Aspectos Metrológicos da Confiabilidade de Ensaios Elétricos em Alta Tensão

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1 Aspectos Metrológicos da Confiabilidade de Ensaios Elétricos em Alta Tensão Metrological Issues of High-Voltage Tests Reliability CESAR ALBERTO PENZ Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, Brasil) CARLOS ALBERTO FLESCH Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, Brasil) RESUMO Ensaios de equipamentos em alta tensão representam significativa fatia das atividades inerentes à garantia da confiabilidade nos sistemas de transmissão de energia elétrica. A garantia da conformidade dos equipamentos avaliados é totalmente dependente da confiabilidade dos resultados obtidos. A cultura metrológica espalhada pelos procedimentos e normas concernentes à área está muito aquém do estado-da-arte em metrologia. Na maioria dos casos, a incerteza de medição nem sequer é citada. Mostra-se, então, a necessidade de um estudo e avaliação das atividades relativas aos laboratórios de alta tensão, em busca da confiabilidade necessária. O presente trabalho sistematiza a aplicação dos atuais conceitos metrológicos e da qualidade, extraídos de documentos consolidados, na avaliação de ensaios em alta tensão. Tais documentos constituem referências nas áreas de metrologia elétrica, qualidade, certificação e tecnologia da alta tensão. Assim, são identificadas e analisadas as principais dificuldades para a garantia metrológica de ensaios em alta tensão, nos seguintes aspectos: avaliação e gerenciamento de incertezas e equipamentos, processos e procedimentos de medição. E propostas ações para a garantia da confiabilidade metrológica e avaliação segura da conformidade dos equipamentos ensaiados. Palavras-chave ENSAIOS EM ALTA TENSÃO METROLOGIA EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO CONFIABILIDADE. ABSTRACT High-voltage tests on equipments represent a significant portion of inherent activities to reliability assurance of electrical energy transmission systems. The conformity assessment of evaluated equipments is entirely dependent on results reliability. The metrological culture disseminated through related procedures and standards is not compatible with the state of art in metrology. In many cases the measurement uncertainty is not quoted. Looking for the required reliability this situation reveals the necessity of evaluation of activities related to high-voltage laboratories. The present article systemizes the application of current metrological and quality concepts. These concepts are extracted from consolidated documents and used for evaluation of high-voltage tests. Such documents are references in knowledge areas as: electric metrology; quality; certification; high-voltage technology. The main difficulties are identified and analyzed for the metrological guarantee of high-voltage test in aspects as: evaluation and management of uncertainties; measurement equipment, processes and procedures. Actions are proposed for metrological reliability assurance and safe conformity assessment of tested equipments. Keywords HIGH-VOLTAGE TESTS METROLOGY MEASUREMENT EQUIPMENTS RELIABILITY. REVISTA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA V. 13, Nº 25/26 pp

2 1. INTRODUÇÃO Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica são personagens ativas da sociedade industrializada moderna. A dependência à energia elétrica é cada vez mais latente, sendo sua falta prejudicial a todos os setores da sociedade. A garantia de continuidade do fornecimento de energia elétrica passa, necessariamente, por equipamentos e instalações com alta disponibilidade e confiabilidade operativa. Nesse contexto, a manutenção assume papel estratégico: contribuir para as necessárias disponibilidade e confiabilidade do sistema, mediante a garantia de utilização de equipamentos adequados (Magalhães, 1993; Carneiro, 1999; Pasqua, 2001; Sermarini, 2001; Motta, 2003; Santos, 2003). As atividades de manutenção de equipamentos dos sistemas de transmissão caracterizam-se por dois processos distintos: restauração dos equipamentos e ensaios (elétricos, químicos ou mecânicos) responsáveis pela verificação da conformidade às especificações dos equipamentos. De posse de resultados, metrologicamente confiáveis, dos ensaios realizados e de dados históricos, as equipes de avaliação de equipamentos são capazes de