Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS SUMÁRIO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS SUMÁRIO"

Transcrição

1 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO Aspectos Fitogeográficos Aspectos Históricos Aspectos Climáticos Circulação Atmosférica no Nordeste O Clima da Caatinga Os Mesoclimas como Afirmação do Caráter Climático das Caatingas Aspectos Sobre a Classificação da Vegetação Aspectos Gerais da Vegetação Aspectos da Fitossociologia da Caatinga Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Justificativa ÁREA DE ESTUDO MATERIAL E MÉTODOS Áreas de Estudo Coleta e Tratamento de Dados RESULTADOS Caracterização do relevo Florística Fisionomia Estrutura de Abundância...61 Adendo à Caracterização da Vegetação i

2 5 - DISCUSSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EQUIPE TÉCNICA...85 ANEXO - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO Apêndice A - Precipitação Anual ( ) Apêndice B - Domínio das Caatingas Adendo à Caracterização da Vegetação ii

3 1 - INTRODUÇÃO ASPECTOS FITOGEOGRÁFICOS 1 A área geral do domínio 2 da caatinga no Nordeste (Figura 1-1) tem cerca de km² e se estende de 2º54 S a 17º21 S. Andrade-Lima (1981) apresenta três principais delimitações para as caatingas, ou seja: (a) para leste, (b) para o norte e (c) para oeste e sudeste. Já a delimitação sul é mais complexa. FIGURA 1-1- ÁREA DO BRASIL OCUPADA PELO ECOSSISTEMA SEMI-ÁRIDO, DESTACANDO-SE A ZONA DE CAATINGA MAIS SECA (ADAPTADO DE SILVA ET AL., 1993) Para leste, a caatinga limita-se com as Florestas Pluviais Costeiras do Brasil. De modo geral a transição não se faz de maneira brusca. A seqüência para oeste, dependendo da quantidade de chuva (que por sua vez está subordinada a um sistema atmosférico-orográfico complexo), geralmente apresenta-se da seguinte 1 Compilação e adaptação de parte do trabalho de Dárdano de Andrade Lima (1981). 2 Domínio é uma área do espaço geográfico, com extensões subcontinentais, de milhões até centenas de milhares de km 2, onde predominam certas características morfoclimáticas e fitogeográficas, distintas daquelas predominantes nas demais áreas. Isto significa dizer que, outras feições morfológicas ou condições ecológicas podem ocorrer em um mesmo domínio, além daquelas predominantes. Assim, no espaço do domínio da Caatinga, nem tudo que ali se encontra é bioma de Caatinga. Cerrados, matas ciliares, matas mesófilas, são alguns exemplos de representantes de outros tipos de bioma, distintos do de Caatinga, que ocorrem em meio àquele mesmo espaço. Adendo à Caracterização da Vegetação 1

4 maneira: floresta pluvial perenifólia higrofítica; floresta pluvial subperenifólia mesofítica; floresta pluvial subcaducifólia mesofítica; floresta pluvial caducifólia submesofítica (mata seca); floresta caducifólia xerofítica espinhosa (caatinga arbórea), continuada pelas comunidades de caatinga arbustiva, as quais variam de lugar, de acordo com as condições climáticas e pedológicas locais. A delimitação para o norte varia de um estreito cinturão de vegetação costeira psamofítica até a ausência total de vegetação, aonde espécies mais tolerantes da caatinga chegam diretamente até a praia, conforme pode ser visto facilmente no noroeste do Estado do Rio Grande do Norte. Para oeste, a caatinga limita-se com outro domínio, o dos cerrados, e novamente a delimitação não se faz de maneira brusca. Os cerrados são considerados como uma vegetação perenifólia. Mas no Nordeste do Brasil quando os climas semi-áridos, responsáveis vegetação de caatinga em faixas de solos relativamente bons, avançam sobre solos pobres associados com vegetação de cerrado, as espécies mais resistentes à seca da flora do cerrado reagem contra a falta d água, deixando cair suas folhas. Daí resulta um tipo de vegetação pouco comum: o cerrado caducifólio. Espécies e solo são típicos do cerrado. Ainda está por ser feita uma análise detida desta comunidade. No noroeste do Ceará, oeste da Bahia e nordeste de Minas Gerais, a transição é razoavelmente clara, uma vez que linhas de relevo resultam em mudanças topoclimáticas, as quais são responsáveis pela mudança na vegetação. As caatingas cobrem as depressões intermontanas e diferentes tipos de vegetação pertencentes ao domínio dos cerrados (Bigarella et al.1975; publicado em 1979), incluindo alguns campos isentos de espécies arbustivas ou arbóreas, dominam as chapadas. Esporadicamente as encostas das serras ou chapadas apresentam uma floresta higrofítica ou mesofítica intensamente perturbada pela ação humana. O limite sul, conforme mencionado anteriormente, é mais complexo e inclui a transição para um tipo arbóreo de cerrado o cerradão, envolvendo um tipo de floresta a qual, pelas espécies, caducidade das folhas e presença de árvores com forma de barril (barrigudas), tem de ser colocada entre as comunidades da caatinga. Esta floresta cresce em solos derivados principalmente de rochas calcárias do grupo Bambuí. Ao sul da parte oriental desta delimitação, a transição é mais clara, uma vez que novamente está presente a interferência orográfica. A maioria dos estudos revela existência de vários tipos vegetacionais no nordeste, ressaltando, entretanto, que um constitui a feição dominante da região, a caatinga, palavra de origem tupi, que significa mato branco ou mata clara (Andrade-Lima, 1981). Adendo à Caracterização da Vegetação 2

5 Lira (1979), fazendo uma revisão detalhada dos autores que trataram da classificação de caatinga, com intuito de distinguir suas diferentes formações, revelou que... o termo indígena caatinga surge na literatura, como simples citação, nas obras dos cronistas do século XVI, Souza e Cardim, e que desde então o aspecto fisionômico tem sido o traço principal de quantas descrições e análises tenham merecido esta formação vegetal. Talvez por esse traço visual tão marcante é que a caatinga tenha sido analisada principalmente no seu aspecto fisionômico (Lira, 1979). Entretanto, essa vegetação, ao contrário do que muitos afirmam, revela em função da heterogeneidade de seu ambiente físico, senão rica em espécies nas distintas formações que a compõe, pelo menos florísticamente variada no seu conjunto. SILVA (1985) ressalta que algumas poucas espécies, especialmente as arbóreas, ocorrem em quase toda a caatinga ASPECTOS HISTÓRICOS A ocupação da caatinga pelos europeus teve origem na colonização do Nordeste do Brasil, iniciando-se no litoral com a derrubada das matas úmidas para o plantio de cana-de-açúcar. Entretanto a área costeira úmida não constituía ambiente propicio para a pecuária, do qual os colonizadores necessitavam, e a penetração para o interior à procura de ouro e pedras preciosas, abriu nas caatingas, o potencial para terras de pastoreio. Já no final do século XVI foram instaladas fazendas ao longo do rio São Francisco, que se expandiram para os espaços mais distantes das caatingas, onde o gado se alimentava da vegetação nativa. Mas logo se verificou que a riqueza daquelas pastagens do sertão desapareceria durante os períodos secos, apesar do clima favorecer a saúde do gado, morriam de sede e fome. Daí o número de fazendas de gado foi sendo reduzido à medida que o cultivo de algodão ocupava muito das áreas de solos melhores. Mais tarde, foi introduzido o gado indiano para melhorar a produção e plantadas cactáceas sem espinho (Opuntia ficus-indica e Nopalea cochenillifera) a fim de prover alimento durante a estação seca. Também foi plantado capim forrageiro em áreas de solo melhor, mas nem sempre com muito sucesso. Sampaio et al. (1987) observaram que há séculos o homem vem usando a área recoberta de caatinga para exploração da pecuária extensiva, para agricultura nas partes mais úmidas, para a retirada de madeira e lenha e para outros usos de menor interesse socioeconômico. Reconheceram que as principais tendências na utilização da caatinga são a redução do uso das áreas agrícolas de baixa produtividade, que passam a ser ocupada pela pecuária extensiva e o aumento das áreas exploradas para lenha e carvão. A agricultura praticada de preferência Adendo à Caracterização da Vegetação 3

6 nos locais com condições ambientais favoráveis. Assim, a proporção de vegetação nativa são menores nas zonas mais úmidas e mais férteis, antigamente recobertas de matas, e maior nas áreas mais inóspitas à agricultura. Diante dessas circunstâncias, a área das caatingas foi ocupada quase que totalmente, mas com uma população esparsa. Populações mais densas estabeleceram-se somente nos vales úmidos, onde era possível um sistema agrícola mais intensivo. Levantamentos recentes mostram que a antropização vem crescendo na região Nordeste, alcançando valores surpreendentes. De acordo com o IBGE, houve uma redução de 27% da área de cobertura vegetal do Nordeste no período de 1984 a 1989 e, atualmente, 75% da caatinga já se encontram antropizados (Bioma Caatinga, 2000). Em algumas regiões do semi-árido viceja intensas atividades agropecuárias, caracterizadas pela continua expansão da fronteira agrícola, impulsionada, principalmente, pela implantação e ampliação dos projetos irrigados, sobretudo a fruticultura que desponta como uma das atividades econômicas mais importantes (Albuquerque et al., 1982). A caprinocultura e a ovinocultura extensivas são práticas bastante comuns nesta região e atualmente representam a principal fonte de renda dos pequenos produtores das áreas de sequeiro (Medeiros et al. 1994). Segundo Feitoza (2004), neste sistema, os animais pastam livremente na caatinga, competindo fortemente com os animais nativos e dificultando a regeneração das principais espécies da flora. A autora ainda comenta que o desenvolvimento agropecuário tem aumentado consideravelmente a pressão sobre a caatinga e estimulado, de forma crescente, exploração desordenada dos seus recursos naturais ASPECTOS CLIMÁTICOS 3 Alvim (1949) afirma que os caracteres fortemente xerofíticos das plantas nativas dos sertões secos, demonstram, fora de qualquer dúvida, que a semi-aridez da região não vem de séculos, mas provavelmente, de milhões de anos... e que... as duas famílias predominantes nas caatingas nordestinas Cactaceae e Euphorbiaceae oferecem testemunhos irrecusáveis da perfeita adaptação da flora ao clima. Nem sempre o clima representa papel expressivo no estabelecimento das formações vegetais. No caso dos cerrados o clímax ecológico está muito mais ligado a fatores de natureza pedológica do que climática. Todavia, no caso das caatingas, é patente a influência preponderante do clima. A vegetação da caatinga se apresenta sempre associada à elevada deficiência hídrica, o que indica um complexo de formações vegetais determinado por fatores climáticos (Reis, 1976). 3 Compilação e adaptação de parte do trabalho de Antônio Carlos de Souza Reis (1976). Adendo à Caracterização da Vegetação 4

