REVISTA 3º FESTIVAL DE HISTÓRIA. Diálogos Oceânicos DIAMANTINA

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1 REVISTA 3º FESTIVAL DE HISTÓRIA B R A G A Diálogos Oceânicos DIAMANTINA BrasilPortugal

2 2 3º FESTIVAL DE HISTÓRIA Brasil / Portugal Parcerias pela História A realização da terceira edição do Festival de História nos dois lados do Atlântico em 2015 é resultado de uma boa dose de ousadia e determinação. No entanto, a inédita iniciativa não teria tido sucesso sem a construção de sólidas parcerias no Brasil e em Portugal. Assim, aos parceiros de primeira hora do fhist no Brasil, entre os quais os Ministérios da Cultura e da Educação, a Universidade Federal de Minas Gerais, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Prefeitura de Diamantina, logo se somariam, em Portugal, a Universidade do Minho e a Câmara Municipal de Braga, todos unidos pelo desafio de confrontar reflexões e alinhar ideias sobre a história e a cultura dos povos de língua portuguesa. Como revela esta edição da Revista fhist, a qualidade temática e a profundidade dos debates, a intensa participação dos historiadores, jornalistas, artistas e convidados e do público e a repercussão do 3º fhist tanto em Portugal, em maio, quanto no Brasil, em outubro, comprovam que o esforço valeu a pena. Conselho Científico: António Zamith (PT) - Américo Antunes (BR) - Emília Araújo (PT) - Helena Sousa (PT) - Heloísa Starling (BR) - José Meireles (PT) - Júnia Furtado (BR) - Lídia Dias (PT) - Luiz Philippe Torelly (BR) - Manuela Martins (PT) - Maria do Pilar Lacerda (BR) - Miguel Sopas de Melo Bandeira (PT) - Otto Sarkis (BR) - Teresa Ruão (PT) - Curadoria: Maria do Pilar Lacerda / Fundação SM - Heloísa Starling / Projeto República da UFMG. Coordenação-geral: Américo Antunes / Stratégia Cultura e Comunicação - Coordenação Artística: Marcela Bertelli / Lira Cultura - Apoio logístico em Portugal: Henrique Dias / RDMC - Produção-executiva: Maira Fonseca / Dupla Promoções - Gestão-financeira: Laís Vitral Revista fhist Nº 2 Coordenação-editorial: Américo Antunes - Redação: Adélia Soares / Cândida Canêdo / Denise Menezes / Felipe Canêdo / Último Valadares - Designer: Pedro Miranda Rua Francisco Deslandes, 971/ Bairro Anchieta Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP Telefone: strategia@terrazul.org.br Patrocínio A todos e a todas, o nosso muito obrigado. Boa leitura! PEDRO MIRANDA 4 História para todos 6 Música e Política dão samba 8 Travessias barrocas 10 Quebrando mitos 11 Genocídio documentado 12 Linguagens do racismo 14 Pacto de silêncio 15 Memórias da guerrilha 16 História x jornalismo 17 Tempos digitais 18 Da criptografia aos sentidos 19 Maria Bethânia - Pura emoção 20 Arnaldo Antunes - A palavra 21 Mamour Ba - Show eletrizante 22 Um dia no 3º fhist Ministério da Cultura Apoio Parcerias realização Ministério da Educação

3 4 5 História para todos A terceira edição do Festival de História no Brasil e em Portugal em 2015 atesta que o interesse pela literatura de temas históricos é crescente e ultrapassa fronteiras. Em Braga, em maio, e em Diamantina, em outubro, nada menos do que 830 inscritos participaram dos eventos que contaram, ao todo, com duas conferências, 20 mesas de debates e sete oficinas. As duas etapas do festival reuniram exposições de 67 historiadores, jornalistas e especialistas convidados dos dois países. Estrelados pelos músicos e artistas Maria Bethânia e Ivan Vilela, em Braga, e por Arnaldo Antunes e Mamour Ba, em Diamantina, os espetáculos encantaram também o seleto público do 3º fhist, envolvendo em pura poesia, emoção e energia mais de dois mil portugueses e brasileiros. Sob o eixo temático Diálogos Oceânicos, as conferências e mesas revelaram novos olhares sobre temas como escravidão e racismo, singularidades das transições democráticas no Brasil e em Portugal, matrizes barrocas do patrimônio cultural, música e política, história e moda, memórias guerrilheiras e os impactos das novas tecnologias de comunicação nas narrativas históricas. Frente a frente com o público, nos palcos do auditório GNRation, em Braga, e da Tenda da História, em Diamantina, revezariam então os historiadores brasileiros José Murilo de Carvalho, Lília Schwarcz, João f e s ta d e d a s o o f íc io contar a r t e s d e a histó ria D I A ura io da Cult Ministér apresenta José Reis, Boris Fausto, Heloísa Starling, Marcello