aprovar ou reprovar a liberação desses com segurança. Essa segurança na avaliação de um equipamento contribui para os níveis de confiabilidade e disponibilidade pretendidos pelas empresas de transmissão de energia elétrica. O presente trabalho enquadra-se exclusivamente no contexto de aplicação dos conceitos metrológicos e da qualidade, visando garantir a confiabilidade dos resultados dos ensaios realizados em equipamentos do sistema de transmissão de energia elétrica. O objetivo é incorporar, nos procedimentos laboratoriais, técnicas identificadas com o estado-da-arte em metrologia e confiabilidade metrológica. Dessa forma, não é foco do artigo a definição de novos métodos de ensaio. 2. INCENTIVADORES ESPECÍFICOS PARA ABORDAGEM METROLÓGICA E SISTÊMICA DOS ENSAIOS EM ALTA TENSÃO A situação atual da metrologia na alta tensão impulsiona à pesquisa e à sistematização de ações. A cultura metrológica espalhada pelos procedimentos e normas concernentes à área está muito aquém do estadoda-arte em metrologia e confiabilidade metrológica. Mostra-se, então, a necessidade de estudo e avaliação das atividades relativas ao laboratório de alta tensão, em busca da confiabilidade necessária (Penz, 2004). São diversas as características técnicas dos ensaios em alta tensão que incentivam uma abordagem metrológica e sistêmica. Entre elas, destacam-se (Kuffel, 1970; Kind, 1978; Hyltén-Cavallius, 1986; Iec, 1989; Ryan, 1994; Roberts, 1997; Zingales, 1999; Lucas, 2001): alta susceptibilidade às condições ambientais da sala de ensaio; montagem física do circuito. Na alta tensão os campos elétricos gerados são muito elevados, podendo influenciar no funcionamento do circuito ou mascarar resultados; tensões elevadas estão presentes, dificultando a medição direta e exigindo cuidados especiais de segurança; elevada susceptibilidade a ruídos internos e externos ao laboratório, especialmente de alta freqüência, na avaliação de dielétricos a partir da medição de descargas parciais; os equipamentos ensaiados são de grande porte, pela necessidade de garantir isolação, fato que impõe severas restrições à experimentação; a disposição física dos elementos do circuito exige ligações com cabos que impõem relação de impedâncias com influência significativa; capacitâncias parasitas entre equipamentos, e entre esses e a instalação física, são de valor bastante significativo; a grande quantidade e diversidade de equipamentos, com variadas classes de tensão, requer ampla variedade de formas de preparação e montagem dos circuitos. Essa necessidade implica abordagens muitas vezes específicas para cada equipamento. 28 jan./dez. 2005

3 Outro aspecto importante a ser considerado refere-se à rastreabilidade dos resultados dos ensaios. A disponibilidade de serviços de calibração na área de alta tensão é recente no Brasil. Somente no final de 2001, o INMETRO dispôs de toda a infra-estrutura laboratorial necessária para ser referência nacional em alta tensão alternada até 200 kv (Oliveira Filho, 2003). Os níveis de tensão de operação dos sistemas de transmissão de energia, em corrente alternada, instalados no Brasil são 69 kv, 138 kv, 230 kv, 345 kv, 440 kv, 500 kv e 750 kv (ONS, 2003). Já o nível de tensão em que os equipamentos dos sistemas de transmissão são ensaiados depende do ensaio a ser realizado. Esses níveis podem ser menores, maiores ou iguais à tensão de operação. Nota-se, nesse momento, a existência de uma lacuna na disponibilidade de serviços de calibração dos sistemas de medição utilizados nos ensaios, tornando evidente as dificuldades para a garantia da rastreabilidade dos resultados na forma rigorosa do estado-da-arte em metrologia (Penz, 2004). 3. MÉTODO DE ABORDAGEM O presente trabalho resulta de uma análise de vasta bibliografia e do acompanhamento diário de atividades de um laboratório de alta tensão. Para a apresentação das ações relativas à garantia da confiabilidade metrológica (item 4), houve especial preocupação com a obtenção de respaldo em documentos consensados, disseminados e complementares na abordagem de aspectos considerados importantes para a garantia da confiabilidade metrológica dos ensaios, entre eles, processos de medição, avaliação e gerenciamento de incertezas de medição e procedimentos de medição. Atenção especial foi dada à questão da confiabilidade metrológica dos equipamentos de medição empregados nos ensaios. Tais