CURSO AGENTE DA POLICIA FEDERAL E ESCRIVÃO Disciplina: Noções de Economia Tema: Macroeconomia Prof.: Carlos Ramos Aula

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1 MATERIAL DE APOIO - ENVIADO PELO PROFESSOR Noções de Economia Módulo III 8. Conceitos Fundamentais de Macroeconomia A Macroeconomia trata do estudo dos agregados econômicos, de seus comportamentos e das relações que guardam entre si. Tenta-se avaliar o desempenho da economia no sentido de satisfazer as necessidades da sociedade. Assim, uma das questões fundamentais da Macroeconomia é justamente como avaliar esse desempenho econômico. Em outras palavras, como medir a quantidade total de bens e serviços que estão sendo disponibilizados à sociedade, e verificar as relações econômicas que estão na base desse processo produtivo. A Macroeconomia nos fornece um conjunto de variáveis que permitem saber se a economia de um país, num certo momento, está crescendo ou está em recessão, se existe desemprego de fatores ou pleno emprego, como está o nível geral de preços, etc... Assim, o ponto de partida é medir o desempenho da economia através de algum indicador. Normalmente se utilizam os agregados macroeconômicos Produto, Renda e Despesa para se mensurar o nível de atividade econômica de um país, de uma região ou cidade. Nas próximas seções vamos discutir como se chegar a essas medidas da atividade econômica. O Fluxo Circular da Renda A Macroeconomia parte do princípio de que existem dois grandes mercados: a) O Mercado de Bens e Serviços, correspondente à compra e venda dos diversos bens produzidos (carros, alimentos, vestuário, aviões, etc) e dos diversos serviços (comunicações, transportes, distribuição de energia elétrica, etc). Nesse mercado, as firmas (ou unidades produtivas, ou também chamadas empresas ) ofertam bens e serviços aos indivíduos; b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda dos diversos fatores de produção: terra e recursos naturais, trabalho e capital. Nesse mercado, os indivíduos ofertam os fatores de produção às firmas. A figura a seguir ilustra esse relacionamento os dois mercados e os dois setores da economia as firmas e os indivíduos. Os indivíduos são os proprietários da força de trabalho, da terra, dos recursos naturais, das máquinas, equipamentos, entre outros, que precisam ser utilizados pelas firmas no seu processo de produção (em alguns textos de Economia, há autores que usam o termo famílias ao invés de indivíduos, mas na essência ambos representam a mesma coisa: os proprietários dos fatores de produção). - 1

2 Portanto, as firmas compram o uso dos fatores de produção dos indivíduos, no mercado de fatores. Na figura acima, essas transações são representadas pelas linhas da parte inferior do quadro. As linhas cheias representam movimentos de fatores de produção e as linhas tracejadas, a contrapartida monetária do movimento dos fatores. Por outro lado, na parte superior da figura, vemos o que acontece no mercado de bens e serviços: as linhas cheias representam as transações com bens e serviços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em troca pagam por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária da produção, representada pelas linhas tracejadas. Esse esquema representa o Fluxo Circular da Renda, elemento fundamental para se compreender o funcionamento macro de um determinado sistema econômico. O modelo aqui apresentado é uma simplificação, pois ainda não incorpora outros setores importantes, tais como o Governo e o Setor Externo. De fato, estamos fazendo algumas abstrações, ou seja, simplificações, partindo de um modelo básico para chegar a um modelo mais sofisticado e mais próximo da realidade Economia Fechada, sem Governo e sem Formação de Capital Nessa economia simplificada, existem apenas o setor firmas e o setor indivíduos. Vamos imaginar que os preços dos diversos bens e serviços são constantes (ou seja, não existe inflação) e que a economia é estacionária, ou seja, sua capacidade produtiva total (relativa ao máximo de bens e serviços que é possível produzir) não se expande. Isso quer dizer que não existe, por enquanto, formação de capital, isto é, poupança e investimento. Se somarmos todos os bens e serviços finais produzidos pelas firmas durante um certo período de tempo (normalmente durante um ano) teremos o valor total de toda a produção do país, a qual chamaremos simplesmente de Produto: Produto = p i.q i Onde p i representa o preço do bem ou serviço i e q i representa as quantidades do bem ou serviço i. Isso significa que no cálculo do Produto temos que somar o valor monetário da produção dos diversos bens e serviços: Produto = p i.q i = p feijão.q feijão + p açúcar.q açúcar + p livro.q livros + p computador.q computadores +p geladeira.q geladeiras etc Observe que estamos falando de Produto como um agregado, um somatório de todos os bens e serviços gerados pelo sistema econômico num certo período de tempo. Essa noção é fundamental, pois em Macroeconomia estaremos todo o tempo falando dos Agregados Macroeconômicos, ou seja, medidas que correspondem a totais globais, somatórios de toda a economia. O Produto é um dos principais agregados macroeconômicos, ao lado da Renda e da Despesa (ou Dispêndio), os quais discutiremos adiante. Observe que só entram no cálculo do Produto os bens finais, isto é, os bens que não serão mais transformados em outros bens. Isso para evitar o problema da dupla contagem. Explicando melhor: no cálculo do Produto levamos em consideração todas as vendas de bens e serviços realizadas pelas empresas durante um certo período de tempo. No entanto, muitas dessas vendas acontecem entre as próprias empresas, pois alguns bens e serviços se constituem em insumos para outros bens e serviços. Tais insumos são chamados bens intermediários e não podem ser computados no cálculo do Produto, pois senão causarão o problema da dupla contagem. Assim, no cálculo do Produto, vamos considerar, por exemplo, o valor da produção de pão, mas não podemos somar novamente o valor da produção do trigo, do fermento, do sal, da farinha de trigo, etc... senão estaríamos somando várias vezes os mesmos valores. O valor da produção de pão (bem final) já contém embutido no próprio bem o valor dos insumos intermediários e matérias-primas utilizados em fases anteriores do processo produtivo. Para gerar o Produto durante um certo ano, as firmas necessitam adquirir fatores de produção, e para usar esses fatores, como vimos, as firmas necessitam remunerar os proprietários dos mesmos, que são os indivíduos. O total de pagamentos que as firmas fazem aos indivíduos, pelo uso dos fatores de produção, é o que chamamos de Renda: Renda = w + j + a + l - 2