7 A região das caatingas, a Hamadryades de Martius, ocupa cerca de 10% da superfície do território nacional. Os cursos d água perenes são muito raros na área das caatingas, o que vem confirmar o elevado déficit de água, responsável por aquelas formações vegetais. Reis (1976), descreve o quadro climático das áreas da Caatinga como uma das mais extensas áreas de semi-aridez da América do Sul, assinalando alguns dos valores meteorológicos mais extremos do país: a mais forte insolação e a mais baixa nebulosidade; as mais altas médias térmicas e as mais baixas percentagens de umidade relativa; as mais elevadas taxas de evaporação, sobretudo, as mais escassas e irregulares precipitações pluviais, extremamente limitadas a um curto período do ano (2 a 3 meses). Considera ainda, que essas chuvas, quase sempre de grande intensidade, provocam enchentes nos cursos e reservatórios d água, além de um elevado escoamento superficial, com pouca ou quase nenhuma infiltração, acentuando e agravando, em cada ano, a erosão dos solos. De acordo com a classificação climática de Köepen, o clima da região se enquadra no tipo Bsh (Monteiro & Kaz, ) CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA NO NORDESTE Um elemento importante na análise climática do Nordeste Brasileiro é a variação sazonal dos ventos na costa, que está relacionada com a posição do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul. Tal sistema começa a se intensificar nas estações frias, alcançando o máximo em julho. A observação dos ventos sobre o Atlântico Sul no início do ano indica a ocorrência de uma predominância de leste-nordeste ao longo da costa. Durante o período de abril a julho, a predominância passa a ser de sudeste, o que coincide com a época chuvosa no leste da região. Portanto, durante a estação chuvosa de outono/inverno sobre o leste da região, os ventos sopram perpendicularmente à linha-de-costa, assumindo a direção sudeste. Esses ventos provavelmente favorecem a ocorrência da zona de convergência noturna, associada à brisa terrestre. Outro fator que favorece as chuvas na região é a presença do vórtice ciclônico em altos níveis, cuja circulação fechada apresenta um centro mais frio que sua periferia. Tais vórtices são observados nos meses de setembro a abril, tendo maior freqüência em janeiro. Eles favorecem as chuvas no norte e nordeste da região e promovem céu claro na parte sul e central do Nordeste Brasileiro durante esses meses. Em resumo, tem-se que, a zona seca do Nordeste é uma resultante da predominância do ar estável trazido pelos alísios. Essa condição pode perdurar dando origem às calamitosas secas que, com relativa freqüência, se abatem sobre a Região. O mais comum, porém, é que as penetrações da massa Equatorial continental, a oeste, aliada às ondulações da Convergência Intertropical, a noroeste, determinem a estação chuvosa na grande maioria das áreas Adendo à Caracterização da Vegetação 5

8 nordestinas, na seqüência verão, verão-outono. De resto, há que salientar ainda, o litoral oriental, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, de clima úmido, onde a estação chuvosa de outono-inverno está sob a influência das descargas de ar polar da Frente Polar do Atlântico, muito freqüentes e enérgicas naquela parte do ano O CLIMA DA CAATINGA O Nordeste do Brasil caracteriza-se por uma heterogeneidade climática que a situa como a de maior complexidade entre as regiões brasileiras. Essa complexidade decorre fundamentalmente de sua posição geográfica, em relação aos diversos sistemas de circulação atmosférica e, em plano secundário, porém de grande importância, do relevo e ainda da latitude e continentalidade entre os principais fatores. Na área do Semi-Árido nordestino, é importante observar que, em face da grande extensão e da complexidade climática, a ocorrência de anos secos ou úmidos não cobre simultaneamente toda a região. Apesar dessa heterogeneidade espacial, é possível se caracterizarem as áreas menos ou mais susceptíveis à ocorrência de eventos extremos. O extremo leste do Piauí, todo o Estado do Ceará e a metade oeste dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco se encontram na área de maior freqüência de incidência de secas, onde as precipitações afastam-se da média em percentagens iguais ou superiores a 50%. A época de secas no inverno é muito nítido, variando, contudo, o seu período, com mais ou menos dois meses. O período chuvoso também é bem marcante de dezembro a junho, com variações locais de mais ou menos dois meses. O regime de precipitação no Semi-Árido Nordestino pode ser caracterizado em anos não-anômalos por dois períodos bem definidos: um chuvoso no verão e outro seco no inverno, formando uma oscilação unimodal, sendo os meses mais chuvosos os de novembro, dezembro e janeiro; os mais secos os de junho, julho e agosto, tendo seu período de precipitação iniciado em setembro, atingindo o seu máximo em dezembro e, praticamente, terminando no mês de maio. O Quadro - Precipitação Anual ( ) - em apêndice a este documento (Apêndice A), apresenta a série histórica de mapas, desde 1961 até 2004, dos totais pluviométricos alcançados mensalmente no Brasil. Uma análise visual confirma o descrito anteriormente. Embora o semi-árido brasileiro possa ser delimitado pela isoieta de 800 mm anuais, este valor é pouco relevante. É grande a complexidade quanto à caracterização climática da região, marcada por grandes antecipações ou atrasos do período chuvoso e pela sua concentração em alguns poucos anos. Uma das principais conseqüências é a reduzida disponibilidade de água no solo para as plantas e a fragilidade dos sistemas sociais e econômicos que dependem dessas Adendo à Caracterização da Vegetação 6

9 precipitações. Apesar disso, a superposição da zona das caatingas (A. Lima, 1967) apresenta uma coincidência extraordinária entre a linha que delimita as caatingas e a isoieta dos milímetros anuais. O que ilustra uma dependência entre a caatinga e as condições climáticas, especialmente a pluviosidade. A pluviosidade da região, também levantada por meios convencionais, pode-se dizer complexa e geradora de preocupação, uma vez que seus totais anuais variam de mm, em áreas litorâneas na costa leste, até valores inferiores a 500 mm na área do Raso da Catarina, entre Bahia e Pernambuco, e na depressão de Patos da Paraíba. De modo geral, a precipitação média anual na Região Nordeste é inferior a mm, sendo que em Cabaceiras, interior da Paraíba, já foi registrada a marca histórica de menor índice pluviométrico anual registrado no Brasil, 278 mm/ano. A parte norte da região recebe entre e mm/ano. Além disso, no sertão dessa região, o período chuvoso é normalmente de apenas dois meses ao ano, podendo, em alguns anos, até não existir, ocasionando as denominadas secas regionais OS MESOCLIMAS COMO AFIRMAÇÃO DO CARÁTER CLIMÁTICO DAS CAATINGAS A sazonalidade climática, característica marcante do domínio, exerce forte influência sobre a flora lenhosa (Araújo, 2003), bem como interfere na organização do componente herbáceo da região semi-árida do nordeste brasileiro, pois o manto herbáceo fica ausente durante mais ou menos sete meses do ano, surgindo com maior freqüência na época chuvosa. A complexidade climática da região de domínio das Caatingas revela-se na vegetação na forma de tipos fisionômicos. Assim as matas serranas ( brejo, brejo de altitude, serra, serra úmida, etc.) devem sua formação florestal a posição geográfica em relação ao fluxo advectivo de massas de ar úmido, a uma menor temperatura, a uma maior pluviosidade (decorrente, em alguns casos, da interceptação da umidade pelas copas e conseqüente escoamento pelos troncos), entre outros fatores. Na verdade, essas manchas úmidas, ilhadas pelas caatingas xerófilas nordestinas, são mesoclimas resultantes de verdadeiros complexos de circunstâncias solidárias expressos em termos de exposição (Andrade e Lins, 1964). Exposição pode significar posição geográfica em relação fluxo advectivo de massas de ar úmido, onde o relevo representa um fator decisivo, ou pode traduzir a situação do mesoclima em relação às regiões onde se originam as massas de ar úmido. Em todo o caso, seja o mesoclima de altitude ou não, o fato é que eles têm uma vocação florestal apresentando a condição de brejo (A. Lima, 1966) e que são, por si só, o maior testemunho da evidência do caráter climático das formações que são englobadas sob o nome caatinga. Aí, nessas ilhas úmidas o balanço hídrico é favorecido por maiores precipitações pluviais, diminuindo as Adendo à Caracterização da Vegetação 7

10 deficiências de água para a vegetação. Como resultado, estabelece-se a floresta (mata) úmida, pluvial ou plúvio-nebular, conforme o caso. Isso, em particular, esclarece definitivamente as dúvidas que possam surgir em função de certas afirmações, umas tanto apressadas, sobre a formação das caatingas. SAMPAIO (1945), por exemplo, afirma que, em grande parte, as caatingas resultam da devastação imposta pelo homem à natureza. Embora se reconhecendo que tenha havido e continue havendo devastação de reservas florestais, não só no Nordeste, como em todo o Brasil, não se pode dar a essa devastação a importância de considerá-la como agente formador de um tipo de vegetação que recobre quase um décimo do território nacional ASPECTOS SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DA VEGETAÇÃO Diferentes sistemas de classificação da vegetação têm sido desenvolvidos para uma grande variedade de escalas e propósitos (Müeller-Dombois & Ellenberg, 1974). Mesmo considerando as diferentes abordagens, as descrições da composição, estrutura e funcionamento formam o corpo principal do conhecimento da vegetação, o componente dominante e mais acessível das comunidades ecológicas terrestres (Shimwell, 1971; Kent & Coker, 1992). Diferentes autores têm observado que a fisionomia, de um modo geral, reflete as condições climáticas (Sarmiento, 1972). Considerando que a fisionomia representa uma característica vegetacional facilmente mensurável, esta, tem sido tomada como eixo principal da classificação da vegetação em uma larga escala. Além disso, Grossman et al. (1998) destacam a importância em utilizar também informações florísticas e estruturais quando se deseja empregar uma escala de maior detalhe para classificar a vegetação de uma determinada área. Segundo Kuhlinann (1974), a caatinga é considerada um dos tipos de vegetação mais difíceis de serem definidos, em vista da extrema heterogeneidade que apresenta, não só quanto à fisionomia, como quanto à composição, variando de acordo com a altitude, o volume das precipitações, a qualidade dos solos e a ação antrópica. Estes fatores são responsáveis pela diversidade deste bioma, que possui uma vegetação muito rica em espécies lenhosas e herbáceas, sendo as primeiras caducifólias e as últimas anuais, em sua grande maioria, muitas das quais endêmicas (Luetzelburg, 1974; Andrade-Lima, 1981; Casteletti et. al ; Araújo et. al. 2002). A variação florística-vegetacional entre as caatingas torna, portanto, bastante difícil sua tipificação. Deste modo, são compreensíveis as discordâncias entre as inúmeras classificações existentes como as de Andrade-Lima (1966b), Fernandes & Bezerra (1990) e Rizzini (1979) entre outros, fato este também observado por Emperaire (1980). Aliado à variedade de critérios para as classificações ocorre ainda, o uso de nomes regionais em várias classificações Andrade-Lima (1966a). Adendo à Caracterização da Vegetação 8

