ANAIS I SEMINÁRIO TÉCNICO GESTÃO DE RISCO EM PETRÓPOLIS RJ

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1 ANAIS I SEMINÁRIO TÉCNICO GESTÃO DE RISCO EM PETRÓPOLIS RJ Volume I DIA 26 e 27 DE JUNHO DE 2012 SALA MULTIMIDIA MUSEU I IMPERIAL Realização: Secretaria de Habitação Coordenadoria de Defesa Civil Apoio: Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro - DRM-RJ Ministério das Cidades Governo Federal Ministério da Integração Nacional Governo Federal Museu Imperial

2 Prefeito Municipal de Petrópolis Prefeito Paulo Mustrangi Secretaria Municipal de Habitação Kelson Vieira Senra Coordenação Municipal de Defesa Civil Coronel Carlos Francisco De Paula Departamento de Recursos Minerais DRM-RJ Flavio Erthal 2

3 ANAIS I SEMINÁRIO TÉCNICO DE GESTÃO DE RISCO VOLUME I Apresentação...pg. 4 Objetivos......pg. 5 O Seminário......pg. 6 Mesas por Tema...pg. 8 A Lei de Proteção e Defesa Civil N : como o Município, o Estado e a União analisam as suas responsabilidades......pg. 8 Análise e Avaliação do Risco de Petrópolis Um grande desafio a ser vencido pg. 19 Prevenção Como medidas simples podem gerar grandes resultados em Petrópolis?......pg. 25 Coordenação institucional para situações de desastre O papel de cada órgão no momento da Contingência......pg. 30 Principais Conclusões e Recomendações......pg. 36 ANEXOS Lei Federal /2012, de Proteção e Defesa Civil......pg. 44 Decreto Municipal 731/2011, GT de Plano de Risco......pg. 60 VOLUME II Apresentações dos Palestrantes PLANTAS ANEXAS Mapa de Assentamentos Precários Mapa de Manchas de Risco 3

4 Apresentação Petrópolis é o município brasileiro que tem o maior numero de vitimas em decorrência de deslizamento de encostas e desastres ocasionados por fortes chuvas e enchentes. Localizado na Serra do Mar, com topografia e condições geológicas adversas à ocupação humana, o município encontra-se em situação de grande vulnerabilidade. Levantamento recente indica a existência de cerca de quatro mil unidades habitacionais em risco alto e muito alto na cidade, localizadas, principalmente, nos assentamentos mais precários. Cada vez mais freqüentes, eventos extremos causam ainda mais apreensão para os petropolitanos e novos desabrigados a cada ano. Apesar dos esforços das autoridades e da sociedade, Petrópolis acumula aproximadamente mil e quinhentas famílias desabrigadas, sem previsão de moradia definitiva. A necessidade de se antecipar a ocorrência de tragédias associadas a movimentos de massa em encostas depende de políticas de prevenção de desastres naturais, que nos últimos anos tem ganhado maior atenção do poder público. A nova Lei Federal de Proteção e Defesa Civil, N , de abril de 2012, faz parte dessa preocupação. Reconhecendo a importância da nova lei, o município de Petrópolis tomou iniciativa de realizar este I SEMINÁRIO TÉCNICO GESTÃO DE RISCO EM PETRÓPOLIS RJ, com a participação dos principais órgãos relacionados ao tema, das três esferas de governo, e membros da sociedade civil, a fim de discutir suas experiências e ações, e melhor enfrentar a gestão de risco, diante do novo marco legal. Acredita-se que a integração de órgãos dos três entes federados, com o devido o acompanhamento do Ministério Público, a participação da comunidade e a difusão do conhecimento possibilitarão uma melhoria da cultura de prevenção em Petrópolis. No entanto, para que isso ocorra, todos os agentes envolvidos nas políticas gestão de risco devem agir de forma coordenada. O Seminário logrou contribuir para a diminuição do risco de desastres em Petrópolis e municípios vizinhos. A organização agradece a colaboração e o apoio de todos aqueles que ajudaram e participaram do Seminário. 4

5 Objetivos Promover a troca de experiências e maior integração das instituições públicas e da comunidade Petropolitana na gestão de riscos de desastres naturais em Petrópolis e: - Debater a Lei de Proteção e Defesa Civil recentemente sancionada; - Apresentar informações acumuladas sobre o risco em Petrópolis; - Debater métodos de avaliação de risco, planos, mapas, índices, etc; - Expor e debater medidas de prevenção, gestão e mitigação de risco; - Discutir o acesso a fontes de recursos para a redução de risco; - Apresentar e debater medidas e planos de contingenciamento de risco; -Discutir e planejar a articulação entre os órgãos na gestão de risco. 5

6 O Seminário O I Seminário Técnico de Gestão de Risco de Petrópolis foi uma iniciativa pioneira da Prefeitura de Petrópolis, representado pela Secretaria de Habitação e Coordenadoria de Defesa Civil, visando melhorar as práticas na gestão do Risco Geológico, norteado pela nova Lei de Proteção e Defesa Civil. Contamos com o apoio do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro, do Ministério das Cidades e do Ministério da Integração Nacional, e do Museu Imperial, que cedeu sua sala multimídia para a realização do evento. O Seminário foi voltado para técnicos e gestores municipais, estaduais e federais de diversos órgãos que estão diretamente envolvidos com o risco geológico e contou com a participação de mais de 100 pessoas. No âmbito federal, contamos com a participação de representantes do Ministério das Cidades, Ministério da Integração e do CENAD, representando a Defesa Civil Nacional, e do Laboratório Nacional de Computação Cientifica, LNCC. Infelizmente, dois órgãos federais envolvidos diretamente na gestão do risco, não compareceram: o CPRM e o CEMADEN, ligados aos MME e MCT, respectivamente. Na esfera estadual, além do Serviço Geológico Estadual, o DRM-RJ, contamos com a participação do SIMERJ, Defesa Civil Estadual, INEA, Comitê Piabanha, e REDECs. Os municípios que participaram foram: Areal, Carmo, Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia, Sumidouro, Teresópolis, Três Rios e Angra dos Reis. O Seminário foi marcado também pela presença de associações da Sociedade Civil, como a APG Associação Profissional dos Geólogos do Rio de Janeiro e APEA Associação Petropolitana de Engenheiros e Arquitetos, além de empresários e profissionais que contribuíram para difundir os conceitos da gestão de risco além das fronteiras do Serviço Público. No âmbito acadêmico, além dos palestrantes de universidades de porte, como a UERJ, contamos com a presença de observadores da UFRJ, PUC-RJ e UCP. A Prefeitura de Petrópolis se fez representar por grande número de técnicos e autoridades.