documentos são referências de áreas como metrologia, sistemas da qualidade, sistemas de certificação e tecnologia da alta tensão, julgando-se necessários e suficientes os seguintes: VIM Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (INMETRO, 2000); ISO GUM Guia para Expressão da Incerteza da Medição (BIPM, 1998); IEC 60-1 Técnicas de Ensaio em Alta Tensão parte 1: definições gerais e requisitos de ensaio (IEC, 1989); IEC 60-2 Técnicas de Ensaio em Alta Tensão parte 2: sistemas de medição (IEC, 1994); IEEE 4 Standard Techniques for High Voltage Testing (IEEE, 1995); NBR ISO/IEC Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração (ISO/ABNT, 2001); ISO Sistemas de Gerenciamento de Medição: requisitos para processos e equipamentos de medição (ISO, 2003); ISO Especificações de Produtos Geométricos (GPS) inspeção por medição de peças e equipamentos de medição parte 1: regras de decisão na comprovação de conformidade ou não-conformidade com especificações (ISO, 1998); ISO/TS Especificações de Produtos Geométricos (GPS) inspeção por medição de peças e equipamentos de medição parte 2: guia para estimativa da incerteza na medição de GPS, calibração de equipamentos de medição e verificação de produtos (ISO, 1999); normas do equipamento e específicas do ensaio. A justificativa para o uso de documentos da área de controle geométrico (ISO e ISO/TS ) na garantia da confiabilidade de ensaios de alta tensão pode ser dada pela generalidade com que o temas são neles abordados. Tanto as regras para avaliação da conformidade, apresentadas na ISO (ISO, 1998), quanto as abordagens para análise e gerenciamento de incertezas, demonstradas na ISO/TS (ISO, 1999), são genéricas e podem ser aplicadas a quaiquer processos nos quais se julga adequada a sua utilização. REVISTA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA V. 13, Nº 25/26 pp

4 4. Ações propostas para a garantia da confiabilidade dos ensaios em alta tensão 4.1 Aspectos gerais Aqui são apresentados e analisados, com base nos incentivadores referidos no item 2, três aspectos relativos aos ensaios em alta tensão. a) Definição dos processos de medição A partir da tarefa de medição e da incerteza alvo, deve-se planejar o processo de medição mediante a definição dos sistemas de medição, operações e condições de contorno concernentes à medição. A sistemática de planejamento de tal processo pode seguir um modo iterativo, como o apresentado pela ISO/TS (ISO, 1999), cujo objetivo é fazer com que o processo, na sua forma final, possua as características metrológicas definidas durante a fase de planejamento. b) Avaliação e gerenciamento de incertezas de medição O conhecimento da incerteza de medição em resultados de ensaios é de fundamental importância para os laboratórios e seus clientes. Este trabalho analisou dois documentos concernentes a ensaios em alta tensão que abordam a avaliação de incertezas. A análise dos documentos tem o propósito de avaliar a forma de abordagem da avaliação de incerteza e estabelecer um alinhamento à terminologia e aos métodos mostrados pelo Guia para a Expressão da Incerteza de Medição (ISO-GUM; BIPM, 1998) e pelo Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM; INMETRO, 2000). Os documentos analisados nesse item são: anexo H (IEC, 1996) da recomendação Técnicas de Ensaio em Alta Tensão IEC 60 (IEC, 1994) parte 2: sistemas de medição, intitulado procedimento para estimativa de incerteza em medições de alta tensão ; item 13.6 da norma Técnicas de Ensaio em Alta Tensão IEEE 4 (IEEE, 1994), intitulado avaliação da exatidão 1 da medição. A análise dos documentos revela que: os documentos adotam terminologia ora em conformidade ora não com os atuais conceitos metrológicos, o que complica a interpretação; os documentos não abordam a importância da formulação de um modelo matemático para a medição a ser realizada. Tal deficiência pode atuar diretamente na avaliação da incerteza mediante uma possível não compreensão dos mecanismos de atuação das grandezas de influência; a utilização dos termos contribuições sistemáticas e contribuições aleatórias com referência às avaliações Tipo B e Tipo A, respectivamente. O ISO-GUM (BIPM, 1998) aborda tal falha nos itens e e afirma: a classificação não se propõe a indicar que haja qualquer diferença na natureza (aleatória ou sistemática) dos componentes dos dois tipos de avaliação. Ambos os tipos são