ALTERNATIVAS RENOVÁVEIS PARA A SUBSTITUIÇÃO DE USINAS TERMONUCLEARES NO NORDESTE BRASILEIRO

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1 ALTERNATIVAS RENOVÁVEIS PARA A SUBSTITUIÇÃO DE USINAS TERMONUCLEARES NO NORDESTE BRASILEIRO Gilberto Castro Lima gilcali@yahoo.com.br Dezembro de de 17

2 RESUMO 1. INTRODUÇÃO Metodologia e objetivo A estrutura do mercado elétrico brasileiro A geração termonuclear no Brasil AS FONTES ALTERNATIVA E RENOVÁVEIS Fator de capacidade O combustível hídrico para a geração de energia elétrica Área alagada pelas instalações hidrelétricas A fonte eólica para geração de eletricidade A fonte para geração e energia tendo como combustível a biomassa A fonte de geração de energia elétrica a partir de módulos fotovoltaicos PREÇO DE VENDA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Total de energia gerada e preço total anual do MWh gerado CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE AS FONTES ESTUDADAS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS de 17

3 RESUMO Atualmente existe uma ampla discussão a respeito de fontes de geração de energia elétrica, em modo sustentável, envolvendo aspectos tecnológicos, econômicos e socioambientais, na construção e operação destas instalações. Outro fator que também é tema de muito debate, quando são consideradas as usinas termonucleares, é a segurança na operação e manutenção dessas plantas e a disposição dos resíduos. Embora os acidentes não sejam frequentes, recentemente o desastre ocorrido nas usinas japonesas trouxe muitas dúvidas sobre a segurança dessas fontes de energia, que usam combustíveis nucleares. A necessidade de uma matriz energética limpa, segura e sustentável, impulsiona as pesquisas que apontam para um novo e provável período de transição, na direção das fontes de energia que sejam renováveis e ao mesmo tempo sustentáveis. Neste trabalho é estudada a possibilidade de implantação de um modelo integrado, visando a construção de usinas para geração de energia elétrica a partir de combustíveis renováveis. São estudadas as fontes hídricas, eólicas, solar fotovoltaica e a biomassa, como alternativas para fornecer energia elétrica, em substituição às fontes de geração termonucleares, em particular uma das usinas previstas para o Nordeste brasileiro. São analisadas as dificuldades e os possíveis avanços na construção e operação deste modelo alternativo, visando uma comparação com os empreendimentos termonucleares e as tendências para geração de energia elétrica no Brasil. São comparados os preços de venda para a geração de energia elétrica das diversas fontes analisadas. Palavras-Chaves: Energia, Usina, Sustentável, Alternativa e Termonuclear. 3 de 17