Basile, Júnia Furtado e Marcos Lobato. Entre os jornalistas e especialistas, o Festival contaria ainda com as presenças de Franklin Martins, Macaé Evaristo, Gringo Cardia, Jurema Machado, Fernando Moraes, Lucas Figueiredo, Glória Kalil e Daniela Arbex, entre outros. Por sua vez, Antônio Costa Pinto, Diogo Ramada Curto, Miguel Bandeira, Maria Augusta Lima Cruz, Nelson Troca Zagalo, Jorge Alves, José Abílio Coelho, Nuno Gonçalo Monteiro, Anabela Becho, José Carlos Venâncio e José Meireles, entre outros, trariam os olhares da academia e da historiografia portuguesa sobre os temas propostos pelo 3º Festival de História. M A N 7 a 12 d e outu br tem novo ória, o f Hist de contar a Hist ra, cinema, o e das artes bro. literatu Brasil do ofíci gem 19 e 22 de setem Festa única no na bela paisa entre os dias arão os palcos cado com você ganh uma mar s urai ntro iniciativa enco essões cult fio de propiciar diversas expr que traz o desa ória! ção arealizahist arte e as mais ão do Festival contadas. Viva co na 2ª ediç não Tiju s do ória ial Ministério da Cultura s Hist do Arra jornada pela ante cion apresenta emo intensa e itadas. tas. Vagas lim inscrições aber oria.com.br ivaldehist ivaldehis T I N A o de toria.com apoio.br SECTUR apoio patrocínio 3º FESTIVAL DE HISTÓRIA Diálogos realização parceiros Oceânicos História, educação, artes, identidades e diversidades culturais dos povos de Língua Portuguesa regem os Diálogos Oceânicos do 3º fhist que apresentará uma programação imperdível nos belos palcos de Diamantina. Marque em sua agenda e faça parte desta História. Diamantina, Brasil 8 a 11 de outubro Inscrições abertas para a etapa de Diamantina em: Patrocínio Apoio Parcerias Realização Ministério da Educação Ministério da Cultura Pioneirismo De Braga a Diamantina Na milenar cidade portuguesa de Braga, fundada em 16 a.c. entre os rios Minho e Douro como Bracara Augusta, a programação do Festival, entre os dias 20 e 23 de maio, contou com uma conferência magna no Theatro Circo, 12 mesas de debates e três oficinas de História no complexo cultural GNRation, registrando a participação de 306 inscritos. Além disso, o Festival promoveu sessões de cinema, dois espetáculos musicais e se integrou à festa Braga Romana, quando a cidade celebra e rememora as suas origens latinas. No antigo Arraial do Tijuco, fundado pelos portugueses no início do século XVIII, a segunda etapa do 3º fhist contou com uma conferência e oito mesas de debates na Tenda da História e quatro oficinas no Teatro Santa Izabel e na Casa de Chica da Silva que envolveram 517 participantes inscritos. O Festival em Diamantina, entre os dias 8 e 11 de outubro, contaria ainda com uma concorrida Feira de Livros de História e nove lançamentos como prosa no charmoso Mercado Velho, sessão de cinema no teatro, exposições e espetáculos musicais que se incor- poraram à belíssima programação cultural e religiosa da Festa do Rosário dos Homens Pretos. Com os Diálogos Oceânicos, nosso objetivo era trazer à tona a reflexão e o debate sobre identidades históricas e diversidades culturais dos povos de língua portuguesa, diz o jornalista Américo Antunes, coordenador do Festival de História. Além disso, ele recorda que 3º fhist em Braga e Diamantina pretendeu conectar vivências e realidades distintas, unindo-as pelas palavras. Creio que a missão foi cumprida. Realizado pela primeira vez em Diamantina em outubro de 2011, o Festival de História nasceu sob o desafio de contribuir para democratizar o conhecimento de temas históricos e inovou, ao proporcionar aos participantes o contato direto com os autores em uma inédita programação de debates, oficinas, mostra de cinema, espetáculos, exposições e lançamentos de livros, sempre sob o fio condutor da História. Na primeira edição, intitulada Festa do ofício e das artes de contar a História, 50 historiadores e jornalistas convidados prestigiaram o Festival, que contou com a participação de 668 inscritos nas mesas realizadas na Tenda da História. Em setembro de 2013, sob a batuta das Histórias não contadas, a segunda edição do fhist levaria a Diamantina 41 escritores e pesquisadores, reunindo na Tenda da História 800 participantes inscritos. Com uma criativa programação por toda a cidade, a segunda edição consolidaria então o fhist como uma das mais importantes festas da Literatura e da História de Minas Gerais e do Brasil.

