SISTEMAS DE IMPORTAÇÃO DE EXPORTAÇÃO EAD. Capitulo 1: Introdução

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1 SISTEMAS DE IMPORTAÇÃO DE EXPORTAÇÃO EAD Capitulo 1: Introdução A internacionalização do comércio aproximou as nações, independentemente de localização ou características particulares, e possibilitou um intercâmbio de bens e serviços de forma ágil e segura, através de um fluxo que tende a ser potencializado pela grande demanda da população mundial estimulada pelo avanço da tecnologia e pela própria necessidade de consumo. O comércio internacional pode ser definido como um grupo de práticas econômicas, que são realizadas com o objetivo de obter lucro, através de uma relação de compra e venda em âmbito internacional. As principais razões pela busca por mercados internacionais por parte de empresas são: expansão mercadológica, crescimento econômico e financeiro, redução dos custos de produção e otimização da distribuição. Os governos também possuem interesses particulares no comércio internacional, pois a sua prática agrega valor e confiança internacionais, além da movimentação de divisas, o que impacta no câmbio e na balança comercial do país. Logo, tais vantagens despertaram os interesses de empresários e de governos, conduzindo esse comércio a um patamar onde toda a economia é regulamentada por práticas capitalistas, que provocou uma reaproximação de países, anteriormente avessos a essas práticas, para tornar viável o ingresso de todos nesse mercado global. Dessa forma, muitas economias reformularam suas ações comerciais para se remodelarem aos novos rumos tomados pela economia mundial. Especialmente, alguns países como Brasil, Rússia, Índia e China conhecidos atualmente pela sigla BRIC, que representa os países economicamente emergentes aproveitaram suas potencialidades naturais, humanas e tecnológicas para iniciarem um novo ciclo em suas economias, estabelecendo parcerias para otimizarem suas balanças comerciais e desenvolverem seus pólos industriais, além de outras ações, como: geração de emprego e renda, livre concorrência, câmbio, atração de investimentos estrangeiros, abertura de novos negócios, etc. Mas, antes de elaborar qualquer prognóstico, é vital que empresas estejam devidamente preparadas para o desafio da concorrência internacional, o que implica em condicionar corretamente todas as suas potencialidades, como: Capacitar, treinar e motivar constantemente o pessoal; Conhecer as normas cambiais internacionais; Ter acesso às principais fontes e condições de financiamentos para capital de giro, exportações e importações; Traçar uma política de marketing estrategicamente sintonizada com o mercado-alvo;

2 Redobrar as atenções com alguns componentes de produto, como: preços, embalagem, especificações técnicas, qualidade, rótulo, logística, condições de transporte, dentre outras. No entanto, há muita resistência por parte de muitos pequenos e médios empresários brasileiros em comercializar seus produtos e/ou serviços no mercado internacional. Essas resistências estão mais relacionadas à falta de informação e insegurança do que qualquer fator de ordem econômica. Por exemplo: Não sabem como exportar; Não têm conhecimento sobre os programas e instrumentos de apoio à exportação e linhas próprias para financiamento ao exportador; Não acreditam na política externa brasileira ao ponto de não investirem em produtos, serviços e imobilizado voltado ao comércio internacional; Não vêem vantagens em atuar no mercado externo. Se houvesse incentivos melhores e as informações estivessem mais acessíveis e de forma mais clara para os pequenos e médios empresários o quadro poderia ser otimizado. A prova da falta de informação e da incredulidade é tanta que em 1997, as exportações brasileiras acima de US$ 15 milhões foram realizadas por apenas 3,73% das empresas brasileiras aptas a exportar, o que importou em aproximadamente 80% do volume total das exportações. Enquanto que as exportações cujos valores individuais ficaram abaixo de US$ 5 milhões, foram realizadas por 91% das empresas brasileiras aptas a exportar (cerca de 14 mil empresas), o que importou em quase 10% do valor total exportado. Já em 1998, havia aproximadamente 4 milhões de empresas ativas no Brasil, mas apenas exportaram, o que representa 0,35% do total. E em 2000, uma melhora mínima: somente exportaram, ou seja, 0,40% do total. Em 1999, somente 84 empresas, do total de 4 milhões de empresas brasileiras, foram responsáveis por cerca 50% do valor exportado, enquanto que em 2000, somente 97 empresas foram responsáveis por 53% do volume. Mesmo sabendo que o número de empresas brasileiras, que em algum momento exportaram mercadorias, evoluiu de seis mil, em 1976, para dezesseis mil, em 2000, essa quantidade representa apenas 0,4% das empresas existentes no país. Logo, as exportações brasileiras por parte de pequenas e médias empresas ainda constituem um volume de negócios ínfimo que necessita ser incrementado através de ações mais objetivas por parte das três esferas do governo e de seus órgãos reguladores do Sistema de Comércio Exterior. Mas, além das dificuldades que envolvem falta de informação e insegurança, existem outras variáveis que acabam dificultando às pequenas e médias empresas brasileiras a ingressarem no comércio internacional, como: A adaptação e modificação dos processos produtivos às exigências internacionais; A falta de planejamento de médio e longo prazo; A falta de recursos para investir em novos produtos e serviços;

