NOTÍCIAS FISCAIS Nº BELO HORIZONTE, 12 DE MAIO DE 2014.

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1 NOTÍCIAS FISCAIS Nº BELO HORIZONTE, 12 DE MAIO DE O conflito não é entre o bem e o mal, mas entre o conhecimento e a ignorância. Buda TROCA DE TITULARIDADE DE CONTA NÃO ISENTA DE CPMF... 2 STJ JULGA PRAZO DE PRESCRIÇÃO DE COMPENSAÇÃO INDEVIDA... 3 PAÍS AVANÇA NO COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO... 4 EMPREGADO BUSCA APENAS COMIDA... 8 MINISTRA REJEITA HC DE ACUSADOS DE CRIMES FISCAIS QUE PEDIAM LIBERDADE COMISSÃO APROVA CRIAÇÃO DO REGIME DE SOCIEDADE ANÔNIMA SIMPLIFICADA EMPRESA INDENIZARÁ EMPREGADO POR ANOTAR ATESTADOS MÉDICOS NA CARTEIRA DE TRABALHO EMPRESA DE TRANSPORTE QUE ATUAVA COMO HOLDING RECOLHERÁ CONTRIBUIÇÃO AO SESCON LUCROS NO EXTERIOR E TRATADOS INTERNACIONAIS... 15

2 Troca de titularidade de conta não isenta de CPMF Fonte: Valor Econômico. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, que troca de titularidade de conta corrente não isenta o cliente da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). No caso, a mudança foi solicitada após operação de incorporação realizada por empresas do grupo TIM. A CPMF vigorou entre 1997 e 2007 e incidia sobre movimentações bancárias. A incorporadora preferiu pedir a alteração e assumir a titularidade da conta bancária da incorporada em vez de pedir a transferência dos recursos financeiros de uma conta para outra. Como não houve transação bancária, alega que não deve incidir a contribuição. Segundo o advogado da TIM, Gabriel Manica, do Castro, Barros, Sobral, Gomes Advogados, a discussão começou em Na época, a TIM Nordeste foi incorporada pela Maxitel, que também pertencia ao grupo. Posteriormente, a incorporadora mudou seu nome para TIM Nordeste. Após a incorporação, a Maxitel pediu ao banco que a titularidade da conta corrente da TIM Nordeste fosse alterada, passando para seu nome. Antes, a companhia havia feito consulta à Receita Federal, que declarou que incidiria a CPMF na operação. Em razão disso, a Maxitel propôs um mandado de segurança preventivo na Justiça. A decisão judicial da segunda instância foi favorável à empresa. No STJ, entretanto, a 1ª Turma entendeu como devida a CPMF. O ministro relator, Benedito Gonçalves, considerou que a modificação da titularidade se dá para que os valores da incorporada fiquem disponíveis à incorporadora. Dessa forma, há movimentação financeira. O advogado da TIM discorda do posicionamento, mas afirma que não é possível recorrer à 1ª Seção. "Não há mudança no número da conta ou de agência. As regras continuam as mesmas", diz. Porém, segundo Manica, não há precedentes favoráveis às companhias em processos similares que permitam a proposição de recurso. Já a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), por meio de nota, afirma que não há "mera alteração cadastral" no caso. "Há, na verdade, efetiva transferência de patrimônio entre diferentes titulares, uma vez que a legislação brasileira reconhece que no ato de incorporação há a extinção da empresa incorporada e a transferência de seus bens à empresa incorporadora".

3 STJ julga prazo de prescrição de compensação indevida Fonte: Valor Econômico. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a julgar processo que discute a possibilidade de a Receita Federal cobrar débito fiscal gerado por compensação indevida após o prazo de prescrição de cinco anos. No caso, a compensação foi feita pelo contribuinte por meio de tutela antecipada (espécie de liminar). Para a União, o prazo não poderia começar a ser contado antes do julgamento de mérito da questão. O caso analisado pela 1ª Turma do STJ é referente a uma compensação feita antes de 2002 pela Fornecedora Comercial Mar, uma distribuidora de ferro e aço do Espírito Santo. A partir daquele ano, a Lei nº estabeleceu que o crédito tributário reconhecido pela via judicial só poderia ser usado após a finalização do processo (trânsito em julgado). Por enquanto, foram proferidos no julgamento três de um total de seis votos - dois favoráveis ao Fisco e o outro à empresa. A análise do caso foi interrompido por um pedido de vista. No processo, a companhia propôs, em 1999, uma ação judicial para obter o direito à restituição de valores de PIS pagos a maior. No mesmo ano, a primeira instância deferiu tutela antecipada que garantia o direito à compensação do montante supostamente recolhido indevidamente. Com a decisão, ainda em 1999, a empresa deixou de recolher PIS e Cofins por três meses. Por meio da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), informou à Receita Federal não ter pago os tributos por conta da liminar que permitia a compensação. Em 2005, porém, o Fisco ajuizou uma ação de execução (cobrança) contra a companhia por considerar que a compensação foi indevida. A União defende que, enquanto a ação proposta pela empresa para pedir a restituição do PIS tramitava no Judiciário, a exigibilidade do crédito estava suspensa e, assim, o prazo de prescrição também. Já a companhia afirma que o débito está prescrito. Para o advogado que representa a empresa no processo, Ricardo Micheloni, do escritório Micheloni Advogados Associados, a Receita Federal poderia ter feito o lançamento do débito para cobrá-lo depois. "O Fisco, inequivocadamente, tinha informações sobre a compensação [por meio a DCTF]", diz. Até agora, os integrantes da 1ª Turma estão divididos sobre o caso. O relator, ministro Benedito Gonçalves, entendeu que a ação judicial suspende a exigibilidade do crédito e, portanto, o débito não estaria prescrito. "Em razão da mencionada ação, [o Fisco] não poderia fazer a cobrança", diz. O voto do magistrado foi seguido pelo ministro Sérgio Kukina. O ministro Ari Pargendler, porém, abriu a divergência. Durante o julgamento, destacou que as decisões no processo que discutia os créditos de PIS citavam que

