Apresentação dos Coordenadores

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2 Apresentação dos Coordenadores O projeto Revisão e Treino 2.ª Fase OAB surgiu de uma percepção fundamental para o sucesso de todos os candidatos que enfrentam a 2.ª Fase do Exame Unificado da OAB: a necessidade de consolidação do conhecimento das estruturas das peças e do caminho para as respostas das questões discursivas, associada à necessidade de resolução do maior número possível de exercícios. Em novo formato, com linguagem inovadora, a Editora Revista dos Tribunais presenteia a todos os estudantes de Direito com um material que possibilitará a revisão dos tópicos fundamentais de cada uma das matérias de concentração de 2.ª fase, ao mesmo tempo em que disponibilizará uma técnica eficiente para o candidato treinar e evoluir em pontos cruciais, como a interpretação de texto, a pesquisa legislativa e a estruturação das respostas. O Revisão e Treino 2.ª Fase OAB traz os principais temas exigidos na prova, permitindo ao candidato testar seu desempenho em peças e questões retiradas de provas e tantas outras inéditas, elaboradas por professores com vasta experiência na preparação para o Exame de Ordem. Esperamos que esse novo material agrade aos candidatos da 2.ª Fase do Exame Unificado da OAB. Estamos certos de que esta publicação da Editora Revista dos Tribunais representará um grande contributo para o sucesso de todos os candidatos. Marco Antonio Araujo Junior Darlan Barroso Marcelo Marineli

3 Como utilizar o caderno O caderno Revisão e Treino 2ª Fase OAB foi dividido em treinos : em um primeiro bloco estão os treinos de peças, com as principais medidas judiciais exigidas em prova. Cada treino de peças possui em média 3 enunciados; em um segundo bloco estão os treinos das questões discursivas. Cada treino possui 4 enunciados. Após os enunciados, em cada treino, o caderno apresenta quadros denominados treinando, no qual será possível estudar e treinar cada aspecto importante das peças e questões discursivas. Nos quadros, você deve escrever, de maneira sucinta e objetiva, as suas respostas. Vamos a eles: a) PEÇAS O primeiro passo para a elaboração de uma peça prático-profissional é responder a perguntas primordiais. Com base nos dados fornecidos pelo enunciado, você responderá no próprio caderno, de maneira sucinta, às seguintes indagações: Qual a peça? Quem é o cliente? Crime / Pena? Ação Penal? Fulano (Réu) Arts. 155 e 288 do CP penas, respectivamente, de 1 a 4 anos e de 1 a 3 anos. Concurso material artigo 69 do Código Penal: as penas devem ser somadas. Pública incondicionada. Rito? Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei Não é cabível /1995) proces- Momento sual: Comum ordinário: a pena máxima (7 anos) é superior a 4 anos art. 394, 1.º, inc. I, do CPP. Após a citação.

4 8 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL Em seguida, com base nas respostas dadas anteriormente, você iniciará a estrutura propriamente dita da peça, começando pelo endereçamento e o nome da medida a ser adotada. Aqui você trabalhará aspectos que são sempre pontuados nos espelhos de correção das provas oficiais. Peça Endereçamento Resposta à Acusação. Estruturando a peça Juiz de Direito da... Vara Criminal da Comarca de... Na sequência, utilize os dados do enunciado para destacar as teses e respectivos artigos e súmulas que formarão o capítulo. Teses Apresentação da tese:... Premissa maior:... Premissa menor:... Conclusão:... Por fim, enumere os pedidos e requerimentos da sua medida judicial, bem como destaque as formalidades da peça (provas etc.). Pedidos Absolvição... Protesto por provas... Fique atento. A depender da peça (inicial ou recurso), os campos mudam para se adequar à estrutura. Note, por exemplo, a mudança de nomenclatura das partes (de Autor para Apelante ou Agravante ) e da estrutura (divisão entre peça de interposição e razões de Apelação para o recurso de Apelação). Faça todas as anotações nesses quadros e depois confira as respostas. Note, uma vez mais, que os quadros foram montados de modo a refletir a estrutura de cada peça. Ao final, você encontrará as respostas, todas elas dispostas no mesmo formato dos quadros que foram trabalhados. Dessa forma, você terá a possibilidade de conferir cada tópico e identificar em qual parte da peça teve um melhor desempenho e em qual necessita concentrar seus estudos. b) QUESTÕES DISCURSIVAS Nas questões discursivas, criamos um roteiro para auxiliar na busca da resposta. Após a leitura do enunciado, inicie destacando os principais termos encontrados. Em geral, esses termos servirão de ponto de partida para a pesquisa legislativa e evidenciarão os temas envolvidos. Destacando os principais termos do enunciado A peça acusatória foi recebida em 30 de julho de 2003 Condenado em primeiro grau por sentença publicada em 29 de abril de 2008 Pena em 1 ano e 4 meses de reclusão Somente a defesa apelou

