PRELIMINARES - MODELOS. Nem sempre aparecem nas questões do Exame de ordem preliminares.
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- Norma Vieira Philippi
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1 PETIÇÃO INICIAL
2 PRELIMINARES - MODELOS Nem sempre aparecem nas questões do Exame de ordem preliminares.
3 Tramitação Preferencial do feito: Idoso O reclamante tem 62 anos. Preliminarmente, requer seja deferida a tramitação preferencial do feito, nos termos do art. 71, da Lei 10741/2003 e art A do CPC.
4 Tramitação Preferencial do feito: Doença Grave O reclamante é portador de câncer. Preliminarmente, requer seja deferida a tramitação preferencial do feito, nos termos do art A do CPC.
5 Tramitação Preferencial do feito: reclamado é massa falida O reclamado é uma massa falida. Preliminarmente, requer seja deferida a tramitação preferencial do feito, nos termos dos artigos 652, único e 768 da CLT.
6 Comissão de Conciliação Prévia - Se a questão nada mencionar sobre CCP ou, ainda, se mencionar que existe a CCP e não disser nada sobre ter ocorrido ou não tentativa de acordo: Preliminarmente, o reclamante informa que submissão da demanda à tentativa conciliatória perante a Comissão de Conciliação Prévia, prevista no art. 625-D da CLT, trata-se de faculdade da parte, de acordo com o entendimento do STF nos autos ADI 2139 e ADI 2160.
7 - Se a questão mencionar que tem CCP com tentativa de acordo frustrada: Preliminarmente, o reclamante informa que submeteu a presente demanda à tentativa conciliatória perante a Comissão de Conciliação Prévia, mas o acordo restou frustrado. Assim, cumprido o estabelecido pelo art. 625-D da CLT.
8 - Se a questão mencionar que não tem ou que ainda não instalada a CCP: Preliminarmente, o reclamante informa que não foi instalada a Comissão de Conciliação Prévia de que trata o art. 625-D da CLT. sssim, deixa-se de cumprir tal determinação. Ressalta-se, que de acordo com o entendimento do STF nos autos ADI 2139 e ADI 2160 a passagem da demanda pela referida Comissão é uma faculdade da parte.
9 Como já explicado, a submissão das demandas à Comissão de Conciliação Prévia não é obrigatória, conforme atual entendimento do STF (ADI 2139 e 2160). Nas últimas provas, se a questão nada mencionava sobre CCP, isto não estava sendo cobrado para fins de nota.
10 MÉRITO - MODELOS A causa de pedir, como já dito, pela CLT somente requer breve resumo dos fatos. Por aplicação subsidiária do CPC, mostra-se necessário, também, a colocação dos fundamentos jurídicos. Na prova da OAB indicar artigos, súmulas e OJ vale nota!!!!!! Assim, cada tópico do mérito deverá ter a seguinte estrutura:
11 ** parágrafo descrevendo o fato (não invente, veja o que a questão fornece! Se faltarem dados tais como datas e valores, deixe-os indicados.) ** parágrafo para o fundamento jurídico (cite todos os artigos de lei, súmulas e orientações jurisprudenciais aplicáveis. Não é necessário transcrever tais enunciados, mas refira-se ao conteúdo deles para demonstrar raciocínio jurídico). ** parágrafo para o pedido.
12 MODELOS DE ITENS - SUGESTÕES - Contrato de trabalho (deve conter apenas admissão, rescisão, salário e função) O reclamante foi admitido pela reclamada em e dispensado sem justa causa em Sempre exerceu a função de auxiliar de produção e seu último salário foi a importância de R$ 850,00 (oitocentos e cinqüenta reais).
13 - Responsabilidade dos réus: grupo econômico (imagine que ambas empresas são realizam a mesma atividade econômica e são administradas pela mesma pessoa) As reclamadas realizam a mesma atividade econômica e são administradas pela mesma pessoa. Assim, nos termos do artigo 2º, 2º da CLT, evidente a existência de grupo econômico entre as rés. Requer o reconhecimento do grupo econômico e condenação solidária das reclamadas em relação aos créditos da demanda.
14 - Responsabilidade dos réus: terceirização (lícita, em que se tem um vigilante contratado por uma empresa de vigilância (1ª reclamada) e laborando em um supermercado (2º reclamado) O autor, embora empregado da primeira reclamada, sempre prestou serviços de vigilância que beneficiaram a segunda reclamada. Assim, configurada a hipótese de terceirização, conforme súmula 331, III do TST. Requer o reconhecimento da terceirização condenação subsidiária da segunda reclamada em relação a todos os créditos da demanda, nos termos da súmula 331, IV e VI do TST.
