UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO CONTROLADORIA E AUDITORIA FACULDADE INTEGRADA AVM

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1 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO CONTROLADORIA E AUDITORIA FACULDADE INTEGRADA AVM ANDREA MARIA FERNANDES DA SILVA PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UMA FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO

2 2 Rio de Janeiro 2012 ANDREA MARIA FERNANDES DA SILVA PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UMA FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Pós Graduação em Controladoria e Auditoria. Por: Andrea Maria Fernandes da Silva. ORIENTADORA: LUCIANA MADEIRA

3 3 DEDICATÓRIA Dedico esta Monografia, in memorian, ao meu avô, Waldemar Fernandes, que foi e sempre será o meu melhor exemplo de vida.

4 4 AGRADECIMENTO A minha mãe Iza Fernandes, que meu deu a vida, e sempre esteve comigo nos momentos tristes e felizes e que sempre será dona do meu amor incondicional. A minha querida orientadora, que mesmo com tanto trabalho teve tempo em responder minhas inconstantes dúvidas da elaboração desse projeto com sua experiência, dedicação, disposição e carinho. Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar nos sonhos que se têem ou que os seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vai ser alguém... (Renato Russo)

5 5 RESUMO O Planejamento Tributário é um estudo preventivo feito antes do fato administrativo, pesquisando efeitos jurídicos e econômicos e consiste na redução do ônus tributário das empresas por meios legais. É importante e essencial para a gestão das empresas, beneficiando-as com a economia dos impostos através da elisão fiscal, evitando utilizar-se de meios ilícitos para impedir, reduzir ou retardar o recolhimento quando já sujeito à incidência da tributação, constituindo assim a evasão fiscal. A finalidade do Planejamento Tributário é justamente a economia dos tributos onde, comparando as várias opções legais, o contribuinte procura orientar os seus passos de forma a evitar o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal. Com o planejamento é possível estar dentro da lei e optar por método menos dispendioso. O objetivo desse trabalho é demonstrar a importância do planejamento tributário para uma melhor gestão empresarial diminuindo o pagamento de tributos dentro da legalidade. Para tanto, se torna necessário que as empresas formalizem esse processo, pois o planejamento é uma função administrativa importante. O planejamento oferece alternativas as empresas que querem utilizá-los para uma redução do ônus tributário. A necessidade de buscar novas estratégias de otimização das atividades das empresas, são colocadas diante delas, incluindo a racionalização dos gastos tributários utilizando formas e mecanismos legais aceitáveis para a otimização desses gastos. Esta pesquisa demonstra a necessidade de um planejamento tributário para uma melhor administração na gestão empresarial. PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Gerenciamento. Planejamento. Tributos. Ônus tributário. Elisão fiscal. Evasão fiscal.

6 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO GESTÃO EMPRESARIAL O Planejamento Tributário na Gestão Empresarial Planejamento Tributário: A Importância na Gestão Empresarial Planejamento Tributário: Obrigação dos Administradores PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO A Importância do Planejamento Tributário nas Empresas Classificação do Planejamento Tributário Tipos de Planejamento Fraude e Sonegação Fiscal Evasão e Elisão Fiscal Tipos de Elisão Elisão que Decorre da Própria Lei Elisão que resulta das lacunas e brechas que existe na Lei O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA GESTÃO EMPRESARIAL Planejamento Tributário: A importância na Gestão Empresarial Planejamento Tributário: Obrigação dos Administradores SISTEMAS TRIBUTÁRIOS Conceito de Tributo Espécies de Tributo Competência Tributária Principais Tributos Tributos Federais Tributos Estaduais Tributos Municipais Regimes Tributários Simples Nacional Lucro Presumido Lucro Real... 37

7 7 1. INTRODUÇÃO A concorrência entre as empresas brasileiras e estrangeiras vem aumentando. O mercado atualmente apresenta-se com uma competitividade muito grande, e isso tem dificultado a manutenção de um empreendimento no país. No Brasil, o custo tributário é um dos principais componentes do custo final da atividade produtiva neste cenário, surge como ferramenta de auxílio a essa necessidade de contenção de gastos e alavancagem da margem de lucro. O planejamento tributário, que é um estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, consiste em linhas gerais, na redução do ônus tributário da empresa por meios legais. Pretende-se mostrar com essa pesquisa, alguns aspectos que envolvem essa importante ferramenta da gestão empresarial, delineando como objetivo geral a necessidade de se demonstrar a importância do mesmo para o sucesso de um empreendimento. O Planejamento Tributário dentro da legalidade produz a elisão fiscal, a redução da carga tributária da empresa por meios lícitos, ou seja, economia (diminuição) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. O perigo do mau planejamento pode resultar em evasão fiscal, que é a redução da carga tributária descumprindo determinações legais, classificadas como crime de sonegação fiscal (Lei nº 8.137/90). Há alternativas legais válidas para grandes empresas, mas que são inviáveis para as médias e pequenas empresas, dado o custo que as operações necessárias para execução desse planejamento (Lei n 5.172/66). O planejamento tributário exige, antes de tudo, que o planejador tenha bom-senso, descobrindo oportunidades legais de redução dos gastos tributários, fundamentado no direito que a atividade privada detém de não ser obrigada a pagar mais tributos quando existe uma opção legal menos onerosa. As empresas devem está aparelhadas, portanto, cientes das necessidades de um planejamento como práticas nas organizações. A Lei nº 6.404/76 (Lei das S/A) prevê a obrigatoriedade do Planejamento Tributário por parte dos administradores de qualquer companhia, pela interpretação do artigo 153:

