Grupo Portucel Soporcel com resultados líquidos de 16,8 milhões no 1º trimestre
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- Gabriel Henrique Stachinski Pereira
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1 Grupo Portucel Soporcel com resultados líquidos de 16,8 milhões no 1º trimestre - Endividamento reduzido no trimestre em 39 milhões - Melhoria dos resultados financeiros em 1,7 milhões - Vendas de pasta sobem 11% em quantidade e 8% em valor - Vendas de papel descem 3% em quantidade e 6% em valor O Grupo Portucel Soporcel registou no 1º trimestre de 2003 um resultado líquido de 16,8 milhões. Este resultado representa um decréscimo de 22% relativamente ao período homólogo e de 7% relativamente ao 4º trimestre de Esta quebra dos resultados é explicada pelo agravamento da conjuntura económica com reflexo na quebra dos preços médios do papel (- 3%) e da pasta (-2%) neste trimestre em relação ao 1º trimestre de Os resultados operacionais atingiram 39,0 milhões, que comparam com 46,8 milhões registados no ano anterior. Os resultados antes de impostos cifraram-se em 26,3 milhões, menos 20% do que no 1º trimestre de O EBITDA do trimestre situou-se em 75,9 milhões, evidenciando uma redução de 10% face ao EBITDA registado no período homólogo do ano passado e de 3% relativamente ao EBITDA do 4º trimestre de Os resultados financeiros verificados no trimestre de - 12,4 milhões representa uma melhoria de 1,7 milhões face ao 1º trimestre de Esta melhoria decorre da redução do endividamento líquido do Grupo que, neste 1º trimestre de 2003, diminuiu 39 milhões, situando-se no final de Março, em 980 milhões. Neste trimestre, o investimento atingiu um montante de 38,5 milhões. Na Assembleia Geral de 31 de Março de 2003, foram aprovadas as contas do exercício de 2002 e uma proposta de aplicação de resultados que prevê o pagamento de dividendos no total de 24,2 milhões. Vendas totais atingiram 261,5 Milhões As vendas totais consolidadas do Grupo atingiram 261,5 milhões no 1º trimestre do ano, um decréscimo de 3% face ao período homólogo do ano anterior, sendo a contribuição do negócio de papel de 72%, ou seja, de 187,4 milhões. O consumo aparente de papéis finos não revestidos, na Europa Ocidental, evidenciou no primeiro trimestre de 2003 uma quebra homóloga de 5%, situando-se no nível mais baixo dos últimos anos. Numa análise detalhada por famílias de produtos, verifica-se que, enquanto o segmento dos papéis de escritório registou uma ligeira quebra de 2%, 1
2 o dos papéis para a indústria gráfica em folhas caiu 10% e o das bobinas diminuiu aproximadamente 4%. No entanto, os produtores Europeus tentaram amortecer parcialmente esta quebra na procura, colocando fora da Europa Ocidental uma parte mais significativa da sua produção. Este movimento permitiu compensar a venda de produtos transformados em folhas em cerca de 2 pontos percentuais. Assim, as vendas de papéis de escritório estagnaram em relação ao período homólogo do ano anterior e as vendas de papéis para a indústria gráfica em folhas caíram 8%. Neste contexto de mercado, o volume de papel vendido pelo grupo Portucel Soporcel regrediu 3% em relação ao período homólogo de É de referir contudo a manutenção do mix geográfico das vendas em mercados regulares (Europa e EUA), representando mais de 90% do total, e a melhoria significativa do mix de produtos, onde as vendas de papel transformado em folhas aumentaram em mais de 5%, representando agora 80% do papel facturado. No final do primeiro trimestre, na Europa, o preço médio do papel de escritório standard (PIX copy B) baixou cerca de 4% em relação a De igual modo, o preço médio do papel offset standard (PPI Germany) registou uma tendência decrescente em cerca de 5%. No período em análise, o preço de venda do grupo diminuiu em relação ao período homólogo de 2002 cerca de 3 %. Venderam-se 166,2 mil toneladas de pasta, mais 11% face ao ano anterior, o que reflecte o aumento da procura que começou a fazer-se sentir durante este trimestre. Este aumento da procura ficou a dever-se, essencialmente, às reduções de produção de pasta provenientes do Canadá e dos Estados Unidos, em consequência das más condições atmosféricas que determinaram dificuldades de abastecimento de matérias primas às fábricas. Deste modo, os stocks Norscan registaram quedas sucessivas nos três primeiros meses do ano, caindo cerca de 158 mil toneladas, situando-se no final de Março em mil toneladas. Este aumento da procura possibilitou uma subida do preço da pasta nos meses de Fevereiro e Março. No entanto, dado o baixo nível de preços praticados no final de 2002 e em Janeiro, a média de preços no trimestre acabou por apresentar uma quebra de 2% em relação ao período homólogo do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2002, a quebra do preço da pasta foi superior a 4%, devido essencialmente à desvalorização de 7% do dólar face ao euro, o que anulou o efeito do acréscimo de preço verificado em dólares. A produção total de pasta atingiu 310 mil toneladas, mais 1% que no 1º trimestre de 2002, e a produção de papel totalizou 221 mil toneladas, menos 5% relativamente ao período homólogo do ano anterior. 2