5 Como utilizar o caderno 9 Temas envolvidos no enunciado Prescrição Em seguida, identifique a base legislativa, ou seja, a legislação a ser pesquisada, respondendo a perguntas simples. Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? Material. Acusação Não. Questionamentos Por fim, com os dados anteriormente encontrados, faça a pesquisa e aponte os artigos de lei que serão utilizados para fundamentar a resposta à indagação formulada no enunciado. Lembre-se: a resposta a cada ponto de indagação deve ser fundamentada. relaciona- Artigos dos Art. 117 do CP O Caminho da Resposta Nas respostas das questões discursivas, além dos quadros preenchidos, apresentamos uma espécie de roteiro para a condução da pesquisa legislativa ( O caminho da pesquisa ), no qual explicamos como encontrar os artigos que servirão para as respostas. Em seguida, explicamos como responder a cada ponto de indagação formulado no enunciado ( Elaborando a resposta ). Por fim, apresentamos um Gabarito, que reflete, nas questões retiradas de provas, o gabarito apresentado pela banca examinadora; nas questões inéditas, reflete o gabarito formulado pelos professores organizadores.há, ainda, espaços para que o aluno redija suas peças e as respostas às questões discursivas, em folhas semelhantes às utilizadas na prova oficial, desenvolvendo-se, assim, a noção do espaço disponível para a redação. Portanto, mãos à obra! Boa revisão! Bom treino!

6 PEÇAS Treino 1 ENUNCIADOS 99Enunciado 1 Pedro, Bruno e Danilo foram denunciados pela prática, em concurso material, dos crimes de furto e de associação criminosa, pois, segundo o Ministério Público, teriam, em conjunto, praticado furto contra Andréia, mãe de Bruno, de 40 anos de idade. A inicial acusatória limitou-se a imputar genericamente os tipos penais, trazendo a seguinte descrição dos fatos: No dia , Pedro, Bruno e Danilo furtaram Andréia, subtraindo seu aparelho celular, sua carteira e seu relógio. Assim agindo, incidiram nos tipos penais dos arts. 155 e 288 do CP. Recebida a denúncia pelo Juízo competente, os réus foram citados em (quarta-feira). Na qualidade de advogado constituído por Bruno, apresente a peça processual cabível, formulando as teses e os pedidos pertinentes e datando-a do último dia do prazo legal. 99Enunciado 2 O Ministério Público ofereceu denúncia contra Rogério, empresário de 35 anos de idade, perante a 2.ª Vara Criminal de Sorocaba/SP, imputando-lhe a prática do crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP) contra Rosângela, menina de 13 anos. Segundo consta da denúncia, no dia , Rogério conheceu Rosângela em uma festa e depois a levou para sua casa, onde mantiveram conjunção carnal. Em sede policial, as testemunhas afirmaram que Rosângela aparenta ser maior de idade e que costuma frequentar festas e apresentar-se às pessoas que conhece como maior de 18 anos de idade. O laudo pericial confirmou a ocorrência da relação sexual. Rogério, por sua vez, ao ser interrogado, disse à autoridade policial que ela realmente tinha se apresentado como maior de idade, tendo ele acreditado na palavra da vítima, pois assim ela aparentava. O Juiz recebeu a denúncia e Rogério foi citado. Na qualidade de advogado de Rogério, apresente a peça cabível, explorando as teses cabíveis e formulando os pedidos pertinentes.

7 20 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL 99Enunciado 3 No dia , Carlos Alberto dirigia a caminho de casa, quando, de repente, Marco Paulo bateu, por um acidente, na traseira de seu veículo, avariando ambos os carros. Visivelmente irritado, Carlos Alberto desceu do seu carro e começou a discutir com Marco Paulo. A discussão tornou-se acalorada e, após esbravejar, Carlos Alberto sacou a sua arma de fogo e apontou-a na direção de Marco Paulo, dizendo que atiraria nele e tiraria sua vida em razão do ocorrido. Marco Paulo, então, a fim de evitar que Carlos Alberto prosseguisse, alcançou um pedaço de pau que estava no chão e arremessou-o, atingindo Carlos Alberto no rosto e causando nele uma deformidade permanente. Diante de tais fatos e devidamente comprovada, por laudo pericial, a deformidade permanente causada, Marco Paulo foi denunciado lesão corporal gravíssima (art. 129, 2.º, inc. IV, do CP). A denúncia foi recebida pelo Juízo competente, efetivando-se a citação de Marco Paulo há dois dias. Como advogado constituído por Marco Paulo, atue em seu favor, elaborando a peça processual cabível.

