X Legislatura Número: 29 II Sessão Legislativa (2012/2013) Quinta-feira, 07 de fevereiro de 2013 REUNIÃO PLENÁRIA DE 07 DE FEVEREIRO

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1 Região Autónoma da Madeira Diário Assembleia Legislativa X Legislatura Número: 29 II Sessão Legislativa (2012/2013) Quinta-feira, 07 de fevereiro de 2013 REUNIÃO PLENÁRIA DE 07 DE FEVEREIRO Presidente: Exmo. Sr. José Miguel Jardim de Olival Mendonça Secretários: Exmos. Srs. Rui Miguel Moura Coelho Ana Mafalda Figueira da Costa Sumário O Sr. Presidente declarou aberta a Sessão às 9 horas e 23 minutos. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:- Em declaração política usou da palavra o Sr. Deputado Edgar Silva (PCP). - De seguida, e para tratamento de assuntos de interesse político relevante, interveio o Sr. Deputado Vicente Pestana (PSD), após ao que respondeu a pedidos de esclarecimento dos Srs. Deputados Martinho Câmara (CDS/PP), Teófilo Cunha (CDS/PP), Lino Abreu (CDS/PP) e Carlos Pereira (PS). - Foram ainda apreciados e votados, com os votos a favor do PSD, do CDS/PP, do PS, do PND, do PAN e do MPT, dois Votos de Pesar, um da autoria do PSD e outro do CDS/PP, intitulados, respetivamente, Pelo falecimento do General Jaime Neves um Verdadeiro Herói Nacional e Falecimento do major-general Jaime Neves, militar decisivo para a vitória da democracia em Portugal, relativamente aos quais intervieram os Srs. Deputados Jaime Ramos (PSD), Lopes da Fonseca (CDS/PP) e José Manuel Coelho (PTP). Proferiu uma declaração de voto o Sr. Deputado Carlos Pereira (PS). PERÍODO DA ORDEM DO DIA:- Iniciou-se a I.ª Parte com a apreciação de um projeto de Decreto Legislativo Regional, da autoria do Partido Comunista Português, intitulado Apoios ao crédito habitacional para trabalhadores desempregados reativação dos apoios previstos no Decreto Legislativo Regional n.º 15/2009/M, de 22 de junho, o qual foi retirado, após intervenção do proponente. - A Câmara submeteu, depois, à apreciação, na generalidade, um projeto de Decreto Legislativo Regional, do Partido Comunista Português, intitulado Novo quadro financeiro de apoio aos transportes públicos, o qual, após o uso da palavra pelos Srs. Deputados Edgar Silva (PCP), Rui Almeida (PAN), Hélder Spínola (PND), José Manuel Coelho (PTP), Lino Abreu (CDS/PP), Roberto Vieira (MPT), Carlos Pereira (PS), Roberto Silva (PSD) e Nivalda Gonçalves (PSD), foi rejeitado. - Seguiu-se a apreciação de um projeto de Decreto Legislativo Regional, também do Partido Comunista Português, intitulado Arrecadação de novos meios financeiros para a revalorização do território e da oferta turística. Usaram da palavra no debate os Srs. Deputados Edgar Silva (PCP), Isabel Torres (CDS/PP), Hélder Spínola (PND), Roberto Vieira (MPT), Rui Almeida (PAN), José Manuel Coelho (PTP), Carlos Pereira (PS) e Medeiros Gaspar (PSD). Entretanto, ao abrigo do n.º 3 do artigo 69.º do Regimento, passou-se à II.ª Parte com a votação final global do projeto de Resolução, da autoria do Partido Comunista Português, intitulado Instituição do Dia Nacional da Segurança Infantil, tendo o mesmo sido aprovado por unanimidade. - Por fim, e relativamente ao projeto que estava em discussão no âmbito da I.ª Parte, interveio também o Sr. Deputado Teófilo Cunha (CDS/PP). Submetido à votação, o projeto foi rejeitado. O Sr. Presidente declarou encerrada a Sessão às 12 horas e 54 minutos.

2 Pág. 2 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Bom dia, Sras. e Srs. Deputados. Façam o favor de ocupar os vossos lugares. Estavam presentes os seguintes Srs. Deputados: PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA (PSD) Agostinho Ramos de Gouveia Ana Mafalda Figueira da Costa Pereira Ana Maria de Gouveia Serralha Edgar Alexandre Garrido Gouveia Emanuel Sabino Vieira Gomes Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos Jaime Filipe Gil Ramos José António Coito Pita José Gualberto Mendonça Fernandes José Jardim Mendonça Prada José Lino Tranquada Gomes José Luís Medeiros Gaspar José Miguel Jardim Olival Mendonça José Paulo Baptista Fontes José Pedro Correia Pereira José Savino dos Santos Correia Maria João França Monte Maria Rafaela Rodrigues Fernandes Miguel José Luís de Sousa Nivalda Nunes Silva Gonçalves Pedro Emanuel Abreu Coelho Roberto Paulo Cardoso da Silva Rui Miguel Moura Coelho Vânia Andrea de Castro Jesus Vicente Estevão Pestana CENTRO DEMOCRÁTICO SOCIAL/PP (CDS/PP) António Manuel Lopes da Fonseca José Manuel de Sousa Rodrigues José Roberto Ribeiro Rodrigues Lino Ricardo Silva de Abreu Luísa Isabel Henriques Gouveia Maria Isabel Vieira Carvalho de Melo Torres Mário Jorge de Sousa Pereira Martinho Gouveia da Câmara Teófilo Alírio Reis Cunha PARTIDO SOCIALISTA (PS) Ana Carina Santos Ferro Fernandes Avelino Perestrelo da Conceição Carlos João Pereira Maria Luísa de Sousa Menezes Gonçalves Mendonça Maximiano Alberto Rodrigues Martins Vítor Sérgio Spínola de Freitas PARTIDO TRABALHISTA PORTUGUÊS (PTP) José Manuel da Mata Vieira Coelho José Luís Gonçalves Rocha PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS (PCP) Edgar Freitas Gomes Silva PARTIDO DA NOVA DEMOCRACIA (PND) Hélder Spínola de Freitas PARTIDO PELOS ANIMAIS E PELA NATUREZA (PAN) Rui Manuel dos Santos Almeida MOVIMENTO PARTIDO DA TERRA (MPT) Roberto Paulo Ferreira Vieira Já dispomos de quórum, declaro aberta a Sessão. Eram 9 horas e 23 minutos.