3 Onde: w = Salários (remuneração do fator de produção "Trabalho ); j = juros (remuneração do fator de produção Capital na forma monetária); a = aluguéis (remuneração do fator de produção Terra ); l = lucros (remuneração do fator de produção Capital, este na forma de máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo). Observe que neste modelo os lucros representam uma espécie de custo para as empresa, na medida em que correspondem a valores que as mesmas devem pagar aos acionistas (indivíduos). Teremos então uma identidade macroeconômica fundamental: Produto = Renda Ou seja, o valor do Produto (total de bens e serviços finais produzidos durante um certo período de tempo) é igual ao valor da Renda (total de pagamentos feitos pelas firmas aos proprietários dos fatores de produção). Os indivíduos, por sua vez, utilizam suas rendas de que maneira? Gastando na compra de bens e serviços. Em outras palavras, os indivíduos realizam o Consumo, que nesse modelo representa a Despesa (também chamada Dispêndio, e que corresponde ao total de gastos realizados pelos indivíduos na compra de bens e serviços). Assim, temos: Despesa = Consumo (C) E mais, temos a identidade macroeconômica fundamental: Produto = Renda = Despesa Portanto, se quisermos medir o desempenho de uma economia durante certo período de tempo, temos três óticas diferentes, gerando o mesmo resultado: Sob a ótica da Produção, usando o total de bens e serviços finais gerados durante o período; Sob a ótica da Renda, usando o total de recebimentos dos indivíduos, por terem cedido os fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital) às empresas e; Sob a ótica da Despesa, usando o total de pagamentos que os indivíduos fizeram durante o ano na aquisição de bens e serviços diversos Economia Fechada, sem Governo e com Formação de Capital O modelo anterior é de uma economia estacionária, ou seja, o nível anual de produção não cresce: todo ano é gerado um Produto no mesmo valor. Para haver crescimento econômico (crescimento do Produto em relação ao ano anterior) é necessário ampliar a capacidade produtiva da economia, através do Investimento. Agora o Produto deve ser composto de dois tipos de bens: Bens de Consumo, destinados a satisfazer as necessidades da população, como alimentação, vestuário, etc. Bens de Investimento, destinados a aumentar a capacidade de produção das firmas (máquinas, equipamentos, instalações), levando no conjunto a um aumento da capacidade produtiva total da economia. Assim, podemos definir Investimento de duas maneiras: Investimento como gasto (despesa) com bens para aumentar a capacidade produtiva da economia; Investimento como gasto com bens que foram produzidos mas que não foram consumidos no período (serão usados em consumo futuro). Os bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no presente são os seguintes: Máquinas, equipamentos, instalações, infra-estrutura, imóveis, etc Correspondem à Formação Bruta de Capital Fixo (Fbkf) ou investimento planejado. Variação de Estoques ( E) ou investimento não-planejado, quantidades produzidas e não vendidas. Portanto, temos a seguinte relação para identificar o valor do investimento: I = Fbkf + E - 3