8 Art O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios. (FABRETTI, 2005) 8 É sabido que os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. Diante desse cenário surge a seguinte problemática: O Planejamento Tributário é uma ferramenta para melhorar a gestão das empresas? O objetivo geral é demonstrar a importância do Planejamento Tributário como ferramenta para o sucesso da Gestão Empresarial. Tendo como objetivos específicos: a) Especificar os aspectos da gestão empresarial. b) Examinar os aspectos do planejamento tributário. c) Demonstrar como o Planejamento Tributário auxilia na gestão empresarial. O Planejamento Tributário consiste em organizar os empreendimentos econômico-mercantis da empresa, mediante o emprego de estruturas e formas jurídicas capazes de bloquear a concretização da hipótese de incidência fiscal, ou então, de fazer com que sua materialidade ocorra na medida ou no tempo certo. O presente estudo é importante porque pretende mostrar que o Planejamento Tributário poderá ser um importante instrumento para o sucesso das empresas. Será utilizado o tipo de pesquisa bibliográfica, constituída principalmente de artigos científicos e livros, revistas e sites com fontes fidedignas, visto que permite a pesquisa mais ampla. A utilização desse tipo de pesquisa consistiu em fontes confiáveis. O estudo apresentado utilizou a leitura buscando fundamentar uma conjuntura tratando de encontrar, nos diferentes textos as passagens, conceitos e idéias que melhor possam colaborar para o esclarecimento do problema.

9 9 2. GESTÃO EMPRESARIAL Muito se houve falar sobre a gestão das empresas: Empresas bem geridas tendem ao sucesso! ou Empresas quebram por falhas de gestão!. São duas tendências muito observadas em nossa atualidade. Uma gestão eficaz tornou-se atualmente um fator crítico de sucesso. Inicialmente é preciso entender o que significa gestão, para permitir o seu correto emprego no contexto do planejamento. A palavra Gestão define-se como ação ou efeito de gerir; gerência; administração. Vem do latim gerir que significa administrar, gerenciar, coordenar. Analisando a significação da palavra gestão podemos fazer uma correlação à palavra administração: do latim ad (direção, tendência para algo) e minister (pessoas), e designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo. É utilizada em especial em áreas com corpos dirigentes poderosos, como por exemplo, no mundo empresarial (administração de empresas) e em entidades dependentes dos governos (administração pública). O termo Gestão passou a significar de forma mais comum a interferência direta dos gestores nos sistemas e procedimentos empresariais. A palavra empresarial tem seu significado ao que está relativo à empresa ou a empresário. Sendo assim os termos administração, gestão e empresarial possuem definições semelhantes fazendo com que dessa maneira seus conceitos tornem-se interligados. Nas empresas uma boa gerência faz uma grande diferença, por isso para Campos: O bom relacionamento entre gestores e colaboradores é primordial para o bom desenvolvimento das organizações afirma também que nos atuais modelos de gestão, os líderes tem como responsabilidade a definição das metas e o incentivo à equipe por isso não controlam tanto o trabalho; e ainda informa que fazer com que toda a equipe tenha o mesmo objetivo e que cada um entenda sua importância é o maior desafio de um gestor, que assim para ser considerado um bom líder, deve aprender a administrar conflitos, saber escutar, se posicionar no lugar do outro, respeitar a individualidade de cada um, aceitar pontos de vista diferentes e, antes de tudo, zelar e auxiliar o colaborador na busca do seu crescimento. O diálogo se

10 10 mostra como a ferramenta mais eficaz para que os objetivos da empresa sejam atingidos. O gestor hoje precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em condições totalmente diferentes das de antes (passado). No passado, bastavam medidas contábeis e financeiras de desempenho, uma vez que ações que geravam bons resultados tendiam a permanecer efetivas com o passar do tempo. Nos tempos de hoje as empresas tem que se adaptarem a um bom sistema de gestão empresarial. Hoje muitas organizações estão captando dados sobre operações, sobre transações, e dados sobre clientes e fornecedores no sistema de gestão empresarial. Empresas com bom sistema de gestão empresarial, tem condições de conectar-se aos bancos de dados transacionais possibilitando a atualização automática e contínua de muitos indicadores de scorecard. Atualmente, a implantação de indicadores de mensuração estratégica, como o Balanced Scorecard, auxiliam na medição da eficácia da estratégia empresarial. A tecnologia disponibiliza sistemas de software que proporcionam às empresas um maior conforto e segurança com relação gestão de uma empresa. As formas e maneiras de um bom relacionamento entre os gestores e demais colaboradores de uma determinada empresa, torna-se de extrema importância para o bom funcionamento desta empresa. A contabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios. De longa data, contadores, administradores e responsáveis pela gestão de empresas se convenceram que amplitude das informações contábeis vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais, previdenciárias e legais. A gestão de entidades é um processo complexo e amplo, que necessita de uma adequada estrutura de informações - e a contabilidade é a principal delas. Além do mais, o custo de manter uma contabilidade completa (livros diário, razão, inventário, conciliações, etc.) não é justificável para atender somente o fisco. Informações relevantes podem estar sendo desperdiçadas, quando a contabilidade é encarada como mera burocracia para atendimento governamental. Contabilidade Gerencial, em síntese, é a utilização dos registros e controles contábeis com o objetivo de gerir uma entidade. Esta não inventa dados, mas