15 - Responsabilidade dos réus: terceirização (ilícita, em que se tem um vigilante contratado por uma empresa de vigilância (1ª reclamada) laborando em um supermercado (2ª reclamada), mas existe subordinação e pessoalidade para com o tomador) O autor, embora empregado da primeira reclamada, sempre prestou serviços de vigilância que beneficiaram a segunda reclamada. Ocorre que o autor recebia todas as ordens do gerente de loja da segunda reclamada, bem como não poderia ser substituído em seu posto de trabalho.
16 Assim, configurada a hipótese de terceirização ilícita, conforme súmula 331, III do TST, pois presentes entre empregado e tomador dos serviços os requisitos da pessoalidade e subordinação. Requer o reconhecimento de vínculo diretamente com a segunda reclamada, determinando-se a retificação da CTPS do autor. Ainda, ante a ilicitude da terceirização, requer a condenação solidária da primeira reclamada em relação a todos os créditos da demanda.
17 - Reconhecimento de vínculo e anotação de CTPS O reclamante laborou para a reclamada de a como empregado, embora tenha sido contratado como representante comercial autônomo. Todos os dias, o autor comparecia na ré para buscar roteiros de visitas a clientes e, ao final do expediente, o autor retornava na empresa ré para entregar relatórios de vendas e atendimentos.
18 Durante todo o contrato, o autor esteve sujeito a controle de horário pela reclamada, bem como obedecia a ordens do gerente de vendas da ré. O autor não poderia se fazer substituir em suas atividades e sempre teve metas de vendas a cumprir, recebendo valor fixo mais as comissões sobre as vendas que realizava. Percebe-se, portanto, que estavam presentes os requisitos dos arts. 2º e 3º da CLT, quais sejam subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade.
19 Diante do exposto, requer seja reconhecido o vínculo no período de a , sendo determinado que o réu realize a anotação da CTPS do reclamante, nos termos do art. 29 da CLT, sob pena de ser efetuada pela Secretaria da Vara do Trabalho, nos termos do art. 39 da CLT.
20 - Condenação ao pagamento de adicional de periculosidade (autor era frentista de posto de gasolina e foi dispensado sem justa causa, tinha salário fixo) O autor laborava operando bomba de gasolina, ou seja, em contato com substância explosiva e inflamável. Assim, nos termos do artigo 193 da CLT e súmula 39 do TST, tem direito ao adicional de periculosidade.
21 Requer a condenação do reclamado ao pagamento do adicional de periculosidade no importe de 30% sobre o salário do autor. Ante a habitualidade da parcela, esta deverá integrar a remuneração do autor para todos os efeitos, gerando reflexos em férias acrescidas de um terço, décimo terceiro salário, aviso prévio, FGTS com multa rescisória.
22 - Condenação ao pagamento de adicional de periculosidade (autor era frentista de posto de gasolina e foi dispensado sem justa causa, tinha salário por comissão) O autor laborava operando bomba de gasolina, ou seja, em contato com substância explosiva e inflamável. Assim, nos termos do artigo 193 da CLT e súmula 39 do TST, tem direito ao adicional de periculosidade.
23 Requer a condenação do reclamado ao pagamento do adicional de periculosidade no importe de 30% sobre o salário do autor. Ante a habitualidade da parcela, esta deverá integrar o salário do autor para todos os efeitos, gerando reflexos em repouso semanal remunerado, férias acrescidas de 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS com multa rescisória.
24 - Condenação ao pagamento de adicional de insalubridade (autor era vendedor, laborava exposto a ruído excessivo e foi dispensado sem justa causa, tinha salário fixo) O autor laborava exposto a ruído excessivo, ou seja, em condições insalubres, nos termos do artigo 189 da CLT. Assim, nos termos do artigo 192 da CLT, tem direito ao adicional de insalubridade.
25 Requer a condenação do reclamado ao pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo (40%) ou outro a ser fixado pela perícia, calculado sobre o salário mínimo. Ante a habitualidade da parcela, esta deverá integrar a remuneração do autor para todos os efeitos, gerando reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS com multa rescisória.
