PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL INFORMATIVO Nº 134. Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca.

Transcrição

1 PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO DE 1 A 18 DE JULHO DE 2016 INFORMATIVO Nº 134 1

2 Núcleo 1 Chapadão do Sul Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes Em Chapadão do Sul, a colheita do algodão safra já foi realizada em 76 % da área semeada na safra 2015/16 e a do algodão de segunda safra iniciou nesta última semana, neste caso há apenas 5 % da área colhida. As produtividades entre as diferentes áreas, variam bastante e mantem uma média geral de 260 arrobas por hectare, considerada baixa em relação aos anos anteriores. No campo, os produtores e seus colaboradores seguem com o trabalho de colheita normalmente, pois nos últimos dias o tempo permaneceu seco e sem precipitações (Foto 1). Foto 1. Algodão safra em Chapadão do Sul pronto para ser colhido. Um ponto importante durante a colheita que deve ser ressaltado é o cuidado no momento do transporte do algodão em caroço, do campo para a usina de beneficiamento. Na safra 2012/13 a Ampasul através do Programa Fitossanitário iniciou uma campanha promovendo melhorias no transporte realizado em todo o Estado, pois foi identificado que a maioria do transporte era realizada de forma irregular e o produtor sofria com a perda do produto transportado e também gerava vários problemas, pois o material caído nas margens das rodovias germinava e gerava plantas voluntarias de algodão, que então serviam como hospedeiras de diversas pragas e doenças do algodoeiro. Durante duas safras a crescente evolução destas melhorias foram evidentes, porém nesta última safra nota-se que alguns transportes voltaram a ser realizados de forma ineficiente, então segue abaixo fotos de sugestões para realizar um transporte mais eficaz e com custo baixo. Para o transporte de rolinho temos exemplos de proteção realizada com telas no transporte destes na região norte do Mato Grosso que tem mostrado boa eficiência através do uso de telas de proteção nas laterais das carretas. 2

3 Foto 2; 3; 4 e 5. Adaptações para um transporte mais eficiente sem perca de algodão. Foto 6. Maneira inadequada de transporte. Ao final do informativo encontra-se em anexo os Procedimentos para uma Colheita com Qualidade e Segurança. 3

4 Núcleo 2 Costa Rica e Alcinópolis Eng. Agr. Robson Carlos dos Santos No Núcleo, noventa por cento dos produtores já iniciaram o processo de colheita do algodão safra, apesar das condições climáticas ter sido favorável para tal operação, o ritmo da colheita ainda é considerado lento, porém deve ser intensificado já na próxima semana. Na região, foi colhido 33 % da área de algodão na modalidade safra e a produção média está oscilando entre 305@ de algodão em caroço por hectare. Algumas propriedades estão realizando a colheita do algodão safra em dois turnos, sendo que este último a operação de colheita é realizado na sua grande maioria durante o período noturno. No entanto devemos ficar atentos pois, a umidade da fibra do algodão colhido mecanicamente não deve ser superior a 8 %, para não ocasionar o encarneiramento, amarelecimento, degradação das fibras e manchas que podem ocorrer por causa de fungos. Foto 7. Operações de colheita algodão safra na região do Baús. A roçagem das plantas de algodão é uma prática comum logo após a colheita, sendo esse o primeiro passo para uma boa destruição dos restos culturais do algodão. A destruição mecânica ou química dos restos culturais do algodoeiro logo após uma colheita rápida e bem-feita, são ações fundamentais para reduzir a população de pragas como o bicudo e a broca da raiz que podem se reproduzir em plantas mal destruídas e/ou rebrotadas. 4

5 Foto 8. Operação de roçagem das plantas de algodão logo após a colheita. O uso de inseticida no momento da desfolha do algodoeiro é uma ação executada por todos do Núcleo; além disso, o uso de armadilhas tipo atrai e mata após a colheita, realizar uma colheita rápida e bem-feita, transporte adequado do algodão em caroço para a usina de beneficiamento, a eliminação de soqueiras e rebrota do algodão, e o cumprimento do vazio sanitário são algumas ações necessárias para reduzir a população de bicudo de final de safra. Neste período foi realizada a operação de aplicação de maturador e desfolhante no Campo Demonstrativo de Cultivares da Ampasul (CDN2). No campo foi semeado dezesseis cultivares com diferentes tecnologias, a semeadura do campo foi realizada dia 22 de janeiro, totalizando da emergência das plântulas até o momento da desfolha 161 dias de ciclo. Foto 9. Operação de desfolha do CDN2, vazão 75 litros por hectare. 5