3 A não-observância às leis de preservação ambiental e aos preceitos internacionais sobre os direitos humanos. Logo, pode-se constatar que as pequenas e médias empresas estão inseguras em atuar no mercado internacional. E não se pode ignorar esse fato, porque estas empresas respondem por cerca de 20% do PIB brasileiro. Mas, vale ressaltar que há formas de superar estes obstáculos para explorar o mercado exterior, através da articulação de lideranças para uma organização em sistemas de cooperativas, consórcios ou sindicatos, por exemplo. Mas, com o intuito de poder proporcionar maior competitividade aos produtos nacionais no mercado internacional, o governo brasileiro, vem se estruturando e desenvolvendo uma série de ações que viabilizam programas e linhas de crédito que apóiem às empresas interessadas em atuar no mercado internacional. Esta disciplina tem como objetivo principal levar ao conhecimento da classe acadêmica, de forma objetiva, os aspectos que cercam a sistemática do comércio exterior envolvendo: A legislação e a estrutura brasileira para o comércio exterior; Os termos internacionais de comércio; Algumas práticas adotadas no Brasil; As estratégias adotadas para maximizar a competitividade da indústria nacional e internacional; As atualidades sobre o mercado internacional. Capitulo 2: O Comércio Exterior Ao longo de toda a história capitalista, o mundo passou por certos momentos prósperos e felizes em termos de crescimento econômico e produção de riqueza, indicando uma prosperidade mundial. Foi assim no início do século 20, quando a indústria moderna atingiu patamares, até então, nunca vistos. O mesmo fato ocorreu após a Segunda Guerra Mundial envolvendo o continente europeu e o Japão, os quais estavam se reerguendo das cinzas para se transformarem nas potências econômicas que são conhecidas hoje. E as observações quanto à prosperidade capitalista não cessaram no século 20, pois a taxa de expansão mundial registrada em 2004 foi de 5,1%, simplesmente, a mais alta em décadas. Graças ao volume recorde no comércio global, os bons ventos estão soprando não somente para as nações ricas, mas especialmente para aquelas em desenvolvimento, inclusive para as mais pobres. Estima-se a quantia de 20 trilhões de dólares em circulação no mundo, nas mãos, principalmente de bancos e investidores. Além da taxa de juros mundial que se encontra em um dos menores patamares nos últimos anos, que funciona como um estímulo para o crescimento.

4 Como conseqüência, pode-se constatar em todo o continente uma situação excepcional de desenvolvimento econômico e social, representado por uma alta produção industrial que está sendo rapidamente absorvida por consumidores com necessidades insaciáveis, aliadas a uma diminuição da taxa de desemprego e miséria Histórico brasileiro O açúcar, durante a era colonial, foi o produto que moveu a economia brasileira, portanto o primeiro produto made in Brazil que teve projeção mundial. Em seguida, o ouro na região de Minas Gerais teve sua projeção internacional. Já como uma nação, o Brasil viu um novo ciclo econômico surgir, agora com o café, que foi o grande responsável pela riqueza que o Estado de São Paulo goza ainda hoje. O café já foi o produto brasileiro com maior representatividade no comércio internacional. Mas, hoje quando os maiores parceiros que o Brasil possui no comércio internacional são a União Européia, os EUA, o Mercosul e a China, esse cenário sofreu muitas e profundas alterações. Na década de 90, houve um grande salto qualitativo na produção brasileira de bens agrícolas, quando a liderança mundial foi alcançada em vários insumos. Foi graças as reformas implantadas pelo governo federal que a pauta de exportação foi diversificada e com isso houve a inclusão de muitos bens de alto valor agregado, como: aviões, automóveis, jóias e peças de vestuário. No período de 1995 a 1998 as exportações brasileiras somaram US$ 198,3 bilhões, alcançando seu pico em 1997 com US$ 53 bilhões. No mesmo período, as importações acumularam US$ 222 bilhões, com um pico de US$ 61,4 bilhões também em Dessa forma houve um déficit acumulado no período de US$ 23,7 bilhões. Mas em 1998 essa situação começou a dar sinais de uma possível inversão para os anos seguintes. Em 1999, após a flexibilização do regime cambial e a desvalorização do real em relação à moeda americana, as projeções para o saldo da balança comercial brasileira começavam a se apresentar positivas, variando entre 2 e 6 bilhões de dólares, criando uma expectativa de que se houvesse encerrado o ciclo de déficits comerciais. É importante ressaltar um período muito interessante, no que diz respeito ao perfil e ao volume do comércio exterior brasileiro, vivido entre 1980 e 1998, pois foi compreendido por fases distintas, onde houve uma crescente integração internacional. O gráfico a seguir exibe a evolução da relação comercial do Brasil com os principais países no mundo durante os anos de 1990, 1993 e Pode-se observar que nos dois primeiros anos analisados, o saldo da balança comercial foi positivo, mas em 1998 a situação já se encontrava bem oposta,

5 com saldo negativo. Mas, vale ressaltar o incremento das exportações em 32% e das importações em 124%. Comércio Externo Brasileiro - por Origem e Destino ( ) (US$ milhões) Países / Ano EXP. IMP. EXP. IMP. EXP. IMP. PAÍSES INDUSTRIALIZADOS Estados Unidos - Japão Europa PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO África Ásia - China - Coréia do Sul Europa Oriente Médio América Latina e Caribe - Argentina OUTROS PAÍSES TOTAL Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A evolução das exportações e das importações ocorridas nesse período foi um reflexo, em grande parte, da condução dada pela política cambial e comercial brasileira, além dos demais instrumentos utilizados na política econômica que afetaram o comércio internacional. Vale ressaltar que durante boa parte dos anos 80, os superávits comerciais eram priorizados pelo governo com a intenção de minimizar a dívida externa brasileira, o que provocava cuidados especiais com as taxas de câmbio