26 - Condenação ao pagamento de adicional de insalubridade (autor era vendedor, laborava exposto a ruído excessivo e foi dispensado sem justa causa, tinha salário por comissão) O autor laborava exposto a ruído excessivo, ou seja, em condições insalubres, nos termos do artigo 189 da CLT. Assim, nos termos do artigo 192 da CLT, tem direito ao adicional de insalubridade.
27 Requer a condenação do reclamado ao pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo (40%) ou outro a ser fixado pela perícia, calculado sobre o salário mínimo. Ante a habitualidade da parcela, esta deverá integrar a remuneração do autor para todos os efeitos, gerando reflexos em repouso semanal remunerado, férias acrescidas de 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS com multa rescisória.
28 - Reclamada efetuava descontos no salário do autor a título de furos de caixa, não havia previsão em CCT/ACT, reclamante não autorizou descontos O autor sofria mensalmente descontos salariais a título de furos de caixa. Assim, nos termos do artigo 462 da CLT, tais descontos são ilícitos, visto que não previstos em lei ou negociação coletiva. Tampouco houve autorização de descontos pelo autor, conforme artigo 462, 1º da CLT.
29 Ademais, o risco da atividade econômica é do empregador, nos termos do artigo 2º da CLT. Requer seja a reclamada condenada à devolução de todos os valores descontados do salário do autor.
30 - Reclamada fornecia cesta básica no valor de R$ 150,00 mensais e não era inscrita no PAT O autor recebia mensalmente cesta básica no valor de R$ 150,00. Assim, ante a gratuidade e habitualidade da parcela, nos termos do artigo 458 da CLT, deve ser reconhecida como salário in natura. Ressalte-se que a reclamada não era inscrita no PAT, contrariando o disposto na OJ 133 da SDI 1 do TST.
31 Requer o reconhecimento da natureza salarial da parcela, bem como sua integração ao salário do autor para todos os efeitos, gerando reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS com multa rescisória.
32 - equiparação salarial paradigma X recebia 20% a mais que o autor O autor laborava na mesma localidade, para o mesmo empregador, realizando as mesmas atividades (idêntica função) e com trabalho de igual valor que o paradigma X, porém este recebia 20% a mais de salário que o autor. Assim, nos termos do artigo 461 da CLT, deve ser reconhecida a existência de equiparação salarial. Requer a condenação do reclamado ao pagamento de diferenças salariais mensais, bem como reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS com multa rescisória.
33 - autor foi contratado para receber 5% de comissões sobre as vendas, mas apenas recebeu 3% O autor foi contratado para receber 5% de comissões sobre suas vendas, mas somente recebeu, ao longo do contrato, 3%. Assim, nos termos do 457, 1º da CLT as comissões possuem natureza salarial, sendo ilícita sua redução, nos termos do artigo 7º, VI da CF. Ainda, porque acarretou prejuízo ao trabalhador, nula a referida alteração contratual, conforme artigos 9º e 468 da CLT.
34 Requer a condenação do reclamado ao pagamento de diferenças de comissões mensais, bem como reflexos em repouso semanal remunerado, férias acrescidas de 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS com multa rescisória.
35 - Horas extras: autor laborava das 7h às 20h, de segunda à sábado, com 1h de intervalo intrajornada recebia adicional de insalubridade O autor laborava das 7h às 20h, de segunda à sábado, com 1h de intervalo intrajornada. Assim, excedidos os limites de 8 horas diárias e 44 semanais previstos no artigo 7º, XIII da CF e artigo 58 da CLT.
36 Requer a condenação do reclamado ao pagamento da horas extras, assim entendidas aquelas excedentes da 8ª diária ou 44ª semanal, com adicional de 50%, considerando-se como base de cálculo o salário do autor e o adicional de insalubridade por ele recebido. Ante a habitualidade da parcela, esta deverá integrar o salário do autor, gerando reflexos em RSR, férias acrescidas de um 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS com multa de 40%.
37 - Suponha que o intervalo na jornada acima fosse de apenas 30 minutos O autor tinha jornada acima de 6 horas diárias, mas seu intervalo era de apenas 30 minutos, contrariando o disposto no artigo 71 da CLT, que prevê intervalo mínimo de 1 hora. Requer a condenação do reclamado ao pagamento de uma hora extra por dia, com adicional de 50%, considerando-se como base de cálculo o salário do autor e o adicional de insalubridade por ele recebido.