11 Além das variações entre as diversas formações da caatinga, os estudos de Gomes (1979) e Santos (1907), Araújo (1990) mostraram que em uma mesma região ou em áreas vizinhas podem ocorrer diferentes tipos estruturais de caatinga. Aliada a essa notável variação espacial, existe ainda a temporal, o que levou Loefgren (1910), ao estudar as caatingas do Ceará, a definir 2(duas) sociedades distintas: a das espécies permanentes e das periódicas, que ocorrem na estação chuvosa. Superposta à interação clima-solo, da qual resultam as diversas formações da caatinga (Andrade-Lima, 1991), várias são as autorias que apontaram a influência da ação antrópica na composição e estrutura daquela vegetação, como Andrade- Lima (1977). Dos grandes biomas brasileiros (Bigarella et al., 1975), o da Caatinga nordestina é pouco valorizado e mal conhecido botânica e ecologicamente. Os mapas de vegetação atualmente disponíveis reconhecem, neste bioma, diversas tipologias destacando a Savana-estépica (Caatinga strictu sensu) (IBGE, 1992) por sua maior extensão, especialmente nas áreas da depressão sertaneja, onde a maior parte dos indivíduos perde as folhas, como adaptação à deficiência hídrica (ver Kozlowski et al., 1991; Larcher, 1995) e apresenta uma proporção significativa de espécies espinhosas. É possível que a fraca base dos dados do bioma Caatinga e da vegetação de Caatinga strictu sensu seja decorrente da idéia errônea de que a Caatinga é o resultado da modificação de outra formação vegetacional e de que há um baixo número de espécies endêmicas (Giulietti et al., 2002) que teve como conseqüência o baixo investimento no conhecimento da sua diversidade biológica. Na atualidade sabe-se que apesar do nível antrópico (Santos & Tabarelli, 2002), onde o desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária, há um número expressivo de táxons raros e/ou endêmicos (Giulietti et al., 2002) e uma grande variedade de tipos vegetacionais, inclusive a Caatinga strictu sensu, o que incrementa bastante o número de espécies do bioma (Rodal & Sampaio, 2002) ASPECTOS GERAIS DA VEGETAÇÃO De um modo geral, na vegetação de Caatinga predominam arvoretas e arbustos decíduos, os quais perdem folhas durante a seca e, freqüentemente, são armados de espinhos (ou acúleos), como cactáceas, bromeliáceas, euforbiáceas e mimosáceas. No componente herbáceo predominam plantas anuais que vegetam apenas na época chuvosa, razão por serem inaparentes na maior parte do ano (Rizzini, 1979). 4 O Apêndice B - Domínio das caatingas- apresenta a íntegra da compilação do trabalho de Dárdano de Andrade Lima e atualiza as ilustrações fotográficas. Adendo à Caracterização da Vegetação 9

12 Andrade-Lima (1981) define a caatinga como uma vegetação caducifólia, muito embora, duas ou três espécies possam manter suas folhas durante o período seco, como acontece com Ziziphus joazeiro. Maytenus rigida é outra espécie quase perenifólia da caatinga. Porém, em período de seca severa e prolongada, tanto uma quanto a outra deixam cair suas folhas. A produção de folha e flor depende das chuvas. Uma vez que estas se distribuem de forma desigual por toda a área das caatingas, tanto em volume como em época do ano, não existe um período definido de floração e vegetação. Algumas árvores e arbustos que dispõem de brotos de floração, já preparados no ano anterior, florescem antes das terófitas, as quais tem de passar por todas as etapas, da semente à floração, para produzir nova semente. Algumas espécies da caatinga possuem órgão de armazenamento de água. Dentre elas, as mais típicas são a Cavanillesia arborea e Chorisia glaziovii, com troncos intumescido, e Spondias tuberosa, com tubérculos subterrâneos que armazenam água. Em algumas áreas do oeste de Pernambuco e Bahia, Carica corumbaensis desenvolve tubérculos em forma de barril, com cerca de 80 cm de comprimento. Já outras espécies da caatinga, tais como Tillandsia usneoides, T.streptocarpa, T. recurvata e T. Ioliacea recebem água da umidade do ar, através de seus filamentos escamados. Ainda com relação as forma de provimento de água, as Bromeliaceae armazenam água nas folhas, onde um parênquima aqüífero ocupa cerca de 80% de espaço interno. Cactaceae e Euphorbiaceae (Euphorbia phosphorea), são espécies suculentas e desprovidas de folhas, desenvolve bem em ambiente seco. Espécies bem conhecidas de Cactaceae dão uma fisionomia típica a certas áreas das caatingas, mas encontram-se praticamente ausentes em outras. Os gêneros Cereus, Pilosocereus, Opuntia e Melocactus são os mais comuns, mas é pequena sua contribuição à economia regional. As anacardiáceas, por outro lado, com três gêneros mais representativos: Schinopsis, Astronium e Spondias são importantes economicamente por causa de sua produção de madeira e pelos frutos. Dentre as leguminosas, alguns gêneros como Caesalpinia e Anadenanthera produzem madeira e casca rica em tanino, aproveitada em curtumes; outros gêneros, como o Cathormion (C. polyanthum), têm suas folhas e brotos aproveitados como forrageira. O gênero Imosa, em algumas espécies, apresenta-se como árvores ou ervas e suas estacas utilizadas na confecção de cercas e produção de carvão vegetal. Algumas outras famílias e espécies, no estrato arbóreo são: Burseraceae (Bursera leptophloeos), Celastraceae (Maytenus rigida e Fraunhoffera multiflora), Bignoniaceae (Tabebuia caraiba, T. impetiginosa), Euphorbiaceae (Cnidoscolus phyllacanthus). Adendo à Caracterização da Vegetação 10

13 No estrato herbáceo, as Bromeliaceae (Bromelia, Encholirium,Hohenbergia) são bastante comuns. Neoglaziovia variegata, pelas fibras contidas em suas folhas, já teve grande valor econômico. As Malvaceae (Sida, Herissantia e Gaya) e Portulacaceae (Portulaca) têm importante papel como forrageiras. Opuntia inamoena é bom indicador de escassez de água. Entre as pteridófitas, as mais típicas são Selaginella convulta e S. sellowii. As gramíneas não são muito comuns nas caatingas. É difícil afirmar se existe uma escassez natural ou se elas foram muito reduzidas pelo pastoreio intensivo, uma vez que, os caprinos devoram até as plantas novas que ainda não conseguiram produzir sementes. Entretanto, é fato que toda vez que uma área é cercada, as gramíneas aparecem. Dentre as gramíneas da caatinga, as mais comuns são: Chloris orthonoton, Paspalum scutatum, P. fimbriatum, Tragus berteronianus, em ambientes não demasiadamente secos, e Aristida adscensionis e A. eliptica em ambientes muito secos ASPECTOS DA FITOSSOCIOLOGIA DA CAATINGA 5 Segundo Luetzelburg 1922/23 (BRASIL, 1983) os estudos botânicos no Nordeste brasileiro podem ser divididos em quatro épocas distintas. A primeira delas referese à época da pesquisa geral e de plantas medicinais, abrangendo os séculos XVI a XVII. A segunda época, a martiana, foi a mais importante em relação à botânica propriamente dita. Ainda na metade do século XIX ocorreu a chamada época baiana ou gardneriana, entre 1817 e 1859, aproximadamente. A última, época nordestina geral ou época moderna estendeu-se da segunda metade do século XIX até o período em que Luetzelburg publicou sua valiosa obra sobre a botânica do nordeste. Esta revisão pretende-se fornecer uma visão geral dos trabalhos quantitativos posteriores à época moderna, realizados com espécies arbustivas e arbóreas. Os trabalhos recentes sobre aspectos florísticos, fitossociológicos e fitogeográficos realizados por Lira (1979) e pelos técnicos do RADAMRASIL, (Brasil, 1981a, e 1983) foram o ponto de partida para a pesquisa e coleta de referências bibliográficas. Vale a pena salientar que nesta revisão a composição florística de alguns levantamentos foi adequada ao sistema de Cronquist (1981). O início de levantamentos quantitativos na caatinga deu-se a partir de uma série de inventários florestais realizados pelo Departamento de Recursos Naturais da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), dirigido na época por Sérgio Tavares (Tavares et al. 1969ab, 1970, 1974ab e 1975), cujos objetivos 5 Compilação e adaptação de parte do trabalho de Maria Jesus Nogueira Rodal (1992). Adendo à Caracterização da Vegetação 11

14 eram descrever e caracterizar as matas xerofíticas do nordeste. Aqueles inventários utilizaram uma amostragem seletiva, a qual consistia em distribuir as unidades de amostragem em pontos que, segundo os autores, pareciam representar melhor as matas xerofíticas remanescentes em cada uma das localidades estudadas. Ainda dentro da abordagem de inventários florestais, aquele departamento passou a realizar estudos vegetacionais também com o objetivo de contribuir para a determinação do potencial madeireiro da caatinga (Carvalho, 1971 e Sobrinho, 1974), além de mapear diversos tipos de caatinga (Girão & Pereira, 1971, Girão & Pereira, 1972, SUDENE, 1979). Nos meados da década de 70, com o trabalho de Hayashi & Numata (1976) passou-se a enfocar algumas questões relacionadas à estrutura, a características do solo influenciando a vegetação e à classificação das caatingas, com base em dados quantitativos. A partir desse novo enfoque, Gomes (1979) e Lira (1979) deram início a uma série de levantamentos na caatinga, cujos objetivos eram conhecer a composição, estrutura e a influência dos fatores ambientais na vegetação (Drumond et al.; 1979; Lira, 1982; UFCE, 1982; Souza, 1903; Rodal, 1984; Santos 1987; Ferreira, 1988). Para facilitar a apresentação dos trabalhos selecionados, estes foram comentados conforme o estado da federação onde foram realizados CEARÁ No município de Quixadá, Tavares et al. (1969a) realizaram um inventário florestal utilizando o método das parcelas. Foram lançadas em diferentes áreas do município 5 unidades amostrais, distribuídas de modo seletivo com as dimensões de 20 x 500 m. De todos os indivíduos que tivessem diâmetro do caule maior ou igual a 3 cm a 50 cm do nível do solo, foram anotados a altura, diâmetro e nome vulgar. Devido à forma como os resultados foram apresentados, não foi possível definir o número exato de espécies encontradas, que oscilou entre 36 e 43, distribuídas por 17 famílias. Mais de 20% das categorias taxonômicas foram citadas a nível genérico Uma única espécie da família Euphorbiaceae (Croton sp.) teve 44% de densidade relativa. Mimosaceae e Caesalpiniaceae foram a famílias com maior número de espécies. Os valores médios densidade e o volume de madeira em pé por hectare foram de 923 indivíduos e 15,5 m³. As 3 espécies mais importantes tiveram 66,5% de densidade relativa. Utilizando o mesmo método e critérios do trabalho anterior, Tavares et al. (1974a) realizaram um inventário das matas xerofíticas remanescentes do município de Tauá. Encontraram em m² entre 26 e 28 espécies, distribuídas por 11 famílias. Mais de 20% dos táxons estavam identificados a nível genérico. Mimosaceae e Euphorbiaceae tiveram o maior número de espécies. A densidade Adendo à Caracterização da Vegetação 12

