Varejo tem alta de 1% em relação a Março. Índice de volume de vendas no comércio varejista (%)

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1 Varejo tem alta de % em relação a Março O IBGE divulgou hoje (3/6/8) os dados do comércio varejista e apontou uma alta de % do varejo em Abril deste ano, comparado com Março, mês imediatamente anterior. Características dos últimos meses, a variações no comércio não tem sido altas, alternando entre altas e quedas. No mês anterior, o IBGE registrou, após algumas correções corriqueiras, uma alta no comércio de,%. No ano de 8, o varejo ainda não registrou queda, permanecendo estável em Fevereiro na época da publicação, o IBGE havia divulgado uma queda de -,3%, mas como comumente acontece, houve alguns reajustes nos dados e correções no índice e foi ratificado que o varejo não teve variação em Fevereiro de 8 quando comparado ao mês imediatamente anterior.,4,,8,6,4 Índice de volume de vendas no comércio varejista (%) Variação mês / mês anterior com ajuste sazonal,,,8,5,, -, -,4 -,6 -,3 -, -,4 -,5 Brasil Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio Pode-se dizer que um dos principais motivos para a alta no volume de vendas do comércio varejista em Abril gira em torno da Páscoa, onde as vendas nos setores de Hipermercados e Supermercados tendem a ter um aumento considerável comparado com o mês anterior e por ser um mês de véspera de Dia das Mães, onde

2 normalmente se há promoções para presentes e a tendência é de uma procura maior. O volume de vendas do comércio varejista em Abril de 8, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, apresentou certa estabilidade, variando,6%, a menor variação dos últimos doze meses, mas ainda mantendo uma serie de altas consecutivas neste período, sendo a maior registrada no mês de Março, com variação de 8% frente a Março de Volume de Vendas no Comércio Varejista Variação mensal (base: igual mês do ano anterior) , 6 4 3,6,9 3, 3,6,6 4 3,,5,6 Brasil Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio Os números confirmam que o varejo está em uma crescente quando comparado a anos anteriores. Os primeiros meses de 8 têm superado os primeiros meses de 7, meses em que já se via certa recuperação na economia brasileira, apesar da instabilidade política e incertezas de rumo do país. O consumo vem crescendo aos poucos e isso é refletido nos números do varejo. O cenário de incerteza em ano de eleição não impediu os consumidores a fazerem compras mais salgadas onde é comum um pagamento por um período de tempo. O setor de Eletrodomésticos e Móveis e Eletrodomésticos cresceram em Abril quando comparado ao mesmo mês do ano anterior.

3 Índice de volume de vendas no comércio varejista (%) por atividade Variação mês / mês anterior com ajuste sazonal Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de Eletrodomésticos Móveis e eletrodomésticos Equipamentos e materiais para escritório, Móveis Hipermercados, supermercados, produtos Outros artigos de uso pessoal e doméstico Hipermercados e supermercados Combustíveis e lubrificantes Livros, jornais, revistas e papelaria Tecidos, vestuário e calçados -7,3-4, -,3 -, -,4 4,9 5,6 9,4, O setor de Eletrodomésticos registrou variação de 9,4%, o setor de Móveis e Eletrodomésticos registrou variação de 5,6%, Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou alta de 4,9%. A maior variação foi no setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com,3%. O setor com maior queda foi o de Tecidos, vestuário e calçados, com variação de -7,3%. Dois setores permaneceram estáveis, o setor de Hipermercados e supermercados, que teve o mesmo comportamento comparado com o mês de Abril de 7, e o setor de Móveis. São Paulo Tratando-se somente do comércio varejista paulista, o IBGE registrou uma alta surpreendente, após meses de seguidas quedas no varejo paulista, o índice de volume de vendas variou 3,6% em relação ao mês imediatamente anterior. É a primeira vez no ano de 8 que o varejo paulista registra uma alta nas vendas quando comparado com o mês anterior, a última variação positiva tinha sido em

4 Novembro de 7, que registrou uma alta de,5%, mostrando um comportamento ainda muito estável. Em contrapartida, o registro de Abril foi o maior dos últimos doze meses, mais que dobrando a última maior variação, que havia ocorrido em Junho de 7. 4 Índice de volume de vendas no comércio varejista (%) Variação mês / mês anterior com ajuste sazonal 3,6 3,6,5 -,6, -,5 -,9,5 -,3 -,5 -, -,4 - São Paulo Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio Durante quatro meses seguidos o comércio de São Paulo registrou queda no índice comparado ao mês anterior, em Dezembro, o recuo foi de,3%, em Janeiro de 8,,5%, em Fevereiro, a queda aumentou para,% e em Março,,4%. Isso enfatiza o movimento surpreendente que ocorreu em Abril, com alta de 3,6%. O mês de Abril em particular, no ano de 8 e no ano de 7 foram meses de recuperação do varejo no estado de São Paulo. Quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, o índice permaneceu estável, após uma alta de 9,6%, a maior da série de doze meses, que ocorreu no mês de Março. Abril registrou nenhuma variação quando comparado a Abril de 7, registro único nos últimos doze meses. Neste índice, assim como o varejo nacional, o varejo paulista mostra um sinal de crescimento comparado à anos anteriores, com exceção apenas no mês de Fevereiro, onde foi registrado queda.

