Direito Previdenciário

Transcrição

1 Direito Previdenciário Benefícios em espécie Aposentadoria por tempo de contribuição Parte 1 Prof. Bruno Valente

2 Art. 201, 7º, I da CF Art. 52 a 56 da Lei 8.213/91 (alguns dispositivos encontram-se revogados) Art. 56 a 63 e 70 A a 70 I do Decreto 3.048/99

3 Até a edição da EC nº 20/98 era denominada de aposentadoria por tempo de serviço. Criada pela Lei Eloy Chaves! Atualmente, sofre algumas críticas em razão da inexistência do carácter previdenciário e por subsistir em apenas alguns países do mundo.

4 O benefício de aposentadoria por tempo de contribuição é garantido ao segurado que atingiu um tempo mínimo definido na legislação, não condicionando o afastamento da atividade laborativa ou a comprovação de impedimentos laborais.

5 A Constituição Federal traz os parâmetros iniciais da aposentadoria por tempo de contribuição: É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social ao segurado que completar trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;

6 A Constituição Federal traz os parâmetros iniciais da aposentadoria por tempo de contribuição: Os requisitos serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

7 A partir dos parâmetros constitucionais e legais, identifica-se 4 (quatro) tipos de aposentadoria por tempo de contribuição. INTEGRAL, PROFESSOR, SEGURADO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA, PROPORCIONAL (REGRA TRANSITÓRIA)

8 1) Aposentadoria ordinária (Integral) REQUISITOS: a) Tempo de contribuição: 35 anos para o homem / 30 anos para a mulher b) Cumprimento da carência mínima (180 meses, regra geral).

9 2) Aposentadoria professor a) Tempo de contribuição: 30 homem / 25 mulher; b) Exercício efetivo de atividade de magistério no ensino infantil, fundamental e médio; c) Cumprimento da carência mínima (180 meses, regra geral).

10 Considera-se função de magistério a exercida por professor, quando exercida em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as funções de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.

11 3) Aposentadoria do segurado deficiente CF, art. 201, 1º: É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados ( ) e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Regulamentada pela LC nº 142/2013

12 3) Aposentadoria do segurado deficiente a) Tempo de contribuição de 33 (H) ou 28 (M) em casos de deficiência de grau leve; 29 (H) ou 24 (M) deficiência de grau médio; ou 25 (H) ou 20 (M) em casos de deficiência de grau alto. Redução de 2, 6 ou 10 anos no TC!

13 b) Condição de deficiente portador de impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

14 Art. 70 A do Decreto nº 3.048/99 Condição de deficiente deve ser aferida pela perícia médica do INSS. I - avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o seu grau; e

15 Art. 70 A do Decreto nº 3.048/99 II - identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos períodos em cada grau. c) Cumprimento da carência mínima (180 meses).

16 3) Aposentadoria do segurado deficiente POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da conversão.

17 3) Aposentadoria do segurado deficiente O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado cumpriu maior tempo de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para a aposentadoria.

18 3) Aposentadoria do segurado deficiente Tabelas para conversão Arts. 70-E e 70-F do Decreto nº 3.08/99 A norma garante a possibilidade de conversão de tempo comum em tempo deficiente e vice-versa e tempo especial em deficiente.

19 3) Aposentadoria do segurado deficiente Tabelas para conversão Arts. 70-E e 70-F do Decreto nº 3.08/99 Todos os fatores de conversão estão detalhados nas tabelas dos dispositivos citados.

20 4) Aposentadoria proporcional (regra de transição) Art. 9º da EC nº 20/98 Segurados que já contribuíam anteriormente à edição da EC 20 (16/12/1998) A aposentadoria proporcional esta prevista no art. 52 da Lei 8.213/91 (revogado).