UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Fernanda Zucki PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES, PROFISSIONAIS E COORDENADORES DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Fernanda Zucki PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES, PROFISSIONAIS E COORDENADORES DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O RUÍDO EM SUA PROFISSÃO. Curitiba 2005

2 Fernanda Zucki PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES, PROFISSIONAIS E COORDENADORES DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O RUÍDO EM SUA PROFISSÃO. Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Distúrbios da Comunicação, Programa de Estudos Pós- Graduados em Distúrbios da Comunicação, Universidade Tuiuti do Paraná. Orientadora: Profª Dr a. Thaís Catalani Morata. Curitiba ii

3 TERMO DE APROVAÇÃO Fernanda Zucki Esta dissertação foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Mestre em Distúrbios da Comunicação no Programa de Estudos Pós-Graduados da Universidade Tuiuti do Paraná - (UTP). Curitiba, Dr a Bianca Simone Zeigelboim Mestrado em Distúrbios da Comunicação / Programa de Estudos Pós-Graduados. Universidade Tuiuti do Paraná UTP. Orientadora: Profª Dr a Thais Catalani Morata. Universidade Tuiuti do Paraná UTP / Departamento de Estudos Pós-Graduados em Distúrbio da Comunicação. Prof. Dr. Prof. Dr. Prof. Dr. iii

4 AGRADECIMENTOS Meus sinceros agradecimentos a: Professora PhD Thais Catalani Morata, minha extraordinária orientadora, por seu constante acolhimento, presença, entusiasmo, simplicidade e profissionalismo. A você, minha eterna admiração. Omar e Verônica Zucki, meus abençoados pais, por serem minha luz, meu refúgio, minha fortaleza. A vocês, meu amor incondicional. Fabio Zucki, meu querido irmão, amigo e personal trainer. Sua vivência, quando estudante e agora profissional de Educação Física, me encantou e inspirou durante todo o processo de construção deste trabalho. A você, minha gratidão. Meus amigos e familiares que estiveram ao meu lado e, compreenderam e dividiram comigo meus momentos de entusiasmo e cansaço. A vocês, meu carinho. Coordenação, professores e colaboradores do Mestrado em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná. A vocês, meu profundo respeito. Estudantes, profissionais e coordenadores de graduação em Educação Física que participaram desta pesquisa. A vocês, meu obrigado. Todos que, neste momento, dividem comigo o orgulho e a felicidade pela conclusão desta etapa. A vocês, minha conquista! iv

5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA RUÍDO EFEITOS DO RUÍDO AO HOMEM Mudança Temporária do Limiar Auditivo Trauma Acústico Perda Auditiva Induzida por Ruído PAIR EFEITOS NÃO-AUDITIVOS DO RUÍDO AO HOMEM RUÍDO E LAZER EDUCAÇÃO FÍSICA E AS IMPLICAÇÕES DO RUÍDO METODOLOGIA CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DO ESTUDO INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS Entrevista RESULTADOS RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO REALIZADO COM ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA Ruído na profissão de Educação Física e suas implicações a saúde auditiva e a relação estabelecida entre estes aspectos e sua profissão Ruído na profissão de Educação Física e suas implicações a saúde vocal e a relação estabelecida entre estes aspectos e sua profissão Conteúdos sobre ruído durante o curso de graduação em Educação Física...65 v

6 4.2. RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO REALIZADO COM COORDENAODRES DE CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FISICA DISCUSSÃO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS...89 REFERÊNCIAS APÊNDICES...98 ANEXOS vi

7 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - RUÍDO E SEUS VALORES MÉDIOS DE INTENSIDADE EM db(a) TABELA 2 - CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES DO ESTUDO. TABELA 3 - PROBLEMAS DE SAÚDE RELACIONADOS À ATIVIDADE OCUPACIONAL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA MAIS CITADOS, DE ACORDO COM AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 4 - ATIVIDADES OCUPACIONAIS COM MAIOR PROPENSÃO DE DESENVOLVER PROBLEMAS DE SAÚDE NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL, DE ACORDO COM AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 5 - PROBLEMAS DE SAÚDE QUE DEVERIAM SER RECONHECIDOS LEGALMENTE COMO INERENTES À ATIVIDADE OCUPACIONAL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. TABELA 6 - LOCAL DE TRABALHO DO ESTUDANTE OU PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, DE ACORDO COM AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 7 - ATIVIDADE OU MODALIDADE ESPORTIVA DESENVOLVIDA PELO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUE APRESENTA MAIOR NÍVEL DE RUÍDO, DE ACORDO COM AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 8 - FONTES GERADORAS DE RUÍDO NO AMBIENTE DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, SEGUNDO AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 9 - MECANISMOS DE REDUÇÃO E/OU CONTROLE DAS FONTES GERADORAS DE RUÍDO NO AMBIENTE DE TRABALHO, DE ACORDO COM AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 10 - SINAIS E/OU QUEIXAS PROVOCADOS PELO RUÍDO, DE ACORDO COM AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 11 - RELAÇÃO DE POSSÍVEIS DOENÇAS QUE ACOMETERAM E/OU ACOMETEM AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 12 - CONSUMO MÉDIO DE BEBIDA ALCOÓLICA DE ACORDO COM AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 13 - ATIVIDADES DE LAZER MAIS REALIZADAS, SEGUNDO AS AMOSTRAS PESQUISADAS. vii

8 TABELA 14 - TEMPO MÉDIO DE USO DA VOZ DURANTE UMA JORNADA DIÁRIA DE TRABALHO, SEGUNDO AS AMOSTRAS PESQUISADAS. TABELA 15 - POSSÍVEIS ALTERAÇÕES VOCAIS SENTIDAS PELOS PESQUISADOS AO FINAL DE UM DIA DE TRABALHO. TABELA 16 - HÁBITOS APRESENTADOS PELOS PESQUISADOS, DURANTE A JORNADA DE TRABALHO. viii

9 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 - SENSAÇÃO DE INTENSIDADE DO RUÍDO NO AMBIENTE DE TRABALHO, SEGUNDO AS AMOSTRAS PESQUISADAS. GRÁFICO 2 - ATRIBUIÇÃO DE CONCEITO DE NORMALIDADE, OU ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DA PRÓPRIA VOZ, DE ACORDO COM OS INTEGRANTES DA PESQUISA. GRÁFICO 3 - FREQÜÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA COM ELEVADOS NÍVEIS DE RUÍDO, DE ACORDO COM A AMOSTRA PESQUISADA. GRÁFICO 4 - FORNECIMENTO AOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE EQUIPAMENTOS DE AMPLIFICAÇÃO VOCAL, POR SEUS LOCAIS DE TRABALHO, SEGUNDO A AMOSTRA PESQUISADA. GRÁFICO 5 - ADOÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS PELOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUANDO INFORMADOS A RESPEITO DE PREJUÍZOS AUDITIVOS E VOCAIS, DE ACORDO COM OS PESQUISADOS. ix

