CONFLITOS, CRISES, COMPETITIVIDADE E COORDENAÇÃO: ATUAÇÃO E PERSPECTIVAS DOS AGENTES DO AGRONEGÓCIO CITRÍCOLA

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1 CONFLITOS, CRISES, COMPETITIVIDADE E COORDENAÇÃO: ATUAÇÃO E PERSPECTIVAS DOS AGENTES DO AGRONEGÓCIO CITRÍCOLA Ana Claudia Giannini Borges UNIVEM Centro Universitário Eurípides de Marília Endereço: Avenida São Geraldo, 1296 CEP Araraquara-SP. acgiannini@uol.com.br Vera Mariza Henriques de Miranda Costa UNIARA/UNESP Endereço: Rua José Ferrari Secondo, 146 CEP Araraquara/SP verammcosta@uol.com.br Área Temática: 4 - Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Forma de Apresentação: Apresentação com presidente da sessão e presença de um debatedor

2 CONFLITOS, CRISES, COMPETITIVIDADE E COORDENAÇÃO: ATUAÇÃO E PERSPECTIVAS DOS AGENTES DO AGRONEGÓCIO CITRÍCOLA Resumo O presente trabalho tem por objetivo analisar as questões referentes à coordenação e à competitividade do agronegócio citrícola presente no estado de São Paulo e as ações, pós anos 90, dos diversos agentes a ele articulados. O trabalho utilizou bibliografia especializada, informações de fontes secundárias e de pesquisa de campo. Esta contemplou o conjunto de agentes vinculados ao agronegócio citrícola: o segmento produtor citrícola e o processador; os trabalhadores rurais; as associações de representação e interprofissionais; os organismos de pesquisa; o Estado; e as demais entidades, cuja participação se apresenta direta ou indiretamente relacionada ao processo produtivo e à solução de crises fitossanitárias, socioeconômicas e de conflito de interesse entre seus segmentos. As dificuldades de ações coordenadas e contínuas foram explicadas, principalmente, pelo comportamento dos agentes dos segmentos produtor citrícola e do processador, marcado por postura individualista, oportunista e imediatista; e pela assimetria de poder de barganha e de acesso à informação por parte desses dois segmentos. Pôde-se concluir, ainda, que a obtenção da competitividade sustentável do agronegócio citrícola requer ações coordenadas e programadas de forma contínua. Palavras-chave: competitividade; coordenação; agronegócio citrícola; estado de São Paulo. 2

3 CONFLITOS, CRISES, COMPETITIVIDADE E COORDENAÇÃO: ATUAÇÃO E PERSPECTIVAS DOS AGENTES DO AGRONEGÓCIO CITRÍCOLA 1. Introdução A competitividade do agronegócio citrícola, instalado no estado de São Paulo, foi viabilizada, no decorrer de seu processo evolutivo, por um conjunto de fatores, dentre os quais podem ser lembrados: a infra-estrutura, as condições edafo-climáticas, as características do segmento produtor e do processador, a atuação dos organismos de representação e de pesquisa, o processo produtivo da laranja e do SLCC (suco de laranja concentrado congelado), em consonância com as exigências do mercado consumidor. Observa-se que, no decorrer do processo de formação e desenvolvimento desse agronegócio, houve momentos em que a coordenação esteve presente de forma clara. Foi o caso, quando da implantação da atividade processadora, nos anos 60 e 70, em que a indústria processadora de citros nos mesmos moldes do ocorrido em outras atividades agroindutriais criou condições favoráveis para a modernização do segmento agrícola, com retorno financeiro para os produtores, atendendo às suas expectativas. A atuação foi marcada pela captação e tradução das informações e o repasse delas para o conjunto dos agentes. No entanto, a partir dos anos 90, dado o agravamento dos conflitos de interesses, entre os agentes do agronegócio citrícola, a coordenação das atividades desse agronegócio, como um todo, sofreu abalos. Assim sendo, constitui objetivo principal do presente trabalho identificar a posição dos diversos agentes que atuam no agronegócio citrícola, caracterizando o seu comportamento e as estratégias propostas/implementadas em momentos de crise e de crescimento, pós anos 90. O cumprimento desse objetivo requereu a apreensão das conquistas e falhas resultantes da atuação dos diversos agentes, presentes ao interior do segmento produtor citrícola e processador, das associações de representação, dos organismos de pesquisa e do Estado. Partiu-se da tese de que o agronegócio citrícola, a partir dos anos 90, passou por alterações, em razão dos impactos decorrentes da mudança do cenário nacional e internacional. Assim sendo, se pelas condições vigentes até a década de 80 devidas a condições internas e internacionais favoráveis esse agronegócio foi capaz de solucionar os conflitos entre o segmento produtor e o processador, as crises de caráter econômico e os problemas fitossanitários, a partir dos anos 90, os impactos decorrentes de transformações no cenário nacional e internacional e as mudanças no comportamento dos referidos segmentos, sobretudo diante das estratégias adotadas pelas processadoras, desencadearam crises, que puseram em risco a competitividade dessa atividade e levaram ao questionamento da efetividade de sua coordenação. As transformações e crises do agronegócio citrícola, pós anos 90, foram analisadas não apenas como um marco de um processo evolutivo, mas como um momento relevante de questionamento diante da manifestação de fragilidade na estrutura e dinâmica desse agronegócio. O trabalho está apoiado em bibliografia especializada, em fontes secundárias de dados e nos resultados de pesquisa de campo. Da bibliografia utilizada foram extraídos: o suporte teórico para discussão dos conceitos e dos determinantes da competitividade e da coordenação e os enfoques analíticos sobre o agronegócio citrícola no Brasil. A pesquisa de campo compreendeu a coleta de informações por meio de entrevistas com os agentes vinculados ao agronegócio citrícola. Os autores utilizados para discutir o conceito e os determinantes da competitividade foram Coutinho e Ferraz (1994), Porter (1991, 1993), Schumpeter (1984) e Putnam (2000). Para a análise do comportamento dos agentes nas relações utilizou-se Williamson (1989, 3

4 1991) e, nas considerações sobre coordenação e competitividade foram utilizados os trabalho de Alexander (1998) e de Farina (1997, 1999). Para a contextualização do processo de formação e evolução do agronegócio citrícola e de discussão de aspectos específicos referentes: à relação entre o segmento produtor citrícola e o processador; à atuação das associações representativas dos segmentos; à concentração da produção e à exclusão dos produtores citrícolas; à competitividade e à qualidade; à reestruturação e à organização dos segmentos e do mercado além das informações coletadas por meio da pesquisa de campo, foram utilizados os seguintes autores: Martinelli Júnior (1987), E. M. Neves (1992), Siffert Filho (1992), Maia (1992), Menezes (1993), Miranda Costa e Rizzo (1993), M. F. Neves (1995), Azevedo (1996), Borges (1997), Fernandes Jr. (1998), Vale (1998), Mazzali (2000), Paulillo (2000), Romeiro (2002) e Vieira (2003) A pesquisa de campo foi feita valendo-se de roteiros, com questões abertas, privilegiando informações qualitativas. Para obter um desenho mais preciso do período recente foram feitas entrevistas com o segmento processador e o produtor citrícola, com a representação dos trabalhadores agrícolas e com representantes dos organismo vinculados ao agronegócio citrícola, objetivando identificar o comportamento dos agentes relacionados a esse agronegócio em períodos de crise e em momentos de maior estabilidade e crescimento. O termo agronegócio citrícola, utilizado neste trabalho, compreende todas as atividades e as relações entre os agentes direta e indiretamente ligados à produção da laranja e do SLCC. Ao utilizar o termo agronegócio procurou-se apreender o conjunto da atividade citrícola em toda sua dinamicidade, abrangendo conflitos, crises e crescimento, que ocorrem de forma encadeada pela atuação dos agentes. Foi adotado o termo agronegócio, por ter uma aplicabilidade mais geral, não se limitando a determinada corrente de pensamento, vinculada a determinada concepção teórica. No presente trabalho são consideradas as interrelações entre segmentos e a dinâmica do processo por elas desencadeadas. Também estão contempladas as necessidades do mercado consumidor para o desenvolvimento das etapas produtivas do agronegócio, bem como a perspectiva de encadeamento das operações e das relações no agronegócio em um sistema mais amplo. De fato, tomou-se como base para a apreensão das relações entre agentes e segmentos a visão de cadeia de produção. 2. A competitividade do agronegócio citrícola e seus determinantes A concepção de competitividade adotada, para a avaliação do agronegócio citrícola é a sistêmica, que compreende um conjunto de fatores internos às empresas, à cadeia produtiva, à região, ao país e ao mercado externo. No caso do agronegócio citrícola brasileiro há um conjunto de fatores internos e externos influenciando-o e tornando-o mais competitivo quando comparado ao observado nos demais países produtores. Os fatores internos estão diretamente vinculados a esse agronegócio, relacionados a seus segmentos. Os fatores externos ao setor que podem exercer influência de forma positiva ou negativa e que contribuem para a vantagem competitiva podem ser, para Coutinho e Ferraz (1994) os denominados fatores de natureza sistêmica e, para Porter (1993), o acaso e as ações do governo. Segundo os referidos autores, há também os fatores que, internos às empresas ou ao setor, podem influenciar ou receber a influência dos agentes de forma direta ou indireta. No caso do agronegócio citrícola, os fatores externos estão relacionados às condições edafo-climáticas e estruturais, à disponibilidade de mão-de-obra barata, ao baixo valor da terra (mesmo estando situada em uma região valorizada), à política econômica, entre outros. 4