7 Sala Multimídia durante as apresentações Sala Lotada durante as apresentações. 7

8 Mesas por Tema A seguir são disponibilizados resumos das manifestações dos palestrantes do Seminário, destacando-se os aspectos mais relevantes, a critério da organização do evento. As apresentações feitas em Power Point complementam as falas e podem ser acessadas no Anexo II dos Anais desse Seminário de Gestão de Risco. Uma falha de gravação comprometeu as falas de palestrantes da mesa de Prevenção de Riscos. Felizmente a apresentação do Secretário de Obras do Município de Petrópolis, Stênio Nery e da Diretoria de Obras da URBEL, Isabel Volponi, têm um conteúdo muito expressivo e revelam maior parte de suas palestras. A organização do evento se desculpa com os palestrantes que tiveram a transcrição de sua fala prejudicada. TEMA - A Lei de Proteção e Defesa Civil N : como o Município, o Estado e a União analisam as suas responsabilidades. Cláudio Palmeiro do Amaral - Diretor de Geologia do DRM-RJ Em 2009 nós criamos um Núcleo de Análise e Diagnóstico de Escorregamentos NADE. Hoje somos 10 geólogos especificamente voltados para os estudos de escorregamentos. Os tópicos da Lei são muito claros. É dever do estado e dos municípios adotarem as medidas necessárias para a redução de áreas de risco a desastres. O artigo quarto discrimina que essa integração tem que ser bem representada na atuação. No seu artigo quinto a lei deixa claro que toda política de proteção deve promover a identificação e a avaliação do risco atual e também potencial. Cabe também monitorar os riscos geológicos e meteorológicos causadores de desastres. O artigo nono aponta que cabe participar de ações que visem produzir alertas antecipados sobre a ocorrência de desastres. E no artigo décimo cabe estimular o ordenamento da ocupação do solo urbano. Estes são desafios colocados para todos os entes. Algumas atribuições específicas para o estado: estimular a política nacional de proteção de defesa civil em seu âmbito, coordenar as suas ações com o sistema, instituir o plano estadual de proteção e defesa civil. 8

9 Neste momento estamos mapeando os locais de risco e fazendo estudos sobre eles. Temos um programa muito ambicioso de levar a todos os municípios do estado uma cartografia de risco iminente. No artigo sexto, a lei aponta que cabe ao estado apoiar a união quando solicitado. Cabe também apoiar, sempre que necessário e possível, os municípios no levantamento das áreas de risco, criação de planos de proteção e de defesa civil. Um objetivo desse seminário deve ser mostrar a importância de organizar e constituir fóruns permanentes de discussão sobre riscos de desastres. Também queremos com esse seminário fazer um fluxograma onde as entidades federais, estaduais e municipais fiquem devidamente organizadas em todos os momentos do desastre. Nós organizamos oficinas técnicas exatamente para fazer essa articulação, para que todos saibam onde deve entrar o auxilio federal ou estadual no município e quando devem sair para não gerar sobreposição de recursos. Outro aspecto é o monitoramento dos eventos geológicos e fazemos isso com a ajuda da defesa civil estadual, com imagens de satélite, fotografia de helicóptero, mapeamento constante das ocorrências e atualização do diagnóstico sobre risco. Nós vamos fazer isso continuamente trabalhando para melhorar esse tipo de produto. Precisamos de tecnologia e pessoas com conhecimento técnico para cada vez mais melhorar e efetivar as ações do estado no auxílio aos municípios e quando solicitado pela federação. Com isso cada vez mais capacitamos os funcionários do DRM com treinamentos de diferentes tipos. Nós aqui estamos tendo uma oportunidade única de fazer avançar a questão técnica, científica e operacional no que diz respeito a riscos. Coronel Carlos Francisco De Paula Coordenador de Defesa Civil de Petrópolis Na Lei estão presentes as atribuições do município. Por questão de didática, nós vamos procurar atrelar a competência exposta na lei ao que está sendo feito aqui no município de Petrópolis.

10 O item três, do artigo oitavo: incorporar as ações de defesa civil no planejamento municipal. Prevenção, preparação para emergências, resposta ao desastre, são ações que foram incorporadas ao planejamento do município, foram inseridas no Plano Plurianual e no orçamento municipal. Com isso nós conseguimos verbas para ter materiais para capacitar os funcionários, e também os moradores de comunidades. Por exemplo, a Prefeitura procurou adquirir gerador de energia, com verba da Defesa Civil, para possibilitar a atividade durante desastres, quando ocorrem constantes quedas de energia elétrica. Também foram adquiridos computadores, radio amadores, data show, re equipado o Centro de Operações, que hoje é uma realidade. Poderíamos dar outros exemplos. O orçamento não é o ideal mas podem fazer frente aos problemas da Defesa Civil e está surtindo resultados. Declaração de situação de emergência ou calamidade pública. Já vem sendo feito, notificando o desastre ao Governo do Estado e ao Governo Federal, e elabora o relatório de AVADAN - Avaliação de danos nas áreas atingidas. A Defesa Civil também faz vistoria de edificações em áreas de risco e promover as intervenções preventivas, se for o caso. O DRM tem dado apoio a Defesa Civil, equipes de geólogos tem atendido as solicitações da Defesa Civil, como no caso recente de uma pedra que está para rolar no bairro de São Sebastião. As vistorias são feitas já com base na Lei Manter a população informada sobre as áreas de risco e ocorrência de eventos extremos, bem como sobre o protocolo de prevenção e alertas de ações emergenciais em circunstancias de desastre. Com base na orientação do Estado, a Defesa Civil municipal tem utilizado comunicação através de redes sociais e sites, buscando interagir com a população e as informações ficam de fácil acesso. A Defesa Civil informa, por exemplo, que passou a operar em Estado de Atenção, com base nas informações do INEA e a população interage. Seguimos o protocolo de operações que aponta os estágios de Vigilância, Atenção, Alerta, Alerta Maximo. As comunicações são emitidas pelo INEA, e já existem pessoas cadastradas que recebem a informação e prepara para situações riscos. Isso é um fator positivo, pois no 10