4 o contribuinte poderia fazer a compensação e caberia à Receita conferir se o crédito era devido. Apesar de ainda não ter votado, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho declarou durante o julgamento que, mesmo que não houvesse essa afirmação nas decisões, o Fisco poderia ter analisado se a compensação era devida e tomar as providências cabíveis. O procurador João Batista de Figueiredo, coordenador-geral da representação judicial da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), concorda com o entendimento do relator. Para ele, não seria possível a cobrança enquanto a discussão tramitava no Judiciário. "Se eu não posso exigir o crédito, não teria como exercer meu direito de cobrar. Por isso, não poderia estar prescrito", diz. Após o voto divergente, o próprio relator pediu vista. O caso não tem data para voltar à pauta da 1ª Turma do STJ. País avança no combate ao trabalho escravo Fonte: Valor Econômico. O alojamento era de tábuas. Banheiro não existia e a única opção para banho era o riacho, onde as roupas também eram lavadas. O mato substituía o vaso sanitário. As condições do local, onde viveria pelos próximos oito meses, eram muito piores do que a casa onde morava. Mas Carlito da Silva, na época com 17 anos, não se importou. Ele precisava do emprego e se adaptou à nova realidade e a uma jornada superior a dez horas diárias. Carlito, hoje com 26 anos, faz parte de uma lista do governo brasileiro de pessoas resgatadas, entre 1995 e meados do ano passado, em condições de trabalho análogas às de escravo. Ao contrário da maioria, ele conseguiu romper esse ciclo, fazer um curso técnico e hoje é eletricista de uma empresa de Cuiabá. Saudade daquele tempo? "Não, de forma alguma", diz. Ainda assim, o trabalhador afirma que precisa ser justo com o gato - intermediador que o contratou para trabalhar na fazenda - porque ele era uma pessoa boa. "Não posso falar mal dele porque minha situação era melhor que nas outras fazendas. O gato nunca deixou faltar comida, água limpa e sempre pagou em dia."

5 Seu resgate, juntamente com o de outros trabalhadores, ocorreu em 2004 em uma fazenda na região de Mutum, em Mato Grosso, por uma equipe de auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e procuradores do Ministério Público do Trabalho. O Estado é um dos que mais registram denúncias de trabalho escravo rural no Brasil, principalmente nas atividades de carvoaria e preparo de pasto para a pecuária. O Pará está na liderança. Na área urbana, o problema está concentrado em São Paulo, principalmente nas indústrias de confecção e construção. Mas há registros em outros Estados, como Minas Gerais e Rio de Janeiro. Segundo o MTE, no ano passado, trabalhadores foram resgatados em áreas urbanas, em 45 operações. No caso de Carlito, após a fiscalização, o "posto de trabalho" foi fechado quando constatadas as condições desumanas em que os profissionais exerciam suas atividades. O fazendeiro, com o qual nunca tivera contato, foi obrigado a assinar a carteira e a promover a rescisão contratual de todos, pagando verbas trabalhistas devidas, como férias e horas extras. No Brasil, submeter alguém à condição de trabalho similar a de escravo é crime, tipificado no artigo 149 do Código Penal. A conduta se caracteriza pelos trabalhos forçados, jornadas exaustivas, condições degradantes de trabalho e restrição da locomoção do trabalhador, seja em razão de dívida ou outro motivo. Acrescente-se a isso, a vigilância ostensiva e a retenção de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de mantê-lo no local de trabalho. Na Justiça do Trabalho, que pune com cada vez mais rigor empregadores flagrados nessa situação, os tribunais se baseiam em tratados internacionais, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - que prevê as condições para o exercício profissional e obrigações do empregador - e principalmente no artigo 1º, incisos III e IV, da Constituição Federal. O dispositivo constitucional estipula como fundamento da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. A indenização mais alta paga por empresa em razão da prática, segundo o MPT, foi de R$ 15 milhões. No caso, foi fechado um acordo no Judiciário. O processo envolveu a construtora OAS, responsável pelas obras do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no ano passado e parte desse dinheiro foi revertido para a própria acomodação e regularização dos trabalhadores provenientes de outros Estados. Na ocasião, foram resgatadas 111 pessoas. Apesar do montante ser o mais significativo, o caso considerado emblemático por profissionais da área foi finalizado em 2012 pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Foi a primeira vez que um processo sobre o tema transitou em julgado na Corte - quando não há mais recurso. O tribunal manteve decisão de segunda instância que determinou à Construtora Lima Araújo e à Lima Araújo Agropecuária o pagamento de danos morais coletivos de R$ 5 milhões por trabalho escravo em fazendas do grupo no Pará, por práticas reiteradas, que iam