6 para que acompanhassem o ritmo inflacionário e, ao mesmo tempo, para que as políticas protecionistas do período de industrialização fossem preservadas. Na década de 90, com a abertura econômica, alguns fatos importantes ocorreram: as importações sofreram um relevante incremento, a dívida externa brasileira foi renegociada e deu-se início a um intenso fluxo de capital de curto prazo ingressando no Brasil. Com isso, os superávits comerciais deixaram de ser prioridade da política econômica nacional. E em 1994 foi lançado o Plano Real que teve importante contribuição para a política de combate à inflação ao pressionar os preços dos bens comercializáveis para baixo, e, em paralelo, serviu como âncora para a política cambial do governo brasileiro. O período de 1980 a 1998 também foi marcado pela mudança na composição da pauta de importação e exportação brasileira. Os produtos tidos como principais a serem exportados, como: minério de ferro, soja (grão e farelo), fumo, café, açúcar, carne de frango e carne bovina, que em 1980 constituíam cerca de 40% da pauta de exportações, passaram a responder por apenas 25% da pauta em Enquanto que os produtos manufaturados, como: suco de laranja, automóveis, motores de pistão, café solúvel, papel, bombas e compressores, cigarros, pneumáticos, açúcar refinado, motores e geradores, laminados planos de ferro e aço, móveis, produtos químicos, calçados e têxteis, adquiram um aumento de participação na pauta de exportação de 45% para 58% no mesmo período. Mas o aumento não foi sentido somente nos produtos manufaturados, os semi-manufaturados, como: produtos de ferro e aço, celulose, alumínio bruto, óleo de soja bruto, açúcar cristal, ferro gusa, ferro-ligas, couros e peles, ouro e ligas de alumínio, obtiveram um crescimento de 12% (1980) para 16% (1998). Nas importações o destaque foram os produtos metal-mecânicos e eletroeletrônicos que obtiveram uma crescente demanda nos anos 90. Esses produtos eram representados por bens de capital e de consumo durável. Em 1998, as importações de automóveis foram da ordem de US$ 2,7 bilhões e dos bens de capital somaram US$ 16 bilhões, que corresponderam juntas a 28% da pauta, enquanto a aquisição externa de outros bens duráveis de consumo foi de US$ 2,5 bilhões, cerca de 4% da pauta. Já os produtos intermediários e as matérias-primas constituíram o maior grupo de importações em 1998: US$ 26,7 bilhões, que representou aproximadamente 46% da pauta de importações. Hoje, o Brasil já apresenta um padrão de comércio internacional onde, as exportações são constituídas de produtos manufaturados e semimanufaturados, onde os recursos naturais e a energia apresentam grande competitividade e perspectivas otimistas. Quanto às importações, a dependência por produtos básicos foi reduzida, mas há uma crescente demanda interna por produtos industrializados de conteúdo tecnológico, os quais são relativamente simplificados e de pequeno valor agregado. Capitulo 3: Contextualização do Brasil no comércio internacional

7 A pauta brasileira, hoje, é considerada moderna e diversificada, pois está entre os 20 maiores exportadores mundiais, com aproximadamente US$ 120 bilhões (em 2005) vendidos a outros países, entre produtos e serviços. Atualmente, o Brasil ocupa a 12ª colocação no ranking das maiores economias do mundo sob os critérios de Produto Interno Bruto (PIB) convertido a dólares estadunidenses; está entre as 15 maiores economias do mundo, segundo os critérios de "purchasing power parity", sendo a maior da América do Sul; além de ocupar o 63 lugar no ranking do IDH (Índice de desenvolvimento humano). Mas, a baixa taxa de crescimento ao ano, ainda torna o país muito lento. Enquanto os economistas brasileiros comemoram uma taxa de crescimento da ordem de 3 a 4% ao ano, a China vê sua economia crescer cerca de 10%, e esta é uma taxa que vem se mantendo ao longo dos últimos vinte e cinco anos. A Índia vem em seguida com uma taxa de crescimento de 7,3% ao ano. E a Rússia, protagonista de uma séria crise financeira no ano de 1998, apresenta uma recuperação invejável: o país cresce 7% ao ano. Além de alguns países, como Taiwan, Malásia, Coréia, Cingapura, Tailândia, Vietnã, Irlanda, Indonésia, Chile e Turquia que compõem uma extensa lista de nações que têm evoluído acima da média global inclusive à frente do Brasil. De acordo com o economista Dominic Wilson, do banco americano Goldman Sachs e autor de um trabalho sobre o BRIC: o mundo ainda espera ver o Brasil decolar. Mas há alguns obstáculos que o impedem de crescer mais que a média global, como: altos impostos, dinheiro caro, infra-estrutura precária, excesso de burocracia e leis trabalhistas defazadas. Em 2004 o Brasil começou a acompanhar o crescimento da economia mundial. O governo alega que foi fruto da política adotada, apesar de grande parte da imprensa e do empresariado haverem reclamado das altas taxas de juros adotadas pelo Banco Central. Ao final de 2004 o PIB atingiu o patamar de 4,9%, a indústria cresceu cerca de 8% e as exportações superaram as expectativas. Portanto, o Brasil é considerado pelo mundo como um país com grande potencial de crescimento, assim como a Índia, a Rússia e a China. Em uma pesquisa divulgada pela revista Veja em agosto de 2006, onde são projetados os respectivos crescimentos dos quatro componentes do BRIC para 2025 e 2050, tem-se que:

8 Produto Interno Bruto Produto Interno Bruto Produto Interno Bruto em 2005 em 2025 em 2050 (em trilhões de dólares) (em trilhões de dólares) (em trilhões de dólares) 1º Estados Unidos 12,8 1º Estados Unidos 20 1º CHINA 49 2º Japão 5 2º CHINA 11,7 2º Estados Unidos 38 3º Alemanha 2,6 3º Japão 6,7 3º ÍNDIA 27 4º Reino Unido 2,3 4º Alemanha 3,9 4º Japão 8 5º CHINA 2,3 5º ÍNDIA 3,6 5º BRASIL 8 6º França 2,2 6º Reino Unido 3,3 6º México 7,8 7º Itália 1,8 7º França 3,2 7º RÚSSIA 6,2 8º Canadá 1 8º RÚSSIA 2,9 8º Alemanha 5,4 9º Espanha 1 9º Coréia 2,6 9º Reino Unido 5,1 10º Coréia 0,8 10º Itália 2,5 10º França 4,9 11º BRASIL 0,8 11º México 2,4 11º Indonésia 3,9 12º México 0,8 12º BRASIL 2,3 12º Nigéria 3,7 Mesmo sendo cedo para alguns especialistas para traçar projeções sobre o BRIC, um fato pode ser constatado hoje: três dos quatro países citados não estão apenas correspondendo às expectativas, mas também estão bem à frente delas, com exceção do Brasil. No seu conjunto o BRIC contribuiu nos últimos cinco anos com mais de 50% do crescimento do produto global. No comércio mundial, a participação do grupo avança de forma veloz, comparado a 2001, cerca de 14% a mais do que o registrado naquele ano. A inclusão de quase 1 bilhão de novos consumidores no mercado mundial até 2025, deverá impactar de forma explosiva sobre a demanda de um vasto número de bens de consumo. Muitas pessoas que hoje não ganham o suficiente para comprar um par de sapatos vão começar a consumir, segundo Joydeep Mukherji, diretor do grupo de análise internacional da agência de classificação de riscos americana Standart and Poor s. Elas não poderão comprar carros Mercedes-Benz, mas começarão a adquirir bicicletas, TV s e aparelhos de som. É essa possibilidade de expansão de vendas que tem conquistado muitos investidores para injetarem capital nos componentes do BRIC. Mas, todo mercado emergente é instável por natureza, e os países componentes do BRIC não fogem à regra. Ninguém pode afirmar que o fantástico crescimento que se percebe hoje nesses países será sustentado pelos próximos anos porque o que não faltam são problemas para serem solucionados, como: danos causados ao meio-ambiente, conflitos religiosos, infra-estrutura precária, altos índices de corrupção e criminalidade, população com tendência a envelhecimento rápido, pesada carga tributária, baixo índice de natalidade, excesso de burocracia, etc. Imprevisibilidade à parte, o fato é que Brasil, Rússia, Índia e China têm um grande potencial para dar novos rumos à economia mundial, o que poucas vezes se viu na história do capitalismo. São países que não podem ser ignorados, mas que se deve ter cuidado com projeções excessivamente otimistas.

