PARECER COREN/GO Nº044/CTAP/2017 ASSUNTO: ATUAÇÃO DE ENFERMEIRO NO MÉTODO

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Vergílio Castilho Castelo
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1 PARECER COREN/GO Nº044/CTAP/2017 ASSUNTO: ATUAÇÃO DE ENFERMEIRO NO MÉTODO PILATES O Setor de Apoio às Comissões do Coren/GO recebeu em 11 de janeiro de 2017, correspondência de profissional de enfermagem procedente da Assessoria de Comunicação tendo sido a mesma encaminhada à Câmara Técnica de Assuntos Profissionais, para emissão de Parecer sobre a seguinte questão: Gostaria de saber se o Enfermeiro pode atuar na área de Pilates, não encontrei nada relacionado no site. II. Da fundamentação e análise CONSIDERANDO a Lei n 7.498, de 25 de junho de 1986, regulamentada pelo Decreto n , de 8 de junho de 1987, que estabelece normas sobre o exercício da enfermagem e define no art. 2º - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício. Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe: I - privativamente: a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem; d) (VETADO); e) (VETADO); f) (VETADO); g) (VETADO); h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem; i) consulta de enfermagem; j) prescrição da assistência de enfermagem

2 CONTINUAÇÃO DO PARECER COREN/GO Nº 044/CTAP/2017 l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida; m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; II - como integrante da equipe de saúde: a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e rotina aprovada pela instituição de saúde; d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação; e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral; f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem; g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; i) execução do parto sem distocia; j) educação visando à melhoria de saúde da população. Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta lei incumbe, ainda: a) assistência à parturiente e ao parto normal; b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico; c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária. CONSIDERANDO a Resolução COFEN nº 311/2007 que dispõe sobre o Código de Ética dos profissionais de enfermagem, com destaque para a responsabilidade e

3 CONTINUAÇÃO DO PARECER COREN/GO Nº 044/CTAP/2017 dever dos profissionais contidos nos Art. 12: Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência, e Art. 13 Avaliar criteriosamente também sua competência técnica, científica e ética e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem (COFEN, 2007); Art. 33. (Proibições) Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, exceto em caso de emergência. CONSIDERANDO o Parecer Coren SP Nº 074/2011sobre Pilates por enfermeiro, o qual em sua conclusão diz: Diante do exposto, e considerando Resolução do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região CREFITO-3, tem-se que o método Pilates, quando utilizado como um tratamento cinesioterapêutico funcional, mesmo que preventivo, somente poderá ser exercido, no âmbito do Estado de São Paulo, por profissional fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional, não devendo, portanto, ser executado por profissionais de Enfermagem. Não cabe aos profissionais de enfermagem a realização do método Pilates, mesmo em outras situações. É o nosso parecer. CONSIDERANDO a Resolução Coffito Nº 386 de 8 de junho de 2011 a qual dispõe sobre a utilização do método Pilates pelo fisioterapeuta e dá outras providencias, a qual refere Artigo 1 - Compete ao Fisioterapeuta, para o exercício do método Pilates, prescrever, induzir o tratamento e avaliar o resultado a partir da utilização de recursos cinesioterapêuticos e/ou mecanoterapeuticos, devendo observar: a) Que o método Pilates é um recurso cinesioterapêutico e mecanoterapêutico que promove a educação e reeducação do movimento corporal, composto por exercícios terapêuticos de promoção, prevenção e recuperação da saúde físico funcional; b) Que o objetivo da utilização do método Pilates, é a

4 CONTINUAÇÃO PARECER COREN/GO Nº044 /CTAP/2017 estabilização postural, melhoria da força muscular para desempenho das atividades de vida diária, mobilidade articular, equilíbrio corporal e harmonia das cadeias musculares, entre outras com vistas à melhora da condição de saúde e qualidade de vida de seus clientes/pacientes. CONSIDERANDO que até a data de hoje não tem matéria especifica do Conselho Federal de Enfermagem ou do Ministério da Saúde normatizando a atuação do enfermeiro na realização do Pilates. III - Da conclusão Mediante o exposto, o Parecer Técnico do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás é de que entre as atribuições e competências do enfermeiro, até o presente momento não se encontram a realização do método Pilates, mesmo considerando que a realização do método não consta como privativa de nenhuma profissão. Entende-se que tal procedimento, nesse momento, em se tratando do enfermeiro não é de competência do mesmo pois apresenta especificidades as quais ainda não foram protocoladas pelo Ministério da Saúde ou legalizadas pelo Conselho Federal de Enfermagem. Recomendamos a consulta periódica ao site do Ministério da Saúde, e ao clicando em legislação e pareceres em busca de normatizações atuais a respeito do assunto, bem como consulta ao site do Coren Goiás, É o Parecer, s.m.j. Goiânia, 22 de agosto de Enfª Marysia Alves da Silva CTAP - Coren/GO nº 145 Enfª. Márcia Beatriz de Araújo CTAP - Coren/GO nº Enfª. Rôsani A. de Faria CTAP - Coren/GO nº Enfª. Silvia R. de S. Toledo CTAP - Coren/GO nº

5 CONTINUAÇÃO PARECER COREN/GO Nº044 /CTAP/2017 Referências: BRASIL. Lei nº 7.498, de 25 de junho de Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. D.O.U. de Disponível em: < Acesso em: 08 de junho de 2017 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 311, de 08 de fevereiro de Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Disponível em: < Acesso em 08 de agosto de CONSELHO REGIONAL DE SÃO PAULO. Parecer GAB 074/2011. Dispõe sobre a atuação do enfermeiro em Pilates. CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. Resolução Nº 386 de 08 de junho de Disoõe sobre o método Pilates pelo fisioterapeuta e dá outras providencias. Disponível em : acesso em 08 de agosto de 2017.

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