11 11 lastreia-se na escrituração regular dos documentos, contas e outros fatos que influenciam o patrimônio empresarial. Dentre as utilizações da contabilidade, para fins gerenciais, destacam-se, entre outros: 1. Projeção do Fluxo de Caixa 2. Análise de Indicadores 3. Cálculo do Ponto de Equilíbrio 4. Determinação de Custos Padrões 5. Planejamento Tributário 6. Elaboração do Orçamento e Controle Orçamentário O Planejamento é uma das funções administrativas importante para o bom andamento das empresas. Planejar significa pensar antecipadamente nas ações que se desenvolverão em tempo futuro. Para Perez Junior, Pestana e Franco (1995, p.12): Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir determinado objetivo. É importante o estabelecimento dos valores organizacionais. Assim como as pessoas são diferentes umas das outras, as empresas têm suas características exclusivas. Instituído valores, missão, aspecto de futuro e estratégias, passos muito conhecidos. A controvérsia é como gerenciar os recursos da organização para que alcance nossos objetivos. O processo de gestão envolve planejamento, execução, controle e ações corretivas. Um ponto importante da contabilidade gerencial é o uso da informação contábil, ela é ferramenta para a empresa e alimenta, quando devidamente estruturada, a gestão empresarial. Entretanto, é possível apontar a importância do planejamento tributário como ferramenta eficaz da gestão empresarial. O sistema empresarial busca incessantemente pela necessidade da antecipação dos créditos e a protelação dos débitos. Apesar da grande importância do profissional de contabilidade como ferramenta gerencial, e o tributo, sendo um ônus relevante para a empresa, surge nesses dias à necessidade prioritária de se estabelecer uma política de planejamento tributário, em toda e qualquer empresa. É

12 12 importante perceber que um planejamento tributário não pode ultrapassar a tênue fronteira do lícito, do legal e do moral, levando-se em conta a necessidade de estabelecer uma relação entre riscos e benefícios pela adoção de tais medidas planificando a anulação, redução, compensação ou adiantamento do ônus tributário. 2.1 O Planejamento Tributário na Gestão Empresarial As empresas procuram ser cada vez mais competitivas, de tal maneira a se adequar ao complicado sistema econômico mundial, travando uma luta para o aumento da produtividade e para a redução dos custos e aumento da receita essas são características conhecidas e estudadas como um aspecto que modificou a estrutura organizacional das empresas consideravelmente. A necessidade de buscar novas estratégias de otimização da atividade empresarial é colocada diante das empresas incluindo a racionalização dos gastos tributários. A utilização de formas e mecanismos legalmente aceitáveis para a diminuição dos gastos tributários, em muitas oportunidades são autorizadas a sua utilização pelas legislações tributária e fiscal. Para Borges (2002. p. 28), o planejamento tributário decorre de dois fatores essencial observados na empresa: a) a existência de elevado ônus fiscal sobre os seus negócios; e b) a consciência do administrador de que a legislação tributária é complexa, sofisticada e versátil. Ainda segundo Borges (2002. P. 28). A essência e o conceito de planejamento tributário são os seguintes: A natureza ou essência do Planejamento Tributário consiste em organizar os empreendimentos econômico-mercantis da empresa, mediante o emprego de estruturas e formas jurídicas capazes de bloquear a concretização da hipótese de incidência fiscal ou, então, de fazer com que sua materialidade ocorra na medida ou no tempo que lhe sejam mais propícios. Trata-se, assim, de um comportamento técnico-funcional, adotado no universo dos negócios, que visa excluir, reduzir ou adiar os respectivos encargos tributários. (...) o planejamento Tributário (é) uma técnica gerencial que visa projetar as operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços, visando conhecer as obrigações e os encargos fiscais inseridos em cada uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legítimos, adotar aquela que possibilita a anulação ou adiamento do ônus fiscal.

13 13 O Planejamento Tributário visa dar condições racionais de trabalhar com a incerteza. O ambiente irresoluto requer das empresas, em tempo real a capacidade de proporcionar procedimentos tributários legais que viabilizem sua sustentação e manutenção em um mercado movido pela concorrência. O Planejamento Tributário deve ser considerado como imprescindível redutor de custos e como arma indispensável na competitividade e sobrevivência da instituição. Os benefícios alcançados em conseqüência da gestão tributária, em muitas circunstâncias aliviam o caixa da empresa, contribuindo para uma melhor administração do capital de giro. Se revertendo esse resultado em favor da melhoria do produto, serviço ou mercadoria, possuiremos uma boa receita unida em dois extremos. Pondo fim no desperdício tributário e melhorando a competitividade do empreendimento Planejamento Tributário: A Importância na Gestão Empresarial Gestão Tributária é o processo de gerenciamento dos aspectos tributários de uma determinada empresa, com a finalidade de adequação e planejamento, visando controle das operações que tenham relação direta com tributos. Basicamente, a gestão atua sobre o departamento de impostos da respectiva empresa. Isto não quer dizer que somente tal departamento é alvo da gestão. Outros departamentos que influenciam a geração de impostos (como o Departamento Comercial) também devem estar compreendidos no alcance da administração tributária. Um erro muito comum nas empresas é focalizar demais o processo tributário no departamento de impostos, esquecendo-se que outros departamentos também geram rotinas fiscais. A gestão não visa fazer mas administrar. O objetivo desta gestão é: Corrigir possíveis erros de interpretação e execução no cumprimento das obrigações e rotinas fiscais na empresa. Evitar contingências fiscais (multas e sanções), bem como o pagamento indevido de tributos.