baseados em distribuições de probabilidade e os componentes de incerteza resultantes de cada tipo são quantificados por variâncias ou desvios padrão ; no caso da referência IEEE 4 (IEEE, 1994), há má utilização dos conceitos de erro e incerteza. Isso não ocorre na IEC 60-2 (IEC, 1994); o cálculo do fator de abrangência não é realizado como demonstrado pelo ISO-GUM (BIPM, 1998). A IEC 60-2 (IEC, 1996) aplica um fator de abrangência para cada tipo de avaliação (Tipo A e Tipo B), o que acarreta uma incerteza total sobreestimada. A IEEE 4 (IEEE, 1994) apresenta a distribuição t, não a utiliza e assume fatores de abrangência fixos (1, 2 ou 3), dependendo do nível de confiança desejado e da experiência do metrologista; 1 O termo utilizado na norma é accuracy, que, segundo o VIM (INMETRO, 2000), significa o grau de concordância entre o resultado de uma medição e o valor verdadeiro do mensurando. 30 jan./dez. 2005

5 De maneira geral, a referência IEC 60-2 (IEC, 1994) aborda a avaliação de incertezas mais adequadamente aos padrões estabelecidos pelo ISO-GUM (BIPM, 1998). A IEEE 4 (IEEE, 1994) mostra-se muito confusa nos conceitos aplicados e afasta-se do recomendado pelas atuais referências para avaliação de incerteza. c) Estabelecimento dos procedimentos de medição Como apresentado no item 2, os ensaios em alta tensão são susceptíveis a uma gama de fatores. Muitos deles podem revelar-se difíceis de ser detectados e corrigidos. Uma abordagem preventiva pode ser realizada na forma de procedimentos com alto grau de detalhamento das atividades inerentes aos ensaios. Esse detalhamento tem o intuito de minimizar efeitos indesejáveis e expor ações para a solução de problemas que venham a ocorrer durante o ensaio. 4.2 Aspectos específicos aos equipamentos de medição O gerenciamento dos equipamentos de medição empregados nos ensaios é vital para a garantia da qualidade metrológica dos resultados, além de requisito da norma NBR ISO/IEC (ISO/ABNT, 2001), adotada como referência às ações propostas neste trabalho. Mais ainda, vistas as condições de disponibilidade de serviços de calibração para os equipamentos de medição e a série de fatores apresentados no item 2, a busca de alternativas para garantia da confiabilidade metrológica dos ensaios não é facultativa. Algumas definições quanto às características dos equipamentos de medição são apresentadas a seguir: todo equipamento de medição é projetado para trabalhar sob condições de utilização definidas; o comportamento dos parâmetros característicos desses equipamentos deve ser conhecido para maior confiabilidade do ensaio; os comportamentos são definidos, normalmente, por faixas em que as características devem permanecer nas condições de utilização definidas; a determinação do comportamento dos parâmetros mesmo fora das condições de ensaio pode fornecer subsídios importantes para a avaliação do equipamento de medição. As atividades de calibração e verificação são abordadas a seguir, destacando-se: a necessidade de realização das atividades, as particularidades referentes aos ensaios em alta tensão, as propostas de ações para efetivação dessas junto ao sistema de garantia da confiabilidade de ensaios em alta tensão. a) Calibração nos níveis de tensão disponíveis Quando não há disponibilidade de serviço de calibração para tensão nominal do equipamento de medição, sugere-se a sua realização nos níveis de tensão disponíveis em laboratórios de referência ou acreditados. Apesar de não avaliados na tensão nominal, o conhecimento do comportamento deles nas tensões disponíveis é bastante significativo (Penz, 2004; IEC, 1994; Hughes, 1994). A dificuldade pode ocorrer na questão do transporte, pelas grandes dimensões dos equipamentos e pela garantia de que estes, remetidos à calibração externa, retornem sem nenhum tipo de avaria. Um caso típico refere-se aos capacitores padrão para alta tensão. Muito sensíveis a choques e vibrações mecânicas, eles podem apresentar alterações significativas quando transportados de maneira inadequada. b) Verificação em baixa tensão A verificação de equipamentos ou processos de medição utilizando baixa tensão e padrões com características conhecidas é mais uma alternativa na geração de evidências para garantir a confiabilidade metrológica de ensaios em alta tensão (Roberts, 1997). Neste estudo, baixa tensão refere-se à adoção de padrões do tipo multicalibradores e multímetros de instrumentação que trabalham com tensões até 1000 V. Nessa faixa de tensão, a cadeia de rastreabilidade está consolidada e tais padrões fontes, multímetros, padrões de resistência e capacitância devem estar inseridos em sistemas de confirmação metrológica (ISO/ABNT, 2001; ISO, 2003). Sugere-se a realização dessa prática em momentos distintos: antes da realização do ensaio; quando há dúvida com relação ao estado do equipamento ou processo de medição; periodicamente. REVISTA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA V. 13, Nº 25/26 pp