8 Treino 1 21 ## TREINANDO ENUNCIADO 1 Qual a peça? Cliente Crime/Pena Ação Penal Rito Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995) Momento processual

9 22 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL Estruturando a peça Peça Competência Teses Pedidos e requerimentos Data da peça

10 Treino 1 23 ## TREINANDO ENUNCIADO 2 Qual a peça? Cliente Crime/Pena Ação Penal Rito Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995) Momento processual

11 24 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL Estruturando a peça Peça Competência Teses Pedidos e requerimentos

12 Treino 1 25 ## TREINANDO ENUNCIADO 3 Qual a peça? Cliente Crime/Pena Ação Penal Rito Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995) Momento processual

13 26 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL Estruturando a peça Peça Competência Teses Pedidos e requerimentos

14 Treino

15 28 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL

16 Treino

17 30 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL

18 Treino

19 32 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## RESPOSTA TREINO 1 ENUNCIADO 1 Qual a peça? Cliente Crime/Pena Ação Penal Rito Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995) Momento processual Bruno (réu). Arts. 155 e 288 do CP penas, respectivamente, de 1 a 4 anos e de 1 a 3 anos. Concurso material art. 69 do CP: as penas devem ser somadas. Pública incondicionada. Comum ordinário: a pena máxima (7 anos) é superior a 4 anos art. 394, 1.º, inc. I, do CPP. Não é cabível: a pena mínima (2 anos) é superior a 1 ano. Após a citação, que ocorreu no dia (quarta-feira). Estruturando a peça Peça Resposta à Acusação arts. 396 e 396-A do CPP. Competência Juiz de Direito da... Vara Criminal da Comarca de... Teses (APRESENTAÇÃO DA TESE) O presente feito padece de nulidade ab initio, pois a denúncia é inepta e, portanto, sequer deveria ter sido recebida. Vejamos. (PREMISSA MAIOR) Nos termos do art. 41 do CPP, a inicial acusatória deve, dentre outros requisitos, conter a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias. Caso tal requisito não seja cumprido, a peça será inepta e, assim, deverá ser rejeitada, nos termos do art. 395, inc. I, do CPP. (PREMISSA MENOR) No caso em apreço, a denúncia não narrou os fatos com todas as suas circunstâncias, limitando-se a mencionar a suposta ocorrência da subtração em conjunto. Com efeito, a acusação não especificou a conduta de cada um dos acusados, deixando de narrar como se deu a subtração imputada e como ocorreu essa suposta ação em conjunto. (CONCLUSÃO) Assim, deve a presente ação penal deve ser anulada ab initio, com fundamento no art. 564, inc. IV, do CPP ou deve a denúncia ser rejeitada tardiamente, nos termos do art. 395, inc. I, do CPP. (APRESENTAÇÃO DA TESE) Ademais, ainda que assim não fosse, verifica-se a atipicidade em relação à imputação de crime de associação criminosa, determinando a absolvição sumária de Bruno, com base no art. 397, inc. III, do CPP. (PREMISSA MAIOR) Conforme a previsão do art. 288 do CP, tipifica-se o delito de associação criminosa no caso de associação de 3 ou mais agentes para o fim específico de prática de crimes. Note-se que é necessário que a associação ocorra para a prática de mais de um crime para a tipificação do crime em pauta. (PREMISSA MENOR) No caso sob exame, constata-se que, segundo a denúncia, os denunciados uniram-se apenas para a prática do crime de furto contra Andréia, ou seja, somente para o cometimento de um crime, não se configurando, pois, o delito de associação criminosa. (CONCLUSÃO) Portanto, de rigor a absolvição sumária de Bruno quanto ao crime de associação criminosa, nos termos do art. 397, inc. III, do CPP. (APRESENTAÇÃO DA TESE) De outro lado, Bruno também deve ser absolvido sumariamente em relação ao crime de furto.

20 Treino 1 33 Teses Pedidos e requerimentos Data da peça (PREMISSA MAIOR) Com base no disposto no art. 181, inc. II, do CP, tem-se que age acobertado por escusa absolutória aquele que comete crime de furto contra ascendente. (PREMISSA MENOR) In casu, a vítima do crime de furto em análise é mãe de Bruno, de modo que ele deve ser beneficiado pela referida escusa. Importante destacar que a vítima tem 40 anos de idade, não incidindo, portanto, o disposto no art. 183, inc. III, do CP. (CONCLUSÃO) Portanto, de rigor a absolvição sumária de Bruno também no que tange ao delito de furto, com fulcro no art. 397, inc. II, do CPP. Ante o exposto, pugna-se, preliminarmente, pela anulação ab initio do processo, nos termos do art. 564, inc. IV, do CPP, ou pela rejeição tardia da denúncia, com fulcro no art. 395, inc. I, do CPP, em razão da inépcia da denúncia. No mérito, pugna-se pela absolvição sumária de Bruno, com fulcro no art. 397, inc. III, do CPP, em relação ao crime de associação criminosa, e com base no inc.ii do art. 397 do CPP, quanto ao delito de furto. Caso o entendimento de Vossa Excelência seja pelo prosseguimento do processo, pugna-se pela oitiva das testemunhas ao final arroladas. (OBS: formalizar o rol de testemunhas ao final da peça, da seguinte forma: 1 Nome, endereço; 2 Nome, endereço; 3 Nome, endereço). O prazo da Resposta à Acusação é de 10 dias (art. 396 do CPP). Data da citação: (quarta-feira). Termo inicial do prazo: (quinta-feira). Termo final do prazo: (segunda-feira). OBS.: o termo final do prazo seria dia 18 de outubro, sábado, mas, como o prazo processual não se inicia e nem se esgota em dias não úteis, teve de ser postergado para o próximo dia útil, que, no caso, era segunda-feira.