6 desde a falta de água potável até a venda de equipamentos de proteção individual, atraso nos pagamentos e inexistência de folgas. O valor pedido pelo MPT no processo era superior a R$ 80 milhões, mas foi fixado em R$ 3 milhões na primeira instância e posteriormente em R$ 5 milhões pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. O TST entendeu que o valor era justo e razoável, pois a condição de trabalho escravo ou similar acarreta ofensa frontal à dignidade da pessoa humana e, "reflexamente a todo o sistema protetivo trabalhista e aos valores sociais do trabalho protegidos pela Constituição". Para o tribunal, a punição teria o objetivo de inibir condutas semelhantes. Participante de inúmeros resgates como membro do Ministério Público do Trabalho ao longo de uma carreira de 25 anos, o procurador-geral do trabalho Luís Antônio Camargo de Melo afirma que a situação do trabalho escravo contemporâneo no Brasil é grave, mas avalia que já foi infinitamente pior. Ainda assim, para ele, não há dúvidas de que caminhamos para erradicar esse mal. "Quando? Não sei. Mas o Estado brasileiro se comprometeu com essa tarefa e estamos muito melhor do que há 20 anos, pois temos uma atuação articulada [entre MPT, MTE, polícias e entidades civis] e um tratamento sigiloso das denúncias", diz. Esse avanço, segundo ele, só foi possível a partir de 1995 quando o Brasil assumiu o problema e passou a combatê-lo. A busca pela responsabilização das empresas pelo trabalho escravo, ainda que a prática seja da contratada terceirizada, começou na década de 90 pelo MPT. De acordo com Melo, é a teoria do domínio do fato, que desde aquela época é adotada pelo órgão. Nesse sentido, quem terceiriza e se beneficia do trabalho escravo deve ser responsabilizado. A aplicação desse entendimento pelo Ministério Público ocorreu muito antes do julgamento do mensalão (Ação Penal 470) pelo Supremo Tribunal Federal, quando ficou popularmente conhecida. "Essa é a única forma de responsabilizar o principal beneficiário da cadeia produtiva", afirma. A teoria começou a ser aplicada em processos que envolviam siderúrgicas na cadeia produtiva do carvão vegetal. "Não adiantava ir atrás do produtor de carvão, pois a siderúrgica sempre acharia outro que vendesse. A partir do momento em que elas foram responsabilizadas, tiveram problemas com seus parceiros comerciais no exterior e contratos rompidos, passaram a tomar mais cuidado com a compra do carvão." É em razão dessa teoria, que hoje grandes grupos da indústria da confecção respondem a autuações ou a processos judiciais por trabalho escravo contemporâneo. "Os responsáveis sempre negam que sabiam do trabalho escravo da terceirizada. Isso você sempre vai escutar, mas eles se beneficiavam e isso é o que importa", afirma. Nos últimos anos, foram vários casos nas áreas urbanas que ganharam as manchetes dos noticiários. Exemplos recentes são da varejista espanhola Zara