15 média foi de 534 ind/ha, tendo uma única espécie, da família Mimosaceae (Mimosa hostilis), 35% de densidade relativa e as 3 espécies mais importantes, 60,2%. O volume médio de madeira em pé foi 7,3 m³/ha. A comparação entre os resultados encontrados nos municípios de Quixadá e Tauá mostrou que aquele apresentou maior número de espécies, densidade e volume de madeira. Em Quixadá de um modo geral, as espécies mais importantes em ternos de volume de madeira também o foram em termos de densidade, diferentemente de Tauá, cujas espécies mais importantes em termos de volume não foram as de maior densidade. Em Barbalha, Tavares et al. (1974b) fazendo uso dos mesmos métodos, encontraram em m², entre 180 e 195 espécies, distribuídas por 30 famílias. Mimosaceae, Fabaceae e Caesalpiniaceae destacaram-se como as famílias mais importantes em número de espécies. Os valores médios de densidade e volume de madeira em pé por hectare foram 975 indivíduos e 35,4 m³. A espécie com maior número de indivíduos, Hymenea eryogyne (Caesalpiniaceae), teve 10% de densidade relativa. O fato de 82% do volume e 70% da densidade relativa corresponderem a 21 espécies mostrou o quanto à vegetação daquela área foi distinta das caatingas do Tauá e Quixadá, também situadas no vale do Jaguaribe. Hayashi & Numata (1976) foram os primeiros autores que ao utilizarem métodos quantitativos de coleta e análise de dados, procuraram apresentar uma abordagem ecológica da vegetação de caatinga, através da análise de sua estrutura. No Ceará, realizaram levantamentos no trecho Crato-Juazeiro e no município de Fortaleza, sem, entretanto, definir claramente qual o critério de inclusão de plantas. Na amostragem realizada entre Crato e Juazeiro foi utilizada uma parcela do 10 x 10 m, na qual foram registradas 6 espécies arbustiva e arbóreas distribuídas por 6 famílias, além de 7 categorias não identificadas, que, em conjunto, tiveram uma densidade de ind./ha. O levantamento realizado ao sul de Fortaleza registrou, numa parcela de 5 x 5 m, 7 espécies distribuídas por 5 famílias com a densidade de ind./ha. Com o objetivo de caracterizar as relações entre o ambiente físico e as comunidades de caatinga na Estação Ecológica de Aiuaba, os técnicos da UFCE (UFCE, 1982) estratificaram a área de estudo segundo um critério geomorfológico. Realizaram pelo menos 2 amostras em cada um dos 12 estratos reconhecidos. Cada amostra era constituída por no mínimo 5 parcelas de 10 x 10 m. Em cada parcela eram anotados o nome vulgar e o número de indivíduos das espécies arbustivas e arbóreas. Em m² registraram 161 espécies, distribuídas em 29 famílias. A densidade total e o número de espécies em cada estrato geomorfológico variou de a ind./ha e de 10 a 47, respectivamente. Adendo à Caracterização da Vegetação 13

16 RIO GRANDE DO NORTE Dando continuidade série de levantamentos sobre a caatinga nordestina, Tavares et al. (1975) realizaram um inventário florestal no vale dos rios Piranhas e Açu que cortam os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, seguindo os mesmos métodos adotados em Quixadá (Tavares et. al., 1969a) O inventário em 4 municípios do Rio Grande do Norte registrou em uma área de m², entre 21 e 31 espécies, distribuídas por 11 famílias. Euphorbiaceae, Mimosaceae e Caesalpiniaceae tiveram o maior número de espécies. Mimosa hostilis (Mimosaceae), Aspidosperma pyrifolium (Apocynaceae) e Croton sp. (Euphorbiaceae) apresentaram 29,2%, 19,3% e 15,6% de densidade relativa, respectivamente. Os valores médios de densidade e volume de madeira em pé foram de 671 ind./ha e 10,94 m³. Estudando uma área de km² na Região Salineira do Rio Grande do Norte, Figueiredo (1987) fez um levantamento fitossociológico de 8 comunidades. A autora dividiu a área conforme a disposição do relevo, bacias hidrográficas, geologia e solos, em 8 estratos. Realizou uma amostra seletiva em cada estrato, constituída de 5 parcelas de 10 x 10 m. Em cada parcela foram anotados o nome vulgar, a altura e diâmetro das plantas com caule maior ou igual a 5 cm ao nível do solo. Foram registradas 43 espécies distribuídas por 17 famílias. Mimosaceae, Euphorbiaceae e Caesalpiniaceae destacaram-se pelo número de espécies. Houve uma grande variação entre os estratos com relação às famílias mais importantes, assim como ao número de espécies (6 a 17) e ao número de indivíduos por hectare (560 e 1.380). A análise dos dados de Figueiredo (1987) mostrou a existência desde comunidades arbóreas até arbustivas. Nas arbóreas, como em Sussuarana, localizada no município de Mossoró, ocorreu maior número de espécies, com maior densidade quando comparada às comunidades de menor porte, como a localizada no município de Guamoré. As 3 espécies com maior número de indivíduos obtiveram em Suscuarana 78% de densidade relativa, contra 85,7% em Guamoré. Com a finalidade de estabelecer um plano de manejo paro 2 áreas de caatinga situada na Estação Florestal de Experimentação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, no município de Açu, Ferreira (1988) realizou uma amostragem preferencial para o levantamento da estrutura horizontal e posição sociológica das espécies, utilizando como unidades de amostragem um total de 50 pontos quadrantes, onde registrou todas as plantas com diâmetro a altura do peito (DAP) maior ou igual a 5 cm, anotando seu nome vulgar altura total e distância entre o ponto e planta. Para a obtenção de dados de regeneração das espécies lançou 6 parcelas de 10 x 10 m, registrando apenas os indivíduos das espécies observadas no levantamento da estrutura horizontal que se encontravam entre. 0,1 m de altura e 4,99 cm de DAP. Listou 21 espécies distribuídas por 12 famílias, Adendo à Caracterização da Vegetação 14

17 encontrando 9,83 m² de área basal e uma densidade média de 853 ind./ha. Caesalpinia pyramidalis e o Aspidosperma pyrifolium, com 45% e 10% de densidade relativa, foram as espécies com maior número de indivíduos PARAÍBA O trabalho de Tavares et al (1975), usando os mesmos métodos e critérios utilizados em Quixadá (TAVARES et. al., 1969a), registrou em 5 municípios no trecho paraibano do inventário no vale dos rios Piranhas e Açu, em uma área de m², entre 28 e 31 espécies, distribuídas por 14 famílias. Mimosaceae e Euphorbiaceae tiveram o maior número de espécies. Croton sp. (Euphorbiaceae), Caesalpinia pyramidalis (Caesaipiniaceae) e Mimosa hostilis (Mimosaceac) tiveram 46%, 20% e 10% de densidade relativa. Os valores médios de densidade e de volume de madeira em pé, por hectare foram de 772 indivíduos e 9,83 m³. Comparando os resultados dos trechos paraibano e potiguar, neste o número de espécies e de famílias e a densidade foram menores que no setor paraibano. O número de indivíduos revela que, embora a vegetação seja mais densa no trecho paraibano, o volume de madeira foi maior na parte potiguar. Os resultados de Tauá, CE, de Quixadá, CE, do Vale do Piranhas/Açu, PB/RN, e da Região Salineira, RN, todos, com exceção deste último, utilizando o mesmo método, revelam que, à medida que aumentou a densidade, elevou o número de espécie. O volume de madeira também mostrou uma relação direta com a densidade e o número de espécies, exceto nos resultados do setor potiguar do vale dos rios Piranhas/Açu, PB/RN. No estado da Paraíba, Hayashi & Numata (1976) realizaram estudos quantitativos da vegetação de caatinga entre Patos e Teixeira, utilizando uma amostragem preferencial. Naquele trecho instalaram 4 parcelas com as dimensões de 10 x 10 m, onde foram anotados a composição florística, o número de indivíduos e o diâmetro à altura do peito das árvores e arbustos (sem esclarecer qual o critério de inclusão). Na área total de 400 m² foram registradas 24 espécies, distribuídas por 6 famílias e 7 categorias não identificadas. A densidade média das árvores e arbustos foi ind./ha. Lira (1979) e Gomes (1979), ao estudarem uma vasta área de caatinga na região dos Cariris Velhos, tiveram por objetivo analisar a repartição espacial da flora e da vegetação e estabelecer padrões de vegetação com base na variação fisionômica. Os autores selecionaram as áreas segundo um critério altitudinal, com desnível aproximado de 50 m. Em cada uma das 10 áreas selecionadas foi realizada amostra com 5 parcelas de 10 x 20 m, onde eram anotados dados de altura, diâmetro e nome vulgar de todos indivíduos com diâmetro do caule maior ou igual que 5 cm ao nível do solo. Em m² registraram 32 espécies, distribuídas por Adendo à Caracterização da Vegetação 15