5 Volume de Vendas no Comércio Varejista Variação mensal (base: igual mês do ano anterior) 8 6 4,9 3, 3,5,8 6,6 4,6 5,5 -,9 9,6 - São Paulo Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio O volume de vendas por atividade em São Paulo teve como maior variação o setor de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação com aumento de 3,3% em comparação com Abril de 7, seguido do setor de Artigos Índice de volume de vendas no comércio varejista (%) por atividade - São Paulo Variação mês / mês anterior com ajuste sazonal Equipamentos e materiais para escritório, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de Eletrodomésticos Outros artigos de uso pessoal e doméstico Combustíveis e lubrificantes Móveis e eletrodomésticos Hipermercados, supermercados, produtos Hipermercados e supermercados Livros, jornais, revistas e papelaria Móveis Tecidos, vestuário e calçados -8,5-8,8-9,5 -, -,,4,9,5 5,8 3,3,

6 farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com variação de,6%. O setor de maior queda foi o de Tecidos, vestuário e calçados, com 9,5%, seguido do setor de Móveis, com variação de -8,8% e do setor de Livros, jornais, revistas e papelaria, com -8,5%. Dados gerais Antes dos efeitos das greves dos caminhoneiros, encabeçando o primeiro mês do trimestre, o varejo teve um ritmo de vendas melhor do que as expectativas. O volume de vendas restrito (exclui automóveis e materiais de construção) obteve % de crescimento. Apenas das atividades acompanhadas pelo IBGE não obteve crescimento permanecendo estável as outras 7 cresceram algo que não era visto desde. O IBGE havia divulgado que o setor abriu o segundo trimestre com avanço de,8% pela série com ajuste sazonal acima dos,4% esperado para o período. O conceito ampliado obteve,3% de crescimento entre Março e Abril, sendo que o esperado estava em %. Se compararmos os dados a abril do ano passado cresceu 8,6% e o acumulado no ano agora está em 7,4% e 7% se pegarmos os últimos meses. Com as vendas de produtos alimentícios, bebidas e fumos no supermercados e hipermercados obtiveram destaque importante. Outra questão que está na base de consumo das famílias são artigos farmacêuticos, medicamento ortopédicos e perfumaria que tiveram um crescimento de,5%. Algumas razões para se ter maior crescimento no período de março e abril está na obtenção do crédito mais fácil e queda da taxa básica de juros. Acumulada de Março para Abril obteve 3,7% A Páscoa exerceu influência negativa nas vendas do mês de Abril. O único setor que ficou estável foi o de artigos de uso pessoal e doméstico. Sendo os com maior crescimento; equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,8%) e combustíveis e lubrificantes (3,4%).

7 Em conceitos gerais do índice do PMC, o varejo cresceu,6% em comparação a Abril de 7, acumulando alta de,7% no trimestre, 3,4% acumulado do ano e 3,7% no acumulado dos meses. As expectativas do Reuters eram de alta,6% na comparação mensal e de,55% em relação a Abril. Expectativas para Maio Os aumentos sucessivos no preço da gasolina conforme falado no relatório do mês passado da PMC encadeou sucessivas revoltas em toda a população mais intensivamente nos caminhoneiros que se organizaram e promoveram greve em todo o Brasil, contra o aumento no valor dos combustíveis e cobrança de pedágio por eixo suspenso. Com anúncio de início da greve no dia 8 de maio, um dia depois, de acordo com a nova política de preços adotada por Pedro Parente (desde a troca de presidente após escândalos da Petrobras), os preços da gasolina passaram a ser lastreada no preço internacional do barril de petróleo, com isso a variação nos preços dos combustíveis refletem o comportamento do preço internacional do barril de petróleo. A decisão do Governo foi congelar por 6 dias a redução do preço do diesel na bomba em R$,46 por litro. O impacto da Greve ainda não está contemplado no relatório desse mês, porém, algumas entidades já se pronunciaram, como por exemplo o Banco Central do Brasil: A equipe econômica estima que o impacto da greve dos caminhoneiros custou ao país R$ 5 bilhões, ou,% do PIB. De acordo com o Ministério da Fazenda, o número foi discutido nesta segunda-feira,, em reunião com o ministro Eduardo Guardia e economistas do setor privado, em São Paulo. O comércio eletrônico brasileiro deixou de faturar R$ 47, milhões durante dias de paralisação dos caminhoneiros, segundo levantamento da Ebit, empresa de informações sobre e-commerce, divulgado nesta segunda-feira.

8 Por causa das paralisações nas estradas promovidas por caminhoneiros em todo o País, o comércio varejista perdeu R$ 3, bilhões em apenas seis Estados, conforme cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Por causa das paralisações, a entidade revisou sua projeção de crescimento nas vendas do varejo em 8, de 5,4% para 4,7%. Referências

9 Responsáveis pela publicação Bruno de Santana Ribeiro Daniel do Espirito Santo Lima Henrique Trevisan Aluno Coordenador Allan Silva de Carvalho Professora Coordenadora Juliana Inhasz Professora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Conjuntura Econômica Equipe Pesquisa Mensal de Comércio NECON Bruno de Santana Ribeiro Daniel do Espirito Santo Lima Henrique Trevisan