MINISTÉRIO DO TRABALHO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 134, DE 31 DE AGOSTO DE 2017
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- Manuela Fernandes Cabreira
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1 MINISTÉRIO DO TRABALHO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 134, DE 31 DE AGOSTO DE 2017 Dispõe sobre a licença para capacitação dos servidores da carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho. A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO, no uso das atribuições conferidas pelo art. 1º, inciso XIII, do Anexo VI, da Portaria GM n.º 483, de 15 de setembro de 2004 e considerando o disposto no art. 49, 2º, da Portaria GM n.º 111, de 17 de janeiro de 2011, e nos arts. 2º e 3º da Portaria nº 366, de 13 de março de 2013, resolve: Art. 1º. As regras para concessão da licença para capacitação, no âmbito da carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho, as diretrizes para a sua concessão e a regulamentação das áreas de conhecimento diretamente relacionadas ao campo de atuação dos servidores da carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho, passam a ser regidas por esta Instrução Normativa. Art. 2º. Serão consideradas como de interesse da Administração, para fins de concessão de licença para capacitação aos Auditores-Fiscais do Trabalho, as ações de capacitação cujo conteúdo programático esteja relacionado ao campo de atuação da Auditoria Fiscal do Trabalho. Parágrafo único. Também serão consideradas como de interesse da Administração as ações de capacitação voltadas ao desenvolvimento de competências que possam auxiliar o Auditor-Fiscal do Trabalho no desempenho de suas atribuições ou que contribuam para o aperfeiçoamento de sua atuação. Art. 3º. A licença para capacitação poderá ser utilizada para a participação do servidor em modalidades de eventos de capacitação, como cursos presenciais e à distância, intercâmbios, estágios, grupos formais de estudo e outras atividades congêneres que se coadunem com as necessidades institucionais da Inspeção do Trabalho e contribuam para a atualização profissional e para o desenvolvimento do servidor. Art. 4º. A concessão da licença para capacitação fica condicionada às razões de conveniência e oportunidade da Administração. 1º. A licença para capacitação pode ser requerida integralmente para a elaboração de dissertação de mestrado, de tese de doutorado e de pesquisa pós-doutoral, cujo objeto esteja relacionado ao campo de atuação da Auditoria-Fiscal do Trabalho, ao desenvolvimento de competências que possam auxiliar o Auditor-Fiscal do Trabalho no desempenho de suas atribuições ou que contribuam para o aperfeiçoamento de sua atuação. 2º. Os cursos ofertados pelas escolas de governo serão priorizados para efeitos de concessão de licença para capacitação. Art. 5º. As ações de capacitação passíveis de concessão de licença para capacitação deverão possuir carga horária semanal mínima de 25 (vinte e cinco) horasaula, para eventos de capacitação na modalidade presencial que ocorram na mesma cidade ou região metropolitana de exercício do Auditor-Fiscal do Trabalho.
2 1º. Os eventos de capacitação na modalidade presencial que não ocorram na mesma cidade ou região metropolitana de exercício do Auditor-Fiscal do Trabalho deverão possuir carga horária semanal mínima de 20 (vinte) horas-aula. 2º. A licença para capacitação poderá ser concedida para mais de uma ação de capacitação, desde que o intervalo entre o término de uma e o início da outra não seja superior a 02 (dois) dias. 3º. Respeitado o limite máximo de 3 (três) meses e mediante comprovação, poderão ser concedidos ao servidor os dias necessários ao seu deslocamento nos casos em que o curso ocorra no exterior ou em localidade distinta de sua lotação. 4º. As despesas decorrentes da participação em ações de capacitação no Brasil ou no exterior serão de responsabilidade do servidor. Art. 6º. A licença para capacitação poderá ser concedida na modalidade à distância para ações de capacitação não oferecidas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, desde que o projeto pedagógico do curso possua carga horária média semanal mínima de 25 (vinte e cinco) horas-aula. Parágrafo único. A ação de capacitação profissional pleiteada pelo servidor na modalidade de EaD deverá ser ofertada, preferencialmente, por escolas de governo, por instituições públicas de ensino ou por entidades de notório grau de especialização e reconhecimento na área pretendida. Art. 7º. O requerimento de licença para capacitação deverá ser instruído com um pré-projeto de melhoria ou treinamento aos servidores do MTb, a fim de repassar os conhecimentos adquiridos durante a licença, além da documentação exigida pela Portaria nº 111, de 17 de janeiro de Parágrafo único. O pré-projeto a que se refere este artigo deverá conter, no mínimo, informações relativas à área de concentração, aos objetivos, à metodologia e ao cronograma de execução. Art. 8º. O servidor deverá preencher o termo de autorização que consta no anexo II desta Instrução Normativa, para divulgação do respectivo trabalho final no âmbito da ENIT, quando a licença for concedida para conclusão de curso de pós-graduação. Art. 9º. A Secretaria de Inspeção do Trabalho, por meio da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho - ENIT, manifestar-se-á sobre a concessão de licença para capacitação dos Auditores-Fiscais do Trabalho em requerimento dos servidores, apresentado com a antecedência mínima de 40 dias do início do evento de capacitação, à Coordenação-Geral de Recursos Humanos - CGRH, de que trata o art. 53 da Portaria GM nº 111, de 17 de janeiro de Parágrafo único. A ENIT poderá constituir comissão com a finalidade de subsidiá-la em sua manifestação. Art. 10. Concluída a capacitação, o servidor encaminhará, em até 30 dias após a conclusão da capacitação, à Coordenação Geral de Recursos Humanos - CGRH e à Escola Nacional da Inspeção do Trabalho - ENIT o certificado de conclusão da capacitação ou documento hábil que comprove a sua participação. 1º. O servidor deverá apresentar, em até 30 dias após a conclusão da capacitação, exemplar em meio eletrônico do trabalho final do curso de pós-graduação, para publicação no Ambiente Virtual de Educação do portal da ENIT. Art. 11. A concessão da licença para capacitação será condicionada ao planejamento interno da unidade de exercício do servidor, não podendo ser concedida simultaneamente a mais de 5% (cinco por cento) da força de trabalho de cada unidade, em nível de coordenação-geral ou equivalente, ou no âmbito das Superintendências Regionais do Trabalho.