6 Os resultados gerados por esse monitoramento em baixa tensão de equipamentos ou processos devem ser empregados com cautela. A não detecção de variações em baixa tensão não significa que o equipamento se comportará como desejado em alta tensão. Logicamente, detectadas não conformidades em baixa tensão, elas devem ser investigadas (Penz, 2004). Mais ainda, condições ambientais e possíveis fontes de interferência de origem eletromagnética precisam ser registradas, dadas as diferenças de tensão ou corrente aplicadas aos equipamentos ou processos sob verificação. c) Avaliação da característica de resposta O comportamento metrológico de um equipamento de medição está associado à sua característica de resposta. Segundo o VIM (INMETRO, 2000), característica de resposta é a relação entre um estímulo e a resposta correspondente, sob condições definidas. Tal relação pode ser expressa na forma de uma equação matemática, uma tabela numérica ou um gráfico. Na análise de dados experimentais é comum o emprego de técnicas de interpolação para a estimativa dessa característica de resposta em situações nas quais os equipamentos não foram submetidos. Esse tipo de ação requer sólidos conhecimentos sobre o comportamento típico do equipamento e a utilização de dados experimentais confiáveis (NPL, 1995). No que se refere aos equipamentos e sistemas de medição utilizados nos ensaios em alta tensão, haja vista a indisponibilidade de tensões e correntes em valores ótimos para calibração, a adoção de técnicas de extrapolação pode significar uma boa alternativa. Assim como no caso da interpolação (NPL, 1995), a segurança no conhecimento da característica de resposta e da qualidade dos dados é fator discriminante para o aproveitamento de resultados obtidos por extrapolação. Nesse sentido, propõe-se que a avaliação da característica de resposta dos parâmetros dos equipamentos de medição até os níveis de tensão e corrente disponíveis seja encarada como possível subsídio para inferir o comportamento do equipamento na condição nominal. d) Avaliação de parâmetros não característicos Ao fazer uso de um equipamento de medição, certamente há uma predisposição na observação do parâmetro para o qual ele foi adquirido. Por exemplo, um transformador de potencial padrão tem como parâmetro característico a sua relação de transformação e é o que interessa na realização do ensaio. O que se propõe aqui é a avaliação de parâmetros não característicos da utilização do equipamento de medição. No caso do transformador de potencial, suas características de isolamento podem ser avaliadas por meio de ensaios de fator de dissipação, medição da capacitância ou descargas parciais. Tem-se, então, a geração de dados adicionais sobre o estado do equipamento de medição. Se forem identificadas variações significativas desses parâmetros não característicos, aliadas à existência de dados históricos sobre eles, o comportamento do equipamento pode estar aquém do desejado. Nessas circunstâncias, uma avaliação mais criteriosa ou o envio para calibração externa justifica-se, apesar de riscos no transporte e indisponibilidade de um nível de tensão ótimo (Penz, 2004). e) Intercomparações As intercomparações entre diferentes laboratórios já são muito difundidas na metrologia. No entanto, a sua importância é ainda maior nos ensaios em alta tensão, situação essa impulsionada pelas questões levantadas no item 2 deste artigo. O que se propõe nesse momento é, adicionalmente, a realização de intercomparações entre equipamentos e processos de medição disponíveis no mesmo laboratório. Na existência de diferentes equipamentos e processos de medição, nos quais as grandezas de interesse sejam as mesmas, tais comparações geram dados capazes de ser aproveitados para criar uma sistemática de acompanhamento do comportamento deles (Penz, 2004). f) Avaliação das ações propostas A análise das ações aqui propostas revela que elas não são excludentes entre si, mas podem compor um sistema para garantir a confiabilidade dos equipamentos de medição. Tal sistema deve ser baseado na construção de históricos para avaliação da evolução dos parâmetros desses equipamentos. De posse de dados de 32 jan./dez. 2005