5 Essas condições adquirem significado especial quando comparadas com as presentes na Flórida, segundo maior produtor de laranja e de SLCC Iniciativas do segmento processador voltadas à competitividade e seus reflexos sobre os demais agentes do agronegócio Não se pode negar que o segmento processador apresenta um conjunto de características que favorecem a sua competitividade e a do agronegócio como um todo. Podem ser destacados: economia de escala; alta capacidade financeira e tecnológica; postura empreendedora; e existência de departamento de logística avançado tecnologicamente, tornando o segmento mais eficiente. A forma de atuação das empresas processadoras e os acordos por elas propostos são justificados pelo intuito de evitar uma concorrência direta e destrutiva, o que resultaria em prejuízo para a competitividade do agronegócio citrícola brasileiro. O organismo viabilizador desses acordos, principalmente a partir da década de 90, tem sido a ABECITRUS 1. Essas ações, desenvolvidas de forma combinada, não significaram, no entanto, ausência de disputa por fornecedores de laranja os mais produtivos e os de maior porte como apontaram muitos dos agentes entrevistados. Frente às mudanças tanto no âmbito do agronegócio citrícola como no contexto mais amplo nacional, internacional e de outros setores as empresas processadoras, na década de 90, passaram a adotar um conjunto de ações estratégicas: terceirização de atividades não nucleares; transporte a granel; ampliação da produção própria de laranja pelas processadoras; adoção de contratos diferenciados; descomoditização 2 ; formação de estoque de SLCC; produção de SLCC na Flórida; migração dos pomares no estado de São Paulo. O que se pode observar é que algumas dessas estratégias tiveram como objetivo desonerar as empresas processadoras de alguns custos. A rapidez com que algumas dessas atividades foram passadas para os produtores coincidiu, no entanto, com a ampliação dos problemas fitossanitários, com a proliferação de doenças e pragas na década de 90. Essa coincidência encontra explicação no fato de que os produtores não estavam, de fato, habilitados e estruturados para assumirem essas atividades, exatamente, em um período em que o preço da caixa da laranja estava se reduzindo 3. É importante esclarecer que, a adoção de contratos diferenciados, com o fim do contrato padrão 4, tem permitido à empresa processadora melhor adequar a sua capacidade instalada às necessidades qualitativas e quantitativas do mercado consumidor. Há contratos específicos para produtores considerados parceiros das empresas, que podem ser produtores de grande porte ou grupos de citricultores. A produção desses fornecedores, mais a produção 1 A ABECITRUS (Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos) foi fundada em 1988, pela empresa Cutrale e pelas empresas vinculadas a esta e, em 1994 os membros da ANIC (Associação Nacional da Indústria Cítrica) passam a fazer parte dela, ampliando seu poder. 2 Com o termo descomoditizar quer se dizer o abandono das características de commodity, ou seja, o rompimento com as características homogêneas que definem um produto padrão, standard. 3 Muitos dos agentes entrevistados, no entanto, preferiram não admitir essa coincidência, ignorando-a e explicando o fenômeno da proliferação por outros fatores, com destaque para o descontrole biológico. 4 Desde o início da atividade de processamento o processo de venda do citricultor para a empresa processadora ocorria por um tipo de contrato, por meio do qual a processadora se tornava proprietária dos pomares, já na florada, o que a habilitava a praticar os controles e os cuidados necessários nos pomares, realizando, posteriormente, a colheita e o transporte, dentro das especificações, para resguardar a qualidade do fruto, garantir o ritmo de processamento e a qualidade do suco. A partir de meados da década de 70 até 1985, vigorou o assim denominado contrato a preço fixo, caracterizado pela determinação do preço da caixa de laranja por atuação da CACEX (Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil). O contrato a preço fixo foi substituído pelo contrato padrão, também chamado de contrato de participação, a partir da safra 1986/87, sendo praticado até a safra de 1994/95. A principal característica do contrato padrão era atrelar o preço da caixa de laranja ao preço do SLCC (Suco de Laranja Concentrado Congelado), cotado na Bolsa de Nova Iorque. 5

6 própria e a produção de produtores vinculados à empresa funcionários e parentes garantem mais da metade da matéria-prima necessária para processamento. Os demais contratos podem ter a atuação de 1, 2 e 3 anos ou ser do tipo spot contratos de porteira. A descomoditização do SLCC, na década de 90, por sua vez, constituiu, também, uma estratégia de algumas empresas, não apenas para melhor atenderem às demandas específicas do mercado consumidor, mas para a obtenção de um melhor preço do suco de laranja. O preço foi alterado devido ao fato dessa estratégia desvincular o produto SLCC da característica de commodity 5 e, portanto, da cotação das Bolsas de Nova Iorque e da Europa. A manutenção de estoque de SLCC tem sido, também, uma estratégia importante, em períodos de menor safra, principalmente, quando há problemas climáticos afetando a produção de laranja. O estoque, a produção própria e o estabelecimento de parcerias com produtores podem constituir estratégias casadas para minimizar as oscilações de mercado e do preço decorrentes dos efeitos crescentes dos problemas fitossanitários. A produção de laranja e de suco na Flórida, pelas empresas do agronegócio citrícola, que atuam no Brasil e que lá se instalaram, constitui, no discurso das processadoras, apenas uma estratégia 6 para manter o mercado consumidor dos EUA. Outra vantagem dessa estratégia é a possibilidade de realizar a exportação de suco de laranja através dos EUA. A migração dos pomares de laranja, da região norte do estado de São Paulo e do sul do Triângulo Mineiro para regiões ao sul do estado de São Paulo, na opinião de agentes entrevistados, foi uma estratégia implantada, em razão do novo porta-enxerto que, adotado para evitar a eclosão de pragas e doenças (MSC), no entanto, passou a suscitar investimentos com irrigação nos pomares ao norte do estado, por necessitar de maior de umidade. Outro fator determinante, apontado por vários agentes, foi a disponibilidade de terras à venda e a preços acessíveis, na região ao sul do estado de São Paulo, o que implicou na ampliação do investimento ou na mobilização do capital aplicado. São evidentes os resultados dessas estratégias no processo de seleção natural dos menos aptos. No entanto, se as conseqüências delas são devidamente captadas pelas associações de produtores, na visão dos grandes produtores e das processadoras não constituem um problema para o agronegócio citrícola. Quanto ao segmento produtor citrícola, observa-se que, no conjunto, ele apresenta: disponibilidade de matéria-prima com qualidade, de forma contínua e com constância; incremento tecnológico, com máquinas e equipamentos, produtos químicos e melhorias no trato e manejo. No entanto, parte desse segmento apresenta dificuldades financeiras para a adoção de determinadas técnicas, prejudicando a elevação da produtividade e a qualidade da produção. De fato, o perfil desses produtores bastante heterogêneo, sobretudo quanto ao porte, às formas de organização e gestão, à absorção de tecnologia e ao nível de produtividade explica a diversidade de reações e as dificuldades de coordenação do segmento. Essa situação pode resultar, inclusive, na exclusão desses produtores ou no abandono de pomares, contribuindo para a proliferação de pragas e doenças. Essa situação não foi considerada como algo totalmente negativo, sob o argumento de que a condução da produção citrícola, com todos os cuidados necessários, pode resultar no aumento da produtividade e, portanto, da produção, o que resultaria em superprodução. A existência de produtores menos aptos foi, portanto, considerada, por parte de alguns agentes, como um elemento favorável, por resultar na diminuição da produção de laranja, regulando o mercado. 5 O SLCC pode ser considerado uma commodity, por ser um produto homogêneo, standard, [ ] ou seja, com padrões preestabelecidos internacionalmente quanto ao brix [quantidade de sólidos solúveis], rátio, cor, sabor e defeitos (impurezas encontradas no suco) contidos no suco. (BORGES, 2001, p. 11). Uma forma de diferenciar seria com a adição de essências, fibras e células da laranja no suco antes do congelamento. 6 O que se pode observar é que os bons resultados das iniciativa das processadoras não necessariamente refletem positivamente para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. 6

