II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores
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- Victor Botelho Sales
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1 II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ASTRONOMIA NO ENSINO FUNDAMENTAL Sorandra Corrêa De Lima, Ivair Ribeiro Gonzaga, Mônica Cunha Ramos, Silvia Martins Eixo 2 - Projetos e práticas de formação continuada - Relato de Experiência - Apresentação Oral Este trabalho apresenta um curso de Astronomia, destinado a professores de Ciências dos anos finais do ensino fundamental. A proposta teórico-metodológica é baseada na Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, Novak e Hanesian (1980) e nos Três Momentos Pedagógicos de Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2011). Assim, o curso, de vinte e quatro horas, foi estruturado como segue: Problematização inicial aplicação um questionário e promovidas discussões sobre: Sistema solar, eclipse, estações do ano; etc. Para organização do conhecimento, as atividades foram organizadas em cinco etapas: i) levantamento e discussão das competências e habilidades em Astronomia descritas em documentos legais; ii) leitura, análise e reflexão do artigo de Langhi e Nardi (2007) que fala de erros conceituais comuns encontrados em livros didáticos de ciência. iv) análise crítica e reflexiva sobre a abordagem de Astronomia nos livros didáticos; v) apresentação do software Stellarium e experimentos práticos de Astronomia; vi) passeio no sistema solar em um parque municipal de Uberlândia. Na aplicação do conhecimento, os professores elaboraram e estruturaram uma sequência didática sobre o tema, com a utilizando abordagens discutidas no curso. As discussões realizadas durante o curso permitiram aos professores-alunos uma postura crítica acerca do material didático, pois não estavam cientes dos erros conceituais presentes nos livros. Além disso, a atividade prática permitiu uma discussão acerca dos conteúdos e as metodologias de ensino de astronomia. Desse modo, percebe-se que as atividades desenvolvidas no curso contribuíram de forma bastante significativa para a formação básica dos professores sobre o tema e para que possuam uma postura mais ativa no ensino dessa disciplina. 4414
2 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ASTRONOMIA NO ENSINO FUNDAMENTAL Sorandra Corrêa de Lima; Mônica Cunha Ramos; Ivair Ribeiro Gonzaga; Sílvia Martins dos Santos. Instituto de Física - Universidade Federal de Uberlândia Introdução Os museus de ciências constituem um espaço de educação científica não formal, são espaços institucionalizados não formais. A junção de espações formais e não formais de educação, possibilita aos docentes e discentes diferentes experiências com relação ao trabalho com o currículo escolar. Uma função dos museus de ciência é a de abrir espaço para a formação continuada, adotando como metodologia, a troca de experiência associada ao ensino e aprendizagem, constituindo assim ambiente de diálogo entre os pares, no qual a interdisciplinaridade seja praticada, buscando contribuir de forma significativa com o trabalho docente. Damásio e Stefani (2008) entendem que os cursos de formação continuada de professores constituem espaços apropriados para discutir a introdução de conceitos físicos, de forma que a Física deixe de ser um obstáculo adicional no ensino subsequente e desperte o interesse das crianças para a Ciência. De acordo com Langhi (2009), no Brasil, a formação continuada é exigência amparada por lei (BRASIL, 2008): Os Referenciais para Formação de Professores (BRASIL, 2002a) declaram como permanente, e como uma articulação entre a formação inicial e a continuada: a formação inicial corresponde ao período de aprendizado dos futuros professores nas escolas de habilitação, devendo estar articulada com as práticas de formação continuada; o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), elaborado pelo governo, reconhece este vínculo entre as formações inicial e continuada quando afirma que as universidades públicas devem se voltar para a educação básica, visando à melhoria de sua qualidade como dependente da formação de seus professores, o que decorre diretamente das oportunidades oferecidas aos docentes (BRASIL, 2007). Do mesmo modo, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a 4415