14 14 Implementar formas lícitas de economia tributária. A realidade tributária brasileira é notoriamente complexa, sendo um dos componentes do chamado custo Brasil. Existem dezenas de tributos exigidos em nosso país, entre impostos, taxas e contribuições. O excesso de tributação inviabiliza muitas operações e cabe ao administrador tornar possível, em termos de custos, a continuidade de determinados produtos e serviços, num preço compatível com o que o mercado consumidor deseja pagar. Não obstante, há ainda a edição de grande quantidade de normas que regem o sistema tributário, oriundas dos 3 entes tributantes (União, Estados e Municípios). Cálculos aproximados indicam que um contabilista, somente para acompanhar estas mudanças, precisa ler centenas de normas (leis, decretos, instruções normativas, atos, etc.) todos os anos. E ainda, há dezenas de obrigações acessórias que uma empresa deve cumprir para tentar estar em dia com o fisco: declarações, formulários, livros, guias, etc. Se não bastasse este caos, existe ainda o ônus financeiro direto dos tributos, que tomam até 40% do faturamento de uma empresa. Somente o ICMS pode tomar 18%, o IPI, 10%, o PIS e a COFINS, até 9,25%, além do Imposto de Renda, Contribuição Social sobre o Lucro, INSS, FGTS, Contribuição Sindical, IPTU, IPVA, etc. Desta forma, o grande volume de informações e sua contínua complexidade acabam dificultando a aplicação de rotinas e o planejamento. As pessoas responsáveis pelo setor de tributos das empresas dispõem de pouco tempo pode dedicar ao estudo das legislações pertinentes, resignando-se ao cumprimento das rotinas e recolhimento dos tributos, às vezes de forma imprecisa ou incorreta. Aliado a isto, note-se que numa empresa de porte média, várias pessoas, além das que estão diretamente trabalhando no departamento fiscal, envolvem-se com rotinas associadas a tributos. Um exemplo é o pessoal do faturamento, que emite notas fiscais e calcula impostos. Portanto, a adoção de uma metodologia de trabalho, de forma regular e planejada, pelo menos dará condições á empresa de buscar nas pessoas envolvidas

15 15 o melhor de seus conhecimentos e percepções, para enfrentarem o dilúvio tributário a que estão sujeitas diariamente. Com tudo, o planejamento tributário mostra alternativas para as empresas que pretendem utilizá-lo dependendo do tipo de negócio, no qual estão inseridas. Utilizando-se seus mecanismos, a empresa tem possibilidade de ganhos maiores com relação a seus concorrentes que não utilizam esse processo. Latorraca (1992, p.59) adverte que: O contribuinte que pretende planejar, com vista à economia de impostos, terá de dirigir a sua atenção para o período anterior à ocorrência do fato gerador e nesse período adotar as opções legais disponíveis. (LATORRACA, 1992) Fica entendido que para se planejar a economia de tributos, o profissional deve ter conhecimento da legislação que se é aplicada aquele tipo de negócio que esta sendo estudado para então começar a fazer o planejamento tributário. Para isso acontecer na empresa, o contador precisa conhecer com profundidade todas as situações em que for possível o crédito tributário, principalmente com relação aos chamados tributos não cumulativos, também é necessário que o contador conheça todas as situações previstas na lei em que for possível o diferimento dos recolhimentos dos tributos, permitindo um melhor gerenciamento do fluxo de caixa da empresa, em análise. Cabe conhecer, também, todas as despesas e provisões permitidas pela legislação do Imposto de Renda. Com virtude da grande maioria dos tributos terem bases de cálculo em valores determinados pela contabilidade, o contador torna-se com o tempo um grande conhecedor das formas práticas de arrecadação e do funcionamento dos tributos. E se ele puder destinar boa parte do seu tempo ao estudo da legislação tributária, tem plenas condições de desenvolver planificações capazes da obtenção de bons resultados Planejamento Tributário: Obrigação dos Administradores A administração de um empreendimento é uma tarefa árdua, como todos sabem, e precisa ser percebida em todos os níveis da empresa, desde a produção até o Conselho de Administração. Deve ser conduzida através de uma filosofia de

16 16 gestão e não apenas por normas esparsas que visam atingir somente os colaboradores menos graduados. Por exemplo, não basta concentrar esforços para desordenadamente aumentar o faturamento, ação que tenho percebido como sendo a prática de muitos gestores. É preciso que todos saibam que esse crescimento precisa ser natural e planejado. Atenção especial, inclusive, para os custos tributários correlacionados, os quais podem afetar diretamente a lucratividade do empreendimento. A obrigatoriedade do Planejamento Tributário, por parte dos administradores de qualquer companhia, é prevista pela Lei 6.404/76 (Lei das S/A), pela interpretação do artigo 153. Art O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios. Logo, antes de ser um direito, uma faculdade, o planejamento fiscal se torna obrigatório para todo bom administrador. Desta maneira, no Brasil, tem ocorrido uma "explosão" do Planejamento Tributário como prática das organizações. No futuro, a omissão desta prática irá provocar o descrédito daqueles administradores omissos. Atualmente, não se tem conhecimento de nenhuma causa ou ação, proposta por acionista ou debenturista com participação nos lucros, neste sentido. Mas, no futuro, a inatividade nesta área poderá provocar ação de perdas e danos por parte dos acionistas prejudicados pela omissão do administrador em perseguir o menor ônus tributário.

