Diário da Assembleia Legislativa Sessão nº 29 IX Legislatura, III Sessão Legislativa (2009/2010) Quinta-feira, 11 de Março de 2010

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1 Região Autónoma da Madeira Diário Assembleia Legislativa IX Legislatura Número: 29 III Sessão Legislativa (2009/2010) Quinta-feira, 11 de Março de 2010 REUNIÃO PLENÁRIA DE 11 DE MARÇO Presidente: Exmo. Sr. José Miguel Jardim de Olival Mendonça Secretários: Exmos. Srs. Sidónio Baptista Fernandes Maria do Carmo Homem Costa de Almeida Sumário O Sr. Presidente declarou aberta a Sessão às 9 horas e 20 minutos. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:- Para tratamento de assuntos de interesse político relevante para a região interveio o Sr. Deputado Bruno Macedo (PSD). Solicitaram pedidos de esclarecimento à intervenção os Srs. Deputados José Manuel Coelho (PND), Roberto Almada (BE) e Jaime Silva (MPT). - Ainda neste período foi apreciado e votado um voto de protesto, apresentado pelo Bloco de Esquerda pelo Esbanjamento de 31 milhões de euros no Estádio dos Barreiros. Intervieram a propósito os Srs. Deputados Roberto Almada (BE), Jaime Silva (MPT), André Escórcio (PS), José Manuel Coelho (PND), Leonel Nunes (PCP), Lino Abreu (CDS/PP) e Pedro Coelho (PSD). Este voto, submetido à votação, foi rejeitado com os votos contra do PSD e os votos a favor do PS, do PCP, do CDS/PP, do BE, do MPT e do PND. PERÍODO DA ORDEM DO DIA:- Iniciaram-se os trabalhos com a apreciação e votação, na generalidade, do projecto de decreto legislativo regional, da autoria do Bloco de Esquerda, intitulado "Cria uma rede de cantinas sociais na Região Autónoma da Madeira, tendo usado da palavra os Srs. Deputados Roberto Almada (BE), Bernardo Martins (PS), Sara André (PSD), Lino Abreu (CDS/PP), Leonel Nunes (PCP), José Manuel Coelho (PND) e Jaime Silva (MPT). Submetido à votação este diploma foi rejeitado. - Por fim, a Câmara rejeitou em votação, após apreciação na generalidade, o projecto de decreto legislativo regional, da autoria do Bloco de Esquerda, intitulado "Programação de criação de bolsas de empréstimo de manuais escolares a alunos dentro da escolaridade obrigatória". Usaram da palavra na discussão os Srs. Deputados Roberto Almada (BE), André Escórcio (PS), Leonel Nunes (PCP), Sónia Pereira (PSD), José Manuel Coelho (PND), Martinho Câmara (CDS/PP) e Jaime Silva (MPT). O Sr. Presidente encerrou a Sessão às 12 horas e 37 minutos.

2 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito bom dia, Sras. e Srs. Deputados. Estavam presente os seguintes Srs. Deputados: PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA (PSD) Agostinho Ramos Gouveia Bruno Miguel Velosa de Freitas Pimenta Macedo Élvio Manuel Vasconcelos Encarnação Gabriel Paulo Drumond Esmeraldo Gustavo Alonso de Gouveia Caires Ivo Sousa Nunes Jaime Filipe Gil Ramos Jaime Pereira de Lima Lucas Jorge Moreira de Sousa José António Coito Pita José Gualberto Mendonça Fernandes José Lino Tranquada Gomes José Luís Medeiros Gaspar José Miguel Jardim Olival Mendonça José Paulo Baptista Fontes José Savino dos Santos Correia Manuel Gregório Pestana Maria do Carmo Homem da Costa de Almeida Maria Rafaela Rodrigues Fernandes Nivalda Silva Gonçalves Orlando Evaristo da Silva Pereira Pedro Emanuel Abreu Coelho Rubina Alexandra Pereira de Gouveia Rui Miguel Moura Coelho Sara Aline Medeiros André Sidónio Baptista Fernandes Sónia Maria de Faria Pereira Vicente Estêvão Pestana PARTIDO SOCIALISTA (PS) Carlos João Pereira Jaime Manuel Simão Leandro João André Camacho Escórcio João Carlos Justino Mendes de Gouveia Lino Bernardo Calaça Martins Maria Luísa de Sousa Menezes Gonçalves Mendonça PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS (PCP) Leonel Martinho Gomes Nunes CENTRO DEMOCRÁTICO SOCIAL/PP (CDS) Lino Ricardo Silva Abreu Martinho Gouveia Câmara BLOCO DE ESQUERDA (BE) Roberto Carlos Teixeira Almada MOVIMENTO PARTIDO DA TERRA (MPT) Jaime Casimiro Nunes da Silva PARTIDO DA NOVA DEMOCRACIA (PND) José Manuel da Mata Vieira Coelho Já dispomos de quórum, declaro aberta a Sessão. Eram 9 horas e 20 minutos. E dou a palavra ao Sr. Deputado Bruno Macedo. O SR. BRUNO MACEDO (PSD):- Exmo. Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados O dia 20 de Fevereiro de 2010 ficará marcado na memória dos madeirenses como um dia trágico. Pág. 2

3 Nesse dia, uma inusitada e desproporcional chuva, aliada à sua frequência no tempo, num fenómeno meteorológico raríssimo, provocou danos sérios, junto de pessoas e bens, gerando uma situação de todo anómala na nossa Região Autónoma. Foi como é evidente uma catástrofe de enormes proporções, provocadora de um rasto de destruição nunca antes sentido, que gerou um ambiente caótico visível nas imagens inacreditáveis que todos nós testemunhamos, e que acabou por ceifar a vida a mais de 4 dezenas de pessoas. Foi a pior tempestade dos últimos 100 anos, a segunda pior dos últimos 200 anos. E quando terminou deixou um rasto de destruição calculado em mais de mil milhões de euros e todo um espaço que é urgente recuperar. Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Foi um momento marcante. Foi um momento marcante, daqueles que não se esquecem e que não podem ser na realidade esquecidos: a fúria das águas fez o solo estremecer e ceifou a vida de madeirenses ao mesmo tempo que provocou avultados prejuízos materiais que criam imenso dolo aos cidadãos, às empresas e às mais variadas instituições. De tudo isto o que fica? De tudo isto o que fica que nos sirva de alento e que nos devolva a esperança? De tudo isto o que fica que nos garanta que vamos conseguir reconstruir aquilo que a Natureza implacavelmente destruiu numa daquelas suas fúrias que ninguém prevê e para as quais dificilmente estamos preparados? Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Fica o grande exemplo dado por um povo, capaz de com celeridade não se deixar vergar perante a fúria da natureza e a catarse inaudita que ela infelizmente nos trouxe. Fica o exemplo dos nossos governantes que lideraram desde a primeira hora a recuperação de uma situação catastrófica para a nossa Região. Fica o exemplo de solidariedade que foi possível sentir um pouco por toda a parte, aquele gratificante sentimento de que há muita gente capaz de ajudar o seu semelhante, despido de qualquer egoísmo. Fica o exemplo da capacidade inacreditável das nossas forças armadas, das nossas forças policiais, da nossa protecção civil, das nossas instituições e de todos aqueles cidadãos anónimos que de imediato se predispuseram a encetar a difícil recuperação. Julgamos nós que a reacção dada pelo Povo da Madeira e do Porto Santo é um exemplo extraordinário da nossa capacidade de sobreviver mesmo em condições adversas, tal como o temos realizado desde o início da nossa colonização. Saudamos por isso, todas as sinergias geradas pela rápida reacção de todos sem excepção: entidades públicas e privadas, movimentos da sociedade civil, e os milhares de cidadãos anónimos predispostos a darem um pouco de si e daquilo que é seu em prol da recuperação dos outros e da nossa vida colectiva, sem esquecer os nossos próprios emigrantes que lá fora se uniram em torno da nossa/sua causa e ajudaram a sua terra de origem. Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Destacamos como não podia deixar de ser o papel do Governo Regional, na pessoa do seu Presidente, Dr. Alberto João Jardim, que assumiu desde a primeira hora a responsabilidade de liderar esta hercúlea tarefa, assumindo mais uma missão de importância vital para os madeirenses. Desde a primeira hora, desde o primeiro momento, liderou a sociedade madeirense e foi capaz de gerar um clima inacreditável de entreajuda entre todos os que se predispuseram, por obrigação, por vocação ou por simples vontade, a resolver e a minimizar as consequências nefastas do temporal que se abateu sobre nós. Notem bem o que foi possível fazer num curto espaço de tempo, limitados por todas as circunstâncias temporais extremas que se mantiveram por mais algum tempo, e perante o caos que entretanto deixou marcas nas pessoas e nas instituições. O trabalho de todos foi fundamental para atenuar as evidentes perdas e a consequente alteração de rotinas a que os madeirenses se encontravam habituados. Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Não podíamos deixar de elogiar o grande movimento de solidariedade que se gerou por todo o país, deixando naturalmente todos os madeirenses agradecidos pelo espírito de entreajuda e manifestações de solidariedade. Não nos esquecemos de todos aqueles que contribuíram para esta causa, mesmo que o panorama geral de crise seja uma realidade e não estejamos a viver tempos abonados. Estivemos inquestionavelmente perante um movimento extraordinário de apoio a todos os títulos notável pela sua abrangência e dedicação. Realçamos como é evidente a prontidão quer do primeiro-ministro quer do Presidente da República, que rapidamente se deslocaram à Madeira para se inteirarem pessoalmente do cenário geral em que a Região estava mergulhada, bem como a visita próxima do Dr. Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia. Foi bom sentir por parte das altas figuras do Estado e da UE a preocupação evidente para com os madeirenses, atitudes elucidativas do empenho de toda a República e da Europa nesta causa vital para a nossa sobrevivência social e económica. E saudamos ainda que quer o Governo Regional quer o Governo da República tenham colocado o bem comum, o interesse comum, dos portugueses da Madeira, acima da luta política, que nestes momentos, não faz qualquer sentido, e tenham dado as mãos à procura de soluções conjuntos que nos ajudassem a ultrapassar esta dificuldade. Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Começamos a voltar ao nosso ritmo normal. As escolas estão a funcionar, as estradas começam a ficar transitáveis, algumas soluções de engenharia já estão no terreno, alguns problemas começam a ser efectivamente resolvidos. Pág. 3

4 Temos de salientar as medidas imediatamente avançadas em prol das populações e das empresas atingidas: isenção do IMI, suspensão do pagamento da Segurança Social, adiamento na entrega do IRS, negociações com a União Europeia e com o Estado Português, os financiamentos a fundo perdido, as imediatas diligências para o realojamento célere das famílias que ficaram sem as suas casas, os apoios para o carro novo, o reforço do subsídio aos funerais de menores, as condições avançadas pelos bancos para o financiamento às empresas e aos cidadãos, a ajuda humanitária sem precedentes proveniente das associações de voluntários e o papel das associações empresariais que exerceram actividade decisiva na ajuda aos seus associados. Mas o nosso trabalho não termina com a limpeza ou com o realojamento, com a criação de linhas de crédito ou com a implementação de medidas capazes de minimizar os efeitos catastróficos do mau tempo, junto das pessoas e das famílias. O nosso trabalho precisa de ir mais longe e, por isso, termina apenas quando tivermos sido capazes de prestar todo o auxílio necessário às pessoas, não apenas de natureza material, como também de índole psicológica. O drama sentido e vivido por muitos, precisa de ser convenientemente ultrapassado porque o mais importante é recuperar a nossa população, principalmente a mais atingida pela intempérie, pois só assim será possível garantir que, simultaneamente, estaremos a recuperar devidamente a Madeira. Este é um trabalho, de todo meritório, que começou já a ser desenvolvido pelas várias equipas multidisciplinares da Secretaria Regional dos Assuntos Sociais e da Secretaria Regional de Educação e Cultura, por exemplo, que no terreno prestam auxílio aos madeirenses que de um momento para outro se viram mergulhados numa situação difícil, proporcionando-lhes um acompanhamento efectivo até à sua reintegração numa vida normal. Por conseguinte temos de louvar o imenso de trabalho realizado por todos, porque num curto período de tempo todos fomos efectivamente capazes de devolver boa parte da nossa normalidade à vida comum das pessoas e das instituições, criando desde logo mecanismos e instrumentos capazes de ajudar os mais necessitados e os mais atingidos pela intempérie. A nossa prioridade são as pessoas. Repito: a nossa prioridade são as pessoas. Olhar por elas, cuidar dos que mais necessitam, devolver-lhes a esperança. Senhor Presidente Senhoras e Senhores deputados Vivemos agora num tempo presente decisivo. Decisivo porque o tabuleiro da nossa existência foi radicalmente mudado por forças alheias à nossa vontade o que implica conseguirmos encontrar novas estratégias para o futuro da nossa região. Agora é tempo de olhar em frente, de olhar para o futuro, de reconstruir a nossa identidade e a nossa sociedade rapidamente, para rapidamente voltarmos a ver uma Madeira imponente e radiosa, destino turístico de qualidade inequívoca e sítio com uma qualidade de vida praticamente inigualável. Estamos num tempo novo. Num tempo de reconstrução que servirá ao mesmo tempo para projectarmos um futuro melhor, capaz de corrigir algumas coisas necessárias e de retomar o nosso ritmo de crescimento e de bem-estar colectivo. Não parámos perante a adversidade, não parámos perante a fúria. Somos um povo de lutadores por excelência que voltará a ter de encontrar nas dificuldades abruptas as oportunidades necessárias para vencer na vida e para assim reconstruir uma sociedade melhor para todos os madeirenses. Desistir não faz parte do nosso vocabulário, e a prova disso mesmo é que estamos aqui hoje todos juntos, a olhar para o futuro com uma perspectiva optimista e numa conjuntura de esperança num amanhã melhor. Esta é a verdadeira fibra de que são feitos os madeirenses. Sem esquecer que passamos toda a nossa existência a lutar contra uma orografia peculiar, com um clima quase único, com um território diminuto rodeado por um oceano imenso que nos tolhe a mobilidade e que nos diz em permanência o quão pequeno somos perante desígnios superiores. Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Este é o povo ilhéu que durante séculos contrariou as agruras de um território por vezes inóspito mas de uma beleza incomparável. Este é o mesmo povo que tornará a reconstruir a Madeira. Este é o mesmo povo que elevará o seu nome bem alto e que dirá ao mundo que apesar de tudo, e com a cooperação de todos, nos reergueremos e lograremos atingir os nossos novos propósitos. Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Vivemos hoje um momento importante da nossa história. Estamos perante a necessidade de reconstruir, paulatinamente, o que foi destruído, recuperando as pessoas, os sítios e as infra-estruturas necessárias à nossa plena sobrevivência e qualidade de vida. Demorará o seu tempo. Demorará algum tempo. Porque não há soluções milagrosas para tão radical transformação que não seja fruto de um trabalho a longo prazo, pensado e devidamente estruturado. Mas já começamos a obra. Já começamos a obra porque não podemos nos deixar ficar enquanto o tempo se dá por perdido e alguma coisa não começa a ser feita. Devolver a esperança era assim imperioso. Graças a um governo activo e prontamente reactivo, foi possível passar uma mensagem de confiança, imbuída de um enorme espírito de sacrifício colectivo, porque temos de rapidamente criar as condições indispensáveis e necessárias para a normalidade dos dias e do nosso quotidiano. Foi claramente e ainda uma mensagem que dizia que ninguém seria abandonado à sua sorte, e que num futuro próximo iríamos reerguer a Madeira, esta extraordinária ilha que nos deixa orgulhosos. Pág. 4

5 Num tempo próximo, com a ajuda de todos, a Madeira voltará a ser a Madeira de sempre, com a certeza que muito rapidamente lavará a face e apresentar-se-á recuperada no mais curto espaço de tempo possível. A um ritmo diferente é certo, mas voltaremos a ser o que éramos. Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Um pouco por todo o lado, o entulho vai desaparecendo, o ritmo normal das coisas vai sendo retomado, a vida paulatinamente vai regressando ao que era. Eis um verdadeiro sinal de que depois da tempestade, que depois da trágica tormenta, chegará a bonança, símbolo manifesto de um povo e da sua, da nossa renovada esperança. Obrigado. Transcrito do original. Aplausos do PSD. Para um pedido de esclarecimento o Sr. Deputado José Manuel Coelho, tem a palavra faz favor. O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PND):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Exmas. Senhoras e Senhores Deputados, eu estive ouvindo atentamente a intervenção do Sr. Deputado Bruno Macedo onde ele fala nos temporais, fala portanto nas vítimas, nas pessoas que pereceram, nas dificuldades que surgiram. Mas agora pergunto: o Sr. Deputado acha coerente que o senhor venha aqui falar em vítimas dos temporais quando é o vosso próprio partido, os dirigentes do vosso partido que estão no governo e nas câmaras, que com a sua má política urbanística e de organização do tecido urbano da cidade do Funchal e não só, contribuíram decisivamente para que o número de vítimas fosse bastante maior do que aquele que seria se tivessem tomado as providências, ouvido os conselhos dos ambientalistas e dos técnicos que muitas vezes reprovaram as obras malfeitas e que violavam índices de segurança, da orografia do terreno aqui na nossa Região Autónoma da Madeira sobretudo no Funchal. E agora que dizer também do Sr. Deputado do CDS, do Sr. Deputado Lino Abreu que é um homem que anda aqui a enganar toda a gente, anda a enganar os madeirenses e em especial as pessoas do CDS. Eu ando muitas vezes na rua a vender o Garajau e falo com imensas pessoas do CDS, que votaram no Sr. Deputado Lino Abreu, e eles dizem: Coelho, o Alberto João e o grande responsável por esta tragédia. Ele devia de estar preso. É o que dizem os militantes do CDS. E o que é que fez aqui o Sr. Deputado Lino Abreu? O Sr. Deputado Lino Abreu, traindo os próprios militantes do CDS, que são pessoas sérias na sua maioria O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- quando nós propusemos um debate de urgência, uma comissão de inquérito, o Sr. Deputado Lino Abreu votou contra, meus amigos! Votou contra, portanto a comissão de inquérito com carácter de urgência que foi proposta pelo meu partido e proposta também pelo Partido Comunista Português. Portanto, o Sr. Deputado Lino Abreu não tem dignidade de se sentar naquela cadeira porque ele é um traidor aos madeirenses, aos dezassete mil votos que os madeirenses lhe deram. É um traidor O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, faz favor de concluir. O ORADOR:- aos militantes do CDS. O Sr. Deputado Lino Abreu fazia um favor aos militantes do CDS, às pessoas sérias do CDS, aos madeirenses que votaram nele, que abandonasse aquele lugar e fosse O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, faça o favor de concluir a sua intervenção. Já esgotou o seu tempo. O ORADOR:- ele devia de ir trabalhar com o seu patrão o Sr. Jaime Ramos, meus amigos! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Faz favor, Sr. Deputado. O SR. MARTINHO CÂMARA (CDS/PP):- Sr. Presidente, para defender a honra do meu grupo parlamentar. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, por mera coincidência o Sr. Deputado Lino Abreu não estava presente na Sala mas em nome do CDS eu gostaria de responder ao Sr. Deputado José Manuel Coelho. Sei que as piadas são sempre uma coisa muito séria, Sr. Deputado José Manuel Coelho, e gostaria de pedir, como em outras situações foi pedido aqui, ao Sr. Presidente, para se encarregar a ver se o Sr. Deputado José Manuel Coelho porventura apanhou o vírus da mixomatose, embora não tenha sinais evidentes que tenha essa doença. Risos gerais. Relativamente à vida existem duas coisas diferentes: uma são as canções e as outras são as anedotas e uma canção quanto mais vezes toca mais piada tem, as anedotas uma vez só chega a segunda vez já não tem piada nenhuma. Muito obrigado. Vozes gerais:- Muito bem! Pág. 5

