Região Metropolitana de Curitiba: Planejamento e políticas públicas voltadas aos assentamentos precários

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1 Região Metropolitana de Curitiba: Planejamento e políticas públicas voltadas aos assentamentos precários Resumo Fabiana Alves Monteiro 1 O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre a atuação do poder público paranaense em assentamentos precários na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), principalmente aqueles localizados em áreas que comprometem a qualidade do meio ambiente. Parte da apresentação das características gerais da formação da RMC, evidenciando como e quando se formaram os principais assentamentos precários para então levantar como a COMEC atuou no planejamento e ordenamento territorial metropolitano e quais foram as principais ações do poder público por meio da COHAPAR e da COHAB-CT em relação a essas áreas. Finaliza discorrendo sobre a forma como os municípios têm encaminhando essa questão. Palavras-chave: Assentamentos precários, poder público, intervenção. Abstract This paper aims to discuss the role of the Paraná government in slums in the Metropolitan Region of Curitiba (RMC), especially those located in areas which affect the quality of the environment. Part of the presentation of the general characteristics of the formation of RMC, showing how and when it formed the main slums and then raise as COMEC acted in planning and metropolitan land use planning and what were the main actions of government through COHAPAR and COHAB -CT in relation to these areas. It concludes on how municipalities have forwarding this question. Key-words: Slums, public power, intervention. 1 - Introdução A Região Metropolitana de Curitiba, instituída no ano de 1973, através da Lei Federal n 14, passou a partir desse período, por um intenso crescimento populacional na capital e nos municípios no seu entorno. Esse processo aliado a diversos fatores socioeconômicos fez com que parcela dessa população viesse a se 1 Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Paraná. E- mail de contato: fabianamot@hotmail.com 510

2 instalar de forma irregular, sobretudo a partir do início da década de 1990, em áreas inadequadas à moradia, principalmente em áreas de mananciais e às margens de rios e de rodovias. Essas áreas são chamadas aqui de assentamentos precários 2 e o artigo busca analisar quando surgiram e que medidas o poder público paranaense tomou, no que diz respeito ao planejamento para frear sua expansão e por meio da intervenção, para promover melhorias na qualidade de vida dessa população através da urbanização e da recuperação ambiental. Figura 1 - Municípios da RMC Fonte: COMEC (2012) 2 O termo "assentamentos precários foi adotado pela Política Nacional da Habitação instituída em 2004, para englobar, numa categoria de abrangência nacional o conjunto de assentamentos urbanos inadequados, ocupados por moradores de baixa renda, incluindo as seguintes tipologias: favelas, cortiços, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais degradados. 511

3 2 - Crescimento populacional e assentamentos precários na RMC Desde a década de 1970 a RMC apresenta altas taxas de crescimento populacional, sendo uma das regiões metropolitanas que mais se destacou nesse quesito, apresentando atualmente uma população de mais de três milhões de habitantes, conforme o IBGE (2015). Firkowski (2001) aponta que esse intenso crescimento se deve principalmente ao forte poder de atração populacional que Curitiba passou a exercer desde 1970, quando foram instaladas no seu entorno a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e a Refinaria da Petrobrás em Araucária, além do intenso marketing que difundia país a fora a imagem de uma capital de primeiro mundo, além de outros rótulos. Contudo, a autora reitera que, enquanto Curitiba passava por forte atuação do planejamento urbano nesse período, através do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), criado em 1965, a Região Metropolitana de Curitiba contava apenas com a COMEC, instituída em E, embora o crescimento dos municípios da RMC fosse incipiente, não impulsionou ações mais vigorosas do ponto de vista do planejamento, estando estas voltadas para Curitiba (FIRKOWSKI, 2001, p. 61). A autora ressalta ainda que, enquanto a população de menor renda distribuía-se pelos municípios periféricos, era na capital que se localizava a maioria absoluta das atividades econômicas relevantes, assim como as camadas sociais de alta renda. Já para os demais municípios foram destinados a população de baixa renda, aquela que não podia pagar o preço das transformações implementadas pelo planejamento urbano (FIRKOWSKI, 2001, p.54). De acordo com Lima (2001), a ocupação urbana, originada em Curitiba, se difundiu para a periferia ainda na década de 1950 em forma de loteamentos esparsos. Foram aprovados então lotes em treze municípios, com destaque para Piraquara, que aprovou mais de 21 mil lotes entre 1950 e Contudo, a maioria desses lotes que apresentava como características a desconexão da malha urbana existente, a incompatibilidade do traçado de vias e quadras e a inexistência 512