3 Formação de Professores (BRASIL, 2001) afirmam que, durante a graduação, a instituição de ensino superior deve tocar nesta questão da continuidade formativa (BRASIL, 2001). Estes documentos apoiam-se sob uma base legal única, afirmando que, programas de formação continuada devem ser oferecidos para os profissionais da educação dos diversos níveis e mantidos pelos Institutos Superiores de Educação, conforme o artigo 63, parágrafo terceiro, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996). As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica (BRASIL, 2001), em seu artigo 14, parágrafo segundo, enfatiza a flexibilidade que cada instituição formadora possui para construir projetos inovadores e próprios, concebendo um sistema de oferta de formação continuada, que propicie oportunidades de retorno planejado e sistemático dos professores às agências formadoras (LANGHI, 2009). Deste modo, entende-se que espaços de formação continuada são necessários tanto para suprir lacunas da formação inicial dos docentes como para mantê-los atualizados, além de proporcionar uma oportunidade para a reflexão e autonomia do professor. O Museu Dica- Diversão com Ciência e Arte do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia- UFU, é um espaço interativo, que desde 2005, oferece atendimento a escolas e ao público em geral, atuando também como um centro de formação continuada, contando com cursos regulares e oficinas de experimentos, minicursos de formação de monitores, mostras itinerantes e palestras, entre outros, constituindo- se assim como um espaço de divulgação científica, a fim de colaborar com a melhoria do ensino de ciências em Uberlândia e região. Assim, dentre as diversas atividades realizadas pela equipe de pesquisadores do Museu Dica, desde 2011, estão sendo organizados e oferecidos cursos semestrais de formação de professores. Nesse cenário, apresentamos o relato de um curso de Astronomia, destinado a professores de Ciências dos anos finais do ensino fundamental, oferecido no contexto de Formação Continuada do Museu Dica da UFU. A visualização de conceitos físicos envolvendo unidades muito grandes sempre foi um problema para a popularização de diversos ramos da disciplina, especialmente a Astronomia. As enormes distâncias e tempos que envolvem os eventos astronômicos são de 4416
4 difícil compreensão, o que é um empecilho quando existe a intenção de divulgar esta ciência ao público em geral. Mesmo assim, a Astronomia é um tema de fácil aceitação, devido ao aspecto fantástico que ela apresenta. Geralmente, quando o assunto é abordado em qualquer mídia ou meio de comunicação, as imagens apresentadas são exuberantes, o que desperta o interesse do interlocutor para o tema. No entanto, nem sempre as imagens exibidas prezam pela acurácia nas informações, o que pode causar alguma confusão quando este conhecimento vir a ser disseminado de forma informal. A inserção de temas de Astronomia nos currículos dos cursos de formação continuada parece-nos, ser um importante viés para proporcionar mudanças na visão que docentes possuem com relação a essa Ciência, pois sem dúvida, as crenças dos docentes permeiam suas práticas pedagógicas e são repassadas aos alunos. Objetivos Objetivo geral: Estabelecer um diálogo sobre o ensino de temas de Astronomia entre pesquisadores e professores de Ciências dos anos finais do ensino fundamental e ampliar as possibilidades na relação museu-escola. Objetivos específicos: a) Analisar e discutir a viabilidade e importância de conteúdos de Astronomia nesse nível de ensino; b) Diagnosticar as principais dificuldades e expectativas dos professores em relação ao ensino de temas de Astronomia nesse nível de ensino; c) Investigar as práticas, os referenciais utilizados na preparação de aula, as trajetórias formativas de professores e o processo de construção de saberes docentes durante o curso de curta duração sobre o ensino de temas de Astronomia; d) analisar como a abordagem de temas e conceitos de Astronomia são tratados nos livros didáticos; 4417
5 e) Analisar metodologias de ensino e resultados de pesquisas na área de ensino de Astronomia, e como esses podem mediar e auxiliar na construção da autonomia dos professores participantes de um curso de curta duração; f) subsidiar futuros processos de reestruturação curricular em programas de formação inicial e continuada, visando a contemplação de temas relacionados à Astronomia, principalmente em aulas de Ciências nos anos finais do ensino fundamental. Relato da experiência A escolha de temas relacionados à Astronomia, para a estruturação do curso deve-se aos principais motivos: i) interesse dos professores e alunos pelo tema; ii) insegurança apresentada pela maioria dos professores em abordar esse tema em sala de aula; iii) a trilha do planetário no Parque Gávea em Uberlândia que o Museu Dica possui, o qual a maioria dos professores não conhecem e por isso não utilizam como espaço de ensino. A partir disto estruturamos o curso em seis encontros de quatro horas cada um, realizados aos sábados no espaço