17 17 3. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO O início de um novo ano traz à tona uma preocupação primordial para a sobrevivência das empresas: o planejamento tributário. Por meio dele, inúmeras decisões devem ser tomadas, de maneira que todos os passos a serem dados durante o ano devem ser esquematizados e combinados com a legislação. Isso se torna ainda mais essencial, se considerarmos o cenário brasileiro atual, onde o planejamento é imprescindível para obter sucesso, ou simplesmente para sobreviver. Assim, empresas eficientes costumam contar com investimentos nesse setor, pois a redução de custos resultante de um planejamento tributário bem elaborado costuma ser considerável, sem contar a redução de riscos relacionadas a possíveis autuações fiscais. É importante esclarecer que o planejamento tributário passa longe da sonegação fiscal, pois propõe atitudes que reduzirão o valor dos tributos devidos, sem, contudo, sonegar ou fraudar o fisco. Na verdade, tudo é feito em conformidade com a legislação; e aqui encontramos mais um motivo para investir nesse assunto: a legislação tributária é demasiadamente complexa. Nesse contexto, por meio de estudos da realidade de cada empresa, aliado a um profundo conhecimento da legislação, é possível, em muitos casos, diminuir o valor devido de tributos, sem infringir a legislação tributária. Se considerarmos que cada obrigação acessória a ser preenchida e entregue ao fisco também tem um custo para a empresa, igualmente é possível trabalhar com a diminuição de custos, escolhendo o regime de tributação que tenha menos encargos para o contribuinte, ou pelo menos, orientando para o correto preenchimento de cada Declaração, evitando aborrecimentos desnecessários que podem decorrer do envio de informações equivocadas. Isso tudo, em última instância, diminui o risco de autuações fiscais, e suas conseqüentes penalidades diretas e indiretas. Portanto, por ocasião do início do ano, além de realizar simulações e estudos a fim de escolher o melhor regime de tributação para a empresa, também é importante rever os procedimentos internos envolvidos no cumprimento das

18 18 obrigações tributárias, evitando assim a aplicação de penalidades, e aborrecimentos com o fisco. A economia dos tributos é a finalidade do planejamento tributário, onde comparando as várias opções legais, o contribuinte obviamente procura orientar os seus passos de forma a evitar, sempre que possível, o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal. 3.1 A Importância do Planejamento Tributário nas Empresas O planejamento tributário oferece alternativas às empresas que querem utilizá-lo dependendo do tipo de negócio, no qual estão inseridas. A utilização dos seus mecanismos possibilita as empresas a terem maiores ganhos em relação a seus concorrentes que não o utilizam. A princípio, o planejamento é praticado com maior intensidade pelas grandes corporações precisando também ser desempenhado pelas pequenas e médias empresas como forma legal de diminuir os gastos com tributos de várias espécies. Deve-se dividir o planejamento tributário em duas fases: a primeira, antes da ocorrência do fato gerador. Nesta fase, gestores, contadores e advogados juntamente com a empresa, estudam as leis que normalizam os tributos pagos, para buscar ordenamentos legais nas falhas contidas. A segunda fase são as várias possibilidades legais de redução dos ônus tributários após a ocorrência do fato gerador. 3.2 Classificação do Planejamento Tributário O Planejamento Tributário pode ser classificado dependendo dos acertos e do ponto de vista do observador. De acordo com Gubert (2004, p. 35): Em verdade, todas as classificações são imperfeitas e subjetivas, pois importam em restrições da realidade e dependem do juízo valorativo a serem utilizados na análise. Posto isso como ressalva e de acordo com o conceito

19 elencado, pode-se classificar o planejamento tributário através dos seguintes critérios: 19 Conforme a conduta do agente: a) Comissivo - pela utilização de expedientes técnicos - funcional; b) Omissivo - quando da não realização da conduta descrita na norma; c) Conforme as áreas de atuação; d) Administrativo - através de intervenções diretas no sujeito ativo (fisco); e) Judicial - através do pleito de tutela jurisdicional; f) Interno - mediante atos realizados dentro da própria empresa. Conforme o objetivo, cita Borges (1997, p. 62): a) Anulatório - pelo emprego de formas e de estruturas jurídicas que impeçam a incidência do imposto; b) Redutor - busca de hipótese de incidência menos onerosa; c) Postergativo - visando ao adiamento da ocorrência do fato gerador, ou à procrastinação do lançamento ou ao pagamento do imposto. 3.3 Tipos de Planejamento O Planejamento Tributário pode fazer parte de qualquer empresa, pode ser uma microempresa até uma empresa de grande porte. Abordando qualquer atividade, indicado para uma maior segurança e até um ganho financeiro maior. De acordo com Fabretti, Láudio Camargo (2005, p. 185): Do ponto de vista empresarial, ou seja, analisando seus efeitos na estrutura gerencial e contábil-financeira, o planejamento tributário pode ser: a) Operacional (Planejamento Tributário Operacional) refere-se aos procedimentos formais prescritos pelas normas ou pelo costume, ou seja, na forma especifica de contabilizar determinadas operações e transações, sem alterar suas características básicas; e b) Estratégico (Planejamento Tributário Estratégico) implica mudança de algumas características estratégicas da empresa, tais como: estrutura de capital, localização, tipos de empréstimos, contratação de mão-de-obra etc.. O gerenciamento das obrigações tributárias não pode ser mais considerado como necessidade diária, mas sim como algo estratégico dentro das organizações, independente de seu porte ou setor. Pelo planejamento tributário é possível: a) Impedir a incidência do tributo, adotando métodos com o fim de evitar a ocorrência do fato gerador;