18 13 famílias. Houve uma grande variação entre as áreas com correlação às famílias mais importantes, assim como ao número de espécies (7 a 11) e ao número de indivíduos por hectare, que variou entre 670 a De um modo geral, as áreas com porte florestal apresentaram maior número de espécies que as arbustivas PERNAMBUCO Com o intuito de avaliar o potencial madeireiro das matas xerofíticas remanescentes do município de São José do Belmonte, Tavares et al. (1969b) utilizaram método semelhante ao adotado em Quixadá (Tavares et al., 1969a). Registraram, em 5 diferentes áreas do município, em m² entre 61 e 68 espécies distribuídas por 24 famílias. Mais de 20% das categorias taxonômicas estavam identificadas a nível genérico. As famílias que mais se destacaram em número de espécies foram: Mimosaceae, Euphorbiaceae, Caesalpinaceae e Myrtaceae. Uma única espécie da família Euphorbiaceae (Croton sp.) teve cerca de 30% de densidade relativa e as 3 espécies com maior número de indivíduos alcançaram 45,3% de densidade relativa. Os valores médios de densidade e volume de madeira em pé por hectare foram de 897 indivíduos e 14,8 m³. Dando continuidade ao trabalho de levantamento das matas xerofíticas remanescentes do nordeste, Tavares et.al. (1970) realizaram um inventário florestal preliminar no sertão central de Pernambuco nos municípios de Ouricuri/Bodocó, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina. O método foi semelhante ao utilizado no levantamento de Quixadá (Tavares et.al., 1969a). Nas três áreas as famílias com o maior número de espécies foram Mimosaceae, Euphorbiaceae e Caesaipiniaceae. Na região de Ouricuri/Bodocó, registraram, em 5 diferentes áreas daqueles municípios, em um total de m², entre 40 a 52 espécies, distribuídas por 14 famílias. As 3 espécies mas importantes em termos de densidade tiveram 49% do total de indivíduos, dos quais Caesalpinia pyramidalis contribuiu com 19,5%. A densidade média foi de 689 ind./ha e o volume médio de madeira em pé, 8,96 m³/ha. Em Santa Maria da Boa Vista, registraram, em 5 diferentes áreas do município, num total de m², entre 44 e 47 espécies, distribuídas por 12 famílias. As 3 espécies mais importantes em termos de densidade responderam por 46% do total de indivíduos. A densidade média foi 437 ind./ha e o volume médio de madeira em pé, 8,90 m³/ha. Em Petrolina, obtiveram, em 5 diferentes áreas do município, num total de m², 41 espécies, distribuídas por 12 famílias. Mimosaceae e Euphorbiaceae destacaram-se com o maior número de espécies. As 3 espécies mais importantes em termos de densidade responderam por 33% do total de indivíduos. A densidade e o volume de madeira em pé foram de 404 ind/ha e de 7,6 m³/ha, respectivamente. Adendo à Caracterização da Vegetação 16

19 Comparando-se as 3 áreas acima citadas pode-se constatar que não houve grande discrepância em termos de composição florística e que foi observada uma relação positiva entre a densidade, número de espécies e volume de madeira em pé. Os técnicos da SUDENE (SUDENE, 1979), fazendo um levantamento dos recursos vegetais da bacia hidrogeológica do Jatobá, mapearam sua vegetação e, realizaram uma amostragem preferencial das espécies arbustivas e arbóreas, através do método das parcelas. Um total de 15 unidades amostrais, com a dimensão de 20 x 100 m foram lançadas, sendo anotados o nome vulgar, diâmetro e altura da parte aproveitável do caule de todos os indivíduos cujo caule fosse maior ou igual a 3 cm, do nível do solo. Foram registradas, em m², 38 espécies distribuídas por 14 famílias, sendo que Mimosaceae e Euphorbiaceae tiveram o maior número de espécies. Aspidosperma pyrifolium (Apocynaceae), Jatropha mollissima (Euphorbiaceae) e Pithecolobium sp. (Mimosaceae) ocorreram com 28,6%, 25,9% e7,8% da densidade relativa. Os valores médios de densidade e volume de madeira em pé por hectare foram da ordem de 836 indivíduos e 8,43 m³. Drumond et al. (1979) estudaram a estrutura de uma comunidade de caatinga no município de Santa Maria da Boa Vista, com o objetivo de conhecer o índice de valor de importância das espécies e o grau de sobreposição das copas das árvores. Distribuíram aleatoriamente 11 parcelas de 65 x 6 m. De todos os indivíduos com diâmetro do caule maior ou igual a 5 cm, acima do solo, foram tomadas a área basal e a altura. Considerando somente os elementos arbóreos, sem definir qual o critério, registraram 18 espécies distribuídas por 11 famílias. A densidade das árvores foi de 459 ind./ha e a dominância (área basal) 5,51 m²/ha. As 3 espécies de maior densidade responderam por 56,4% do total de indivíduos. Com o objetivo de fornecer informações básicas sobre a densidade das espécies arbustivas e arbóreas, para aplicação no processo de manejo de caatinga, Albuquerque et. al. (1982) realizaram uma amostragem preferencial na região de Petrolina, usando o método do ponto quadrante. Em cada ponto mediram 2 distâncias ponto-planta, uma para árvores (indivíduos com altura maior ou igual a 3 m ou diâmetro do caule, ao nível do solo, maior ou igual a 6 cm) e outra para arbustos (indivíduos com altura menor ou igual a 3 m ou diâmetro do caule ao nível do solo menor ou igual a 6 cm ou aqueles com emissão excessiva de galhos a partir da base). Para o estrato arbóreo os autores registraram, em 50 pontos quadrantes, 22 espécies distribuídas por 11 famílias e uma densidade de 812 ind./ha. Neste estrato Mimosaceae, Caesalpiniaceae e Euphorbiaceae perfizeram 80% dos indivíduos amostrados, sendo que 50% das espécies ocorreram nas famílias Mimosaceae e Euphorbiaceae. Com relação ao estrato arbustivo, os autores encontraram em 50 pontos quadrantes, 9 espécies distribuídas por 6 famílias, com uma densidade de ind./ha, sendo que nenhuma família se destacou quer no número de espécies ou densidade. Adendo à Caracterização da Vegetação 17

20 Para mostrar a influência do relevo na vegetação, Lyra (1982) estudou 2 comunidades espacialmente próximas e ecologicamente distintas: uma área de caatinga e outra de mata serrana. Utilizando uma amostragem preferencial, aquela autora tomou 3 amostras de cada comunidade, cada qual constituída de 5 parcelas com as dimensões de 10 x 20 m. Como critério de inclusão foi adotada a altura mínima de 20 cm. Na área de caatinga foram registradas, em m², 44 espécies distribuídas por 16 famílias. As famílias mais importantes em número de espécies foram Mimosaceae, Cactaceae o Caesalpiniaceae. Opuntia palmadora (Cactaceae) e Croton sp. (Euphorhiaceae) tiveram aproximadamente 53% do total de indivíduos. A densidade foi de ind./ha. Tendo por finalidade caracterizar as relações entre o solo e a vegetação de caatinga, Santos (1987) estudou a vegetação de 7 tipos de solos, separados através de fotointerpretação, no município de Parnamirim. Para análise dos indivíduos lenhosos e sublenhosos, cada área recebeu uma amostra constituída de 5 parcelas de 10 x 10 m. Em cada parcela foram anotadas a densidade e a altura total dos indivíduos. Em m² ocorreram 52 espécies distribuídas por 21 famílias. O número de espécies por amostra variou de 18 a 31. Cactaceae Euphorbiaceae e Mirnosaceae apresentaram 44,23% das espécies, enquanto Euphorbiaceae, Bromeliaceae e Boraginaceae perfizeram 85,2% dos indivíduos. As densidades por estrato variaram de a ind./ha. Excetuando-se as bromeliáceas (caroá e macambira), que apresentaram densidades altíssimas, em cada amostra no mínimo 2 espécies tiveram pelo menos 40% de densidade relativa. De um modo geral, as comunidades com maior densidade apresentaram o maior número de espécies e as maiores alturas máximas. Araújo (1990) objetivando descrever e comparar a composição florística e as estruturas de abundância, vertical e etária de 3 fitocenoses de caatinga, realizou uma amostragem preferencial. Utilizando o método de ponto quadrante, dispuseram em cada fitocenose 100 pontos, distribuídos de forma sistemática, medindo todos os indivíduos com altura superior a 1 m e circunferência do caule ao nível do solo igual ou superior a 5 cm, além da distância ponto-planta. O número de espécies variou de 22 a 27 e o de famílias de 12 a 15. As densidades foram de 3,098 ind./ha a ind./ha e as dominâncias de 19,8 a 32,2 m²/ha. Trabalhos com o objetivo principal de conhecer e caracterizar, a diversidade do componente herbáceo na caatinga são ainda incipientes e estão concentrados cm Pernambuco (Araújo et. al., 2002; Silva, 2003; Araújo, 2003; Reis, 2003). Araújo et. al., (2002), em estudo realizado nas regiões do agreste e sertão pernambucano, caracterizaram o estrato herbáceo como uma vegetação composta por plantas que geralmente apresentam ausência de caule lenhoso, apresentando, em alguns casos caules sublenhosos, pois as condições de sítios de estabelecimento influenciam a performance fisiológica das plantas, podendo induzir variações no porte, o que pode dificultar a classificação da espécie quanto Adendo à Caracterização da Vegetação 18

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 CAP. 02 O território brasileiro e suas regiões.( 7º ano) *Brasil é dividido em 26 estados e um Distrito Federal (DF), organizados em regiões. * As divisões

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A BIOMAS BRASILEIROS 2011 Aula VII BRASIL E VARIABILIDADE FITOGEOGRÁFICA O Brasil possui um território de dimensões continentais com uma área de 8.547.403 quilômetros quadrados. 4.320

Leia mais

Biomas Brasileiros. 1. Bioma Floresta Amazônica. 2. Bioma Caatinga. 3. Bioma Cerrado. 4. Bioma Mata Atlântica. 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense

Biomas Brasileiros. 1. Bioma Floresta Amazônica. 2. Bioma Caatinga. 3. Bioma Cerrado. 4. Bioma Mata Atlântica. 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense Biomas Brasileiros 1. Bioma Floresta Amazônica 2. Bioma Caatinga 3. Bioma Cerrado 4. Bioma Mata Atlântica 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense 6. Bioma Pampas BIOMAS BRASILEIROS BIOMA FLORESTA AMAZÔNICA

Leia mais

Climatologia. humanos, visto que diversas de suas atividades

Climatologia. humanos, visto que diversas de suas atividades Climatologia É uma parte da que estuda o tempo e o clima cientificamente, utilizando principalmente técnicas estatísticas na obtenção de padrões. É uma ciência de grande importância para os seres humanos,

Leia mais

NARRATIVA DO MONITOR DAS SECAS DO MÊS DE JUNHO DE 2015

NARRATIVA DO MONITOR DAS SECAS DO MÊS DE JUNHO DE 2015 NARRATIVA DO MONITOR DAS SECAS DO MÊS DE JUNHO DE 2015 Condições Meteorológicas do Mês de Junho de 2015 Historicamente, conforme pode ser observada na figura 1 (b), no mês de junho, o litoral oeste do

