews, v.9, n.1, p , TESTA, F.; IRALDO, F. Shadows and lights of GSCM (Green Supply Chain Management): determinants and effects of these practices based on a multi-national study. Journal of Cleaner Production, v.18, p , THUN, J.-H.; MÜLLER, A. An Empirical Analysis of Green Supply Chain Management in the German Automotive Industry. Business Strategy and the Environment, v. 19, p , ZHU, Q.; SARKIS, J.; LAI, K. Confirmation of a measurement model for green supply chain management practices implementation. International Journal of Production Economics, v.111, p , WALKER, H; SISTOB, L.; MCBAINC, D. Drivers and barriers to environmental supply chain management practices: Lessons from the public and private sectors. Journal of Purchasing & Supply Management, v.14, p.69-85, YANG, C.-L.; SHEU, C. The effects of environmental regulations on green supply chains. African Journal of Business Management, v.5 (26), p , YIN, R. K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 4 ed. São Paulo: Bookman, /15

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