7 Cabe acrescentar que as medidas voltadas à redução do custo da mão-de-obra, a partir do rompimento do contrato padrão, levaram à precarização das relações de trabalho. Uma vez repassadas as atividades de colheita e transporte para o produtor citrícola, este passou a contratar mão-de-obra através das cooperativas de trabalho, isentas de contribuições trabalhistas. Muitos dos fatores que favoreceram a vantagem competitiva do agronegócio citrícola brasileiro impactaram negativamente segmentos específicos ao interior desse agronegócio, apontando para a falta de coordenação. Em parte, a competitividade desse agronegócio, após os anos 90, tem sido obtida com a precarização da situação do trabalhador rural e dos produtores citrícolas de menor porte; o prejuízo do meio ambiente; a distribuição desigual dos resultados da atividade, na região em que atua. 3. Conflitos e mediações nas ações e no comportamento dos agentes do agronegócio citrícola 3.1. Ações e reações do segmento processador, do produtor e do trabalhador rural No segmento processador podem ser identificadas ações oportunistas e, em alguns casos, posturas desleais para com os concorrentes, frente aos produtores citrícolas e aos trabalhadores rurais. Mas, por outro lado, há também entre as processadoras o comportamento de união, que privilegia as ações combinadas, contemplando os objetivos comuns. Dado que os problemas fitossanitários têm provocado um aumento dos custos de produção da laranja, podendo afetar a capacidade de produção da fruta e resultando no aumento do preço do SLCC brasileiro no mercado internacional, tem havido a participação das processadoras no financiamento de pesquisas de interesse imediato e próprio e a disponibilização de espaços suas fazendas para a realização dessas pesquisas. Mesmo considerando-se que as processadoras não podem onerar demasiadamente o segmento produtor, pois dependem do seu produto, elas agem de forma diferenciada com os diversos fornecedores, por meio de contratos, incentivos, preços e informações, ou seja, seu relacionamento com os produtores ocorre a partir do conceito que estes desfrutam junto às processadoras. Essa postura da empresa processadora é facilitada, justamente porque os produtores citrícolas são numerosos, de perfil heterogêneo, desarticulados e individualistas. Outra ação das processadoras, que tem contribuído para acentuar a desarticulação dos citricultores, está relacionada ao preço da caixa de laranja firmado nos contratos com os produtores, individualmente ou através dos grupos de produtores. Na assinatura do contrato com as processadoras, fica pactuada inclusive como condição para o estabelecimento de contratos futuros a não divulgação do verdadeiro preço estabelecido. (ROMEIRO; ESCRIVÃO FILHO; MIRANDA COSTA, 2003). No início da atividade de processamento da laranja pela indústria, os trabalhadores rurais eram alocados para as atividades de colheita por proprietários de caminhões denominados gatos 7, que os deslocavam para os pomares, na condição de bóias-frias. A partir de 1984, após movimento dos trabalhadores rurais, em Guariba-SP, 8 estes passaram a 7 Chama-se de gato o proprietário de caminhão, arregimentador de trabalhadores rurais, bóias-frias, alocando-os para o trabalho na lavoura, no caso em questão, para a colheita da fruta. 8 Movimento que se iniciou em 15 de maio de 1984 e se encerrou dois dias depois, com um morto e 40 feridos, após a repressão policial aos atos dos trabalhadores, que atearam fogo à cana, saquearam o supermercado e destruíram o prédio da SABESP. O movimento surgiu por um conjunto de fatores relacionados à colheita da cana: aumento da área de corte para cada trabalhador de 5 para 8 quarteirões - sem alteração do salário; altos juros cobrados pelo supermercado para vender fiado ; alta tarifa da água cobrada pela SABESP e fornecida apenas durante poucas horas do dia. Os trabalhadores conseguiram, com o acordo, o atendimento às suas reivindicações. No entanto, os fatos sobre a greve e suas repercussões foram pouco referidos pelos trabalhadores 7

8 ser contratados por empresas criadas pelas processadoras para a realização da atividade de colheita e transporte, com os direitos trabalhista garantidos. 9 Com o fim do contrato padrão muitas das atividades, até então a cargo das processadoras, foram transferidas para os produtores citrícolas. Simultaneamente houve um estímulo por parte das processadoras para a utilização de cooperativas de trabalhadores rurais 10. A partir de então, observou-se um retrocesso nas relações trabalhistas, independente do perfil do proprietário do pomar produtor de diferentes portes ou processadoras, proprietárias de pomares próprios. A mão-de-obra passou a ser alocada por meio das cooperativas de trabalhadores, dos gatos, dos condomínios 11, ou seja, houve a utilização de várias formas de contratação dos trabalhadores. Nos dois primeiros casos essas soluções se apresentam como uma desconsideração em relação às condições do trabalho rural, levando à precarização do trabalhador. Esse procedimento, associado à eliminação dos menos aptos, constitui ameaça à sustentabilidade social da atividade citrícola. Na visão dos agentes entrevistados, os produtores citrícolas podem ser distribuídos em duas classes. De um lado estão os que têm duas fontes de receita, uma proveniente da agricultura e a segunda de outras atividades, ocorrendo com freqüência a presença de profissionais liberais. Há também aqueles cuja renda provém unicamente da agricultura. Observa-se, ainda, a presença daqueles que têm uma postura empresarial: visam lucro e para isso agem de forma individualista e concorrencial. Outros visam uma renda apenas para a sua sobrevivência, não objetivando ampliação de sua atividade ou melhoria de produtividade; estes, em geral, são parceiros dos agricultores vizinhos e suas ações não se coadunam às exigências da produção capitalista. Os produtores são, ainda, caracterizados quanto ao fato de terem ou não qualificação e visão empresarial, agirem de forma amadora ou profissional. Aquele produtor que é classificado como empresário tende a estar mais próximo das processadoras, podendo ser, em alguns casos, considerado parceiro das empresas. Outros produtores, porém, considerados simples fornecedores de matéria-prima tendem a ser excluídos da citricultura pela falta de qualificação e produtividade. Seu perfil está marcado pela falta de recursos financeiros, tecnológicos e de assistência de forma geral. O individualismo constitui uma característica do segmento produtor citrícola, mais presente na classe que age de forma empresarial. Há busca contínua pelos melhores contratos, pela melhor informação recebida de forma privilegiada a fim de obter um lucro maior. A informação privilegiada permite a adoção de certas ações antes dos demais, com o intuito de ganhar durante esse hiato de tempo, ou seja, enquanto a informação não é difundida. No entanto, o individualismo excessivo pode levar a ações imediatistas, provocando perdas e riscos para os que agem dessa forma. Entrevistados vinculados às organizações de pesquisas consideraram que o individualismo e o imediatismo desencadeiam problemas para o agronegócio citrícola, por postergarem ações e cobranças para a resolução dos problemas. Os organismos de pesquisa são procurados para a resolução de questões com foco mais imediato, o que nem sempre rurais que a vivenciaram, por temerem represálias das Usinas, tais como a contratação de trabalhadores de outras regiões, sobretudo do nordeste. 9 Os resultados das reivindicações da greve de Guariba-SP, realizada pelos trabalhadores da cana-de-açúcar, se irradiaram para o conjunto dos trabalhadores da agricultura. Os trabalhadores rurais da citricultura passaram a reivindicar registro em carteira, transporte e remuneração vinculada ao preço da caixa de laranja. Buscavam, também, o fim das contratações por meio dos gatos, para que essas passassem a ser feitas diretamente pelas empresas processadoras, ou por empresas a elas vinculadas. 10 As cooperativas de trabalhadores foram criadas para isentar os produtores das obrigações trabalhistas e, por essa razão, passaram a ser chamadas de coopergatos. 11 Os condomínios de empregadores rurais surgiram com o objetivo de substituir as cooperativas de trabalho uma vez que, nas cooperativas, os trabalhadores contratados recebiam pela colheita, sem discriminar salário, FGTS, 13º e férias, favorecendo a precarização do trabalho rural. 8