10 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - LIMITES DE TOLERÂNCIA DE EXPOSIÇÃO A RUÍDO OCUPACIONAL, DE ACORDO COM A NR 15 (PORTARIA DE 08/07/1978) x

11 LISTA DE ABREVIATURAS db - Decibel. ISO - International Standard Organization. MTL - Mudança temporária do limiar auditivo. TTS - Temporary Threshold Shift. Hz - Hertz. PAIR - Perda Auditiva Induzida pelo Ruído. NR Norma Regulamentadora. NPS- Nível de Pressão Sonora. NIOSH- National Institute for Occupational Safety and Health. EPI- Equipamento de Proteção Individual. PPPA- Programa de Prevenção de Perdas Auditivas. xi

12 RESUMO Este trabalho teve como objetivo verificar a percepção de estudantes, profissionais e coordenadores de graduação de Educação Física sobre o ruído em sua profissão. A população do presente estudo foi constituída de 30 estudantes, 30 profissionais e 5 coordenadores de cursos de graduação em Educação Física de universidades de Santa Catarina. Foram elaborados dois questionários, o primeiro, dirigido a estudantes e profissionais de Educação Física que explorou questões referentes a ruído, suas implicações na saúde auditiva e vocal, a relação estabelecida entre estes aspectos e sua profissão e fornecimento destes conteúdos pelo curso de graduação. O segundo, aos coordenadores de graduação, buscou evidenciar a visão destes sobre o estudante e profissional de Educação Física, as condições ocupacionais atuais destes e o fornecimento de conteúdos pelo curso de graduação, que relacionem o ruído à Educação Física. Os resultados da pesquisa demonstraram que o ruído, no local de trabalho, foi considerado moderado por 60% dos estudantes e alto por 60% dos profissionais. A aula de ginástica em academia foi apontada por 26,6% dos pesquisados como a atividade mais ruidosa de sua profissão, seguida pela aula de educação física escolar, com 18,3%. Foram apontadas como medidas de controle do ruído, a redução da música utilizada nas aulas (25,0%) e tratamento acústico dos ambientes de trabalho (20,0%). A queixa de zumbido foi registrada em 28,3% das amostras de estudantes e profissionais, a irritação em 51,6% e o desconforto em 43,3% das mesmas. A qualidade vocal foi considerada alterada por 13,3% dos estudantes e por 46,7% dos profissionais. Já a audição foi considerada alterada por 16,7% dos estudantes e por 26,7% dos profissionais. Exercícios ou técnicas de aquecimento e/ou desaquecimento vocal são conhecidos por 16,6% dos estudantes, sendo entretanto utilizados por apenas 3,3%. Entre os profissionais 20% afirmaram conhecer estes exercícios ou técnicas, porém, somente 10% os utilizam em sua atividade ocupacional. Para 60% dos coordenadores, raramente, os profissionais da área incorporam mecanismos preventivos, mesmo após receberem informações para tal. De acordo com 73,3% dos estudantes e 82,5% dos profissionais não lhes foram oferecidos, pelo curso de graduação, conteúdos acerca do ruído e suas implicações à saúde auditiva e vocal. Entre os coordenadores, 60% afirmaram que não são fornecidos pelos cursos estes tipos de conteúdo, entretanto 80% dos mesmos consideraram muito importante a transmissão destes conhecimentos. Esta pesquisa permitiu demonstrar a relação que estudantes e profissionais de Educação Física estabelecem com o ruído, as queixas decorrentes da exposição a este agente, a não adoção de medidas preventivas, tanto pelos locais de trabalho, quanto pelos profissionais, além da inexistência nos cursos de graduação de conteúdos que contemplem o ruído, sua problemática e inserção na Educação Física. xii

13 ABSTRACT The main goal of this study was to determine the perceptions of college physical education students, physical education professionals and undergraduate physical education program coordinators regarding noise in their profession. The study population was composed of 30 students, 30 professionals, and 5 undergraduate program coordinators in Physical Education from universities in Santa Catarina, Brazil. Two questionnaires were developed. The first was geared towards students and Physical Education professionals, and included questions regarding noise exposure, its effects on the vocal and auditory health, the interaction between these issues and their professional practice and the coverage of these topics in their undergraduate courses. The second questionnaire was geared towards undergraduate program coordinators and gathered information about the occupational conditions of student and professionals of Physical Education, and noise and health contents in the Physical Education undergraduate curriculum. The results of the research showed that noise exposure at work was considered moderate by 60% of the students and loud by 60% of the professionals. Twenty six percent of the students and professionals indicated that the gymnastic class in fitness academies was the noisiest activity in their profession, followed by the Physical Education class in schools, with 18,3%. The most frequently suggested noise control measures were lowering of the music volume during classes (25,0%) and the acoustic treatment at work places (20,0%). Among students and professionals, 28,3% complained of tinnitus, 51,6% complained of annoyance, and 43,3% complained of discomfort. Altered vocal quality was reported by 13,3% of the students and by 46,7% of the professionals. Sixteen percent of the students and 26,7% of the professionals complained of hearing difficulties. Although 16,7% of students were aware of vocal exercises only 3,3% used them. Amongst professionals, 20% reported to know these exercises or techniques, however only 10% use them in their work. Sixty percent of the undergraduate program coordinators reported that professionals in this area rarely make use of preventive exercises, even after receiving information about it. According to 73,3% of the students and 82,5% of the professionals, undergraduate courses did not offer instruction about noise and its implications for the auditory and vocal health. Amongst the coordinators, 60% reported that this kind of content is not provided by the courses; however 80% of them considered it extremely important to teach this knowledge. This study demonstrated the perceptions that students and professionals of Physical Education have regarding noise, their associated health complaints, and the lack of knowledge or use of preventive measures. Moreover, it indicated there is a lack of information on the issue of noise in Physical Education undergraduate programs although the need for this information is recognized. xiii