11 caso de um alerta a população rapidamente saberá e todos ficarão atentos ao que pode ocorrer. Dentro da incumbência, foram mobilizados e capacitados os Rádios Amadores para atuar na ocorrência de desastre. Existe uma parceria com uma ONG, a ROER, que muito apóia a Defesa Civil, e tem feito uma diferença muito grande, organizando cursos e atividades, numa interação muito positiva para o município. Realizar regularmente simulados, conforme o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil. A Defesa Civil do Estado tem dado as orientações pertinentes, e temos procurado fazer isso de maneira sistemática. Foi proposto que todo dia 10 de cada mês às 10 horas da manhã, fosse feito um simulado do Sistema de Alerta Alarme. O objetivo é fazer a população se acostumas ao chamado do alarme e quando o alerta for para um caso real, todos da região saberão o que fazer. São 18 comunidades com Sistema de Sirene, com 2s pontos de apoio. De forma positiva, está aumentando número de participantes, graças a conscientização das pessoas. O simulado realizado na escola foi muito positiva. Alunos representando diferentes papeis, de Defesa Civil, de Agentes de Saúde, e tiveram obrigação de mobilizar as pessoas. Tivemos envolvimento das professoras e da população. Três semanas depois fizemos o simulado na região, contando com grande participação dos pais os alunos. Foi tão positivo que resolvemos fazer em mais 10 escolas. Manter a União e o Estado informados sobre ocorrências de desastres e atividades de proteção civil no município. Nós fazemos um relatório diário, com quantitativo, com riscos e ameaças, com todas as solicitações feitas pelos munícipes, para vistorias de imóveis e ameaças, como alagamentos, deslizamentos de encostas, entre outras. É feito também um relatório mais detalhado, por período, com endereço e dados do local. As informações do relatório diário são recebidas pela SETRAC, Corpo de Bombeiros e passará a ser enviada para o DRM. São estas as principais atividades relacionadas a Lei de Proteção e Defesa Civil em curso no município. 11

12 Manoel Ribeiro Secretaria de Planejamento Coordenador da Revisão do Plano Diretor Eu sou coordenador da equipe técnica básica de revisão do Plano Diretor de Petrópolis. Haverá também uma dimensão comunitária que vem sendo consolidada, contando com atas de reuniões comunitárias, distribuição de cédulas via Conselho das Cidades, e outras iniciativas que serão integradas ao diagnóstico e de proposições do Plano Diretor. O documento preliminar de diagnóstico será distribuído para que novas contribuições sejam agregadas. Meus comentários a respeito da Lei são aspectos relativos ao Plano Diretor. Vários artigos dessa Lei foram incorporados ao conteúdo mínimo do Plano Diretor, definido no Estatuto da Cidade. Uma das contribuições mais importantes da Lei , é uma proposição bastante clara de se utilizar bacias hidrográficas como unidades básicas de planejamento. Geralmente bairros e distritos são utilizados com base de planejamento, todos eles definidos de maneira aleatória, independentes de condições geomorfológicas do território. Como é que você vai sanear determinada bacia se a outra margem é de outro município. A utilização de bacias hidrográficas é fundamental. Estranho que a lei 9.433, que cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos não estimule consórcios municipais para viabilizar o planejamento com base em bacias hidrográficas. Alguns aspectos da Lei me inquietam. Alguns por tratar com imprecisão conceitos de planejamento e outros por duplicação de responsabilidades. Para comentar, quero dizer, que Plano Diretor é uma expressão genérica, que pode ter um Plano Diretor Regional, Plano Diretor Metropolitano, entre outros, todos estes dependentes de territórios supramunicipais. Abaixo do Plano Diretor Municipal você tem Plano de Saneamento, Plano Diretor de Drenagem, e outros. Isso é para entender que a Lei não se refere exatamente ao Plano que trata de diretrizes de desenvolvimento do município. Vários conteúdos da lei foram incorporados ao Estatuto da Cidade, adotaram conceitos dessa lei. Assim, o Plano Diretor de Recursos 12

13 Hídricos passa a fazer parte do Plano Diretor Municipal, o que é incongruente, porque pode tratar de um território supra-municipal. Quanto a atribuições duplicadas, no artigo 4, cabe ao estado mapear áreas de risco, se repete no artigo 8, compete ao município mapear áreas de risco. No caso de Petrópolis, há diálogo com o estado, mas isso pode não ser possível em todos os municípios. Se isso não está explicito, de onde virão os recursos. O mesmo ocorre com a lei dos recursos hídricos. Estes aspectos são pautados para que eventualmente possa haver uma reforma ou um aclaramento dessas questões, tanto no que se refere a aspectos conceituais quanto a duplicação de atribuições. Aqui em Petrópolis, a Secretaria de Habitação, em conjunto com a Defesa Civil, estão elaborando um Plano de Controle de Riscos, com apoio do estado. Pela lei, isso deverá ser um conteúdo do Plano Diretor, o que não é necessário e é até um absurdo. O Plano Diretor de Redução de Risco está sendo elaborado independentemente do Plano Diretor, como deve ser. O Plano Municipal de Saneamento é uma atribuição da concessionária. Estas coisas precisam ser vistas. Nós temos também que tratar dos riscos de inundação. O que está se fazendo em vários municípios é buscar no Código Florestal os parâmetros de margens protegidas, que são conservação de matas ciliares, etc., não é a limitação da área de risco, que segue outra metodologia muito mais complexa e muito mais cara, que precisa medir as calhas dos rios, dimensionar as bacias, etc. E os municípios terão recursos para isso? A boa notícia é que na medida que o Governo Federal organize o cadastro nacional de municípios sujeitos a riscos geológicos e hidrológicos e Petrópolis solicitar a sua inclusão nesse cadastro, o município estará apto a receber recursos para fazer planos e realizar obras para mitigar riscos. Esta era a minha contribuição. 13