3 E dou a palavra ao Sr. Deputado Edgar Silva para a declaração política semanal. Dispõe de 2 minutos. O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Exmo. Sr. Presidente Sras. e Srs. Deputados O que melhor carateriza a pobreza infantil é, sobretudo, a associação entre a escassez de recursos que define a pobreza e a dependência que caracteriza a infância. Assim, a pobreza infantil é um problema social da maior relevância que aflige a sociedade portuguesa. No total, mais de 2 milhões de portugueses, encontram-se em situação de pobreza, dos quais, mais de 300 mil são crianças, segundo estudos recentes. Os valores da pobreza em Portugal, comparativamente aos restantes países da zona euro, são elevados no contexto europeu e as crianças são uma das categorias sociais mais afetadas pela pobreza infantil em todo o país. Na Madeira este é um problema ainda mais grave, fruto da dupla tributação a que as populações desta região estão submetidas, o pagamento do empréstimo à troika externa (FMI/BCE/EU) e o pagamento das condições impostas pelo Governo da República no famigerado Programa de Ajustamento Economico e Financeiro. Há fome na escola, há fome nas escolas da região, porque há fome em casa. Falências e encerramento de empresas; salários em atraso; desemprego; cortes nos apoios sociais, no subsídio de desemprego, abono de família, rendimento social de inserção; aumento do custo de vida. É uma espiral de empobrecimento que arrasta consigo milhares e milhares de famílias desta região. A Sociedade Portuguesa de Pediatria denunciou recentemente que têm surgido nos hospitais casos que não se registavam há 20 anos: mães que acrescentam água ao leite artificial, ou dão leite de vaca a bebés de meses. Crianças há que, às segundas-feiras, nos refeitórios escolares, repetem tudo o que puderem. Cada vez mais famílias também têm dificuldade em cumprir as necessidades básicas das crianças com alimentação, vestuário, habitação, material escolar e cuidados de saúde. A Rede Europeia Anti Pobreza alertou recentemente O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Termino já Sr. Presidente. para as consequências do desemprego dos pais na vida das crianças: situações de elevada instabilidade emocional e psicológica que influenciam as vivências das crianças e provoca, em muitos casos, problemas de aprendizagem, de inserção no meio escolar, de discriminação, e de violência. É por isso, que nesta semana, face esta realidade, iremos apresentar diversas iniciativas políticas e parlamentares, visando responder aos graves problemas da pobreza infantil na região. Transcrito do original. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Obrigado, Sr. Deputado. Estão inscritos, para pedidos de esclarecimento, os Srs. Deputados José Manuel Coelho e Roberto Vieira, mas não podem formular o pedido de esclarecimento, porque o Sr. Deputado orador não dispõe de tempo para responder. É a razão! Para uma intervenção política, tem a palavra o Sr. Deputado Vicente Pestana. Aparte inaudível do Sr. Edgar Silva (PCP). É o Regimento, Sr. Deputado, não fui eu que fiz! Não fui eu que fiz o regimento! O SR. VICENTE PESTANA (PSD):- Excelentíssimo Sr. Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Excelentíssimas Sras. e Srs. Deputados, As ilhas, principalmente as oceânicas, possuem ecossistemas únicos, e geralmente caraterizados por possuir elevada biodiversidade mas, ao mesmo tempo, serem particularmente sensíveis a perturbações, sejam elas de origem natural, sejam de origem antrópica. Na Madeira, ao contrário do que muitas vezes se tenta fazer crer, as questões ligadas ao ambiente têm sido, desde o início da nossa Autonomia, uma preocupação constante, estando sempre presentes na atualidade política e nas preocupações dos Governos sociais-democráticos que, ao longo dos anos, governaram a Região. Apesar de numa ou noutra situação as coisas não terem corrido bem, quem faz, quem executa comete erros, e só não erra quem nada faz, a verdade é que houve a preocupação de procura de modelos que servissem os interesses ambientais conjugando-os com os restantes interesses, interesses sociais, económicos, culturais, educativos e turísticos na senda de um desenvolvimento que se afigurava premente, mas se pretendia sustentável. Por isso, foram criadas condições de gestão, de melhoramento, de investimento, de qualificação, e de preservação ambiental, tendendo-se a tornar o ambiente o autor principal da ação humana e, simultaneamente, uma causa mobilizadora da população em nome da sua valorização, preservação e desenvolvimento, assente no binómio homem/natureza, que foi, desde o início, muito caro aos governos desta Região. Pág. 3

4 Ao longo destes anos foram desenvolvidas políticas que têm vindo a produzir inegáveis resultados, nomeadamente na educação ambiental, na preservação da natureza, nas questões da biodiversidade e na sensibilização e mobilização geral em nome de um ambiente sustentável. A criação, em 1982, do Parque Natural da Madeira e a criação das Reservas Naturais, tanto as terrestres como as marinhas, foram passos importantes na prossecução desses objetivos. As entidades regionais com responsabilidade na área do Ambiente foram dotadas dos meios necessários para a prossecução das suas funções, de acordo com as suas atribuições e competências. Como resultado desta política o reconhecimento regional, ou seja, o povo, nacional e internacional, tem vindo a ser demonstrado com factos concretos e indesmentíveis. Senão vejamos: em 1999, a nossa floresta natural, a Laurissilva, é reconhecida como Património Mundial Natural da Humanidade pela Unesco, tornandose assim o único património natural de Portugal com este galardão. Em 2012, mais concretamente no dia 7 de maio, foi atribuído ao projeto de preservação do Lobo Marinho, uma espécie em recuperação na Madeira, o prémio BES Biodiversidade Esta distinção deveu-se ao importante trabalho de preservação e recuperação do Lobo Marinho que foi atribuído pelo Banco Espírito Santo em parceria com o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade. Apenas um dia depois, 8 de maio, o projeto SOS Freira do Bugio, desenvolvido também pelo Parque Natural da Madeira, foi galardoado com o prémio Best Project Esta distinção é o reconhecimento dos Estadosmembros da União Europeia e visa premiar os projetos Europeus que se distingam pela sua qualidade e pela sua ação em prol da manutenção da biodiversidade europeia. Destaque-se, a propósito, que foi a segunda vez que o Parque Natural da Madeira foi distinguido com este prémio, sendo que o primeiro foi em 2010, com o projeto Freira da Madeira. Aliás, devo acrescentar que o Parque Natural da Madeira é recordista em termos nacionais de entidade com projetos aprovados pela Comunidade Europeia e por instâncias internacionais na área da conservação da natureza. Em 29 de junho de 2011, as boas práticas ambientais regionais lograram a obtenção de mais um galardão de renome mundial, ao inscrever na Rede Mundial Natural das Reservas da Biosfera o Concelho de Santana, que, deste modo, se tornou a primeira parcela do nosso território e a sétima em Portugal a obter semelhante distinção. A estas distinções junta-se, em 2011, o prémio Ulisses da Organização Mundial do Turismo atribuído à Região, prémio este que se destina a distinguir organizações governamentais que se distingam na área do ambiente e da sustentabilidade. Estes são apenas alguns dos exemplos do que, no que diz respeito ao reconhecimento, ao nível das mais altas instâncias internacionais fazem sobre o nosso desempenho na área do ambiente e da sustentabilidade. E a este respeito que dizem os nossos adversários, e/ou aqueles que, disfarçadamente, se arrogam de ambientalistas, quando, na realidade, mais não os move do que interesses de índole pessoal e/ou políticos, mas nunca os reais valores da Natureza? Pág. 4 Apartes inaudíveis. A prová-lo estão os constantes ataques pessoais e caluniosos dirigidos a pessoas e/ou instituições Aparte inaudível do Sr. José Manuel Coelho (PTP). que, ao longo destes anos, tudo fizeram para a preservação do nosso património natural. Não menos sintomático e isto é importante, muito importante, é o facto de esses indivíduos estarem sempre prontos à crítica, por vezes injusta e normalmente caluniosa, mas entrarem em período de nojo sempre que a Região é objeto de uma boa notícia em questões relacionadas com o ambiente, ou quando esse, ou seja, quando é que se ouviu uma palavra de apreço ou de congratulação da parte dessas personalidades? Não têm moral nem autoridade para criticar quem não tem a humildade de reconhecer o mérito. Para esses, uma história não pode ser uma boa história, entre aspas, não pode ser prejudicada pelos factos e não raras as vezes primeiro se tiram as conclusões e depois é que se procura por todos os meios a sua comprovação. É lamentável que assim seja. No entanto, para nós, o importante é continuarmos a trabalhar e o juízo que nos interessa é o que a maioria dos madeirenses faz do nosso trabalho. E é com esses e para esses que nós continuaremos a trabalhar. Tenho dito. Aplausos do PSD. O SR. ROBERTO VIEIRA (MPT):- Estão batendo palmas e não ouviram metade do que ele disse! Sr. Deputado Martinho Câmara, para um pedido de esclarecimento, tem a palavra. O SR. MARTINHO CÂMARA (CDS/PP):- Obrigado, Sr. Presidente. Sras. e Srs. Deputados, o Sr. Deputado Vicente Pestana trouxe aqui uma temática, sem dúvida, importante para a Região Autónoma da Madeira, que é sobre a parte ambiental, preservação e valorização ambiental.