3 1º. Na concessão da licença capacitação a servidores de uma mesma unidade administrativa, terá preferência, pela ordem, aquele que tiver mais tempo de serviço na Auditoria-Fiscal do Trabalho e idade mais elevada, exceto para evitar a decadência do direito à licença. 2º. O servidor beneficiado pelos critérios de desempate previstos no 1º deste artigo não poderá ter preferência sobre os demais concorrentes, pelo mesmo critério, nos cinco anos subseqüentes. Art. 12. As áreas de conhecimento relacionadas à atuação dos servidores da carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho são as que constam do anexo I desta Instrução Normativa. Art. 13. A SIT revisará periodicamente a lista de áreas de conhecimento relacionadas ao campo de atuação dos Auditores-Fiscais do Trabalho, podendo, inclusive, definir os temas de interesse a serem priorizados, em determinado período, na concessão da licença para capacitação. Art. 14. A SIT, ouvida a ENIT, estabelecerá com os Auditores-Fiscais do Trabalho favorecidos com a concessão de licença para capacitação os mecanismos oportunos para disseminação dos conhecimentos adquiridos, com vistas ao aperfeiçoamento dos quadros fiscais à melhoria do desempenho e eficácia da Inspeção do Trabalho e à democratização do conhecimento no âmbito do Ministério do Trabalho. Art. 15. Casos omissos serão resolvidos pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, ouvida a Escola Nacional da Inspeção do Trabalho - ENIT. Art. 16. Revoga-se a Instrução Normativa 130, de 16 de janeiro de Art. 17. Este Regulamento entra em vigor na data de sua publicação. MARIA TERESA PACHECO JENSEN ANEXO I ÁREAS DE CONHECIMENTO RELACIONADAS À ATUAÇÃO DOS SERVIDORES DA CARREIRA AUDITORIA-FISCAL DO TRABALHO. I. Esfera de competência institucional da Secretaria da Inspeção do Trabalho - SIT. 1.Proteção dos direitos dos trabalhadores; 2.Erradicação do trabalho escravo; 3.Erradicação do trabalho infantil; 4.Segurança e saúde no trabalho; 5.Combate à discriminação e promoção da igualdade no mercado de trabalho; 6.Integração da inspeção do trabalho nas políticas ativas de trabalho, emprego e renda voltadas para o desenvolvimento sustentável; 7.Estudo de modelos de inspeção do trabalho capazes de garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores, em especial daqueles mais afetados pela terceirização e outras práticas flexibilizadoras das relações de trabalho; 8.Investigação sobre novos institutos legais para dar suporte à ação fiscal, sobretudo no que tange a regimes contratuais de trabalho distintos do assalariamento típico; 9.Estudos de caso sobre o papel da inspeção do trabalho em relação a determinadas categorias de trabalhadores consideradas mais vulneráveis, atividades econômicas, espaços territoriais, processos sociolaborais que conduzem à informalidade e precarização do trabalho e outros recortes socioeconômicos; 10. Globalização, reestruturação produtiva e gestão da força de trabalho. Impactos das mudanças no mercado de trabalho e na sociedade brasileira: emprego,
4 pobreza e desigualdade. Desafios antepostos à inspeção do trabalho pelos novos paradigmas do desenvolvimento. Direito coletivo do trabalho; 11.Planejamento, organização e desencadeamento de operações fiscais; 12.Operações táticas terrestres, marítimas e fluviais; 13.Segurança Institucional e nas operações fiscais. II. Ações de capacitação voltadas ao desenvolvimento de competências que possam auxiliar o Auditor-Fiscal do Trabalho no desempenho de suas atribuições ou que contribuam para o aperfeiçoamento de sua atuação. 1.Aprimoramento do sistema de formação profissional do Auditor-Fiscal do Trabalho; 2.Sociologia do trabalho; 3.Economia do trabalho; 4.Contabilidade; 5.Inglês, espanhol e francês; 6.Tecnologia da informação; 7.Operações de inteligência fiscal; 8.Auditoria; 9.Direito Individual e Coletivo do Trabalho; 10.Processo e procedimentos administrativos; 11.Direito Previdenciário; 12.Direitos humanos; 13.Crimes contra a organização do trabalho. III. Gestão administrativa e desenvolvimento de métodos e processos. 1.Aprimoramento dos sistemas de estatísticas do trabalho para aplicação na Inspeção do Trabalho; 2.Construção de modelos metodológicos, sistemas de indicadores para planejamento e avaliação, alocação de recursos e instrumentos análogos para uso da Inspeção do Trabalho; 3.Estudos sobre a efetividade da Inspeção do Trabalho na proteção dos direitos sociais dos trabalhadores e sua contribuição ao desenvolvimento socioeconômico e redução da pobreza; 4.Diálogo social e tripartismo como instrumentos de democratização das relações de trabalho, de avanço das conquistas sociais e de incremento da eficácia da ação fiscal; 5.Aprimoramento de sistemas de aquisição e tratamento de dados de interesse para o planejamento e execução das ações fiscais; 6.Desenvolvimento gerencial; 7.Chefia e liderança; 8.Planejamento estratégico, tático e operacional; 9.Gestão de projetos 10.Gestão orçamentária e financeira ANEXO II
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