4 1. INTRODUÇÃO Embora haja uma preocupação crescente com o desenvolvimento de equipamentos e tecnologias para geração de energia elétrica, de modo a assegurar a independência energética brasileira, nem sempre são verificados esforços para a utilização de combustíveis renováveis, isto é, aqueles originários de fontes naturais que possuem capacidade de regeneração. O crescimento da população brasileira e o desenvolvimento do país, aliados ao incentivo pelo consumo, têm levado ao aumento da demanda por energia elétrica ao longo das últimas décadas. No cenário global, o aumento do consumo de energia representa efeitos indesejáveis, provocados pela grande dependência de combustíveis fósseis. Esta dependência contribui para o aumento da emissão de gases de efeito estufa GEE, o que inclui a produção de eletricidade. O Plano Nacional Energético - PNE 2007 apontou a necessidade da construção de mais quatro usinas à base de combustível nuclear: duas para o Nordeste e duas para o Sudeste. Entretanto, os estudos que já estavam em andamento foram descontinuados (O GLOBO, Jun/2012), o que remete a comunidade científica a apresentar um modelo alternativo, renovável e sustentável. Este modelo deve aproveitar o potencial das localidades com condições geográficas mais favoráveis para atender à demanda de energia não só no Nordeste, como também em termos de Brasil, visto que, com o sistema interligado significa que a energia pode ser transmitida para as áreas onde houver maior demanda. 1.1 Metodologia e objetivo A metodologia aplicada é baseada no levantamento do fator de capacidade médio das fontes alternativas, para geração de energia elétrica no Brasil, através de pesquisas realizadas na literatura científica existente, incluindo experiências internacionais, e cálculos realizados para a confirmação dos índices aplicados. É considerado, também, o preço médio do MWh gerado, por fonte energia, visando apresentar um sistema integrado que seja viável em termos de preço de venda da energia produzida, para a substituição de uma das usinas termonucleares, inicialmente prevista para o Nordeste brasileiro. O sistema é constituído por fontes geradoras a partir de combustíveis hídrico, eólico, solar e biomassa, apoiado nas simulações realizadas no software RETScreem, para a confirmação dos cálculos de geração de energia elétrica e definição de equipamentos para as instalações. As localidades para a implantação dos projetos são definidas de acordo com as condições geográficas mais adequadas para a construção e operação do sistema, em termos climáticos e proximidade dos combustíveis renováveis. O objetivo deste trabalho é demonstrar a viabilidade de manter a geração de energia elétrica, essencialmente renovável, sem a necessidade da instalação de fontes de geração de energia elétrica termonucleares. É apresentado um modelo integrado para a substituição dessas instalações que, como mencionado, tiveram seus estudos descontinuados. São avaliadas as fontes alternativas para a geração de energia elétrica, visando o desenvolvimento sustentável do setor elétrico brasileiro. Esta avaliação considera as alternativas de energia hídrica, biomassa, eólica e solar devido à redução dos impactos ambientais, causados pelas instalações convencionais nas fases de construção e operação. 1.2 A estrutura do mercado elétrico brasileiro A fim de evitar os danos causados pelo aquecimento global, advindos das emissões dos GEE, provenientes do consumo de combustíveis fósseis, o governo brasileiro vem adotando uma política, no segmento elétrico, que tem por objetivo garantir o fornecimento de energia sem as emissões desses gases. De fato, através de projetos renováveis e sustentáveis, é possível atender o consumo de energia elétrica, por exemplo, com a inclusão de fontes alternativas que utilizem combustíveis renováveis. A diversificação da matriz elétrica brasileira proporcionará 4 de 17

5 maior segurança energética, visando a continuidade do fornecimento e a disponibilidade nos locais de demanda, para sustentar o crescimento econômico, necessário para a manutenção de um padrão de vida que faça frente às questões de desigualdades, ainda presentes no Brasil. No segmento de geração de energia elétrica, o Brasil aparece como um país que não acompanhada a intensa utilização de combustíveis fósseis, para geração, porque o principal combustível para geração de eletricidade é o hidráulico. Entretanto, é fundamental consolidar uma política sustentável. A figura 1 apresenta a oferta de energia elétrica no Brasil. 1.3 A geração termonuclear no Brasil Fonte: BEN, 2012 Figura 1 Oferta interna de energia elétrica por fonte A construção das usinas movidas a combustíveis nucleares tem origem na década 1970, no Rio de Janeiro. Foram construídas duas usinas nucleares, Angra I e Angra II e está em andamento a construção de mais uma usina, a Angra III. O projeto nuclear brasileiro, a princípio, se estenderia para o Nordeste, isto porque estudos de planejamento indicavam que a partir da próxima década seria necessário expandir a geração de energia elétrica, preferencialmente por fontes limpas (PNE, 2007); e uma alternativa poderia ser a nuclear. Entretanto, devem ser consideradas as dificuldades em relação ao armazenamento dos rejeitos radioativos e medidas preventivas para possíveis acidentes, naturais ou não. As exigências de segurança têm um custo elevado nos projetos das termonucleares; não é por acaso que a expectativa do barateamento desta tecnologia se inverteu, sendo a única que a cada ano que passa se torna mais cara, contrariando as previsões iniciais. O cenário base considerado neste estudo é uma usina termonuclear que seria instalada no Nordeste com 1000 MW de potência instalada. 2. AS FONTES ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS O termo fonte alternativa de energia não deriva apenas de um meio eficiente, ele é sinônimo de uma energia limpa, pura, não poluente, a princípio inesgotável e que pode ser encontrada em qualquer lugar ou, pelo menos, na maioria dos lugares na natureza. 5 de 17