5 É reconhecido por todos os madeirenses o nosso património de valor incalculável. Também é reconhecido, que todo aquele património em que não houve intervenção e que foi herdado por este Governo Regional, tem recebido, das diferentes entidades, os mais altos galardões e os mais altos reconhecimentos, sendo que faz parte, hoje, da história a nível mundial, nomeadamente através da Laurissilva, desde 99, como Património Mundial de Reserva Natural. Nós reconhecemos a importância da preservação que tem existido, e também reconhecemos que, naquilo em que não mexeram, certamente que as coisas estão melhores! Por outro lado, gostaria de confrontá-lo com o seguinte, Sr. Deputado: em 2009, apareceu um problema, para nós muito grave, que foi a doença da murchidão do pinheiro, conhecida por nemátodo do pinheiro, que é uma doença que tem dizimado toda a floresta e todos os pinheiros da Região Autónoma da Madeira. Esta doença apareceu, em primeiro lugar, apenas no Concelho do Funchal, nomeadamente no Palheiro Ferreiro, e neste momento alastrou-se por toda a Madeira. Aquilo que gostaria de saber, da parte da sua bancada, da parte da bancada que suporta o Governo, é: atendendo à situação, em que todos os pinheiros estão a ser destruídos, e sabendo que desde 2009 até 2012, e já estamos em 2013, pouco ou nada sabemos sobre isto, sabendo que também as árvores são seres que morrem de pé, e que devido à sua morte se tornam extremamente frágeis O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo! O ORADOR:- perante uma situação de ventos, de chuvas e de tempestade, quais são as previsibilidades dos acidentes que podem ocorrer desta situação da morte de todos os pinheiros da Região Autónoma da Madeira? Que medidas o Governo tem tomado? Esta, para nós, é uma grande preocupação e, ao contrário do Sr. Deputado, quando diz que apenas se preocupa com estes, nós não nos preocupamos com estes, nem com aqueles, nós preocupamo-nos com todos os Madeirenses! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Obrigado, Sr. Deputado. Sr. Deputado Vicente Pestana para responder, tem a palavra. O SR. VICENTE PESTANA (PSD):- Muito obrigado, Sr. Presidente! Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Deputado Martinho Câmara, o Sr. Deputado começou, e bem, por referir que, realmente, a Madeira tem feito um excelente trabalho, um bom trabalho na área da conservação da Natureza. Mas, depois, afirma que só está bem aquilo em que não mexemos. Olhe que não é bem assim! Eu, na minha intervenção, não referi prémios por aquilo que não se fez, aqueles prémios e aquelas distinções foram feitas exatamente por projetos desenvolvidos na área da conservação. E é preciso ter em conta que, se outras partes do Mundo não têm estes patrimónios bem conservados, e por isso não têm os prémios que a Madeira tem vindo a adquirir, é porque não desenvolveram os trabalhos de conservação, de investigação, de preservação, que a Madeira teve a ousadia e a coragem de desenvolver. E por isso mesmo é que tem tido estas distinções pelo trabalho desenvolvido! É falacioso dizer-se que, naquilo que não se mexeu, naquilo que não se desenvolveu, naquilo que não se interveio, isso é que está bem. Não é assim, não é assim! E quem lida nestas matérias sabe que, só perante trabalhos bem desenvolvidos, bem apresentados e cujos resultados sejam comprovados, é que as entidades internacionais, com competência nestas matérias, atribuem estes prémios que referi. Quanto à questão do nemátodo do pinheiro, Sr. Deputado, esta é realmente uma praga que atingiu esta espécie na Madeira. A Madeira e a Direção Regional de Florestas têm vindo a trabalhar com a autoridade nacional competente na matéria O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo Sr. Deputado. O ORADOR:- Já termino Sr. Presidente. e em conjugação, também, com autoridades da União Europeia competentes nesta matéria. No entanto, temos que reconhecer que é uma praga extremamente agressiva e de muito difícil, ou quase impossível, combate e contenção. Agora, as pessoas que têm os terrenos em que os pinheiros acabaram por morrer, é dever dessas próprias pessoas O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Faça favor de concluir Sr. Deputado. O ORADOR:- Já termino Sr. Presidente.) abaterem e fazerem aquilo que se deve fazer, ou seja, destruir aqueles materiais, para evitar mais contaminações! Sr. Deputado Alírio para um pedido de esclarecimento, tem a palavra. O SR. TEÓFILO CUNHA (CDS/PP):- Bom dia, Sr. Presidente, muito obrigado. Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Vicente Pestana, continuando esta questão do nemátodo dos pinheiros, gostaria de saber o que é que V. Exa. tem a dizer em relação a uma palavra de apreço aos industriais da área que investiram em estufas (que como V. Exa. sabe, foram obrigados a investir em estufas), algumas delas a rondar os 50, 60 ou 70 mil euros, e que agora não têm matéria-prima para laborar!? Ou seja, V. Exas. obrigaram os empresários a criar as estufas, obrigaram a fazer investimentos na ordem que já acabei de dizer, e agora não têm matéria-prima para laborar. São custos que foram imputados aos industriais, e eles agora veem-se de braços cruzados, sem matéria-prima para trabalhar. Será que isto não foi pôr o carro à frente dos bois, ao tentar resolver algo que, infelizmente, já não era Pág. 5