9 Capitulo 4: A Estrutura Brasileira para o Comercio Exterior O governo brasileiro possui definida uma política voltada para o comércio internacional, onde defende os interesses das empresas nacionais envolvidas, para, através delas, maximizar a participação nacional no exterior e equilibrar sua balança comercial, além de controlar o câmbio. A balança comercial de um país é representada pela diferença entre o que é exportado e o que é importado ao serem convertidos em unidades monetárias. Para que haja um equilíbrio na balança comercial, é necessário que o país tenha uma política de estímulo à exportação e de controle da importação. O ideal é que o saldo da balança sempre seja positivo, isto é, que as exportações superem as importações, até para que o câmbio (cotação da moeda nacional diante das estrangeiras) seja preservado. Essa política é definida pelo governo federal de acordo com seus interesses. Por exemplo, se as importações estão muito acima da projeção, algumas ações são tomadas para evitar o saldo negativo da balança, como redução de alíquotas de exportação ou benefícios na carga tributária sobre as vendas externas ou restrições às importações de alguns produtos. Existem diversas organizações governamentais ou não, que atuam na elaboração dessas políticas de forma direta ou indiretamente, dentre elas podem ser destacadas as seguintes: 1. Conselho Monetário Nacional CMN; 2. Câmara de Comércio Exterior CAMEX; 3. Ministério das Relações Exteriores MRE; 4. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC; 5. Secretaria de Comércio Exterior SECEX; 6. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES; 7. Ministério da Fazenda MF; 3.1. Conselho Monetário Nacional CMN O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi criado pela Lei em 31/12/1964 e se trata da máxima entidade normativa do Sistema Financeiro Nacional (SFN). É de sua responsabilidade a fixação de todas as diretrizes referentes às políticas: monetária, creditícia e cambial do país. Vale ressaltar que o Banco Central do Brasil (BACEN) funciona como Secretaria Executiva do CMN Câmara de Comércio Exterior CAMEX

10 A Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) é um órgão que integra o Conselho de Governo. Criada pelo Decreto número 1.386, em 06/02/1995, tem como objetivo formular as políticas e coordenar todas as atividades inerentes ao comércio de bens e serviços para o exterior. Em 1998, foi lançado pelo governo federal o Programa Especial de Exportações (PEE), no âmbito da CAMEX. O objetivo é estabelecer a interface entre o setor produtivo e os órgãos governamentais, visando aprimorar todos os instrumentos disponíveis de comércio exterior e mobilizar os exportadores por meio de suas entidades representativas. A CAMEX cabe propor as medidas que forem consideradas pertinentes para proteger os interesses brasileiros nas relações comerciais com países que possam vir a descumprir acordos estabelecidos bilateral, regional ou multilateralmente. Com a publicação do Decreto 4.732, de 10/06/2003, uma das alterações na estrutura da CAMEX, foi a criação do Conselho Consultivo do Setor Privado CONEX, o qual é composto por 20 representantes do setor privado. É de sua competência a assessoria do Comitê Executivo de Gestão GECEX, através da elaboração e do encaminhamento de estudos e de propostas setoriais para o contínuo aperfeiçoamento da política de comércio exterior brasileira. Ainda no âmbito da CAMEX, foi criado o Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações COFIG, com a publicação do Decreto n 4.993, em 18/02/2004. Com a responsabilidade de enquadrar e de acompanhar todas as operações do Programa de Financiamento às Exportações PROEX e do Fundo de Garantia à Exportação FGE, ele deve estabelecer parâmetros e condições para conceder assistência financeira às exportações e de prestação de garantia da União. A CAMEX é presidida pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Ministério das Relações Exteriores MRE Responsável direto pelo auxílio às empresas com necessidades de força política no exterior, o Ministério das Relações Exteriores ainda coordena alguns departamentos com funções ativas nas ações promocionais e na difusão de informações, além de tratar sobre assuntos como: integrações regionais ao Mercosul; negociações com outros blocos (ALCA, União Européia, etc.); desenvolvimento, aperfeiçoamento e manutenção técnica da BrazilTradeNet; discussão e proposição de diretrizes de política externa no âmbito da ciência e da tecnologia, incumbindo-se também de temas como a propriedade intelectual, dentre outras Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC.