9 resulta nas melhores soluções, gerando problemas futuros, sobretudo frente a problemas fitossanitários. Os produtores têm apresentado, ao longo da evolução desse agronegócio, uma cultura associativa frágil. Além da pouca união e cultura associativa, as associações de representação dos produtores citrícolas não apresentam um gerenciamento profissional, como pode ser identificado na ABECITRUS. Os produtores citrícolas apresentam uma desvantagem de negociação com as empresas processadoras, decorrente da diferença de estruturas (organizacionais, produtiva e de poder ) dos dois segmentos. Frente a essa situação, alguns produtores preferem se relacionar com várias empresas para diminuir a sua vulnerabilidade. Firmam contratos com características diferenciadas e com mais de uma empresa, viabilizando a mobilidade de uma safra para outra e uma menor dependência frente às empresas processadoras. Uma alternativa para os produtores - independentemente do porte - ganharem poder de negociação frente às processadoras é a participação em um grupo de citricultores 12, por viabilizar a ampliação na capacidade de negociação com as processadoras. Os produtores podem utilizar, também, uma outra forma de associação, com o objetivo de reduzir os custos da colheita e do transporte, associando-se aos condomínios de empregadores rurais. 13 A sobrevivência tanto dos condomínios como dos grupos de citricultores depende do comportamento de responsabilidade coletiva, ou seja, da ação não simplesmente oportunista. Para os trabalhadores, os impactos da atuação de condomínios e de grupos de citricultor apresentam-se mais favoráveis. O comportamento individualista e imediatista, expresso nas ações dos agentes do segmento produtor e do processador gera uma postura oportunista, principalmente quando alguns dos agentes se beneficia da racionalidade limitada dos demais. O ambiente resultante dessa postura ocasiona incerteza e insegurança no agronegócio. O objetivo de maximizar lucro, pode até resultar em prejuízos aos concorrentes, aos outros agentes, ao meio ambiente e à comunidade onde estão localizadas as atividades. Os produtores de menor porte e os trabalhadores rurais tendem a ser os mais prejudicados, por não disporem de canais com força de representação de seus interesses Caracterização das ações dos organismos vinculados ao agronegócio citrícola e do Estado O agronegócio citrícola é constituído por vários organismos e alguns deles são referidos com maior relevância pelos atores desse agronegócio. Os organismos contribuem com informações, pesquisa, assistência técnica ou promovendo a representação de alguma classe ou, ainda, proporcionando um ambiente de discussão entre os agentes do agronegócio caso dos organismos interprofissionais. 12 Os Grupos de Citricultores são instituições formadas por agricultores que visam apoio no desenvolvimento das atividades do segmento, por meio da prestação de determinados serviços. Abrigam produtores de diversos portes, com oferecimento de benefícios, bastante significativos para os de menor porte. Na opinião de alguns produtores familiares de citros de Bebedouro SP comparativamente à atuação das Cooperativas e dos Sindicatos os Grupos de Produtores oferecem maior segurança ao pequeno citricultor familiar, mesmo que os valores negociados não sejam os melhores. (ROMEIRO; ESCRIVÃO FILHO; MIRANDA COSTA 2003). 13 A partir da safra de 1999/2000 o Estado, por meio de órgãos vinculados à Justiça (Ministério da Justiça) e ainda da FAESP (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo) e da FETAESP (Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de São Paulo) estimularam a formação de condomínios de empregadores rurais. O condomínio [ ] é a união de produtores rurais, pessoas físicas, com a única finalidade de contratar, diretamente, os empregados rurais para a prestação de serviços exclusivamente em suas propriedades. (SÃO PAULO, s. d., p. 4). Os membros têm responsabilidades comuns, com a finalidade única de contratar o trabalhador rural, cumprindo a legislação trabalhista e previdenciária para prestação de serviços em suas propriedades. 9

10 Organismos de representação de classe e interprofisionais Para muitos dos agentes, o segmento produtor citrícola não possui nenhum representante de destaque de defesa de seus interesses. A ASSOCITRUS 14, que desempenhou essa função de 1974 até meados da década de 90, voltou a atuar no período recente, instalada em nova sede, na cidade de Bebedouro, a partir de Assim sendo, ainda não alcançou a abrangência e o posicionamento que possuía anteriormente. É importante destacar, no entanto que, essa associação vem se estruturando e ampliando sua atuação, com a elevação do número de associados vários grupos de citricultores e propondo reivindicações que vêm sendo atendidas, por exemplo com a criação da Câmara Setorial de Citricultura vinculado ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Em setembro de 2004, a ASSOCITRUS entrou com um processo no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), solicitando análise da venda da Cargill para a Citrosuco e a Cutrale. Essa venda representou um aumento da concentração no segmento processador e, portanto, uma ampliação da assimetria entre esse segmento e o produtor citrícola. Muitos agentes identificam, inclusive, a necessidade da estruturação de um organismo ou do fortalecimento da ASSOCITRUS com o intuito de focar os produtores, principalmente, os de menor porte, que são desfavorecidos nas negociações com as processadoras e podem ser expulsos da atividade citrícola, principalmente, com a proliferação de doenças e de pragas. Observa-se uma dificuldade de aceitação e de reconhecimento, de fato, da ASSOCITRUS pelas processadoras, pelo próprio FUNDECITRUS 15 e pela ABECITRUS. Mas, a partir de 2004, foram identificados sinais de mudança quando a ABECITRUS passou a chamar a ASSOCITRUS para as discussões sobre o agronegócio. Diversamente do observado no segmento produtor, a representatividade das processadoras foi identificada, por todos os agentes, como sendo a ABECITRUS, considerada uma instituição atuante e moderna, com uma administração profissional e com trânsito político. Essa associação representa os interesses dos seus integrantes tanto no mercado nacional como no internacional e participa de discussões na Câmara Setorial de Citricultura e no FUNDECITRUS. A AMCISP Associação de Apoio aos Municípios Cítricos do estado de São Paulo surgiu em meados de 2004, como resposta às mudanças ocorridas a partir da década de 90. Essa associação foi constituída por pessoas físicas e jurídicas, vinculadas à citricultura, havendo prefeitos, vice-prefeitos e vereadores (no exercício ou de gestões anteriores) dos municípios citrícolas do estado; entidades representantes dos produtores e dos trabalhadores rurais citrícolas; e por entidades de pesquisa vinculadas à essa atividade. Tem como objetivo o desenvolvimento sustentável da citricultura no estado, por meio de programas, planos, atividades e serviços. Destacam-se a capacitação técnica dos agentes, o aprimoramento tecnológico, a proposta de programas de segurança alimentar e educação ambiental, a necessidade de estimular a integração e a aproximação do setor produtor, dos trabalhadores, da sociedade civil e dos governos municipal e estadual. Para tanto, a AMCISP, pode recorrer a parcerias, formas de cooperação, contratos e/ou convênios com órgãos públicos e autarquias, de todas as esferas do Estado. Um dos organismos vinculados à SAA (Secretaria da Agricultura e Abastecimento) do estado de São Paulo, a CODEAGRO (Coordenadoria de Desenvolvimento dos agronegócios) tem, dentre seus objetivos, promover discussões entre os integrantes do agronegócio citrícola. Esse organismo criou a Câmara Setorial Citrícola, que é constituída por 14 A ASSOCITRUS Associação Brasileira de Citricultores foi criada em O FUNDECITRUS (Fundo de Defesa da Citricultura) surge em 1977, com o objetivo de manter a sanidade dos pomares de laranja, por meio de monitoramento, informação, pesquisas e financiamento às pesquisas sobre doenças e pragas do citros. 10

