PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA LISTA RENAME
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- Airton Tuschinski Filipe
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1 PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA LISTA RENAME PROF. MSC. CHRISTIAN LAMEIRA Farmacêutico-Bioquímico AULA X
2 RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS - RENAME Publicação do MS com os medicamentos para combater as doenças mais comuns que atingem a população brasileira. Os estados a utilizam para elaborar suas listas de assistência farmacêutica básica. Nela constam os nomes dos princípios ativos dos medicamentos, baseados na Denominação Comum Brasileira (DCB) denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovados pela ANVISA.
3 RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS - RENAME São medicamentos registrados na ANVISA que apresentam menor custo nas etapas de armazenamento, distribuição, controle e tratamento. Além disso, todas as fórmulas apresentam valor terapêutico comprovado, com base em evidências clínicas.
4 FITOTERÁPICOS NA RENAME 2012 Portaria GM/MS nº 533, de 28/03/2012, são eles: Aloe vera (Babosa), Cynara scolymus (Alcachofra), Glycine max (Soja - isoflavona), Harpagophythum procumbens (Garra-do-diabo), Maytenus ilicifolia (Espinheira-santa), Mentha x piperita (Hortelã), Mikania glomerata (Guaco), Plantago ovata (Plantago), Rhamnus purshiana (Cáscara-sagrada), Salix alba (Salgueiro), Schinus terebinthifolius (Aroeira-da-praia), Uncaria tomentosa (Unha-de-gato).
5 ASPHODELACEAE Aloe vera L. (Babosa) Planta herbácea, com folhas carnosas, simples, alternas, sésseis, lanceoladas, bordos denteados.
6 Princípios Ativos: glicosídeos antraquinônicos (aloeemodina e aloína), salicilatos, taninos, glucomanos (0,2% a 0,3% do gel fresco) vitaminas E e C, entre outros. Farmacologia: Laxante, emoliente, hidratante, antiinflamatória e antibacteriana. Estudo Clínico: os glucomanos são úteis no tratamento de câncer e queimaduras causadas por radiação nuclear (Chernobyl, URSS). Estudo Clínico: o látex dessecado atua como laxante.
7 Toxicologia: Dor abdominal, diarreia sanguinolenta, hipotensão, hipotermia, hemorragia gástrica e nefrite. O uso crônico leva a má absorção de minerais, em especial o potássio, essa deficiência induz a paralisia na musculatura do cólon, provocando constipação. A ingestão de 8 a 10g do pó é mortal se ingerida de uma única vez. Uso Popular: Afecções respiratórias, picadas de cobra e escorpião, reumatismo.
8 ASPHODELACEAE Cynara scolymus L. (Alcachofra) Erva perene, caule tipo rizoma, raízes pivotantes, folhas carnosas, pilosas, simples e incompletas. Flores tipo capítulo, com brácteas coriáceas.
9 Princípios Ativos: ácidos fenólicos (cinarina), flavonoides (luteolina), óleos voláteis, fitosterois, taninos, etc. Farmacologia: Coletérico, redução do colesterol, antioxidante, hepatoprotetor. Estudo Clínico: tratamento com o extrato de alcachofra reduziu o colesterol total em 18,5% contra 8,6% do placebo. Já o LDL foi reduzido em 22,9% contra 6,3% do placebo. Estudo Clínico: Incluem ações benéficas em doenças digestivas e dispépticas, perda do apetite e problemas de vesícula (flavonoides), além de atuar como probiótico.
10 Toxicologia: Alergia ocupacional (cinaropicrina). Uso Popular: Colesterol, ácido úrico, obesidade, diabetes, hipertensão, etc.
11 FABACEAE Glycine max (L.) Merr. (Soja) Caule piloso, frutos secos leguminoso.
12 Princípios Ativos: Proteínas; ácidos graxos (linoleico, esteárico e palmítico); cálcio, ferro, potássio; vitaminas; isoflavona (fitoestrogênio): genisteína e gliciteína. Farmacologia: Alto valor nutritivo (25% de óleo, 24% de carboidratos e 50% de proteínas), regulador hormonal (estradiol), osteoporose. Estudo Clínico: O FDA recomenda que 25g de proteína de soja por dia, acompanhada de uma dieta baixa em gordura, pode reduzir o risco de doenças do coração. Estudo Clínico: Em 1991, estudo demonstrou redução 50% do risco de câncer de mama em mulheres pré-menopausa.