14 1. INTRODUÇÃO A Fonoaudiologia tem seu reconhecimento e consolidação assegurada pelos atos concretos dos profissionais que a exercem. De amplitude indiscutível, esta Ciência teve delimitado como objeto de trabalho a voz, a audição, a comunicação oral e a escrita, seja em caráter de promoção da saúde, prevenção, diagnóstico, reabilitação ou pesquisa. Seu foco, entretanto, tem sido ininterruptamente ampliado se levarmos em conta a estreita relação estabelecida entre a Fonoaudiologia, o meio e suas transformações. O ruído pode ser considerado um exemplo deste novo direcionamento do olhar do fonoaudiólogo, já que sua influência sobre o meio ambiente e a qualidade de vida dos seres humanos tem sido alvo de constantes pesquisas nas mais diversas partes do mundo (ZANNIN et al., 2002). De acordo com Coelho, Valadas & Guedes (1996) a exposição das populações ao ruído ambiental, de modo especial nas zonas urbanas, tem demandado uma atenção crescente por parte da comunidade internacional. A este fato atribui-se a constante análise da influência do ruído industrial na qualidade do ambiente exterior, onde as pessoas circulam e permanecem. Os tempos modernos e o ruído já não podem ser dissociados. Seja em atividades ocupacionais, ou de lazer, crianças, jovens e adultos se vêem cercados por

15 este agente físico que, de acordo com sua intensidade e duração, inúmeros danos pode causar à saúde e ao aparelho auditivo humano (FERREIRA JR, 1998). Os prejuízos auditivos ocasionados pelo ruído podem ser classificados como: trauma acústico, mudança temporária do limiar e perda auditiva induzida por ruído (MORATA & CARNICELLI, 1988; JERGER & JERGER, 1989; RUSSO, 1993). Já os efeitos não-auditivos, de acordo com Nudelmann et al (1997), são caracterizados por transtorno de comunicação, alterações do sono, isolamento social, déficit de atenção, transtornos neurológicos, vestibulares, digestivos e até mesmo comportamentais. Os elevados níveis de pressão sonora, segundo Costa, Morata & Kitamura (2003), encontram-se, a cada dia, mais intimamente relacionados às atividades de lazer no Brasil. Seja a música amplificada em discotecas, shows musicais, trios elétricos, seja em esportes motorizados ou de tiro, o ruído tem sido um nocivo parceiro do lazer. Para Fiorini (1997) os atuais níveis do ruído ocupacional, urbano e das atividades de lazer (academias de ginástica, de tiro, brinquedos, discotecas, fliperamas) indicam a necessidade da criação de programas de educação ambiental que visem à prevenção dos diversos danos ocasionados pelo ruído em nosso país. Estes programas se consolidariam com base nas ações conjuntas de órgãos públicos, sindicatos, organizações não governamentais e população em geral. Axelsson (1991) afirma que os efeitos do ruído na indústria podem ser mais bem controlados à medida que se disponibilizam aos trabalhadores mecanismos de proteção auditiva. Entretanto, não se observa até o momento um futuro semelhante na área das atividades de lazer, sendo ainda escassa a literatura que relacione a prática de atividade física aos elevados níveis de pressão sonora. 15

16 Lacerda, Fiorini & Morata (2001) alertam que determinadas atividades de lazer, ou de condicionamento físico podem gerar níveis de pressão sonora em intensidade suficiente para causar danos auditivos. Lacerda (1999) expôs em seu estudo que, no ano de 1998, as reclamações acerca da poluição sonora das academias de ginástica cresceram aproximadamente 150%, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro, tendo sido encontrado em algumas academias um nível de ruído que variou de 79,5 db(a) a 84,1 db(a). A autora ressalta ainda que a poluição sonora foi líder em reclamações nesta Secretaria, ficando à frente da poluição atmosférica, hídrica e da ocupação irregular. Todos os dias milhares de pessoas se expõem aos riscos do ruído, ao se divertirem por algumas horas em discotecas, estádios esportivos, academias de ginástica, shows musicais. No mesmo instante, outras milhares trabalham nestes ambientes, expondo-se de forma regular, por um número significativamente maior de horas, estando assim sob risco eminente de serem acometidas por algum efeito ocasionado pelo ruído. No centro da relação estabelecida entre ruído e as atividades físicas, ou de lazer, encontra-se o profissional de Educação Física, que apresenta como essência de sua atividade, a busca pela promoção e preservação da saúde, bem como a conquista de uma efetiva qualidade de vida. Pouco se sabe sobre o conhecimento que estes profissionais possuem acerca do ruído, seus malefícios e mecanismos de prevenção. O que se percebe é que o conceito de saúde seja ele auditivo, ou vocal, não possui o devido destaque neste meio. Uma possível alternativa para esta questão seria os cursos de graduação, ou pós-graduação 16

17 promoverem uma releitura de seus conteúdos programáticos, proporcionando ao aluno um conhecimento profissional mais amplo, prezando não só por seu desempenho acadêmico, ou profissional, mas também por seu bem-estar físico e mental. PROBLEMA É cada vez mais freqüente a inserção de elevados níveis de pressão sonora nas atividades físicas e de lazer. Neste contexto, encontra-se o profissional de Educação Física que, no exercício de sua atividade ocupacional, pode ser considerado um alvo em potencial dos malefícios causados pela exposição ao ruído. A reflexão sobre esta relação faz surgir alguns questionamentos apresentados a seguir: - O profissional de Educação Física possui conhecimentos a respeito do ruído e suas possíveis implicações com a saúde? - São utilizadas por estes profissionais medidas de proteção frente a este agente físico? - Os cursos de Educação Física, durante a graduação, fornecem aos estudantes conteúdos acerca do ruído e suas possíveis implicações? 17

18 OBJETIVO O presente estudo tem como objetivo verificar a percepção de estudantes, profissionais e coordenadores de graduação em Educação Física de Santa Catarina, sobre o ruído em sua profissão. Objetivos específicos - Pesquisar as queixas auditivas, não-auditivas e vocais de estudantes e profissionais de Educação Física; - Verificar o nível de conhecimento de estudantes e profissionais de Educação Física, adquirido em sua graduação, acerca do ruído e os possíveis problemas decorrentes da exposição a este agente. - Conhecer a visão de coordenadores de graduação em Educação Física sobre o estudante e o profissional da área, bem como o papel do curso de graduação na instrução frente ao ruído e suas implicações com a saúde. 18