da UFU, sendo que as inscrições para o mesmo foram disponibilizadas no site do museu da Dica, sendo realizadas via preenchimento de formulários. Torna-se importante salientarmos que, seguimos a proposta metodológica dos Três Momentos Pedagógicos de Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2011) na estruturação geral do curso, bem como em cada encontro. Elaboramos inicialmente, um planejamento das atividades, que contemplava x reuniões, embora estivéssemos cientes das prováveis alterações que poderiam ocorrer durante a realização do curso. Assim, o planejamento foi desenvolvido objetivando contemplar três momentos distintos, conforme a tabela 1. Primeiro momento: Problematização inicial Com base no trabalho de Langhi (2009), elaboramos um questionário inicial em forma de pré-teste, com algumas questões indagando sobre diferentes temas de Astronomia: 1) Faça um desenho do Universo, com o sistema solar. 2) Agora, faça um desenho do planeta Terra. 3) Na sua opinião, como ocorre o fenômeno do dia e noite? 4) Quando é dia e quando é noite na Terra? 5) E nos outros planetas? Como ocorre o dia e a noite? 6) Como você 4418
6 explicaria as estações do ano? 7) Você já deve ter ouvido falar da frase: a lua está sempre com a mesma face voltada para a Terra o que você acha que isso significa? O que é face? 8) Quais são as fases da lua? Como você explica essas fases. Desenhe um esquema para complementar sua explicação. 9) Na sua concepção, que são os eclipses? 10) Você já realizou alguma observação através de um telescópio? Em caso positivo, queira nos informar quando, onde e o que observou. Se desejar, por favor, relate também suas impressões sobre isto. 11) Você já visitou um planetário ou observatório? 12) Você costuma ler horóscopos? Com que freqüência? 13) O que você espera em relação a este curso que será oferecido? Gostaria de dar algumas sugestões? O intuito dessa atividade foi de averiguar as concepções conceituais prévias e as expectativas dos professores com relação ao curso e em especial ao tema proposto. Após a aplicação desse pré-teste, foi promovida uma discussão com os professores sobre suas concepções acerca do tema; em seguida, apresentamos uma palestra inicial tratando da Educação em Astronomia no Brasil (Langhi, 2009) referente à um levantamento de artigos publicados em revistas acadêmicas que tratam sobre o ensino de Astronomia, sobre trabalhos publicados em anais de eventos e encontros da área, além de teses e dissertações que abordam questões de ensino de Astronomia (Banco de Teses). - Segundo momento: Organização do conhecimento Realizamos um estudo teórico dos documentos oficiais Parâmetros Curriculares Nacionais- PCN e Conteúdo Básico Comum- CBC, localizando trechos que indicavam sobre o ensino de habilidades relacionadas a temas de Astronomia nos anos finais do ensino fundamental. Foi solicitado no encontro anterior, que os participantes fizessem esse estudo em casa, para discussão no encontro. Conforme nós, pesquisadores, apresentávamos os trechos encontrados nos documentos oficiais, os professores participavam ativamente, comentando sobre os documentos e a realidade em sala de aula. Questionamos sobre: O que sugerem os PCN s e CBC em relação aos conteúdos de Astronomia? Identifique se suas aulas, atualmente, estão de acordo com esta proposta. Como você pretende contemplar estas sugestões nas suas aulas? Como você pretende incluir estas sugestões em sua prática docente nas aulas que ministrará? 4419
7 Após esse primeiro estudo teórico dos documentos oficiais, iniciamos a leitura de um artigo de Langhi e Nardi (2007) que trata dos principais erros conceituais de Astronomia que aparecem nos livros didáticos de Ciências; solicitamos então aos participantes que analisassem criticamente o livro didático utilizado por eles em sala de aula, correlacionando as informações conceituais contidas no artigo tratado. Em seguida, foi promovida uma discussão sobre as dificuldades dos professores em abordar os seguintes temas de Astronomia: sistema solar, eclipses, estações de ano, Terra. Torna-se importante ressaltar, que decidimos tratar desses temas de Astronomia no curso, pois segundo artigo de Nardi e Langhi (2007), esses temas representam o maior número de erros conceituais nos livros didáticos de Ciências. Não podemos esquecer que já havia sido promovida uma discussão a respeito da utilização do livro didático em sala de aula; por bem achamos pertinente tratar sobre os critérios de escolha apresentados pelo Plano Nacional do Livro Didático- PNLD e como é feita a escolha dos livros didáticos nas escolas, quais critérios são utilizados pelos professores neste momento. No encontro seguinte do curso, foi