21 34 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## RESPOSTA TREINO 1 ENUNCIADO 2 Qual a peça? Cliente Crime/Pena Rogério (réu) empresário, 35 anos. Art. 217-A do CP pena de 8 a 15 anos. Ação Penal Rito Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995) Pública incondicionada art. 225, parágrafo único, do CP. Comum ordinário: a pena máxima (15 anos) é superior a 4 anos art. 394, 1.º, inc. I, do CPP. Não é cabível: a pena mínima (8 anos) é superior a 1 ano. Momento processual: Após a citação. Estruturando a peça Peça Resposta à Acusação arts. 396 e 396-A do CPP. Competência Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Sorocaba/SP. Teses (APRESENTAÇÃO DA TESE) Verifica-se, no caso, a ocorrência de erro de tipo, denotando a ausência de dolo do réu e, assim, determinando a sua absolvição sumária, com base no art. 397, inc. III, do CPP. (PREMISSA MAIOR) Conforme a norma insculpida no art. 20 do CP, o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (PREMISSA MENOR) No caso sob exame, constata-se que o réu não tinha conhecimento da idade da vítima. Ora, apesar de ela ter apenas 13 anos, apresentou-se como maior de idade e realmente aparenta ter 18 anos, como confirmaram as testemunhas, o que levou o réu a acreditar nela e, portanto, pensar que praticava uma relação sexual lícita. Destarte, por erro quanto a elemento constitutivo do crime em tela, qual seja, a idade da vítima (menor de 14 anos), é evidente que o denunciado não agiu com o dolo necessário à configuração típica subjetiva do delito de estupro de vulnerável. Assim, e considerando-se que não há previsão de forma culposa para tal crime, verifica-se a atipicidade de sua conduta, conforme o já mencionado art. 20 do CP. (CONCLUSÃO) Portanto, de rigor a absolvição sumária de Rogério, nos termos do art. 397, inc. III, do CPP. Pedidos e requerimentos Ante o exposto, pugna-se pela absolvição sumária de Rogério, nos termos do art. 397, inc. III, do CPP, por atipicidade subjetiva da conduta a ele imputada. Caso o entendimento de Vossa Excelência seja pelo prosseguimento do processo, pugna-se pela oitiva das testemunhas ao final arroladas. (OBS: formalizar o rol de testemunhas ao final da peça, da seguinte forma: 1 Nome, endereço; 2 Nome, endereço; 3 Nome, endereço).

22 Treino 1 35 ## RESPOSTA TREINO 1 ENUNCIADO 3 Qual a peça? Cliente Marco Paulo (réu). Crime/Pena Lesão corporal gravíssima (art. 129, 2.º, inc. IV, do CP) pena de 2 a 8 anos. Ação Penal Rito Suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995) Momento processual: Pública incondicionada. Comum ordinário: a pena máxima (8 anos) é superior a 4 anos art. 394, 1.º, inc. I, do CPP. Não é cabível: a pena mínima (2 anos) é superior a 1 ano. Após a citação. Estruturando a peça Peça Resposta à Acusação arts. 396 e 396-A do CPP. Competência Juiz de Direito da... Vara Criminal da Comarca de... Teses (APRESENTAÇÃO DA TESE) O caso é de absolvição sumária, porquanto é manifesta a incidência de excludente de ilicitude. Vejamos. (PREMISSA MAIOR) Nos termos do art. 23, inc. II, do CP, a legítima defesa é causa excludente de ilicitude. Consoante dispõe o art. 25 também do CP, entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (PREMISSA MENOR) No caso em apreço, não há qualquer dúvida de que Marco Paulo agiu em legítima defesa. Ora, após Marco Paulo bater, por um acidente, na traseira do veículo de Carlos Alberto, este iniciou uma discussão e, em dado momento, sacou sua arma de fogo, ameaçando atirar para matá-lo. Apenas diante dessa iminente agressão e a fim de repeli-la é que Marco Paulo pegou o pedaço de pau que estava no chão e arremessou-o na direção de Carlos Alberto, causando a deformidade permanente em questão. (CONCLUSÃO) Assim, em vista da incidência da excludente de ilicitude da legítima defesa, de rigor a absolvição sumária do réu, com base no art. 397, inc. I, do CPP. Pedidos e requerimentos Ante o exposto, pugna-se pela absolvição sumária de Marco Paulo, com base no art. 397, inc. I, do CPP. Caso o entendimento de Vossa Excelência seja pelo prosseguimento do processo, pugna-se pela oitiva das testemunhas ao final arroladas. (OBS: formalizar o rol de testemunhas ao final da peça, da seguinte forma: 1 Nome, endereço; 2 Nome, endereço; 3 Nome, endereço).