6 2.1 Fator de Capacidade O fator de capacidade consiste de um número adimensional obtido através da relação entre a demanda média de um sistema e a máxima capacidade de geração instalada no mesmo. Em outras palavras, é a razão entre energia gerada por uma fonte e a energia que ela poderia gerar caso funcionasse todas as horas do ano. Onde: F c = E gerada / P instalada x T F c : Fator de Capacidade E gerada : Energia gerada pela fonte durante o ano [MWh] P instalada : Potência instalada [MW] T: Número de horas do ano [h] Para uma potência instalada em uma fonte de energia, tem-se capacidade para atender uma determinada demanda, isto é, somente uma parte do total da potência instalada pode ser considerada como disponível para geração. Neste trabalho, além do fator de capacidade, é considerada a média de preço pago pelo MWh, gerado em cada uma das fontes renováveis, propostas por este estudo, para definir a potência instalada em cada usina. O fator de capacidade utilizado nas instalações propostas neste trabalho é apresentado na tabela 1. Tabela 1 Fator de capacidade Fonte: Pesquisas e cálculos FATOR DE CAPACIDADE MÉDIO Combustível Fc Nuclear 80 Hídrico 55 Biomassa 80 Eólica 35 Solar fotovoltaica O combustível hídrico para geração de energia elétrica A geração de energia, tendo como combustível a água, é fundamentada no modelo de construção das usinas hidrelétricas de médio porte, a fio d água. O local definido para a instalação das usinas, que compõem o sistema integrado proposto, é entre os estados de Pernambuco e Bahia, aproveitando os recursos hídricos do Rio São Francisco, onde já existem estudos de viabilidade para novos projetos. O modelo das usinas plataformas, planejadas pela Eletrobras para o Norte do país, pode ser uma alternativa para a solução para os conflitos. Considerando que ainda há cerca de 60 por 6 de 17

7 cento do potencial hidrelétrico da bacia do São Francisco a ser aproveitado, pode-se considerar que o combustível necessário para os projetos está disponível e pronto para a geração de energia elétrica. Dos MW de energia potencial, apenas MW estão em operação nas usinas da região (ANA, 2012) Área alagada pelas instalações hidrelétricas Usinas hidrelétricas a fio d água são aquelas que não dispõem de reservatório de água, ou o têm em dimensões menores do que poderiam ter (FARIA D. I, 2011). A redução da área dos reservatórios e consequentemente das áreas atingidas, durante a construção e operação das hidrelétricas, passou a ter grande importância nas pesquisas, em termos de preservação ambiental, no sentido de minimizar as áreas impactadas. O novo modelo de construção para usinas hidrelétricas, inspirado nas plataformas de exploração de petróleo, prevê a recomposição das áreas desmatadas, durante a construção, e a operação em turnos de revezamento, evitando a formação de vilarejos locais. Este novo modelo de construção está sendo chamado de usinas plataformas. Os projetos estabelecem que as áreas dos reservatórios devam ser consideravelmente menores do que as áreas inundadas nos projetos convencionais, o que vai ao encontro de uma política energética sustentável do ponto de vista ambiental. Esta é a razão pela qual este trabalho sugere a utilização deste modelo de construção, para as usinas hidrelétricas, no Norte do país, onde a questão ambiental for conflitante no Nordeste brasileiro. A tabela 2 apresenta as usinas planejadas para a bacia do São Francisco. Tabela 2 Usinas previstas para a bacia do S. Francisco Usina Potência (MW) UF Riacho Seco 290 BA/PE Pedra Branca 300 BA Pão de Açúcar 240 AL O potencial hidrelétrico, as usinas já instaladas e os projetos que estão sendo estudados para a região Nordeste dão suporte para que seja proposta a construção de duas usinas hidrelétricas, com potências instaladas de 596 MW e 178 MW, para a geração de energia limpa e renovável naquela região. A primeira usina pode ser instalada com duas turbinas fabricada pela Voith Siemens com capacidade para gerar MWh/ano e a segunda com uma outra turbina, também fabricada pela Voith Siemens, com capacidade para gerar MWh/ano. A figura 2 ilustra o tipo de turbina a ser utilizada no projeto e as figuras 3 e 4 exibem as telas do SW Retscreen com os cálculos para geração da energia (MWh/ano). 7 de 17