6 possível resolver, sabendo que a praga do pinheiro, praticamente, já dizimou 90% ou 95% dos pinheiros da Madeira? Não acha que isto foi uma prática incorreta, pondo uma despesa acrescida a quem já tinha dificuldades na transformação da madeira aqui na Madeira? Outro assunto que gostava de perguntar a V. Exa., é o seguinte: V. Exa., agora falou nos pinheiros. Vamos falar agora, Pág. 6 Burburinho na bancada do PSD. Os seus colegas não deixam ouvir, mas isso é normal. Então, o seu líder parlamentar, como é mal-educado, está sempre virado de costas para a bancada da oposição. Mas isso também é normal dele, por isso já é aceitável! Mas vamos continuar a falar e vamos à Central de Biomassa. Agora querem obrigar os pinheireiros, os trabalhadores da área da madeira, a entregar os restos O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- Ninguém obriga a nada! Ninguém obriga a nada! O ORADOR:- É obrigado, é obrigado a apanhar, ou a enterrar! Aparte inaudível do Sr. Agostinho Gouveia (PSD). Oiça, oiça, oiça! O Senhor percebe é de painéis fotovoltaicos! Agora, querem entregar, obrigar os pinheireiros em grandes dificuldades, os trabalhadores da área dos pinheiros e dos eucaliptos, das madeiras, os madeireiros O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- a entregar à Central de Biomassa, de borla, sem qualquer custo! Ora, acha possível, pessoas já com dificuldades e termino, Sr. Presidente, já com dificuldades em manter a empresa, e agora, ou enterram, ou são obrigados a levar os eucaliptos, os restantes eucaliptos, os ramos dos eucaliptos e dos pinheiros, à Central de Biomassa, de borla, para o Governo depois vender a eletricidade!? O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Obrigado Sr. Deputado. Sr. Deputado Vicente Pestana para responder, tem a palavra. O SR. VICENTE PESTANA (PSD):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Alírio, ora, quanto à primeira parte da sua pergunta: custos na construção das estufas. Cá está, cá está uma das exigências da Autoridade Nacional Florestal e também das instâncias comunitárias, para que os materiais, as madeiras resultantes do corte desses pinheiros, pudessem ser utilizados, nomeadamente como cofragens e noutros fins. São obrigações que as instâncias nacionais, internacionais, e mesmo também regionais, exigem, para que a contaminação, a pulverização desses fatores, dessa praga, não sejam ainda mais violentos. Portanto, são exigências que não são apenas aqui na Madeira, mas também noutras regiões onde essa praga ocorre! Quanto à questão dos materiais sobrantes dos cortes dos arvoredos, é preciso ter em conta, Sr. Deputado, que esta própria Assembleia aprovou legislação regional que obriga a que os proprietários que procedam ao corte de arvoredos sejam obrigados a recolher os materiais sobrantes, exatamente, para evitar os incêndios florestais. Ou seja, aquilo que o Sr. Deputado Aparte inaudível do Sr. Teófilo Cunha (CDS/PP). É verdade, é verdade, daqui a pouco posso dizer inclusivamente qual é o número do diploma regional. E por isso, ninguém é obrigado a entregar na Meia Serra os materiais sobrantes, o que é obrigatório, e por legislação que esta própria Assembleia aprovou, é a recolha e o acondicionamento desses materiais. E, portanto, julgo que ninguém contesta, até porque, se eu não estou em erro, esse decreto legislativo regional foi aprovado por unanimidade, ninguém contesta que, quem procede ao corte de árvores, seja obrigado a recolher e a acondicionar os materiais sobrantes, por forma a que se evite a propagação dos incêndios florestais! Muito obrigado. Sr. Deputado Lino Abreu para um pedido de esclarecimento, tem a palavra. O SR. LINO ABREU (CDS/PP):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, ouvi a sua intervenção, e estava à espera de ouvir também, já que falou de ambiente e da defesa do ambiente, estava à espera de ouvir uma palavra sobre as ribeiras, sobre a extração de inertes, que ainda hoje acontece em várias zonas da Região, que são atentados à natureza e que,

7 em 2002, sei que o Sr. Deputado conhece, penso que participou nesse plano, que era o Plano Regional de Ambiente, onde se previa a reflorestação de todas as áreas que sofreram atentados ambientais com extração de inertes, e que foram, e muitas, que quando acabassem as grandes obras, dava-se início à renovação desses solos, à plantação de todas as plantas necessárias para repor, para repor tudo aquilo que foi retirado em termos de atentados ambientais, e o Sr. Deputado nada disse sobre essa matéria. Perguntava-lhe, para quando a reflorestação dessas áreas ambientais, como Região de turismo que somos? E todos nós sabemos que ainda existem, infelizmente, espaços degradados, espaços inaceitáveis, espaços que estão abandonados e que, até hoje, o Governo Regional nada fez para mudar a imagem que, infelizmente, lá está!, é uma péssima imagem para todos nós, e para quem nos visita! Sr. Deputado Vicente para responder, tem a palavra. O SR. VICENTE PESTANA (PSD):- Muito obrigado Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Lino Abreu, quanto à extração dos inertes. Oh! Sr. Deputado, ainda há bem pouco tempo se discutiu aqui a questão da extração de pedra no Porto Santo, e em que eu ouvi o absurdo de que devia ser proibida a extração de pedra no Porto Santo. E também, que eu saiba, já foi defendida a utilização das areias do Porto Santo. Ou seja, só faltava agora, também, nós, para além de importarmos quase tudo, também importarmos areia, pedra e inertes! Aparte inaudível do Sr. Teófilo Cunha (CDS/PP). Burburinho nas bancadas da oposição. Srs. Deputados Aparte inaudível do Sr. Lino Abreu (CDS/PP). Aguardem, aguardem que ainda não terminei, ainda não terminei! Quanto à extração de inertes. Oh! Srs. Deputados, naturalmente que há extração de inertes de forma legal e devidamente planeada, e poderá haver, e haverá com certeza, extração de inertes de forma desordenada e sem o devido licenciamento. Mas é como tudo na vida: há aqueles que trabalham bem, e aqueles que trabalham mal! E eu próprio reconheci, na minha intervenção, que erros sempre se cometem, mas, na globalidade, a preservação dos valores naturais aqui na Madeira tem sido uma permanente preocupação. E não há dúvida nenhuma, e o Sr. Deputado apontou a questão das