19 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 RUÍDO Inúmeros são os autores que apresentam definições acerca do ruído e variados são os enfoques dados por cada um deles a respeito deste tema. Considerando as peculiaridades deste agente físico, Chawdick (1973), caracterizou o ruído como um fenômeno acústico, cujo som apresenta aspectos dissonantes, discordantes, ou anárquicos. Citada por Russo (1997) a International Standard Organization - ISO 2204/1973, apresenta a seguinte classificação para o ruído, de acordo com a variação de seu nível de intensidade e o tempo: - Contínuo: variação desprezível do nível de pressão sonora, entre mais ou menos 3 db(a), - Intermitente: variação apreciável de nível de pressão sonora superior a mais ou menos 3 db(a), - De impacto: picos de energia acústica de duração inferior a um segundo e intervalos superiores a um segundo. Utiliza-se o termo ruído, ainda, para descrever um sinal acústico aperiódico, originado pela superposição de inúmeros movimentos vibratórios de diferentes freqüências, não apresentando, entre si, nenhuma relação (RUSSO, 1997). Costa & Kitamura (1995) apresentam a definição mais global de ruído, considerando-o um som inútil, indesejável, desagradável e/ou prejudicial às atividades humanas, bem como à saúde. 19

20 A atitude do indivíduo, diante do ruído, associado às características de amplitude, freqüência e duração deste som, influencia o efeito que o mesmo provoca no organismo, fato que reforça o antagonismo existente entre os conceitos de som e ruído (GERGES, 1992). De acordo com Morata (1986), o ruído promove uma sensação auditiva subjetiva desagradável e perturbadora, especialmente quando este agente físico ocorre de modo intenso e inesperado. O caráter subjetivo do ruído, abordado pelos autores anteriormente citados, também foi foco de pesquisa de muitos outros autores, entre eles, Russo (1993) e Santos & Matos (1994). A subjetividade do ruído pode ser exemplificada, utilizando o conceito de música. Enquanto que para um jovem a música de uma banda de rock é sinônimo de prazer, para outro, o mesmo som pode ser considerado como ruído (SAMELLI & SCHOCHAT, 2000; VANSIN & FERREIRA, 2002). 2.2 EFEITOS AUDITIVOS DO RUÍDO AO HOMEM O ruído é capaz de comprometer a saúde e integridade do homem, tanto física, quanto psiquicamente. A intensidade, duração e padrão de apresentação do som (contínuo, intermitente ou de impacto), bem como a susceptibilidade individual, a associação a produtos químicos, uso de medicação ototóxica e vibração, determinam a periculosidade dos efeitos do ruído para o homem (WARD, 1995; MORATA, DUNN & SIEBER, 1997; BERGLUND & LINDVAL, 1995; MORATA, 2002). 20

21 Sabe-se que a exposição a elevados níveis de pressão sonora é capaz de causar inúmeros problemas de saúde, entre eles, comprometimentos auditivos, sejam em caráter temporário, ou definitivo (JERGER & JERGER, 1989; BENTO, MINITI & MARONE, 1998). Assim, classificam-se estes comprometimentos em: mudança temporária do limiar auditivo (MTL), trauma acústico e a mudança permanente do limiar auditivo (MELNICK, 1989) Mudança Temporária do Limiar Auditivo A mudança temporária do limiar auditivo (MTL) ou temporary threshold shift (TTS), como é chamada em inglês, consiste, basicamente, na diminuição do limiar auditivo após a exposição a elevados níveis de pressão sonora por algumas horas, geralmente acompanhada de zumbido. Sua recuperação pode ocorrer em poucos minutos, ou permanecer por várias horas, depois de cessada a exposição (FIORINI, 1997; SANTOS & MORATA, 1994). Segundo Hungria (1984), as mudanças temporárias do limiar auditivo são causadas por pequenas alterações intracelulares, vasculares, químicas e metabólicas na orelha interna, reduzindo a capacidade de percepção da energia sonora que atingem as células, alterando assim sua sensibilidade. Alguns autores como Oliveira (2001), Jorge Junior (1993) e Mariotto, Oliveira & Albernaz (1995) acreditam que a MTL, não pode ser usada para se determinar uma maior ou menor susceptibilidade do indivíduo ao desenvolvimento de mudanças permanentes dos limiares auditivos. Estes autores consideram ainda pouco clara a relação entre a mudança temporária e a mudança permanente de limiar auditivo. 21

22 Entretanto, não há como negar, que um ruído que é capaz de ocasionar uma perda temporária é, também, capaz de ocasionar uma perda permanente, desde que a exposição ocorra em tempo prolongado e em intensidade suficiente Trauma Acústico Melnick (1989) referiu o trauma acústico como um dano auditivo, resultado de uma exposição única e rápida em níveis de pressão sonora, significativamente intensos, que além de causar zumbido, pode afetar as estruturas fisiológicas da orelha interna, podendo ocasionar um colapso e ruptura do órgão espiral, ruptura da membrana timpânica e desarticulação dos ossículos. O trauma acústico apresenta como configuração audiométrica uma perda auditiva súbita, neurossensorial, uni ou bilateral, com queda acentuada nas freqüências de 3kHz e/ou 4kHz e/ou 6 khz. Esta perda pode ser reversível, ou não, sendo a mudança de limiar proporcional à intensidade do som e à freqüência da estimulação, sendo os sons agudos mais traumatizantes que os graves (SATALOFF & SATALOFF, 1997; PORTMANN & PORTMANN, 1993) Perda Auditiva Induzida Por Ruído PAIR A Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR), nos dias de hoje, é considerada a patologia mais comum entre as deficiências auditivas adquiridas (KÓS & KÓS, 1998), além de ser a doença profissional irreversível de maior prevalência no mundo (SELIGMAN et al., 1999). 22

23 De acordo com Oliveira (2001), a PAIR ocorre em virtude da interação de fatores, como: alterações químicas, mecânicas e metabólicas, de modo especial, nas estruturas vasculares e no órgão espiral, sendo as células ciliadas externas as mais atingidas. As alterações citoplasmáticas, de permeabilidade e composição iônica das células ciliadas externas, as alterações vasculares na estria vascular, bem como a exaustão física das células, também são fatores determinantes na instalação da PAIR. A extensão e o grau da lesão serão determinados de acordo o nível de pressão sonora, a freqüência, o tempo de exposição e a susceptibilidade do indivíduo (SANTOS & MORATA, 1994). O tempo de exposição a ruído é um dos fatores de risco determinantes para saúde e integridade auditiva do indivíduo. Neste sentido, por estarem os trabalhadores mais vulneráveis a este risco, foi estabelecida em 8 de junho de 1978, por meio da Portaria 3.214, a NR 15, a norma de Segurança e Medicina do Trabalho, que determina os limites de tolerância de exposição diária ao ruído ocupacional. 23