4 de infraestrutura, serviços ou equipamentos urbanos, acabaram não sendo ocupados. A autora afirma ainda que o planejamento regional da década de 1980 fez com que estes lotes perdessem valor, o que os deixou desocupados até a década seguinte, quando passaram a ser ocupados de forma ilegal. Silva (2012) também afirma que foi a partir de 1990 que o processo de formação dos espaços informais de moradia se intensificou na metrópole, resultado da associação de três lógicas: a da necessidade, por parte da população que reside nestes assentamentos; a da acumulação e reprodução do capital, vinculada à atividade imobiliária e à existência de um Estado subsidiário dos interesses privados (SILVA, 2012, p. 235) A COMEC e o planejamento metropolitano A COMEC, instituída no ano de 1974 é a responsável pela gestão da RMC, inclusive no que se refere ao planejamento metropolitano e a regulamentação do uso do solo em áreas de mananciais. Já na elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) de 1978 demostrava preocupação em ordenar o crescimento populacional da metrópole, onde propôs promover o desenvolvimento urbano voltado para oeste e inibir a expansão a leste, devido a sua fragilidade ambiental, ao sul, em razão de ser área de inundação do Rio Iguaçu e ao norte em função da topografia. Contudo, conforme a COMEC (2006), na década seguinte a instituição passou por um relativo enfraquecimento, concentrando então suas ações na estruturação do sistema de transporte público da RMC, onde os poucos recursos que foram alocados foram investidos basicamente no sistema viário e na realização do Plano Diretor de Manejo Florestal, aprovado em Nesse cenário, o planejamento metropolitano passou por uma fase de desestruturação, com a quase extinção da COMEC, até meados da década de 1990 (COMEC, 2006, p. 35). A partir de 1990 a COMEC passou a atuar de forma mais significativa na criação de instrumentos para ordenar e/ou otimizar o uso do solo em áreas de 513

5 mananciais, tendo em vista que sua ocupação desenfreada poderia comprometer futuramente o abastecimento de água na RMC. Nesse cenário foi aprovada a Lei Estadual n em 1998, chamada de Lei dos Mananciais, que resultou na criação do Sistema Integrado de Gestão e Proteção dos Mananciais da Região Metropolitana de Curitiba (SIGPROM/RMC). E, no ano seguinte, na criação de cinco Unidades Territoriais de Planejamento (UTPs): UTP de Campo Magro, Guarituba, Itaqui, Pinhais e Quatro Barras e das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Irai, Piraquara e Rio Pequeno. No que diz respeito à atuação da COMEC nos assentamentos precários consolidados na RMC, sua atuação deixou muito a desejar. Logo que, não foram realizados nem mesmo levantamentos contínuos a respeito da existência, crescimento ou regularização dos mesmos nas últimas décadas. O último levantamento sistemático realizado por essa instituição foi no de 1997 e desde então, as poucas informações existentes foram levantadas pelo IPARDES em 2010 e pela COHAPAR em 2012, para a elaboração do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Paraná (PEHIS/PR). Moura e Firkowski (2014, p. 39), ao discutir o cenário da RMC na atualidade, afirmam que o modelo institucional de gestão e governança metropolitana da RMC, através da COMEC vem contribuindo na verdade, para a manutenção da desigualdade socioespacial. Destacam ainda que essa instituição passou nas últimas décadas por intensa precarização, decorrente da falta de investimento em sua estruturação política e técnica, ao mesmo tempo em que nenhum mecanismo ampliado e participativo de governança se constituiu no âmbito de território da RMC, levando a que se mantivesse a mesma estrutura decisória centralizadora, desde a sua criação em E, que a ausência de um planejamento metropolitano que articule os diferentes agentes territoriais e atores sociais acaba por favorecer os interesses da produção corporativa do espaço. Na RMC, estratégias como guerra dos lugares, adotadas na década de 1990, privilegiando municípios com maior grau de atratividade, dentro da lógica de um mercado global de cidades, contribuíram para tornar mais 514