38 Ante a habitualidade da parcela, esta deverá integrar o salário do autor, gerando reflexos em RSR, férias acrescidas de um 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS com multa de 40%. Tudo nos termos do artigo 71, 4º da CLT e súmula 437, I e III do TST.
39 ANÁLISE DETALHADA DE ASSUNTOS 1) Contrato de trabalho Breve resumo, contendo: data de admissão, rescisão contratual (quando e forma), último salário e função. Isto sempre é necessário para situar a outra parte e o julgador.
40 Sempre faça este tópico como o primeiro do mérito de sua demanda. Lembrando que se a petição não tem preliminares, você não precisa colocar o título mérito para depois passar a este tópico. Neste caso, faça o item contrato de trabalho logo após a qualificação das partes. Se a prova não trouxer os dados, você os deixará indicados.
41 2) Responsabilidade dos réus Deve-se tomar cuidado se a questão trouxer mais de um reclamado. Para ajuizar a ação em face de todos estes reclamados, você deverá abrir um tópico em que justifique e fundamente a cumulação de réus, bem como fazer o pedido quanto à responsabilidade destes (por exemplo se solidária ou subsidiária).
42 Grupo econômico: previsto no artigo 2º, 2º da CLT para urbanos. Responsabilidade solidária. Empregador único. Relembre da súmula 129 do TST, ou seja, a prestação de serviços para mais de uma das empresas do grupo, desde que na mesma jornada de trabalho, não caracteriza novo contrato. Artigo 3º, 2º da lei 5889/73 estabelece o grupo econômico para rurícolas:
43 Direcionar a ação em relação a todos os integrantes do grupo explicar o motivo da alegação. Pedido: Reconhecimento do grupo econômico e condenação solidária em relação aos créditos da demanda
44 Empreitada e subempreitada prevista no art. 455 da CLT empreiteiro e subempreiteiro. Nesta modalidade de contrato, há uma relação de trabalho, ou seja, não há vínculo de emprego. Um empreiteiro obriga-se a realizar alguma obra ara outrem, mediante um preço. Se este empreiteiro subempreitar a obra, ou seja, passar parte da obra (ou até mesmo toda ela) para uma outra pessoa realizar, a CLT prevê que ambos, subempreiteiro e empreiteiro responderão pelos contratos de trabalho. Esta responsabilidade, embora não esteja expressa na CLT, tem sido entendida como solidária.
45 Diante desta previsão, doutrina e jurisprudência entenderam, por extensão, que o dono-da-obra deveria responder pelos contratos de trabalho do empreiteiro. Neste caso, o TST editou a OJ 191 da SDI 1 do TST. Assim, exceto quanto o dono-da-obra não for pessoa ligada a construção ou incorporadora, a ação deve ser proposta em face de todos os réus (dono-da-obra, empreiteiro, subempreiteiro).
46 Pedido: Reconhecimento da empreitada e condenação solidária em relação aos créditos da demanda
47 Sucessão de empregadores (artigos 10 e 448 da CLT). Direciona a demanda em relação ao sucessor (divergências quanto à espécie de responsabilidade), mas a corrente majoritária é a de que o sucessor responde integral e exclusivamente pelos débitos trabalhistas. Explicar o que houve com o contrato de trabalho e as atividades do empregador, requerendo a sucessão e responsabilidade integral do sucessor.
48 Quanto aos bancos, relembre-se da OJ 261 da SDI 1 do TST. Não esquecer, ainda, da recente OJ 411, da SDI 1 do TST.
49 Pedido: Reconhecimento da sucessão e condenação do sucessor ao pagamento dos créditos da demanda
50 Terceirização, na falta de lei que especificamente regule a matéria, o TST editou a Súmula 331, que traz os casos e terceirização lícita e ilícita. Direciona a demanda em relação ao empregador e ao tomador (tem que qualificar os dois) explicar o que houve com o contrato de trabalho e as atividades do empregador.
51 Explicar que o trabalhador foi contratado pelo prestador de serviços, mas que exercia atividades que beneficiavam o tomador. Sustentar a responsabilidade subsidiária do tomador com base no inciso IV da súmula 331, pode-se falar em culpa in eligendo e culpa in vigilando do tomador.
52 Pedido: Reconhecimento da terceirização e condenação subsidiária do tomador ao pagamento dos créditos da demanda. **** se for terceirização ilícita, deve ser feito pedido de reconhecimento de vínculo direto com o tomador!!! Há controvérsias, mas o entendimento majoritário é pela responsabilidade solidária da empresa que intermediou a mão-deobra.