3 Perspectivas A conjuntura global macro-económica continua a ser dominada por um clima de incerteza generalizada, quer em termos das possíveis repercussões da guerra no Iraque, quer em termos do momento em que ocorrerá a retoma das economias. Os stocks Norscan situam-se actualmente abaixo das 1,5 milhões de toneladas, limiar teórico de equilíbrio de mercado, havendo uma perspectiva por parte do mercado para uma nova descida dos stocks de pasta no mês de Abril. No que respeita ao papel, as encomendas nos produtores europeus no final de Março situavam-se 7% abaixo do registado em Março de 2002, não havendo no curto prazo expectativas muito optimistas relativamente a um aumento significativo da procura de papel na Europa. Após dois anos consecutivos de decréscimo, sem paralelo na indústria desde 1980, prevê-se no entanto que, nos próximos trimestres, o consumo aparente nos mercados europeus volte a retomar a sua trajectória ascendente e assuma novamente valores positivos no final do ano
4 SÍNTESE DOS PRINCIPAIS INDICADORES (Valores expressos em milhares de, salvo outra indicação) 1º Trim º Trim 2002 Vendas Totais Resultados operacionais Resultados financeiros Resultados antes de impostos Resultados líquidos EBITDA Cash flow Produção total (tons) Pasta Papel Vendas em quantidade (tons) Pasta Papel Variação do preço médio da papel (base 100) Variação do preço médio da pasta (base 100) Endividamento líquido (milhões )
5 PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S A (SOCIEDADE ABERTA) BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE MARÇO DE (un: EURO) Códigos das contas AMORTIZAÇÖES CEE POC A C T I V O ACTIVO E PROVISÖES ACTIVO ACTIVO BRUTO ACUMULADAS LIQUIDO LIQUIDO C Imobilizado: I Imobilizaçöes incorpóreas: Despesas de instalaçäo , , , , Despesas de investigaçäo e de desenvolvimento , , , , Propriedade industrial e outros direitos , , , , Trespasses , , , , /06 Imobilizaçöes em curso , , , Adiantamentos por conta de imobilizaçöes incorpóreas... 0,00 0,00 0, , , , ,38 II Imobilizaçöes corpóreas: Terrenos e recursos naturais , , , , Edifícios e outras construçöes , , , , Equipamento básico , , , , Equipamento de transporte , , , , Ferramentas e utensílios , , , , Equipamento administrativo , , , , Taras e vasilhame , , , , Outras imobilizaçöes corpóreas , , , , /06 Imobilizaçöes em curso , , , Adiantamentos por conta de imobilizaçöes corpóreas , , , , , , ,08 III Investimentos financeiros: Partes de capital em empresas do Grupo , , , /03.0 Empréstimos a empresas do grupo , , , Partes de capital em empresas associadas ,95 0, , , /03.0 Empréstimos a empresas associadas... 0,00 0,00 0,00 0, /04/0 Títulos e outras aplicaçöes financeiras , , , /03.0 Outros empréstimos concedidos , ,00 0, /06 Imobilizaçöes em curso... 0,00 0,00 0, Adiantamentos por conta de investimentos financeiros... 0,00 0,00 0, ,84 0, , ,77 I Existências - Médio e longo prazo: 1 35 Produtos e trabalhos em curso , , , Adiantamentos por conta de compras... 0,00 0,00 0, ,42 0, , ,52 I Existências - curto prazo: 1 36 Matérias-primas,subsidiárias e de consumo ,08 0, , , Produtos e trabalhos em curso , , , Subprodutos,desperdícios,resíduos e refugos , , , Produtos acabados e intermédios , , , , Mercadorias , , ,88 37 Adiantamentos por conta de compras , , , , , , ,38 II Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo: Clientes de cobrança duvidosa... 0,00 0,00 0,00 0, Empresas do grupo... 0,00 0,00 0, Outros devedores... 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 II Dívidas de terceiros - Curto prazo: Clientes, c/c ,54 0, , , Clientes-Títulos a receber... 0,00 0,00 0, Clientes de cobrança duvidosa , , , , Empresas do grupo... 0,00 0,00 0, Empresas participadas e participantes... 0,00 0,00 0, Outros accionistas (sócios)... 0,00 0,00 0, Adiantamentos a fornecedores , , , , Adiantamentos a fornecedores de imobilizado... 0,00 0,00 0, Estado e outros entes públicos , , , /06/07/0 Outros devedores , , , , Subscritores de capital... 0,00 0,00 0, , , , ,14 III Títulos negociáveis: /15.23/1 Outros títulos negociáveis... 0,00 0,00 0, Outras aplicações de tesouraria , , , , , ,00 IV Depósitos bancários e caixa: 12 Depósitos bancários , , ,52 11 Caixa , , ,77 E , , ,29 Acréscimos e diferimentos: Acréscimos de proveitos , , , Custos diferidos , , , ,33 0, , ,41 Total de amortizaçöes ,63 Total de provisöes ,64 Total do activo , , , ,97