6 desigual o espaço metropolitano aprofundando a exclusão social (MOURA, FIRKOWSKI, 2014, p. 39) Intervenção em assentamentos precários na RMC Na RMC as intervenções em assentamentos precários tem se dado por meio da COHAPAR e da COHAB-CT, através de ações ligadas a urbanização, regularização fundiária, recuperação ambiental e oferta de moradia adequada à população das áreas de risco. Essas Companhias de Habitação foram criadas em 1965 e eram então ligadas ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e ao Banco Nacional de Habitação (BNH). Tem como premissa proporcionar o acesso à moradia à população de baixa renda, ainda assim, a maior parte dos recursos e programas habitacionais desenvolvidos ao longo do tempo, acabaram sendo destinados a população de média renda e que tinha condições de arcar com o financiamento em longo prazo. Enquanto a COHAB-CT, responsável pela capital, interviu em alguns assentamentos precários, promovendo melhoramentos desde os anos de 1980, a COHAPAR, encarregada dos demais municípios, atuou até a década de 2000 de maneira praticamente insignificante. No que diz respeito à produção de moradias populares, em termos quantitativos, pode-se dizer também que a atuação da COHAB-CT foi mais eficaz. Conforme a COHAPAR (2012), entre 1967 a 2010 essa instituição produziu em todo o estado moradias, enquanto na capital foram produzidas moradias pela COHAB-CT. Ainda hoje, de acordo com Royer (2013), a prioridade de atendimento continua sendo a capital, visto que a COHAB- CT, através dos recursos do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), produziu moradias em Curitiba, enquanto a COHAPAR produziu nos demais municípios da RMC. Ou seja, 69% do total da produção habitacional através do PMCMV estão concentradas na capital. 515

7 Uma das primeiras intervenções em áreas de assentamentos precários da RMC se deu por meio da COHAB-CT no ano de 1988, na Vila Torres, que até 1999 atendia pelo nome de Vila Pinto. Localizada a 2 km do centro de Curitiba a área era então marcada por precárias condições de vida e pela irregularidade na posse dos terrenos. A partir da intervenção houve melhorias na oferta de serviços e na infraestrutura do local, além da regularização fundiária, deixando de ser considerada a área ocupação irregular. No entanto, conforme Capeleti (2009), moradores, do total de habitantes da vila, estão fora da área regularizada pela COHAB- CT, nas margens do Rio Belém. Além disso, apesar da vila estar inserida praticamente no núcleo da metrópole, e ser relativamente bem atendida por infraestrutura e serviços, a desigualdade social é grande em relação aos moradores dos bairros vizinhos, haja vista que a maior parte dos moradores tem renda familiar de até três salários mínimos e possuem baixo nível de escolaridade. Já nos municípios no entorno de Curitiba, as maiores áreas de assentamentos precários se formaram em São José dos Pinhais (Jardim Alegria), em Colombo (Vila Zumbi dos Palmares) e em Piraquara (UTP do Guarituba). Ambas as áreas se formaram no início dos anos de 1990 e passaram a sofrer intervenção através da COHAPAR a partir da década de Em relação à Vila Zumbi dos Palmares, conforme Ritter (2011), contava a ocupação em 2004 com habitações, o equivalente a pessoas que residiam numa área com infraestrutura escassa. A intervenção veio a ocorrer nesse ano de 2004, numa parceria do governo estadual com o município, através da COHAPAR, que promoveu ações de regularização fundiária, urbanização, relocação das famílias das áreas de risco para novas moradias construídas na área e melhoramentos na qualidade do meio ambiente. Segundo o autor, a instalação do condomínio Alphaville, voltado às classes sociais de alta renda, nas proximidades da favela nesse período foi um dos fatores que culminou com a intervenção do estado, tendo em vista que a Vila Zumbi dos Palmares estaria atrapalhando os negócios, constituindo-se em uma perigosa externalidade negativa (RITTER, 2011, p. 189). 516