6 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Srs. Deputados, eu dei a palavra ao Sr. Deputado Martinho Câmara mas fiquei não fiquei com peso de consciência mas fiquei com dúvidas. Eu vou pedir à Comissão de Regimento e Mandatos, se a Comissão de Regimento e Mandatos se dignar emitir parecer, vou pedir um parecer precisamente sobre esta situação: sobre o uso da palavra para esclarecimentos, reacções contra as ofensas, a honra ou consideração. É porque é discutível, do meu ponto de vista, que um deputado possa pedir a palavra para defesa da honra de outro deputado. O SR. MARTINHO CÂMARA (CDS/PP):- Mas não foi isso que eu fiz, foi em defesa do partido! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Pois, é discutível que se peça a defesa da honra de um deputado que integra um grupo parlamentar. Eu tenho dúvidas em relação a isso. A dúvida que eu tenho é de ordem restritiva, é verdade. Eu penso que o deputado a quem caberia defender a honra seria o Sr. Deputado Lino Abreu que não estava no momento no Plenário. Mas não estou a chamar a mim a detenção da verdade, mas vou pedir à Comissão de Regimento e Mandatos, porque esta situação ocorre mais do que uma outra vez, e é bom que se crie um procedimento igual, quer quando eu estou aqui, quer quando está o Sr. Vice-Presidente Paulo Fontes, quer quando está o Sr. Vice-Presidente Miguel de Sousa, quer quando estiver o Sr. Vice-Presidente Jacinto Serrão. Bom, vou dar a palavra ao Sr. Deputado Bruno Macedo para responder a uma questão que lhe foi colocada. O SR. BRUNO MACEDO (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PND):- Eu posso repetir! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- O Sr. Deputado José Manuel Coelho colocou-lhe uma questão. O Sr. Deputado responde se quiser, se não quiser não responde! O SR. BRUNO MACEDO (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado José Manuel Coelho, V. Exa. não sei o que é que tentou perguntar, o que tentou fazer foi mais um ataque político aí aos companheiros da sua fila. Eu apenas lhe queria dizer para pelo menos não nos acusar de falta de coerência porque falta de coerência tem V. Exa. que se diz militante de um partido mas parece que milita noutro e faz política a partir de outro e pela voz de outros. Só isso. Muito obrigado. Sr. Deputado Roberto Almada. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Bruno Macedo, ouvi a sua intervenção, V. Exa. fez quase que uma intervenção de Estado colocando aqui algumas questões que têm a ver com Burburinho. Eu pedia um pouco de silêncio, por favor, que é para eu conseguir questionar o Sr. Deputado. V. Exa. fez aqui uma intervenção colocando questões que têm a ver com aquele episódio meteorológico que se abateu sobre a região e que causou, como todos sabem, os danos que causou. E efectivamente quero dizer-lhe que esse episódio meteorológico é um episódio meteorológico que já não ocorria há muitos anos e quero reconhecer também que mesmo que tudo estivesse muito bem feito e muito bem projectado do ponto de vista urbanístico existiriam sempre problemas, existiriam sempre porventura desgraças, existiriam sempre porventura vítimas e estragos a lamentar. Mas isso não quer dizer, isso e o facto de todos nós estarmos de luto ainda e o facto de todos nós estarmos de acordo que é preciso alguma serenidade, é preciso acudir às pessoas que ficaram sem nada, é preciso ajudar as pessoas que ficaram sem nada, é preciso ajudar as pessoas que perderam entes queridos, isso não quer dizer que nós nos esqueçamos dos avisos que sistematicamente têm sido feitos. Nem digo sequer pelos partidos da oposição, que também o têm feito, mas sobretudo por pessoas especialistas em ordenamento do território, por pessoas especialistas em geologia, por pessoas especialistas na defesa do ambiente e do património natural. E desse ponto de vista nós entendemos que o que existiu aqui foi uma situação e uma conduta da parte do Governo Regional, das autarquias locais e dos responsáveis políticos e governamentais, uma atitude de não querer saber e uma atitude quase criminosa de querer deixar passar as coisas O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- deixar passar as coisas de qualquer forma e de qualquer feitio apenas para inaugurar obra para o povo ver e para tirar daí dividendos políticos. Sr. Deputado, acha V. Exa. que o PSD está disponível para criar uma comissão de inquérito parlamentar para investigar (eu não digo que se vá encontrar culpados, podem não se encontrar), mas para investigar, porque quem não deve não teme, e é preciso investigar se houve responsabilidades políticas, responsabilidades humanas em toda esta tragédia que ceifou vidas a muitos madeirenses e que também causou muitos prejuízos? Muito obrigado. Pág. 6

7 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado. Sr. Deputado Bruno Macedo. O SR. BRUNO MACEDO (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Roberto Almada, V. Exa. por um lado vem falar no fenómeno atmosférico mas não se coíbe de logo a seguir mandar as bicadas do costume condenando a actuação do Governo Regional e das câmaras municipais em alguns casos. Lamentavelmente V. Exa. parece que ainda não percebeu que aquilo que aconteceu foi de facto um fenómeno atmosférico raríssimo e que era na realidade imprevisível e que trouxe a destruição que todos nós vimos, que foi uma destruição sem margem para qualquer dúvida difícil de conter. V. Exa. chegou hoje a esta Casa com falinhas mansas, em tempos recentes não foi assim mas não se coíbe realmente de continuar a atacar o Governo Regional e as câmaras municipais pelo seu trabalho pela população da Madeira. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Pelos seus erros! O ORADOR:- Infelizmente, Sr. Deputado, o fenómeno não era previsível e por não ser previsível é que aconteceu o que aconteceu. V. Exa. age de má-fé quando julga que, quer o Governo Regional quer as câmaras municipais, fazem as coisas com o intuito de prejudicar as populações. Isso não acontece, Sr. Deputado. O que acontece é que o Governo e as câmaras fazem aquilo que entendem como melhor para as suas populações, num determinado momento, num determinado contexto. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Mas porquê o medo da comissão? O ORADOR:- E de facto a natureza tem as suas, digamos, más fases, os seus caprichos e o que aconteceu foi de facto lamentável. Agora, Sr. Deputado, naturalmente que quando começarmos a reconstruir que alguns erros eventualmente tenham existido que vão ser de facto corrigidos O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Esgotou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Disso não tenha dúvida nenhuma! Portanto, fique com essa ideia aqui assente mas não venha condenar o Governo Regional e as câmaras municipais porque V. Exa. só anda à procura de culpados para fazer política. Só anda à procura de culpados para fazer política! Portanto, o fenómeno atmosférico que aconteceu foi de facto trágico. Esperemos que não volte a acontecer nos tempos mais próximos e que da próxima vez não tenha pelo menos estas consequências. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado. Sr. Deputado Jaime Silva. O SR. JAIME SILVA (MPT):- Muito obrigado, Sr. Presidente. O Sr. Deputado Bruno Macedo fez uma intervenção abrangente, uma intervenção sobre o grave acontecimento do dia 20. Alertou para a necessidade de consensos no plano político, a exemplo do que, como referiu, aconteceu com o Governo da República, mas deixe dizer-lhe que aqui na nossa região esse consenso parece que está morto à nascença. E porquê? Porque da parte do PSD e de alguns deputados da oposição ainda ontem tivemos aqui oportunidade de assistir -, há uma necessidade, ou pelo menos parece ser uma sede, uma fome de protagonismo que matou quase pela raiz esse consenso que é necessário existir. Mas para além disto e o mais grave ainda na nossa opinião é o facto do PSD defender o silenciamento de debater esta questão. E a questão que eu lhe quero colocar tem a ver exactamente com esta situação, que é: o Sr. Deputado aceita que esta Assembleia, órgão máximo da nossa Autonomia, deixe de debater esta temática? Tudo o que esta temática teve, tudo o que este acontecimento teve de extraordinário, tudo o que este acontecimento teve de imprevisto, é natural que a Assembleia fique de fora, silencie-se perante isto, perante tudo aquilo que se está a fazer no terreno? Com esta questão não estou a dizer que não estão a trabalhar bem, que as entidades que estão a proceder à reconstrução, à limpeza e a tudo isso que não estejam a trabalhar bem, o que eu estou a dizer é que eles estão a cumprir o seu papel, e muito bem, mas nós, Assembleia Legislativa da Madeira, estamos a fazer um péssimo trabalho porque estamos a nos afastar daquele que é o nosso verdadeiro papel: debater. Não iria para a comissão de inquérito logo de ataque, não senhor O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Mas qual é o medo? O ORADOR:- mas um debate é o primeiro produto no nosso entender é o debate. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Sr. Deputado, acha que esta Assembleia já termino, Sr. Presidente -, acha que a esta Assembleia não foi passado um atestado de mediocridade por se silenciar perante isto? Pág. 7

8 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado. Sr. Deputado Bruno Macedo. O SR. BRUNO MACEDO (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Jaime Silva, eu parece-me que o que nós estamos a fazer aqui hoje é discutir precisamente este caso, não é verdade? E, portanto, se nós estamos a discutir precisamente aquilo que aconteceu, nós estamos a dar oportunidade a todos para que possam de facto participar. Quanto à sua questão de não ter havido consenso na região, eu tenho que lhe dizer, Sr. Deputado, porque houve realmente no plano político e refiro-me ao plano político -, de facto algumas forças partidárias que se aproveitaram logo dessa situação para querer tirar dividendos políticos. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Ah, então era isso! O ORADOR:- Infelizmente isso foi verdade. Porque ainda ontem se assistiu aqui a um caso de um Sr. Deputado que quer fazer uma comissão mas que já apresentou os réus e já apresentou a pena muito provavelmente Ou seja, ele já condenou toda a gente mesmo antes de haver alguma suposta comissão! Porque para alguns partidos da oposição os culpados estão encontrados independentemente daquilo que acontecer porque é assim que eles fazem política. A responsabilidade para alguns partidos da oposição é dizer: o culpado é o Governo, o culpado é o PSD, o culpado são as obras que o Governo faz Portanto, é sempre assim. Portanto, Sr. Deputado, eu acho que não vale a pena continuar neste registo porque o mais importante é encontrarmos todos juntos soluções para minimizar aquilo que aconteceu. Porque nós não entraremos em situações que nos dizem logo quem são os réus e quem são os culpados como fazem aqui alguns deputados nesta Casa. Para isso não contem connosco. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Esgotamos a primeira parte do período de antes da ordem do dia, passamos à segunda parte, com o voto de protesto, da autoria do Bloco de Esquerda, Pelo esbanjamento de 31 milhões de euros no Estádio dos Barreiros. Consta do seguinte: Voto de protesto Pelo esbanjamento de 31 milhões de euros no Estádio dos Barreiros Foi recentemente dado a conhecer publicamente um estudo encomendado ao Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica pela Associação de Comércio e Indústria do Funchal (ACIF). Nas conclusões do citado estudo, é expressa e claramente referido que uma injecção de 42 milhões de euros na economia regional proporcionaria a criação de 1500 a 1900 postos de trabalho. É também público que o desemprego na Região Autónoma da Madeira, apresenta actualmente níveis crescentemente preocupantes, cifrando-se presentemente o número oficial de desempregados acima dos Neste cenário, de notória e evidente crise social e económica, o Governo Regional decidiu recentemente aplicar a verba de 31 milhões de euros na remodelação/construção do Estádio dos Barreiros, denotando com essa medida, um critério de prioridade de acção, que objectivamente não se coaduna com a linha de acção que o cenário actual de crise determina. Ao decidir aplicar a referida verba na obra indicada, o Governo Regional demonstrou de forma clara, não ser social e politicamente sério nem responsável na definição das suas linhas prioritárias de acção. Assim, tendo em consideração este contexto socioeconómico e as conclusões insuspeitas do referido Estudo, é por demais evidente que extrapolando o cálculo para o valor do montante aplicado na obra do Estádio, tal verba implicaria a criação de pelo menos 1100 postos de trabalho. A criação de 1100 postos de trabalho implicaria uma descida de cerca de 8% no nível de desemprego na Região Autónoma da Madeira. Face a estes considerandos, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, no uso dos seus poderes legais e regimentais, aprova o mais veemente protesto pelo evidente esbanjamento de 31 milhões de euros na obra de remodelação do Estádio dos Barreiros, verba essa que, no actual contexto de crise, deveria ter sido obrigatoriamente aplicada em medidas concretas de ataque aos problemas sociais que a Região Autónoma da Madeira presentemente padece. Funchal, 9 de Fevereiro de 2010 A Representação Parlamentar do Bloco de Esquerda, Ass.: Roberto Almada.- Está em discussão. Sr. Deputado Roberto Almada, faz favor tem a palavra. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, este voto foi redigido antes da desgraça que se abateu sobre a Madeira mas nem por isso deixa de ter actualidade. Pelo contrário, ainda tem mais actualidade. Numa altura em que em que são necessários todos os recursos financeiros para reconstruir o que o temporal levou, numa altura em que é necessário todo o empenho de todos e de todas para reconstruir a nossa região, eis que se mantém o esbanjamento dos 31 milhões de euros para o Estádio dos Barreiros. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, 31 milhões de euros certamente dariam para construir muitas habitações para aquelas pessoas que ficaram sem nada no temporal e que hoje ainda estão em aquartelamentos militares, em escolas, em casas de saúde abrigados porque não conseguem voltar às suas casas. Pág. 8