4 Algumas observações importantes: 1. A variação de estoques ( E) representa a diferença entre o Estoque no fim do ano atual e o Estoque no fim do ano passado; 2. Investimento no sentido econômico representa gasto, despesa; no sentido cotidiano utilizase a palavra investimento como sinônimo de aplicação financeira, compra de ações, etc... Na linguagem econômica, isso não é investimento, é poupança. 3. O total do investimento num certo ano corresponde à compra de bens, equipamentos, máquinas, etc, novos, fabricados naquele ano. Isso significa que a compra de ativos usados, de segunda mão, não representa investimento, pois não está aumentando a capacidade produtiva da economia. Vamos agora completar nosso modelo, considerando também o conceito de Poupança: a parcela da renda que os indivíduos não consomem. Assim, o ato de poupar representa abrir mão do consumo atual para desfrutar de um consumo maior no futuro. Podemos representar essa idéia da seguinte maneira: Poupança (S) = Renda Consumo Em que: S = Poupança (do inglês Saving ) Nosso modelo agora se apresenta do seguinte modo: Ótica da Produção: Produto = p i.q i Ótica da Renda: Renda = C + S Ótica da Despesa: Despesa = C + I Como Produto = Renda = Despesa, temos que C + S = C + I, Logo: S = I Economia Fechada, com Governo e com Formação de Capital O Setor Público corresponde à presença do Governo nas três esferas: a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios, bem como os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O Governo interfere na economia através da Tributação (T) e dos Gastos Públicos (G). A Tributação (T) compreende: Impostos Indiretos, aqueles que incidem sobre as transações econômicas com bens e serviços, a exemplo do ICMS, do IPI e do ISS; Impostos Diretos, os quais incidem sobre o patrimônio e a renda das pessoas, físicas e jurídicas, como o Imposto de Renda, o IPTU, o IPVA; Contribuições à Previdência Social, os encargos trabalhistas, etc. Outras receitas de governo como taxas e multas, etc. Os Gastos Públicos (G), por sua vez, compreendem: Os gastos dos ministérios, secretarias e autarquias, referentes a despesas correntes ou custeio (salários do funcionalismo, compras de materiais) e despesas de capital (construção de estradas, hospitais, escolas, etc). Os gastos com Transferências (bolsas de estudos, benefícios previdenciários, segurodesemprego) e subsídios (para baixar o preço de certos produtos agrícolas, por exemplo). Observe que os gastos realizados pelas empresas públicas e sociedades de economia mista são computados no setor firmas, pois estas entidades desempenham atividades ligadas ao mercado, à produção de bens e serviços. Outra observação: não estamos considerando aqui gastos com pagamento de juros ou correção monetária; apenas gastos não-financeiros, ou seja, gastos com a compra de bens e serviços. No encontro de contas, podemos verificar que o Governo poderá apresentar, durante um determinado período de tempo, as seguintes situações: Se os gastos públicos forem superiores à Tributação (G > T) teremos o déficit fiscal; Se os gastos públicos forem no mesmo montante da Tributação (G = T) teremos o equilíbrio no orçamento público; Se os gastos públicos forem inferiores à Tributação (G < T) teremos o superávit fiscal. A presença do Governo também faz surgir os seguintes conceitos: Carga Tributária Bruta: Total da arrecadação fiscal do Governo. - 4

5 Carga Tributária Líquida: Diferença entre a arrecadação fiscal do Governo e as transferências e subsídios ao setor privado Economia Aberta, com Governo e com Formação de Capital Para completar nosso modelo, vamos considerar as transações feitas com empresas e pessoas nãoresidentes, ou seja, residentes em outros países. Normalmente se chama o conjunto dos outros países como resto do mundo ou setor externo. As variáveis a serem incorporados ao nosso modelo são as seguintes: Exportações (X): representam as compras de nossos bens e serviços pelos estrangeiros, ou seja, são gastos do setor externo com as nossas firmas. Importações (M): representam nossas compras relativas a bens e serviços produzidos por firmas de outros países, ou seja, do setor externo. Agora estamos como nosso modelo completo, e podemos reescrever uma das principais equações da Macroeconomia: PIB = DIB = RIB Ou seja, o Produto Interno Bruto (somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro dos limites territoriais de um país) equivale ao Dispêndio Interno Bruto (ou seja, a soma de todos os gastos realizados pelos agentes econômicos com a compra desta mesma produção) e por sua vez corresponde ao total da Renda Interna Bruta. Teremos, portanto que: DIB = C + I + G + X M = PIB = RIB Onde: C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços finais; I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar máquinas, equipamentos, etc. G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de consumo ou bens de investimento; X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao exterior através das exportações; M = Despesas dos agentes econômicos nacionais com a compra de produtos estrangeiros, que correspondem às nossas importações. As importações (M) aparecem com o sinal negativo porque representam deduções da despesa. Quando realizamos importações, estamos gastando menos com nossos próprios produtos (menos despesa) e gastando mais com o produto gerado no exterior (portanto contribuindo com a despesa do outro país). 9. Modelo Keynesiano de determinação da Renda: O papel dos gastos públicos O Modelo Keynesiano é uma forma de se compreender como é o processo de determinação da Renda, a partir da idéia básica do equilíbrio macroeconômico. Esse modelo foi formulado por John Maynard Keynes, um dos economistas mais conhecidos, e descreve as principais forças envolvidas na determinação do equilíbrio e da Renda. Para entender o modelo keynesiano precisamos ter em mente um importante conceito: a renda de equilíbrio. Como vimos anteriormente, existe uma distinção básica entre renda e despesa. Enquanto que o conceito de renda mede o fluxo de pagamentos relativos ao uso dos fatores de produção, ou seja, salários, juros, lucros e aluguéis, durante certo período de tempo, a despesa mede o fluxo dos gastos realizados pelos agentes econômicos com a compra de bens e serviços de consumo e de investimento, também durante certo período de tempo. Vimos através do fluxo circular da renda que as despesas acabam se transformando em pagamentos que remuneram os fatores de produção, os quais por sua vez contribuem para a produção dos diversos bens e serviços. Isto significa que renda e despesa são duas medidas diferentes do mesmo fluxo contínuo. Mas, se por algum motivo as despesas forem maiores ou menores que a correspondente - 5