8 Figura 2 - Turbina Francis Fonte: A escolha da turbina depende de vários fatores sendo, o principal deles, a eficiência da própria turbina e a combinação das variáveis: queda d água e vazão do rio, o que vai ao encontro das questões aqui abordadas, em termos de produção de eletricidade na área escolhida, visto que, já há instalações, de mesmo porte, operando no local e ainda há potencial energético disponível. Figura 3 - Tela do Retscreen com características da primeira usina a ser construída Figura 4 - Tela do Retscreen com características da segunda usina a ser construída 2.3 A fonte eólica para geração de eletricidade O Brasil recebe os raios solares quase que perpendicularmente e, por este motivo, as terras são mais aquecidas do que nas regiões polares. Logo, o ar quente que se encontra nas baixas altitudes das regiões tropicais tende a subir, sendo substituído por uma massa de ar mais fria que se desloca das regiões polares. O deslocamento destas massas de ar determina a formação dos ventos no território brasileiro. Além disso, existem localidades privilegiadas para a instalação dos aerogeradores visando a produção de energia elétrica, com fator de capacidade acima da média considerada em termos mundiais. A localidade escolhida para as instalações é o litoral do estado do Ceará, onde os ventos são mais contínuos ao longo do dia. As figuras 5 e 6 apresentam os dados dos aerogeradores para a geração de energia elétrica na região. 8 de 17

9 A proposta para esta fonte de energia é a instalação de dois parques eólicos, cada um deles com potência instalada de aproximadamente 200 MW, utilizando 87 aerogeradores do fabricante Enercon, com capacidade, por unidade, de 2,3 MW. As duas instalações juntas têm capacidade para gerar MWh/ano. A figura 7 apresenta o estudo da velocidade média anual dos ventos naquela região, justificando o fator de capacidade aplicado nos cálculos. É importante ressaltar que já existem projetos semelhantes na região como, por exemplo, os parques eólicos situados na localidade de Galinhos, no estado do Rio Grande do Norte. Figura 5 - Tela do Retscreen com características das duas usinas a serem instaladas Figura 6 - Tela do Retscreen com características das duas usinas a serem instaladas 9 de 17

10 Figura 7 Velocidade média anual na região Nordeste Fonte: CRESESB 2.4 A fonte para geração e energia tendo como combustível a biomassa Por sua posição geográfica, o Brasil recebe intensa radiação solar ao longo do ano, o que é a fonte de energia fundamental para a produção de biomassa. Outro aspecto importante é que o Brasil possui grande quantidade de terra agricultável, com boas características de solo e condições climáticas favoráveis. A energia proveniente da biomassa é fornecida por matérias de origem vegetal, renováveis em intervalos relativamente curtos de tempo. O quadro das biomassas é bastante amplo, entretanto, a biomassa adotada neste trabalho é o bagaço de cana. A tecnologia empregada é a geração elétrica através de turbina a vapor. A figura 8 mostra o esquema de funcionamento de uma turbina a vapor. 10 de 17

11 Figura 8 Esquema de funcionamento de uma turbina a vapor Fonte: Retscreen, 2012 Alguns estados do Nordeste brasileiro apresentam áreas consideráveis que já cultivam a cana de açúcar, sendo potenciais geradores de bagaço de cana para ser utilizado como combustível para a produção de energia elétrica. A produção de cana de açúcar se concentra nas regiões Centro-Sul e Nordeste do Brasil. O mapa da figura 9 mostra, em verde, as áreas onde se concentram as plantações e usinas produtoras de açúcar, segundo dados do CTC - Centro de Tecnologia Canavieira. Figura 9 Áreas de produção de cana de açúcar Fonte: Sordi, R. CTC 2005 A proposta para a geração de energia elétrica, tendo a biomassa cana de açúcar como combustível, é a construção de duas usinas com aproximadamente 140 MW de potência instaladas uma no estado de Alagoas e uma no estado de Pernambuco, que vão gerar MWh/ano. A figura 10 mostra os dados lançados no RETscreen para a construção das usinas. 11 de 17