4 6 7 PAULO NOGUEIRA PEDRO MIRANDA Música e política dão samba Franklin Martins Último Valadares Nos tempos da colônia, a população brasileira, cada vez mais miscigenada, contava basicamente com a transmissão oral para expressar o seu modo de vida. Embora já houvesse poetas e escritores do calibre de Gregório de Matos e Tomás Antônio Gonzaga, que estudaram na Europa, ou do padre Antônio Vieira, apenas com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, foi introduzida a primeira gráfica no Rio de Janeiro. Esse longo isolamento da população em relação à palavra escrita e à cultura literária, que durou mais de três séculos, tornou o país decididamente ligado à oralidade e, mais ainda, à música, que assumiu o papel de crônica dos fatos e das transformações políticas. Essa constatação permeia a trilogia Quem inventou o Brasil?, do jornalista e ex-ministro Franklin Martins, que mostra a intensa relação entre música e política no Brasil, sobretudo entre 1902 e Para elaborar a obra, ele investigou durante quase duas décadas o universo musical brasileiro e recolheu e analisou músicas. O exaustivo trabalho de Martins abriu espaço não apenas para publicação do livro, como para palestras, entrevistas e mesmo laboratórios literários. Como convidado especial do 3º fhist, ele participou de mesa e conferências na cidade portuguesa de Braga e em Diamantina. Crônica dos fatos De acordo com o ex-ministro, uma marca registrada da música brasileira é a continuidade da crônica política ao longo do tempo. Não existe fato relevante na história do país que não tenha inspirado música. Assim, desfilam musicalmente, na passarela da História, fatos e personagens desde a implantação da República até hoje, passando por episódios como República Velha, Coluna Prestes, Revolução de 1930, Era Vargas, participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, campanhas eleitorais das décadas de 1940 e 1950, JK, ditadura militar e redemocratização. Tudo é motivo para canções, cançonetas, marchas e sambas, entre outros gêneros, que destilam ufanismo, humor, deboche, raiva e ironia. Há exceções, porém, reconhece Martins. Não há música inspirada na primeira greve geral de 1917 e nem intencionalidade política na produção musical do início da Bossa Nova. Essa presença quase unânime do caráter político na dimensão musical diferencia o Brasil de outros países, mesmo aqueles com forte identidade entre música e política. Nesses países, de maneira diferente do Brasil, as canções sobre política costumam concentrar- -se em determinadas épocas, mais dramáticas marcadas por guerras, revoluções e agudos conflitos sociais, explica. É o caso, por exemplo, do Hino Nacional da França, a Marselhesa, que adquiriu grande popularidade durante a Revolução Francesa. Acabado esses episódios agudos, as músicas perdem o fervor dos velhos tempos e os temas se modificam. No Brasil os processos foram diferentes não apenas pela tradição oral - presente mesmo em grandes civilizações do passado que explica o caráter permanente de crônica da música nacional. Também são relevantes os saltos tecnológicos que impactaram o país em curto espaço de tempo. Franklin Martins aponta um impacto tecnológico significativo, que foi a introdução da indústria fonográfica no Brasil, em 1902, menos de um século após a chegada da Corte Portuguesa. Quando ainda não se tinha uma tradição literária já se começava a indústria cultural, uma indústria musical, que em outros países levou séculos para acontecer, recorda. Em Braga, mesa sobre a música contou com a participação de Ricardo Vilas Boas, Pedro Portela, Lucas Bachini e Bruno Viveiros Invenção do Brasil reprodução A trilogia de Franklin Martins sobre música popular tem o seu título inspirado em uma antológica marchinha de Lamartine Babo, de 1934, com o verso Quem foi que inventou o Brasil? Lamartine responde : foi seu Cabral (os europeus), foram Peri e Ceci (os indígenas), foram Ioiô e Iaiá (os africanos). A música intriga porque cita personagens hoje obscuros na época, porém, badalados, o que reforça o sentido de crônica dos fatos da música como a Severa e o cavalo Mossoró. Intrigado, Martins descobriu que Severa era uma fadista portuguesa, que morreu em E só foi parar na música de Lamartine porque o primeiro filme sonoro produzido em Portugal foi A Severa, de 1930, que fez muito