9 Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o esbanjamento de 31 milhões de euros no Estádio dos Barreiros já era imoral, agora é ainda mais imoral, agora é vergonhoso. É preciso e lanço daqui um apelo ao Governo Regional -, que se suspendam as obras de reconstrução do Estádio dos Barreiros e que se canalize esta verba para quem mais dela necessita, para as vítimas do temporal. O Estádio dos Barreiros pode esperar, a reconstrução e o melhoramento do Estádio dos Barreiros pode esperar; a reconstrução da Madeira não pode esperar, a reconstrução das habitações dos madeirenses que ficaram sem nada e que tanto necessitam, não podem esperar. Os sócios do marítimo, os associados do marítimo, as pessoas que O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Termino já, Sr. Presidente. as pessoas que são do marítimo que paguem a reconstrução do Estádio dos Barreiros porque este dinheiro do erário público faz mais jeito e faz mais falta para acudir às necessidades daqueles que ficaram sem nada. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado. Sr. Deputado Jaime Silva. O SR. JAIME SILVA (MPT):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, este voto de protesto apresentado pelo Bloco de Esquerda representa a discórdia daqueles que vivem em situação crítica ao nível do emprego, de salários, de educação, de saúde, etc. É sempre discutível estarmos a ponderar investimentos desta ordem quando sabemos que existem dificuldades desta natureza. Nós achamos que este voto de protesto teria melhor aceitação se, perante situações semelhantes do passado, também tivessem havido esses votos de protestos relativamente a apoios da mesma natureza que foram concedidos e que não foram alvo de qualquer voto de protesto. Daí a minha reserva em relação à aprovação deste voto de protesto, apesar das ideias que deixei atrás. Não posso deixar escapar aqui e de fazer referência ao Sr. Presidente do Club Sport Marítimo que ainda não satisfeito com um apoio desta envergadura, ainda não satisfeito com os investimentos e os apoios que estes clubes recebem, chorudos apoios que recebem todos os anos do erário público, vêm querer extorquir à Associação Desportiva da Camacha, um clube que está em grandes dificuldades, venha querer extorquir à Associação Desportiva da Camacha quase 300 mil euros de uma alegada dívida de há dez ou quinze anos. É vergonhoso que um presidente que tenha estes apoios, que esteja ano a ano a ter apoios do erário público, ainda não satisfeito tenha a querer extorquir um clube que está em graves dificuldades e que tem dado o exemplo na sua postura desportiva ao longo do tempo. Daí que a minha grande dúvida fica ainda no ar. O Partido da Terra como protesto contra a postura do Sr. Presidente do Club Sport Marítimo nestes recentes dias irá votar favoravelmente este voto de protesto do Bloco de Esquerda. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado. Sr. Deputado André Escórcio, faz favor. O SR. ANDRÉ ESCÓRCIO (PS):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há de facto situações na vida das pessoas que muitas vezes impõe o respeito pelas prioridades. É assim no plano individual e deve ser assim no plano da administração e gestão dos dinheiros públicos. A existência de um governo de maioria absoluta não implica que tudo seja feito como essa maioria quer e entende fazer. É uma questão de bom senso. Nós estamos certos que muitos que fazem parte desta maioria apoiam o respeito pelas prioridades e não apoiam tudo o que é supérfluo, quer na vida individual quer na vida colectiva. Em consciência nós temos a certeza que não apoiam. Podem apoiar partidariamente mas em consciência não apoiam. Sei do que falo porque também falo com muitos de vós e tenho a sensibilidade para perceber a vossa sensibilidade em relação a determinadas matérias. E numa terra tão limitada quanto a nossa, limitada no espaço geográfico, limitada nos seus recursos, com indicadores muito graves de pobreza, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é de facto um luxo assumir compromissos de avalista, ou não, compromissos que jamais serão pagos, quando a listagem das prioridades em sectores e áreas vitais carecem de volumosos investimentos. Quando há tanta factura por pagar e tanto empresário aflito, quando há um ensino e uma saúde que apresentam um quadro em algumas áreas verdadeiramente dramático, quando se faz um drama nacional com a Lei das Finanças Regionais, assistimos por outro lado a uma política de claro esbanjamento não apenas neste mas em vários estádios e em várias outras situações de investimento público. Por tudo isto nós vamos votar favoravelmente, porque o dinheiro não é elástico e porque se trata de uma questão de respeito pelas prioridades da nossa vida colectiva. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado. Sr. Deputado José Manuel Coelho, faz favor. O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PND):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Exmas. Sras. e Srs. Deputados, o meu partido vai apoiar favoravelmente este voto do Bloco de Esquerda sobre o grane esbanjamento de dinheiro, dos 31 milhões de euros, no Estádio dos Barreiros. Pág. 9

10 Este esbanjamento de dinheiro denota que da parte do Governo Regional, do Dr. Alberto João Jardim, não há uma noção das prioridades, não a decência e honestidade de ver que esse dinheiro tinha que ser canalizado realmente para as vítimas do temporal, para aquelas pessoas que estão no quartel, no RG3 à espera de casa. Digamos que esta atitude do Governo ao gastar este dinheiro no Estádio dos Barreiros quando há outras prioridades mais urgentes é uma traição aos desalojados, uma traição às vítimas destes últimos temporais. Mas esta traição não é só do PSD, não é só do Governo do PSD e do Dr. Alberto João Jardim, também há cúmplices. Tem o partido que finge ser da oposição, o partido do CDS, que tem muita gente séria no seu meio mas que tem dois traidores à frente daquele mesmo partido, e esses dois traidores não são nem mais nem menos do que o Sr. Deputado Lino Abreu e o seu patrãozinho que está em Lisboa, o Sr. José Manuel Rodrigues! Esse senhor, traidor, que traiu os votos do CDS, que traiu os militantes do CDS, esse senhor, traidor, quando foi para Lisboa disse que ia vir, que ia estar em Lisboa pouco tempo, que ia vir à Madeira, se ocupar dos problemas locais, que ia estar mais tempo na Madeira do que em Lisboa, mas acontece que ele agora habituou-se aos ares da capital lisboeta e já não põe cá os pés na Madeira! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Esse senhor quando estava cá fingia ser da oposição mas ia à Quinta Vigia acertar a sua agenda com o Sr. Dr. Alberto João Jardim O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, faz favor de concluir a sua intervenção. O ORADOR:- com o Sr. Deputado Lino Abreu que é um traidor aos militantes do CDS que votaram no seu partido O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Conclua a sua intervenção, Sr. Deputado. Muito obrigado. Sr. Deputado Leonel Nunes. O SR. LEONEL NUNES (PCP):- Obrigado, Sr. Presidente. Costuma-se dizer, e diz o nosso povo, que quem tem vícios paga-os. E eu pago quota ao marítimo há 43 anos. Portanto, quem tem que suportar os clubes eu sou de uma geração, Sr. Presidente, onde pessoas como V. Exa. estavam para servir e não se serviam dos clubes. Hoje está tudo adulterado mas continuo a ser um fiel adepto do marítimo e a pagar a minha quota. Mas também toda a gente sabe que isto é uma questão pessoal. Porque este grupo parlamentar sempre, é mais uma década, também tem se oposto a que hajam transferências escandalosas como as que são feitas para o futebol profissional. Portanto, a partir desta altura posso-vos garantir que o meu glorioso Marítimo, o maior das ilhas, merece um estádio à sua dimensão. Temos que resolver este problema. Agora, neste momento as prioridades da Região Autónoma da Madeira, do nosso povo, não se compadecem com essa prioridade que foi dada há construção do Estádio dos Barreiros. Inclusive, para entrarmos nesta linguagem futebolística, a região não precisava de tanto estádio: para o Nacional, para o União, não sei para mais quantos Há outras cidades com mais potencialidade económica que jogam duas, três equipas no mesmo estádio. Somos uns ricos que nunca mais acaba! Por isso a nossa compreensão para este protesto. Esta é uma ofensa àqueles que não têm um lar da terceira idade para passarem o fim dos seus dias, para aqueles que têm problemas hospitalares e que não têm condições para estarem no hospital porque temos um hospital que já está caduco e ultrapassado Por essa razão vamos votar favoravelmente este voto de protesto. Sr. Deputado Lino Abreu faz favor. O SR. LINO ABREU (CDS/PP):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, sobre este voto de protesto nós também vamo-nos associar favoravelmente a votar porque achamos que a Madeira devia de ter outras prioridades e não aquelas que todos nós conhecemos, começando pelo novo Estádio do Marítimo. Não é que eu seja contra o Estádio do Marítimo, o que é facto é que devíamos ter outras prioridades no que toca aos investimentos públicos. Acho que a Madeira, com uma população de pouco mais de duzentos e cinquenta mil habitantes não se pode dar ao luxo de ter três estádios de futebol, acho que não se pode dar ao luxo de ter um investimento superior a mais de 100 milhões de euros para os três estádios de futebol O SR. JAIME LUCAS (PSD):- Menos um! O ORADOR:- Três: o do Nacional, o do Marítimo e um futuro, do União! Risos gerais. Portanto, acho que a Madeira devia de ter capacidade de rentabilizar melhor os recursos financeiros porque há lá fora quem precise de outros investimentos que não os investimentos no futebol. O futebol deve ser pago não com os dinheiros públicos e não desta forma como temos vindo a fazer nos últimos anos. Pág. 10

11 Acho que a Madeira precisa de investimento na área social, que seria determinante para as grandes dificuldades com que atravessa a região e não nestes clubes como se tem vindo a ver nos últimos tempos, especialmente na área profissional na área do futebol. Não estou contra o apoio ao apoio ao desporto, está de parte esse apoio ao desporto, o apoio ao desporto deve continuar, deve-se apoiar, as classes amadoras em todas as modalidades de forma a cativar os miúdos na área do desporto escolar, mas no desporto profissional acho que temos de repensar e acima de tudo O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Esgotou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- na área dos campos desportivos e dos recintos desportivos. Sr. Deputado Pedro Coelho. O SR. PEDRO COELHO (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu não vou falar do esbanjamento do Euro 2004 com a construção daqueles estádios, muitos deles vazios, não vou falar dos 18 milhões de euros que a Câmara de Lisboa deu ao Sporting, não vou falar dos 65 milhões que a Câmara de Lisboa deu ao Benfica, vou falar do investimento de 31 no Estádio dos Barreiros. E desde logo é falso que o Governo Regional vai meter 31 milhões, porque o que está previsto é uma linha de crédito de 15 a 20 anos em que o Governo irá avalizar esse empréstimo. Por outro lado os Srs. Deputados fazem contas a curto prazo e esquecem-se que neste momento os cofres da região suportam 200 mil euros de custos de manutenção desse estádio, custos esses que para a esfera do Marítimo. Os Srs. Deputados esquecem-se que a empreitada vai gerar receitas fiscais, estimadas em 6 milhões de euros. Pasme-se, aqui o Bloco de Esquerda diz que este investimento de 31 milhões de euros gerará mil e cem postos de trabalho. Se isto fosse verdade o investimento que vai ser feito na reconstrução da Madeira de 1,3 mil milhões criaria quarenta e seis mil postos de trabalho. Ou seja, o pleno emprego. Portanto, já se vê as contas que estão aqui feitas. Protestos do Sr. Roberto Almada (BE). E mais uma vez o Bloco de Esquerda esquece-se que aquele espaço vai criar emprego, estão previstos espaços comerciais para aquele espaço, vai criar emprego, vai criar receita fiscal. Protestos do Sr. Roberto Almada (BE). Estes 31 milhões não são num ano só e por isso, Sras. e Srs. Deputados, a política deve ser séria e não devemos mudar de opinião só por uma ou outra situação. Esta obra está no Programa do Governo, esta obra irá certamente ser feita, o investimento é faseado ao longo do tempo e por isso é um compromisso do PSD, é um compromisso com as populações porque esta obra estava no Programa do Governo e irá ser cumprido com uma linha de crédito que será certamente a 15 ou a 20 anos. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Srs. Deputados, vou colocar à votação o texto do voto. Submetido à votação, foi rejeitado com 25 votos do PSD e 12 votos a favor sendo 6 do PS, 1 do PCP, 2 do CDS/PP, 1 do BE, 1 do MPT e 1 do PND. Entramos na nossa ordem de trabalhos. ORDEM DO DIA Temos como ponto 1 a apreciação e votação, na generalidade, do projecto de decreto legislativo regional, da autoria do Bloco de Esquerda, intitulado Cria uma rede de cantinas sociais na Região Autónoma da Madeira. Está em discussão. Sr. Deputado Roberto Almada. Dispõe de 5 minutos. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é a segunda vez que o Bloco de Esquerda traz a este Parlamento esta iniciativa que pretende criar uma rede de cantinas sociais na Região Autónoma da Madeira. O ano passado trouxemos cá, foi o meu camarada Fernando Letra, então deputado do Bloco de Esquerda, que trouxe cá este diploma, porque começavam a agudizar-se situações de pobreza na nossa região, começavam a agudizar-se situações de famílias que passavam fome, começava a agudizar-se situações de empobrecimento até da classe média que outrora tinha alguns rendimentos mas por via do empobrecimento muitas destas pessoas, provenientes destes agregados familiares, passavam fome e passam fome na nossa região. Este diploma é, do ponto de vista do Bloco de Esquerda, de uma importância fundamental. E de uma importância fundamental porque vem responder àquela que é a necessidade básica de qualquer ser humano. Se na nossa região existem pessoas que passam fome todos os dias, se na nossa região existem pessoas que no silêncio desesperante do seu lar passam fome, não recorrem às entidades oficiais porque a vergonha é muita, há que haver, da nossa parte que somos legítimos representantes da população da Madeira e do Porto Santo, da parte do Parlamento Regional, da parte do Governo Regional uma atitude pró-activa no sentido de ajudar, criar mecanismos para ajudar estas pessoas. Pág. 11