8 Quanto a UTP do Guarituba, no ano de 2007, momento em que se iniciou a intervenção, era considerada a maior área de ocupação irregular do Paraná, onde contabilizava, de acordo com a COHAPAR (2007), 44 mil habitantes, sendo que 24 mil estavam em situação irregular, vivendo em condições precárias. Após ser declarada UTP 1999, a área recebeu um novo zoneamento de uso e ocupação do solo para tentar frear sua expansão, o que acabou não ocorrendo. No ano de 2006 a COHAPAR realizou um diagnóstico físico e socioeconômico que serviu de base para a intervenção que veio a ocorrer no ano seguinte e que até o presente momento não foi concluída. Nesse ano de 2007, com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo Governo Federal, o projeto do Guarituba, foi incorporado a um de seus eixos, o Programa de Urbanização de Assentamentos Precários, juntamente com outros três projetos de intervenção na RMC (Campo Magro, Colombo e Pinhais). Este Programa tem por objetivo promover a urbanização, a recuperação ambiental e a regularização fundiária dessas áreas, além de construir moradias para a população das áreas de risco e implantar parques de lazer nas áreas de grande fragilidade ambiental para impedir novas invasões. Os primeiros projetos a receberem recursos do PAC, de acordo com o Ministério das Cidades, foram àqueles voltados a assentamentos de grande porte e que exigiam maior volume de recursos e com grande complexidade de execução, chamados de Projetos Prioritários de Investimento. Posteriormente, as seleções passaram a ser anuais, direcionadas ao atendimento de assentamentos de menor porte, desde que a área de intervenção fosse ocupada por, pelo menos 60% das famílias com renda até 3 salários mínimos, ocupada há mais de cinco anos; ou que estivesse localizada em situação que configure risco, insalubridade ou fosse objeto de legislação que proibisse sua utilização para fins habitacionais (BRASIL, 2010). Nesse contexto, alguns dos municípios que foram selecionados posteriormente e que atualmente sofrem intervenção através da COHAPAR, com recursos provenientes na sua maioria do PAC são Araucária, Fazenda Rio Grande e 517

9 São José dos Pinhais. A Tabela 1 que traz a lista com todos os municípios da RMC que sofrem intervenção atualmente com recursos do PAC. Tabela 1 - Intervenção em Assentamentos Precários na RMC a partir de Município Empreendimento Seleção Investimento Total Estágio (R$) Almirante Provisão habitacional Parque jan/ ,65 Em obras Tamandaré Hípico dos Lagos Almirante Provisão habitacional - Vila jan/08 811,38 Em obras Tamandaré União Araucária Urbanização - Capela Velha set/ ,18 Em obras Campo Largo Provisão habitacional set/ ,34 Em obras Campo Magro Urbanização - Passaúna ago/ ,37 Em obras Campo Magro Urbanização - Morro da Formiga nov/10 ***** Ação preparatória Campo Magro Urbanização - APA do nov/ ,82 Em obras Passaúna Campo Magro Urbanização Ocup. irregular na APA do Rio Verde nov/10 ***** Em licitação de projeto Colombo Urbanização - Roça Grande (Jd. ago/ ,33 Em obras Contorno, Vila Marambaia e Liberdade) Colombo Urbanização - Bairro Jardim ago/ ,65 Em obras Guaraituba e áreas circunvizinhas Fazenda Rio Urbanização - Bairros Gralha set/ ,39 Concluído Grande Azul, Santa Terezinha e Iguaçu Pinhais Urbanização - Iraí ago/ ,01 Em obras Piraquara Urbanização - Parque Guarituba nov/ ,45 Em obras Piraquara Urbanização - Bairro Guarituba ago/ ,21 Em obras São José dos Pinhais São José dos Pinhais São José dos Pinhais São José dos Pinhais São José dos Pinhais Assistência técnica mar/ ,07 Em execução Assistência técnica mar/ ,66 Em execução Urbanização - Jardim Modelo nov/10 299,96 Ação preparatória Urbanização Moradias nov/ , 28 Em obras Pinheiro e Moradias Netuno Urbanização - Bairros Guatupé nov/ ,00 Concluído e Borda do Campo 3 Não inclui Curitiba que possui dezesseis empreendimentos de Urbanização de Assentamentos Precários, contratados a partir de Um destes concluído: Provisão habitacional Bacias dos rios Barigui, Iguaçu, Belém e Atuba - Estrada Delegado Bruno de Almeida, contratado em dezembro de