7 que fechou um acordo de R$ 3,4 milhões - um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) - com o MPT, que a investigava pela prática de confecções terceirizadas. Já as Casas Pernambucanas respondem a uma ação civil pública proposta pelo MPT sobre o assunto, com audiência marcada para 6 de junho. De acordo com o procurador-geral, as denúncias em áreas urbanas começaram a crescer a partir de 2000 e naquela época já envolviam bolivianos. O chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do MTE, Alexandre Lyra, afirma que, em algumas fiscalizações, verificou-se que trabalhadores recebiam em média R$ 1,50 por peça fabricada, trabalhavam em média 16 horas, viviam no mesmo local onde trabalhavam - casas de poucos cômodos, que abrigavam de três a quatro famílias - e demonstravam um enorme medo da deportação. Na percepção de Lyra, o trabalho escravo urbano sempre existiu, mas as atenções estavam mais voltadas para o campo, pois foi de onde surgiram as primeiras denúncias. Já o procurador-geral do trabalho credita o aumento das denúncias em áreas urbanas ao crescimento econômico da última década. Lyra acrescenta que, apesar das áreas serem diferentes, tanto na zona urbana quanto na rural o tratamento a que são submetidos os trabalhadores é o mesmo: desrespeito à dignidade humana. A maior parte das investigações realizada pelas autoridades brasileiras (MPT, MTE e polícias) tem origem em denúncias, que chegam por diversos meios. Desde o espaço previsto no site do MPT, denúncias repassadas por ONGs, ao testemunho do próprio trabalhador que conseguiu fugir do local onde estava. O procurador regional da Coordenadoria do Combate ao Trabalho Escravo do Mato Grosso, Thiago Ribeiro, afirma que após a denúncia é aberta uma investigação que, se tiver fundamento, levará a uma diligência ao local - que normalmente envolve o grupo móvel de combate ao trabalho escravo, existente desde 1995, e formado por procuradores do trabalho, auditores e policiais. Constatada a condição de trabalho escravo, há o resgate. Nesse momento, busca-se fazer com que o proprietário assine a carteira do trabalhador e pague o salário e demais verbas devidas. "Se isso não ocorrer uma ação em caráter de urgência já é ajuizada para assegurar o pagamento, sob pena de multa significativa", diz Ribeiro. Nessas ações, normalmente, são pedidas as indenizações por danos morais coletivos, cujos valores estão cada vez mais altos. O montante arrecadado, em muitos casos é revertido em projetos de educação e cursos profissionalizantes dos trabalhadores. Como no caso de Carlito da Silva. Após seu resgate, ele fez um curso de eletricista oferecido dentro de um projeto de assistência ao trabalhador resgatado mantido pelo MPT, MTE e entidades parceiras. Ele está há seis anos em uma mesma empresa em Cuiabá e se orgulha de agora ter uma profissão.

8 Procurados pelo Valor, o grupo Inditex, controlador da Zara, e as Casas Pernambucanas enviaram notas sobre o assunto. O Inditex afirma que sempre investiu em uma política de controle da cadeia produtiva. Em 2011, conforme a nota, um fornecedor, responsável por menos de 3% da produção no país, burlou o código de conduta do grupo, o que levou a um rompimento das relações comerciais. Já as Casas Pernambucanas informou que tem investido todos os anos em mecanismos e processos que desenvolvam a qualidade e a lisura de seus fornecedores. Isso tudo, no entanto, diz nota, "não é suficiente caso algum ente do mercado atue de má-fé". A OAS e o Grupo Lima Araújo não deram retorno. Empregado busca apenas comida Fonte: Valor Econômico. Abaixo seguem os principais pontos da entrevista do procurador-geral do trabalho, Luís Antônio Camargo de Melo: Valor: Qual o conceito de trabalho escravo contemporâneo? Luís Antônio Camargo de Melo: Ao contrário dos que tentam enganar a opinião pública, a conceituação não é falha e oferece segurança jurídica. Muitos adversários nossos se socorrem de uma linha de argumentação falaciosa no sentido de que o que se combate é uma mera irregularidade trabalhista. Isso não é verdade. Há situações gravíssimas, ofensa aos direitos humanos, a princípios constitucionais que são muito caros ao Brasil. A Constituição traz no artigo 1º a determinação de que é preciso respeitar a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho. Não está lá porque o legislador não tinha coisa mais importante para colocar lá. Valor: Então, o que seria o trabalho escravo? Melo: O Código Penal estipula quatro condições: trabalho forçado, jornada exaustiva, condição degradante e a servidão por dívida. Do meu ponto de vista, dentro desta norma penal, há apenas duas condições. O trabalho forçado e a condição degradante porque a maior causa do trabalho forçado é a servidão por dívida. Estamos falando de uma situação que o trabalhador não tem forças para romper, por conta de violência ou por uma dívida mentirosa, mas que acredita existir. Por isso, ele vai trabalhar como um condenado para pagar aquela dívida. Mas não conseguirá. Valor: O que caracteriza uma condição degradante? Melo: Essa condição inclui a jornada exaustiva. O que quero dizer? Quem trabalha oito, dez ou doze horas por dia não necessariamente está em uma jornada exaustiva. Não se mede unicamente pela quantidade de horas, mas principalmente pela atividade que está sendo desenvolvida e se ela leva à exaustão. Para ver se isto ocorre, deve-se observar se o trabalhador terá