24 QUADRO 1 - LIMITES DE TOLERÂNCIA DE EXPOSIÇÃO A RUÍDO OCUPACIONAL, DE ACORDO COM A NR 15 (PORTARIA DE 08/07/1978) NÍVEL DE RUÍDO EM db(a) TEMPO MÁXIMO DE EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMITIDO 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos hora minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos 24

25 Por ser o ruído alvo de constantes pesquisas nacionais e internacionais e estar entre os agentes físicos de maior predominância nos ambientes de trabalho, o Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva (1994), para melhor delimitar a Perda Auditiva Induzida por Ruído, com muita propriedade, estabeleceu as principais características da mesma: - A PAIR é sempre neurossensorial, em razão do dano causado às células do órgão espiral; - Uma vez instalada, é irreversível e, quase sempre, similar bilateralmente; - Raramente leva à perda auditiva profunda, pois não ultrapassa os 40 db(a) nas freqüências baixas e médias e os 75 db(a) nas freqüências altas; - Manifesta-se, primeiramente, nas freqüências de 6.000, e Hz e, com agravamento da lesão, estende-se às freqüências de 8.000, 2.000, 1.000, 500 e 250 Hz, as quais levam mais tempo para serem comprometidas; - Tratando-se de uma doença predominantemente coclear, o portador da PAIR relacionada ao trabalho pode apresentar intolerância a sons intensos, zumbidos, além de ter comprometida a inteligibilidade da fala, em prejuízo do processo de comunicação; - Uma vez cessada a exposição ao ruído, não deverá haver progressão da PAIR; - A PAIR é relacionada à exposição ao trabalho e, principalmente, influenciada pelos seguintes fatores: características físicas do ruído (tipo, espectro e nível de pressão sonora), tempo de exposição e suscetibilidade individual; - Essa perda relacionada ao trabalho, geralmente, atinge o nível máximo para as freqüências de 3.000, e Hz nos primeiros 10 a 15 anos de 25

26 exposição, sob condições estáveis de ruído. Com o passar do tempo, a progressão da lesão torna-se mais lenta; - PAIR relacionada ao trabalho não torna o ouvido mais sensível a futuras exposições; - O diagnóstico nosológico de PAIR relacionada ao trabalho só pode ser estabelecido por meio de um conjunto de procedimentos que envolvam anamnese clínica e ocupacional, exame físico, avaliação audiológica e, se necessário, exames complementares; - A PAIR relacionada ao trabalho pode ser agravada pela exposição simultânea a outros agentes, como, por exemplo, produtos químicos e vibrações; - É uma doença passível de prevenção e pode acarretar ao trabalhador alterações funcionais e psicossociais, capazes de comprometer a qualidade de vida do mesmo. Pesquisas apontam para a problemática dos efeitos do ruído associados a agentes como medicamentos ototóxicos, produtos químicos, (SOUZA, 1994; MORATA et al., 1997; MORATA et al., 2002; TEIXEIRA et al., 2003) e vibração (CARNICELLI, 1992; MANZONI, 2000). Somam-se ainda a estes aspectos, os fatores sexo, idade, tempo de exposição, que contribuem no desenvolvimento da lesão auditiva (SANTOS & MORATA, 1994). Outro aspecto que vem merecendo atenção da comunidade científica, diz respeito à interferência do ruído na comunicação interpessoal. Associada a perda quantitativa da capacidade de ouvir, o prejuízo qualitativo pode ser relacionado à alteração da percepção do som, dificuldade de discriminação da conversação em ambientes ruidosos, dificuldade de discriminação têmporo-espacial dos sons, distorção 26

27 nas relações de intensidade dos sons e redução do campo dinâmico da audição (SANTOS & MORATA, 1994). Segundo Bento, Miniti & Marone (1998) a interferência na comunicação falada é um dos efeitos mais diretos do ruído na audição humana, porém o fato de a lesão não proporcionar interferências graves no início de sua instalação, faz com que o trabalhador não a perceba precocemente, sendo detectada somente pelos exames audiométricos. Irritação, diminuição na produtividade, alterações fisiológicas na freqüência cardíaca e da pressão sanguínea, e angústia psicológica, são outros exemplos de interferências na comunicação, citadas por Melnick (1989). 2.3 EFEITOS NÃO-AUDITIVOS DO RUÍDO AO HOMEM O ruído ambiental por muito tempo não foi considerado como potencialmente perigoso à saúde do homem (ISING & KRUPPA, 2004). Tal consideração, todavia, passou a ser questionada, à medida que se consolidavam as pesquisas sobre os possíveis malefícios do ruído para a saúde humana. Este questionamento fica claro no estudo de Aidar, que já em 1997, destacava a importância de avaliar o ruído ambiental em relação aos seus efeitos sobre a saúde, citando como principais fatores a serem considerados: Incômodo; Interferência no sono; Perda de audição por indução do ruído; Comunicação da palavra. 27

28 Os efeitos extra-auditivos do ruído se originaram principalmente da nova configuração do ambiente urbano, ou seja, ruído de tráfico (carros, trens e aviões), de construção civil, entre outros. Este tipo de ruído não é propriamente uma ameaça à audição, entretanto pode ser considerada uma fonte desencadeadora de transtornos subjetivos e psicossomáticos, como sintomas neurovegetativos e alterações do sono. Contudo, a quantificação desses efeitos é extremamente complexa, por existirem inúmeros fatores capazes de causar tais distúrbios (ZOBER, 1984; HAUSLER, 2004). De acordo com Costa (1991), a surdez pode ser considerada um mal menor diante das inúmeras alterações físicas e psíquicas que o ruído pode causar. Segundo a autora o ruído estimula sensitivamente o cérebro, através da via direta, ou específica (que transmite o estímulo do órgão receptor às estruturas do neocórtex, onde ocorre a percepção) e pela via indireta ou inespecífica (que transmite o mesmo estímulo a outras estruturas cerebrais ditas, inespecíficas). A função desta segunda via é regular, no indivíduo, todas as funções biológicas da atenção e comportamento, podendo qualquer estímulo sensitivo causar alterações nas funções biológicas, independentemente de serem bons ou ruins. Neste sentido o ruído é capaz de provocar hipertensão arterial, gastrites, ou úlceras, alterações no sistema endócrino, imunológico, nervoso e vestibular, bem como, acarretar lesões do músculo esquelético, ou cardíaco, alterações na performance de tarefas físicas ou mentais, podendo também perturbar o sono do indivíduo. Para Ising & Kruppa (2004), mesmo durante o sono, o ruído de aviões ou veículos pesados é capaz de ser categorizado como sinal de perigo por áreas subcorticais do cérebro, provocando a liberação de hormônios estressores. 28