14 Kelson Senra Secretário Municipal de Habitação A Lei é uma lei recente, o conhecimento tem que ser aprofundado e nem tudo pode ser aplicado, isolado de outras legislações. Nosso papel aqui é procurar aprofundar o conhecimento da lei. A lei trata de política nacional de proteção e defesa civil. O que está incluído nisso? Prevenção: muita coisa incluída nisso, como o reassentamento de famílias, que está no campo da habitação; Mitigação, que no município está muito associado a Secretaria de Obras e será apresentado numa mesa amanhã. Outros órgãos municipais também fazem isso, como a COMDEP, e órgãos estaduais. O terceiro aspecto, Preparação, que está no campo da Defesa Civil; Resposta, e Recuperação. Nós temos que ter um protocolo, que nos dê condição de discutir o papel e a competência do município, estado e União para cada uma das diretrizes propostas pela lei. Este protocolo pode ser útil para conseguir coordenar os esforços para dar conta do espírito da lei. Por exemplo, a lei prevê que o município tenha uma carta geotécnica. Se os estado pode fazer, o município não precisa fazer. Talvez o DRM tenha as melhores condições para fazer esta carta. Também está previsto na lei que há recursos federais para a aquisição de terrenos para a habitação de interesse social, desde que o município tenha iniciativas baseadas no Estatuto das Cidades. Petrópolis tem um conjunto de Áreas de Especial Interesse social, hoje privadas, que nós queremos desapropriar mas não temos os recursos para tal. Isso tem que estar no protocolo de intenções. Se nós conseguirmos distribuir uma série de atividades, e organizar uma matriz de responsabilidades, entre União, estado e municípios, inclusive com prazos e metas, estaremos saindo com um resultado muito positivo do nosso evento. Inclusive esclarecendo algumas dúvidas já levantadas aqui. Quanto ao cadastro de municípios susceptíveis a desastres naturais, a iniciativa de se incorporar pode partir do próprio município ou da indicação de outros entes federados. Quanto ao município de Petrópolis, não temos 14

15 nenhuma dúvida que estamos dentro desse cadastro, temos um histórico de desastre que nos coloca como um dos primeiros em número de mortes por escorregamento de encostas no país. Petrópolis deve fazer parte desse cadastro. E assim, teremos que ter carta geotécnica, entre outros. Se pegarmos a lei, e lemos só os verbos, fica engraçado. À União compete fomentar, apoiar, incentivar, etc. Ao município compete fazer, vistoriar, reassentar famílias, organizar o abrigo, chegar junto na hora do desastre, etc. Entendo que a União e ao estado, quando fala em apoiar, se trata de repassar recursos, seja físico, seja humanos, seja financeiros. Por exemplo, uma das obrigações do município é abrigo provisório. Há em Petrópolis uma grande instalação dos Correios, de uso eventual, que pode ser utilizada no momento de um desastre como abrigo provisório. Isso pode estar no nosso mapeamento de esforços. Entendo que é possível ter uma atitude republicana para construir esta articulação federativa, contando com união, estado e município, mas contando também com a participação do Ministério Público, que nós convidamos para estar presentes nesse evento. O MP tem feito cobranças muito rigorosas ao município, para responder por situações que são históricas e o município não consegue enfrentar. É importante o MP estar junto, entendendo que a realização de obras e serviços na área de habitação depende de uma seqüência, têm que ter plano, projetos, recursos para obras. Há problemas de ocupações irregulares que o município não consegue enfrentar de imediato. É importante a construção desse protocolo para que tenhamos desdobramentos. Para que daqui a um ano ou dois posso se avaliar. O que foi feito bem, o que não se conseguiu fazer. Por exemplo, a lei prevê um Conselho Nacional. Quem vai representar os municípios? Nós podemos tirar aqui uma proposta para os ministérios envolvidos propondo que uma representação desses municípios possa fazer parte desse conselho que tem um papel importante, irá definir a utilização de recursos. Eu paro por aqui e agradeço a presença de todos. 15

16 Celso Carvalho Ministério das Cidades A lei traz um monte de obrigações novas para os municípios. Estados e a União têm que segurar isso junto. Eu me incluo na iniciativa de construir um protocolo e uma ação conjunta a partir desse seminário. Acho que a sociedade está mobilizada para isso também. Os desastres de 2001 mostraram que esta situação pode ocorrer. A União tem um papel de apoiar os municípios e eu trouxe aqui para ser apresentada três ações do Governo Federal: o programa de gestão de riscos, as ações do PAC com obras de revisão de riscos e alguns aspectos da lei que parte da iniciativa do Governo Federal. O Governo Federal conseguiu um grande avanço ao construir um programa que envolva uma articulação de vários ministérios, superando as sobreposições que eram feitas anteriormente a ele. O Ministério de Minas e Energia vão ser responsáveis por fazer mapas de risco, em articulação com os órgãos estaduais e municipais. Recursos serão mobilizados para isso, de maneira a teu um quadro nacional. O Ministério das Cidades tem programas de contenção de encostas, outro de macro drenagem e o Ministério da Integração Nacional tem um programa de controle de cheias regionais, em situações que extrapolam um município. O Ministério da Ciência e Tecnologia montou um Centro de Monitoramento de Desastres, que deve trazer informações para estados e municípios. O Ministério da Integração deve investir nas Defesas Civis, em capacitação e saneamento. O Ministério da Defesa está montando cinco hospitais de campanha que podem ser montado onde ocorrer tragédias como a que aconteceu aqui na Região Serrana. No caso do programa de contenção de encostas, a gente definiu e separou R$ 1 bilhão em recursos para contenção de encostas até 2014, para todo o território brasileiro, e isso pode ser ampliado de acordo com os projetos que forem mandados. Deste total, já contratamos R$ 600 milhões. Deste montante, o Estado do Rio tem R$ 188 milhões, em seus diversos municípios. Estão espalhadas diversas obras pelo Estado do Rio com os recursos que disponibilizamos, mas são processos demorados que está levando um tempo um pouco extenso para serem concluídos. 16