6 remuneração dos fatores de produção, o resultado é que a renda gerada nessa economia não é a renda de equilíbrio. A renda de equilíbrio é aquela em que a remuneração dos fatores coincide com os gastos desejados em bens e serviços de consumo e investimento. Vamos considerar a partir desse momento, que a produção total de bens e serviços gerados pelo sistema econômico, durante certo período de tempo, corresponde à Oferta Agregada de bens e serviços. Por outro lado, a despesa nacional corresponde à Demanda Agregada por bens e serviços (lembrando ainda que produção e despesa são equivalentes à renda). Como essas variáveis se relacionam? Tudo começa a partir da demanda agregada. O que aconteceria se a demanda agregada por bens e serviços aumentasse, num determinado instante? As firmas (empresas, unidades produtivas) poderiam responder ao aumento da demanda através dessas opções: 1) Aumentando sua produção física, ou seja, a quantidade física de bens e serviços seria maior, para atender ao crescimento da demanda agregada; 2) Elevando os preços dos produtos, aproveitando o aquecimento do mercado, ou seja, a maior demanda por bens e serviços; 3) Finalmente, as firmas poderiam fazer uma combinação das opções anteriores (aumentar quantidades físicas e preços dos produtos, em maior ou menor grau). Para facilitar o entendimento, vamos abstrair a terceira hipótese e nos concentrar nos casos extremos. A hipótese nº 1 corresponde a uma situação em que existe desemprego de fatores de produção. Isso quer dizer que existe Trabalho, Terra e Capital que não estão sendo utilizados pelas unidades produtivas, e que podem ser acionados (empregados) a qualquer momento para aumentar a produção física de bens e serviços, em resposta aos aumentos da demanda sem, contudo, variar o nível de preços da economia. A hipótese nº 2 equivale a uma situação de pleno emprego dos fatores de produção, isto é, não existe capacidade ociosa na economia. Como está acontecendo um emprego eficiente de todos os recursos disponíveis, o produto não pode mais crescer em resposta aos estímulos da demanda. Nesse caso, apenas o nível geral de preços da economia tenderá a subir. Essa tendência geral e prolongada de elevação da maior parte dos preços de bens e serviços da economia é denominada inflação. No modelo Keynesiano, a economia não está no pleno-emprego, portanto, a oferta agregada ajustase às expansões ou retrações dos componentes da demanda agregada. Dessa forma, todas as flutuações no nível de consumo, investimento, despesas governamentais e exportações vão gerar reflexos no nível de produção e emprego da economia nacional. Daqui por diante vamos supor que os preços dos bens e serviços se mantém constantes. Vejamos agora como determinar a renda de equilíbrio. A demanda agregada é fruto da despesa nacional, portanto se compõe dos elementos já vistos anteriormente: O Consumo (C), isto é, as despesas da população com a compra de bens e serviços de consumo; O Investimento Privado (I), ou seja, as despesas das empresas ao comprar máquinas, equipamentos, instalações, etc. Representa, portanto, gastos com a compra de bens de capital gerados internamente; Os Gastos do Governo (G) que representam as despesas governamentais tanto com bens de consumo como bens de investimento; As Exportações Líquidas (X - M), quer dizer, exportações (compras feitas pelo Setor Externo, que adquire bens e serviços produzidos no país) menos importações (compras que os agentes econômicos deixam de fazer no país e passam a fazer junto ao Setor Externo). Assim, podemos escrever a demanda agregada (DA) da seguinte forma: DA = C+ I +G + X - M No equilíbrio macroeconômico, temos que verificar a seguinte situação: o nível de produto (renda) deve ser igual ao nível das despesas dos agentes econômicos, ou seja: Y = DA - 6

7 A renda nacional de equilíbrio será determinada por meio da introdução gradativa de cada um dos componentes da demanda agregada A Função Consumo (C) Vamos imaginar uma economia muito simples, na qual tudo o que for produzido acaba sendo consumido. Nesse caso, não há formação de estoques, o capital produtivo não se deprecia, não existem Governo nem Comércio Exterior. Trata-se da hipótese da economia fechada, sem governo, e sem formação de capital. A decisão de consumir é tomada por agentes econômicos diferentes dos que decidem sobre o volume da produção. A renda de equilíbrio será obtida apenas se as despesas de consumo planejadas pelos indivíduos forem exatamente iguais ao volume de produção planejado pelos empresários; caso contrário, a renda obtida não será a renda de equilíbrio. Assim, as empresas procuram adequar seus níveis de produção e de emprego aos níveis de consumo dos indivíduos. Mas, o que determina os gastos de consumo dos indivíduos? Em primeiro lugar, a própria renda. Podemos dizer que o Consumo (C) é uma função da Renda (Y) ou C = f(y). A renda é o fator que, isoladamente, tem maior influência na determinação do consumo. Desse modo, a magnitude das despesas em consumo programado pela coletividade dependerá basicamente do nível de renda da própria economia. A Função Consumo, que representa uma relação linear entre Consumo e Renda, tem como características básicas uma relativa estabilidade e um comportamento crescente. Podemos representar a Função Consumo do seguinte modo: C = C a + cy Graficamente, corresponde à figura ao lado. Os parâmetros são: C a = Consumo autônomo (ou consumo mínimo) da coletividade, que ocorre mesmo que a renda da população seja igual a zero. c = Propensão Marginal a Consumir (P MgC ) = parcela da renda adicional que é gasta com o consumo adicional de bens e serviços. A P MgC equivale à relação entre o acréscimo no consumo desejado em decorrência do acréscimo na renda da coletividade: C P MgC = Y Cuidado para não confundir com a Propensão Média a Consumir, que relaciona, num dado período, o Consumo Total realizado pela coletividade, com a Renda Total deste mesmo período: - 7