11 É de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior administrar as ações da Secretaria de Comércio Exterior SECEX e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES para que todas as suas ações estejam de acordo com as diretrizes formuladas pela CAMEX Secretaria de Comércio Exterior SECEX A SECEX atua como entidade gestora no âmbito do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) e está subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. E são de sua competência algumas ações, como: I. Formulação de políticas e de programas de comércio exterior, além do estabelecimento das normas necessárias à implementação; II. Proposta de medidas, nos âmbitos fiscal e cambial, que viabilizem as políticas de: financiamento, recuperação de crédito, transporte e frete, seguro e promoção comercial. III. Proposta de diretrizes que articulem a utilização do instrumento aduaneiro de acordo com os objetivos gerais traçados pela política de comércio exterior, o que envolve a proposição de alíquotas para o imposto de importação; IV. Participação em negociações, acordos ou convênios internacionais que estejam relacionados ao comércio exterior; V. Implemento dos mecanismos de defesa comercial; VI. Apoio ao exportador submetido a investigações de defesa comercial no exterior Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma instituição pública federal que está vinculada ao MDIC e que tem objetivo central: financiar, a longo prazo, todos os empreendimentos que venham a contribuir de alguma forma com o desenvolvimento do país. Uma de suas subsidiárias mais importantes é a Agência Especial de Financiamento Industrial, conhecida por muitos empresários como FINAME, a qual é a responsável pela linha de crédito e financiamento BNDES-exim. Com o objetivo de facilitar o acesso do exportador ao crédito, o BNDES também dispõe do Fundo de Garantia para a Promoção da Competitividade (FGPC), conhecido comumente por Fundo de Aval. Este fundo de promoção consiste em minimizar o risco da exportação aos micros, pequenos e médios empresários, financiando os seus custos e avalizando a operação Ministério da Fazenda MF

12 O Ministério da Fazenda atua no comércio exterior brasileiro através de ações do Banco Central do Brasil (BACEN), da Secretaria da Receita Federal (SRF) e do Banco do Brasil (BB). Estes órgãos, com exceção do BB, atuam como gestores no âmbito do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX). Mas a todos são destinadas responsabilidades essenciais para o correto e eficaz funcionamento do comércio exterior brasileiro. Ao Banco Central do Brasil (BACEN) cabe estabelecer as normas que regem as operações de câmbio, bem como fiscalizar e controlar as suas aplicações. E é através do SISCOMEX que o BACEN analisa, em tempo real, todas as operações de exportação brasileiras. Além do SISCOMEX, o Banco Central também utiliza outro sistema informatizado para conferir todas as operações interbancárias no território brasileiro, inclusive câmbio. Conhecido como Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio (SISBACEN) é nele onde todas as operações de câmbio entre os bancos autorizados e os corretores credenciados, junto ao Banco Central, são registradas. A Secretaria da Receita Federal (SRF) é responsável pela administração de todos os tributos internos e aduaneiros devidos à União. É também de sua responsabilidade a fiscalização de produtos que estejam entrando e saindo do país e a devida arrecadação dos direitos aduaneiros sobre as importações brasileiras. Através do SISCOMEX, a Secretaria da Receita Federal analisa, em tempo real, todas as operações de exportação. Na qualidade de agente financeiro da União, o Banco do Brasil (BB) tem acesso ao Programa de Financiamento às Exportações (PROEX), que visa garantir condições de financiamento similares às internacionais aos exportadores brasileiros. E, por determinação da SECEX, também cabe ao Banco do Brasil emitir o Certificado de Origem "FORM A" do Sistema Geral de Preferências (SGP) e do Certificado de Origem Têxteis destinado à União Européia. 3.8 Organograma

13 Capitulo 5: O Comércio Internacional O comércio nacional é regido por leis e diretrizes que regulamentam as negociações de bens e serviços entre duas ou mais pessoas, sejam físicas ou jurídicas. Dessa forma são estabelecidas as responsabilidades entre as partes envolvidas e seus respectivos limites de direito na transação. Por exemplo, é comum ocorrerem casos de pessoas que se sentem lesadas em uma relação comercial e procuram seus direitos recorrendo ao PROCON (Órgão de Proteção ao Consumidor) ou ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Então, como se pode ver esse tipo de procedimento para essa condição é muito bem regulamentado pelo governo brasileiro. Por isso a necessidade da criação de órgãos que sejam responsáveis para dirimir quaisquer questões nesse âmbito comercial, como: elaborar as leis, fiscalizar e julgar as suas aplicações. Para tanto é imprescindível que as autoridades governamentais elaborem leis que reflitam a realidade do cotidiano das transações comerciais e sejam imparciais em seus processos de fiscalização e julgamento de ações que possam causar prejuízo à alguma das partes e, no âmbito geral, ao Estado de direito. De forma similar está organizado o comércio internacional, onde há leis e autoridades para cobrar o seu cumprimento e, com o mesmo rigor, fiscalizar as operações comerciais.

14 Organização Mundial do Comércio OMC Em 1947, o General Agreement on Tariffs and Trade (GATT) ou Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, foi firmado entre os países signatários, dentre eles o Brasil, para regulamentar as relações comerciais internacionais. Um dos principais resultados obtidos foi a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), em janeiro de 1995, após a "Rodada Uruguai" ( ). A OMC surgiu com o objetivo de fortalecer e aperfeiçoar o sistema de comércio multilateral existente desde os anos que se seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial. Seus propósitos consistiam em: garantir a livre concorrência entre os países membros, abolir os obstáculos ao comércio entre os países e permitir o acesso das empresas ao mercado externo. A OMC agregou às regras do GATT normas quanto aos setores de serviços e de propriedade intelectual, pois apenas era contemplado as normas quanto ao comércio de bens. Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento BIRD O Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, foi instituído em Sua função é de prover assistência concessional aos países menos desenvolvidos. O Banco Mundial é constituído pelo BIRD e tem como principal objetivo promover o progresso social e econômico dos países membros, através do financiamento de projetos que visem melhorar a produtividade e as condições de vida desses países. Contudo, para que um país usufrua dos recursos de financiamento dispostos pelo BIRD, é necessário que ele também faça parte do FMI (Fundo Monetário Internacional). Fundo Monetário Internacional FMI O Fundo Monetário Internacional foi criado em 1945 e tem como principal objetivo zelar pela estabilidade do sistema monetário internacional, mediante a promoção de cooperação e de consulta entre os seus 181 países membros, sobre os assuntos monetários. Na realidade, o FMI, assim como o BIRD, foi criado juntamente com o GATT nas negociações de Bretton Woods. E ambos foram frutos, especialmente, de uma necessidade latente que vigorava em um cenário pós