17 Deste montante, vários municípios receberam recursos para fazer ou atualizar plano de risco, Petrópolis incluso. Outros municípios receberam recursos para projeto de contenção de encostas, Petrópolis incluído. Em 2010 foram distribuídos recursos para obras de contenção de encostas e Petrópolis não recebeu porque não pediu, porque não tinha projetos. Se fizermos um cadastro de municípios críticos, ate 2011 Petrópolis estava em primeiro. Agora Nova Friburgo esta disputando. Fizemos um contrato com a Prefeitura do Rio de R$ 70 milhões, para o Governo do Estado tem R$ 82 milhões, porque também não apresentou projetos e não incluiu Petrópolis. Agora existe uma nova seleção e Petrópolis tem toda a condição de mobilizar recursos para 20 a 30 áreas de risco, envolvendo de R$ 50 a 100 milhões. Os processos são demorados. Dos recursos liberados em 2010, até agora foram iniciadas obras em três municípios. Peguei alguns pontos da Lei para discutir. O artigo quatorze fala de uma ação de prevenção de risco. O programa Minha Casa Minha Vida sem dúvida diminui a ocupação de áreas impróprias para habitação. A própria lei define que os moradores atingidos e residentes de áreas de risco têm a prioridade para a ocupação de habitações sociais.o artigo quinze fala que a União está autorizada a repassar recursos para os municípios comprar terras, desde que ele tenha instrumentos para controlar a especulação imobiliária. A minha proposta é que a gente passe recursos para comprar terras ou edifícios que já estejam definidos como zona especial de interesse social. É claro que isso é uma construção que está sendo feita no Governo Federal, porque a lei fala que o Governo Federal vai regulamentar, mas que os municípios, principalmente municípios emblemáticos como Petrópolis, têm que se colocar diante das autoridades federais para mostrar o interesse nos recursos. No artigo vinte e dois a lei cria o cadastro dos municípios. Como é que vai ser feito? Para isso ser feito a gente tem que ter um decreto regulamentando, mas é um cadastro que vai ser feito pela União.Petrópolis vai estar em primeiro lugar. Ainda falta serem definidos os critérios para ter o direito de entrar no cadastro, pois ainda não foi feito. Analisando quais critérios 17

18 podem entrar, o primeiro a ser implementado, sem dúvida, é ter as áreas de risco identificadas, ver o nível de risco de cada uma e colocar num mapa georreferenciado para que todos possam ter o acesso e veja onde será aplicado o recurso. Depois é obrigado ter um plano de contingência, para quando começar a chover nortear o que vai ser feito. Nesse processo, o plano de contingência precisa ter o conhecimento de todos os abrigos disponíveis pelo município, seja abrigo federal, municipal e estadual. Deve ter o órgão de Defesa Civil. Tem que ter um plano de intervenções, plano de controle e fiscalização e a carta geotécnica. A carta geotécnica é um documento geológico que analisa as condições geológicas dos terrenos e dá a diretriz de como deve ser a ocupação segura, dá os argumentos geológicos garantindo a segurança da ocupação. Estabelece parâmetros para a ocupação, nos casos em que há restrições. O Ministério está preparando uma metodologia, junto com a Universidade do Rio Grande do Norte, vai colocar em debate público, e Petrópolis deve participar desse debate. Nós achamos que devemos ter uma carta geotécnica de escala pequena (1:25.000) que dê diretrizes pro plano diretor e outra na escala grande (1:5.000) que dê diretrizes para o parcelamento do solo. O artigo 22 da garantias ao direito a moradia. No artigo 27 da lei federal fala que daqui a dois anos o município só vai poder aprovar um novo parcelamento de terras se tiver a carta geotécnica e um projeto de um novo bairro. Hoje o perímetro urbano cresce quando a cidade chega junto a uma terra de fazenda, sem planejamento de como deve ser a cidade. A partir dessa lei, o novo bairro deve ser aprovado pela Câmara de Vereadores. Intervenções da Plenária Há varias intervenções de participantes e respostas de palestrantes do Seminário que a organização do evento não teve condições de relatar pormenorizadamente, mas que procurou contemplar no momento das conclusões e deliberações do Seminário. 18

19 TEMA - Análise e Avaliação do Risco de Petrópolis Um grande desafio a ser vencido. Claudio Palmeiro do Amaral - Diretor de Geologia do DRM-RJ Risco em Petrópolis é um desafio e uma política de enfrentamento de desastres associados a escorregamentos tem pelo menos quatro estágios: mapeamento de riscos, plano de redução de riscos, desenvolvimento de projetos, realização de obras geológicas. Num primeiro momento, cabe ao DRM a questão do mapeamento de risco, que é responsabilidade do município, mas também do estado. Não apenas de ordem espacial, onde pode ocorrer, mas também em que condições ele pode ocorrer, ou seja, quais são as condições de chuva. O DRM está trabalhando associado ao SIMERJ Sistema de Meteorologia do Estado RJ, para estabelecer correlações chuva/escorregamento, mas também está interessado em tratar desse tema junto com a Prefeitura. A maior preocupação é reunir o conhecimento do DRM - RJ, ao conhecimento de Universidades. O primeiro trabalho a ser lembrado é a cartografia geotécnica feita pelo IPT, de O segundo foi o trabalho desenvolvido pelo Prof. Guerra e Prof. Antonio Soares. O Grupo da PUC/RJ também realizou os estudos para o 1º Distrito. Depois houve o Plano de Redução de Risco para o Primeiro Distrito, desenvolvido para a Prefeitura de Petrópolis. Estes estudos têm que estar agrupados em banco de dados e fornecer subsídios para um plano atualizado que traduz o conhecimento sobre o risco em Petrópolis e indique um setor em Petrópolis responsável pelo risco na cidade e estabeleça um interlocutor, principalmente para atender no momento do desastre. É necessário que um grupo da Prefeitura assuma a coordenação de atividades. O Plano de Risco não depende de combinação de mapas temáticos, não depende de imagens de satélite; o que este produto exige é a vistoria de 19

