Dicotomia F2F/EaD Ensino Presencial vs. Ensino a Distância

Transcrição

1 F/EaD António Moreira Teixeira EUROPEANDISTANCE ANDE-LEARNINGNETWORK (UK) INTERNATIONAL BOARD OF STANDARDS FOR TRAINING, PERFORMANCE AND INSTRUCTION (USA) UNIVERSIDADE ABERTA (PT)

2 A MAIOR REDE EUROPEIA DE INSTITUIÇÕES, ACADÉMICOS E PROFISSIONAIS DE EAD E ELEARNIG UM CRUZAMENTO DE MÚLTIPLAS IDEIAS E EXPERIÊNCIAS OS CURADORES DE UM EXTRAORDINÁRIO LEGADO 2

3 F2F/EaD Relação de oposição ou complementaridade? Qualquer instituição pode oferecer EaD? O que a capacita para tal? A implementação de práticas de EaD implica uma transformação da cultura organizacional ou apenas a aquisição de algumas competências e recursos específicos? Qual o papel das instituições especializadas? É necessária ou desejável haver regulamentação específica? Qual a relação entre EaD e Educação Aberta? 3

4 As Instituições de Ensino Superior no futuro serão mais abertas, mais transparentes e mais flexíveis, melhor adaptadas a um cenário em constante mudança EPFL Rolex Learning Center 4

5 Totalmente digitais e online ou só em parte? Coexistirão variantes diferentes? Casa da Música, Porto 5

6 Universidades 1.0 Paradigma: Cultivar o Conhecimento 6

7 Universidades 2.0 Paradigma: Criar Conhecimento 7

8 Universidades 3.0 Paradigma: Certificar o Conhecimento 8

9 O Espaço Europeu de Ensino Superior Novos Desafios para as Instituições de Ensino Superior 1. As IES deverão constituir nós na rede global de produção, reprodução e preservação do Conhecimento e não mais um centro de produção e transmissão do mesmo. Elas deverão reciclar mais do que gerar. 2. As IES deverão constituir uma learning-shop proporcionando oportunidades de acesso à certificação de learning outcomes e competências adquiridas e não já uma teaching factory produtora de graduações. 3. As IES deverão desenvolver e oferecer soluções de aprendizagem diferenciadas para as diversas necessidades de qualificação (estruturadas curricularmente ou não, formais ou não formais). 4. As IES deverão especializar a suas respetivas missões e oferta. 9

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12 O Papel da Abertura na Educação: Uma reconstrução histórica (Peter & Deimann, 2013) 12

13 As IES deverão focar a sua atenção estratégica no impacto da Abertura Digital e da Escalabilidade 13

14 mas também na mudança dos processos educativos de um centramento no Conteúdo para o Contexto Esquema de Cristobal Cobo (EDEN RW8, Oxford, Outubro de 2014) 14

15 A Abertura da Educação REA/PEA e MOOC estão a conduzir a mudança Desenvolvimento e impacto social da educação online Abertura Digital (REA/PEA) Serviços de aprendizagem abertos e MOOC Paisagem em rápida transformação com o surgimento de muitos novos atores e desafios complexos no campo da EAD Esforços articulados para assegurar a continuidade do legado comum Europeu (experiência e fundamentos teóricos) Globalização da investigação e da prática com a consequente interdependência regional Escalabilidade da prática e um mais amplo impacto das novas formas de distribuição 15

16 Dicotomia F2F/EaD O grande sucesso conhecido pela oferta de MOOC nos EUA, Europa e em outas regiões fornece-nos um claro indicador sobre o que podemos esperar no futuro A abertura do Ensino Superior e a multiplicação das oportunidades de aprendizagem online tornou-se uma prioridade política para os governos europeus Este fenómeno está mais relacionado com a globalização dos sistemas de Ensino Superior do que com objetivos de inclusão social 23/06/2015 António Teixeira (EDEN, IBSTPI, UAb) 16