12 2.5 A fonte de geração de energia elétrica a partir de módulos fotovoltaicos A radiação solar pode ser diretamente convertida em energia elétrica, por meio dos efeitos da radiação (calor e luz) sobre determinados materiais, particularmente os semicondutores. Um sistema fotovoltaico não precisa do brilho do Sol para operar. Ele também gera eletricidade em dias nublados, entretanto, a quantidade de energia gerada depende da densidade das nuvens. Os módulos fotovoltaicos são construídos com células fotovoltaicas, as quais são essencialmente junções pn, equivalentes a diodos semicondutores de silício, com grande área. A incidência de energia luminosa nesta junção causa o aparecimento de cargas elétricas sob a forma de pares elétrons-lacuna e, consequentemente, de uma corrente elétrica. Aproveitar a energia inesgotável (na escala terrestre de tempo) gerada pelo Sol é considerado, de acordo com o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030), uma das alternativas mais promissoras para enfrentar os desafios do novo milênio. Este trabalho adota a tecnologia fotovoltaica como a forma de conversão para gerar eletricidade. Neste projeto foram utilizadas placas fotovoltaicas de silício do fabricante Canadian Solar, modelo Poly-Si-CS6X-295P, com 295 W de potência, em cada um dos painéis, sendo necessários 170 painéis em cada instalação para gerar a energia, prevista no projeto, isto é, duas instalações com aproximadamente 100 MW de potência total instalada, gerando anualmente MWh. As figuras 8 e 9 mostram as características dos painéis utilizados e os cálculos para geração anual de energia. Figura 8 Tela do Retscreen com características do painel fotovoltaico Fonte: Retscreen, de 17

13 Figura 9 Tela do Retscreen com características do painel fotovoltaico e cálculo da geração de energia Fonte: Retscreen, 2012 Ao olhar para o cenário mundial, em termos de produção de energia elétrica, a partir da tecnologia que aplica o painel fotovoltaico, pode-se constatar a viabilidade de projetos desta magnitude quando se verifica que, mesmo em países que recebem radiações solares em menor escala que o Brasil, há instalações com potência da ordem de 80 MW. É o caso da instalação fotovoltaica de Sarnia, no Canadá. A figura 10 apresenta uma fotografia aérea da planta canadense. Figura 7 Visão panorâmica da usina fotovoltaica de Sarni, Canadá Fonte: SMIL V., PREÇO DE VENDA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL A tabela 3 demonstra que os preços do MWh para geração de energia elétrica começam a aparecer competitivos para as fontes alternativas renováveis. No que diz respeito às usinas hidrelétricas esses preços sempre foram os menores que, no entanto, estão sendo superados pela geração eólica. Cabe ainda ressaltar que o preço da geração tende a diminuir ao longo do tempo, devido à disponibilidade do combustível hídrico e eólico, no Brasil, e ao avanço das tecnologias empregadas nas fontes alternativas. No caso do combustível hídrico, solar e eólico estes não estão sujeitos a variações de mercado, isto é, na prática, os combustíveis não tem custo de aquisição, ao passo que os demais combustíveis apresentam variações de preço, inclusive por questões políticas. Os valores da tabela 3 representam os preços médios de geração verificados nos leilões de energia nova do período de 2005 a 2010, com exceção do preço da energia eólica, que é o valor 13 de 17