9 condições físicas de cumprir aquela atividade. Some-se a isso as péssimas condições. Há lugares que não têm água potável e banheiro. Valor: O senhor fala de adversários, quem seriam? Melo: São muitos, principalmente os que dizem que não há trabalho escravo no Brasil. Empresários, produtores rurais, líderes setoriais, parlamentares e integrantes do Executivo. É aquele sujeito que diz que, em uma determinada operação, foi processado porque o colchão do trabalhador não estava na altura definida pela norma do Ministério do Trabalho e Emprego. Conversa fiada. Quando se chega a uma propriedade e há alojamentos em péssimas condições, dificilmente a única irregularidade será essa. Há um conjunto de coisas e não apenas o colchão fino. Valor: Os libertados voltam a trabalhar nessas situações? Melo: Sim. Oferece-se ao trabalhador um contrato em outra cidade, em propriedade rural ou confecção, e ele aceita. Isso ocorre porque não tem alternativas, porque a maioria é analfabeto ou analfabeto funcional, não tem formação. Está em sua cidade passando fome e tem família para sustentar. Já vi gente pedindo para não se fechar o lugar onde trabalhava porque ali, apesar dos pesares, a pessoa conseguia comer. Valor: O trabalhador tem necessidade econômica e é atraído por falsas promessas? Melo: Sim. Ele já sai de sua região diminuído. Isso é grave. As pessoas que não enxergam isso não são somente insensíveis, mas estão à frente de um projeto em busca de um lucro maior. Então não há inocente nessa história. Isso não é cultural, mas parte do processo produtivo. Antes você tinha um escravo, e isso era permitido pela legislação. Acabou-se com a escravidão, mas o processo produtivo não mudou, continua o mesmo. É a busca do maior lucro. Valor: Poderia dar um exemplo? Melo: Em uma linha de produção, com aquela esteira em velocidade assustadora, o trabalhador é obrigado a fazer 18 movimentos em 15 segundos e pode ficar doente, ter LER e ficar incapacitado. A empresa acaba contratando outro para daqui a pouco este também ficar pendurado na Previdência. É o processo produtivo. Mudar isso requer um investimento alto. Então, prefere-se pagar multa, responder a uma ação na Justiça, mas manter o processo produtivo porque ele é mais lucrativo. Acidente de trabalho não é caso fortuito, tem previsão dentro desse processo produtivo, e sai mais barato. Valor: Como é o acompanhamento do trabalho escravo? Melo: Quando comecei a fazer isso em 1992, ia no carro da procuradoria, com um auditor e um motorista. Era algo desorganizado, voluntarista, íamos ver a denúncia que estava no caderno da Pastoral da Terra. Hoje, temos grupos organizados: o Ministério Público do Trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego e a Polícia Federal. Esses grupos atuam organizadamente. Hoje consegue-se dar um tratamento sigiloso à denúncia. Antes não. Várias vezes

10 cheguei em propriedade rural depois de viajar por horas na estrada de chão e, às sete da manhã, estavam nos aguardando para o café da manhã. A situação atual é melhor. Há um caminho a percorrer, mas se observarmos os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, veremos que os números de resgates estão diminuindo, mas em contrapartida, surgiu o foco urbano. Valor: Por que há essa inversão? Melo: Acredito que esse tipo de exploração na área urbana sempre ocorreu e aumentou por conta do crescimento econômico que o Brasil vem experimentando. No começo dos anos 2000, as denúncias na área urbana começaram a crescer, principalmente envolvendo os bolivianos. Valor: Qual foi a pior situação de degradação que já viu? Melo: Gente trabalhando simplesmente pela comida. Trabalhador acampado na beira do córrego, usando buraco no chão para guardar água para beber, lavar louça e tomar banho. Tem a história de um auditor fiscal sobre um cachorro. A sede da fazenda tinha casinha de alvenaria para o bicho, com cumbuquinha para ele comer. Os trabalhadores estavam no meio do mato, debaixo de lona. Não quero que o cachorro seja maltratado, mas que o trabalhador seja tratado como pessoa porque, nesse caso, nem como cachorro era. Valor: Qual é a situação mais gratificante que vivenciou? Melo: O resgate de um trabalhador. É você dizer: meu amigo vamos embora daqui. Ver o trabalhador dizer que nunca viu tanto dinheiro porque recebeu R$ 2 mil na rescisão e não sabe lidar com aquilo. É ver ele ganhar uma carteira de trabalho e observá-la como se fosse um troféu, medalha de ouro em uma Olimpíada. Valor: O senhor já recebeu ameaças? Melo: Teve uma época em que estava recebendo telefonemas de gente falando que sabia dos horários da minha mulher e filhos. Um juiz uma vez me falou para não mexer com determinada investigação e que algo poderia acontecer comigo. Mas o mais grave foi um acidente na rodovia. Duas caminhonetes sofreram sabotagem. O parafuso da roda foi afrouxado nas duas, uma delas tombou e quando fomos ver, o parafuso da roda da outra também estava solto. Com um pouco de sorte e por perícia do motorista, o carro não tombou. Isso foi no Mato Grosso do Sul. Ministra rejeita HC de acusados de crimes fiscais que pediam liberdade Fonte: Valor Econômico. A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou inviável) ao Habeas Corpus (HC) em que quatro sócios da Smar Equipamentos Industriais Ltda. pediam revogação de prisão preventiva decretada pela Justiça Federal em Ribeirão Preto (SP) e mantida