29 Segundo Fay (1991), atualmente, acredita-se que inserção diurna em ambientes ruidosos é capaz de afetar o sono noturno. Este aspecto, porém, foi ignorado por muito tempo, já que se desconsiderava que o ruído ouvido por uma pessoa, enquanto ela se encontrava acordada, poderia interferir no sono, mesmo horas após a exposição. Santos (1996) cita como efeitos extra-auditivos à exposição a elevados níveis de pressão sonora, alterações cardiocirculatórias, alterações gastrintestinais, dilatação da pupila e alterações neuropsíquicas, como ansiedade, inquietude, desconfiança, insegurança, depressão e redução do ritmo do sono. A autora, entretanto, considera pouco conclusivos os estudos referentes aos efeitos do ruído em órgãos e sistemas, que não o sistema auditivo. Seligman (1997) e Russo (1999) em contrapartida destacam a importância dos efeitos não-auditivos do ruído a serem observados, haja vista a interferência do ruído sobre o aparelho circulatório, digestivo, muscular, sobre o metabolismo, sistema nervoso, sono, distúrbios do equilíbrio, dores de cabeça, problemas psicológicos, mudanças de humor, ansiedade e rendimento no trabalho e estudo. Ao estudar uma população de metalúrgicos exposta a ruído da região de São Bernardo do Campo e Diadema - SP, Fiorini, Silva & Bevilacqua (1991) observaram a alta prevalência nestes trabalhadores de queixas não-auditivas, como dores de cabeça, alterações gastrintestinais, insônia, tontura, nervosismo, irritabilidade. Lopes et al. (1998) em pesquisa realizada com usuários de eletrodomésticos, verificaram a irritação, como efeito não-auditivo de maior incidência causado pelo ruído. Este mesmo estudo demonstrou a maior ocorrência de alterações psicológicas e/ou comportamentais, em detrimento das alterações consideradas orgânicas. 29

30 Distúrbios neurovegetativos e psicossomáticos foram verificados em 53 policiais militares, estudados por Netto et al. (1996) por meio da aplicação e análise de uma anamnese específica. Dos 83% que apresentavam exposição a ruído em seu ambiente de trabalho, 79,5% referiram queixas extra-auditivas, sendo as de maior ocorrência, cansaço ao acordar, despertar freqüente à noite, dificuldade para adormecer, insônia, além de sintomas vestibulares, cefaléia, gastrite. Já a taquicardia, náuseas e hipertensão arterial foram citadas em 11,42% dos casos. Estudos sobre o efeito do ruído em mulheres grávidas demonstram que o mesmo pode influenciar o crescimento fetal, ou contribuir para a incidência de malformação fetal (COSTA, 1991; VIEIRA, 1997). A esta gama de problemas, ou sintomas expostos até o momento, decorrentes da exposição ao ruído, devem ser acrescentados e destacados os problemas vocais, que surgem em conseqüência de uma competição desleal entre este agente físico e a voz. Faz-se necessário ressaltar, em especial, a categoria de professores, que tem na utilização da voz um dos principais instrumentos integrantes do processo de ensino aprendizagem. Russell et al. (1998) destacam que os professores são considerados fortes candidatos ao desenvolvimento de problemas vocais. Entretanto, segundo os autores, estudos que visem estabelecer os índices de prevalência não são realizados. Yiu (2002) considera que professores são vulneráveis ao desenvolvimento de problemas vocais, em virtude da peculiar dinâmica de trabalho utilizada ao longo do processo de ensino. Este mesmo autor pesquisou em 122 professores a percepção de sua condição vocal e o impacto de problemas vocais em sua comunicação, vida social, emoções e atividade ocupacional. Os resultados da pesquisa mostraram que os 30

31 professores percebem sua voz significativamente pior se comparada ao início da carreira e que os problemas vocais interferem em sua comunicação. Os sujeitos referiram acreditar que informações sobre exercícios respiratórios e estratégias específicas de higiene vocal poderiam auxiliar na prevenção destes problemas. Direcionando seu olhar para atividades esportivas, Wolfe et al. (2002) pesquisaram professores de aeróbica, que segundo os autores, experienciam constantemente problemas vocais. Os mesmos pesquisaram três professoras com autopercepção de problemas vocais e três sem. Foram realizadas avaliações de função vocal antes e depois de uma aula de aeróbica com duração de 30 minutos. Os resultados demonstraram que os sujeitos com autopercepção de problemas vocais projetaram e mantiveram de modo relativamente melhor a voz durante o período de instrução no decorrer da aula de aeróbica. 2.4 RUÍDO E LAZER As atividades de lazer têm, com o passar do tempo, estreitado sua relação de existência com os elevados níveis de pressão sonora. Tornou-se, neste sentido, cada vez mais difícil dissociar atividades de entretenimento como shows musicais, espetáculos teatrais, circenses, festas em bares e casas noturnas, fliperamas, boliches, ou prática esportiva, como o tiro, jet ski, automobilismo, motociclismo, da utilização de níveis de pressão sonora que, em alguns momentos, chegam a ultrapassar limites considerados aceitáveis para a saúde e integridade auditiva humana (CELANI & COSTA FILHO, 1991). 31

