&dada da givaaa fraticid,da 5ikazat de filmilça./1/1~caa aaaaia Saata./flaúw

Transcrição

1 &dada da givaaa fraticid,da 5ikazat de filmilça./1/1~caa aaaaia Saata./flaúw DECISÃO ADVOGADO: RECURSO OFICIAL E APELAÇÃO CIVEL N /001 - Gurinhém RELATOR : Maria das Neves do Egito de A D. Ferreira APELANTE : MUNICÍPIO DE GURINHÉM Cláudio Freire Madruga APELADA : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNI- CÍPIO DE GURINHEM - SINDSPUG ADVOGADO: Ananias Lucena de Araújo Neto RECURSO OFICIAL E APELAÇÃO CÍVEL. ORDINÁRIA DE COBRANÇA. VERBAS TRA- BALHISTAS. VÍNCULO CELETISTA. CARAC- TERIZAÇÃO. JUSTIÇA DO TRABALHO. COM- PETÊNCIA ABSOLUTA. DECLÍNIO DE OFÍ- CIO. ANULAÇÃO DO "DECISUM". POSSIBI- LIDADE. REMESSA À JUSTIÇA DO TRABA- LHO. - A cobrança de verbas decorrentes da relação de trabalho fincadas na Consolidação das Leis do Trabalho CLT é de competência privativa da Justiça do Trabalho, que por ser absoluta, pode ser declarada de ofício, após a anulação da decisão já editada nos autos. Vistos, etc. O MUNICÍPIO DE GURINHÉM, irresignado com a decisão monocrática que julgou procedente a ação de cobrança ajuizada pelo SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE

2 GURINHEM SINDSPUG, via sua procuradoria, atravessou recurso de apelação, objetivando anular in totum a decisão de 1 grau. Aduziu no recurso, preliminarmente, a incompetência absoluta da Justiça Estadual para processar e julgar a demanda, alegando ser competente a Justiça Trabalhista, tendo em vista que os apelados, eram funcionários contratados de forma precária pela Edilidade apelante, sendo, pois, regidos pelo regime da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, vez que só foi realizado concurso público junto ao Município de Gurinhém no ano de 1997 e o regime estatutário só foi instituído em 19 de setembro de 1998, citando, porém, a Emenda Constitucional nr. 45/2004. Alegou ainda a existência da prescrição bienal, face a transmudação do regime celetista para o estatutário, se apoiando na Súmula 382, do TST. Intimada para apresentar as contra razões de recurso, a parte apelada restou silente. Provocado, o Parquet se posicionou pela manutenção da sentença a quo, em todos os seus termos, asseverando que no art. 5 0, da Lei Municipal nr. 154/89 reza "Até que seja instituído o estatuto do servidor público do município, este será regido pelo estatuto do servidor público estadual', citando ainda a Súmula 137, do STJ, a qual afirma quem é competente para processar e julgar ação de servidor público municipal é a Justiça Estadual, fls.873/878. É relatório. DECIDO: Antes de discutir a questio júris, impende alguns comentários acerca das prerrogativas do relator para analisar e decidir, monocraticamente, recursos acolhidos pelas previsões normativas do art. 557 do CPC, sobretudo quando estes demonstrarem estar manifestamente contrários a lei. In casu, trata-se de sentença proferida por autoridade incompetente para prolatá-la. processual: Vejamos, então, o que prescreve a mencionada norma "Art O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior.