realizada uma oficina sobre o uso da simulação Stellarium. A segunda parte deste encontro foi destinada a elaboração de um experimento prático de Astronomia, relacionada com os movimentos da Terra (translação e rotação) responsáveis pelo dia e a noite e as estações de ano por exemplo. Os principais objetivos dessa atividade foi o de auxiliar na desmitificação da Astronomia como tema de atividades práticas e o desenvolvimento de atividades práticas que despertassem a ludicidade e criatividade dos professores e por consequência de seus alunos Terceiro momento: aplicação do conhecimento Neste momento, apresentamos um referencial teórico e metodológico para elaboração de uma metodologia de ensino de temas sobre Astronomia. Apresentamos a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, Novak e Hanesian (1980), mapas conceituais de Novak (1981), e os três momentos pedagógicos de de Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2011). Foi solicitado os professores participantes que elaborassem uma unidade de ensino, proposta em aula, utilizando os temas estruturadores discutidos em atividades anteriores 4420
8 (Terra, eclipse, estações, dia e noite, etc.), além dos conceitos teóricos e metodológicos tratados durante o curso. No encontro em que foi realizada a visita à trilha do planetário no Parque Gávea, foram apresentados os principais conceitos relacionados às características dos planetas, como a trilha Astronômica é uma atividade altamente lúdica e prática, o visitante tem uma ideia mais clara da disposição e do tamanho real dos planetas no sistema solar, dando outra dimensão às possibilidades de ensino do conteúdo de Astronomia. A intenção do museu Dica ao estruturar a trilha astronômica é dar suporte aos professores que desejavam inserir no dia a dia do aluno, alguma atividade lúdica sobre a Astronomia. No último encontro do curso, os professores apresentaram suas unidades de ensino elaboradas, culminando assim no fechamento e socialização verbal (opinião dos professores sobre o curso). Houve a entrega de apostila contendo: os artigos trabalhados no curso e sugestões de experimentos práticos de Astronomia para serem feitos em sala de aula, ou seja, disponibilizamos material instrucional trabalhado no curso para os professores. Etapas metodológicas segundo Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2011) Data Carga Horária Atividades Objetivos cognitivos Problematização inicial 14/09 3h Aplicação de um questionário e discussões promovidas sobre: Sistema Solar, eclipse, estações do ano, Terra, dia e noite. 1h Apresentação e discussão sobre Educação em Astronomia no Brasil. Identificar as ideias prévias dos professores sobre tópicos de Astronomia. Apresentar um levantamento de artigos publicados em revistas acadêmicas que tratam sobre o ensino de Astronomia. Apresentar um levantamento de trabalhos publicados em anais de eventos e 4421
9 encontros da área. Apresentar um levantamento de teses e dissertações que abordam questões de ensino de Astronomia (Banco de Teses). Organização conhecimento do 21/09 1,5 h Levantamento e discussão das competências e habilidades em Astronomia descritas em documentos legais como Parâmetros Curriculares Nacionais- PCN e Currículo Básico Comum- CBC. Analisar e discutir sobre a viabilidade e importância de abordar temas de Astronomia nos anos finais do ensino fundamental. 1,5 h Leitura, análise e reflexão do artigo do Langhi e do Nardi (2007), que trata dos erros conceituais de Astronomia encontrados nos livros didáticos de Ciências. 1h Discussão sobre as dificuldades dos professores em abordar os temas de Astronomia trabalhados no curso e uma discussão geral sobre o PNLD. Analisar, refletir criticamente a forma com que os temas de Astronomia aparecem nos livros didáticos adotados pelos professores em sala de aula. Analisar e discutir a forma como é feita a escolha dos livros didáticos nas escolas. 28/09 2h Apresentação do software Stellarium. 2h Elaboração de um experimento de Astronomia. Desmitificação de temas relacionados à Astronomia Realização de atividades práticas que despertem a criatividade e ludicidade. 4422