pedreiras, naturalmente que algumas já terminaram a sua laboração e foram reflorestadas, outras têm o seu plano de lavra ainda em execução e foram aprovadas em determinadas condições que, depois, quando terminarem a sua atividade, terão o natural tratamento a que se comprometeram os proprietários dessas pedreiras. Mas é curioso, é curioso que o Sr. Deputado não tenha dito concretamente quais, até porque, com certeza, quase de certeza que o Sr. Deputado se refere a pedreiras que ainda estão a laborar, que ainda têm o seu plano de lavra a ser efetuado e, portanto, a seu tempo, as entidades regionais com responsabilidades na matéria irão proceder, ou exigir que se faça aquilo que se comprometeram a fazer. Apartes inaudíveis nas bancadas da oposição. Sr. Deputado Carlos Pereira para um pedido de esclarecimento, tem a palavra. O SR. CARLOS PEREIRA (PS):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, permita-me dizer que a sua intervenção não foi diferente daquelas intervenções feitas pela manhã, pelos Srs. Deputados do PSD, que são, normalmente, aqueles bocejos bajuladores de um Governo que deixou a Madeira no estado em que está. E no seu caso não é diferente, porque a Madeira, do ponto de vista ambiental e do ponto de vista urbanístico é, como o Sr. Deputado sabe, com certeza melhor do que eu, uma catástrofe. E eu vou-lhe dizer porque é que digo isto com esta convicção. E eu digo isto com esta convicção, pelo seguinte: os Senhores fogem do planeamento, como o diabo da cruz. E não é só do ponto de vista urbanístico, é a todos os níveis. Os Senhores detestam planear, e nós compreendemos porque é que detestam planear. Porque, se planearem, e se soubermos qual é o caminho que vamos tomar em qualquer um dos sectores, se fizerem isso, não é possível prevaricar a meio do caminho. E isso é o que os Senhores querem fazer: é prevaricar a meio do caminho! E foi isso que fizeram com o ordenamento e com o planeamento. E vou-lhe dar um exemplo: o POTRAM, que é o plano de referência do ordenamento da Região Autónoma da Madeira, foi elaborado em Nós estamos em 2013, e não houve nenhuma alteração desde essa altura, estamos como estávamos em 1995! Mas há uma gravidade neste processo. Sabe qual é? É que os Senhores estão em processo de revisão dos PDM, em muitos deles, diga-se de passagem, uma revisão que é uma tremenda confusão. Tremenda confusão: uns atrasados, outros em curso, outros, enfim, o habitual! Aliás, como foi o primeiro lote de PDM Aparte inaudível de um Sr. Deputado. Cale-se, que eu já falo de si! Cale-se, Sr. Deputado, que depois eu falo de si! Pág. 7

8 Pág. 8 Portanto, foi um lote completamente atabalhoado e todos mal feitos! Agora, os Senhores fazem esta revisão de PDM, sem terem em consideração uma revisão natural do POTRAM, que tem que ser efetuada, porque o POTRAM é o plano de referência para ajustar as revisões do PDM. E os Senhores estão a fazer sem isso. Mais uma vez, uma asneira tremenda, que vai gerar aquilo que estamos a falar! Mas há mais, há mais. Os POOC, Sr. Deputado, os Planos de Ordenamento da Orla Costeira estão prometidos há 20 anos. E basta olhar para a costa da Madeira e perceber o desastre que é a costa da Madeira! E o Sr. Deputado sabe que isto não é neutro para a Região. Todas estas confusões que acabei de referir e estas incompetências que acabei de referir geram um problema grave no turismo, e é também por isso que o turismo está na situação em que está. E isto não sou eu que digo, não é o PS, são os atores do turismo! Burburinho na bancada do PSD. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Eu termino já. São os atores do turismo! Burburinho na bancada do PSD. E mais e para terminar os planos inferiores aos PDM são feitos a favor de interesses privados. E respondendo ali ao Senhor ex-presidente da Câmara do Porto Santo, que deixou a Câmara do Porto Santo com uma dívida tremenda e com um desemprego tremendo, veja-se o Plano de Urbanização da Orla Costeira do Porto Santo, feito à medida dos interesses do Sr. Deputado Aparte inaudível do Sr. Roberto Silva (PSD). Roberto Silva, que agora está na situação em que está! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, agradeço que conclua. O SR. ROBERTO SILVA (PSD):- Quais são? Quais são os planos do Porto Santo? O ORADOR:- Eu já lhe disse! Aparte inaudível do Sr. Roberto Silva (PSD). Oh! Sr. Deputado, eu já disse qual era, acabei de dizer um que o Senhor fez e que está na situação em que está! Protestos do Sr. Roberto Silva (PSD). O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Obrigado, Sr. Deputado. O ORADOR:- E, portanto, não fale tanto, não se excite tanto, porque V. Exa. tem culpas no cartório e não sabe sequer o que é que está a dizer! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado Vicente Pestana para responder. O SR. VICENTE PESTANA (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Sr. Deputado Carlos Pereira, como é hábito, começa por ser, posso dizer mesmo, incorreto e indelicado, para com os seus interlocutores e, depois, tipo picapedra, dispara em todas as direções. É uma granada de estilhaços! Risos do PSD. Aparte inaudível do Sr. Carlos Pereira (PS). Oh! Sr. Deputado, relativamente a essa questão, de que aqui na Madeira está tudo mal, eu penso que a minha intervenção foi elucidativa. Mas, se quiser, para a semana eu continuo a mencionar que, quem entende destas matérias e quem vê de fora aquilo que aqui se faz, o que é que pensa sobre o nosso trabalho na Região, na área do ambiente e da sustentabilidade! Aparte inaudível do Sr. Carlos Pereira (PS). E não é a opinião do Sr. Deputado que me vai fazer mudar de ideias. Aliás, eu, ao nível da oposição, eu penso que não erro, se disser que o Sr. Deputado Hélder Spínola é o Deputado que mais percebe de ambiente e de sustentabilidade na bancada da oposição.