15 Segunda Guerra. Atualmente, esses órgãos estão em plena atuação e são responsáveis por auxiliar o desenvolvimento dos paises membros. Banco Interamericano de Desenvolvimento BID O Banco Interamericano de Desenvolvimento é o maior e mais antigo banco regional de desenvolvimento. Foi fundado em 1959 e consiste na principal fonte de recursos financeiros para projetos que visam ao desenvolvimento econômico, institucional e social, como também dispõe de programas de promoção do comércio e integração regional de toda a América Latina e Caribe. Sistema Geral de Preferências SGP O Sistema Geral de Preferências (SGP) foi instituído em 1970, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). O sistema passou a permitir que os países desenvolvidos concedessem isenções ou reduções da alíquota do imposto sobre importação para alguns produtos exportados por países em desenvolvimento, dentre os quais o Brasil. Sob o amparo do SGP, alguns países desenvolvidos oferecem tarifas reduzidas por determinados produtos que têm interesse em importar, e não exigem reciprocidade. Vale ressaltar que o SGP é uma concessão de forma unilateral de países desenvolvidos para países em desenvolvimento. Para evitar que os benefícios provenientes das reduções tarifárias, fornecidas por alguns países através do SGP, sejam apropriados por outros, foi instituída a obrigatoriedade pela UNCTAD do uso de um certificado de origem denominado "Form A", cujo modelo foi previamente aprovado pela conferência. Este documento, é utilizado para atestar o cumprimento de todos os requisitos de origem. No Brasil, ele é emitido pelas agências do Banco do Brasil, autorizadas pela Secretaria de Comércio Exterior e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com o objetivo de comprovar a nacionalidade de algum produto que está sendo importado e para evitar fraudes nas concessões do SGP, os países outorgantes das preferências (desenvolvidos) adotam um regime de origem, que varia para cada país outorgante (em desenvolvimento). Esses regimes de origem são importantes para habilitar os bens importados ao benefício preferencial fornecido de acordo com o país beneficiário, a partir dos componentes ou dos insumos que foram importados ou que compõe o produto principal, e que podem, ou não, se enquadrar como produtos "totalmente obtidos" no país beneficiário. Os EUA, assim como outros países outorgantes do SGP, adotam como regra básica o critério de percentual mínimo de componentes nacionais, isto é, a nacionalidade não somente do produto final, mas também das partes

16 que o compõem, para que ele possa usufruir do benefício preferencial. A regra norte-americana determina que: a soma do valor dos componentes do produto, produzidos no país beneficiário, e dos seus custos diretos, não podem ser inferiores a 35% do preço do bem final a ser exportado sob o SGP. Os países que outorgam o SGP são: Austrália, Bielorússia, Bulgária, Canadá, Estados Unidos da América, Rússia, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Suíça e Turquia, além da União Européia (25 países). Cabe à Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, administrar o SGP no Brasil. Sistema Global de Preferências Comerciais - SGPC A instituição do acordo sobre o Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) foi concluída em 1988, na cidade de Belgrado. No Brasil entrou em vigor, somente, em O acordo do SGPC apresenta 48 países em desenvolvimento como signatários. Mas, nem todos são outorgantes, somente 40 países, e estes passaram a trocar entre si concessões comerciais, embora a participação no acordo esteja reservada exclusivamente aos países membros do Grupo dos 77. Logo, sob essa condição, os 40 países signatários do SGPC são: Argélia Cingapura Índia Moçambique Sri Lanka Argentina Cuba Indonésia Nicarágua Sudão Bangladesh Egito Irã Nigéria Tailândia Benin Equador Iraque Paquistão Tanzânia Bolívia Filipinas Iugoslávia Peru Trinidad- Tobago Brasil Gana Líbia Rep. da Coréia Tunísia Camarões Guiana Malásia Rep. Popular Democrát. da Coréia Vietnam Chile Guiné México Romênia Zimbábue E os seguintes países são signatários do acordo, mas não o ratificaram: Angola, Catar, Colômbia, Haiti, Marrocos, República Democrática do Congo, Uruguai e Venezuela. Ainda sob o âmbito do SGPC, as empresas brasileiras que desejam exportar podem obter vantagens utilizando a margem de preferência percentual aplicável sobre a alíquota de importação em vigor no país outorgante para os produtos que constam em sua lista de concessões. Mas, para obter o tratamento preferencial, é necessário que: a) O produto deve constar nas listas de concessões anexas ao Decreto n 194, de 21/08/1991;

17 b) O exportador deve obedecer as Regras de Origem; c) O exportador deve obter os Certificados de Origem referente ao SGPC junto às Federações das Indústrias dos Estados. Blocos econômicos O comércio internacional tem andado por dois caminhos, aparentemente, antagônicos: a liberação dos fluxos de comércio de bens e serviços e a formação de zonas de comércio. Apesar da aparência antagônica, ambos os caminhos são complementares, tendo em vista que a liberação dos fluxos comerciais está intimamente ligada às relações comerciais mantidas entre as nações. E estas relações envolvem várias questões, como: geográficas, econômicas, sociais e de cunho pessoal dos líderes das nações, inclusive. As zonas de comércio internacional, ou blocos como são denominados, podem apresentar os seguintes formatos: Área de preferência tarifária: onde os acordos visam à redução de tarifas alfandegárias entre os signatários, para todos ou para grupos de produtos. As reduções das alíquotas de importação podem ocorrer de forma gradativa, através de um cronograma de reduções, ou pode-se chegar a um consenso sobre uma alíquota fixa; Área de livre-comércio: as barreiras comerciais entre os países membros são eliminadas, para o trânsito de bens, mas cada país tem autonomia na administração de sua política comercial; União aduaneira: a circulação de bens e serviços é livre dentro do bloco, mas todos os países devem adotar a mesma política comercial, além de utilizarem uma alíquota externa comum; Mercado comum: similar à união aduaneira, mas permite-se também a livre circulação de fatores de produção (trabalho e capital); União econômica: estágio seguinte ao mercado comum, que envolve a coordenação das políticas macroeconômicas dos países membros por parte do bloco e a adoção de uma única moeda. Capitulo 6: Termos Internacionais de Comércio (INCOTERMS) Os INCOTERMS são regras criadas pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) para administrar conflitos que possam existir através da interpretação de contratos internacionais de compra e venda, que envolvam transporte de produtos e seus respectivos custos, além da responsabilidade sobre perdas e danos que possam ocorrer. As regras são estabelecidas internacionalmente, além de serem uniformes e imparciais. Publicados pela primeira vez em 1936, os INCOTERMS já sofreram adições e emendas, a última ocorreu no ano Essas atualizações são