14 alcançado no leilão de , primeiro leilão do qual participaram as eólicas. O preço de geração das térmicas nucleares é o valor da tarifa estabelecida pela ANEEL para as usinas Angra I e II (MONTALVÃO, DUTRA e ABBUD, 2011). O valor da energia Solar Fotovoltaica está de acordo um estudo apresentado pela EPE ao Ministério de Minas e Energia (MME, 2011). É notório que a geração eólica está se tornando cada vez mais competitiva em termos de R$/MWh. Tabela 3 - Preço para geração de energia elétrica no Brasil (MONTALVÃO, DUTRA e ABBUD, 2011 & EPE, 2012) Fonte R$/MWh Eólica 99,58 Usina Hidrelétrica de Médio Porte 147,46 Termonuclear 145,48 Térmica biomassa 171,44 Solar Fotovoltaica 302, Total de energia gerada e preço total anual do MWh gerado As tabelas 4 e 5, a seguir, demonstram que no curto prazo é possível gerar a mesma quantidade de energia, a partir de combustíveis renováveis, e pagar quase o mesmo valor por esta geração. É importante observar que os equipamentos para as fontes renováveis estão em pleno desenvolvimento com maiores investimentos e incentivos fiscais, o que propicia uma redução no custo destes equipamentos. Por outro lado, no que diz respeito às termonucleares, este fenômeno ocorre de forma oposta quando é considerado o custo destas instalações. Isto é, observa-se um aumento de custo para geração de energia elétrica, a partir de combustíveis nucleares, ao longo dos anos, que deve prevalecer. Tabela 4 Cenário base considerado Prevista NE Combustível TERMONUCLEAR CENÁRIO BASE Pot instalada MW Energia MWh/ano R$/MWh Valor total p/geração (R$/ano) NE1 Nuclear ,00 145, ,00 Tabela 5 Sistema integrado proposto RENOVÁVEIS ESQUEMA PROPOSTO Qtde Combustível Pot instalada Energia R$/MWh Valor total MW MWh/ano p/geração (R$/ano) 2 Hídrico 774, ,00 147, ,72 2 Biomassa 280, ,00 171, ,20 2 Eólica 400, ,00 99, ,12 2 Solar fotovoltaica 100, ,00 302, ,00 TOTAIS 1.554, , ,04 14 de 17

15 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE AS FONTES ESTUDADAS As usinas hidrelétricas possibilitam o controle operacional para as flutuações da demanda e promovem a estabilidade financeira, pois não estão sujeitas às variações de preço dos combustíveis utilizados em outras fontes geradoras de energia elétrica. A capacidade das usinas hidrelétricas de irem do zero à produção máxima, de forma rápida e previsível, torna-as excepcionalmente adequadas para atender às alterações de consumo. Já nas termelétricas é necessário um tempo de espera para o aquecimento das caldeiras e produção de vapor para o movimento das turbinas e dos eixos geradores de energia elétrica. Os primeiros registros da utilização da energia eólica são anteriores à era cristã. Esta energia foi utilizada com vantagens importantes na substituição da força motriz humana ou animal. Nos últimos 15 anos a indústria de aerogeradores se desenvolveu rapidamente, chegando a mais de 5 MW de potência por unidade geradora. Neste trabalho foi desenvolvida uma análise de viabilidade técnica, considerando a velocidade dos ventos, nos locais definidos, para a instalação dos parques eólicos, e financeira em termos de R$/MWh pagos ao empreendedor. Esta análise mostrou o grande potencial competitivo para esta fonte de geração de energia elétrica no Brasil. A maior parte do território brasileiro está localizada relativamente próxima da linha do Equador; particularmente no Nordeste brasileiro não se observa grandes variações na duração solar do dia. Esta região é a que apresenta a maior insolação solar diária, razão pela qual fica favorecida a instalação de plantas para geração de energia a partir do combustível solar, justificando a proposta de construção de duas plantas com o uso de painéis fotovoltaicos. Atualmente o Brasil conta com diversos fabricantes da maior parte dos equipamentos necessários para uma usina que utiliza a biomassa como combustível, que se apresenta com grande potencial de crescimento. A indicação das localidades, no esquema proposto, vai ao encontro deste potencial de crescimento, quando aponta os estados de Pernambuco e Alagoas que mais se adequam para as instalações definidas no sistema integrado para a substituição de uma das duas termonucleares prevista no Nordeste brasileiro. 5. CONCLUSÃO Neste trabalho foi desenvolvido um estudo preliminar técnico e financeiro para a implantação de um sistema integrado, complementar para a matriz energética brasileira, particularmente quanto à geração de eletricidade. Considerou-se, também, que os custos dos equipamentos necessários para geração de energia limpa se tornam cada vez mais competitivos e, consequentemente, propiciam maiores investimentos na produção de energia elétrica a partir de combustíveis renováveis. Por outro lado, há uma tendência mundial contrária à instalação de novas usinas nucleares, motivada pelos riscos que estas instalações oferecem e pela possibilidade de uma escalada no preço do MWh gerado por estas instalações. O trabalho apontou uma solução alternativa para geração de eletricidade no Nordeste brasileiro sem, no entanto, prejudicar a modicidade tarifária almejada para maior competitividade da economia brasileira. Na determinação das potências instaladas, alcançou-se o equilíbrio entre a disponibilidade dos combustíveis renováveis, fator de capacidade e preço do MWh, com o objetivo de gerar a mesma energia com um preço competitivo em relação ao que seria pago, em termos de MWh, ao empreendedor das instalação termonuclear. 15 de 17