32 O crescente número de estudos publicados sobre a inserção da música eletronicamente amplificada nas atividades de lazer e os malefícios de sua utilização desmedida tem demonstrado a preocupação da comunidade científica com os jovens e músicos que, por relacionarem a música unicamente ao prazer, desconsideram os perigos da atual potência dos equipamentos sonoros (CLARK, 1991; JORGE JUNIOR, 1993; MEYER-BISCH, 1996). Neste sentido, em um passado não muito distante, iniciaram-se estudos, a fim de determinar os efeitos deletérios dos elevados níveis de pressão sonora, bem como a qualidade de vida de músicos de orquestra sinfônica, clubes noturnos, cantores de música popular e, de modo especial, de músicos e ouvintes de Rock-and-roll. Em 1969, Fulgrath ao analisar bandas de Rock-and-roll, concluiu que parecia ocorrer dano à audição dos ouvintes, mesmo havendo variação da intensidade da música. Jorge Junior (1993), ao pesquisar sobre este tema, citou os estudos de Speaks (1970) que, ao medir a intensidade sonora de bandas de Rock-and-roll, encontrou intensidades sonoras que variaram de 105 a 120 db NPS, verificando a ocorrência de MTL em mais de 50% dos músicos e de Jerger & Jerger (1970) que ao realizarem audiometria pré e pós-apresentações de 2 bandas de Rock-and-roll observaram em 8 dos 15 músicos a presença de MTL. Este mesmo fenômeno de MTL foi abordado por Rintelmann et al. (1971) ao pesquisarem os efeitos da exposição à música de Rock-and-roll e os limiares auditivos de 20 mulheres expostas a níveis de pressão sonora de 110 db. Os resultados foram considerados de risco, podendo ser um prognóstico de mudança permanente do limiar auditivo, já que mais de 50% dos sujeitos testados apresentaram MTL. 32

33 Mordini et al. (1994) consideraram que as queixas referidas pelos músicos de Rock-and-roll pesquisados (zumbido, dor de cabeça, tontura e sensação de plenitude auricular) são muito semelhantes às encontradas entre os trabalhadores expostos a ruído ocupacional. Este fato, já em 1972, levou Reddell & Lebo a alertarem sobre a necessidade de atenuação da amplificação das músicas, diminuindo os riscos a danos auditivos e permitindo um entretenimento exclusivamente prazeroso. Uma outra faceta de pesquisas sobre música que vem recebendo destaque são os trios elétricos, onde músicos, trabalhadores e participantes são expostos a elevados níveis de pressão sonora. Em 1998, Caldas mediu o nível de pressão sonora dos trios elétricos do Recifolia (carnaval fora de época) e verificou que as pessoas que participavam do evento estavam expostas a 110 db, em média. Se considerarmos o tempo de tolerância para uma exposição de 110 db, preconizado pela NR 15 (Quadro 1), perceberemos a real proporção que a problemática do nível de ruído tomou, já que nenhuma pessoa que se desloca para participar deste tipo de evento, o faz por apenas quinze minutos. Russo et al. (1995) analisaram os efeitos auditivos de músicos de trios elétricos ao compará-los com os efeitos de músicos de orquestra sinfônica e Rock-and-roll. A mudança temporária do limiar auditivo ocorreu em 100% dos músicos de trios elétricos, assim como o zumbido, que apresentou uma prevalência maior em comparação aos outros grupos, mesmo não sendo os níveis de pressão sonora tão diferentes para os três grupos. Ainda nesta temática, Miranda & Dias (1998), detectaram 40,6% de prevalência de perda auditiva induzida por ruído em 187 trabalhadores de bandas e trios elétricos 33

34 em atividade na Bahia, concluindo que a música eletronicamente amplificada pode ser considerada como fator de risco da PAIR. Celani & Costa Filho (1991) consideraram elevadas as intensidades sonoras que encontraram, após medir algumas atividades de lazer praticadas por crianças e jovens, afirmando faltar bom senso por parte dos usuários e responsáveis pelos locais de entretenimento, para que haja redução da emissão do ruído. Este aspecto é salientado por Hétu & Fortin (1995) tendo em vista que a constante industrialização dos países, bem como a evolução e aprimoramento tecnológico, modificam o conceito de amplificação sonora diariamente. A tabela a seguir apresenta, em destaque, algumas das atividades esportivas e/ou de lazer citadas no decorrer desta revisão literária e os respectivos níveis de pressão sonora gerados pelas mesmas. 34

35 TABELA 1 RUÍDO E SEUS VALORES MÉDIOS DE INTENSIDADE EM db (A). NÍVEL SUBJETIVO DESCRIÇÃO NÍVEL DE INTENSIDADE db (A) Moderado Conversação entre vários indivíduos; escritório movimentado; canto de pássaros. 60 Barulhento Muito Barulhento Rádio; TV em volume médio; máquina de escrever; choro de criança; rua de médio movimento. Auto-estrada; grito; escritório muito barulhento; dentro do automóvel em alta velocidade; caminhão diesel. Zona de Perigo para audição Fábricas; orquestra sinfônica; Aspirador de pó; liquidificador. Indústria mecânica; cortador de grama; fundição; tecelagem; marcenaria; discoteca; fones de ouvido em volume máximo. Trem de metrô; sirene; buzina de carro; conjunto de rock. Motocicleta; carro de corrida; limiar de desconforto Estrondoso Perfuratriz; martelo pneumático. 130 Limiar da dor auditiva. Decolagem de avião a jato; tiro de revólver FONTE: Russo (1993) 35

36 2.5 EDUCAÇÃO FÍSICA E AS IMPLICAÇÕES DO RUÍDO Poucos são os estudos que relacionam, de maneira ampla, o profissional de Educação Física aos efeitos deletérios do ruído. As pesquisas que se propõe a abordar tal temática, em sua maioria, estão voltadas para a determinação dos níveis de pressão sonora de academias, determinação dos limiares auditivos de professores de ginástica, aeróbica ou dança, não contemplando inúmeras outras atividades desenvolvidas pelo profissional de Educação Física em que o ruído se encontra inserido. Neste sentido, serão contemplados, neste momento da revisão de literatura, os estudos que direta ou indiretamente relacionam os profissionais de Educação Física à exposição a ruído, bem como suas implicações à saúde do mesmo. O nível de pressão sonora presente em academias tem sido uma das vertentes mais estudadas em relação às atividades físicas e de lazer. Fusco & Marcondes (1989) analisaram na cidade de São Paulo os níveis de pressão sonora em sete academias de ginástica e obtiveram níveis que variaram entre 82 e 102 db(a). De acordo com os autores estes níveis de pressão sonora podem acarretar não só lesões auditivas, mas, irritação, intolerância, insônia, entre outros fatores. Lacerda (1999) pesquisou o perfil audiológico de 32 professores de academia de ginástica de Curitiba/PR e os níveis de pressão sonora produzidos nas aulas por eles ministradas. Os resultados revelam perda auditiva neurosensorial para freqüências agudas em 15% dos avaliados, medidas de imitanciometria normais, exceto para o reflexo acústico contralateral em 4kHz que esteve ausente em 96% dos casos. As EOA transientes demonstraram-se normais em 59%, e as EOA produto de distorção, 36