Leia mais

CAPÍTULO 13 OS CLIMAS DO E DO MUNDOBRASIL

CAPÍTULO 13 OS CLIMAS DO E DO MUNDOBRASIL CAPÍTULO 13 OS CLIMAS DO E DO MUNDOBRASIL 1.0. Clima no Mundo A grande diversidade verificada na conjugação dos fatores climáticos pela superfície do planeta dá origem a vários tipos de clima. Os principais

Leia mais

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO Estrada da Água Branca, 2551 Realengo RJ Tel: (21) 3462-7520 www.colegiomr.com.br PROFESSOR ALUNO ANA CAROLINA DISCIPLINA GEOGRAFIA A TURMA SIMULADO: P3 501 Questão

Leia mais

TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25. Profº André Tomasini

TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25. Profº André Tomasini TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25 Profº André Tomasini Localizado na Região Centro-Oeste. Campos inundados na estação das chuvas (verão) áreas de florestas equatorial e tropical. Nas áreas mais

Leia mais

EXERCÍCIOS DE REVISÃO - CAP. 04-7ºS ANOS

EXERCÍCIOS DE REVISÃO - CAP. 04-7ºS ANOS EXERCÍCIOS DE REVISÃO - CAP. 04-7ºS ANOS LEIA AS INFORMAÇÕES, CONSULTE O LIVRO PARA ADQUIRIR MAIS CONHECIMENTO E RESPONDA OS EXERCÍCIOS EM SEU CADERNO. 1- Quente e frio: um país de extremos O Brasil é

Leia mais

FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber. Ipê Amarelo

FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber. Ipê Amarelo FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber Ipê Amarelo Fatores que influenciam na distribuição das formações vegetais: Clima 1. Temperatura; 2. Umidade; 3. Massas de ar; 4. Incidência

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A CAATINGA 2011 Aula XI O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83%

Leia mais

VEGETAÇÃO. Página 1 com Prof. Giba

VEGETAÇÃO. Página 1 com Prof. Giba VEGETAÇÃO As formações vegetais são tipos de vegetação, facilmente identificáveis, que dominam extensas áreas. É o elemento mais evidente na classificação dos ecossistemas e biomas, o que torna importante

Leia mais

Prof. MSc. Leandro Felício

Prof. MSc. Leandro Felício Prof. MSc. Leandro Felício Ecossistema: Sistema integrado e auto funcionante que consiste em interações dos elementos bióticos e abióticos e cujas dimensões podem variar consideravelmente. Bioma: Conjunto

Leia mais

OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre.

OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre. OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre. Os fenômenos meteorológicos ocorridos em um instante ou em um dia são relativos ao tempo atmosférico.

Leia mais

Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO Grande extensão territorial Diversidade no clima das regiões Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Motivação! Massas de Ar Grandes

Leia mais

Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires

Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires Professor: Josiane Vill Disciplina: Geografia Série: 1ª Ano Tema da aula: Dinâmica Climática e Formações Vegetais no Brasil Objetivo da aula: conhecer a diversidade

Leia mais

PROF. JEFERSON CARDOSO DE SOUZA

PROF. JEFERSON CARDOSO DE SOUZA PROF. JEFERSON CARDOSO DE SOUZA UFRGS 2012 São fatores limitantes dos biomas: Umidade: ausência ou excesso; Solo: tipo de nutrientes e tempo de intemperismo; Temperatura: Amplitude Térmica; Luz solar:

Leia mais

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Elaborado por: Aziz Ab Saber Contém as seguintes características: clima relevo Vegetação hidrografia solo fauna

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Elaborado por: Aziz Ab Saber Contém as seguintes características: clima relevo Vegetação hidrografia solo fauna DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Elaborado por: Aziz Ab Saber Contém as seguintes características: clima relevo Vegetação hidrografia solo fauna Domínio Amazônico Clima equatorial Solos relativamente pobres Relevo

Leia mais

Climas e Formações Vegetais no Mundo. Capítulo 8

Climas e Formações Vegetais no Mundo. Capítulo 8 Climas e Formações Vegetais no Mundo Capítulo 8 Formações Vegetais Desenvolvem-se de acordo com o tipo de clima, relevo, e solo do local onde se situam.de todos estes, o clima é o que mais se destaca.

Leia mais

Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros. Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia. Bioma

Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros. Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia. Bioma Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia Bioma Conjunto de vida, vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação, condições

Leia mais

www.tiberioge.tibe o.c rioge om.br o.c A Ge G og o r g afi f a Le L va v da d a Sério

www.tiberioge.tibe o.c rioge om.br o.c A Ge G og o r g afi f a Le L va v da d a Sério 1 FLORESTA AMAZÔNICA 2 Características Localiza-se: Região Norte; parte do norte do Mato Grosso e Goiás; e parte oeste do Maranhão; O maior bioma brasileiro ocupa, praticamente, um terço da área do País.

Leia mais

4. ANÁLISE DA PLUVIOMETRIA

4. ANÁLISE DA PLUVIOMETRIA 4. ANÁLISE DA PLUVIOMETRIA A pluviosidade representa o atributo fundamental na análise dos climas tropicais, refletindo a atuação das principais correntes da circulação atmosférica. No extremo sul da Bahia,

Leia mais

Terminologia Vegetal

Terminologia Vegetal Terminologia Vegetal Aciculifoliadas folhas em forma de agulha; Latifoliadas folhas largas e grandes; Perenes nunca perdem as folhas por completo; Caducas (decíduas) perdem as folhas antes de secas ou

Leia mais

DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS

DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS Situação Geográfica Este domínio estende-se se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km².. Situado mais

Leia mais

CLIMAS DO BRASIL MASSAS DE AR

CLIMAS DO BRASIL MASSAS DE AR CLIMAS DO BRASIL São determinados pelo movimento das massas de ar que atuam no nosso território. É do encontro dessas massas de ar que vai se formando toda a climatologia brasileira. Por possuir 92% do

Leia mais

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na 1 Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na composição predominante da vegetação. O padrão climático (temperatura e precipitação) representa o principal aspecto utilizado

Leia mais

A BIOSFERA DO BRASIL (I) AULAS 34 E 35

A BIOSFERA DO BRASIL (I) AULAS 34 E 35 A BIOSFERA DO BRASIL (I) AULAS 34 E 35 OS BIOMAS DO BRASIL: (Aziz Ab Saber) O que se leva em consideração nesses domínios morfoclimáticos? Clima. Relevo. Solo. Vegetação. Vida. História da Terra e da ocupação

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A BIOMAS DO MUNDO SAVANAS E DESERTOS 2011 Aula VI AS PRINCIPAIS FORMAÇÕES VEGETAIS DO PLANETA SAVANAS As savanas podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália sendo

Leia mais

Domínios Morfoclimáticos

Domínios Morfoclimáticos Domínios Morfoclimáticos Os domínios morfoclimáticos representam a interação e a integração do clima, relevo e vegetação que resultam na formação de uma paisagem passível de ser individualizada. Domínios

Leia mais

Figura 18. Distâncias das estações em relação ao Inmet e Mapa hipsmétrico

Figura 18. Distâncias das estações em relação ao Inmet e Mapa hipsmétrico 44 Figura 18. Distâncias das estações em relação ao Inmet e Mapa hipsmétrico A Figura 18 servirá de subsídios às análises que se seguem, pois revela importantes informações quanto ao comportamento das

Leia mais

Fitogeografia do Brasil.

Fitogeografia do Brasil. Fitogeografia do Brasil. Profº Me. Fernando Belan Alexander Fleming Introdução Devido as grandes dimensões territoriais, estabelecemse muitas formações vegetais características de alguma região do Brasil.

Leia mais

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES FORMAÇÕES VEGETAIS - Os elementos da natureza mantém estreita relação entre si. - A essa relação, entendida como a combinação e coexistência de seres vivos (bióticos) e não vivos (abióticos) dá-se o nome

Leia mais

AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO E DO BRASIL

AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO E DO BRASIL AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO E DO BRASIL AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO Formações vegetais do globo AS FORMAÇÕES VEGETAIS DO GLOBO As Grandes Formações Vegetais da Superfície da Terra Tundra Vegetação

Leia mais

FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO

FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO Aluno (a): Disciplina GEOGRAFIA Curso Professor ENSINO MÉDIO FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO Série 1ª SÉRIE Número: 1 - Conteúdo: Domínios morfoclimáticos - estudar as interrelações

Leia mais

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL 1. Posição e situação geográfica. O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do Brasil, localiza-se no extremo sul do país. Tem um território de 282.062 km 2, ou seja,

Leia mais

COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011

COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011 COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011 O Sol e a dinâmica da natureza. O Sol e a dinâmica da natureza. Cap. II - Os climas do planeta Tempo e Clima são a mesma coisa ou não? O que

Leia mais

A importância do continente europeu reside no fato de este ter

A importância do continente europeu reside no fato de este ter Conhecido como velho mundo, o continente europeu limitase a oeste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Mediterrâneo, ao norte com o oceano Glacial Ártico e a leste com a Ásia, sendo que os Montes Urais

Leia mais

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 25 O PANTANAL, A MATA DE ARAUCÁRIAS E AS PRADARIAS

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 25 O PANTANAL, A MATA DE ARAUCÁRIAS E AS PRADARIAS GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 25 O PANTANAL, A MATA DE ARAUCÁRIAS E AS PRADARIAS Como pode cair no enem? (FUVEST) Estas fotos retratam alguns dos tipos de formação vegetal nativa encontrados no território

Leia mais

Formações de Santa Catarina. Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015

Formações de Santa Catarina. Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015 Formações de Santa Catarina Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015 O Estado de Santa Catarina está totalmente inserido dentro do Bioma Mata Atlântica. A Mata Atlântica "O espaço que contém aspectos

Leia mais

Complexo regional do Nordeste

Complexo regional do Nordeste Antônio Cruz/ Abr Luiz C. Ribeiro/ Shutterstock gary yim/ Shutterstock Valter Campanato/ ABr Complexo regional do Nordeste Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, MA. Sertão de Pai Pedro, MG. O norte

Leia mais

Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre

Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre geografia Escola: Nome: Data: / / Turma: Leia o trecho da letra da música abaixo e, em seguida, responda às questões. [...] Eu já cantei no Pará Toquei sanfona em Belém

Leia mais

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II BRASIL REGIONALIZAÇÕES QUESTÃO 01 - Baseado na regionalização brasileira, apresentados pelos dois mapas a seguir, é INCORRETO afirmar que: Mapa I Mapa II A B D C a. ( ) O mapa II apresenta a divisão do

Leia mais

Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil

Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil A classificação morfoclimática reúne grandes combinações de fatos geomorfológicos, climáticas, hidrológicos, pedológicos e botânicos que por sua relativa homogeinidade,

Leia mais

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo O Clima do Brasil É a sucessão habitual de estados do tempo A atuação dos principais fatores climáticos no Brasil 1. Altitude Quanto maior altitude, mais frio será. Não esqueça, somente a altitude, isolada,

Leia mais

Elementos e Fatores de Diferenciação

Elementos e Fatores de Diferenciação VEGETAÇÃO Elementos e Fatores de Diferenciação VEGETAÇÃO E ZONEAMENTO CLIMÁTICO A interferência climática sobre a cobertura vegetal é um dos principais fatores que possibilitam uma pluralidade paisagística.