sucesso em seguida no Rio de Janeiro. Também estava na moda o cavalo Mossoró, um tordilho pernambucano que fez bonito no primeiro Grande Prêmio Brasil no Hipódromo da Gávea, em Assim, em cada letra da música brasileira do passado é possível descobrir tesouros. Sobre as décadas mais recentes, o jornalista recorda a criatividade dos músicos para superar obstáculos como a censura na época da ditadura, a exemplo da música, com duplo sentido, Apesar de Você, de Chico Buarque, de E fala sobre a participação de diversos outros artistas como Paulo Cesar Pinheiro, Juca Chaves (já com música sobre a Operação Lava Jato) e Geraldo Vandré, entre outros. Também recorda que no tempo da ditadura vigorava a MPB, que logo cedeu lugar para o rock nacional com a expectativa da abertura política. Ao longo do tempo, portanto, novas manifestações musicais surgem para expressar o momento vivido, como o reggae, o funk e rap. História do Brasil (marcha/carnaval) Lamartine Babo Quem foi que inventou o Brasil? Foi seu Cabral! Foi seu Cabral! No dia vinte e um de abril Dois meses depois do carnaval Depois Ceci amou Peri Peri beijou Ceci Ao som... Ao som do Guarani! Do Guarani ao guaraná Surgiu a feijoada E mais tarde o Paraty Depois Ceci virou Iaiá Peri virou Ioiô De lá... Pra cá tudo mudou! Passou-se o tempo da vovó Quem manda é a Severa E o cavalo Mossoró

5 8 9 Travessias barrocas PEDRO MIRANDA Adélia Soares O que é improvável aos olhos da maioria das pessoas torna-se real nos debates promovidos pelo 3º Festival de História em Prova disso são as mesas Barrocas matrizes: identidades urbanas, arquitetura, arte e legados, ocorrida em Braga, Portugal, dia 23 de maio, e Travessias barrocas: de Braga ao Arraial do Tijuco, realizada em Diamantina, Minas Gerais, dia 10 de outubro. Os debates revelaram diversos pontos comuns entre as cidades dos dois lados do Atlântico, confirmando os diálogos oceânicos em mais de 500 anos de História, e comprovaram que apesar de aparentemente improvável, são muitas as características comuns que aproximam a milenar cidade portuguesa de Braga à histórica Diamantina e à moderna Brasília. O investigador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CE- GOT), professor do Departamento de Geografia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e vereador da Câmara Municipal de Braga, Miguel Sopas de Melo Bandeira, ressalta que Braga é uma cidade profundamente clerical, porque é herdeira do legado romano. Portanto, quando o Cristianismo passou a ser a religião oficial de Roma, naturalmente a Braga romana passou a Braga cristã. E essa realidade lhe deu essa matriz particular de ser uma cidade governada por um arcebispo, com uma PEDRO MIRANDA Em Braga, a inspiração para o santuário de Congonhas, em Minas Gerais PEDRO MIRANDA evidência barroca voltada para um poder absoluto, o que fez de Braga uma pequena corte. Neste cenário fortemente religioso está incluído o Santuário de Bom Jesus do Monte que, segundo a historiadora e professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Guiomar de Grammont, foi, seguramente, o modelo para o Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, Minas Gerais. A professora destaca que é fundamental perceber essa relação artística entre Portugal e a o Brasil colonial, na comparação entre os dois conjuntos, porque ambos mostravam aos fiéis que deviam alcançar a fé através do sofrimento de Cristo. Isso era parte do movimento da Contra-Reforma, que buscava recolocar os princípios da fé católica a partir das meditações propostas pelo padre jesuíta Inácio de Loyola. A ideia era uma ascese espiritual da contemplação dos Passos da Paixão, tendo a arte como função religiosa. A religiosidade e outros traços da arte e da arquitetura portuguesa podem ser vistos no trabalho de um português que, de acordo com a professora de História da Arte da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (UFVJM), Cláudia Orlandi, é um dos mais discretos do século XVIII. Nascido em Braga, José Soares de Araújo atravessou o Atlântico e trouxe para o Tijuco uma pintura ilusionista, própria do barroco europeu. Seu trabalho de falsa arquitetura, própria do barroco, pode ser observado na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Diamantina, que tem o campanário ao fundo, algo bastante comum nos templos em Braga. Sua arte também