6 Núcleo 3 Centro (São Gabriel do Oeste). Eng. Agr. Robson C. dos Santos Na Região Central (São Gabriel do Oeste), não foi semeado algodão na safra 2015/16. Núcleo 4 Sul (Sidrolândia e Aral Moreira). Eng. Agr. Danilo S. Moraes Em Sidrolândia, e Aral Moreira na Região Sul do Estado, o algodão safra foi colhido e a destruição de soqueira realizada, como determina a legislação. ACOMPANHAMENTO DAS APLICAÇÃOES AEREAS EM UBV (Ultra Baixo Volume) E BVO (Baixa Volume Oleoso). Responsável Tec. Agrícola Marcelo Rodrigues Caires No último mês foram instaladas pela Ampasul as duas torres de inversão térmica completas. Uma fica na Região da Baús (município de Costa Rica) e outra em Chapadão do Sul. Estas torres de têm equipamento tecnológicos que objetivam registrar e repassar as informações climáticas coletadas em tempo real, ferramenta esta que auxilia os produtores de uma forma geral a campo, principalmente nas aplicações terrestre e aéreas. As condições climáticas na defesa fitossanitária de aplicação de defensivos aéreo ou terrestre são altamente influenciadas pelos fatores meteorológicos, sendo assim o monitoramento de diversos fatores com esse tipo de equipamento visa um maior controle dos riscos no momento da operação de pulverização. Na pratica, a torre permite que o Técnico Executor monitore a temperatura atmosfera através de dois termômetros instalados a uma altura de 2 e 8 metros acima do solo, a inversão térmica ou seja condição imprópria para realização de pulverização consiste na informação comparativa entre estas duas temperatura, quando a temperatura do termômetro a 2 metros for menor que a temperatura registrada a 8 metros esta então ocorrendo a inversão térmica impropria para pulverização, pois a massa de ar mais fria está sobre o solo e provavelmente sobre o alvo 6

7 (cultura, praga, doença, etc...), assim sendo o produto pulverizado tende a ficar suspenso no ar (na massa de ar mais quente que é menos densa que a massa de ar mais fria)podendo se deslocar para uma área até mesmo fora do perímetro do talhão pulverizado. Outros fatores que a torre mede e serve para auxiliar os produtores são: Velocidade do vento momentânea e rajadas de vento. Umidade relativa do ar. Ponto de orvalho. Direção do vento Precipitações (milímetros de chuva). Temperaturas elevadas, umidade relativas baixas, ventos fortes ou turbulentos como rajadas e inversões térmicas, comprometem os controles biológicos e as cargas químicas podem derivar por quilômetros contaminando as lavouras próximas e o meio ambiente. A torre funciona com fonte de energia limpa e renovável, com apenas um painel solar, que a matem 24 horas em funcionamento, isso permite criar um banco de dados com extensos relatórios de variação climáticas, para gerar as informações a um sistema de Datalogger GSM com transmissão via internet, os dados são coletados de 5 em 5 minutos, e enviado por uma plataforma via web a cada dez minutos. Para acessar estes dados momentâneos basta acessar o link abaixo: LOCALIZADA NA SEDE DA AMPASUL EM CHAPADÃO DO SUL: LOCALIZADA NA FAZENDA JARDIN NO BAÚS MUNICIPIO DE COSTA RICA: Para receber informações de um período desejado é necessário entrar em contato com a Ampasul através do fitossanidade@ampasul.com.br. Lembramos que sempre que solicitado e agendado previamente a Ampasul disponibiliza o Técnico da associação treinado para acompanhar a pulverização na fazenda verificando os parâmetros e equipamentos utilizados para realização da pulverização UBV e BVO aérea e também terrestre. 7

8 ANEXO I O tipo visual da pluma do algodão classificada no laboratório da Ampasul até o momento estão com boas caraterísticas, sendo que 35 % das amostras apresentaram classificação visual padrão 41.1 e 15 % 31.4, padrões estes que permitem a exportação da pluma sul-mato-grossense Foto 10 e 11. Classificador realizando a classificação visual da pluma e abaixo algodão classificado como padrão

9 As características intrínsecas da pluma também são verificadas pelo laboratório da Ampasul e estão apresentando até o momento qualidades que também se enquadram nas exigências do mercado interno e externo das industrias de fiação. Até agora foram analisadas amostras. É muito importante que os produtores encaminhem para a associação as amostras devidamente identificadas, até mesmo a cultivar, pois, assim a Ampasul poderá auxiliar o associado fornecendo informações estatísticas sobre as características de fibra de cada cultivar. Dados estatísticos obtidos até o momento Micronaire de 3,50 a 4,99 98,1% Resistência (g/tex) de 28,10 a 29,59 77,4% Comprimento (mm) de 27,00 a 32,59 96,8% Foto 12. Laboratório de análise de fibra da Ampasul. 9

10 ANEXO II É permitida a reprodução ou divulgação, em outros órgãos de comunicação, deste informativo, desde que expressamente citada a fonte, ficando aquele que desatender a esta determinação sujeito às sanções previstas na Lei nº 5.259/1967 (Lei de Imprensa) Visite nossa página no facebook ( e nosso site ( Redação: Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes (Coordenador Técnico da AMPASUL) e Eng. Agr. Robson Santos (Monitor Técnico da AMPASUL), colaboração Tec. Agr. Marcelo Caires (Monitor Técnico de Aplicação da AMPASUL) 10