23 QUESTÕES DISCURSIVAS Treino 11 ENUNCIADOS 99 Questão 1 (FGV OAB ) Jeremias é preso em flagrante pelo crime de latrocínio, praticado contra uma idosa que acabara de sacar o valor relativo à sua aposentadoria dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal e presenciado por duas funcionárias da referida instituição, as quais prestaram depoimento em sede policial e confirmaram a prática do delito. Ao oferecer denúncia perante o Tribunal do Júri da Justiça Federal da localidade, o Ministério Público Federal requereu a decretação da prisão preventiva de Jeremias para a garantia da ordem pública, por ser o crime gravíssimo e por conveniência da instrução criminal, uma vez que as testemunhas seriam mulheres e poderiam se sentir amedrontadas caso o réu fosse posto em liberdade antes da colheita de seus depoimentos judiciais. Ao receber a inicial, o magistrado decretou a prisão preventiva de Jeremias, utilizando-se dos argumentos apontados pelo Parquet. Com base no caso acima, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, indique os argumentos defensivos para atacar a decisão judicial que recebeu a denúncia e decretou a prisão preventiva. 99 Questão 2 (FGV OAB ) Caio é denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio qualificado por motivo fútil. De acordo com a inicial, em razão de rivalidade futebolística, Caio teria esfaqueado Mévio quarenta e três vezes, causando-lhe o óbito. Pronunciado na forma da denúncia, Caio recorreu com o objetivo de ser impronunciado, vindo o Tribunal de Justiça da localidade a manter a pronúncia, mas excluindo a qualificadora, ao argumento de que Mévio seria arruaceiro e, portanto, a motivação não poderia ser considerada fútil. No julgamento em plenário, ocasião em que Caio confessou a prática do crime, a defesa lê para os jurados a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça no que se refere à caracterização de Mévio como arruaceiro. Respondendo aos quesitos, o Conselho de Sentença absolve Caio. Sabendo-se que o Ministério Público não recorreu da sentença, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.

24 Treino a) A esposa de Mévio poderia buscar a impugnação da decisão proferida pelo Conselho de Sentença? Em caso positivo, de que forma e com base em que fundamento? (Valor: 0,65) b) Caso o Ministério Público tivesse interposto recurso de apelação com fundamento exclusivo no art. 593, III, d, do CPP, poderia o Tribunal de Justiça declarar a nulidade do julgamento por reconhecer a existência de nulidade processual? (Valor: 0,6) 99Questão 3 (questão simulada) Alfredo e Luiz foram denunciados pela prática, em concurso de agentes, do delito tipificado no art. 171 do CP. Segundo consta da denúncia, oferecida perante a 1ª Vara Federal de Três Lagoas/MS, eles teriam praticado o delito em detrimento de um funcionário do Banco do Brasil na localidade. Recebida a denúncia, as defesas de Alfredo e Luiz mostraram-se conflitantes. Na fase instrutória, uma das testemunhas foi ouvida por carta precatória. Na respectiva audiência, os advogados dos réus não compareceram e o juízo deprecado, então, nomeou um único advogado para ambos. O juízo deprecante, ao final, emitiu decreto condenatório em face de Alfredo e Luiz. Alfredo, descontente com o patrono que o representava, destituiu-o e nomeou você como novo advogado. Com base no cenário acima, indique as nulidades que podem ser arguidas em favor de seu cliente. 99Questão 4 (questão simulada) Mário foi denunciado pelo Ministério Público pela suposta prática do crime de furto (art. 155 do CP). Durante a instrução, no entanto, percebeu-se que os fatos narrados na denúncia não correspondiam ao que verdadeiramente teria ocorrido, um crime de roubo. Isso porque, segundo as testemunhas ouvidas em Juízo, houve emprego de violência para a subtração, fato esse que não fora descrito na inicial acusatória. Diante do caso narrado, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. a) A hipótese é de mutatio libelli ou de emendatio libelli? Pode o juiz efetuar a correção da capitulação jurídica ao proferir sentença? b) Seria possível que o Tribunal Justiça procedesse da mesma forma durante o julgamento de recurso de apelação?

25 190 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## TREINANDO QUESTÃO 1 Destacando os principais termos do enunciado Temas envolvidos no enunciado Questionamentos Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? O caminho da resposta Artigos relacionados

26 Treino

27 192 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## TREINANDO QUESTÃO 2 Destacando os principais termos do enunciado Temas envolvidos no enunciado Questionamentos Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? O caminho da resposta Artigos relacionados

28 Treino

29 194 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## TREINANDO QUESTÃO 3 Destacando os principais termos do enunciado Temas envolvidos no enunciado Questionamentos Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? O caminho da resposta Artigos relacionados

30 Treino

31 196 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## TREINANDO QUESTÃO 4 Destacando os principais termos do enunciado Temas envolvidos no enunciado Questionamentos Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? O caminho da resposta Artigos relacionados