20 campo. Diferentemente de outros países, no Brasil deve-se sair do ponto local, para uma zona e depois para o geral. Deve-se aproveitar os boletins de ocorrências já realizadas, utilizar mapa de pontos, com todos os detalhes possíveis. O boletim de campo deve elaborar modelagens de eventos de maior porte, com apoio de programas específicos. O Seminário deve propor uma Agenda de Atividades, com vistas a atender a nova lei. O DRM se coloca a disposição para orientar tecnicamente a elaboração do novo Plano de Risco, que tem recursos do Ministério das Cidades. É um desafio manter um trabalho contínuo e sistêmico para manter e estender as informações. O DRM assume o compromisso de atuar junto a Prefeitura de Petrópolis. Professor Pedro Leite Diretor do LNCC/MCT A troca de informações entre vários setores é uma preocupação constante. Apesar da minha filiação acadêmica, tive responsabilidades operacionais ao longo da carreira, no meu caso, em termos de previsão de tempo. Vou trazer aqui algumas experiências relativas a este tema. Quando vim para o LNCC, em 2007, havia um convênio com o Governo do Estado com objetivo de desenvolver um protótipo de monitoramento e alerta de escorregamentos em Petrópolis. Como muitos projetos no Brasil, este carecia de continuidade, não necessariamente por falta de dinheiro, mas por falta de recursos humanos. Neste projeto, a equipe teve que ser remontada. Este Projeto foi finalizado e tem produtos como levantamento de áreas de risco numa parte do município de Petrópolis, e um esforço grande de desenvolver modelos de previsão de chuvas para a região. Os modelos de previsão de chuva trabalham com uma incerteza muito grande e dependem de condições locais. Os modelos de previsão de tempo que são elaborados no sistema nacional, tanto no INEMET, em Brasília, quanto no CEPETEC, em Cachoeira Paulista, trabalham com uma escala de 7 km a 10 km. Numa região como Petrópolis, você não vê uma série de detalhes. Observando 10 km em Petrópolis, em direção ao Sul chega na Baixada Fluminense. Bom exemplo disso é o que aconteceu em 11 de Janeiro de

21 As nuvens transportam calor para o espaço e neste processo ocorrem as tempestades. Centros urbanos costumam ter chuvas extremamente fortes por causa do calor da superfície. Montanhas também tem este papel e se tornam um prato cheio para tempestades violentas. Foi o que aconteceu no Vale do Cuiabá. No dia do evento, havia um potencial risco, com Zona de Convergência do Atlântico Sul, típico de verão, as vezes mais ao Sul ou ao Norte, e ao longo dessa Zona se forma uma área de risco. Naquele período havia ainda vento quadrante Noroeste, com risco maior de precipitação na Serra do Mar. A criação de vórtices (rodamoinhos) tendem a intensificar a chuva. Mas as previsões subestimaram a precipitação. Os modelos, naquele momento, estavam trabalhando com resoluções de 40 km e 10 km de resolução. Hoje, para a região de Petrópolis, há cerca de 50 a 70 previsões, e variam muito. Porque variam? Variam porque o sistema é complexo e não se tem condições ideais de sistemas de monitoramento das condições da atmosfera. O fato de ter várias previsões é fundamental para estimar risco, em função do nível de coincidência dos previsores. Isso não é muito comum, e os operadores as vezes resistem. É necessário criar metodologias para facilitar o trabalho do previsor, para viabilizar as tomadas de decisão rapidamente. Em resumo. As previsões antecipam uma situação de risco mas não acertam a quantidade de precipitação. O modelo que atende o Brasil inteiro não atende regiões críticas como Petrópolis. É preciso ter um sistema de alerta específico para regiões criticas. O mais difícil é manter uma equipe que saiba interpretar as informações. Treinar a população também é muito importante, mas esta atividade, acho que avançou bastante. Cabe também aproveitar os recursos existentes, por exemplo, os balões metereológicos que são lançados pelos aeroportos. No dia 12 de janeiro, as informações deste balão metereológico já indicavam uma situação crítica que não foi utilizado para produzir alerta. 21

22 No trabalho realizado pelo LNCC buscou-se aumentar a resolução, para alcançar um modelo com 1 km. Nessa escala, havia previsão de chuvas de 150 mm no dia 12 de janeiro, e você já começa a perceber os ajustes da atmosfera e a intensidade das precipitações. Modelos com resoluções menores não chegam nessa previsão. Se houvesse monitoramento no alto da montanha, provavelmente chegaria a mais do que isso. É importante ter um sistema de alerta e modelos mais sofisticados a serviço do setor operacional. Há uma perspectiva de que a freqüência de eventos extremos seja maior, fala-se em aquecimento global, e, independentemente disso, é necessário aprender a viver com a variabilidade do clima. Caber resgatar e organizar informações sobre vulnerabilidade, identificação das áreas de risco. Cabe mencionar a necessidade de seguro (o que é fundamental), promover praticas de construção adequadas, tratamento de recursos hídricos. Vale ainda expandir o uso de informações sobre o clima. Regiões críticas necessitam de um sistema local, não vai se resolver de Brasília é necessário conhecer a dinâmica local. As vezes, temo que as responsabilidades fiquem acumuladas no Governo Federal, mas é necessário investir mais no desenvolvimento local, e não só em equipamentos, mas, principalmente, em pessoal especializado, o que é a parte mais difícil. Rafael Corrêa de Melo, Secretaria de Habitação - PMP O projeto da Secretaria Municipal de Habitação foi disponibilizar ao GT- Risco um produto que subsidiasse a atualização de um Plano de redução e Prevenção de Desastres associados a Escorregamentos. Isto foi atendido por duas frentes: a preparação de uma Carta Preliminar de Risco a Escorregamentos; e a elaboração de um Termo de Referência para a contratação de uma empresa para a produção de um Plano Municipal de Redução de Risco. A Carta de Risco a Escorregamentos em uma escala de visualização de 1: é apresentada em anexo; ela mostra, sob a forma de manchas, as áreas urbanas onde há maior probabilidade de ocorrer escorregamentos com 22