11 representantes do Estado, do segmento processador, dos produtores e dos demais agentes vinculados a esse agronegócio. No entanto, dada a heterogeneidade do segmento produtor não há uma representação consensual, o que dificulta o avanço das discussões. Essa situação apresentada na Câmara Setorial Citrícola é um reflexo do desenho institucional e organizacional do agronegócio citrícola, marcado pela assimetria de poder entre os segmentos. A Câmara Setorial tem perdido força, pois as reivindicações dos produtores, quanto a contrato e preço, não são acolhidas pelas processadoras e as reivindicações das processadoras quanto a impostos, pedágios e portos não são solucionadas pelo Estado. Os agentes apontam para o fato de que as processadoras não apresentam uma disposição para discutir os pontos destacados pelos produtores. De fato, a dificuldade de constituição e de manutenção de um organismo de representação real dos produtores tem prejudicado a promoção de diálogos entre esse segmento com o segmento processador e com o Estado. Nesse contexto o MAPA criou, em julho de 2004, a Câmara Setorial da cadeia produtiva de citricultura, em parte solicitada pelos produtores citrícolas e seus representantes ASSOCITRUS e AMCISP. Essa câmara é composta por 32 membros, representando órgãos públicos e privados, vinculados ou não ao agronegócio citrícola e seu presidente é também o presidente da ASSOCITRUS. Essa Câmara Setorial objetiva discutir questões relevantes para o agronegócio citrícola como: os problemas fitossanitários, que prejudicam os pomares do estado de São Paulo e de Minas Gerais; a venda das instalações da Cargill Juice, no Brasil, para a Citrosuco e a Cutrale; a adoção de um novo contrato padrão 16, que minimize as perdas para os produtores; entre outras soluções. Causou estranheza o fato de nenhum entrevistado apontar a possibilidade de estruturação dos contratos, tendo por referência o teor de sólidos solúveis. Vale acrescentar, que essa foi uma discussão presente no início dos anos 90, destacada por Di Giorgi (1991), ao apontar que o modelo utilizado não estimulava os citricultores mais produtivos. Segundo esse autor, os contratos deveriam remunerar pelo teor de sólidos solúveis por hectare e não por caixa de laranja. Essa solução, também, selecionaria os mais aptos, mas de uma forma mais racional para o agronegócio do que simplesmente passando para os produtores tarefas controle dos pomares, colheita e transporte - que resultaram na deterioração de alguns pomares, com possíveis efeitos desencadeadores de pragas e doenças Organismos de pesquisa e de assistência técnica Há vários organismos de pesquisa e de assistência técnica vinculados à realização de pesquisas para a citricultura e alguns deles foram responsáveis pela formação da base estrutural do agronegócio citrícola. O principal é o Centro APTA de Citros Sylvio Moreira de Cordeirópolis; em seqüência vêm: ESALQ/USP-Piracicaba, UNESP-Jaboticabal, UNESP- Botucatu e EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O FUNDECITRUS e a Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (EECB) desempenharam um papel mais reduzido por serem organismos de atuação mais recente e mais local, como é o caso da EECB. Os organismos atuam no agronegócio citrícola, em específico na produção da laranja e de sementes e mudas, gerando pesquisas e tecnologias para a erradicação e/ou o controle das doenças e pragas, principalmente, as epidêmicas. Exercem, também, outras atividades como a informação ao agricultor e ao viveirista, o monitoramento, a produção de mudas, a inspeção dos pomares dentre outras. 16 Esse novo contrato pode ser semelhante ao realizado no setor canavieiro que tem o preço da cana-de-açúcar estabelecido pelo CONSECANA-SP (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo), a partir dos custos e das cotações dos produtos finais. 11

12 As parcerias voltadas ao desenvolvimento e ao financiamento de pesquisa e assistência técnica à citricultura ocorrem tanto entre os organismos do setor privado como do setor público. Esses organismos atuam diretamente sobre os problemas fitossanitários da citricultura, realizando pesquisa, dando suporte técnico e monitoramento, entre outras ações de extensão. Alguns organismos agem de forma indireta, por não estabelecerem um contato direto com o agricultor e o viveirista, como os organismos de financiamento, de articulação do mercado e dos negócios e aqueles promotores de debates. Os organismos de pesquisa e extensão que atuam diretamente no segmento de produção citrícola e no de sementes e mudas são o FUNDECITRUS, a COOPERCITRUS (Cooperativa do Cafeicultores e Citricultores de São Paulo), a Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro e organismos vinculadas à SAA do estado de São Paulo, como o Centro APTA de Citros Sylvio Moreira. Os organismos nacionais que trabalham em parceria são universidades como a UNESP (Universidade Estadual Paulista Campus de Jaboticabal, a ESALQ/USP (Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiróz /Universidade de São Paulo), Campus de Piracicaba e órgãos de fomento como FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e CNPq( Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Os internacionais estão localizados na França, Espanha e Estados Unidos. Os organismos que atuam de forma direta viabilizam a produção de mudas e sementes com qualidade e maior resistência aos problemas fitossanitários, através da realização de pesquisas e tecnologias de manejo e trato, como a produção e venda de sementes e mudas. Em relação ao segmento de produção citrícola, os organismos estão vinculados ao desenvolvimento de técnicas de manejo e trato dos pomares, às pesquisas para a elaboração de produtos de controle e erradicação ou à identificação de agentes de combate às doenças e pragas, à informação dos agricultores, à inspeção, ao controle e ao monitoramento dos pomares. Esses cuidados possibilitam ao segmento de produção citrícola atender às exigências de seu maior comprador, o segmento de processamento e, indiretamente, o mercado externo de SLCC Atuação do Estado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo SAA abriga instituições que atuam - na pesquisa e na extensão, em vários agronegócios, dentre os quais o citrícola. Muitas das atividades são realizadas em parceria entre os organismos da própria SAA e, também, com o FUNDECITRUS. A Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro está entre elas. A SAA do estado de São Paulo e seus organismos passaram por reformas a partir de 2000, resultando em mudanças na estrutura organizacional, nos objetivos, nas metas e nas atividades. A SAA é constituída por uma empresa, a Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (CODASP), e quatro coordenadorias: a Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (CODEAGRO), Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e a Agência Paulista de tecnologia dos Agronegócios (APTA). Os organismos da SAA que atuam no agronegócio citrícola são: o Instituto Biológico e o Instituto Agronômico de Campinas, gerando conhecimento científico e tecnológico; o Instituto de Economia Agrícola, realizando pesquisas econômicas e de reflexos sociais. Estes três institutos estão vinculados ao APTA; à CATI com seus departamentos de extensão; à CODEAGRO com a Câmara Setorial Citrícola; e à CDA, com programa de inspeção e 12

13 erradicação do Cancro Cítrico. A execução de suas atividades é viabilizada por recursos próprios e de agências de fomento Obstáculos à plena atuação dos organismos vinculados ao agronegócio citrícola e do Estado Mesmo com toda a estrutura disponível, foram identificadas dificuldades por parte dos organismos para suprir as deficiências apresentadas pelo agronegócio citrícola, com lacunas em pesquisa e assistência técnica. Isso é decorrente da falta de alguns fatores, como: recursos financeiros, comprometimento de alguns organismos em relação ao agronegócio e melhor alocação das pesquisas entre os diversos organismos vinculados a esse agronegócio. Sob esse último aspecto, há a dificuldade em se determinar qual a melhor forma de alocar os recursos financeiros, estruturais e humanos para as pesquisas de longo prazo, que são consideradas de base, e para aquelas de resultados mais imediatos e de caráter técnico, ou seja, de rápida aplicabilidade. Na avaliação dos entrevistados afloraram diversas posições quanto aos recursos para pesquisas voltadas à citricultura. Na opinião de alguns, vinculados a órgãos públicos de fomento à pesquisa, há uma deficiência em pesquisas com resultados de longo prazo, que promovam o desenvolvimento da base estrutural da citricultura, gerando novos portaenxertos, mapeando e rastreando a ocorrência de doenças, dentre outras providências. No entanto, na avaliação de outros, vinculados a organismos privados de pesquisa e assistência, no contexto em que há proliferação de doenças, os problemas emergentes apontam para a necessidade de pesquisas direcionadas, e de aplicação imediata. De fato, enquanto as universidades e os órgãos públicos de pesquisa têm sua atuação voltada à pesquisa básica, os organismos privados priorizam a pesquisa aplicada. O que se pode pensar é na efetiva atuação desses órgãos em parceria e na promoção de discussões que enfatizem a relevância dos dois tipos de pesquisa. A redução de recursos financeiros do Estado, na década de 90, e o suprimento dessa lacuna por recursos do setor privado que, pela própria dinâmica deste, não privilegia pesquisas com resultados de longo prazo, agrava essa situação. De fato, apenas o Estado pode ser capaz de direcionar sua atenção de forma a atender os interesses do agronegócio como um todo. As pesquisas levadas a efeito pelo setor privado tendem a atender os interesses de quem as financia, no caso em questão, as processadoras. Na opinião de alguns entrevistados faz-se necessário o maior comprometimento do Estado com o agronegócio citrícola. Essa postura do Estado foi amenizada em alguns períodos por algumas ações, dentre outras: a criação do Centro APTA de Citros Sylvio Moreira ; a descoberta de diversas variedades de citros; o financiamento, com juros subsidiados aos produtores agrícolas, contemplando todas as atividades agropecuárias; o auxílio às pesquisas, através das agências de fomento e do auxílio às processadoras. Em relação à intermediação do Estado nos conflitos entre o segmento processador e o produtor citrícola, principalmente quanto à negociação dos contratos da laranja, há críticas, por parte de alguns agentes, que apontam falhas ou insuficiências na intermediação, levando em grande parte das vezes, à resolução dos conflitos por ações dos dois segmentos envolvidos. O baixo comprometimento do Estado é destacado, também, pela falta de uma ação direta que minimize a tendência de exclusão de produtores da atividade citrícola, principalmente os de menor porte, da migração dos pomares para a região ao sul do estado de São Paulo, o que tende a ocasionar vários problemas aos municípios que abrigam a citricultura. É observada, ainda, a falta de recursos financeiros e humanos para a realização das atividades de pesquisa e de assistência técnica, em específico as vinculadas à SAA do estado de São Paulo, por meio da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral). 13