está presente na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e em distritos de Diamantina, como na Igreja de Sant Ana de Inhaí, onde uma pintura trabalhada com um ponto de fuga cria a ilusão de uma gravura em três dimensões. Miguel Sopas de Melo Bandeira RAFAEL SILVA Mesa Travessias barrocas: de Braga ao Arraial do Tijuco O olhar de Lúcio Costa Do lado de cá do Atlântico, o arquiteto Lucio Costa, vencedor do concurso do Plano Piloto de Brasília, passou grande parte de sua vida estudando a arquitetura brasileira. O arquiteto, professor da Universidade de Brasília (UNB), e diretor do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Andrey Rosenthal Schlee, conta que na década de 1920 a arquitetura neocolonial era a marca no Brasil. Lucio O velho e o novo Se o barroco está na raiz do patrimônio cultural e arquitetônico das cidades históricas brasileiras, a virada do Século XIX estabeleceria forte tensão entre tradição e modernidade. E este foi o tema da mesa Diamantina, Século XIX, realizada no último dia do 3º fhist, que procurou trazer ao debate novos olhares sobre um período pouco difundido da nossa História. Pesquisando a imprensa de Diamantina e Juiz de Fora entre 1884 e 1909, o doutor em História Social pela USP, James William Goodwin, detectou um discurso comum da modernidade, alimentado pela chegada da iluminação elétrica e do trem de ferro, mas não sem uma pitada de saudosismo. Como revela um artigo publicado no jornal A Idea Nova, de Aldo Delfino, em agosto de 1909: Os próprios filhos da terra, ao voltarem à pátria, depois da entrada triunfal e ruidosa da locomotiva, custarão a reconhecê-la. [...] // O progresso tem isso. Pelo bem que nos traz nos NILTINHO ROQUE Costa em 1924 já havia ganhado alguns concursos importantes e começava a se destacar no cenário nacional. Neste ano, em Diamantina, coleta informações sobre os imóves, registradas em anotações e desenhos de grande qualidade gráfica. A partir de então foram diversos estudos nos dois lados do oceano, tanto na Europa como em Minas Gerais. Esses estudos deram origem a um vasto material sobre a arquitetura genuína portuguesa e a arquitetura brasileira. Em uma de suas viagens, em 1952, Lucio Costa percorreu Portugal de ponta a ponta Mesa: Diamantina, Século XIX PEDRO MIRANDA Andrey Rosenthal e produziu cinco cadernos com anotações e desenhos, incluído entre eles a Catedral de Braga, detalhada em suas portadas e púlpitos, e, também o Santuário de Bom Jesus, sobre o qual tinha especial interesse no Conjunto dos Passos, na comparção com o de Congonhas. Os cadernos de Lucio Costa ficaram sumidos por muitos anos e só foram encontrados após sua morte (1998), dentro de um armário. O material foi publicado pela Furnarte, em 2013, em uma edição de luxo. Sobre Diamantina, Lucio Costa deixou um singelo comentário: lá chegando, caí em cheio no passado no seu sentido mais despojado, mais puro; um passado de verdade, que eu ignorava, um passado que era novo em folha para mim. Foi uma revelação: casas, igrejas, pousada dos tropeiros E mal sabia que, 30 anos depois, iria projetar nossa capital para um rapaz, da minha idade, nascido ali. (COSTA, Lucio. Lucio Costa: registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995) priva de muita coisa boa. [...] // A verdade, porém, é que a Diamantina atual será absorvida pela Diamantina futura. // Aí vai a nova cidade em trem de ferro! // Tu, porém, cidade antiga, tu viverás veneranda na memória dos moços e na saudade dos velhos. [...] No dia em que a nova cidade chegar, tu podes desaparecer tranquila, porque morres com glória. Pesquisadora do acervo de negativos em vidro de fotografias feitas em Diamantina por Francisco Augusto Alkimim, o Chichico Alkimim, clicadas entre 1900 e 1956, a professora de História do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Campus Diamantina, Daisy Lúcide Santos, detectou também a tensão entre o velho e o novo. Entretanto, os registros fotográficos de Chichico revelam uma cidade que conserva e se moderniza ao mesmo tempo, em um processo de destradicionalização. Já Marcos Lobato, doutor em História Econômica pela USP e professor da UFVJM, apresentou estudos inovadores sobre a exploração de diamantes ao longo do Século XIX que questionam o lugar-comum historiográfico da dimensão conflituosa das zonas mineradoras.