32 Treino

33 198 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## RESPOSTA TREINO 11 QUESTÃO 1 Destacando os principais termos do enunciado Jeremias é preso em flagrante Crime de latrocínio Contra uma idosa Dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal Denúncia perante o Tribunal do Júri da Justiça Federal da localidade Decretação da prisão preventiva Garantia da ordem pública, por ser o crime gravíssimo e por conveniência da instrução criminal, uma vez que as testemunhas seriam mulheres Ao receber a inicial, o magistrado decretou a prisão preventiva Temas envolvidos no enunciado Prisões; competência Questionamentos Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? Processual. Defesa. Não. O caminho da resposta Artigos relacionados Arts. 5.º, inc. XXXVIII, d, e 109 da CF/1988 Art. 157, 3.º, do CP Art. 312 do CPP Súmula 603 do STF 99 O CAMINHO DA PESQUISA Uma vez que o enunciado menciona que a denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal e recebida pelo Juiz do Tribunal do Júri Federal, deve-se verificar se o caso é mesmo de competência da Justiça Federal. A competência da Justiça Federal está prevista no art. 109 da CF/1988. Conforme previsto no inc. IV desse dispositivo constitucional, a Justiça Federal é competente para processar e julgar os crimes praticados em detrimento de bens, serviços e interesses de empresas públicas federais. Segundo narra o enunciado, o crime foi praticado no interior da Caixa Econômica Federal, mas a vítima foi uma senhora, ou seja, o caso não envolve bens, interesses ou serviços da empresa pública federal. Ademais, é preciso analisar a competência do Júri, também especificada no enunciado. Segundo consta, o crime praticado foi o de latrocínio (art. 157, 3.º, do CP), que é crime contra o patrimônio. A competência do Júri, entretanto, nos termos do art. 5.º, inc. XXXVIII, d, da CF/1988, envolve a prática de crimes dolosos contra a vida. A esse respeito, trata a Súmula 603 do STF, que pode ser localizada a partir do índice remissivo, em Tribunal do Júri/competência.

34 Treino Por fim, havendo menção ao fundamento que embasou a decretação da prisão preventiva, deve-se verificar a sua idoneidade para determinar a imposição da medida cautelar. Os requisitos para a decretação da prisão preventiva estão no art. 312 do CPP, dentre os quais estão a garantia da ordem pública e a conveniência da instrução criminal, ocorre que as razões invocadas não são suficientes para a decretação da prisão provisória, medida excepcional e que depende de fundamentação concreta. 99ELABORANDO A RESPOSTA Inicialmente, é cabível a alegação de incompetência da Justiça Federal para processamento e julgamento do feito, porque o caso não se enquadra em qualquer das hipóteses do art. 109 da CF/1988. Também deve ser alegada a incompetência do Tribunal do Júri, já que o latrocínio é crime contra o patrimônio e o Tribunal do Júri tem competência para os crimes dolosos contra a vida, conforme art. 5.º, inc. XXXVIII, d, da CF/1988. Nesse sentido é a Súmula 603 do STF. Por fim, há ilegalidade na decretação da prisão preventiva, por ausência de fundamentação concreta a demonstrar o preenchimento dos requisitos do art. 312 do CPP. Gabarito a) Não, pois a competência para processamento e julgamento é de uma vara comum da justiça estadual, por se tratar de crime patrimonial e que não ofende bens, serviços ou interesses da União ou de suas entidades autárquicas. b) Não, pois a jurisprudência é pacífica no sentido de que considerações genéricas e presunções de que em liberdade as testemunhas possam sentir-se amedrontadas não são argumentos válidos para a decretação da prisão antes do trânsito em julgado de decisão condenatória, pois tal providência possui natureza estritamente cautelar, de modo que somente poderá ser determinada quando calcada em elementos concretos que demonstrem a existência de risco efetivo à eficácia da prestação jurisdicional. c) Tribunal Regional Federal, pois a autoridade coatora é juiz de direito federal. Observação: apesar de o gabarito oficial estar formulado em padrão que não corresponde ao questionamento efetuado, os argumentos estão corretos e correspondem ao exigido no espelho de correção, à exceção da letra c, que não foi objeto de questionamento e pontuação.