8 C P MeC = Y Voltemos a tratar da Propensão Marginal a Consumir. Em termos gráficos, a P MgC corresponde à inclinação da reta que forma a função de consumo linear: P MgC = C / Y = = (C 2 C 1 ) / (Y 2 Y 1 ) A P MgC tem seu valor entre zero e a unidade. Dificilmente a população poderia aumentar por muito tempo o consumo numa proporção maior do que o acréscimo na renda. Logo, 0 < P MgC < 1 O equilíbrio entre a oferta agregada (ou renda nacional) Y e a demanda (despesa) agregada DA ocorre sempre sobre a reta de 45, conforme a figura a seguir: Pode-se observar que no ponto de encontro das duas linhas obtém-se a renda de equilíbrio (y e ) igual à despesa agregada DA, equivalente a um nível de oferta agregada Y. Portanto, temos: Condição de equilíbrio: Y = DA Função consumo: C = C a + cy Y = C a + cy Y cy = C a Y(1-c) = C a Y = 1. C a - 8

9 1 - c Vejamos como equilíbrio é obtido usando alguns valores numéricos. Suponha os seguintes dados, para uma certa economia: Consumo autônomo = 10 Propensão Marginal a Consumir = 0,8 A Função Consumo será dada por: C = ,8Y Para achar a renda de equilíbrio, devemos fazer: Y = DA (Condição de equilíbrio) Como DA = C (Todas as despesas da economia, neste caso, são com bens de consumo), teremos: Y = C a + cy Y = ,8Y Y - 0,8Y = 10 0,2Y = 10 Y = 10/0,2 = 50 A renda de equilíbrio dessa economia é igual a 50. Outra maneira de encontrarmos a renda de equilíbrio é usar diretamente a fórmula: 1 Y = 1 0,8. 10 = 50 Vamos interpretar este resultado: Se a renda (Y) é igual a 50, então vamos observar que a produção (oferta agregada) é igual a 50, a demanda agregada, que nesse caso é composta somente por despesas de consumo, é dada por: DA = C DA = C a + cy DA = ,8. 50 = = 50, logo, Y = DA Nesse exemplo, uma renda diferente de 50 não equilibra a economia. Se a renda Y for, por exemplo, igual a 30, o consumo será ,8. 30 = = 34, portanto a demanda agregada (34) será maior que a oferta agregada (30), ou seja, haverá um estímulo para as firmas aumentarem o seu nível de produção. Por outro lado, se a renda for igual a 70, o consumo será igual a ,8. 70 = = 66, ou seja, haverá uma demanda menor do que a oferta, o que levará as firmas a reduzirem sua produção no período seguinte. Dessa forma, o equilíbrio macroeconômico se dá ao nível de renda igual a 50, pois nesse caso o consumo é igual a ,8. 50 = = 50, havendo, portanto, igualdade entre demanda agregada e oferta agregada. Vamos agora introduzir os outros setores econômicos no nosso modelo O Investimento Privado (I) Vamos agora avaliar o impacto do investimento no nosso modelo. Em primeiro lugar, consideremos que os investimentos são gastos autônomos em relação à renda. Isso quer dizer que as decisões de investimento dos empresários se baseiam unicamente nas suas expectativas em relação ao futuro. A demanda agregada agora se compõe de dois tipos de gastos: com bens de consumo e com bens de capital. Logo, DA = C + I A condição de equilíbrio é que a oferta agregada seja igual à demanda agregada, ou: Y = DA Se a função consumo é dada por C = Ca + cy e o Investimento (I) é, autônomo, não depende da renda, temos: Y = C + I Y = C a + cy + I Y cy = C a + I Y(1-c) = C a +I Y = 1. ( C a + I ) - 9

10 1 - c Solução gráfica do equilíbrio com a presença do Investimento Adicionando o Investimento no modelo Keynesiano, vamos obter um aumento da Demanda Agregada, ou seja, um deslocamento da reta para cima, como se pode ver no gráfico ao lado. Os investimentos nesse modelo são dependentes apenas das expectativas dos empresários acerca dos rumos da economia, e se constituem em gastos com a compra de bens de capital (ou variação nos estoques, como visto anteriormente). Sendo assim, os investimentos aumentam a demanda agregada, elevando a própria renda de equilíbrio de Y 1 para Y 2. O efeito multiplicador dos investimentos Os investimentos têm um efeito multiplicador sobre o nível de renda. O multiplicador é um certo coeficiente associado à variação dos investimentos que determina a magnitude de variação no nível da renda nacional. Voltemos ao exemplo numérico anterior. A renda de equilíbrio era igual a 50. Se as empresas resolverem fazer investimentos num montante igual a 2, quanto será o aumento resultante na renda? 1 Y =. ( ) = ,8 Portanto, I = 2, mas Y = = 10, o aumento da renda foi 5 vezes maior que o aumento dos investimentos. Esse é o chamado efeito multiplicador dos investimentos, representado pela letra k, sendo equivalente à expressão: k 1 1 = = 1-P MgC P MgS Nessa fórmula, podemos notar que, quanto maior a P MgC (ou menor a P MgS ), tanto maior será o multiplicador. No exemplo numérico, o multiplicador corresponde a 5. O efeito multiplicador ocorre devido ao fato de que quando uma empresa resolve investir, ela necessariamente vai realizar compras de bens de capital em outras empresas. Essas, por sua vez, para atender a esse aumento da demanda, deverão elevar sua produção, e para isso vão precisar de mais fatores de produção, como por exemplo, contratar mais trabalhadores, ou usar mais terra e recursos naturais, ou ainda comprar bens e serviços de outras empresas. Assim, ocorre um aumento no nível do emprego e, conseqüentemente, na geração de renda. Conseqüentemente, se a renda se eleva, o consumo se eleva, a demanda por bens e serviços se eleva mais uma vez, etc. Há uma repercussão do investimento inicial pelos demais setores da economia, no sentido de gerar novos aumentos de demanda (e portanto da produção e da renda) em diversos outros setores da economia. - 10