23 danos no caso de um evento climático significativo. O mapa foi preparado a partir da plotagem das ocorrências reportadas pela Defesa Civil Municipal de 2005 a Trata-se de um mapa preliminar que pode e deve ser melhorado com escalas de visualização de 1:5000 ou 1:2000. Hoje, como é inviável para o município realocar milhares de pessoas e há escassez de terrenos que viabilizem empreendimentos de habitação popular, é importante entender o que é mais crítico, e por isto quanto mais detalhado forem os produtos, melhor. O Termo de Referência para a contratação de uma empresa para a produção de um PMRR é apresentado em anexo. Petrópolis já conta com um Plano de Redução de Risco, de 2007, mas este só contempla o 1º Distrito, onde está cerca de 60% da sua população. Este produto precisa ser estendido aos demais distritos: Cascatinha (2º); Itaipava (3º); Pedro do Rio (4º) e Posse (5º). Além disto, o PMRR que apontou 96 setores de risco precisa ser revisado e adequado aos conceitos de Risco Alto e Muito Alto propostos pelo Ministério das Cidades. Isto certamente permitirá o melhor planejamento de ações futuras, seja no sentido de realocar a população mais vulnerável, seja no sentido de pensar medidas estruturais para contenção das encostas. Para entender a necessidade deste novo PMRR, basta considerar que no PMRR de 2007 os setores de encosta da cidade foram divididos em sete categorias de risco segundo uma avaliação hierárquica, para as quais, além do risco geológico, havia considerações sobre o risco social e ambiental e sobre a questão da infraestrutura básica. Uma casa indicada como em risco social ou ambiental, por exemplo, podia não estar em risco geológico, ou seja, em casos de chuvas extremas, aquela moradia dificilmente seria atingida por um deslizamento. Para evitar conflitos desta natureza, o Termo de Referência detalha os critérios de mapeamento de risco, garantindo, por exemplo, que somente casas que oferecem risco iminente aos seus moradores sejam indicadas de fato para realocação. O anseio da secretaria de Habitação é juntar todo o conhecimento acerca do risco geológico e gerar um produto. Esse produto gerado é a etapa final da identificação do risco. Imagine que você tem um sistema de estudo 23

24 metereológico, do qual se consegue fazer uma previsão, entretanto não adianta saber onde ocorrerá um evento climático significativo, se não sabe onde há áreas de risco. Para que o sistema seja completo o governo federal exige dos municípios o plano municipal de redução de risco, onde envolve a identificação das áreas de risco, quantificação de moradias em risco, processo geológico e todos os elementos que possam contribuir na identificação e posterior mitigação. A ampliação do Plano Municipal de Redução de risco para os demais distritos e a revisão do Plano do primeiro distrito será adequada à metodologia proposta pelo Ministério das Cidades. Será hierarquizado o Risco em Alto e Muito Alto, para melhor identificação das áreas e para o melhor planejamento de ações futuras, seja no sentido de realocar a população mais vulnerável, seja no sentido de pensar medidas estruturais para contenção das encostas. A avaliação do risco alto e muito alto é subjetiva e depende do olhar do profissional em campo, porém, a partir de diretrizes pré estabelecidas, como em um termo de referência, o profissional estará em campo seguindo alguns critérios que vai norteá-lo às boas práticas de mapeamento. Outra dificuldade apresentada é a da cartografação das ocorrências, pois cada ocorrência é um ponto, se avaliarmos pela extensão do município, seria um trabalho quase infinito, ficar procurando os pontos susceptíveis a ocorrências de movimentos de massa. Hoje é inviável para o município realocar milhares de pessoas. A cidade tem escassez de terrenos que possam viabilizar empreendimentos de habitação popular, ou pelo alto custo, devido à especulação imobiliária ou pela morfologia do terreno, que necessitaria de obras pesadas para a estabilização do local. Visto isso é necessário um mapeamento criterioso, indicando para realocação, apenas casas que de fato, oferecem risco iminente aos seus moradores. 24

25 TEMA - Prevenção Como medidas simples podem gerar grandes resultados em Petrópolis? Isabel Volponi URBEL Prefeitura de Belo Horizonte Isabel Volponi apresentou o Programa Estrutural em Áreas de Risco - PEAR, que faz parte da Política de Habitação de Belo Horizonte, e visa diagnosticar, prevenir e minimizar situações de risco geológico na cidade. A gravação da fala de Isabel foi danificada e não pode ser transcrita. Apresentamos, em seguida, alguns dados extraídos de sua apresentação em Power Point, que pode ser encontrada no Anexo II dos Anais desse Seminário. O PEAR foi criado em O Programa PEAR faz parte da Política de Habitação de Belo Horizonte e visa diagnosticar, prevenir e minimizar situações de risco geológico. Possui como premissa a convivência com o risco, mediante ações de redução do risco, no que se refere à probabilidade e aos danos de acidentes. Política centralizada, ação regionalizada, com vistorias individualizadas realizadas por equipes multidisciplinares (geólogo, engenheiro, técnico social). Gestão compartilhada e de proximidade. Foco no gerenciamento do problema. Investimento em ferramentas de planejamento urbano / análise dos resultados: Diagnóstico das áreas de risco, com propostas de intervenção atualizadas a cada 2 anos.balanços semestrais discutidos com a comunidade, através dos núcleos de defesa civil (NUDEC). Gestão articulada com outros órgãos municipais e estaduais através do Grupo Executivo de Áreas de Risco GEAR que visa otimizar e agilizar as ações da PBH na resolução dos problemas provocados pela chuva. (Atuação permanente no período de outubro a Março período chuvoso). O programa atua através de três planos que variam de acordo com o período do ano: - Plano de Obras: consiste no planejamento de obras para eliminação do risco geológico, dentro de uma escala de prioridade. 25

26 - Plano de Mobilização Social: este plano prevê ações educativas junto às populações moradoras em áreas de risco, com a participação dos NUDEC. É uma das ações contínuas do PEAR, no entanto, são intensificadas no período pré-chuva. - Plano de Atendimento Emergencial: tem como objetivo propiciar atendimento emergencial nas áreas de risco, são ações típicas do período chuvoso. A redução do risco em BH foi de edificações de 1994 até 2011, sendo que destas, 68% da redução ocorreram através da operacionalização do PEAR sendo 25% em função das remoções e 43% em função das obras de pequeno e médio porte. Outros programas, como OP, Vila Viva foram responsáveis por 32% da redução do risco geológico-geotécnico. Obras com mão de obra do morador e patrulhas representam 80% das obras do PEAR e obras do contrato da manutenção representando 20% das obras do PEAR. Este resultado mostra que o programa, ao longo dos anos de atuação vem reduzindo o número de famílias expostas ao risco geológicogeotécnico na cidade. Stênio Nery dos Santos Secretaria de Obras Prefeitura de Petrópolis A secretaria de Obras é responsável pela implantação de obras que fazem a manutenção urbana. Dentre elas, podemos indicar os sistemas de drenagem em diversas comunidades no Município de Petrópolis, como mecanismos de aumento global da estabilidade de uma determinada região. As intervenções realizadas em Petrópolis. A transcrição da fala do Secretário Stenio Nery foi prejudicada por um defeito de gravação. Outras informações pertinentes podem ser observadas na apresentação disponibilizada no Anexo II dos Anais desse Seminário. 26

