O Sr. OSMÂNIO PEREIRA (PTB-MG) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e. Senhores Deputados, o que me traz a esta tribuna é a

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Bárbara Nunes de Sequeira
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1 O Sr. OSMÂNIO PEREIRA (PTB-MG) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, o que me traz a esta tribuna é a indignação diante do desrespeito e do ultraje à fé católica representados pelo filme O Código da Vinci, que deve estar nas telas dos cinemas a partir do próximo dia 19. A obra cinematográfica é uma adaptação do best seller de mesmo nome, de autoria de um estadunidense chamado Dan Brow, que ousa querer transformar em verdade histórica uma obra de ficção, valendo-se do recurso no mínimo desrespeitoso de usar nomes e detalhes de uma história de mais de 2 mil anos, na tentativa torpe de destruir a fé cristã, em especial a fé católica. Na condição de integrante da Pastoral Parlamentar Católica, sinto-me compelido a fazer pública a minha indignação. Tenho claro que não posso me calar diante da iminência de ver exposta uma obra que, em síntese, diz que a Igreja forjou a Bíblia que conhecemos, que

A obra cinematográfica é uma adaptação do best seller de mesmo nome, de autoria de um estadunidense chamado Dan Brow, que ousa querer transformar em verdade histórica uma obra de ficção, valendo-se

2 2 respeitamos e que sabemos ser a Palavra de Deus aos homens. Fico a imaginar, nobres Colegas, como é que alguém pode, deliberadamente, denegrir a Bíblia Sagrada, um patrimônio histórico e cultural da humanidade, de forma tão leviana, que não resiste a uma análise um pouco mais acurada? Como se pode ultrajar, criando uma pseudo-história, um patrimônio que, além do valor espiritual que representa para os cristãos, é considerado a expressão máxima da história da Era Cristã no mundo? Há poucos dias, o Secretário-Geral da CNBB, Dom Odilo Scherer, declarou ao Correio Braziliense que considera tanto o livro quanto o filme desrespeitosos à fé católica e àqueles que têm fé e que lamenta que, em uma obra de ficção, se misturem personagens reais, situações históricas reais, que confundem as pessoas. Esta é a questão que preocupa, nobres Colegas! O livro, e agora o filme, semeiam a dúvida principalmente

3 3 sobre a natureza real da ligação entre Jesus e Maria Madalena, sobre a divindade de Jesus Cristo, sobre as verdadeiras atividades da organização Opus Dei e sobre o papel de Leonardo da Vinci nessa história. Isso, Senhor Presidente, baseando-se em argumentos que não resistem a um estudo um pouco mais rigoroso e eu diria mais sério que aquele realizado pelo autor do livro que, reitero, de modo leviano, afronta a fé católica e semeia dúvidas sobre uma história reconhecida e respeitada no mundo cristão há mais de 2 mil anos. Uma história registrada na Bíblia Sagrada, que já resistiu a inúmeras análises, nenhuma delas capaz de colocar em xeque os fatos e os personagens que expressam a Palavra de Deus aos homens. A revista Veja desta semana contribui de modo valioso para mostrar que O Código da Vinci é uma fantasia e não a revelação de uma verdade até então ocultada, como quer fazer crer seu autor.

Isso, Senhor Presidente, baseando-se em argumentos que não resistem a um estudo um pouco mais rigoroso e eu diria mais sério que aquele realizado pelo autor do livro que, reitero, de modo leviano,

4 4 Em reportagem primorosa, fica claro que o autor de O Código da Vinci não fez uma pesquisa acadêmica primorosa, como seria natural, nem se apoiou em pesquisas que comprovassem suas teorias mirabolantes, para levantar suas teses absurdas. De modo brilhante, claro e conciso, a revista revela aos leitores o (pouco) que pode ser levado a sério em O Código da Vinci e o (muito) que não passa de invencionice. A reportagem analisa, de modo criterioso, as teses apresentadas na trama, em torno dos supostos enigmas decifrados na obra de Leonardo da Vinci, derrubando, um a um, os argumentos que poderiam sustentar essa história falaciosa que o autor pretende apresentar como verdade. Recomendo a leitura atenta da reportagem e uma reflexão cautelosa dos cristãos brasileiros, sobretudo dos católicos, sobre se vale a pena assistir a esse filme, baseado em uma obra que, deliberadamente, busca denegrir a história da Era Cristã e abalar a fé católica.

De modo brilhante, claro e conciso, a revista revela aos leitores o (pouco) que pode ser levado a sério em O Código da Vinci e o (muito) que não passa de invencionice.

5 5 Devemos, sobretudo, considerar e ter claro que o livro é ficção e que, portanto, o filme é ficção. Uma ficção que afronta os cristãos, que afronta os católicos. Entretanto, diante da presunção do autor e das dúvidas que permeiam o imaginário de muitos, parece-me necessária e oportuna a exortação bíblica, expressa em 1 João 4.1-3: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai se os espíritos procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" Em atenção ao que prega a Palavra Sagrada, refutemos as falácias anticristãs de O Código da Vinci! Era o que tinha a dizer, Senhor Presidente. 2006_4775_Osmânio Pereira_224

1-3: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai se os espíritos procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.

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