11 Observa-se, no exemplo anterior, que o investimento inicialmente acrescido ( I = 2) gerou um efeito multiplicador sobre a renda ( Y = 10) cinco vezes maior. Mas, se no ano seguinte o investimento voltar a ser igual a zero, a renda também cairá para o nível inicial de 50. Assim, o multiplicador serve tanto para expandir como para contrair a renda nacional, caso se aumente ou reduza o nível de investimento. Desse modo, uma vez atingido um certo nível de renda nacional por meio de um determinado nível de investimento, é necessário, para manter o mesmo nível de renda nos períodos seguintes, manter o mesmo nível de investimento. O Paradoxo da Parcimônia Se existe um efeito multiplicador, que produz aumentos de renda maiores que o próprio aumento nos investimentos, então é interessante para a economia que haja estímulos aos acréscimos de investimentos. Mas como financiar mais investimentos? Uma resposta poderia ser aumentando os níveis de poupança. Mas aí surge o paradoxo da parcimônia. Se a população se tornasse mais parcimoniosa, quer dizer, mudasse seus padrões de consumo, passando a querer poupar uma parcela maior da renda, isso acabaria por reduzir o efeito multiplicador dos investimentos. Esse é paradoxo da parcimônia. Vamos ver um exemplo numérico, usando ainda os dados anteriores: Se a população mudasse seus hábitos de consumo, a tal ponto de reduzir a P MgC de 0,80 para 0,75, o novo valor de k (multiplicador) seria igual a 1 / 0,25 = 4, portanto um investimento de 2 só produziria um incremento de 8 na renda nacional. Assim, se a população resolve poupar uma parcela maior da sua renda, o impacto dos investimentos sobre a própria renda será menor (haverá uma redução no multiplicador). Vejamos agora o que acontece com a introdução de mais uma variável no nosso modelo: o Governo Os Gastos do Governo (G) As despesas do governo, tais como construção de estradas, portos, sistemas de saneamento, projetos de irrigação, parques e vias públicas, etc, constituem-se no terceiro elemento da demanda agregada. Acréscimos nestes gastos governamentais possuem o mesmo efeito multiplicador dos investimentos privados, expandindo o nível de renda nacional pela expansão da demanda em bens e serviços de consumo. Assim, a demanda agregada passa a ser descrita como DA = C + I + G. Para financiar seus gastos, o Governo recorre principalmente à arrecadação de tributos (T). A tributação nos leva a rever a função consumo, pois agora a mesma depende da renda disponível e não mais da renda total apenas. Temos que reescrever a função consumo da seguinte maneira: Y d (Renda disponível) = Y T C = C a + cy d (a função consumo agora depende da renda disponível). Logo, C = C a + c (Y T) Isso porque os indivíduos farão seus gastos de consumo baseados somente no montante de renda disponível, ou seja, após o pagamento dos tributos. Por enquanto vamos supor que os níveis de gastos e de tributação do governo serão fixados de forma autônoma em relação à renda, do mesmo jeito como foram tratados os investimentos privados. Teremos a seguinte solução algébrica: Demanda Agregada: DA = C + I + G Condição de equilíbrio: Y = DA. Logo, Y = C + I + G Y = C a + c( Y T ) + I + G Y = C a + cy ct + I + G Y cy = C a + I + G ct 1 Y =. ( C a + I + G - ct ) 1 - c Suponhamos G = 5 e T = 5; vamos obter a seguinte renda de equilíbrio: - 11