35 200 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## RESPOSTA TREINO 11 QUESTÃO 2 Destacando os principais termos do enunciado Homicídio qualificado por motivo fútil Em razão de rivalidade futebolística, Caio teria esfaqueado Mévio quarenta e três vezes, causandolhe o óbito O Tribunal de Justiça da localidade manteve a pronúncia, mas excluiu a qualificadora, ao argumento de que Mévio seria arruaceiro A defesa lê para os jurados a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça no que se refere à caracterização de Mévio como arruaceiro O Conselho de Sentença absolve Caio Temas envolvidos no enunciado Rito do júri; recursos em espécie; assistente de acusação; nulidades. Questionamentos Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? Processual. Acusação. Não. O caminho da resposta Artigos relacionados Arts. 268, 478, inc. I, 564, IV, 593 e 598 do CPP Súmulas 160 e 713 do STF 99 O CAMINHO DA PESQUISA Ponto de indagação a : é muito importante atentar-se para o fato de que a questão refere-se à esposa da vítima, ou seja, não envolve a defesa de Caio, mas justamente o contrário. Assim, deve-se perquirir se ela pode atuar na qualidade de assistente de acusação e se, em caso positivo, pode recorrer. Buscando-se o termo assistente no índice remissivo do Código de Processo Penal, verifica-se a remissão ao art. 268, que prevê a legitimidade do assistente no Processo Penal. Tal artigo, por sua vez, traz nota remissiva ao art. 598, o qual responde à indagação quanto à possibilidade de interposição do recurso. Da sentença proferida ao final da 2ª fase do rito do júri cabe o recurso de apelação, com base no art. 593, inc. III, do CPP. É preciso, ainda, especificar em quais alíneas seria fundamentado tal recurso. Como o enunciado narra a ocorrência de nulidade, bem como diz que o acusado foi absolvido a despeito de sua confissão, verifica-se que o recurso deve ser fundamentado nas alíneas a e d. Como houve nulidade, importante mencionar também o seu fundamento. Em caso de nulidade, deve-se sempre buscar o art. 564 do CPP, verificando-se a incidência, no caso, do seu inc. IV. Ponto de indagação b : em primeiro lugar, deve-se verificar a efetiva ocorrência de nulidade processual.

36 Treino Segundo narra o enunciado, a defesa leu em plenário a decisão do Tribunal de Justiça que, apesar de manter a pronúncia, afastou a qualificadora, fazendo menção ao trecho sobre a característica de arruaceiro da vítima. Tal proceder viola o disposto no art. 478, inc. I, do CPP, configurando nulidade processual. Ocorre que, na indagação, o Ministério Público teria recorrido apenas sob o fundamento de que a decisão dos jurados teria sido contrária à prova dos autos, de modo que o Tribunal não poderia reconhecer tal nulidade, a teor das Súmulas 160 e 713 do STF. 99ELABORANDO A RESPOSTA a) Sim, a esposa de Mévio poderia impugnar a decisão proferida pelo Conselho de Sentença, nos termos do art. 598 do CPP, pois o Ministério Público não recorreu. Para tanto, a esposa da vítima deveria constituir advogado para habilitá-la como assistente de acusação e interpor recurso de apelação, com fundamento no art. 593, inc. III, a e d, do CPP. Com efeito, a defesa violou a proibição expressa contida no art. 478, inc. I, do CPP, ao ler trecho de decisão que julgou admissível a acusação e manteve a pronúncia do réu, o que é causa de nulidade, nos termos do art. 564, inc. IV, do CPP; além disso, tendo o réu confessado o homicídio, a absolvição se mostrou manifestamente contrária à prova dos autos. b) Não, a nulidade processual não poderia ser reconhecida de ofício, pois as Súmulas 160 e 713 do STF proíbem que o Tribunal conheça de nulidade não arguida no recurso de acusação. Assim, a violação ao art. 478, inc. I, do CPP, por parte da defesa não poderia ser analisada se a acusação não lhe tivesse feito menção no recurso interposto. Gabarito a) Sim. A esposa da vítima deveria constituir advogado para que ele se habilitasse como assistente de acusação e interpusesse recurso de apelação, com fundamento nos arts. 598 e 593, III, a e d. Afinal, a defesa violou a proibição expressa contida no art. 478, I, do CPP, ao ler trecho de decisão que julgou admissível a acusação e manteve a pronúncia do réu. Além disso, tendo o réu confessado o homicídio, a absolvição se mostrou manifestamente contrária à prova dos autos. b) Não, pois a Súmula 160 do STF proíbe que o Tribunal conheça de nulidade não arguida no recurso de acusação. Assim, a violação ao art. 478, I, do CPP, por parte da defesa não poderia ser analisada se a acusação não lhe tivesse feito menção no recurso interposto.