53 3) Vínculo de emprego Relatar os requisitos do art. 3º da CLT (pessoalidade, onerosidade, não-eventualidade e subordinação) e também do art. 2º da CLT, para deixar clara a existência de empregado e empregador. Pode pedir a nulidade do contrato que existia entre as partes, de acordo com art. 9º da CLT (quando representante comercial, autônomo, estagiário...) Pedir reconhecimento do vínculo e anotação da CTPS artigo 29 da CLT
54 Pedido: reconhecimento de vínculo no período X e condenação do réu à anotação da CTPS, sob pena de ser efetuada pela Secretaria da Vara do Trabalho *** se já tiver período anotado na CTPS o pedido e de reconhecimento de vínculo desde XX e retificação da CTPS, sob pena de ser efetuada pela Secretaria da Vara do Trabalho.
55 OBSERVAÇÃO: se o autor da ação já teve a CTPS assinada, você não deve fazer este tópico. Se a CTPS foi assinada em apenas parte do vínculo, então é necessário justificar a existência de vínculo de emprego no período anterior/posterior ao anotado, pedir o reconhecimento de vínculo deste período e a retificação da CTPS.
56 4) Salário e Remuneração Verificar parcela e se existem diferenças ou condenação ao pagamento integral Explicar os motivos do direito à parcela em questão Pedido: primeiro pedir a condenação do réu ao pagamento da parcela (integral ou diferenças) e depois pedir a integração da parcela ao conjunto remuneratório (indicar base de cálculo quando isto for necessário ex. adicional periculosidade)
57 *** no caso de parcelas cuja natureza salarial pode ser controvertida (ex. diária de viagem, prêmio, gratificação, vale-alimentação, cesta básica, etc), deve-se pedir antes de tudo o reconhecimento da natureza salarial da parcela.
58 - multa rescisória (40% de FGTS) somente pedir reflexos quando ela existir!!! Conferir modalidade da rescisão!!! - reflexos no aviso prévio somente quando ele for indenizado, se foi cumprido não há reflexos!!!
59 *** você deve justificar na peça os requisitos para verificação da equiparação salarial, bem como pedir diferenças salariais mês a mês e reflexos (por ex: em aviso prévio, décimo terceiro, férias acrescidas de um terço, FGTS e multa de 40%). *** lembre sempre que é obrigatória a indicação do nome do paradigma, ou seja, indicar em relação a quem você pretende que o salário de seu cliente seja equiparado, sob pena de inépcia da petição inicial.
60 5) Jornada Verificar parcela e se existem diferenças ou condenação ao pagamento integral. Fundamentos jurídicos principais: Artigos 58 e ss da CLT, artigo 7, XIII, XIV, XVI da CF.
61 Explicar os motivos do direito à parcela em questão excedia quais limites de jornada. Ver se tem nulidade de acordo de compensação ou prorrogação para pedir (ex. nulidade do banco de horas porque o autor laborava mais do que duas horas extras por dia).
62 Cuidado com as diversas hipóteses de horas extras (excedente da 8ª diária ou 44ª semana, supressão do intervalo intrajornada, supressão do intervalo interjornada, horas in itinere, domingos e feriados laborados e não compensados, a jornada especial de bancários, pro exemplo, etc). É interessante fazer um item para cada uma das espécies de horas extras e então fazer o pedido de cada item.
63 Por exemplo: fazer um item jornada de trabalho horas excedentes da 8ª diária ou 44ª semanal e outro item jornada de trabalho intervalo intrajornada. O risco de fazer um item somente é até declinar toda a causa de pedir (fatos e fundamentos), mas esquecer de fazer pedidos para cada uma das modalidades de horas extras.
64 Pedido: primeiro pedir a condenação do réu ao pagamento da parcela (integral ou diferenças) e depois pedir a integração da parcela ao conjunto remuneratório e reflexos (indicar base de cálculo e adicional)
65 MUITO IMPORTANTE: NÃO LIMITE O DIREITO DE SEU CLIENTE, OU SEJA, NÃO PEÇA 2 HORAS EXTRAS POR DIA, POR EXEMPLO. SEMPRE PEDIR HORAS EXTRAS EXCEDENTES A UMA JORNADA: 8ª DIÁRIA OU 44ª SEMANAL, 6ª DIÁRIA OU 36ª SEMANAL, VAI DEPENDER DO CASO CONCRETO
66 QUANDO FOR INTERVALO INTRAJORNADA, ART. 71 DA CLT E SÚMULA 437 (INCISOS) DO TST, O PEDIDO DEVE SER DE 15 MINUTOS DE HORAS EXTRAS POR DIA OU DE 1 HORA EXTRA POR DIA, DEPENDE DA JORNADA.
