Desafios Atuais dos Municípios em Matéria urbano-ambiental
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- Marta Peres Canela
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1 Desafios Atuais dos Municípios em Matéria urbano-ambiental Vanêsca Buzelato Prestes Procuradora do Município de Porto Alegre, Mestre em Direito PUC/RS, Professora direito ambiental, urbanísticoe municipal
2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL Federação brasileira com pluralidade de ordens jurídicas Município é ente federativo (art. 1º e art. 18 C.F.) Princípios da subsidiariedade e da descentralização
3 Urbano-ambiental Conceito Cidade não é sinônimo de urbano. Cidade é todo o território Plano Diretor para todo o território Interação de meio ambiente e urbanismo
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5 Legislação Ambiental Não teve por objeto o espaço urbano e construído Trabalhou temas (ar, água, solo, fauna, flora)
6 Questões Contemporâneas Implementação Estatudo da Cidade Minha casa, Minha Vida (construção de moradias populares) Política nacional de resíduos sólidos Efeitos das mudanças climáticas nas cidades
7 Planejamento Municipal art. 4º, II PLANO DIRETOR Peça básica da Política Urbana, define critérios de verificação do cumprimento da função social da propriedade urbana e identifica os vazios urbanos passíveis de sanção urbanística e tributária; Deve ser elaborado com a participação popular e reavaliado a cada 10 anos;
8 Exemplos de Adin Planos Diretores no RS AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. NORMA MUNICIPAL. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL QUE ALTERA O PLANO DIRETOR DO MUNICIPIO DE BENTO GONÇALVES. INCONsTITUCIONALIDADE FORMAL. AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DAS ENTIDADES COMUNITÁRIAS LEGALMENTE CONSTITUIDAS NA DEFINIÇÃO DO PLANO DIRETOR E DAS DIRETRIZES GERAIS DE OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO, BEM COMO NA ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS QUE LHE SEJAM CONCERNENTES. VIOLAÇÃO AO 5 DO ART. 177 DA CARTA ESTADUAL. PRECEDENTES DO TJRS. Ação procedente. (AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº , TRIBUNAL PLENO, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: CLARINDO FAVRETTO, JULGADO EM 05/05/2003)
9 ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MUNICIPIO DE CAPAO DA CANOA. LEI 1458/2000 QUE ESTABELECE NORMAS SOBRE EDIFICACOES NOS LOTEAMENTOS E ALTERA O PLANO DIRETOR DA SEDE DO MUNICIPIO DE CAPAO DA CANOA. INCONSTITUCIONAL FORMAL. AUSENCIA DE PARTICIPACAO DAS ENTIDADES COMUNITARIAS LEGALMENTE CONSTITUIDAS NA DEFINICAO DO PLANO DIRETOR E DAS DIRETRIZES GERAIS DE OCUPACAO DO TERRITORIO, BEM COMO NA ELABORACAO E IMPLEMENTACAO DOS PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS QUE LHE SEJAM CONCERNENTES. VIOLACAO AO PAR-5 DO ART-177 DA CARTA ESTADUAL. PRECEDENTES DO TJRS. EFICACIA DA DECLARACAO EXCEPCIONALMENTE FIXADA, A TEOR DO ART-27 DA LEI Nº 9868/99. ACAO PROCEDENTE. (FLS.23) (AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº , TRIBUNAL PLENO, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: CLARINDO FAVRETTO, JULGADO EM 16/09/2002)
10 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI MUNICIPAL Nº 1.635/2001 DE GUAÍBA QUE ALTERA O ART. 55 DA LEI MUNICIPAL Nº 1.102/92 (PLANO DIRETOR) - ORDENAMENTO URBANO LOCAL - AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DAS ENTIDADES COMUNITÁRIAS LEGALMENTE CONSTITUÍDAS NA DEFINIÇÃO DO PLANO DIRETOR E DAS DIRETRIZES GERAIS DE OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO - FALTA DE AMPLA DIVULGAÇÃO E DA DEVIDA PUBLICIDADE - RISCO DE PREJUÍZOS IRREPARÁVEIS AO MEIO AMBIENTE E À QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO PELA NÃO CONCRETIZAÇÃO DO PRÉVIO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL PARA VIABILIZAR A ALTERAÇÃO PREVISTA NA LEI IMPUGNADA - AFRONTA AOS ARTIGOS 1º, 8º, 19, 177, 5º E 251 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGOS 29, INCISO XII E 37 "CAPUT" DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Ação julgada procedente. (Ação Direta de Inconstitucionalidade Nº , Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Carlos Branco Cardoso, Julgado em 18/10/2004)