16 REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (último acesso 05/05/2012) ATLAS DO POTENCIAL EÓLICO BRASILEIRO (último acesso em 03/12/12) BIBLIOTECA DIGITAL DA CAMARA DOS DEPUTADOS (último acesso 05/05/2012) BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL BEN 2011 CENTRO DE ESTUDOS DA CONSULTORIA DO SENADO, 2010 CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) disponível em: (último acesso em 29/11/12) ELETROBRAS disponível em: - (último acesso em 13/10/12) ELETROBRAS. Um novo conceito em hidrelétricas: Complexo Tapajós. Ministério de Minas e Energia: Disponível em: < - (Último acesso em 15/11/12) ELETROBRAS. SIPOT - Dezembro de Disponível em: < EM_Atuacao_Sipot/mapa.asp (último acesso em 03/11/2012) ELETRONUCLEAR. Disponível em: (último acesso em 27/11/12) EMPRESA DE PESQUISAS ENERGÉTICAS (EPE), Plano Decenal de Expansão de Energia PDE EMPRESA DE PESQUISAS ENERGÉTICAS (EPE), Plano Nacional de Energia FARIA D. I. - O que são usinas hidrelétricas a fio d água e quais os custos inerentes à sua construção? (último acesso em 20/06/12) GARCIA, ETELVINA A Petrobras na Amazônia A Riqueza que vem do Solimões IEA, INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. ENERGY POVERTY: How to make modern energy access universal?: OECD/IEA EMPRESA DE PESQUISAS ENERGÉTICAS (EPE), Balanço Energético Nacional 2011 JORNAL O GLOBO, diponível em: (último acesso em 13/12/12) KAYGUSUZ, K - Energy for sustainable development: A case of developing countries Renewable and Sustainable Energy Reviews de 17

17 MARCO NO DESENVOLVIMENTO DO PAÍS Biblioteca digital da câmara dos deputados (último acesso 17/11/2012) MONTALVÃO E.; FARIA I. D. ; ABBUD O. A. - Ambiente e Energia: Crença e Ciência no Licenciamento Ambiental Parte IV: A Opção de Geração Hidroelétrica no Brasil, Núcleo de e Estudos e pesquisas do Senado, 2011 MONTALVÃO, E. Impacto de Tributos, Encargos e Subsídios Setoriais Sobre a Conta de Luz dos consumidores. Disponível em: EdmundoMontalvao.pdf - atualizado pelo autor (último acesso em 20/12/12) NORTE ENERGIA Porque Belo Monte, disponível em: - (último acesso em ). OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA - ONS (último acesso 31/10/12). PLANO NACIONAL DE ENERGIA PNE (último acesso em 10/12/12) REVISTA SCIENCEMAG Edição de 15 de Agosto de 2010, disponível em RETScreen Clean Energy Project Analysis Software RENABIO - Rede Nacional de Biomassa Para Energia - último acesso 29/11/12 9º Encontro Nacional do Setor Elétrico ENASE 2012 SHI, L. & CHEW M. Y. L. A review on sustainable design of renewable energy systems - Renewable and Sustainable Energy Reviews 2011 SMIL, V. American Scientist, Volume 99: Global Energy: The Latest Infatuations - In energy matters, what goes around, comes around but perhaps should go away de 17

ETENE. Energias Renováveis

ETENE. Energias Renováveis Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste ETENE Fonte: http://www.noticiasagronegocios.com.br/portal/outros/1390-america-latina-reforca-lideranca-mundial-em-energias-renovaveis- 1. Conceito

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