9 O SR. HÉLDER SPÍNOLA (PND):- Não, não! Em todo o Plenário! Em todo o Plenário! Risos nas bancadas da oposição. O ORADOR:- E dizia, há uma semana atrás Oh! Srs. Deputados, aguardem! E dizia, há uma semana atrás, a propósito de Santana, da Reserva da Biosfera, Apartes inaudíveis nas bancadas da oposição. As reservas da biosfera são atribuídas com o principal objetivo de conservar aquilo que existe. Aquilo que, de facto, existe no terreno, é o objetivo principal! E dizia o Sr. Deputado Hélder Spínola, e eu vou citar Oh! Srs. Deputados, podem ouvir ou não? Eu vou citar: A Madeira, na sua globalidade, tinha condições para ser Reserva da Biosfera na sua totalidade. Ou seja, está tudo destruído, ninguém preserva nada, não falta mais nada para destruir, mas, afinal, a Madeira, toda ela, reúne condições para ser Reserva da Biosfera! Mais palavras, para quê? O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado Vicente Pestana. Srs. Deputados, terminamos a primeira parte da ordem de antes do dia, vamos passar aos votos. E temos dois votos de pesar Sr. Deputado Edgar Silva, é para que efeito? O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Um requerimento à Mesa. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Tem a palavra, Sr. Deputado. O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, era um requerimento à Mesa para que o voto que está na ordem de trabalhos, o que se segue é de proposta do PCP, mas nós propomos, e fazemos um requerimento, para que o voto que está em 40.º na lista, que é o Voto de Protesto contra a proposta de alteração à Lei de Finanças Regionais, e porque hoje começa a ser discutida na Assembleia da República, em Plenário, nós propomos que este Voto sobre a Lei de Finanças Regionais seja hoje aqui votado, dada a atualidade desta matéria, e, portanto, que passe de 40.º para o 1.º desta ordem de trabalhos. Vou colocar à votação, precisamente, este requerimento do Sr. Deputado Edgar Silva. Submetido à votação, foi rejeitado com 24 votos contra do PSD, 10 votos a favor, sendo 4 do PS, 2 do PTP, 1 do PCP, 1 do PND, 1 do PAN e 1 do MPT e 8 abstenções do CDS/PP. Srs. Deputados, passamos então aos votos, dois Votos de Pesar, um da autoria do Grupo Parlamentar do PSD e outro da autoria do Grupo Parlamentar do CDS/PP. Constam do seguinte: Voto de Pesar "Pelo Falecimento do General Jaime Neves - Um Verdadeiro Herói Nacional" Jaime Alberto Gonçalves Neves nasceu em 1936 em São Dinis, concelho de Vila Real. Depois de completar o liceu em Vila Real, chegou a inscrever-se no curso de Medicina, mas abandonou a ideia para ingressar na Escola do Exército, em No segundo ano do curso, mudou-se para a Academia Militar em Lisboa, onde completou os estudos. No seu curso, pontificaram outros nomes conhecidos da nossa história recente como Ramalho Eanes, Melo Antunes, Loureiro dos Santos e Almeida Bruno. Jaime Neves fez cinco missões de serviço, divididas entre África e Índia, mas foi no golpe militar contrarrevolucionário de 25 de Novembro de 1975 que se distinguiu ao liderar os célebres Comandos da Amadora, num ataque planeado ao quartel da Calçada da Ajuda, que resultou na rendição das chefias da Polícia Militar. Este foi sem dúvida um dos momentos considerados cruciais para a consolidação da nossa, até então, imberbe democracia e para o restabelecimento de um verdadeiro Estado de Direito, ao mesmo tempo que representou uma machadada final nas aspirações de todos aqueles que sonhavam fazer de Portugal uma nova Albânia e um satélite da ex-união Soviética. O 25 de Novembro colocou um fim no Processo Revolucionário em Curso e às aspirações da extrema-esquerda portuguesa, nomeadamente do Partido Comunista, em fazer do nosso país um laboratório experimental de uma nova ditadura. Pág. 9

10 Em 1995, Jaime Neves foi agraciado, pelo Presidente da República, Mário Soares, com a medalha de grande-oficial com Palma, da Ordem Militar da Torre e Espada, do valor, Lealdade e Mérito que assim realçou um dos mais medalhados comandos do Exército. Durante as comemorações do 35.º aniversário da Revolução de Abril, Jaime Neves foi ainda promovido, muito justamente, a major-general, como reconhecimento pelo papel determinante que representou em Portugal no pós-25 de Abril. O seu falecimento, no passado dia 27 de janeiro aos 76 anos, é uma perda que deve sensibilizar todos os portugueses, uma vez que hoje vivemos em liberdade e em democracia muito graças ao sacrifício, abnegação e elevado sentido de responsabilidade dos homens, onde este distinto militar por direito próprio se inclui, que corporizaram e levaram em frente o 25 de Novembro. Na realidade, são Homens desta grandeza e desta envergadura que nos fazem sentir orgulho do nosso passado, da nossa História e das conquistas que temos no presente; Homens que souberam no momento certo restaurar a normalidade que almejávamos mesmo correndo elevados riscos pessoais e enfrentando cenários de elevada incerteza. Devemos, porque é nossa obrigação, honrar e preservar as suas memórias pelo bem coletivo maior que as suas ações nos proporcionaram. Com esta base, e uma vez que o 25 de Novembro de 1975 é uma das datas históricas que anualmente fazemos questão de assinalar nesta Assembleia em sessão evocativa própria o que realça o verdadeiro espírito do 25 de Novembro e o que ele representou para a instauração de uma verdadeira democracia em Portugal e para a posterior consagração das Autonomias Regionais não podíamos deixar passar este momento sem manifestar o nosso mais profundo pesar pelo falecimento do General Jaime Neves, um verdadeiro Herói nacional. Neste sentido, a Assembleia legislativa da Madeira, legítima representante do Povo da Madeira e do Porto Santo, aprova este voto de pesar e envia à sua família as suas mais sentidas condolências. Funchal, 29 de janeiro de 2013 O Líder do Grupo Parlamentar do PSD/M, Ass.: Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos.- Voto de Pesar "Falecimento do major-general Jaime Neves, militar decisivo para a vitória da democracia em Portugal" Se a democracia em Portugal tem milhões de heróis sem rosto, o povo português, tem também alguns que se distinguem da generosa massa anónima que pugnou pela implantação do estado de direito em que hoje vivemos. O major-general Jaime Neves foi, certamente, um desses heróis com rosto. Homem generoso, discreto, patriota corajoso, combateu na Guerra Colonial enquanto oficial do Regimento de Comandos do Exército Português, tendo-se distinguido como comandante de natureza excepcional. Foi um dos militares com actuação relevante na revolução de 25 de Abril de 1974, por amor à pátria e à democracia. Regimento de Comandos, teve um papel decisivo no golpe militar de 25 de Novembro, contra a deriva autoritária que procurava transformar Portugal numa ditadura marxista. Novamente, o amor à pátria e a uma democracia então incipiente, a generosidade e a coragem marcaram a sua actuação, fundamental para acabar com o Processo Revolucionário em Curso (PREC) e conduzir o país à normalidade democrática. O 25 de Novembro foi igualmente decisivo para a implantação da Autonomia da Madeira e dos Açores, consagrada na Constituição de Numa época de crise como aquela em que vivemos, é fundamental elevar os exemplos dos grandes portugueses, como forma de percebermos, colectivamente, que é possível combater a crise e construir um país melhor. Se formos, à imagem daquilo que foi Jaime Neves enquanto viveu, generosos, corajosos e patriotas. Pelos motivos aqui expostos, a Assembleia Legislativa da Madeira, legitima representante dos cidadãos da Madeira e do Porto Santo, aprova um voto de pesar pelo falecimento do major-general Jaime Neves. Funchal, 31 de Janeiro de 2013 O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, Ass.: António Lopes da Fonseca.