10 Aplicação conhecimento do 05/10 2h Palestra: Aprendizagem significativa e mapas conceituais; os três momentos pedagógicos. Apresentar um referencial teórico e metodológico para elaboração de uma metodologia de ensino de temas sobre Astronomia 2h Atividade de elaboração de uma aula utilizando os conceitos estruturadores discutidos em atividades anteriores (Terra, eclipse, estações, dia e noite). Refletir sobre as atividades aplicadas no curso e analisar quais delas os professores pretendem utilizar em suas aulas. 23/11 4h Visita ao Planetário do Parque da Gávea em Uberlândia. 30/11 3h Apresentação das metodologias de ensino de Astronomia elaboradas pelos professores. 1h Fechamento e socialização verbal (opinião dos professores sobre o curso). Apresentar um espaço não-formal para o trabalho com conceitos de Astronomia. Aplicação de um teste final. Socialização das metodologias elaboradas e discussão das propostas. Entrega de apostila contendo: os artigos trabalhados no curso e sugestões de experimentos práticos de Astronomia. Tabela 1: Cronograma com as etapas e atividades realizadas no curso Discussão Eram esperados como público alvo professores de Ciências dos anos finais do ensino fundamental, porém os participantes inscritos e frequentes são oriundos de diferentes áreas, o que possibilita e pede uma abordagem diferenciada dos temas no curso, para tanto foram feitos ajustes quanto a discussão para que essa perpassasse as diferentes áreas ali concentradas. 4423
11 Houve 27 (vinte e sete) inscrições, dentre estas 15 (quinze) participantes foram frequentes nos encontros. Os participantes do curso mostraram se bastante interessados e curiosos acerca da temática abordada, as discussões foram enriquecedoras devido à bagagem de cada um e as diversas áreas de atuação, sendo elas: Matemática, Física, Geografia, Filosofia, Química, Pedagogia, Assistência Social. No ato das inscrições os participantes responderam um formulário, o qual continham perguntas referentes a sua formação acadêmica, atuação profissional e perguntas referentes ao trabalho realizado sobre o tema proposto pelo curso. A partir da análise dos dados gerados através destas perguntas iniciais, pudemos constatar que dentre os participantes inscritos e que estavam vinculados ao trabalho docente, todos já haviam trabalhado algum tema relacionado à Astronomia, em sala de aula, sendo a principal motivação à participação no curso, a vontade de atualização e aprimoramento na área de atuação. Atentando a esses dados, o curso foi planejado para atender às necessidades dos participantes e adequar- se a realidade dos mesmos; para tanto trabalhamos com recursos didáticos como, experimento prático e software, artigos de periódicos de ensino, artigos de revistas de divulgação científica, livro didático, espaço de educação não- formal, etc., a fim de facilitar a transposição didática dos temas selecionados. Considerações finais Quando pensamos sobre as principais concepções alternativas e conceitos errôneos encontrados em livros didáticos, devemos pensar também em como ocorre o ensino de temáticas relacionadas à Astronomia, visto que este é um tema que desperta grande interesse, porém, apresenta-se de forma bastante abstrata para o aluno. Questionar um conteúdo, ir além das certezas, pensar como o outro aprende e como podemos evoluir nossas concepções docentes é fundamental neste processo em que nos encontramos como pesquisadores de nossa experiência. Assim, a utilização de espaços não formais associados à formação continuada de professores garante um percurso pedagógico associando a extensão da educação formal para os espaços não formais, a fim de aprimorar os conhecimentos integrados a proposta pedagógica da escola. 4424
12 Referências Bibliográficas AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D., HANESIAN, H. Psicología Educativa: un punto de vista cognoscitivo. México: Trillas, BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. DiretrizesCurriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, emnível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP nº 9/2001,pub no DOU de 18/01/2002. Brasília: MEC, BRASIL. Ministério da Educação. O plano de desenvolvimento da educação: razões, princípios e programas. Brasília: MEC, Disponível em: < em: ago, BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Rede nacional de formação de professores. Brasília: MEC, Disponível em:< Acesso em: ago DAMASIO, F.; STEFANI, M.H. A Física nas séries iniciais (2ª a 5ª) do ensino fundamental: desenvolvimento e aplicação de um programa visando qualificação de professores. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 4, 4503 (2008). DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 3ª ed. São Paulo: Cortez, LANGHI, R. Astronomia nos anos iniciais do ensino fundamental: repensando a formação de professores f. Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Bauru, Bauru, LANGHI, R. & NARDI, R. Ensino de Astronomia: erros conceituais mais comuns presentes em livros didáticos de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, n.1, p , abr NOVAK, J. D. A theory of edumtion Ithaca, N.Y., Cornell Universiíy Press, Trad. Uma teoria de educa@. São Paulo, Pioneira,
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