Novas Concessões e Expansão da Malha Rodoviária: Desafios Regulatórios
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- Andreia Madureira Fagundes
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1 Novas Concessões e Expansão da Malha Rodoviária: Desafios Regulatórios Caio Mário da Silva Pereira Neto Sócio, Pereira Neto Macedo Advogados Professor de Direito Econômico da DireitoGV
2 Contexto atual Participação intensa da iniciativa privada em novos investimentos no setor de transportes Novos setores aeroportos Ampliação da participação rodovias, ferrovias e portos Coexistência com o PAC: foco do investimento do Estado infraestrutura autossustentável objeto de concessão Janela de oportunidade Outorga simultânea de infraestrutura de todos os modais Possibilidade de planejamento integrado 5 aeroportos; 12 ferrovias; 9 rodovias; 159 arrendamentos portuários + TUPs Desafios regulatórios dois planos: Intermodal - Necessidade de integração regulatória Intramodal - Inovações nos editais de rodovias federais
3 Rodovias, Ferrovias e Portos
4 PIL: Planejamento integrado Integração entre rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos - objetivo: Disponibilização de ampla rede de infraestrutura; Obtenção de uma cadeia logística eficiente e competitiva; Redução de custos de logística. Planejamento Integrado esfera federal: Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte ( CONIT ) Lei /01 órgão consultivo; Empresa de Planejamento e Logística ( EPL ) monitora a elaboração de estudos e acompanha a execução do programa de investimentos: planejamento integrado para os modais do PIL. Planejamento deve levar em consideração as sinergias com projetos regionais E.g. Rodoanel e Ferroanel / TAV e Trens Regionais
5 Regulação fragmentada Âmbito Federal: ANTT (rodovias e ferrovias); SAC e ANAC (aeroportos); SEP e ANTAQ (portos) Ministério dos Transportes e EPL também influenciam a regulação federal Âmbito Estadual: competência residual, múltiplos desenhos regulatórios (v.g. ARTESP) e coordenação com Municípios que integram Regiões Metropolitanas Regulação estadual (rodovias e ferrovias estaduais, hidrovia Tietê-Paraná e portos delegados). Necessidade de Coordenação Intermodal e Interfederativa
6 Necessidade de Integração Regulatória Aperfeiçoamento da experiência anterior ANP ANEEL Térmicas Questão de harmonização regulatória entre entes federais: ANP União - transporte de gás / Estados distribuição de gás; ANEEL concessão ou autorização das usinas; Ausência de coordenação entre as duas agências prejudica ampliação dos investimentos em termelétricas ANP Estados Dinâmica do mercado de gás natural Questão federativa: No passado houve atrito entre a diretriz federal de introdução de competição na comercialização de gás e as garantias de exclusividade conferidas às Distribuidoras pelos Estados Divergência entre reguladores prejudica projetos
7 Desafios da Regulação Multimodal Desafio: Regulação para integração e competição intermodal Competição e articulação dos diferentes modais; Estabelecimento de tarifas, obrigações de acesso, incentivos a investimento devem levar em conta complementaridade e concorrência intra e inter modais; Ex. de tarifas: tarifas ferroviárias impactam o uso de rodovias. Ex. de acesso: MRS x Ferroban: Resolução ANTT 945/05 disciplinou o direito de passagem entre as malhas das concessionárias, especialmente quanto ao acesso ao Porto de Santos. Contratos antigos v. contratos novos: Convivência de modelos regulatórios distintos estabelecimento de novo padrão regulatório pelo PIL? Migração progressiva para o novo modelo?
8 Desafio de integração regulatória no setor rodoviário Desafio federativo rodovia estadual v. rodovia federal: Regimes contratuais distintos É possível a integração? V.g. Pedágio barreira x ponto a ponto É possível/desejável a competição? V.g. Valores tarifários díspares podem distorcer o tráfego Exemplos de temas que exigem integração regulatória Estradas vicinais: necessidade de desenvolvimento e celebração de instrumentos de cooperação entre diferentes entes federativos para diminuir risco regulatório e assegurar correta prestação do serviço Rotas de fuga: Mesmo debate necessária coordenação entre diferentes entes para evitar que uma estrada se transforme em rota de fuga de outra Uniformização dos mecanismos de cobrança automática Padronização de radiofrequências / tecnologias utilizadas
9 Inovações na Regulação Rodoviária Novos editais federais Grande extensão das concessões: 9 lotes de rodovias; Duplicação da rodovia em 5 anos; Início da cobrança de pedágio apenas após 10% da duplicação; Licenciamento ambiental: encargo da EPL até a assinatura do contrato objetivo: evitar eventuais atrasos na fase de licitação não afetam cronograma geral. Plano de Negócios substituído por declaração de instituição financeira acerca da viabilidade e da exequibilidade da montagem do empreendimento Evita discussões durante o certame quanto à exequilidade das propostas
10 Destaque: Metodologia de revisão Incorporação de elementos anteriormente incluídos no cálculo de reequilíbrio econômico-financeiro: Fator C redução ou aumento da alíquota de ISS, PIS e COFINS; impacto nas receitas decorrente de decisão judicial; arredondamento; não utilização da totalidade da verba do RDT; Desempenho integra o cálculo da tarifa tentativa de alinhamento de incentivos: Fator D desconto ou acréscimo de reequilíbrio por atendimento aos parâmetros de operação e execução de obras Entrega de obras antes do prazo gera antecipação do acréscimo; Fator Q indicadores de qualidade do serviço disponibilidade e nível de acidentes com vítimas. Yardstick competition no que tange a acidentes comparação com outras rodovias concedidas / prêmio regulatório por redução Revisão Extraordinária Fluxo de Caixa Marginal
11 Algumas Conclusões Política pública multimodal oportunidades: Concessões + Gasto Público focado Novo padrão regulatório Papel da EPL Planejamento: coordenação e competição intermodal Desafio: coordenação/integração regulatória Entre entidades federais; Interfederativa; Intertemporal Inovações regulatórias: Exigências de agilidade no investimento; Possíveis ganhos de agilidade nos estudos ambientais; Padrões de qualidade incorporados no cálculo da tarifa; Fluxo de caixa marginal utilizado para reequilírio econômico
12 Obrigado
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