13 Toxicologia: Alergia. Estudo feito por pesquisadores japoneses concluiu que o consumo de 30g/dia pode causar aumento da tireoide e suprimir sua função. Uso Popular: nutriente, mineralizante, vitaminizante, energética, fito hormônio.
14 PEDALIACEAE Harpagophythum procumbens D.C (Garra-do-diabo)
15 Princípios Ativos: Monoterpenos; harpagosídeo, harpagídeo; derivados fenil-etanólicos; oligossacarídeos. Farmacologia: Aumento da produção do suco gástrico, coletérica, anti-inflamatório, antiartrítico e analgésico. Estudo Clínico: Estudos demonstram sua atividade coletérica.
16 Estudo Clínico: Efeito anti-inflamatório, analgésico e antiartrítico foram demonstrados em estudos com cobaias. Toxicologia: Sem toxicidade nas doses recomendadas. Uso Popular: antirreumática, dispesias.
17 CELASTRACEAE Maytenus ilicifolia Martius (Espinheira-santa) Arbusto com folhas simples lanceoladas, alternas, coriáceas e dentadas.
18 Princípios Ativos: 4-O-metil-epigalocatequina (tanino), friedelina (esteroide triterpeno), sais minerais (Fe, S, Na e Ca), entre outros. Farmacologia: protetor gástrico e duodenal, inibidor da secreção gástrica, anti-inflamatório, cicatrizante, dispepsias. Estudo Clínico: estudos realizados pela UFMG, demonstraram o efeito inibidor do 4-O-metilepigalocatequina sobre a secreção gástrica. Estudo Clínico: acelera a cicatrização da úlcera péptica mais rápido que a cimetidina.
19 Toxicologia: hipersensibilidade. Contra Indicações: gestantes, lactentes e crianças. Uso Popular: antirreumática, dispesias.
20 LAMIACEAE Mentha x piperita L. (Hortelã)
21 Princípios Ativos: óleo essencial (mentol), substâncias amargas, flavonoides e taninos. Farmacologia: afecções gastrointestinais, síndrome do intestino irritado (SII), anestésico tópico, analgésico. Estudo Clínico: o óleo essencial mostrou atividade contra E. coli, H. pylori, às linhagens de S. aureus resistentes a meticilina. Estudo Clínico: Estudo em camundongos demonstraram redução na incidência e na multiplicidade do câncer de pulmão induzido.
22 Toxicologia: Não deve administrado em pacientes com refluxo gástrico ou úlcera gástrica ativa, pois diminui a pressão esofageal do esfíncter. Contra Indicações: gestantes. Uso Popular: analgésico, bactericida, expectorante, anestésico e carminativo.
23 ASTERACEAE Mikania glomerata Spreng. (Guaco) Subarbusto trepador, raiz axial, caule volúvel com ramificações monopodiais. Folhas completas, membranáceas.
24 Princípios Ativos: Cumarina, flavonoides, tanino, saponinas, cineol, borneol, eugenol, guacosídeo, entre outros. Farmacologia: Bronquite, gripe, asma e enfisema pulmonar (interno) e antisséptico, cicatrizante, antipruriginoso. Estudo Clínico: estimulo a fluidificação dos exsudatos traqueobrônquicos ou estimula sua secreção, de maneira que possam ser mais facilmente expulsos pelo reflexo da tosse.
25 Estudo Clínico: atua relaxando a musculatura lisa das vias aéreas, principalmente dos brônquios. Toxicologia: acidentes hemorrágicos (antagonista da vitamina K), pode causar taquicardia, vômitos, diarréia. Uso Popular: Afecções respiratórias, picadas de cobra e escorpião, reumatismo.
26 ASTERACEAE Plantago ovata Forsk (Plantago)
27 Princípios Ativos: mucilagem que contém uma hemicelulose composta por 85% de ácidos arabinoxilanos, com pequena proporção de ramnose e de ácido galacturônico. Farmacologia: diarreia funcional e constipação intestinal. Estudo Clínico: Soifer et al. estudaram 20 pacientes com síndrome do cólon irritável, 14 pacientes com dor e constipação intestinal e 06 pacientes com dor e diarreia funcional. A dor desapareceu em 80% dos pacientes e a constipação e a diarreia funcional melhoraram, ou desapareceram em 78,6% e 83% dos pacientes, respectivamente.