Leia mais

PROVA DE GEOGRAFIA 4 o BIMESTRE DE 2012

PROVA DE GEOGRAFIA 4 o BIMESTRE DE 2012 PROVA DE GEOGRAFIA 4 o BIMESTRE DE 2012 PROF. FERNANDO NOME N o 1 a SÉRIE A compreensão do enunciado faz parte da questão. Não faça perguntas ao examinador. A prova deve ser feita com caneta azul ou preta.

Leia mais

CLIMATOLOGIA. Profª Margarida Barros. Geografia - 2013

CLIMATOLOGIA. Profª Margarida Barros. Geografia - 2013 CLIMATOLOGIA Profª Margarida Barros Geografia - 2013 CLIMATOLOGIA RAMO DA GEOGRAFIA QUE ESTUDA O CLIMA Sucessão habitual de TEMPOS Ação momentânea da troposfera em um determinado lugar e período. ELEMENTOS

Leia mais

Atmosfera e o Clima. Clique Professor. Ensino Médio

Atmosfera e o Clima. Clique Professor. Ensino Médio Atmosfera e o Clima A primeira camada da atmosfera a partir do solo é a troposfera varia entre 10 e 20 km. É nessa camada que ocorrem os fenômenos climáticos. Aquecimento da atmosfera O albedo terrestre

Leia mais

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES GEOGRAFIA DESAFIO DO DIA. Aula 21.1 Conteúdo. Região Sudeste

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES GEOGRAFIA DESAFIO DO DIA. Aula 21.1 Conteúdo. Região Sudeste CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Aula 21.1 Conteúdo Região Sudeste 2 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

Leia mais

Respostas das questões sobre as regiões do Brasil

Respostas das questões sobre as regiões do Brasil Respostas das questões sobre as regiões do Brasil Região Norte 1. Qual a diferença entre região Norte, Amazônia Legal e Amazônia Internacional? A região Norte é um conjunto de 7 estados e estes estados

Leia mais

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA O comportamento climático é determinado por processos de troca de energia e umidade que podem afetar o clima local, regional

Leia mais

Distribuição e caraterização do clima e das formações vegetais

Distribuição e caraterização do clima e das formações vegetais Distribuição e caraterização do clima e das formações vegetais Distribuição e caraterização do clima e das formações vegetais Início Zonas climáticas No planeta Terra existem cinco grandes zonas climáticas:

Leia mais

PROGNÓSTICO DE ESTAÇÃO PARA A PRIMAVERA DE 2001. TRIMESTRE Outubro-Novembro-Dezembro.

PROGNÓSTICO DE ESTAÇÃO PARA A PRIMAVERA DE 2001. TRIMESTRE Outubro-Novembro-Dezembro. 1 PROGNÓSTICO DE ESTAÇÃO PARA A PRIMAVERA DE 2001 TRIMESTRE Outubro-Novembro-Dezembro. A Primavera começa este ano às 22h04min (hora de Brasília), no dia 22 de setembro e termina às 17h20min (horário de

Leia mais

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 2 Tipos de vegetação Vegetação é caracterizada como o conjunto de plantas de uma determinada região. Em razão da

Leia mais

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005.

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005. Estudo da vegetação 1. Introdução A intensa actividade humana desenvolvida na região Centro ao longo dos últimos milénios conduziu ao desaparecimento gradual de extensas áreas de floresta autóctone, que

Leia mais

Terminologia Vegetal Aciculifoliadas folhas em forma de agulha; Latifoliadas folhas largas e grandes; Perenes nunca perdem as folhas por completo; Caducas (decíduas) perdem as folhas antes de secas ou

Leia mais

a) Cite o nome do estado brasileiro onde aparece a maior parte do domínio das araucárias. R:

a) Cite o nome do estado brasileiro onde aparece a maior parte do domínio das araucárias. R: Data: /08/2014 Bimestre: 2 Nome: 7 ANO A Nº Disciplina: Geografia Professor: Geraldo Valor da Prova / Atividade: 2,0 (DOIS) Nota: GRUPO 3 1-(1,0) A paisagem brasileira está dividida em domínios morfoclimáticos.

Leia mais

Nosso Território: Ecossistemas

Nosso Território: Ecossistemas Nosso Território: Ecossistemas - O Brasil no Mundo - Divisão Territorial - Relevo e Clima - Fauna e Flora - Ecossistemas - Recursos Minerais Um ecossistema é um conjunto de regiões com características

Leia mais

BIOMAS BRASILEIROS. Prof.ª Débora Lia Ciências/ Biologia

BIOMAS BRASILEIROS. Prof.ª Débora Lia Ciências/ Biologia BIOMAS BRASILEIROS Prof.ª Débora Lia Ciências/ Biologia BIOMA: É CONJUNTO DE ECOSSISTEMAS TERRESTRES, CLIMATICAMENTE CONTROLADOS, QUE SÃO CARACTERIZADOS POR UMA VEGETAÇÃO PRÓPRIA (RAVEN ET AL., 2001) LOCALIZAÇÃO

Leia mais

Biomas Brasileiros I. Floresta Amazônica Caatinga Cerrado. Mata Atlântica Pantanal Campos Sulinos ou Pampas Gaúchos

Biomas Brasileiros I. Floresta Amazônica Caatinga Cerrado. Mata Atlântica Pantanal Campos Sulinos ou Pampas Gaúchos Biomas Brasileiros I Floresta Amazônica Caatinga Cerrado Mata Atlântica Pantanal Campos Sulinos ou Pampas Gaúchos Floresta Amazônica Localizada na região norte e parte das regiões centro-oeste e nordeste;

Leia mais

Vegetação. Solo. Relevo. Clima. Hidrografia

Vegetação. Solo. Relevo. Clima. Hidrografia Vegetação Solo Relevo Clima Hidrografia VEGETAÇÃO E SOLOS HETEROGÊNEA CALOR E UMIDADE RÁPIDA DECOMPOSIÇÃO/FERTILIDADE. NUTRIENTES ORGÂNICOS E MINERAIS (SERRAPILHEIRA). EM GERAL OS SOLOS SÃO ÁCIDOS E INTEMPERIZADOS.

Leia mais

7. o ANO FUNDAMENTAL. Prof. a Andreza Xavier Prof. o Walace Vinente

7. o ANO FUNDAMENTAL. Prof. a Andreza Xavier Prof. o Walace Vinente 7. o ANO FUNDAMENTAL Prof. a Andreza Xavier Prof. o Walace Vinente CONTEÚDOS E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Unidade I Tempo, espaço, fontes históricas e representações cartográficas

Leia mais

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Diversidade global de climas Motivação! O Clima Fenômeno da atmosfera em si: chuvas, descargas elétricas,

Leia mais

Os diferentes climas do mundo

Os diferentes climas do mundo Os diferentes climas do mundo Climas do Mundo Mapa dos climas do mundo Climas quentes Equatoriais Tropical húmido Tropical seco Desértico quente Climas temperados Temperado Mediterrâneo Temperado Marítimo

Leia mais

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BIOMAS BRASILEIROS

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BIOMAS BRASILEIROS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BIOMAS BRASILEIROS Creative Commons/Nao Iizuka Bioma Amazônia ou Domínio Amazônico Heterogêneo Perene Denso Ombrófila Três estratos Influenciado pelo relevo e hidrografia Bacia

Leia mais

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL (Setembro Outubro e Novembro de- 2003).

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL (Setembro Outubro e Novembro de- 2003). 1 PROGNÓSTICO TRIMESTRAL (Setembro Outubro e Novembro de- 2003). O prognóstico climático do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento,

Leia mais

Data: /08/2014 Bimestre: 2. Nome: 8 ANO B Nº. Disciplina: Geografia Professor: Geraldo

Data: /08/2014 Bimestre: 2. Nome: 8 ANO B Nº. Disciplina: Geografia Professor: Geraldo Data: /08/2014 Bimestre: 2 Nome: 8 ANO B Nº Disciplina: Geografia Professor: Geraldo Valor da Prova / Atividade: 2,0 (DOIS) Nota: GRUPO 3 1- (1,0) A mundialização da produção industrial é caracterizada

Leia mais

BIOMA. dominante. http://www.brazadv.com/passeios_ecol %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp

BIOMA. dominante. http://www.brazadv.com/passeios_ecol %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp BIOMAS DO BRASIL BIOMA Definição: Bioma, ou formação planta - animal, deve ser entendido como a unidade biótica de maior extensão geográfica, compreendendo varias comunidades em diferentes estágios de

Leia mais

Clima e Formação Vegetal. O clima e seus fatores interferentes

Clima e Formação Vegetal. O clima e seus fatores interferentes Clima e Formação Vegetal O clima e seus fatores interferentes O aquecimento desigual da Terra A Circulação atmosférica global (transferência de calor, por ventos, entre as diferentes zonas térmicas do

Leia mais

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO. (Fevereiro, Março e Abril de 2002).

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO. (Fevereiro, Março e Abril de 2002). 1 PROGNÓSTICO CLIMÁTICO (Fevereiro, Março e Abril de 2002). O Instituto Nacional de Meteorologia, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com base nas informações de análise e prognósticos

Leia mais

Os Grandes Biomas Terrestres. PROF Thiago Rocha

Os Grandes Biomas Terrestres. PROF Thiago Rocha Os Grandes Biomas Terrestres PROF Thiago Rocha Bioma: Uma comunidade de plantas e animais, com formas de vida e condições ambientais semelhantes. (Clements, 1916) Florestas tropicais A área de ocorrência

Leia mais

BIOMA: deriva do grego bio vida e ama grupo, ou conjunto.