20 20 b) Reduzir o montante dos tributos, tomando as providências no propósito de reduzir a base de cálculo ou alíquota do tributo; c) Adiar o pagamento do tributo, buscando medidas que têm por fim pospor o pagamento do tributo, sem ocorrência da multa. 3.4 Fraude e Sonegação fiscal A fraude e a sonegação fiscal consistem em fazer uso de métodos que violem diretamente a lei fiscal, ou as normas fiscais, e podem ser descobertos pelo fisco por meio de auditorias fiscais, comprovando documentações não idôneas e atos ilegítimos. Sonegação é todo ato ou inércia dolosa que tende a impedir ou atrasar, total ou parcial o conhecimento por parte da autoridade fazendária. A Lei nº de 14 de julho de 1965, no artigo 1º explica a Sonegação Fiscal. Fraude é todo ato ou inércia dolosa que tende a impedir ou atrasar, total ou parcial, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, e em relação as suas características essenciais, que as excluam ou modifiquem, de modo a reduzir a importância do imposto devido, desviando ou adiando o seu pagamento devido. Por não ser um ato lícito, sendo assim ocorrido, o contribuinte age deliberadamente contra as doutrinas da lei, fugindo da obrigação tributária. 3.5 Evasão e Elisão Fiscal Entre o Fisco e o contribuinte existe uma harmonia inconstante. Para evitar a obrigação tributária, o contribuinte pode dar preferência a duas alternativas. Desviando-se da tributação, fugindo da norma tributária que é a elisão fiscal. Quando já sujeito à incidência da tributação, utilizar-se de meios ilícitos para impedir, reduzir ou retardar o recolhimento do tributo devido constitui evasão fiscal. É importante destacar a disparidade entre a elisão fiscal e a evasão fiscal, existindo entre elas uma enorme distância.

21 21 A elisão fiscal utiliza-se de meios legais, ao menos formalmente permitidos por lei, desprendidos de qualquer conteúdo doloso ou proibido pela lei. O fato gerador da obrigação tributária estabelecida antecipadamente abre para o contribuinte a alternativa de escolher a situação legal menos onerosa. Em alguns países notou-se uma sensível diminuição da arrecadação, devido a elaborados programas de planejamento tributário pelo desenvolvimento da elisão fiscal. Por outro lado, evasão ou sonegação fiscal, é o resultado de tramas ilícita, que é punível com pena restritiva de liberdade e multa. O perigo do mau planejamento é redundar em evasão fiscal, que é a redução da carga tributária descumprindo determinações legais, classificadas como crime de sonegação fiscal Tipos de Elisão Há duas espécies de elisão fiscal: a) Aquela que decorre da própria lei e também; b) A que resulta da decorrência de lacunas e brechas que existe na lei Elisão que Decorre da Própria Lei No caso em que a elisão decorre da lei, o próprio dispositivo legal existente nesta, permite ou até induz a economia de tributos. Existe uma vontade clara e consciente do legislador de dar ao contribuinte determinados benefícios fiscais. Os incentivos fiscais são exemplos típicos de elisão que é induzida por lei, vez que, o próprio texto legal dá aos seus destinatários determinados benefícios. É o que acontece, por exemplo, dos incentivos à inovação tecnológica. Nessa Lei nº /05, a pessoa jurídica poderá usufruir de diversos incentivos fiscais, abaixo elencados, desde que cumpridas algumas condições: O inciso I do art.17 refere à legislação do IRPJ classificando as despesas para efeito de dedução:

22 22 Art. 17. A pessoa jurídica poderá usufruir dos seguintes incentivos fiscais: I - dedução, para efeito de apuração do lucro líquido, de valor correspondente à soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica classificáveis como despesas operacionais pela legislação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ ou como pagamento na forma prevista no 2o deste artigo. CSLL: A mesma dedução usada no inciso I será usada também para o cálculo da 6 A dedução de que trata o inciso I do caput deste artigo aplica-se para efeito de apuração da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. As deduções como despesas operacionais, das importâncias transferidas para microempresas e empresas de pequeno porte como incentivo para pesquisa tecnológica, estão definidas no art.18: Art. 18. Poderão ser deduzidas como despesas operacionais, na forma do inciso I do caput do art. 17 desta Lei e de seu 6, as importâncias transferidas a microempresas e empresas de pequeno por te de que trata a Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999, destinadas à execução de pesquisa tecnológica e de desenvolvimento de inovação tecnológica de interesse e por conta e ordem da pessoa jurídica que promoveu a transferência, ainda que a pessoa jurídica recebedora dessas importâncias venha a ter participação no resultado econômico do produto resultante. O percentual correspondente para a exclusão do valor do lucro líquido classificáveis como despesa pela legislação do IRRF está definido no art.19: Art. 19. Sem prejuízo do disposto no art. 17 desta Lei, a partir do anocalendário de 2006, a pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesa pela legislação do IRPJ, na forma do inciso I do caput do art. 17 desta Lei. A possibilidade de exclusão do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL. Tratados no Art.19-A, dessa Lei: Art. 19-A. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa

23 científica e tecnológica e de inovação tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica - ICT, a que se refere o inciso V do caput do art. 2 da Lei no , de 2 de dezembro de (Incluído pela Lei nº , de 2007) 23 Todos os valores relativos aos dispêndios com instalações fixas, aquisição de aparelhos, máquinas e equipamentos, pelo que se destina o art. 20 da Lei , de 2005, podem ter o saldo não depreciado ou não amortizado, excluído na determinação do lucro real no período de apuração em que for concluída sua utilização. Art. 20. Para fins do disposto neste Capítulo, os valores relativos aos dispêndios incorridos em instalações fixas e na aquisição de aparelhos, máquinas e equipamentos, destinados à utilização em projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, metrologia, normalização técnica e avaliação da conformidade, aplicáveis a produtos, processos, sistemas e pessoal, procedimentos de autorização de registros, licenças, homologações e suas formas correlatas, bem como relativos a procedimentos de proteção de propriedade intelectual, poderão ser depreciados ou amortizados na forma da legislação vigente, podendo o saldo não depreciado ou não amortizado ser excluído na determinação do lucro real, no período de apuração em que for concluída sua utilização Elisão que resulta das lacunas e brechas que existe na lei Quanto a segunda espécie, contempla hipóteses em que o contribuinte opta por configurar seus negócios com determinada forma que se harmonizem com um menor ônus tributário, utilizando elementos que a lei não proíbe ou que possibilitem evitar o fato gerador de determinado tributo com elementos da própria lei. É o caso, por exemplo, de uma empresa de serviços que decide mudar a sede para determinado município, visando pagar o ISS com uma alíquota mais baixa. Não é proibido por lei que os estabelecimentos escolham o lugar onde exercerão atividades, pois os contribuintes possuem liberdade de optar por aqueles mais convenientes a eles, mesmo que a definição do local seja exclusivamente com objetivos de planejamento fiscal. A inexistência do planejamento tributário na maioria das empresas deixa as mesmas em prejuízo no campo competitivo do mercado. Quem usufruir desse planejamento tributário como uma atividade empresarial preventiva, possui nele uma