17 Os Três «Is» da História da Educação Aberta Inclusão (social) Inovação Internacionalização 17

18 Para que Servem os MOOC? Internacionalização/globalização da oferta educativa superior (virtual) (marketing institucional + oferta educativa não formal de baixo custo) Suporte à mobilidade académica (virtual) (desconcentração/unblunding da oferta educativa formal) Disseminação de Inovação (virtual) (transferência de conhecimento de elevado impacto de investigação avançada + experimentação e implantação de práticas pedagógicas inovadoras) Apoio à formação universitária em campus (blended) (extensão tecnológica do espaço de aprendizagem tradicional / experiência MIT) Políticas públicas de formação acelerada de populações carenciadas (virtual ou blended) (investimento público estratégico) Reconversão profissional (virtual ou blended) (formação acelerada de natureza corporativa ) 18

19 Allen, I.E. and Seaman. J. (2015). Grade Change: Tracking Online Education in the United States. Babson Survey Research Group and Quahog Research Group. Gaebel, M., Kupriyanova, V., Morais, R. & Colucci, E. (2014). E-learning in European Higher Education Institutions: Results of a mapping survey conducted in October- December Jansen, D. & Schuwer, R. (2015). Institutional MOOC strategies in Europe Status report based on a mapping survey conducted in October - December EADTU HOME project tegies_in_europe.pdf 19

20 Principais Resultados do Estudo HOME sobre os MOOC As IES europeias estão mais envolvidas dos que as americanas. O número de IES europeias envolvidas com MOOC está a crescer. Os MOOC são percebidos na Europa como uma oferta de cursos sustentável. Na Europa, as IES estão a desenvolver crescentemente uma atitude positiva em relação à educação aberta e têm experiências positivas sobre o seu valor acrescentado. O objetivo institucional dominante em todos os estudos é o de aumentar a visibilidade da IES utilizando os MOOC por motivos reputacionais. Nos EUA, os MOOC são percebidos pelas instituições como sendo basicamente úteis para recrutar estudantes, enquanto na Europa o objetivo é o de atingir novos tipos de estudantes e criar oportunidades de aprendizagem flexível. 20

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22 Para um Modelo de Organização Desagregado (unbundled) das IES Como podem as Universidades responder ao desafio cultural da abertura? Com base em Hagel e Brown (2005), Wiley (2009) sugere que as universidades para que tenham êxito terão de depender de estratégias de especialização dinâmica, comprometendo-se a racionalizar os recursos e atividades que já não os diferenciem e concentrar-se em acelerar o crescimento naquilo que realmente as distingue na sociedade. 22

23 Para um Modelo de Organização Desagregado (unbundled) das IES Wiley identifica cinco áreas críticas de funcionamento na organização das IES, as quais poderão ser desagregadas: Promoção do acesso ao conteúdo estruturado, Tutoria e serviços de apoio à aprendizagem, Curadoria e fornecimento de acesso a materiais de investigação, Pólo de atividade sociocultural, Avaliação das aprendizagens e oferta de graus. Wiley prevê que as IES se deverão focar em desenvolver verdadeira expertise internacional em duas ou três destas áreas e faça outsourcing das restantes. 23

24 Tipologia Revista para a Atividade de Ensino Superior Pública (baseada no modelo de Wiley) Áreas funcionais Promoção da criação de conhecimento, assegurando a produção de materiais de investigação de acesso aberto a todos Fornecimento de conteúdo científico estrurado no formato de cursos, assegurando a sua acessibilidade para todos, bem como o potencial reuso (adaptação, reedição) futuro Assegurar a tutoria dos estudantes e outros serviços de apoio à aprendizagem Assegurar a avaliação das aprendizagens, a certificação dos learning outcomes e a oferta de graus Assegurar a preservação co cnhecimento coletivo e o legado científico por meio do estabelecimento de repositórios sustentáveis abertos à coumunidade Atuar como promotor do desenvolvimento social, económico e cultural da comunidade 24

25 Fatores Críticos de Sucesso Escala/Escalabilidade dos processos; Abordagem Estratégica Integrada e consequente preparação das culturas organizacionais/académicas; Sustentabilidade da aprendizagem no processo de criação, disseminação, preservação e reutilização em rede do conhecimento; Regulação da oferta educativa online com base em padrões de qualidade partilhados e fundados na investigação e boas práticas internacionais; Desenvolvimento de uma ética global para a oferta justa e equilibrada de soluções educativas transfronteiriças. 25

26 Muito Obrigado! 26