7 várias avaliações realizadas nos equipamentos de medição, é possível evidenciar a conformidade deles às especificações relatadas pelos fabricantes. A redução da contribuição desses equipamentos à estimativa da incerteza de medição dos ensaios também pode ser uma conseqüência do uso de históricos. A experiência adquirida pelo laboratório em relação ao comportamento dos equipamentos ou processos de medição é altamente significativa e deve ser registrada com o maior detalhamento possível. A realização periódica de ensaios de avaliação dos processos em diferentes condições, e sob variados fatores de influência, precisa também ser incentivada. Além disso, a busca por experiências e resultados de outros laboratórios contribui para a garantia da confiabilidade dos ensaios mediante o reforço do conhecimento da maneira como se comportam os equipamentos. 5. Conclusões A seguir, são apresentadas as principais conclusões sobre o estudo aqui realizado com a finalidade de garantir a confiabilidade dos ensaios em alta tensão: os documentos utilizados para balizamento do sistema de garantia da confiabilidade metrológica (item 3) cobriram as necessidades dos ensaios em alta tensão; a verificação de características metrológicas de equipamentos, sistemas ou processos de medição revelouse imprescindível para a garantia da confiabilidade metrológica dos ensaios em alta tensão. Tal prática provê um ganho bastante significativo no conhecimento do comportamento desses equipamentos, sistemas e processos de medição. Isso é verdade tanto em relação às grandezas como tensão e corrente quanto aos outros fatores que influenciam o seu comportamento; a experiência prática dos laboratórios mostrou-se de suma importância para a confiabilidade metrológica dos ensaios, visto que alguns equipamentos de medição não são calibrados, por indisponibilidade de oferta de serviço; dada a alta susceptibilidade às condições ambientais e o alto custo de instalações laboratoriais que as controlem, os laboratórios devem ter conhecimentos para lidar com tal fato, sob pena de comprometer a confiabilidade metrológica dos resultados dos ensaios; o desenvolvimento e a aplicação de análises como as deste trabalho contribuem significativamente na avaliação da conformidade e no conhecimento do comportamento dos equipamentos usados nos sistemas de transmissão de energia elétrica. Tomando por base ações como essas, mudanças de pequena amplitude nos parâmetros característicos dos equipamentos podem ser identificadas com incerteza assegurada e consideradas no acompanhamento da vida útil deles. Referências Bibliográficas BIPM, et al. Guia para a Expressão da Incerteza de Medição. 2.ª ed. Trad.: INMETRO, de Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement. Rio de Janeiro: INMETRO, ago./1998. CARNEIRO, J.C. Aspectos de confiabilidade de equipamentos elétricos de alta tensão constatados na inspeção e ensaios de recebimento em fábrica: subsídios para avaliação da qualidade do produto e suas conseqüências para o fornecimento de energia elétrica. XV Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, Foz do Iguaçu, HUGHES, R.C. et al. Traceability of Measurement in High Voltage Tests. Electra, aug./1994. HYLTÉN-CAVALLIUS, N. High Voltage Laboratory Planning. Aseas-Heafely, IEC INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. IEC 60-1: High Voltage Test Techniques part 1: general definitions and test requirements. 2.ª ed., nov./1989. IEC INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. IEC 60-2: High Voltage Test Techniques part 2: measuring systems. 2.ª ed., nov./1994. IEC INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. IEC 60-2: High Voltage Test Techniques part 2: measuring systems. Amendment 1. mar./1996. IEEE INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. IEEE Std 4: Standard Techniques for High-Voltage Testing. New York, REVISTA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA V. 13, Nº 25/26 pp

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