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Raphael Beppler Fernandes
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2 Mudança Radical Algumas pessoas já, desde cedo, sabem o que querem fazer na vida. Outras, porém, seguem um curso e, no meio do caminho, se deparam com algo que as faz mudar de rumo. Foi o que aconteceu com, um teólogo e pastor que descobriu sua paixão pela ciência aos trinta e três anos. Foi então que se dedicou à química, mesmo que de forma amadora, e se tornou um dos químicos experimentais britânicos mais importantes do século XVIII. Figura 1: Escanerização de uma pintura de por Ellen Sharples de ca O original está em domínio público e a foto é uma reprodução fiel de um trabalho de arte bidimensional, sem valor artístico agregado. A imagem digital foi disponibilizada pelo contribuidor Awadewit e é encontrada em De Leeds para Londres: o Encontro com a Ciência Nascido perto de Leeds, na Inglaterra, em março de 1733, era o primogênito de um alfaiate. Foi adotado por sua tia paterna aos nove anos, pouco depois do falecimento de sua mãe e do segundo casamento do pai.. 1.

Foi então que se dedicou à química, mesmo que de forma amadora, e se tornou um dos químicos experimentais britânicos mais importantes do século XVIII.

3 Figura 2: Mapa do Reino Unido mostrando Leeds e Londres. Com aptidão para línguas, aprendeu francês, italiano, alemão, grego, latim, árabe e hebraico e assumiu o cargo de tutor em política e línguas clássicas numa academia em Warrington. Casou se com Mary Wilkinson, filha de um importante personagem da Revolução Industrial Inglesa, com quem teve três filhos. Sua vida caminhava em uma direção que nada tinha a ver com a química quando, em 1766, fez uma viagem para Londres e conheceu Benjamim Franklin, considerado, na época, um dos maiores especialistas em eletricidade. Figura 3: Benjamin Franklin. A imagem é uma cortesia do ushistory.org ( 2.

Warrington. Casou se com Mary Wilkinson, filha de um importante personagem da Revolução Industrial Inglesa, com quem teve três filhos.

4 Encorajado pelo famoso cientista, Priestley escreveu o livro The History and Present State of Electricity, em português A História e o Estado Presente da Eletricidade, uma espécie de história da eletricidade, um sumário de tudo o que se conhecia sobre o tema até então. Além disso, o autor incluiu contribuições importantes, como a descoberta de que o grafite (um dos alótropos do carbono) conduz eletricidade. Água com Gás Apesar do contato inicial com a ciência ter se dado através da física, foi a química que despertou o real interesse de Priestley. Um ano depois de seu encontro com Franklin, conseguiu um posto ministerial da Capela Mill Hill em sua cidade natal. Lá, com acesso a um estoque grande de dióxido de carbono, o ar fixo, vindo de uma cervejaria local, o novo químico criou a água gaseificada artificialmente, ou seja, dióxido de carbono em água. Muitos anos depois, a indústria de refrigerantes iria se beneficiar desta prática de uma forma extraordinária. Mas naquele momento, foi o próprio Priestley quem foi o maior beneficiado. Graças a esta descoberta, foi eleito para a Academia das Ciências Francesa e foi o que o instigou a trabalhar com gases. O resultado foi expressivo: a descoberta de quatro novos gases, o óxido nitroso, conhecido como gás hilariante, dióxido de nitrogênio, óxido nítrico e cloreto de hidrogênio. Figura 4: Copo de água mineral com gás. Outros Gases Em 1773, o cientista amador teve uma nova chance de se dedicar à ciência, mesmo contratado para exercer outra atividade. Convidado pelo Lorde Shelburne para ser professor de seus filhos, bibliotecário e assistente geral, Priestley ganhou, além de um novo patrão, um patrono. Com bastante liberdade para dar continuidade às pesquisas, ele descobriu outros gases, como o monóxido de carbono, o dióxido de enxofre, a amônia, o nitrogênio e o tetrafluoreto de silício.. 3.

Além disso, o autor incluiu contribuições importantes, como a descoberta de que o grafite (um dos alótropos do carbono) conduz eletricidade.

5 O Ar Deflogisticado Em 1774, Priestley fez um experimento colocando um pedaço de óxido de mercúrio dentro de um recipiente. Observou que um gás, com propriedades diferentes dos gases que até então tinha estudado, era liberado. O tal gás aumentava a combustão da chama de uma vela. O cientista percebeu, também, que plantas colocadas dentro do recipiente, à luz do dia, produziam o mesmo gás liberado pelo óxido de mercúrio. Era a fotossíntese, testemunhada pela primeira vez por uma pessoa. Priestley nomeou o gás como ar deflogisticado. Usando como base a teoria do flogisto, que afirmava que todas as substáncias inflamáveis continham a substância flogisto, liberada no processo de combustão. Originalmente descoberto por Karl Wilhelm Scheele, o gás recebeu finalmente o nome oxigênio quando Antoine Lavoisier o descreveu como um ar próprio, sem alteração e purificado. Figura 5: Experimento de Priestley ele descobriu um gás que aumentava a chama de uma vela. Mais tarde, Lavoisier deu a este gás o nome de oxigênio. O Fim da Carreira nos Estados Unidos Priestley sempre trabalhou acreditando que o progresso humano promoveria a compreensão adequada do mundo, mas ele teve problemas ao defender a Revolução Francesa. Por isso, foi forçado a fugir para os Estados Unidos, em Estabelecido na Pensilvânia, prosseguiu seus estudos graças ao apoio da Associação Americana Filosófica, mas devido à distância e à falta de notícias da Europa, não conseguiu acompanhar os avanços da ciência, o que reduziu sua produção científica. Faleceu em 1804, já muito doente e incapaz de escrever novas obras ou realizar experimentos.. 4.

O cientista percebeu, também, que plantas colocadas dentro do recipiente, à luz do dia, produziam o mesmo gás liberado pelo óxido de mercúrio.

6 Figura 6: Foto digital da estátua em homenagem a na Praça Chamberlain, na cidade de Birmingham, Reino Unido. A imagem digital foi disponibilizada pelo contribuidor Calvero através das Licenças GNU 1.2 ou posterior, e Creative Commons 3.0 Atribuição Compartilhamento Não Localizada. A imagem é encontrada em 5.

A imagem digital foi disponibilizada pelo contribuidor Calvero através das Licenças GNU 1.

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