67 7) Rescisão contratual Reintegração: explicar os motivos da nulidade da dispensa (dirigente sindical, gestante, cipeiro, etc). Pedir seja reconhecida a garantia provisória de emprego, a nulidade da rescisão e a reintegração com pagamento das parcelas desde a dispensa e o retorno (salários + férias acrescidas do terço + 13º salário + FGTS e multa rescisória). Em caráter sucessivo, pedir a indenização compensatória (salários + férias acrescidas do terço + 13º salário + FGTS e multa rescisória).
68 Nulidade e Reversão da Justa Causa: explicar os motivos pelos quais a justa causa não é válida (excesso punição, dupla punição, falta de imediatidade, etc). Nulidade e Reversão do Pedido de Demissão: explicar os motivos pelos quais o pedido de demissão não é válido (empregado foi coagido, etc).
69 Pedido: declaração de nulidade da justa causa/ do pedido de demissão. Após, pedir a reversão para dispensa sem justa causa e as verbas rescisórias decorrentes (aviso prévio indenizado e projeção no tempo de serviço, férias proporcionais acrescidas de 1/3, décimo terceiro proporcional, multa de 40% de FGTS sobre todos os depósitos da contratualidade). Por fim, pedir a entrega das guias para liberação/ saque do FGTS e habilitação no seguro desemprego (neste último caso, fazer ainda pedido sucessivo de indenização compensatória art. 927 do CCB e Súmula 389, II do TST).
70 - se a questão menciona que o reclamante foi dispensado por justa causa e recebeu verbas rescisórias, sempre lembrar que ele recebeu saldo de salário e férias vencidas acrescidas de 1/3 e não pedir!!! Agora se a questão mencionar que nenhuma verba foi recebida, então deve pedir tudo!!!
71 - lembre-se: você somente vai pedir a reintegração (sucessivamente indenização pelo período correspondente a esta) se o empregado tinha estabilidade provisória, se ele não tinha, é apenas pedido de reversão e diferenças de verbas rescisórias!!!
72 Rescisão Indireta: explicar os motivos pelos quais deve ser aplicada a justa causa no empregador. Artigo 483 da CLT. Neste caso, via de regra, o contrato ainda está em curso (nenhum empregador reconhecerá sem decisão judicial esta modalidade de rescisão...). As questões de prova que até o momento trouxeram esta modalidade de rescisão, deixaram claro que o empregado ainda estava trabalhando, mas que isso não mais se mostrava possível tento em vista as faltas graves cometidas pelo empregador.
73 Pedido: reconhecimento da falta grave praticada pelo empregador e rescisão indireta do contrato de trabalho. Após, pedir as verbas rescisórias decorrentes (aviso prévio indenizado e projeção no tempo de serviço, férias proporcionais acrescidas de 1/3, décimo terceiro proporcional, multa de 40% de FGTS sobre todos os depósitos da contratualidade). Por fim, pedir a entrega das guias para liberação/saque do FGTS e habilitação no seguro desemprego (neste último caso, fazer ainda pedido sucessivo de indenização compensatória art. 927 do CCB e Súmula 389 do TST).
74 Verbas rescisórias FAZER O PEDIDO SEMPRE COMO UM ITEM SÓ, NÃO PRECISA FAZER ITENS SEPARADOS PARA AVISO PRÉVIO, FÉRIAS + 1/3, 13º SALÁRIO, FGTS COM MULTA DE 40%
75 - estamos colocando apenas referência a férias + 1/3, não estamos falando (exceto na justa causa do empregado) em vencidas ou proporcionais porque isto dependerá do tempo do contrato e se o empregado usufruiu ou não férias antes da rescisão
76 - lembrar que aviso prévio indenizado pelo empregado projeta o contrato para todos os efeitos, inclusive a prescrição!!!! Cuidado com esta pegadinha na prova!!! Ver OJ 82 e 83 da SDI 1 do TST.
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