24 24 forte possibilidade de ganhos significativos em relação aos concorrentes. Não é compensador o caso de a empresa apresentar uma grande receita, ficando comprometida por uma alta carga tributária, o que causará dano ao seu lucro final. Sendo assim, caberá ao empresário, assessorado pelo seu contador, observar as restrições previstas em lei e, dentro desta, traçar as estruturas e formas legítimas para as operações industriais e mercantis das empresas, possibilitando-as o menor custo tributário e deste modo planejar com melhor habilidade seu ponto estratégico de atuação.

25 25 4. O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA GESTÃO EMPRESARIAL As empresas procuram ser cada vez mais competitivas, de tal maneira a se adequar ao complicado sistema econômico mundial, travando uma luta para o aumento da produtividade e para a redução dos custos e aumento da receita essas são características conhecidas e estudadas como um aspecto que modificou a estrutura organizacional das empresas consideravelmente. A necessidade de buscar novas estratégias de otimização da atividade empresarial é colocada diante das empresas incluindo a racionalização dos gastos tributários. A utilização de formas e mecanismos legalmente aceitáveis para a otimização dos gastos tributários, em muitas oportunidades são autorizadas a sua utilização pelas legislações tributária e fiscal. Para Borges (2002. p. 28), o planejamento tributário decorre de dois fatores essencial observados na empresa: a) a existência de elevado ônus fiscal sobre os seus negócios; e b) a consciência do administrador de que a legislação tributária é complexa, sofisticada e versátil. Ainda segundo Borges (2002. P. 28). A essência e o conceito de planejamento tributário são os seguintes: A natureza ou essência do Planejamento Tributário consiste em organizar os empreendimentos econômico-mercantis da empresa, mediante o emprego de estruturas e formas jurídicas capazes de bloquear a concretização da hipótese de incidência fiscal ou, então, de fazer com que sua materialidade ocorra na medida ou no tempo que lhe sejam mais propícios. Trata-se, assim, de um comportamento técnico-funcional, adotado no universo dos negócios, que visa excluir, reduzir ou adiar os respectivos encargos tributários. (...) o planejamento Tributário (é) uma técnica gerencial que visa projetar as operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços, visando conhecer as obrigações e os encargos fiscais inseridos em cada uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legítimos, adotar aquela que possibilita a anulação ou adiamento do ônus fiscal. O Planejamento Tributário visa dar condições racionais de trabalhar com a incerteza. O ambiente irresoluto requer das empresas, em tempo real a capacidade de proporcionar procedimentos tributários legais que viabilizem sua sustentação e manutenção em um mercado movido pela concorrência. O Planejamento Tributário deve ser considerado como imprescindível redutor de custos e como arma indispensável na competitividade e sobrevivência da instituição. Os benefícios alcançados em conseqüência da gestão tributária, em

26 26 muitas circunstâncias aliviam o caixa da empresa, contribuindo para uma melhor administração do capital de giro. Se revertendo esse resultado em favor da melhoria do produto, serviço ou mercadoria, possuiremos uma boa receita unida em dois extremos. Pondo fim no desperdício tributário e melhorando a competitividade do empreendimento. 4.1 Planejamento Tributário: A Importância na Gestão Empresarial O planejamento tributário mostra alternativas para as empresas que pretendem utilizá-lo dependendo do tipo de negócio, no qual estão inseridas. Utilizando-se seus mecanismos, a empresa tem possibilidade de ganhos maiores com relação a seus concorrentes que não utilizam esse processo. Latorraca (1992, p.59) adverte que: O contribuinte que pretende planejar, com vista à economia de impostos, terá de dirigir a sua atenção para o período anterior à ocorrência do fato gerador e nesse período adotar as opções legais disponíveis. (LATORRACA, 1992) Fica entendido que para se planejar a economia de tributos, o profissional deve ter conhecimento da legislação que se é aplicada aquele tipo de negócio que esta sendo estudado para então começar a fazer o planejamento tributário. Para isso acontecer na empresa, o contador precisa conhecer com profundidade todas as situações em que for possível o crédito tributário, principalmente com relação aos chamados tributos não cumulativos, também é necessário que o contador conheça todas as situações previstas na lei em que for possível o diferimento dos recolhimentos dos tributos, permitindo um melhor gerenciamento do fluxo de caixa da empresa, em análise. Cabe conhecer, também, todas as despesas e provisões permitidas pela legislação do Imposto de Renda. Com virtude da grande maioria dos tributos terem bases de cálculo em valores determinados pela contabilidade, o contador torna-se com o tempo um grande conhecedor das formas práticas de arrecadação e do funcionamento dos tributos. E se ele puder destinar boa parte do seu tempo ao estudo da legislação tributária, tem plenas condições de desenvolver planificações capazes da obtenção de bons resultados.