BIOMA: deriva do grego bio vida e ama grupo, ou conjunto. BIOMAS BRASILEIROS BIOMA: deriva do grego bio vida e ama grupo, ou conjunto. Bioma é uma área do espaço geográfico, com dimensões até superiores a um milhão de quilômetros quadrados, representada por

Leia mais

Domínios Florestais do Mundo e do Brasil

Domínios Florestais do Mundo e do Brasil Domínios Florestais do Mundo e do Brasil Formações Florestais: Coníferas, Florestas Temperadas, Florestas Equatoriais e Florestas Tropicais. Formações Herbáceas e Arbustivas: Tundra, Pradarias Savanas,

Leia mais

Tarefa online 8º ANO

Tarefa online 8º ANO Tarefa online 8º ANO 1) Estabelecendo-se correlações entre a exploração florestal no Globo e as Zonas Climáticas, pode-se inferir que: 2) O Domínio morfoclimático das pradarias é uma área marcada: a) pelo

Leia mais

01. (FUVEST) Dentre os vários aspectos que justificam a diversidade biológica da Mata Atlântica, encontram-se:

01. (FUVEST) Dentre os vários aspectos que justificam a diversidade biológica da Mata Atlântica, encontram-se: 01. (FUVEST) Dentre os vários aspectos que justificam a diversidade biológica da Mata Atlântica, encontram-se: I. Concentração nas baixas latitudes, associadas a elevadas precipitações. II. Distribuição

Leia mais

BIOMAS DO BRASIL. Ecologia Geral

BIOMAS DO BRASIL. Ecologia Geral BIOMAS DO BRASIL Ecologia Geral Biomas do Brasil segundo classificação do IBGE Segundo a classificação do IBGE, são seis os biomas do Brasil: Mata Atlântica Cerrado Amazônia Caatinga Pantanal Pampa O

Leia mais

VEGETAÇÃO BRASILEIRA: visão fitogeográfica geral

VEGETAÇÃO BRASILEIRA: visão fitogeográfica geral VEGETAÇÃO BRASILEIRA: visão fitogeográfica geral PEDRO EISENLOHR pedrov.eisenlohr@gmail.com Ao final da aula, vocês deverão ser capazes de: 1. Conceituar e diferenciar termos essenciais para o estudo da

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O estabelecimento do fenômeno El Niño - Oscilação Sul (ENOS) e os poucos

Leia mais

A seqüência correta de vegetação natural indicada pelo perfil A B é:

A seqüência correta de vegetação natural indicada pelo perfil A B é: 16. (Unifesp) Observe o mapa: A seqüência correta de vegetação natural indicada pelo perfil A B é: (A) Floresta Eequatorial, Caatinga, Cerrado e Mangue. (B) Mata Aatlântica, Mata dos Cocais, Caatinga e

Leia mais

COLÉGIO MARISTA - PATOS DE MINAS 2º ANO DO ENSINO MÉDIO - 2013 Professor : Bruno Matias Telles 1ª RECUPERAÇÃO AUTÔNOMA ROTEIRO DE ESTUDO - QUESTÕES

COLÉGIO MARISTA - PATOS DE MINAS 2º ANO DO ENSINO MÉDIO - 2013 Professor : Bruno Matias Telles 1ª RECUPERAÇÃO AUTÔNOMA ROTEIRO DE ESTUDO - QUESTÕES COLÉGIO MARISTA - PATOS DE MINAS 2º ANO DO ENSINO MÉDIO - 2013 Professor : Bruno Matias Telles 1ª RECUPERAÇÃO AUTÔNOMA ROTEIRO DE ESTUDO - QUESTÕES Estudante: Turma: Data: / / QUESTÃO 1 Analise o mapa

Leia mais

GEOGRAFIA Questões de 35 a 42

GEOGRAFIA Questões de 35 a 42 GEOGRAFIA Questões de 35 a 42 35. Observe os mapas abaixo. Acerca das escalas apresentadas, é incorreto afirmar: A) O mapa 1 apresenta a menor escala e o maior nível de detalhamento. B) Os mapas 1 e 2

Leia mais

PRÁTICAS SILVICULTURAIS

PRÁTICAS SILVICULTURAIS CAPÍTULO 10 PRÁTICAS SILVICULTURAIS 94 Manual para Produção de Madeira na Amazônia APRESENTAÇÃO Um dos objetivos do manejo florestal é garantir a continuidade da produção madeireira através do estímulo

Leia mais

PROVA DE GEOGRAFIA UFRGS 2010

PROVA DE GEOGRAFIA UFRGS 2010 PROVA DE GEOGRAFIA UFRGS 2010 51. Ainda é 31 de dezembro no Brasil quando a televisão noticia a chegada do Ano Novo em diferentes países. Entre os países que comemoram a chegada do Ano Novo antes do Brasil,

Leia mais

Unidade I Geografia física mundial e do Brasil.

Unidade I Geografia física mundial e do Brasil. Unidade I Geografia física mundial e do Brasil. 2 2.2 Conteúdo: Os Grandes Biomas no Brasil. 3 2.2 Habilidade: Comparar as formações vegetais existentes no Brasil e seus diferentes biomas. 4 Biomas da

Leia mais

Terminologia Vegetal

Terminologia Vegetal Efeitos da latitude e da altitude sobre os biomas. Terminologia Vegetal Aciculifoliadas folhas em forma de ; Coriáceas folhas, e normalmente ; Decíduas antes de secas ou invernos rigorosos; Latifoliadas

Leia mais

1) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmativas a seguir, sobre a Região Nordeste do Brasil.

1) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmativas a seguir, sobre a Região Nordeste do Brasil. Marque com um a resposta correta. 1) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmativas a seguir, sobre a Região Nordeste do Brasil. I. A região Nordeste é a maior região do país, concentrando

Leia mais

Definição. Unidade Territorial com características naturais bem. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado

Definição. Unidade Territorial com características naturais bem. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado Definição Compreende-se como sendo uma Unidade Territorial com características naturais bem marcantes e que o individualizam. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado como sinônimo para identificar

Leia mais

REGIÃO NORDESTE. As sub-regiões do Nordeste 2ª unidade

REGIÃO NORDESTE. As sub-regiões do Nordeste 2ª unidade REGIÃO NORDESTE As sub-regiões do Nordeste 2ª unidade NORDESTE Características gerais 9 Estados / 18, 25% do território do Brasil; 2ª maior população regional; Área de colonização mais antiga; A maior

Leia mais

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL Agosto-Setembro-Outubro de 2003. Prognóstico Trimestral (Agosto-Setembro-Outubro de 2003).

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL Agosto-Setembro-Outubro de 2003. Prognóstico Trimestral (Agosto-Setembro-Outubro de 2003). 1 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA Instituto Nacional de Meteorologia INMET Endereço: Eixo Monumental VIA S1 Telefone: + 55 61 344.3333/ Fax:+ 55 61 344.0700 BRASÍLIA / DF - CEP:

Leia mais

A diversidade de vida no planeta. Que animais selvagens você conhece? Em que ambiente natural e continente você acha que eles tem origem?

A diversidade de vida no planeta. Que animais selvagens você conhece? Em que ambiente natural e continente você acha que eles tem origem? A diversidade de vida no planeta Que animais selvagens você conhece? Em que ambiente natural e continente você acha que eles tem origem? Domínios naturais terrestres São extensas áreas geográficas com

Leia mais

A interdependência entre os elementos na BIOSFERA.

A interdependência entre os elementos na BIOSFERA. A interdependência entre os elementos na BIOSFERA. A biosfera contém inúmeros ecossistemas (conjunto formado pelos animais e vegetais em harmonia com os outros elementos naturais). Biomas: conjuntos dinâmicos

Leia mais

. a d iza r to u a ia p ó C II

. a d iza r to u a ia p ó C II II Sugestões de avaliação Geografia 7 o ano Unidade 5 5 Unidade 5 Nome: Data: 1. Complete o quadro com as características dos tipos de clima da região Nordeste. Tipo de clima Área de ocorrência Características

Leia mais

Luciana Scur Felipe Gonzatti Eduardo Valduga Ronaldo Adelfo Wasum

Luciana Scur Felipe Gonzatti Eduardo Valduga Ronaldo Adelfo Wasum Luciana Scur Felipe Gonzatti Eduardo Valduga Ronaldo Adelfo Wasum Restinga é um termo bastante discutido, tanto por sua origem, se portuguesa, espanhola ou inglesa, quanto por seus conceitos. Várias definições

Leia mais

SIMPÓSIO POLO GESSEIRO DO ARARIPE: POTENCIALIDADES, PROBLEMAS E SOLUÇÕES. Recife 12 a 14 de agosto de 2014 Salão Nobre da UFRPE

SIMPÓSIO POLO GESSEIRO DO ARARIPE: POTENCIALIDADES, PROBLEMAS E SOLUÇÕES. Recife 12 a 14 de agosto de 2014 Salão Nobre da UFRPE SIMPÓSIO POLO GESSEIRO DO ARARIPE: POTENCIALIDADES, PROBLEMAS E SOLUÇÕES Recife 12 a 14 de agosto de 2014 Salão Nobre da UFRPE O Território do Sertão do Araripe é formado por 10 municípios: Araripina,

Leia mais

Questão 13 Questão 14

Questão 13 Questão 14 Questão 13 Questão 14 Observe a paisagem da cidade do Rio de Janeiro para responder à questão. O mapa representa dois graves problemas ambientais no Brasil. Identifique-os seqüencialmente: Assinale a alternativa

Leia mais

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1) 6 Sistemas de irrigação (parte 1) 6.1 Considerações iniciais Aplicação artificial de água ao solo, em quantidades adequadas, visando proporcionar a umidade necessária ao desenvolvimento das plantas nele

Leia mais

10. Não raro, a temperatura no Rio de Janeiro cai bruscamente em função da chegada de "frentes" frias.

10. Não raro, a temperatura no Rio de Janeiro cai bruscamente em função da chegada de frentes frias. Nome: Nº: Turma: Geografia 1º ano Apoio Didático - Exercícios Silvia Jun/09 10. Não raro, a temperatura no Rio de Janeiro cai bruscamente em função da chegada de "frentes" frias. a) O que são "frentes"?

Leia mais

Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica

Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica 1. De acordo com as condições atmosféricas, a precipitação pode ocorrer de várias formas: chuva, neve e granizo. Nas regiões de clima tropical ocorrem

Leia mais

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA Instituto Nacional de Meteorologia INMET Coordenação Geral de Agrometeorologia

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA Instituto Nacional de Meteorologia INMET Coordenação Geral de Agrometeorologia 1 PROGNÓSTICO DE ESTAÇÃO PARA A PRIMAVERA DE 2003 TRIMESTRE Outubro-Novembro-Dezembro. A primavera começa neste ano às 07:47h do dia 23 de setembro e vai até 05:04h (horário de Verão) de Brasília, do dia

Leia mais

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS O que você deve saber sobre DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS Segundo o geógrafo Aziz Ab Sáber, um domínio morfoclimático é todo conjunto no qual haja interação entre formas de relevo, tipos de solo,

Leia mais