28 Estudo Clínico: Tomás-Ridocci et al. avaliaram os efeitos em pacientes com constipação crônica, com ou sem síndrome do cólon irritável, em um estudo duplo-cego controlado por placebo. Todos os pacientes que receberam Plantago ovata e apenas um paciente que recebeu placebo apresentaram bons resultados com o tratamento. A frequência das evacuações aumentou e a consistência das fezes diminuiu no grupo tratado. Toxicologia: Após uma ingestão excessiva, pode haver náuseas, vômitos e dor epigástrica. Nesses casos, devese proceder ao tratamento sintomático. Uso Popular: constipação, laxativo, purgante.
29 RHAMINACEAE Rhamnus purshiana De Candolle (Cáscara-sagrada)
30 Princípios Ativos: Derivados antranoicos (antranoides, aloína), taninos, substâncias amargas, lipídeos, glicosídeos. Farmacologia: tônico digestivo, laxante e purgativo. Estudo Clínico: a aloína estimulam a produção de prostaglandinas em segmentos isolados do tecido intestinal.
31 Estudo Clínico: Efeito laxativo é causado por um aumento do conteúdo intestinal que aumenta a pressão e aumento do peristaltismo. Toxicologia: uso prolongado associado a perda de potássio pode potencializar arritmias cardíacas. Uso Popular: Afrodisíaco, tônico geral, antidepressivo, ansiolítico, hipnótico suave.
32 SALICACEAE Salix alba L.(Salgueiro)
33 Princípios Ativos: derivados do salicilato, ácido salicílico, ésteres fenólicos, procianidinas, taninos e glicosídeos. Farmacologia: Analgésico, febrífugo, disfunções gastrointestinais, cólicas menstruais, artrite. Estudo Clínico: Estudos demonstram sua eficácia analgésica. Estudo Clínico: Estudos recentes demonstram a atividade anti-inflamatória da tremulacina (éster fenólico).
34 Toxicologia: acidentes hemorrágicos em portadores de dengue; hipersensibilidade a aspirina; choque anafilático. Interação Medicamentosa: aumenta o risco de sangramento em pacientes que fazem o uso de anticoagulantes. Uso Popular: Analgésico, febrífugo, tônico, sedativo.
35 ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolius Raddi (Aroeira-da-praia)
36 Princípios Ativos: flavonoides, mono e sesquiterpenos, óleos voláteis. Farmacologia: dispepsias, gastrite, anti-inflamatório e bactericida. Estudo Clínico: Constata-se a eficácia deste produto em estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego realizado em 72 pacientes (38 x 34) com gastrite e sintomas dispépticos, comparando a eficácia de 28 dias de tratamento com Schinus terebinthifolius versus omeprazol. Os percentuais de melhoria dos sintomas foram similares em ambos os tratamentos, para: náusea, azia, dor epigástrica frequente, sensação de saciedade precoce. Constatou-se eficácia de ambos os produtos.
37 Toxicologia: alergia, diarreia e vômitos. Uso Popular: anti-inflamatório, tônica, diurética, azia, má-digestão.
38 BIGNONIACEAE Uncaria tomentosa (Unha-de-gato) Trepadeira de raiz subterrânea axial, tronco aéreo lenhoso, ramificações monopodiais. Folhas simples, elípticas-ovadas e completas. Flores sésseis e hermafroditas. Frutos simples.
39 Princípios Ativos: Alcalóides, esteróis, triterpenos, ácidos orgânicos. Farmacologia: Antiviral, antiinflamatório, antioxidante, imuno-estimulante. Estudo Clínico: Testes in vivo, mostraram redução do potencial mutagênico ao final do tratamento (RIZZI, 1993 Journal of Ethnopharmacology). Estudo Clínico: O extrato aquoso inibiu a proliferação de células tumorais por apoptoseo em 2 linhagens de células leucêmicas humanas diferentes (SHENG et al., 1998).
40 Toxicologia: Pode causar hipotensão e falência renal aguda. Contra-Indicações: Pacientes transplantados em uso de imunossupressores, tuberculose e portadores de esclerose múltipla. Uso Popular: Imuno-estimulante, dores reumáticas, distúrbios menstruais.
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