18 necessárias visto a constante atualização das condições de comércio no mundo. Vale ressaltar que a importância das regras está na determinação do momento preciso da transferência de obrigações, isto é, no exato momento em que o exportador é considerado isento de suas obrigações e responsabilidades legais sobre o produto a ser exportado. Os INCOTERMS definem regras exclusivamente para exportadores e importadores, isentando, portanto, de qualquer responsabilidade outras partes envolvidas, como: transportadoras, seguradoras, despachantes, etc. Os Termos Internacionais de Comércio são representados por três siglas que tratam, efetivamente, dos termos e condições de venda ao definirem os direitos e deveres mínimos do vendedor (exportador) e do comprador (importador) quanto aos seguintes elementos: contratação de seguros, pagamento de frete, movimentação em terminais, liberação alfandegária e obtenção de documentos para comércio internacional. Por isso, também são conhecidos como cláusulas de preços, pois cada termo determina os elementos que compõem os preços dos produtos. A fim de facilitar o entendimento e o uso dos INCOTERMS, os mesmos foram divididos em quatro categorias: grupo E (ex), grupo F (free), grupo C (cost) e grupo D (delivered). Grupo E Partida Grupo F Transporte principal grátis Grupo C Transporte principal pago Grupo D Entrega EXW FCA CFR DAF FAS CIF DES FOB CPT DEQ CIP DDU DDP EXW (Ex-Work) A partir do local de produção O exportador conclui com suas obrigações no momento da entrega da mercadoria, ou seja, quando as disponibiliza ao importador em sua propriedade ou em outro local pré-determinado no contrato, como: depósito, armazém, indústria, etc. Todas as despesas inerentes ao transporte da mercadoria, desde a sua retirada até o destino final (entrega), inclusive quaisquer perdas e danos, são de responsabilidade do importador. Vale ressaltar ainda que, se for solicitado pelo exportador, o importador deve fornecer assistência para a obtenção de documentos para despachar a mercadoria. Neste termo está representada a mínima obrigação do exportador com a transação. Mas, se houver a suspeita de que o importador não fornece

19 as condições de atender às formalidades da exportação, este termo não deverá ser utilizado. Esse termo pode ser adotado em qualquer via de transporte. FCA (Free Carrier) Livre ao transportador O exportador deve entregar a mercadoria, desembaraçada para a exportação, à transportadora indicada pelo importador, no local acordado. Caso a entrega seja realizada na propriedade do exportador, ele ainda terá a obrigação do embarque. Mas, se a entrega ocorrer em outro local, o exportador exime-se da responsabilidade, deixando a mercadoria sob custódia da transportadora. Esse termo pode ser utilizado em qualquer meio de transporte, mas é muito adotado para o transporte aéreo. FAS (Free Along Ship) Livre junto ao costado do navio As obrigações do exportador cessão no cais do porto, ao colocar a mercadoria desembaraçada para exportação e livre junto ao costado do navio. A partir daí, a responsabilidade e os riscos passam a ser do importador, devendo, inclusive, pagar para colocarem a mercadoria no interior do navio. Esse termo é utilizado quando a transação comercial envolve o transporte marítimo ou o hidroviário. FOB (Free on Board) Livre a bordo O exportador assume toda a responsabilidade, assim como todos os riscos, para entregar e embarcar a mercadoria desembaraçada no navio e no porto de embarque designados pelo importador. Essa modalidade, assim como a FAS, é válida para o transporte marítimo ou hidroviário. Todas as despesas incorrentes, até o embarque da mercadoria, são da responsabilidade do exportador. As despesas e os possíveis riscos ou danos da mercadoria são do importador, a partir do momento em que a amurada do navio for transposta pela mercadoria. CFR (Cost and Freight) Custo e frete O exportador tem por obrigação entregar a mercadoria no porto de destino designado pelo importador. Portanto, todas as despesas de transporte são do exportador. Ao importador recaem as despesas com o seguro e com o desembarque da mercadoria ao chegar. A utilização dessa modalidade obriga o exportador a proceder com desembaraço da mercadoria para exportá-la e a usar apenas o transporte marítimo ou hidroviário. CIF (Cost, Insurance and Freight) Custo, seguro e frete.

20 A responsabilidade do exportador abrange transporte, seguro e frete da mercadoria até o porto de destino. A sua responsabilidade cessa no momento em que a mercadoria transpõe a amurada do navio no porto de destino acordado com o importador. A partir daí a responsabilidade passa a ser toda do importador. É uma modalidade onde o importador tem pouca responsabilidade com a mercadoria, porque fica, basicamente, todo o processo a cargo do exportador. Este termo só pode ser utilizado para transporte marítimo ou hidroviário. CPT (Carriage Paid to...) Transporte pago até... Os custos de transporte, seguro e frete são pagos pelo exportador até o momento em que a mercadoria é entregue à transportadora indicada pelo importador. No momento em que a mercadoria fica sob a custódia da transportadora, o risco de perdas ou danos, inclusive quaisquer aumentos de custos, são de responsabilidade do importador. Esse termo pode ser utilizado com qualquer modalidade de transporte, mas é geralmente usada na aviação. CIP (Carriage and Insurance Paid to...) Transporte e seguro pagos até... Este termo adota o princípio semelhante ao CIF, onde o exportador paga todas as despesas de embarque, transporte, frete e seguro até o local de destino indicado. A diferença está no fato do CIP ser utilizado em transportes aéreos e multimodais (rodoviário + ferroviário; rodoviário + aéreo; e outros). DAF (Delivered At Frontier) Entregue na fronteira A obrigação do exportador é de pagar o embarque, o transporte internacional e o seguro para entregar a mercadoria, não desembaraçada, no local indicado na fronteira (antes da linha limítrofe entre os países). É muito comum esse termo ser utilizado nos casos de transporte rodoviário ou ferroviário. DES (Delivered Ex Ship) Entregue a partir do navio O exportador assume integralmente todos os riscos e despesas para disponibilizar a mercadoria no destino estipulado, no exterior. A mesma deve ser colocada a bordo do navio designado pelo importador. Mas, vale ressaltar que a mercadoria ainda não estará desembaraçada para a importação. Este termo é utilizado somente quando se tratar de transporte marítimo ou hidroviário. DEQ (Delivered Ex Quay) Entregue a partir do cais