10 Fonte: Décimo Primeiro Balanço Regional do PAC (BRASIL, 2015) Elaboração: A Autora (2015) ***** Não informado. As informações permitem constatar que Curitiba continua tendo prioridade nas ações de intervenção, contando atualmente com um total de dezesseis empreendimentos em seu território. Também fica evidente a morosidade dessas ações, haja vista que das intervenções iniciadas no ano de 2007, apenas três foram concluídas, uma em São José dos Pinhais, outra em Curitiba e a outra em Fazenda Rio Grande O enfrentamento da questão pelos municípios Sabe-se que não há não há uma cultura estabelecida entre os gestores municipais da RMC de se fazer levantamentos periódicos a respeito de ocupações irregulares ou outras tipologias de assentamentos precários em seus territórios, a exceção, obviamente de Curitiba, que conta com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) desde a década de 1960 e de alguns poucos municípios que se esforçam para manter os dados atualizados. Além disso, a maioria desses municípios da RMC possuem uma economia defasada e pouca atividade industrial, alguns inclusive estão voltados muito mais a agricultura, enquanto outros se configuram apenas como municípios dormitórios, altamente dependentes da capital e que por isso, mas não exclusivamente, possuem um corpo técnico defasado e às vezes ineficiente em suas prefeituras. Soma-se a isso, o fato de que quando há um há um levantamento sistemático dessas informações por parte de algum órgão do estado, muitos municípios acabam não entregando as informações, o que acaba comprometendo a credibilidade dos dados. Exemplo disso foi o que ocorreu com a pesquisa realizada pela COHAPAR para a elaboração do PEHIS/PR entre 2010 e 2012, onde muitos 519

11 municípios não entregaram o questionário solicitado, como Campo Largo, Fazenda Rio Grande e Piraquara. Essa questão foi discutida pelo IPARDES na elaboração do Projeto Assentamentos Urbanos: Espaços da Região Metropolitana, realizado em parceria com o IPEA em O instituto ressaltou a dificuldade de se obter informações das prefeituras municipais e a falta de padronização entre esses municípios para definir e quantificar os assentamentos precários, já que em Curitiba a contagem é feita por domicílios, em Campina Grande do Sul por lotes e em Piraquara são identificadas apenas manchas de precariedade habitacional e não é contabilizado o total de famílias, ou de lotes, ou de domicílios. O instituto constatou também que há uma dependência, ou pelo menos influência da agenda nacional na área da habitação. Logo que, em alguns municípios só havia informações disponíveis em razão da elaboração do Plano Estratégico Municipal para Assentamentos Subnormais (PEMAS) anos atrás e mais recentemente em função do Plano Diretor e do Plano Local de Habitação de Interesse Social. Afirma ainda que há uma falta de rotinas de diagnóstico, caracterização e acompanhamento de assentamentos precários nos municípios. Sendo que essas atividades decorrem da vinculação de verbas públicas a programas nacionais, a maior parte desenvolvida por terceiros e mesmo contanto com a colaboração da equipe de funcionários locais, acabam provocando a dispersão dos dados. Acrescenta ainda o IPARDES, que somente Curitiba, através do IPPUC, havia levantado informações a respeito antes da pesquisa da COMEC de Em relação aos demais municípios da Região Metropolitana, afirma que não existe um 4 O projeto trabalhou com 14 municípios da RMC em que o nível de integração metropolitana é muito alto, alto e médio, a qual denominou de RMC Integrada: Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais. Contudo, obtiveram-se informações apenas de oito municípios: Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Curitiba, Pinhais e São José dos Pinhais. 520