37 apresentaram amplitudes reduzidas para freqüências agudas em 59%. As queixas mais freqüentes foram: zumbidos (24%), sensação de ouvido tampado (15%) e baixa concentração (15%). As aulas de ginástica intituladas Step, Body Pump e Aerofitness foram submetidas à avaliação dos níveis de pressão sonora e em 66% delas os resultados sugeriram a presença de elevados níveis de pressão sonora. Pinto (2001) investigou os hábitos, as queixas auditivas e os limiares auditivos de professores de academia de ginástica expostos à música amplificada antes e após a realização da aula, a fim de verificar a ocorrência de mudança temporária de limiar auditivo. Dos 20 professores avaliados de uma academia, 50% referiram desconforto a sons intensos e 80% dos professores apresentaram o hábito de freqüentar discotecas uma vez por semana. Em relação ao aspecto auditivo, não foi identificado nenhum caso indicativo de PAIR e a MTL ocorreu em apenas 20% dos sujeitos pesquisados. Contudo, a autora considerou relevante a implantação de um Programa de Conservação Auditiva, bem como uma adequação do ambiente de trabalho dos professores. Um estudo semelhante foi desenvolvido por Deus (1999) em Florianópolis - SC, que pesquisou os efeitos auditivos e não-auditivos de professores de academia de ginástica expostos a elevados níveis de pressão sonora, ocasionados pela utilização de música eletronicamente amplificada. A autora verificou que em 86% das academias pesquisadas, o nível de ruído variou de 90 a 105 db (A), valores que se encontram acima do que é recomendado pelo Ministério do Trabalho, na NR 15 (quadro 1). As avaliações demonstraram uma prevalência de 12,5% de alterações auditivas, 30% de zumbido, 22,5% de cefaléia e 5% de irritação. Foram identificadas, ainda, alterações vocais nos professores pesquisados, que podem ser relacionadas à utilização de uma 37

38 intensidade vocal elevada, configurada por uma competição entre voz e ruído durante as aulas. A autora considerou estes ambientes de trabalho como insalubres, o que é reforçado pelo descaso ou desconhecimento que estes profissionais têm sobre os malefícios de uma exposição prolongada a elevados níveis de pressão sonora. Os professores, de maneira geral, ao exercerem sua atividade profissional, estão sob o eminente risco de ter desencadeado algum tipo de alteração vocal. O que dizer então de profissionais de Educação Física que, além deste desgaste vocal inerente à sua atuação, promovem um esforço extra, visando superar a intensidade da música presente em suas aulas, do ruído oriundo de ambientes desfavoráveis acusticamente? Acerca destas questões Smith et al. (1998) obtiveram dados interessantes sobre estes profissionais. Os autores pesquisaram e descreveram os problemas vocais provocados em decorrência das atividades profissionais de diversas categorias de professores. Houve em 38% dos professores pesquisados a queixa de que sua atividade profissional tem um impacto adverso sobre a qualidade vocal; destes, 39% interromperam suas atividades em resultado com problemas vocais. Ao analisar a variável gênero, o número de relatos de problemas vocais mostrou-se maior no feminino (38%) que no masculino (26%), contudo, não houve diferença significativa entre os gêneros no que diz respeito à percepção de que problemas vocais podem interferir na carreira de professor. Os autores, com base nos resultados desta pesquisa, consideraram que os professores de Educação Física apresentam um risco maior de desenvolver problemas vocais, se comparadas às demais classes de professores, independentemente de gênero, idade, carga horária diária de trabalho ou anos de profissão. 38

39 A análise das pesquisas realizadas nesta área demonstra necessidade e relevância da Fonoaudiologia aprofundar seu conhecimento acerca do profissional de Educação Física, contribuindo em sua atuação, na diminuição ou eliminação de determinados riscos, visando a formação de um profissional mais bem preparado e, conseqüentemente, buscando abrir novos caminhos à Fonoaudiologia, consolidando-a como Ciência. 39

40 3. METODOLOGIA 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DO ESTUDO O presente estudo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Humanos da Universidade Tuiuti do Paraná, com parecer número 013/2005, é caracterizado por uma pesquisa de cunho descritivo, que tem por objetivo observar, registrar e analisar determinados fenômenos. Não há interferência do pesquisador que, através de um levantamento, procura descobrir a freqüência com que o fenômeno acontece. Conforme exposto anteriormente, esta pesquisa teve por objetivo conhecer a percepção de uma amostra de estudantes, profissionais e coordenadores de graduação em Educação Física sobre o ruído em sua profissão. Atualmente, há no estado de Santa Catarina 21 cursos de graduação em Educação Física. Destes, foram intencionalmente selecionados cursos e localidades do estado que proporcionavam à pesquisadora um efetivo acesso. Assim, nesta pesquisa foram contemplados: - Três cursos de graduação em Educação Física, um situado na região norte do estado, um no litoral norte e um na região do vale do Itajaí, compondo a amostra dos estudantes; - Um município da região do vale do Itajaí, onde a amostra de profissionais foi obtida; 40

41 - Cinco cursos de graduação em Educação Física, um localizado na região norte, um no planalto norte, dois no litoral e um na região do vale do Itajaí de Santa Catarina, caracterizando a amostra de coordenadores de curso de graduação. As amostras desta população foram categorizadas em três grupos, assim configuradas: Grupo 1: composto por trinta estudantes do último ano da graduação em Educação Física de três Instituições de Ensino Superior (IES) localizadas no estado de Santa Catarina. Cada IES teria dez estudantes pesquisados, sendo a amostra total composta por trinta estudantes. Contatou-se inicialmente por telefone os coordenadores dos cursos de graduação em Educação Física de IES localizadas nos municípios de Joinville, Florianópolis e Blumenau. Após uma autorização informal dos mesmos, foi enviado por um resumido projeto de pesquisa expondo os objetivos e a metodologia a ser empregada pela mesma e solicitando a autorização formalizada para a execução do estudo. Obteve-se parecer favorável das seguintes IES: - Universidade Regional de Blumenau FURB, - Universidade da Região de Joinville UNIVILLE, - Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Grupo 2: composto por trinta profissionais graduados em Educação Física, que desempenham sua atividade profissional na cidade de Blumenau/SC. Foram determinados como ambientes de trabalho dos profissionais de Educação Física a serem pesquisados: academias de ginástica, escolas de ensino fundamental e médio, 41

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