12 1 Y =. ( ,8. 5 ) = = ,8 Observe que os gastos do governo (G) representam uma injeção do nível de renda e a tributação (T) representa um vazamento. Ora, à primeira vista não deveria haver aumento sobre a renda de 50, pois o Governo está gastando 5 e também arrecadando 5 (ou seja, G=T); os dois efeitos deveriam se anular. Porém isto não ocorre. A renda cresceu, de 60 para 65, ou seja, cresceu em 5. A explicação é que o multiplicador dos gastos do Governo expande o nível de renda mais do que a tributação a reduz. Esse é o Teorema do orçamento equilibrado. Nesse caso, o multiplicador líquido do orçamento equilibrado é igual a 1, o que significa que o acréscimo final sobre o nível de renda equivale exatamente ao valor da variação do gasto governamental ( G) isso somente quando G = T O Setor Externo as Exportações Líquidas (X-M) Vamos agora abrir a economia para o comércio exterior, completando nosso modelo macroeconômico de curto prazo. Vamos considerar somente o movimento líquido das exportações sobre as importações em bens e serviços (equivalente à balança de transações correntes). Não serão considerados os movimentos de capitais externos, na forma de divisas (moeda estrangeira). As exportações contribuem positivamente sobre o nível de renda. Para atender à demanda dos estrangeiros pelos nossos produtos, as empresas aumentam a produção e, conseqüentemente, o emprego dos fatores disponíveis no país. O contrário ocorre quando o país importa produtos do exterior, pois o efeito multiplicador de renda ocorre nos países de origem das exportações. O modelo completo, introduzindo o setor externo da economia, fica assim: 1 Y =. (C a + I + G - ct + X - M) 1 - c Estamos também considerando as exportações (X) e importações (M) como sendo autônomas, ou seja, independentes do nível da renda. Estamos ainda mantendo outras variáveis constantes, tais como a taxa de câmbio (a taxa de conversão entre as moedas dos países envolvidos no comércio internacional). A fórmula completa do multiplicador dos gastos autônomos Agora que incorporamos todas as variáveis no nosso modelo, vamos observar como fica a fórmula final da determinação da renda, bem como do multiplicador dos gastos autônomos. Consideremos os seguintes parâmetros: 1) Função consumo: C = C a + c.y d Onde: C a = Consumo autônomo (ou consumo mínimo), não depende da renda; c = Propensão Marginal a Consumir, estável no curto prazo, sendo 0 < c < 1. Y d = renda disponível, ou seja, Y T (tributação) 2) Investimento (I): será composto unicamente pelo investimento privado autônomo, ou seja, seu montante depende das expectativas dos empresários acerca da rentabilidade futura dos seus negócios; 3) Governo: Realiza gastos autônomos (G) em relação à renda. A tributação agora depende da renda, sendo dada por T = t.y, onde: t = propensão marginal a tributar (equivale à parcela da renda que será destinada à arrecadação do Governo; observe que antes havíamos feito uma simplificação, considerando que a tributação era completamente autônoma em relação à renda). 4) Setor Externo: compõe-se das exportações (X), autônomas em relação à renda, e das importações, estas agora dadas por M = m.y (em que m corresponde à propensão marginal em importar; quanto maior a renda, maior será o volume de compras no exterior). Portanto, temos que, no equilíbrio, Y = DA, sendo DA = C + I + G + X - M Logo, podemos escrever: Y = C + I + G + X M Ou ainda: Y = (C a + c.y d ) + I + G + X m.y Y = C a + c.(y T) + I + G + X m.y - 12

13 Y = C a + c.(y t.y) + I + G + X m.y Y = C a + c.y c.t.y + I + G + X m.y Y - c.y + c.t.y + m.y = C a + I + G + X Y (1 - c + c.t + m) = C a + I + G + X Y (1 c.(1 - t) + m) = C a + I + G + X 1 Y =. ( C a + I + G + X ) 1 c.(1 - t) + m Assim, no modelo completo, o multiplicador dos gastos autônomos passa a depender da propensão marginal a consumir, da propensão marginal a tributar e da propensão marginal a importar, ou seja: 1 k = 1 c.(1 - t) + m Lembrando que (Ca + I + G + X) correspondem à soma dos gastos autônomos. Assim, para saber o efeito do aumento (ou redução) de qualquer um dos componentes dos gastos autônomos basta usar o multiplicador. Por exemplo, supondo que haja aumento nos investimentos, devemos usar a relação abaixo: K = Y I Que pode ser escrita também como: Y = k. I Exemplo: suponha os seguintes valores: Propensão marginal a consumir = 0,8 Propensão marginal a tributar = 0,2 Aumento nos investimentos = 40 Aumento na Renda =? Solução: k = 1 1 0,8. (1 0,2) + 0 K = 2,77 Y = k. I Y = 2, Y =110,8-13