14 3.3. Caracterização e discussão das crises no agronegócio citrícola Da perspectiva da maior parte dos agentes do agronegócio citrícola, de modo geral, as crises estiveram relacionadas a fatores econômicos e não a fatores fitossanitários. E essa análise se estende para o período recente, a partir da década de 90. Analisam esse período como um momento especial que requer atenção e cuidados, para que não haja um aprofundamento da crise. Diferentemente da crise fitossanitária, a econômica é aceita por todos e considerada a mais recorrente, por estar vinculada a problemas climáticos, que afetam a capacidade de produção e os preços. Essa tendência de crescimento da produção foi, da perspectiva das entidades de pesquisa, fortalecida pela postura expansionista dos produtores, sobretudo no período da década de 60 ao final dos anos 80. Com essa postura não houve uma preocupação quanto ao adensamento, à contaminação do meio ambiente, à produtividade e à qualidade da fruta. Além dessa postura expansionista, houve a postura patrimonialista por parte dos produtores de menor porte, que visualizaram o crescimento da produção por meio da incorporação de novas áreas ao seu patrimônio. A avaliação desse processo indica que os preços favoráveis levaram a um crescimento, sem planejamento, condução e critérios técnicos adequados, resultando em problemas fitossanitários e de superprodução, com efeitos negativos também para o meio ambiente. Põe em evidência a ausência de visão crítica dos produtores ou mesmo a inexistência de circulação de informações sobretudo a partir do final da década de 80 - que, centralizadas pelo segmento processador, não foram repassadas para o segmento produtor. As processadoras e os produtores, agindo linearmente, apenas buscaram - nos termos de alguns dos entrevistados - a maximização dos lucros, de forma gananciosa. A postura individualista e imediatista do produtor citrícola constituiu um agravante dessa situação e de suas conseqüências. As crises, para alguns dos entrevistados produtores de cítricos ou seus representantes podem ser criadas pelas empresas processadoras ao influenciarem o preço do suco e da caixa de laranja. Uma forma de alterar os preços ocorre com a adoção de ações combinadas para a compra da laranja, ou mesmo por meio da mobilização dos estoques de suco de laranja, avaliação partilhada pela representação dos produtores e dos trabalhadores. Os efeitos das crises refletem-se com maior intensidade sobre aqueles produtores citrícolas menos aptos, que apresentam menor capacidade financeira e técnica. Esse efeito pode ser acentuado, quando as processadoras aumentam as exigências em relação à qualidade e à produtividade da fruta, deixando, no entanto, de remunerar adequadamente o produtor, impedindo que ele cumpra as exigências estabelecidas. Isso pode resultar no abandono dos pomares, contribuindo para a proliferação de doenças e pragas, podendo ainda gerar a precarização das relações de trabalho, a exclusão de produtores e a concentração da produção agrícola e da renda. Outro fator apontado como causa de uma crise para o agronegócio citrícola são os problemas fitossanitários, como os apresentados em meados da década de 90. A esse respeito a compreensão e a interpretação de uma crise fitossanitária não é coincidente para os diversos agentes entrevistados. Para parte dos agentes agências de pesquisa e representação dos produtores - o problema fitossanitário, atualmente, é ocasionador de uma crise para o setor, que pode se aprofundar, se não houver rápida solução. Para as processadoras os problemas fitossanitários atuais não são vistos como causadores de crise, mas desencadeadores de problemas para o agronegócio, os quais, caso não resolvidos, podem culminar em uma crise futura. 14

15 Quanto à MSC (Morte Súbita do Citros) as avaliações são coincidentes. Destaca-se que essa doença está localizada principalmente na região que se estende do norte do estado de São Paulo ao sul do Triângulo Mineiro, com maior deficiência hídrica e clima mais seco e quente, sendo identificada nas plantas enxertadas em limão Cravo, porta-enxerto mais resistente às condições edafo-climáticas dessa região. Como a doença não tem um diagnóstico, observa-se a adoção de alguns procedimentos - a sub-enxertia e a irrigação - que podem minimizar a possibilidade de contaminação e os prejuízos dela derivados. Cabe observar, no entanto, que a impossibilidade de adoção desses procedimentos por todos, exclui uma parcela dos produtores citrícolas, que não dispõem de recursos financeiros e tecnológicos para tal. Uma estratégia adotada pelos grandes produtores e pela produção própria do segmento processador é a realização da migração dos pomares da região ao norte, para a região ao sul, das áreas citrícolas tradicionais paulistas, o que também exclui os menos aptos. Esses procedimentos adotados e difundidos, a partir do surgimento da MSC, podem intensificar o processo de exclusão de produtores citrícolas e a concentração da produção, fenômeno que vem sendo observado no agronegócio citrícola brasileiro desde meados dos anos 80. Além do mais, desencadeiam problemas econômicos e sociais para os municípios dependentes da citricultura, agravados com o deslocamento dos produtores de porte maior para outras regiões. De tempos em tempos, a citricultura enfrenta crises com o surgimento de uma doença ou praga. Nesse momento, freqüentemente o Estado é chamado para atuar. No entanto, dado que o Estado apresenta redução de sua capacidade de financiamento de pesquisas e prestação de assistência técnica, essa foi uma das razões pela qual sua atuação ficou prejudicada, na década de 90. Cabe acentuar que as crises econômicas e fitossanitárias estão interrelacionadas. A crise econômica resulta em perda financeira para os produtores e, por sua vez, contribui para o aumento dos problemas fitossanitários. A crise fitossanitária representa um custo para todo o agronegócio, principalmente, para o produtor que tem seus pomares contaminados, resultando em perda financeira e patrimonial. Observa-se que as ações individualistas e imediatistas, o baixo nível de cooperação entre os agentes e a ausência de coordenação desencadearam um processo de expulsão dos menos aptos ou rebaixamento das condições de trabalho. Não são identificadas ações do Estado ou do setor privado para minimizar a exclusão dos proprietários de menor porte, para orientar a migração dos grandes produtores, discutindo as conseqüências que essas ações podem trazer para os produtores e para os municípios envolvidos. Nas entrevistas identificou-se que tanto o segmento produtor quanto o processador, em momentos de crise, buscam uma maior união, que tem curta duração, permanecendo apenas para resolver os problemas imediatos. Ao solucioná-los há um retorno para a antiga postura individualista e muitas vezes oportunista, promovendo o crescimento individualizado dos agentes, dificultando a ação dos segmentos produtor e processador de forma coordenada. Por outro lado, é importante destacar que o segmento processador apresenta uma coordenação interna, agindo de forma combinada. Também se observa a capacidade de coordenação da cadeia de produção, para coordenar os demais segmentos mantendo e ampliando vantagens competitivas do SLCC, mesmo com a exclusão dos menos aptos. Não são consideradas, no entanto questões relativas ao desenvolvimento sustentável do agronegócio citrícola, já que não são expressas preocupações com questões sociais e 15