6 PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S A (SOCIEDADE ABERTA) BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE MARÇO DE 2003 Códigos das contas (un: EURO) CEE POC P A S S I V O A Capital próprio: I 51 Capital , , Acçöes próprias - Valor nominal , , Acçöes próprias - Descontos e prémios , ,87 53 Prestaçöes suplementares... 0,00 0,00 Diferenças de Consolidação... 0,00 0,00 55 Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas , ,93 56 Reservas de reavaliaçäo , ,60 IV Reservas : 1/ Reservas legais , , Reservas estatutárias , , Reservas contratuais... 0, a Outras reservas , ,49 V 59 Resultados transitados , ,51 Subtotal , ,95 VI 88 Resultado liquido do exercicio , ,93 89 Dividendos antecipados... 0,00 0, , ,88 Interesses minoritários , ,82 B Passivo: Provisöes para riscos e encargos: 0,00 0, /08 Para pensões... 0,00 0,00 Para riscos e encargos , , , ,99 C Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo: Dívidas a instituiçöes de crédito , ,41 1 Empréstimos por obrigaçöes Näo convertíveis... 0,00 0, Fornecedores de imobilizado, c/c , , Outros credores ,30 0, , ,74 Dívidas a terceiros - Curto prazo: 1 Empréstimos por obrigaçöes: Convertíveis... 0,00 0, Näo convertíveis... 0,00 0, Dívidas a instituiçöes de crédito , , Adiantamentos por conta de vendas , , Fornecedores c/c , , Fornecedores-Facturas em recepçäo e conferência , , Fornecedores - Títulos a pagar... 0,00 0, Fornecedores de imobilizado - Títulos a pagar... 0,00 0, Empresas do grupo , , Empresas participadas e participantes... 0,00 0, Outros accionistas (sócios) , , Adiantamentos de clientes... 0,00 0, Outros empréstimos obtidos ,67 0, Fornecedores de imobilizado, c/c , , Estado e outros entes públicos , , /03/04/0 Outros credores , ,88 /07/08/ , ,75 D Acréscimos e diferimentos: Acréscimos de custos , , Proveitos diferidos , , , ,80 Total do passivo , ,27 Total do capital próprio e do passivo , ,97
7 PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S A (SOCIEDADE ABERTA) DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS 31 DE MARÇO DE 2003 CÓDIGOS DAS CONTAS CEE POC A CUSTOS E PERDAS 2.a) 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas: -Mercadorias... 0,00 0,00 -Matérias , , , ,69 2.b) 62 Fornecimentos e serviços externos: , ,59 3 Custos com o pessoal: 3.a) 64.01/02 -Remuneraçöes , ,53 3.b) -Encargos sociais: 64.03/04 -Pensöes , , /08 -Outros , , , ,93 4.a) 66 Amortizaçöes do imobilizado corpóreo e incorpóreo , ,84 4.b) 67 Provisöes... 0, ,04 0, , Impostos , , Outros custos e perdas operacionais , , , ,97 (A) , , Perdas em empresas do grupo e associadas ,44 0, /04 Amortizaçöes e provisöes de aplicaçöes e investimentos financeiros... 0,00 0, /05/06 Juros e custos similares: /07/08 -Relativos a empresas do grupo , ,05 -Outros , , , ,29 (C) , , Custos e perdas extraordinários , ,48 (E) , , Imposto sobre o rendimento do exercício , ,41 (G) , , Resultado líquido do exercício -Do Grupo , ,93 -Minoritários , , , , , ,13 B PROVEITOS E GANHOS 1 71 Vendas: -Mercadorias... 0,00 0,00 -Produtos , , Prestaçöes de serviços , , , ,00 2 Variaçäo da produçäo , , Trabalhos para a própria empresa , , Proveitos suplementares , , Subsídios à exploraçäo ,13 772, Outros proveitos e ganhos operacionais , , , ,24 (B) , , Ganhos em empresas do grupo e associadas... 0,00 0, Rendimentos de participaçöes de capital... 0,00 0, /01.05 Rendimentos títulos negociáveis e /01.06/03 de outras aplicaçöes financeiras: -Relativos a empresas do grupo... 0,00 0,00 -Outros , , /01.03 Outros juros e proveitos similares: /01.04/01.08/ /05/06/07/08 -Relativos a empresas do grupo , ,15 -Outros , , , ,51 (D) , , Proveitos e ganhos extraordinários , ,68 (F) , ,13 Resumo: Resultados operacionais: (B)-(A)= , ,95 Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)= , ,78 Resultados correntes: (D)-(C)= , ,17 Resultados antes de impostos: (F)-(E)= , ,37 Resultado consolidado com os interesses minoritários do exercício: (F)-(G)= , ,96 Resultado consolidado após os interesses minoritários do exercício: , ,93
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