3 r-a Se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal.Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá dar provimento ao recurso. Portanto, ao relator é permitido obstar a análise do recurso por esta Corte, declarando sua incompetência, quando toma como base norma constitucional em pleno vigor. matéria: Vejamos o entendimento jurisprudencial sobre a "Esta disposição permite que o relator aprecie, inclusive, o mérito do recurso, desde que manifestamente improcedente ex., recurso manifestado contra jurisprudênda pacifica, embora não sumulada)": STJ-2aTurma, Ag DF, rel. Min. Ari Pargendler, j , negaram provimento, v.u., DJU , p , RT 738/432, RTJE 157/235. Com base nesse dispositivo, passo a analisar diretamente a competência afeta à esta Corte. Muito embora a presente demanda tenha a nomenclatura de Ação de Cobrança, contudo, e por ser irrelevante, visa reclamar o pagamento de títulos trabalhistas decorrentes de relação de emprego fincada e regulamentada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), conforme documentação acostada aos autos. Cumpre ressaltar que a Constituição Federal, no art. 114, combinado com seu inciso I, estabelece que "Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público ex-. terno e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípiosf. Em consonância com o referido comando normativo, eis o entendimento jurisprudencial sobre a competência da justiça trabalhista em ações desta natureza: "CONFLITO DE COMPETÊNCIA ADMINIS- TRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. RE- LAÇÃO JURÍDICA REGIDA PELA CLT. MES- MO APÓS O ADVENTO DO REGIME JURÍDICO

4 ÚNICO MUNICIPAL COMPETÊNCIA DA JUS- TIÇA DO TRABALHO. 1. A competência ratione materiae, em regra, é determinada em função da natureza jurídica da pretensão deduzida, decorrente do pedido e da causa de pedir. 2. Em havendo a servidora pública municipal, após o advento do Regime Jurídico Único Municipal (Lei n 2.298/91), passado a integrar quadro especial em extinção, excepcionalmente regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (artigo 248), é de se reconhecer a competência da Justiça do Trabalho para process. ar e julgar o feito, nos termos do artigo 114 da Constituição da República. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Tribunal Regional do Trabalho da 4' Região, suscitado."stj. 3 Seção. Conflito de Competência n /RS. Min. Hamilton Carvalhido. 27 / 02/ 02. Paraíba, no mesmo sentido: O posicionamento do Egrégio Tribunal de Justiça da TJPB SERVIDOR PÚBLICO REGIME JURI- DICO CELETISTA CONVERSÃO AUTOMÁ- TICA PARA O ESTATUTÁRIO IMPOSSIBILI- DADE. "Os artigos 37, II e 39 da CF/ 88 impedem a legislação infraconstitucional converter o regime juridico dos servidores inicialmente celetistas, de índole contratual, em regime juridico único, de natureza estatutária. Somente são regidos pelo regime jurídico único os servidores públicos assim investidos, em cargo púiblico, por decorrência de concurso público, nos termos do artigo 37, II, da CF/ 88, bem como os que exercem cargos em comissão, artigo 37, V. A justiça do Trabalho é competente para eventual demanda entre servidor público celetista e a administração pública, resultante do contrato entre ele} estabeleeido." (Proc. n _Rel. Des. Antônio Elias de cqueiroga. Ano Câmara Cível). Já o art. 113 do Código de Processo Civil decreta que "a incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, independentemente de exceção", e seu 2 proclama que "declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao jukcompetente". Ademais, deve-se destacar que nos autos não ficou comprovado, em momento algum, que houve transformação do vinculo trabalhista do ora apelado em face da administração pública municipal. Nesse diapasão, temos que a lei processual civil não deixa dúvidas acerca da flagrante nufidade das decisões proferidas por autoridade in-

5 competente, que, a meu ver, independe de declaração, porém, para que outras vertentes não sejam alegadas, prefiro por fazer a declaração de completa nulidade da decisão objeto de apelação, deste processo, às fls. 849/852. Por tudo que foi exposto, fincada nos mandamentos/ / constitucionais enfocados, bem como no art. 557, combinado com o art. 113, caputre seu 5 2, todos do WC, decreto a nulidade da sentença (fls. 849/852) proferida nos autos, declinando da competência desta Corte para apreciar o presente recurso, com determinação da remessa dos autos ao Tribunal Regional do Trabalho da 13 a Região, para os fins que entender de direito. Intimações necessárias. Cumpra se. João Pessoa (PB), 09 e julho de 2007 Juíza MARIA DAS NEVES DO E ITO DE A. D. FERREIRA -RELA T