21 O exportador deve arcar com embarque, transporte, seguro, frete e desembarque da mercadoria no cais do porto de destino conforme acordado com o importador. No momento em que a mercadoria é entregue no cais do porto, as obrigações do exportador cessam e a partir daí os custos são de responsabilidade do importador, inclusive o desembaraço para a importação. Este termo é utilizado para transporte marítimo, hidroviário ou multimodal. DDU (Delivered Duty Unpaid) Entregue com direitos não-pagos O exportador deve levar a mercadoria ao importador no local e ponto designados no exterior, assumindo todas as despesas incorrentes, riscos e possíveis perdas, exceto o ônus com pagamentos de direitos aduaneiros, impostos e demais encargos incidentes para importação. Esse termo pode ser utilizado com qualquer meio de transporte. DDP (Delivered Duty Paid) Entregue com direitos pagos O exportador tem como obrigação entregar a mercadoria, já desembaraçada para a importação, no local determinado pelo importador, com todas as despesas pagas, inclusive impostos e demais encargos de incidentes sobre a importação. Mas, não é da responsabilidade do exportador o desembarque da mercadoria, nem tampouco o frete interno do local de desembarque ao local designado pelo importador. Esses custos são de responsabilidade do importador. Este é o INCOTERM que estabelece o maior grau de obrigações para o exportador, e pode ser utilizado com qualquer via de transporte.

22 1. O exportador assume todos os riscos até a disponibilização da mercadoria ao importador, no estabelecimento do exportador. 2. O exportador assume todos os riscos até a colocação da mercadoria, desembaraçada para a exportação, junta ao costado do navio. 3. O exportador assume todos os riscos até a transposição da amurada do navio pela mercadoria, desembaraçada para exportação, no porto de embarque. 4. O exportador assume todos os riscos até a entrega da mercadoria, desembaraçada para exportação, sob a custódia do transportador. 5. O exportador assume todos os riscos até o momento em que a mercadoria é colocada à disposição do importador, dentro do transporte, não desembaraçada, no local de entrega determinado na fronteira. 6. O exportador assume todos os riscos até a disponibilização da mercadoria ao importador, no ponto de destino, a bordo do navio designado. 7. O exportador assume todos os riscos até a entrega da mercadoria, não desembaraçada para importação, no local de destino designado. O importador assume as despesas com a retirada das licenças de importação. 8. O exportador assume todos os riscos até a entrega da mercadoria, não desembaraçada nem desembarcada, no local de destino designado, através de qualquer meio de transporte. 9. O exportador assume todos os riscos até a disponibilização da mercadoria desembaraçada ao importador, no meio de transporte e no local de destino, mas, não desembarcada.

23 Capitulo 7: O Acesso ao Mercado Internacional A exportação, hoje, passou a ser uma saída para quem busca se manter vivo, ou mesmo para quem busca ampliar seus horizontes, pois em um mercado cada vez mais competitivo, integrado e globalizado, as empresas têm que agir rapidamente para quebrar paradigmas e buscar novos nichos de mercado. Nos últimos dez anos, o comércio internacional de bens ganhou uma enorme projeção, somando, hoje, a quantia aproximada de US$ 6,5 trilhões. Representando assim, um mercado com grandes possibilidades de negócios para os exportadores brasileiros. Exportar também significa a diluição de riscos ao evitar as instabilidades econômicas de um cenário nacional. Ao optar por vender os seus produtos em mercados externos, o empresário brasileiro minimiza os seus riscos, pois a expansão da sua empresa não se condiciona, plenamente, ao ritmo de crescimento da economia nacional e pelas mudanças na política econômica do governo. Além disso, a minimização dos riscos abre a possibilidade para a elaboração de um planejamento de longo prazo, o que garante mais segurança nas decisões e assegura receitas em moedas fortes. O que exportar? O primeiro passo para exportar é definir o que será vendido no mercado externo. A empresa deve identificar uma oportunidade de bons negócios e buscar em sua linha de produtos aquele que atenda melhor a oportunidade analisada, levando em conta as preferências dos consumidores estrangeiros e as normas técnicas que os produtos devem seguir. Para isso, é necessário que a empresa reúna todas as informações possíveis sobre o mercado para o qual deseja exportar. Para ajudar no levantamento dessas informações, existe no Brasil o Departamento de Promoção Comercial (DPR) vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), que, dentre muitas funções, ele é responsável por: Realizar pesquisas de mercado no exterior; Colher informações sobre produtos brasileiros com potencial para exportação; Identificar oportunidades de exportação; Fornecer orientações sobre como exportar. As empresas brasileiras que desejarem informações comerciais sobre as oportunidades para exportar para um determinado mercado deverão, inicialmente, cadastrar-se na BrazilTradeNet, vinculado ao MRE. Após conseguir as informações necessárias sobre alguns potenciais compradores no exterior, a empresa brasileira deve entrar em contato com os mesmos para informar sobre o interesse existente em exportar e sobre o perfil da empresa e dos seus produtos. Por isso, quando se planeja ingressar no mercado internacional, é importante que o empresário viaje ao exterior para explorar mercados com potencial para importar seus produtos, além de manter contato direto com possíveis importadores e consumidores. A participação de feiras internacionais é uma boa forma de se aproximar e poder observar todas as oportunidades de

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