6 10 11 CRIS CASTRO Quebrando mitos José Murilo Carvalho Último Valadares CRIS CASTRO Os historiadores José Murilo Carvalho, Lúcia Bastos e Marcello Basile esquadrinharam por quase duas décadas bibliotecas no Brasil, em Portugal e no Uruguai - a antiga Província Cisplatina. O objetivo era encontrar informações sobre um dos períodos mais conturbados da política brasileira, entre os anos de 1820 e O material encontrado foi mais caudaloso que o imaginado. E permitiu a seleção de 362 panfletos, 68 cartas, 60 análises e 107 sermões, diálogos e manifestos e 127 poesias e relatos - para compor os quatro volumes do livro Guerra literária Panfletos da Independência ( ), publicado pela Editora UFMG. A pesquisa inédita, apresentada em mesas de debates do 3º fhist tanto em Braga quanto em Diamantina, revelou um Brasil diferente do que geralmente conta a historiografia. Ao invés de uma população apática quanto aos acontecimentos políticos, que dá apenas à elite o poder de decisão, o estudo comprova a forte participação popular. Havia povo no processo da Independência. Assim como havia povo na abdicação do imperador Pedro I, e na maioridade de Dom Pedro II, resume José Murilo. Para Marcello Basile, a quantidade de panfletos surpreendeu, assim como a amplitude do debate, que redimensiona a visão elitista do processo de Independência. O debate foi muito mais amplo e diversificado do que se pensava e atingiu todas as categorias sociais, afirma. Do material encontrado, os pesquisadores aproveitaram apenas os relativos ao Brasil. Os panfletos começaram a ser escritos em 1820, quando eclodiu a Revolução Liberal do Porto, em Portugal, exigindo o retorno de Dom João VI para a Europa. O episódio abriu guerra literária entre os portugueses e brasileiros, conforme o cônego Luís Gonçalves dos Santos, o padre Perereca. Em Marcello Basile panfletos, o padre defendeu o Brasil contra desaforos de alguns lusos. Manuel Fernandes Tomás, por exemplo, considerava o país selvagem, inculto, e terra de macacos, dos pretos e das serpentes. Outros episódios atiçaram mais lenha à fogueira, como a mobilização para Dom Pedro I ficar no país, a Independência do Brasil, a Guerra da Cisplatina e entreveros como a Guerra dos Farrapos, a Sabinada, a Cabanagem, a Revolta dos Malês e a Balaiada. O ano de 1840 marca o declínio dessa maré, com o reconhecimento da maioridade de Dom Pedro II. Os panfletos Divulgados geralmente à surdina, para fugir da repressão das autoridades, os panfletos eram escritos por magistrados, padres, militares e profissionais liberais ligados à administração pública. Precisamente 95 dos autores foram identificados. Muitos panfletos políticos eram afixados em postes para a leitura dos passantes. Outros eram reproduzidos em gráficas, quando a imprensa praticamente ainda não existia. Alguns se tornaram manifestos de sucesso. O texto que pedia a Dom Pedro I para ficar no Brasil, contrariando as ordens de Portugal, e que resultou no Dia do Fico, em nove de janeiro de 1822, foi assinado por oito mil pessoas. Algo que hoje equivaleria a um manifesto subscrito por meio milhão de brasileiros, conforme atestam os pesquisadores. Outros manifestos indicam também a temperatura política da época. O padre Manoel Rodrigues da Costa, um dos participantes da Inconfidência Mineira, por exemplo, toma uma atitude favorável a Dom Pedro I, apostando em sua capacidade de unir o país no processo de Independência. Já o frei Caneca, um dos líderes da Revolução Pernambucana de 1817, segue o caminho da radicalização política, que resultaria em seu fuzilamento alguns anos depois por ter liderado a Confederação do Equador, um movimento separatista de inspiração republicana que pipocou no Nordeste. Quase 80% dos panfletos - publicações que chegavam a ter até 50 páginas - foram obtidos na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. A