12 E desse ponto de vista esta proposta e a criação da rede de cantinas sociais é um avanço que pode ser uma ajuda preciosa para quem passa fome. Achamos nós isto e acham isto outras pessoas. Eu recordo-me que após a discussão desta mesma iniciativa no ano passado, a própria Igreja Católica, através do Sr. Cónego Manuel Martins, veio denunciar a ineficácia das medidas públicas de ajuda aos pobres e inclusivamente veio considerar como propaganda falsa algumas das medidas anunciadas pelo Governo Regional que, de acordo com os propagandistas do regime, vão no sentido de ajudar estas pessoas. Esta situação é uma situação que piorou ainda mais depois da intempérie que tivemos no dia 20 de Fevereiro. Certamente que a pobreza que já atingia, de acordo com o anterior presidente do conselho de administração do Centro de Segurança Social da Madeira, 25% da população madeirense, certamente atinge neste momento muitas mais pessoas. Existem mais razões para que este projecto seja aprovado para que esta rede de cantinas sociais na Região Autónoma da Madeira sejam aprovadas e é por isso que voltamos à carga e voltamos a apresentar este diploma. Sr. Deputado Bernardo Martins, faz favor. O SR. BERNARDO MARTINS (PS):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta proposta está directamente relacionada com uma dura realidade madeirense, que é o aumento da pobreza e da exclusão social e tem o mérito de discutir este assunto particularmente neste Ano Europeu de combate à exclusão social. Nós sabemos que a Madeira tem uma das taxas mais elevadas do país a nível da pobreza, é uma situação que infelizmente se agrava agora com a calamidade de 20 de Fevereiro, porque pioraram as condições de vida das pessoas, há menos emprego, há mais casas destruídas, há menos meios de sobrevivência. E se a pobreza de facto já morava na casa dos pobres, ela voltou novamente a bater àqueles que são os mais necessitados. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nós sabemos que há instituições regionais que têm tido um papel de apoio social, de prover a ajuda alimentar, em espaços físicos próprios ou então mesmo ao domicílio, mas a verdade é que estas respostas acabam por ser insuficientes. E basta referir a tragédia para entender que estes problemas se agravaram e exigem respostas redobradas. Por isso nós entendemos que esta proposta das cantinas sociais constitui uma proposta importante, uma prestação social que deve de englobar Governo Regional, câmaras, juntas de freguesia, organizações não governamentais e se tem um aspecto positivo neste sentido nós Partido Socialista entendemos que carece de algumas modificações, de algumas adaptações. Porque por uma economia de meios, por exemplo, nós temos escolas na Madeira, em vários concelhos, que dispõem de equipamentos, de cantinas, de funcionários já predispostos para dar este apoio social. Portanto, até por uma questão de rentabilidade dos recursos existentes e de não fazer mais gastos, digamos assim, nesta hora difícil, nós achamos que, por exemplo, esta ideia das escolas nos vários concelhos terem um papel de apoio social, quer àqueles mais necessitados, ou seja, não só provendo a alimentação para os estudantes como eventualmente para os seus pais, vizinhos, poderão fazê-lo na escola como poderão eventualmente até dar um reforço no apoio domiciliário. Eu penso que aqui tem que haver algum equilíbrio, algum sentido de responsabilidade e também de atender à nossa realidade regional para não ficarmos apenas na ideia explícita e exclusiva de criação de novos espaços quando já podemos rentabilizar eventualmente espaços que já são existentes. Acho que com isso ficamos todos a ganhar e o objectivo essencial de servir os agregados familiares é perfeitamente satisfeito. Por isso nós entendemos apoiar esta iniciativa mas, como disse, sendo aceite pelo Plenário ou indo para comissão, nós estamos com intenção de apelar ao partido proponente para que de algum modo se possa ater à realidade regional e pegar nos recursos existentes de forma a efectivamente cumprir o objectivo da proposta aqui apresentada. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não estamos só a falar de cantinas sociais estamos a falar também da pobreza e, como disse, a pobreza aumentou na Madeira, infelizmente, com a tragédia de 20 de Fevereiro. É óbvio que há situações de fome na Madeira e não é preciso eu dizer porque o próprio PSD já o fez e já o reconheceu nesta Casa, há algumas situações de fome e esta calamidade agravou lamentavelmente e veio trazer mais problemas. Agora, é importante colocar dois aspectos aqui. Em primeiro lugar, esperemos que o PSD-Madeira não venha dizer que o agravamento social só acontece agora depois da recente tragédia. Esperemos. Porque nós já ouvimos de tudo. Ou não se lembram que a pobreza não se resolvia na Madeira, que havia um agravamento por causa da Lei das Finanças Regionais! Ou já se esqueceram que até disseram que era por causa do Sócrates que as situações se complicavam na Madeira! É preciso ater-se também e interpretar com realismo, sem partidarismo esta situação. Por isso julgamos que este problema estrutural da pobreza e que os 30 anos de Autonomia ainda não conseguiram resolver, não se pode neste momento atribuir culpas recentes e imediatas a uma infeliz tragédia que houve na região. E em segundo lugar esperemos que o PSD não venha dizer que esta é hora de união, de solidariedade e que, portanto, deixemos esta temática da pobreza assim um pouco no congelador, deixemos na gaveta porque isso até suscita diferenças políticas e partidárias. Eu acho que também deve de haver realismo, deve de haver tolerância e compreensão do momento mas não se deve de esquecer ou esconder a pobreza que se vive na Madeira apenas porque estamos num momento de recuperação de uma tragédia. Porque a temática da pobreza e da exclusão social com a tragédia ainda se torna mais viva e será cada vez mais falada. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, se as guerras partidárias e de facto os confrontos entre os governos devem de ser secundarizados, como disse, pela nobre missão da reconstrução da Madeira, nós achamos que não deve de Pág. 12

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