27 Planejamento Tributário: Obrigação dos Administradores A obrigatoriedade do Planejamento Tributário, por parte dos administradores de qualquer companhia, é prevista pela Lei 6.404/76 (Lei das S/A), pela interpretação do artigo 153. Art O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios. Logo, antes de ser um direito, uma faculdade, o planejamento fiscal se torna obrigatório para todo bom administrador. Desta maneira, no Brasil, tem ocorrido uma "explosão" do Planejamento Tributário como prática das organizações. No futuro, a omissão desta prática irá provocar o descrédito daqueles administradores omissos. Atualmente, não se tem conhecimento de nenhuma causa ou ação, proposta por acionista ou debenturista com participação nos lucros, neste sentido. Mas, no futuro, a inatividade nesta área poderá provocar ação de perdas e danos por parte dos acionistas prejudicados pela omissão do administrador em perseguir o menor ônus tributário.

28 28 5. SISTEMAS TRIBUTÁRIOS A legislação brasileira oferecer diferentes regimes tributários (simples, lucro real e lucro presumido), nem todos os empresários têm conhecimento das vantagens e das desvantagens de cada um deles. Como é mais fácil administrar uma empresa inscrita nos regimes de lucro presumido e no Simples em que as alíquotas são preestabelecidas, muitas vezes a escolha é feita por praticidade, sem que os reais efeitos sejam avaliados. O sistema tributário brasileiro engloba 59 impostos e contribuições, além de 95 obrigações acessórias para as empresas. E encontra-se embasado em dois pressupostos fundamentais: consolidação dos impostos de idêntica natureza em figuras unitárias, levando-se em conta suas bases econômicas; coexistência de 4 sistemas tributários autônomos: federal, estadual, municipal e do Distrito Federal. 5.1 Conceito de Tributo A definição de tributo está normatizada no Código Tributário Nacional, em seu art. 3º que dispõe, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória (pecuniária refere-se a dinheiro, e compulsória, a obrigação), em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir (A lei diz que o pagamento é em dinheiro, mas há opção diversa), que não constitua sanção ao ato ilícito (por exemplo, multa de trânsito e multas decorrentes de crimes. Isso não é tributo, é uma penalização pelo cometimento de ato contrário à lei), instituída em lei (origem do tributo) e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (é o ato obrigatório do administrador público. Há um procedimento típico para todos os inadimplentes). A relação dos cidadãos para com a administração pública envolve o pagamento de inúmeras modalidades, o qual cabe ao cidadão saber se é tributo ou não. Existem espécies de pagamento à administração pública que não são necessariamente tributos.

29 A receita proporcionada pela arrecadação de tributo é da espécie derivada. Todavia, nem toda receita derivada provém de tributos. Ex.: multas Espécies de Tributo Há, no Brasil, cinco espécies diferentes entre si de impostos: Imposto: a obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal (Art. 16 do CTN). Em outras palavras, imposto é o tributo que não está vinculado a uma contraprestação direta a quem o está pagando. As receitas de impostos não são destinadas a custear obras ou serviços em prol de quem os paga, mas sim para serem utilizadas para custear as despesas gerais do estado, visando promover o bem comum. Taxa: pode ser criadas e exigidas pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. Tem como fato gerador, o exercício do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição (Art. 77 do CTN). Empréstimo compulsório: somente pode se instituído pela União, através de lei complementar, nos casos de: - Calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência, que exijam recursos extraordinários, isto é, além dos previsto no orçamento fiscal da União; - Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Contribuições especiais: são tributos cobrados para custeio de atividades paraestatais e podem ser: sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias econômicas ou profissionais. Contribuição de melhoria: pode ser criadas e exigidas pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. Tem o objetivo de fazer face ao custo de obra pública de que decorra valorização

30 30 imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado (Art. 81 do CTN) Competência tributária É o poder atribuído pela Constituição às pessoas de direito público com capacidade política para criar tributos, vale dizer, o poder de editar lei para criá-los. É a capacidade de fazer leis constitucionalmente outorgada a determinado ente político. A competência tributária é a faculdade de editar leis que criem, em abstrato, tributos. Trata-se de uma competência originária, que busca seu fundamento de validade na própria Constituição. A Constituição Federal, no Brasil, é a lei tributária fundamental, por conter as diretrizes básicas aplicáveis a todos os tributos. Algumas normas constitucionais determinam como devem ser elaboradas as normas jurídicas de nível legal e infralegal. Para que haja a criação do tributo não basta que ele seja contemplado na Constituição e deferido a uma das pessoas de direito público com capacidade política. É necessário que esta pessoa que recebeu a faculdade de criar tributos por força da Constituição venha a fazer uso dessa competência mediante a edição de uma lei com todos os requisitos de uma lei tributária, isto é, a definição da hipótese de incidência, a base de cálculo, a alíquota e os sujeitos ativo e passivo. É a lei que reconhece a qualidade de ser criadora do tributo. Não se deve confundir Competência com Capacidade Tributária. Competência é a criação ou o poder de criar leis sobre tributos, enquanto capacidade é,como o próprio nome já diz, a capacidade de determinadas pessoas de comparecer diante do contribuinte como seu credor. A pessoa de direito público, detentora da capacidade política de legislar sobre o tributo em questão define-se como ente competente. Não podendo o confundir com o Sujeito Ativo, instituindo-o após prévia autorização constitucional. Diferenciam-se, pois Sujeito Ativo é aquele que pode exigir o crédito tributário, é detentor da capacidade para exigir o cumprimento da obrigação tributária.

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