16 ambientais. Essa postura não tem sido minimizada por nenhum organismo 17 do agronegócio citrícola e nem pelo Estado. A competitividade do agronegócio citrícola tem sido obtida, em parte, com a distribuição dos prejuízos a uma parte dos agentes e com a concentração dos benefícios em mãos de uma minoria. Observa-se, claramente, que esse agronegócio é formado por agentes em número considerável que agem privilegiando a lógica darwinista, ou seja, apenas os mais aptos, eficientes e com maior poder político e financeiro sobrevivem e contribuem para a competitividade do agronegócio citrícola. Putnam (2000) considera que para um negócio obter e manter a prosperidade é preciso que haja uma sociedade que apresente sentimento e atitude de comunidade cívica 18, propiciando um ambiente de cooperação e confiança. Esses atributos se, de fato, se apresentam no agronegócio citrícola, o fazem de forma pouco duradoura e em períodos de crise, uma vez que o sentimento e as ações, em muitos momentos, são caracterizados como individualistas e oportunistas, resultando em exploração e desconfiança. É exatamente em razão dessa situação que não há nenhuma entidade ou segmento coordenador despontando e sendo identificado e aceito por todos os agentes desse agronegócio, para conduzir um desenvolvimento sustentável. A aceitação da coordenação passa, primeiro, pela compreensão de que essa deve atuar buscando representar o todo e não alguns ou apenas um segmento ou agente. A identificação dessa coordenação torna-se mais difícil quando tanto o segmento produtor citrícola quanto o processador agem de forma oportunista dentro do seu próprio segmento ou quando um dos segmentos do agronegócio, como o produtor citrícola, não consegue identificar um representante da sua própria classe. Por outro lado, quando os demais segmentos e organismos vinculados a esse agronegócio passam a ressaltar que o diálogo está falho entre as partes, exatamente pela falta de um representante dos produtores citrícolas, é um sinal positivo. Pois começa-se a identificar que para os segmentos crescerem e suas relações prosperarem, há a necessidade do fortalecimento do todo. Mesmo mantendo o individualismo, este não deveria eliminar a possibilidade de cooperação. Esse momento tenderia a favorecer o surgimento de um coordenador, que pudesse contribuir para a ampliação de um diálogo mais próximo e com interação entre os segmentos do agronegócio citrícola. De fato, o que transparece, com maior nitidez, são as crises econômicas, uma vez que, para os problemas fitossanitários, de forma bastante ágil, têm sido propostas e implantadas soluções. No entanto, muitas das soluções fitossanitárias trazem, da forma como são propostas, o desencadeamento não apenas de problemas econômicos, mas ainda de ambientais. Os problemas fitossanitários têm sido combatidos com o uso de agrotóxicos, ampliando custos, reduzindo receitas e elevando o nível de poluição ambiental. Outras soluções, no período recente, têm requerido a remodelação ou a renovação precoce dos pomares, num processo de substituição do capital instalado ou de reinvestimento. É o que se observa com a introdução de porta-enxerto, substituindo o limão Cravo ou com a implantação de pomares na região ao sul das áreas tradicionais de produção de citros, do estado de São Paulo. Além da exigência de investimento nos equipamentos de irrigação, requerido em razão das 17 A AMCISP (Associação de Apoio aos Municípios Cítricos do estado de São Paulo), nova associação que surgiu em 2004, apresenta em seus objetivos a busca do desenvolvimento sustentável. No entanto, ainda não houve tempo para a efetivação de suas ações e mesmo para a avaliação de possíveis resultados decorrentes de sua atuação. 18 Cabe lembrar que a comunidade cívica, para o autor, compreende quatro fatores: a) participação cívica; b) igualdade política; c) solidariedade, confiança e tolerância; d) associações estruturas sociais de cooperação. 16

17 características do novo porta-enxerto, significa mobilização de novo montante de capital para a implantação de novos pomares na nova região. 4. Considerações Finais No processo evolutivo do agronegócio citrícola observa-se a presença de um conjunto de fatores que foram favoráveis ao seu desenvolvimento, seu crescimento e sua competitividade, tais como: as geadas na Flórida; a infra-estrutura produtiva, comercial e de pesquisa; as condições de produção básicas como o clima, o relevo e a mão-de-obra; a postura empreendedora dos empresários; a matéria-prima abundante, com qualidade e proximidade das empresas processadoras; e a forte concorrência entre essas últimas, favorecendo a dinâmica do segmento processador e influenciando o segmento produtor, na maior parte das vezes de forma positiva. No entanto, houve também fatores que prejudicaram a competitividade, como: os problemas fitossanitários; a continuidade espacial dos pomares, a característica perene da laranja e o baixo grau de variabilidade genética dos pomares; a dificuldade de financiamento dos organismos de pesquisa e assistência técnica vinculados ao Estado; a infra-estrutura de transporte, considerando rodovias, pedágio e portos; a falta de mão-de-obra habilitada, principalmente, na lavoura; e a ausência de mercado interno para o SLCC. Vale destacar que as mudanças ocorridas a partir do fim do contrato padrão agravaram os problemas fitossanitários, configurando crises, apesar da discordância dessa configuração, na interpretação de muitos dos agentes do agronegócio citrícola. A crise fitossanitária, que marca o período que se inicia nos anos 90, ameaça a competitividade brasileira no mercado internacional, por provocar uma queda na produtividade e na qualidade da laranja. Além do mais, as soluções propostas, de modo geral têm elevado os custos, agravado a situação de produtores de menor porte e, por vezes, contribuído para a deterioração do meio ambiente. Observa-se que a crise econômica e a fitossanitária se retroalimentam, uma vez que o problema financeiro pode contribuir para a proliferação de doenças e pragas e a eclosão destas agrava a situação financeira dos agentes, sobretudo dos produtores. De fato, por mais que os contratos, na maior parte das vezes, acabassem beneficiando as processadoras e os produtores mais capazes ou mais aptos, a inexistência deles acentua a incerteza, acirrando o oportunismo e o individualismo, obstaculizando a apreensão do todo, gerando custos maiores para os agentes que necessitam, na avaliação de Coase, de uma maior especificidade de ativos para a transação. Cabe ainda afirmar que, sendo o oportunismo favorecido pelo reconhecimento incompleto ou distorcido das informações, a assimetria de informações que diferencia os produtores com capacidades produtivas diversas afeta os custos das transações. O comportamento dos agentes do agronegócio citrícola pode ser claramente caracterizado, principalmente a partir dos anos 90, como individualista e oportunista, além de apresentar racionalidade limitada. Esse comportamento: a) pode ser identificado quer nas manifestações externas do segmento produtor citrícola e do processador, quer ao interior desses dois segmentos; b) favorece sobretudo as processadoras, devido à assimetria existente entre os dois segmentos; c) dificulta a formação e a manutenção de uma associação de representação do segmento produtor. Isso pode ser explicado por Putnam (2000), que identifica a dificuldade em formar e manter associações representativas quando são observadas manifestações de falta de tolerância e comportamento clientelista. Esse comportamento acaba por prejudicar o agronegócio em sua totalidade. A competitividade do agronegócio citrícola e, especificamente, do segmento processador é marcada pela lógica capitalista voraz, onde as empresas processadoras agem 17

18 no mercado de forma dura e exploradora, mesmo que isso resulte em conseqüências negativas para o social e para o meio ambiente, num círculo vicioso com efeitos negativos para elas próprias, dificultando o desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável. Uma forma de amenizar essas condições, a partir da década de 90, tem sido a formação de grupos de citricultores e condomínios de empregadores rurais. A melhoria das condições para os trabalhadores rurais e para os produtores citrícolas não necessariamente tem onerado as processadoras. Outro aspecto importante, na década de 90, que afetou esse agronegócio, foi a redução da atuação do Estado na atividade econômica, mesmo esse agronegócio não tendo sido tão dependente do Estado para o seu desenvolvimento, como foram outras atividades agropecuárias. A diminuição da capacidade de financiamento do Estado refletiu-se na pesquisa e na assistência técnica, ampliando a necessidade da atuação do setor privado. Isso resultou em uma mudança no enfoque das pesquisas, principalmente, em institutos privados, privilegiando as pesquisas de imediata aplicação e reduzindo as de utilização no longo prazo, nos termos da análise de Sunkel (1999). Essa tendência dificultou a pesquisa e o planejamento de melhorias que fossem efetivamente incorporadas, com resultados duradouros, o que abriu a possibilidade de recorrência de problemas fitossanitários. Também o perfil da atuação do Estado no comércio internacional, principalmente, por não conseguir derrubar as barreiras protecionistas dos EUA e da Europa, constitui outro fator que prejudicou a competitividade desse agronegócio. Uma alternativa encontrada por algumas empresas processadoras e que, no entanto, pode vir a constituir um agravante para os problemas da competitividade foi o desenvolvimento de atividades na Flórida, com a finalidade de garantir o mercado americano. Recentemente, tem-se observado, no agronegócio citrícola, o surgimento de organizações ou corporações interprofissionais que congregam diferentes setores de uma cadeia produtiva. Essas organizações podem ser exemplificadas pelas Câmaras Setoriais Citrícolas, vinculadas à Secretária da Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Elas têm sido consideradas um espaço para discutir todo o agronegócio citrícola e buscar ações coordenadas que possam proporcionar o desenvolvimento futuro sustentado. É importante, no entanto, destacar que os problemas de funcionamento observados na Câmara Setorial da SAA do Estado de São Paulo reproduzem os problemas estruturais e de relacionamento presentes nesse agronegócio. Esse novo contexto suscitou a ação de vários organismos, entidades e associações de caráter público e privado, na tentativa de organizar os segmentos envolvidos para a resolução ou a amenização dos problemas. Observa-se, também, a retomada das ações do Estado, nas esferas estadual e federal, como promotor de ações diretas e indiretas na busca de soluções para os problemas fitossanitários e de integração entre os vários segmentos e organismos. Esses acontecimentos também puseram em evidência a articulação dos problemas fitossanitários com os de organização que, na maior parte das vezes, eclodem em seqüência ou concomitantemente. A coordenação é invocada como forma de diminuir os custos e aumentar a capacidade de adaptação frente às mudanças econômicas, fitossanitárias, sociais, políticas e institucionais. Assim sendo, essa atuação trouxe conseqüências muitas vezes negativas, predominantemente, para aqueles produtores classificados como menos aptos, ou seja, aqueles que, por sua dificuldade financeira e técnica não responderam às necessidades de inovação. De fato os prejuízos tendem a ser repassados para os menos aptos, não coincidentemente os subordinados do sistema. Observa-se a falta de uma coordenação que garanta uma continuidade das ações nos momentos de crescimento e de crise e que, portanto, minimize os ônus econômico, social e 18