27 Edson Falcão - Coordenador de Planejamento e Projetos Estratégicos do INEA A Idea é fazer uma correlação entre precipitação e inundação para criar mais elementos para a Defesa Civil e para o gestor na parte de planejamento para agir na hora de diminuir o risco, ajudando, por exemplo, na hora de evacuar uma população em um local onde haverá inundação. Outra parte importante é o papel do estado no fortalecimento municipal na gestão de risco, através de melhorias como a rádio comunicação, que está sendo feito agora, principalmente na região norte e noroeste. As sirenes através de equipamentos voltados a picapes, que foram doadas para a defesa civil estadual e por fim de a parte de emergência em si, quando ocorre o problema e a gente tem recuperar e criar projetos. Sempre são criados projetos no âmbito da recuperação de projetos emergenciais priorizando uma visão de planejamento para que o projeto seja efetivo hoje e daqui a 10 ou 20 anos e que o uso e ocupação do solo não deixe inadequado tudo o que está sendo feito hoje. As intervenções previstas em Itaipava são para o Rio Cuiabá, o Rio Santo Antonio o outro para o Rio Carvão. São R$ 10 milhões no trecho mais complicado. No sentido da engenharia em si, essa região é muito complicada. Além disso há um problemas com as edificações que devem ser removidas para a implantação da obra, entretanto já estão em execução as obras neste trecho. Estamos com um pouco de dificuldade para a aprovação formal do projeto, que já foi aprovado pelo Ministério das Cidades a algum tempo, entretanto precisamos do aval da Caixa Econômica para poder utilizar os recursos e até agora não conseguimos. Como não conseguimos a liberação do Governo Federal, o estado já liberou aqui para Petrópolis R$ 10 milhões para iniciar as obras, enquanto ocorre essa formalização da aprovação. Um exemplo do que vem sendo feito é uma biomanta na área do rio que apresenta uma velocidade grande, e por isso é necessário fazer a proteção da área, recomeçando assim as intervenções para essa região, pois a principio 27

28 fizemos algumas intervenções no âmbito emergencial, como uma pequena dragagem para dar uma pequena melhora no fluxo do rio. Agora que estamos entrando com a obra na forma definitiva, com a implantação da calha como ela deve ser. Paulo Leite Secretaria de Meio Ambiente / Comitê Piabanha Prefeitura de Petrópolis Os comitês de bacias hidrográficas são um novo ente que surge na gestão do território, ele é responsável pela gestão das águas de uma bacia hidrográfica ou de bacias hidrográficas contíguas, como é o caso do nosso comitê que atua na região hidrográfica 4 do Estado do Rio de Janeiro, que inclui a bacia do Piabanha e as Bacias que deságuam no Rio Paraíba do Sul, que cortam os municípios de Carmo, Sapucaia e Sumidouro. Fazem parte da área de atuação da região hidrográfica 4, a área de atuação do comitê Piabanha, dez municípios, sendo eles Petrópolis, Teresópolis, Areal, São José do Vale do Rio preto, Paraíba do Sul, Levy Gasparian, Paty do Alferes, Carmo, Sapucaia e Sumidouro. O Comitê Piabanha tem se preocupado bastante com a questão de cheias, porque dos sete municípios atingidos pela chuva de janeiro do ano passado cinco estão aqui na região hidrográfica do Piabanha - Petrópolis, Teresópolis, Areal e São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro. O Comitê foi instituído em dezembro de 2005, entretanto desde 2006 ele luta para sua estruturação, que na verdade só aconteceu ano passado, depois de um contrato de gestão entre o INEA e a AGEVAP, que nós tivemos o escritório do comitê implantado. Uma das questões que preocupa o comitê, que inclusive convidou o Paulo Canedo da Coppe para discutir e apresentar projetos de obras de dragagem e recuperação do túnel extravasor do Palatinato e outras obras que seriam feitas para reduzir as cheias no Centro de Petrópolis. Nessa oportunidade o Paulo Canedo apresentou um estudo que a Coppe fez com relação ao evento climático do dia 12 de Janeiro do ano passado. 28

29 Outra questão é que desde 2004 foi implantada no estado do Rio de Janeiro a cobrança pelo uso da água e dentro do Fundo Estadual de Recursos Hídricos; existem sub-contas por cada região hidrográfica. Toda a cobrança feita pelo uso das águas é feita por regiões hidrográficas e cada conta dessas tem um determinado valor. Quem indica e determina para onde vai esses recursos são os comitês de Bacias hidrográficas que aprovam a destinação desse dinheiro do fundo estadual de recursos hídricos, não é um valor extremamente significativo, mais é um valor que é possível ser acessado pelos municípios. O comitê esses dois últimos anos tem visitado as prefeituras que compõem a região hidrográfica, conseguindo reuniões visando maior articulação entre as prefeituras e o comitê. Na nossa região ainda tem outra disponibilidade de recursos que são os recursos federais da Bacia federal do Paraíba do sul, onde tem sido aplicado por ano entre 10 e 15 milhões de reais mediante a apresentação de projetos, sendo mais um possibilidade de recursos para viabilizar as necessidades dos municípios nas questões, basicamente de saneamento. O comitê já tem alguns projetos financiados aqui na região, tem um projeto de saneamento financiado para a implantação de redes de tratamento de esgoto com biossistemas, um projeto de 2006 que já está em execução, sendo que algumas delas já foram implantadas e já estão sendo operadas pela Águas do Imperador. Tem alguns outros projetos, com financiamento de recursos para a elaboração de projetos de saneamento para Teresópolis e recursos para o parque fluvial, com o foco principal na gestão das águas. Os comitês de bacia hidrográfica não tem papel executivo, eles tem um papel de gestão, de deliberar sobre as ações com relação a questão das águas, ou seja, de um determinado recurso hídrico de uma região hidrográfica. O comitê vem tentando atuar cada vez mais próximo as prefeituras e seria interessante que aqui na região as prefeituras possam estreitar as relações com os comitês, que tem um papel importante de deliberar o que pode ou não 29

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