- Estão à discussão. Sr. Deputado Jaime Ramos para uma intervenção, tem a palavra. O SR. JAIME RAMOS (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sras. e Srs. Deputados, percebe-se a razão por que o Partido Comunista Português está incomodado com este Voto de Pesar: porque ontem, na Assembleia da República, votou contra! E votou contra, porquê? Porque Jaime Neves foi um militar do 25 de Abril, foi ele que teve a missão de ter toda a máquina da Legião Portuguesa, e demonstrou, pelas suas capacidades operacionais, que era um militar que estava também desejoso, como todos nós, que houvesse plenitude na democracia em Portugal. E fê-lo, com convicção, e na defesa dos interesses da democracia e do povo português! Foi um homem sempre atento, e quando o Partido Comunista, com o Bloco de Esquerda e toda a extrema-esquerda portuguesa, tentou voltar a uma nova ditadura, em 11 de março, foi ele que, em 25 de Novembro, em conjunto com Ramalho Eanes, seu colega de curso, conseguiu, com a sua capacidade de operação, deter e pôr cobro a uma nova ditadura em Portugal e que voltasse a democracia, a fim de que pudesse haver uma nova Constituição e houvesse eleições livres em Portugal, como houve em Portanto, nunca poderíamos deixar de recordar Jaime Neves, quando se fala em liberdade, em democracia e no novo 25 de Abril, que foi o 25 de Novembro, que, felizmente, esta Assembleia, por proposta do Partido Social- Democrata, comemora, em homenagem, não só à liberdade e à democracia, mas também a Jaime Neves. Obrigado. Vozes do PSD:- Muito bem! Pág. 10

11 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Obrigado, Sr. Deputado. Sr. Deputado Lopes da Fonseca, tem a palavra. O SR. LOPES DA FONSECA (CDS/PP):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quem, no dia 25 de Novembro, salvou a República Portuguesa, levando as suas cinco companhias de comandos a estancar uma intenção, que era palpitante, de um conjunto de políticos da extrema-esquerda e de militares coniventes com esse movimento de extremaesquerda, impedindo a sovietização de Portugal, foi este homem corajoso, o então coronel Jaime Neves. A verdade é factual. O facto de Portugal ser hoje um país integrado na União Europeia, o facto de a Região Autónoma da Madeira e dos Açores existirem no seu processo pleno em termos de administração, em termos de Estatuto Político-Administrativo, com a autonomia que hoje temos, o facto de estarmos aqui hoje a discutir as realidades do nosso povo deve-se, sobretudo, à coragem e heroísmo deste coronel. É certo que alguns políticos moderados da época, nomeadamente Mário Soares, Sá Carneiro, Freitas do Amaral e outros, assim como outros militares, nomeadamente o General Ramalho Eanes e também o Major Melo Antunes, colaboraram e permitiram que depois o processo entrasse na democracia que hoje conhecemos. Mas, não fora, não fora, e a verdade é esta, o ato corajoso e heroico deste coronel, naquele dia, e hoje teríamos, provavelmente, uma Região que não passaria de uma província no Atlântico, dentro de um país que estaria debaixo do jugo de um país que era a União Soviética. Felizmente, houve um corajoso militar que, com as suas cinco companhias de comandos, saiu e O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Já termino. atalhou a intenção que havia na época. Felizmente que temos heróis, e esses heróis têm que ser lembrados. E, por isso mesmo, o CDS apresenta este Voto de Pesar, infelizmente, pelo falecimento do mesmo. Mas fica o heroísmo e fica a história! Vozes do CDS/PP:- Muito bem! Sr. Deputado José Manuel Coelho. O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Obrigado, Sr. Presidente. Sras. e Srs. Deputados. Muito bom dia para todos. Aqui, a bancada do meu grupo parlamentar, tem dois militares de Abril, que integram, portanto, a bancada do PTP. E, nessa qualidade, lamentamos as atitudes deste senhor no período do PREC e no papel que teve no 25 de Novembro. Uma voz do PSD:- Agora és militar de Abril!? O ORADOR:- Nós sabemos que a morte é sempre dolorosa, em particular para os familiares e amigos mais próximos. A morte faz parte da lei da vida, ninguém há de ficar para contar histórias. No entanto, há histórias que não se podem esquecer. Faz parte da história que Jaime Neves nunca foi revolucionário, foi um fascista! Nunca foi amigo da democracia, da paz e da independência das colónias! Apartes inaudíveis na bancada do PSD. Reparem, por exemplo, no excerto de uma entrevista recente que o major deu a um órgão de comunicação social. E passo a citar: No 25 de Abril tive o meu primeiro choque, quando chega uma série de malta da margem sul e disseram nem mais um homem para as colónias. Mais adiante, ele dizia: Não sou defensor da descolonização. Pensei sempre que deveríamos controlar tal processo. Vejam só a consideração que o major-general tinha pelos seus militares. Dizia ele, passo a citar: Nós, militares, infelizmente, éramos politicamente mal preparados, mas éramos todos parecidos. Depois surgiram outros que se diziam de esquerda mas, olhe, esses gajos que ser rotularam de esquerda eram uma merda como militares. Os Deputados de Abril, em particular nós, os que cumprimos o serviço militar, como é o caso dos dois deputados do meu grupo, não podem ter a mínima consideração pelo general que, logo no dia 25 de Abril, quando se apercebeu da presença dos civis na Revolução, arrependeu-se e chegou mesmo a afirmar que estava a ser enganado. Em consciência pela democracia e pela liberdade de princípios de abril O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- o Grupo Parlamentar do PTP recusa-se a votar este Voto de Pesar, tal como o PSD se recusou neste Parlamento a votar votos de pesar pelo progressista irmão do Padre Martins. Nós, homens de Abril e de esquerda, temos a obrigação de reagir aos traidores de Abril, mesmo depois da sua morte! Os Srs. Deputados do PTP abandonaram o Hemiciclo. Pág. 11

12 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Srs. Deputados, vou colocar à votação, em separado, em primeiro lugar, o Voto da autoria do Grupo Parlamentar do PSD, que entrou primeiro na Mesa. Está à votação o Voto, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PSD. Submetido à votação, foi aprovado com 39 votos a favor, sendo 22 do PSD, 9 do CDS/PP, 5 do PS, 1 do PND, 1 do PAN e 1 do MPT. Pág. 12 Vamos então votar agora o Voto do Grupo Parlamentar do CDS/PP. Submetido à votação, foi aprovado com 39 votos a favor, sendo 22 do PSD, 9 do CDS/PP, 5 do PS, 1 do PND, 1 do PAN e 1 do MPT. Sr. Deputado Carlos Pereira, tem a palavra para uma declaração de voto. O SR. CARLOS PEREIRA (PS):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista associa-se a estes Votos de Pesar por Jaime Neves, dizendo que Jaime Neves foi um homem da liberdade, foi um homem que contribuiu para o regime democrático que hoje vivemos, um homem que contribuiu para a consolidação dos princípios democráticos e da liberdade. Quero lembrar que o Partido Socialista, através de Mário Soares, condecorou Jaime Neves, precisamente por esse contributo para a liberdade e para a democracia. O Grupo Parlamentar do Partido Socialista só tem pena é que este contributo inestimável, substantivo, que hoje vivemos em Portugal, na democracia, não tenha sido totalmente extensivo à Região Autónoma da Madeira. E não deixa de ser paradoxal que um dos homens que é o vértice da asfixia democrática na Região Autónoma da Madeira, tenha sido o homem que veio defender um homem que defendeu a democracia e a liberdade. E isto é, de facto, o grande paradoxo da Madeira. Nós, infelizmente, não vivemos em liberdade, vivemos em asfixia democrática Aparte inaudível do Sr. Jaime Ramos (PSD). e isso decorre precisamente dos contributos fundamentais, de pessoas como o Jaime Neves, não terem sido verdadeiramente consolidados na Região Autónoma da Madeira. E isto é um enorme lamento. E ao mesmo tempo que nós nos associamos a este pesar de Jaime Neves, associamo-nos também a um lamento profundo que este contributo para a democracia e para a liberdade não tenha chegado em plenitude à Madeira. Mas fica, apesar de tudo, uma esperança: que venham mais homens de Abril para a Madeira poder ser uma Região livre e democrática! O SR. VICTOR FREITAS (PS):- Muito bem! Aparte inaudível do Sr. Jaime Ramos (PSD). Terminamos o período de antes da ordem do dia, vamos entrar na nossa ordem de trabalhos. ORDEM DO DIA E entramos no ponto 1 da I.