11 por decisões monocráticas no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). No caso, a relatora não constatou flagrante ilegalidade ou abuso de poder que justificassem a supressão de instância, uma vez que inexiste decisão de mérito anterior. De acordo com a ministra, os autos apontam a presença de indícios do envolvimento dos quatro em grupo organizado voltado à prática dos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, uso de documento público ideologicamente falsificado, descaminho, evasão de divisas, e lavagem e ocultação de valores, configurando fundamento suficiente para manutenção da prisão preventiva pelo risco de reiteração criminosa e à ordem pública. Segundo o processo, os débitos tributários, perante as Receitas Federal e Estadual, somariam mais de R$ 1,6 bilhão, oriundos de esquema engendrado com o objetivo de promover o domínio econômico, através de lucros irreais, obtidos por meio de sonegação fiscal. Documentos coligidos aos autos dão conta de que, desde o ano de 1984, os dirigentes do Grupo Smar Ltda. apresentam registros de antecedentes criminais, consubstanciados na opção, livre e consciente, de utilizar, em tese, o conglomerado empresarial para práticas criminosas, observa a relatora. A ministra destaca que, ao formular a prisão preventiva dos acusados, o Ministério Público Federal afirmou não se tratar de simples inadimplemento no pagamento dos tributos, mas de estratagema desenvolvido pelos dirigentes do grupo, de modo consciente e deliberado, desde o ano de 1984, com vistas a promover o domínio do mercado econômico em razão dos lucros irreais obtidos por meio da sonegação fiscal deliberada, fato este devidamente comprovado nos autos em razão das centenas de ações penais por crimes fiscais propostas contra seus sócios e administradores desde o ano de 1989, conforme tabelas demonstrativas elaboradas no bojo do pedido. A relatora apontou ainda que mesmo diante da formulação do pedido de prisão preventiva, foram protocolados na Procuradoria da República mais cinco procedimentos administrativo-fiscais contra os responsáveis pela empresa, além de ter sido instaurado na Delegacia da Polícia Federal de Ribeirão Preto/SP inquérito policial a fim de apurar eventual crime de descaminho, justificando a motivação idônea para a decretação da preventiva, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Hipóteses a envolver a reiteração de delitos podem, quando valoradas em conjunto com as demais circunstâncias concretas do fato, embasar a conclusão pela necessidade da prisão cautelar para garantia da ordem pública, em razão do efetivo risco de prosseguimento das práticas delitivas, anotou a relatora ao negar seguimento ao HC.

12 Comissão aprova criação do regime de Sociedade Anônima Simplificada Fonte: Portal da Câmara dos Deputados. A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou nesta quarta-feira (7) o Projeto de Lei 4303/12, do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que cria o regime especial de Sociedade Anônima Simplificada (SAS). A proposta altera a Lei das S.A. (6.404/76). A proposta original possibilita a adoção do regime para empresas com patrimônio líquido abaixo de R$ 48 milhões, mas o relator da proposta, deputado Guilherme Campos (PSD-SP), apresentou emenda para que empresas médias sejam incluídas, e o teto aprovado pela comissão passou a ser de R$ 300 milhões. O projeto prevê ainda que essas empresas sejam incluídas no Supersimples, previsto na Lei Complementar 123/06. Para Campos, o mérito dessas medidas é fazer com que os micro e pequenos empresários brasileiros sejam atendidos pela praticidade e segurança que o regime jurídico das sociedades anônimas oferece. Publicidade O relator também alterou as exigências de publicidade dessas empresas, com o intuito de simplificar o procedimento. Convocações de assembleias poderão ser publicadas uma única vez, em vez de três para empresas maiores, e os balanços, atos constitutivos e atas poderão ser divulgados uma única vez, em jornal de grande circulação na cidade sede da empresa. Os jornais deverão manter arquivos dessa publicação também na internet, com links para os documentos certificados digitalmente. A adesão ao regime dependerá da aprovação de acionistas com a maioria das ações com direito a voto. Caso a empresa passe a ter um patrimônio líquido acima do estabelecido na proposta, ela será retirada do regime no exercício fiscal seguinte. E a companhia no regime SAS poderá ter um só acionista. Os acionistas poderão participar e votar a distância em assembleia geral. Além disso, qualquer acionista poderá retirar-se da companhia se apresentar notificação com antecedência mínima de 30 dias. E os demais acionistas, no prazo de 30 dias após o recebimento da notificação, poderão votar em assembleia geral a dissolução da companhia. Ainda segundo a proposta, não será necessário, para que os administradores recebam sua cota na participação dos lucros, o pagamento do dividendo obrigatório aos acionistas, desde que isso seja aprovado por unanimidade pelos acionistas. Até 20 acionistas O texto retira as regras especiais para as companhias de capital fechado com menos de 20 acionistas e patrimônio líquido inferior a R$ 1 milhão, previstas na