37 202 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## RESPOSTA - TREINO 11 QUESTÃO 3 Destacando os principais termos do enunciado Prática, em concurso de agentes, do delito tipificado no art. 171 do CP Delito em detrimento de um funcionário do Banco do Brasil na localidade As defesas de Alfredo e Luiz mostraram-se conflitantes Uma das testemunhas foi ouvida por carta precatória Juízo deprecado, então, nomeou um único advogado para ambos Temas envolvidos no enunciado Nulidades; competência; ampla defesa. Questionamentos Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? Processual. Defesa. Não. O caminho da resposta Artigos relacionados Arts. 5.º, inc. LV, e 109 da CF/1988 Art. 564, incs. I e IV, do CPP Súmula 42 do STJ 99 O CAMINHO DA PESQUISA Como a questão exige a indicação de nulidades processuais, deve-se analisar o enunciado nos pontos em que trata da ação penal e do seu processamento. Nulidade 1: o enunciado descreve que a denúncia foi oferecida perante a 1ª Vara Federal de Três Lagoas/MS. Deve-se, então, verificar se o caso realmente determina a competência da Justiça Federal, buscando-se a resposta no art. 109 da CF/1988. Tal dispositivo não prevê a competência da Justiça Federal para o caso narrado, destacando-se que, ainda que o crime tenha sido praticado contra o funcionário no exercício de suas funções, o Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, não se incluindo, portanto, nas hipóteses do inc. IV do referido artigo constitucional. O art. 109 da CF/1988 faz remissão à Súmula 42 do STJ, a qual trata do tema em questão e pode ser utilizada para embasar a resposta. Há, portanto, nulidade por incompetência, nos termos do art. 564, inc. I, do CPP. Nulidade 2: segundo o enunciado, as defesas dos réus eram contraditórias e cada um possuía, portanto, um advogado. Ocorre que, na audiência realizada por carta precatória, foram representados por um único advogado. Neste ponto, o examinando deveria concluir que houve prejuízo à defesa, com violação ao art. 5.º, inc. LV, da CF/1988, ocorrendo nulidade processual com base no art. 564, inc. IV, do CPP.

38 Treino ELABORANDO A RESPOSTA Há, no caso, nulidade por incompetência absoluta, nos termos do art. 564, inc. I, do CPP, pois não incide qualquer das hipóteses mencionadas no art. 109 da CF/1988, não havendo fundamento para o trâmite do processo perante da Justiça Federal. Importante ressaltar que, ainda que o crime tenha sido praticado contra o funcionário no exercício de suas funções, o Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, não se incluindo, portanto, nas hipóteses do inc. IV do referido artigo constitucional, consoante entendimento consolidado na Súmula 42 do STJ. Ainda, há nulidade pela nomeação de apenas um advogado para os réus no juízo deprecado, nos termos dos arts. 5.º, LV, da CF/1988 e 564, inc. IV, do CPP, pois, como as defesas eram conflitantes, a nomeação do mesmo advogado para ambos os réus configura cerceamento de defesa. Gabarito a) Nulidade por incompetência absoluta com base no art. 564, I, do CPP e ausência de qualquer das hipóteses mencionadas no art. 109 da CF/1988 que justifiquem a atração do processo à competência da Justiça Federal. b) Nulidade com base no art. 564, IV, do CPP (0,30) A nomeação de somente um advogado para ambos os réus, feita pelo juízo deprecado, não respeita o princípio da ampla defesa consagrado no art. 5.º, LV, da CF/1988 (0,30).

39 204 REVISÃO E TREINO 2.ª FASE OAB CADERNO DE DIREITO PENAL ## RESPOSTA TREINO 11 QUESTÃO 4 Destacando os principais termos do enunciado Mário foi denunciado Suposta prática do crime de furto Os fatos narrados na denúncia não correspondiam ao que verdadeiramente teria ocorrido Houve emprego de violência para a subtração, fato esse que não fora descrito na inicial acusatória Temas envolvidos no enunciado Correlação entre acusação e sentença. Questionamentos Direito material ou processual? Acusação ou defesa? Incide legislação especial? Processual. Nenhum. Não. O caminho da resposta Artigos relacionados Arts. 383 e 384 do CPP Súmula 453 do STF 99 O CAMINHO DA PESQUISA Para responder à questão é preciso primeiro observar o caso envolve o princípio da correlação entre acusação e sentença, já que mencionada alteração fática e de tipificação após a instrução processual. Ponto de indagação A : iniciando-se a busca pelo Título XII do Código de Processo Penal, verifica-se que os arts. 383 e 384 tratam das hipóteses em que se faz necessária alguma alteração em relação aos termos da denúncia no momento da sentença. Como o caso envolve a alteração não só da tipificação, mas dos próprios fatos que a determinam, incide o disposto no art. 384, exigindo-se do examinando o conhecimento de que tal dispositivo refere-se à mutatio libelli. A resposta ao segundo questionamento deste ponto está no próprio art Ponto de indagação B : o art. 384 faz remissão à Súmula 453 do STF, que responde ao questionamento feito. 99ELABORANDO A RESPOSTA a) A hipótese é de mutatio libelli, instituto previsto no art. 384 do CPP, pois a alteração típica decorreu do fato de que a prova produzida ao longo da instrução processual demonstrou que os fatos não se deram tal como descreveu a denúncia. De acordo com o próprio art. 384 do CPP, o juiz não pode alterar a capitulação jurídica ao proferir a sentença, pois deve haver aditamento por parte do Ministério Público Federal, no prazo de 5 dias. b) Não, pois nesse caso haveria supressão de instância, conforme entendimento jurisprudencial consagrado na Súmula 453 do STF, segundo a qual Não se aplicam à segunda instância o Art. 384 e parágrafo único do

40 Treino CPP, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa. Gabarito a) Mutatio libelli. Não, deve haver aditamento pelo MP, no prazo de 5 dias. Art. 384 do CPP. b) Não, pois seria o caso de supressão de instância, conforme Súmula 453 do STF.

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