11 As questões urbanas estão cada vez mais judicializadas. STJ, Relator o Ministro Luiz Fux, julgando Recurso Especial em Ação Popular. Não aplicação de lei municipal que alterou zoneamento, por ser esta lei de efeitos concretos e contrária ao interesse público[1]. Acolheu argumento de que a transformação de loteamento residencial para de uso misto foi unicamente para atender interesses de algumas pessoas, inclusive de vereador do Município, que ali pretendiam construir motéis. Entendeu que a Lei Municipal 1.310/97 padece de vícios, uma vez que foi promulgada para atender determinadas pessoas, deixando de estabelecer regras gerais, abstratas e impessoais. [1] Recurso Especial Nº SP (2002/ )
12 Estatuto da Cidade - Lei Federal N /02 Plano Diretor: exigência de participação popular Regularização Fundiária
13 Regularização Fundiária: expressão do princípio da segurança da posse Agenda Habitat Istambul/1996 Concretização do direito à moradia Política pública permanente que integra a dimensão dos direitos
14 Constituição Federal Direito à moradia art. 6º Capítulo da Política urbana art. 182 e 183 Art. 183 : usucapião função, gênese da concessão especial para fins de moradia (parágrafo único do art. 183)
15 Densificação do direito constitucional AEIS e alterações Lei Federal 6766/79 Estatuto da Cidade (2001) Medida Provisória N /01: concessão para fins de moradia Regularização de Loteamento (Provimento More Legal III) Lei Federal (Minha Casa, Minha Vida)
16 Regularização fundiária Áreas públicas: concessão para fins de moradia demarcação urbanística Áreas privadas: usucapião regularização loteamentos (More Legal III) demarcação urbanística
17 A Irregularidade Urbana é um Problema AMBIENTAL Ocupação Irregular Loteamentos Irregulares e Clandestinos A Regularização Fundiária é passivo ambiental e constitui-se em política pública a ser desenvolvida pelas cidades sustentáveis, tendo por desafio envolver os diversos órgãos da administração pública
18 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA CIDADE SUSTENTÁVEL Urbanística Jurídica Registrária Ambiental Social projetos complementares (educação ambiental, geração de renda,...)
19 Minha Casa, Minha Vida Lei Federal /09 Municípios indutores da política habitacional / identificação de áreas no Plano Diretor para receber moradias, ampliação escala, projetos urbanísticos adequados Registro de que se trata projeto do Programa Minha casa, Minha Vida
20 Resíduos Sólidos Lei Federal N /2010 política nacional de resíduos sólidos Plano Municipal de resíduos sólidos Perspectiva de consórcios
21 Aquecimento global: efeito nas cidades Necessidade das cidades conhecerem suas emissões Revisão do modelo da polícia de edificações (construção civil), que suportem os efeitos extremos Revisão do modelo de uso e manejo do solo urbano (para além do comando e controle) Identificação de áreas vulneráveis Reflexão sobre o modelo de cidade (cidades compactas) Desastres não podem mais ser compreendidos como excepcionais (adoção do princípio da prevenção) Efetiva estruturação da defesa civil
22 Planos Diretores: legislar para todo o território dos municípios Desenvolvimento de projetos de segurança alimentar Adaptação do modelo de agricultura à mudança do clima Acompanhamento e controle da água potável: risco de salinização
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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO DESPACHO
fls. 71 DESPACHO Agravo de Instrumento Processo nº 2057738-24.2014.8.26.0000 Relator(a): CAMARGO PEREIRA Órgão Julgador: 3ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO Vistos. Cuida-se de agravo de instrumento extraído
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