13 lei. A lei previa a possibilidade de essas empresas deixarem de publicar as demonstrações financeiras e o parecer do conselho fiscal. Tramitação A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Empresa indenizará empregado por anotar atestados médicos na carteira de trabalho Fonte: TST. A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Cencosud Brasil Comercial Ltda. a pagar R$ 5 mil de indenização por dano moral a um empregado por ter anotado, na sua carteira de trabalho, os atestados médicos apresentados para justificar faltas ao trabalho. Para a Turma, o ato da empresa ultrapassou os limites do artigo 29, caput, da CLT, que proíbe o empregador de efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado na carteira de trabalho. Associado apresentou justificativa de ausência através de atestado médico de 8 dias foi a expressão anotada pela empresa que, segundo o empregado, maculou sua carteira. Demitido sem justa causa após dois anos de trabalho como ajudante de depósito, ajuizou ação e pediu indenização por danos morais de 40 salários mínimos. Em contestação, a empresa alegou que as anotações não foram desabonadoras, pois os novos empregadores concluiriam que o empregado justifica suas faltas, o que a seu ver seria benéfico para sua imagem. O juízo de primeiro grau afastou qualquer efeito prático e legal nessas anotações. Ao contrário, entendeu que a empresa tentou prejudicar o empregado quanto à obtenção de futuros empregos. Por entender evidente o prejuízo do empregado, condenou a Cencosud a pagar-lhe R$ 5 mil de indenização. A sentença foi reformada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE), para o qual as anotações não configuraram ato ilícito por parte da empresa. O empregado recorreu então ao TST, sustentando que o único objetivo das anotações foi o de desabonar sua conduta. Para o relator do caso no TST, ministro José Roberto Freire Pimenta, ao fazer a anotação, a Cencosud atentou contra o direito de personalidade do trabalhador, sendo devida a indenização por danos morais, nos termos do artigo 927 do Código Civil. Embora a apresentação de atestado médico se trate de exercício de direito do empregado para justificar sua falta ao trabalho, não se pode desconsiderar o fato de que sua anotação na carteira de trabalho possa, no futuro, prejudicar nova contratação, afirmou, principalmente se se considerar que a anotação desse evento na carteira não se mostra razoável nem necessária,

14 só podendo ser interpretada como forma de pressão ou de retaliação por parte de seu empregador. O ministro assinalou que a CTPS é documento apto para registro do contrato de emprego e da identificação e qualificação civil, e reflete toda a vida profissional do trabalhador. Assim, a prática da empresa de se utilizar da carteira de trabalho do empregado não para anotar informação importante para sua vida profissional, e sim para registrar as ausências ao trabalho, mesmo que justificadas por atestado médico, acaba por prejudicar eventual oportunidade de emprego. O relator observou ainda que o entendimento predominante no Tribunal, é o de que, havendo norma específica que não permite ao empregador fazer anotações desabonadoras na carteira de trabalho, o registro de atestados médicos caracteriza dano à privacidade do empregado, sendo devido o pagamento de indenização. Nesse sentido citou alguns julgados do Tribunal. A decisão foi por maioria, vencido o ministro Renato de Lacerda Paiva, que não conhecia do recurso. Processo: RR Empresa de transporte que atuava como holding recolherá contribuição ao Sescon Fonte: TST. A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou agravo de instrumento da empresa Tração S.A., de São Leopoldo (MG), e confirmou decisão que reconheceu a legitimidade do Sescon Sindicato das Empresas de Consultoria, Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e Empresas de Serviços Contábeis no Estado de Minas Gerais para receber a contribuição sindical patronal da instituição. A empresa alegava que não tinha empregados desde a suspensão de sua atividade principal, de transporte de carga, em Enquadramento sindical A Tração entrou com ação de declaração alegando ter recolhido equivocamente a contribuição sindical ao Sescon no período de 2006 a 2009, e pediu a restituição dos valores. Segundo a empresa, sua principal atividade não seria a de consultoria e assessoramento contábil. O pedido foi acolhido pelo juízo da 2ª Vara do Trabalho de Pedro Leopoldo, que determinou à empresa que recolhesse a contribuição ao Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais. O Sescon, a federação e a confederação da categoria patronal (Fenacon e CNC) recorreram afirmando que a Tração não mais praticaria atividade de transportadora, e atuava como holding, motivo pelo qual deve recolher contribuição sindical patronal a Sescon e, consequentemente, repartir as verbas com a Fenacon e CNC, nos termos do art. 589, I, da CLT.