12 Sistema de Informações que possibilite a comparação de informações de uma série histórica ou mesmo acompanhar o crescimento, regularização, aumento ou diminuição de assentamentos precários nas cidades compreendendo a questão regionalmente. O que impede a comparação dos dados levantados pela COMEC em 1997 com os do projeto realizado pelo IPARDES/IPEA (IPARDES, 2010, p. 26). 3 - Considerações Finais A partir dessas breves considerações ficou evidente que no processo de crescimento da RMC, coube aos municípios no entorno de Curitiba a população de baixa renda e que os mesmos ainda passaram a sofrer a partir da década de 1990 com a formação de grandes áreas de assentamentos precários, inclusive em áreas de grande fragilidade ambiental. Nesse contexto, a atuação do poder público no planejamento metropolitano quando foi realizado, pouco saiu do papel e foi incapaz de alterar o cenário de periferização e degradação ambiental da RMC. Em relação às ações de intervenção em assentamentos precários, promovidos pela COHAPAR e pela COHAB-CT, a capital continua tendo prioridade, assim como na implantação de empreendimentos do PMCMV. Finalmente, constatou-se também que essas intervenções passaram a ser mais frequentes a partir da década de 2000, sobretudo a partir do lançamento do PAC em 2007, quando o estado passou a receber recursos do Governo Federal para projetos inseridos no Programa de Urbanização de Assentamentos Precários. Estas intervenções ainda que promovam melhorias nessas áreas tem pecado pela morosidade e por não alterarem o quadro socioeconômico da população. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Planejamento. Décimo Primeiro Balanço do PAC. Brasília, Disponível em: < Acesso em 13 de junho de Ministério das Cidades. Urbanização de Favelas: a experiência do PAC. Brasília, Disponível em: 521

13 < Acesso em 28 de setembro de CAPELETI, Elisiane. As lógicas de construção das moradias em assentamentos populares: estudo de caso da Vila das Torres, Curitiba - Paraná. 184 p. Dissertação (Mestrado em Gestão Urbana). Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, COMPANHIA DE HABITAÇÃO DO PARANÁ (COHAPAR). Programa Direito de Morar Guarituba. Curitiba, Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Paraná PEHIS- PR, Curitiba/PR. Disponível em: < Acesso em 13 de agosto de COORDENAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA (COMEC). Plano de desenvolvimento integrado PDI. Curitiba, FIRKOWSKI, O. L. C. de F. A nova territorialidade da indústria e o Aglomerado Metropolitano de Curitiba. 225 f. Tese (Doutorado em Geografia), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE). Site oficial. Disponível em: < Acesso em 29 de maio de INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (IPARDES)/ INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Assentamentos Precários Urbanos: Espaços da Região Metropolitana de Curitiba. Relatório II, LIMA, C. A. Considerações sobre ocupações irregulares e parcelamento urbano em áreas de mananciais da Região Metropolitana de Curitiba/PR. Revista de Desenvolvimento e Meio Ambiente, UFPR, n. 3, p , Disponível em: < Acesso em 20 de março de MOURA, R.; FIRKOWSKI, O. L. C. de F. Transformações na ordem urbana da RMC. In.. Curitiba: transformações na ordem urbana. 1º Edição. Curitiba: Letra Capital: Observatório das Metrópoles, 2014, p RITTER, C. Os processos de Periferização, Desperiferização e Reperiferização e as transformações socioespaciais no Aglomerado Metropolitano de Curitiba. 522

14 298 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Setor de Ciências da Terra, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, ROYER, L. O. Municípios autárquicos e região metropolitana: a questão habitacional e os limites administrativos. In: INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Território metropolitano, políticas municipais: por soluções conjuntas de problemas urbanos no âmbito metropolitano. 1º Edição. Brasília, 2013, p SILVA, M. N. da. A dinâmica de produção dos espaços informais de moradia e o processo de metropolização em Curitiba. 259 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Setor de Ciências da Terra, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,

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