14 Questões de Concursos 01 (CESPE/Agente PF-2004) - Quando ocorre, simultaneamente, aumento dos impostos e das importações, o multiplicador keynesiano se eleva, contribuindo, assim, para a expansão do nível de equilíbrio do produto (CERTO ou ERRADO?) Um aumento da tributação caracteriza uma política fiscal expansiva (CERTO ou ERRADO?) A fim de aumentar a demanda agregada o Governo deve aumentar seus gastos e os impostos (CERTO ou ERRADO?) Se o Governo resolve deliberadamente aumentar seu déficit público, estará praticando uma política fiscal expansionista, causando um aumento da demanda agregada, da renda e do produto (CERTO ou ERRADO?) Com o objetivo de realizar uma política antiinflacionária deve-se aumentar a tributação ou reduzir o nível dos gastos públicos (CERTO ou ERRADO?) O impacto sobre o nível da renda é maior via gastos do governo do que via tributação (CERTO ou ERRADO?). 07 (CESPE/Escrivão-PF/2004) - Políticas de orçamento equilibrado que implicam aumento, simultâneo e da mesma ordem de magnitude, das despesas públicas e da arrecadação eliminam déficits ou superávits fiscais e são, por conseguinte, incompatíveis com a gestão dos ciclos econômicos (CERTO ou ERRADO?) No modelo keynesiano a variável Investimento representa a compra de máquinas, equipamentos e outros bens de capital, mas não considera aplicações bancárias ou aquisição de outros tipos de ativos financeiros (CERTO ou ERRADO)? 09 (ESAF) O governo pode afetar a demanda agregada usando uma política fiscal recessiva quando: a) Diminui os gastos do governo e/ou aumenta os impostos. b) Aumenta os dispêndios governamentais. c) Aumenta o nível de renda e a taxa de juros. d) Aumenta o nível de impacto fiscal a um nível de renda de pleno emprego. e) Aumenta os gastos públicos e diminui os impostos, induzindo uma diminuição no consumo. 10 (Auditor/DF) - Ao executar sua função de estabilização por meio das finanças públicas (receitas e despesas públicas), o governo estará adotando uma política anti-recessiva, se: a) Aumentar o gasto público, financiando-o com aumentos na carga tributária, de tal modo que se obtenha superávits orçamentários. b) Diminuir o gasto público e mantiver constante a carga tributária, de modo a obter superávits orçamentários. c) Mantiver constante o gasto público e reduzir a carga tributária, de modo a provocar déficit público. d) Diminuir o gasto público e reduzir, na proporção adequada, a carga tributária, para não incorrer em déficits ou superávits adicionais. 11 (ESAF) Pelo "teorema do orçamento equilibrado", uma idêntica elevação das despesas e da tributação do governo fará com que a renda nacional de equilíbrio: a) permaneça inalterada. - 14

15 b) diminua. c) aumente. d) diminua com a queda da propensão marginal a consumir. e) aumente com o crescimento da propensão marginal a poupar. 12 Pode-se dizer que, ao longo do tempo e do ponto de vista dos dois tipos de impactos possíveis sobre as contas públicas, a decisão de construir e operar um centro de saúde, por um governo, a) provocará apenas um aumento permanente e constante nos gastos públicos. b) provocará um aumento permanente, seguido de aumento temporário de gastos públicos. c) provocará apenas um aumento temporário e finito nos gastos públicos. d) provocará um aumento temporário e finito, seguido de aumento permanente de gastos públicos. e) não provocará aumento permanente de gastos públicos. 13 (TCE/MG-2007) - A renda nacional está em equilíbrio, no modelo keynesiano, quando a) não há déficit orçamentário no Governo. b) não há desempregados. c) a poupança planejada da sociedade é igual ao investimento planejado. d) o desemprego está acima da taxa natural. e) o volume das exportações de bens e serviços igual ao das importações (ESAF) - Indique o nível de equilíbrio da renda no modelo keynesiano para uma economia com as seguintes características: propensão marginal a consumir a renda disponível = 0,75; consumo autônomo = 20; investimentos = 50; imposto global = 80; gastos do governo = 80. a) 280 b) 360 c) 440 d) 520 e) (ESAF) - O multiplicador keynesiano do orçamento equilibrado é a) positivo e maior que um. b) positivo e localizado entre zero e um. c) igual a zero. d) igual a um. e) Negativo com valor absoluto maior que um Correspondem a hipóteses básicas do Modelo Keynesiano, exceto: a) Existe desemprego de fatores de produção. b) O nível geral de preços não se altera no período considerado. c) O estoque de capital da economia não se altera no curto prazo. d) A oferta de bens e serviços determina o nível da renda agregada. e) A propensão marginal a consumir é relativamente constante Sobre a propensão marginal a consumir, podemos afirmar que: a) Quanto maior a renda, maior será a propensão marginal a consumir. b) Sempre será maior do que a propensão marginal a poupar. c) Seu valor não pode ser superior a 1. d) Seu valor pode ser negativo. e) Seu valor é decrescente em relação à renda. - 15

16 18 - No modelo keynesiano simplificado a variável Investimento depende basicamente: a) Das expectativas dos empresários. b) Do nível das taxas de juros. c) Da taxa de crescimento do PIB. d) Do montante total da poupança. e) Dos gastos do Governo Constituem-se em instrumentos de política fiscal: a) A oferta e a demanda de moeda. b) As taxas de juros do mercado financeiro. c) A oferta e a demanda de dólares no mercado cambial. d) Os impostos e os gastos do Governo. e) Os preços administrados pelo Governo Supondo que o Governo resolvesse reduzir seu déficit público, no modelo Keynesiano os efeitos desta medida seriam: a) Expansão da demanda agregada no setor privado e elevação da renda e do produto. b) Redução da dívida pública e conseqüente redução da taxa de juros. c) Menos impostos para os indivíduos e dessa forma aumento da demanda agregada. d) Redução da demanda agregada e conseqüente elevação do nível de atividade econômica. e) Redução da demanda agregada e conseqüente diminuição do nível de emprego. - 16

17 Gabarito 01 ERRADO 02 - ERRADO 03 - ERRADO 04 - CERTO 05 CERTO 06 - CERTO 07 - ERRADO 08 CERTO 09 A 10 C 11 C 12 D 13 C 14 B 15 D 16 D 17 C 18 A 19 D 20 E - 17

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