15 O TRT da 3ª Região acolheu o apelo ao verificar que, desde 2002, a empresa não mais atuaria no ramo de transportes. Além disso, o TRT analisou parecer técnico que indica a Tração como holding, isto é, uma sociedade que participa de outras sociedades, administrando cada uma das suas coordenadas ou subordinadas, administrando um grupo de empresas de instituições financeiras com base nas demonstrações contábeis da empresa e de outras duas controladas por ela, além de consulta ao sítio da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG). Holding e contribuição sindical A empresa, então, interpôs recurso de revista, que teve seguimento negado pela Presidência do TRT da 3ª Região, levando à interposição do agravo de instrumento, reiterando a tese de que o fato de constar no seu objeto social a participação em outras sociedades e de estar com suas atividades de transporte paralisadas não a torna uma holding. Ao analisar o agravo, a ministra Dora Maria da Costa lembrou que o TRT enquadrou a Tração S.A. como holding, porque sua atividade principal se assemelha à de consultoria e de assessoramento, pois controla, coordena e presta consultoria ou assessoramento às empresas da qual participa. Com base nisso, o TRT concluiu pela legitimidade do Sescon para receber a contribuição sindical patronal. As decisões trazidas pela empresa para a configuração da divergência jurisprudencial, segundo a relatora, não permitiam o acolhimento do recurso, por serem de Turmas do TST (a exigência é que sejam de TRTs) ou eram inespecíficas, uma vez que não analisavam a questão sob o mesmo enfoque do TRT, que decidiu a controvérsia sob o ponto de vista da atividade preponderante da empresa. Quanto à restituição do valor recolhido, a decisão do Regional fundamentou-se em dispositivos legais diferentes daqueles que a empresa alegava terem sido violados. O voto da ministra, no sentido do não provimento do agravo, foi seguido pelos demais membros da Turma. Processo: AIRR Lucros no exterior e tratados internacionais Fonte: Valor Econômico. Representa significativo progresso no direito tributário internacional o acórdão da 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de julgamento realizado em 24 de abril, que deu a mais correta solução para o complexo tema do objeto da tributação de lucros de sociedades controladas e coligadas no exterior e suas relações com tratados internacionais contra a dupla tributação. É para nós motivo de orgulho e satisfação o fato de aquele tribunal ter consagrado doutrina que temos defendido desde a Lei nº 9.249, de 1995 e que foi

16 contestada pelas autoridades fazendárias e por certos setores da jurisprudência administrativa e judicial. A seguir se expõem os pontos essenciais da argumentação do STJ que se extraem, expressa ou implicitamente, dos votos dos ministros Napoleão Maia, Ari Pargendler e Arnaldo Esteves Lima. O objeto da tributação do art. 74 da MP /01, em matéria de IRPJ e CSLL, não é a equivalência patrimonial, nos termos da Instrução Normativa nº 213/02, mas os "lucros" das sociedades controladas e coligadas estrangeiras, que são adicionados aos lucros da controladora brasileira. A IN 213 inovou em relação ao art. 74 da MP nº /01, ultrapassando os limites que a Constituição impõe aos regulamentos, pois converteu, sem base legal, um simples método de avaliação de investimentos (MEP) em objeto de tributação. O objeto da tributação não pode ser a equivalência patrimonial, pois o parágrafo 6º do art. 25 da Lei nº 9.249, de 1995 determina a intributabilidade de qualquer parcela do resultado da equivalência patrimonial, como, aliás, explicita o art. 23 do Decreto nº 1.598, de 1977, para o qual o citado preceito remete. A adição dos lucros das sociedades estrangeiras aos lucros da sociedade brasileira é um expediente técnico pelo qual se viabiliza a tributação dos lucros de sociedades estrangeiras, já que não é possível a tributação direta de sociedades estrangeiras pelo Fisco brasileiro, sob pena de extraterritorialidade ofensiva da soberania do Estado estrangeiro. Partindo da premissa de que o objeto de tributação do art. 74 são os lucros das sociedades estrangeiras e não da sociedade brasileira (equivalência patrimonial), cai por terra o argumento do Fisco - Solução de Consulta Interna nº 18 Cosit de 8 de agosto de segundo a qual não seriam aplicáveis tratados contra a dupla tributação, pois estes não contemplariam a hipótese de o sujeito passivo ser sociedade nacional. Os tratados contra a dupla tributação celebrados pelo Brasil, segundo o Modelo OCDE, dispõem no seu art. 7º, parágrafo 1º que os lucros de uma empresa de um Estado contratante só podem ser tributados nesse Estado, atribuindo uma competência exclusiva ao país de domicílio da controlada ou coligada estrangeira e excluindo a competência do país de domicílio da sociedade controladora ou coligada (Brasil), salvo nos casos de estabelecimento permanente, sem personalidade jurídica (filiais). Não existindo tratado contra a dupla tributação, nenhuma limitação existe ao direito do Brasil tributar os lucros estrangeiros adicionados ao lucro da sociedade brasileira. A norma do art. 74 da MP nº /01 tem caráter genérico e não antiabusivo, pelo que não lhe são aplicáveis as considerações da OCDE a

17 respeito da compatibilidade dos sistemas de tributação automática com as chamadas "CFC". Belo exemplo de como, por singelo raciocínio cartesiano, se tornou claro e límpido um problema que vários interesses conflitantes por tanto tempo obscureceram. Pela sua relevância doutrinária em matéria de extrema complexidade, o acórdão do STJ passará à história e constituirá para o futuro um precedente de vastos desdobramentos. E muito em particular reitera o compromisso do Brasil em respeitar os tratados internacionais, o que é condição necessária para a confiança que deve presidir tanto os investimentos estrangeiros no Brasil quanto os investimentos brasileiros no exterior. O boletim jurídico da BornHallmann Auditores Associados é enviado gratuitamente para clientes e usuários cadastrados. Para cancelar o recebimento, favor remeter informando CANCELAMENTO no campo assunto para: <noticiasfiscais@bhauditores.com.br>.

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