19 ambiental a esse agronegócio e às regiões que o abrigam, bem como evite ações pontuais, muitas vezes prejudiciais ao agronegócio como um todo. O deslocamento da produção para novas regiões ao sul das áreas tradicionais de cultivo da laranja além de ampliar os custos de produção para o produtor, em razão de novos procedimentos, dentre eles a irrigação, eleva os custos de fabricação do SLCC, dadas as distâncias das unidades de processamento já instaladas. Além do mais, dificulta a circulação de informações. Cabe lembrar que, com a saída do Estado, muitas de suas atribuições foram passadas para as organizações de interesse privado (OIP). Assim, a função exercida pelo Estado, como agente mais adequado para fornecer serviços e bens coletivos, com características públicas, se esbarra ou até mesmo colide com o fato de que quem financia essas instituições no caso agentes do setor privado diretamente interessados define o perfil desses serviços. Cabe ressaltar que, por mais que o Estado possa representar interesses determinados, está mais capacitado para o gerenciamento do fornecimento de bens e serviços coletivos do que as instituições de caráter privado, sujeitas ao financiamento de interesses particulares de determinadas empresas. É importante ressaltar que não têm sido observadas ações, no período recente, voltadas à melhoria da cadeia como um todo, mais amplas e integradas, nem tampouco nos termos dos teóricos da competitividade tem-se referência aos interesses da nação. Prevalece, entre as processadoras, a visão tradicional e microeconômica da competitividade. De fato, nos termos de Schumpeter, deve-se encarar a destruição criativa como um elemento intrínseco ao capitalismo. No entanto, caberia ao Estado minimizar as destruições sociais dela decorrentes. Em última instância, pode-se visualizar um enfraquecimento de setores que, ao implantarem inovações e estratégias na busca de lucros de monopólio, desconsideram a importância de um continuum de ações, que sejam capazes de irradiar essas inovações e, com isso, reduzir o clima de incerteza. Esse procedimento considerado pelos teóricos da competitividade, fundamental para a manutenção da competitividade na esfera nacional e internacional, não tem sido observado no comportamento dos agentes do agronegócio citrícola, que dispõem de acesso às inovações. Ao se defender a atuação do Estado, não se pretende, com isso, que ele se constitua, como adverte Porter (1993), na única fonte de vantagem competitiva nacional, no caso em questão, para o agronegócio citrícola. Nos termos do mesmo autor: As políticas bem sucedidas funcionam nas indústrias onde os determinantes subjacentes da vantagem nacional estão presentes e onde o governo os reforça. (PORTER, 1993, p. 148). No entanto, as ações do governo deverão estar presentes em relação, entre outros: ao mercado consumidor, ao meio ambiente, à concorrência, à educação, à pesquisa. Não se pode afirmar que haja ausência total de coordenação no agronegócio citrícola. Se assim fosse, sua competitividade internacional não mais seria identificada. Pode-se observar que, justamente no momento do processo evolutivo em que se destaca a necessidade de uma visão sistêmica por parte dos agentes, orientando suas ações; em que se considera que a obtenção e a manutenção da vantagem competitiva dependem de um conjunto de fatores, entre eles de um relacionamento estreito e coordenado entre os segmentos de um setor produtivo e de toda a cadeia de produção; o que se observa é o acirramento do individualismo e do oportunismo. Diante dessa situação, as ações de cooperação e coordenação apregoadas têm como objetivo minimizar tanto a dificuldade de comunicação entre os segmentos, como as ações oportunistas e individualistas dos agentes do setor produtivo. Avalia-se que, dessa forma, poderão ser evitadas situações de incerteza e de insegurança nas relações entre os segmentos ou em todo o agronegócio, bem como reduzidos os prejuízos ao meio ambiente, à parte dos agentes e à região que abriga essa atividade. Por meio de ações coordenadas, seria viabilizada a troca de informações de maneira contínua, 19

20 precisa e clara para que se pudessem identificar as características e as mudanças do mercado, repassando-as aos responsáveis pelas atividades produtivas. A partir disso, toda a cadeia produtiva teria condições de incorporar as inovações necessárias. Esse resultado somente pode ser viabilizado com o auxílio de organismos coordenadores. 5. Referências Bibliográficas ALEXANDER, E. R. A structuration theory of interorganization coordination: cases in environmental management. The International Journal of Organizational Analysis, [S.l.], vol. 6, n. 4, p , october AZEVEDO, P.F. Integração Vertical e Barganha. São Paulo: FEA/USP, p. Tese de Doutorado em Economia de Empresas - FEA/USP. BORGES, A. C. G. Competitividade e coordenação no agronegócio citrícola. Araraquara: FCL/UNESP, p. Tese de doutorado em Sociologia FCL/UNESP. BORGES, A. C. G. O Processo de Obtenção da Qualidade de Produto do Suco de Laranja Concentrado Congelado. São Carlos: UFSCar, p. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção UFSCar. COASE, R. H. (1937) La naturaleza de la empresa. In: WILLIAMSON, O. E. e WINTER, S. G. La Natureza da Empresa: orígenes, evolução y desarollo. México: Fondo de Cultura Econômica, p (Economia contemporânea) COUTINHO, L. G.; FERRAZ, J. C. (Coord.) Estudo da competitividade da indústria brasileira. Campinas: Papirus, p. DI GIORGI, F. Exaustão do Modelo de Remuneração na Citricultura. Laranja, Cordeirópolis, v. 1, n.12, p , FARINA, E. M. M. Q. Competitividade e Coordenação de sistemas agroindustriais: um ensaio conceitual. Revista Gestão & Produção, São Carlos: UFSCar, v. 6, n. 3, p , dez Regulamentação, política antitruste e política industrial. In.: FARINA, E. M. M. Q.; AZEVEDO, P. F.; SAES, M. S. M. Competitividade: mercado, estado e organizações. São Paulo: Editora Singular, p FERNANDES JR., Waldir Barros Organizações associativas do sistema agroindustrial cítrico: o caso paulista. São Paulo: USP, p. Dissertação de mestrado apresentada à FEA/USP. MAIA, M. L. Citricultura paulista: evolução, estrutura e acordos de preços. Piracicaba: ESALQ/USP, Dissertação de Mestrado em Economia Agrícola. MARTINELLI JÚNIOR, O. O Complexo Agroindustrial no Brasil: Um Estudo sobre a Agroindústria Citrícola do Estado de São Paulo. São Paulo: FEA/USP, p. Dissertação de Mestrado em Economia. MAZZALI, L. O Processo Recente de Reorganização Agroindustrial: do Complexo à Organização Em Rede. São Paulo: Unesp, (Coleção Prismas/PROPP) MENEZES, V. B. et al. A indústria da laranja: competitividade e tendências. Salvador, p. (Estudo realizado pelo governo do estado da Bahia, Secretaria do Planejamento, Ciência e Tecnologia e Fundação de Projetos e Estudos - CPE). MIRANDA COSTA, V. M. H.; RIZZO, R. A tendência à fusão agricultura-indústria como uma nova configuração na trajetória de alguns complexos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 31, 1993, Ilhéus. Anais... Brasília: Sober, v.2, p

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