ª Parte da nossa ordem de trabalhos, com leitura do parecer da 2.ª Comissão Especializada e apreciação, na generalidade, do projeto de Decreto Legislativo, da autoria do Partido Comunista Português, intitulado Apoio ao crédito habitacional para trabalhadores desempregados reativação dos apoios previstos no Decreto Legislativo Regional n.º 15/2009/M, de 22 de junho. E peço à Sra. Secretária da Mesa o favor de ler o parecer da 2.ª Comissão Especializada. Foi lido. Consta do seguinte: Projeto de Decreto Legislativo Regional Apoio ao crédito habitacional para trabalhadores desempregados reativação dos apoios previstos no Decreto Legislativo Regional n.º 15/2009/M, de 22 de junho PARECER Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 136.º do Regimento da Assembleia Legislativa da Madeira, reuni no dia 08 de março de 2012, pelas 15 horas a 2.ª Comissão Especializada permanente de Economia, Finanças e Turismo para analisar o diploma em epígrafe. Após verificação formal e material do diploma a Comissão considerou por unanimidade estarem reunidos os pressupostos para remissão do Projeto de Decreto Legislativo Regional para discussão e apreciação em Plenário. Este parecer foi aprovado por unanimidade. Funchal, 08 de março de O Relator, Ass.: Pedro Coelho.-

13 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada. Está em discussão, na generalidade. Regressaram ao Hemiciclo os Srs. Deputados do PTP. Presumo que o autor do diploma deseje intervir. O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Sim, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Tem a palavra, faz favor, Sr. Deputado Edgar Silva. O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, este projeto de decreto legislativo regional deu entrada no Parlamento no dia 15 de fevereiro de 2012, ou seja, há um ano. Há um ano atrás, este projeto deu entrada com processo de urgência. E deu entrada em fevereiro, o ano passado, com processo de urgência, e o processo de urgência foi chumbado em Plenário. E foi apresentado com processo de urgência, porquê? Porque o Programa de Apoio à Habitação para Desempregados tinha cessado em dezembro de 2011 e os desempregados deixaram de ter acesso a esse programa a partir de janeiro de Em fevereiro de 2012, do dia 15 de fevereiro, há um ano, repito, nós apresentámos, com processo de urgência, este projeto de decreto legislativo regional, para que esse direito reconhecido aos desempregados da Região Autónoma da Madeira fosse restituído. Ora, isso foi a 15 de fevereiro, e o processo de urgência foi chumbado, porque o PSD achava que não era urgente. E a proposta foi para as calendas da ordem de trabalhos e cá chegou hoje. Entretanto, o Governo Regional apresenta um projeto de decreto legislativo regional exatamente com o mesmo objetivo e nos mesmos termos, no final de 2012, para entrar em vigor a partir de janeiro de não!, para vigorar, inicialmente, nos dois últimos meses de 2012, o que só se veio a verificar a partir de janeiro de Apartes inaudíveis. Mas, o Governo Regional, o projeto não era urgente, não fazia sentido há um ano atrás, em fevereiro, e o Governo Regional pega numa proposta de decreto legislativo regional enviada ao Parlamento, exatamente com o mesmo objetivo daquele que o Partido Comunista tinha aqui trazido e, obviamente, esta esperteza saloia, para que a proposta apresentada pelo PCP e o que importava não era o conteúdo, o que importava, nesta visão sectária da vida política, não era ajudar imediatamente, em fevereiro, há um ano atrás, a resolver o problema das pessoas, mas, porque era uma proposta vinda da oposição, e porque era justa, e porque era justa, era preciso impedir que essa proposta tivesse que ser viabilizada. Então, essa proposta apresentada há um ano atrás, foi inviabilizado o processo de urgência e, em outubro, o Governo traz ao Parlamento uma proposta, aprovada em novembro, exatamente com o mesmo objetivo, com pequenas alterações, até melhorando num ou noutro aspeto, coisa que podia ser feita na especialidade, há um ano atrás, quando nós apresentámos este diploma. Pois, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o que aqui está em causa é, fundamentalmente, este modus operandi, esta forma sectária, esta forma enviesada, completamente disforme, de compreender o trabalho do Parlamento. E, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as propostas, ou valem pelo seu conteúdo, ou, se valem apenas em função do seu proponente, nós estamos na conceção mais rasca do que deve ser a democracia. Quando uma proposta não conta pelo seu conteúdo, quando uma proposta não pode ser votada, pura e simplesmente, em função do proponente, porque veio da oposição, isto quer dizer que nós estamos no grau zero da democracia, quer isto dizer que estamos nos patamares da pré-história da vivência da democracia! Pois, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é este processo e é este caso exemplar, em que, sendo uma proposta válida, sendo uma proposta que se veio a revelar, aliás, veio a ser votada depois por unanimidade em outubro de 2012, no final de outubro de 2012, esta proposta que se veio a revelar útil, válida, justa, oportuna, essa proposta foi inviabilizada, apenas e só porque vinha das bancadas da oposição. Ora, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, daqui resultou prejuízo para os desempregados da Região. E porquê? Porque o que está em causa, não é apenas uma forma, o que está em causa não é o aspeto formal e não é só, também, a questão sectária, completamente abstrusa de compreender a atividade política e a intervenção parlamentar, mas há uma outra questão: são os prejuízos que daqui resultaram para os cidadãos da Região. E porquê? Porque os desempregados na Região Autónoma da Madeira, que tinham este direito, pelo chumbo que a maioria deu em 15 de fevereiro de 2012, há um ano atrás, os desempregados da Região Autónoma da Madeira ficaram todo o ano de 2012 sem um direito que lhes poderia ser reconhecido, enquanto pessoas desempregadas, enquanto pessoas desapoiadas, que tiveram este apoio até dezembro de 2011, passaram todo o ano de 2012 sem o apoio, sem o direito que lhes estava reconhecido, apenas e só porque a maioria foi sectária e quis inviabilizar a proposta O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- lesando os cidadãos, provocando dano nos cidadãos. Pois, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputado e já termino, posto isto, perante esta situação, não se justifica a continuidade da discussão desta nossa proposta e por isso nós retiramos esta mesma proposta de decreto legislativo regional! Pág. 13

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