equipe consultou ainda as bibliotecas dos países envolvidos no tema e recolheu material significativo na Biblioteca do Itamaraty. Genocídio documentado Felipe Canêdo Um enviado por um índio Marubo ao grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, em 2012, perguntava: Por que vocês só tratam de mortos e desaparecidos não índios?. E a recém criada Comissão Nacional da Verdade (CNV), de fato, não previa investigações sobre violações de direitos dos povos nativos entre 1946 e Foi a partir desta correspondência que nasceu a articulação para que o tema fosse incluído na pauta da CNV e, no processo, Marcelo Zelic, vice-presidente da entidade paulista, se deparou com o chamado Relatório Figueiredo, no Museu do Índio, no Rio de Janeiro. Tomando como partida as mortes, torturas e esbulhos de terra relatadas neste documento elaborado pelo Ministério do Interior em 1967, Zelic e o tarimbado jornalista da Folha de São Paulo, Rubens Valente, conduziram os participantes do 3º fhist em Diamantina a uma inédita retrospectiva das bestialidades cometidas contra diversas tribos brasileiras no último século. Durante a mesa, intitulada Genocídio Documentado: o Relatório Figueiredo e a Questão Indígena mediada pelo jornalista e entusiasta do Festival, Otto Sarkis, os debatedores citaram episódios pouco conhecidos, acontecidos da década de 1940 em diante, e chegando aos dias de hoje. Ao longo dos meus 26 anos de reportagem me deparei com muitas histórias, como as das milícias indígenas. No Mato Grosso do Sul era muito comum: índios foram treinados para oprimir o próprio índio. Esse processo é anterior à ditadura, mas nela ele se aprofunda. Em Minas Gerais, inclusive, foi criada a Guarda Rural Indígena (GRIN), e o Reformatório Krenak, onde índios de várias etnias foram presos, contou Valente. O jornalista, que se prepara para lançar pela Companhia das Letras no próximo ano um livro sobre os crimes cometidos pela ditadura contra os indígena, citou casos emblemáticos que pesquisou e cobriu, como o do assassinato do líder Guarani-Kaiowa, Marçal de Souza. Marcelo Zelic, por sua vez, relatou os bastidores da descoberta do Relatório Figueiredo, que estava sem identificação entre os arquivos do Museu do Índio, e acrescentou outros episódios assombrosos da História brasileira recente, como o extermínio de uma tribo Pataxó inteira CRIS CASTRO Mesa Genocídio Documentado: o Relatório Figueiredo e a Questão Indígena no Sul da Bahia, feito através de inoculações propositais de varíola entre os anos 1950 e O alerta que o Relatório Figueiredo nos faz é que as violências contra os indígenas continuam se perpetuando até os dias de hoje. Não é por acaso que a situação seja tão crítica no Mato Grosso do Sul atualmente. Os escritos do procurador Jader de Figueiredo apontam inúmeros esbulhos de terra na região, enfatizou. O tronco, que era usado para torturar escravos, é descrito no relatório com detalhes. Os índios no Sul do país continuavam a ser seviciados pelo tronco em 1960, disse ainda. Histórias que se repetem Entre os genocídios citados pelos debatedores estavam o chamado Massacre do Paralelo 11, no Mato Grosso, dos Cintas-Largas; e o dos Waimiri-Atroari, no Amazonas, com a construção da BR-174. Consta no relatório final da CNV que um censo da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em 1972 apontava a presença de cerca de três Paixão pelos livros Saber mais sobre História não tem idade. Quem prova isso é o garoto diamantinense André Luís Lourenço, de 14 anos, da rede municipal de ensino. Ele participou da 3ª edição do fhist em 2015, onde presenciou mesas de debates, frequentou uma das quatro Oficinas de História e curtiu os espetáculos musicais. Filho de guarda municipal, que quer se tornar professor de Educação Física, e de dona de casa, André diz que sempre lê, sendo frequentador assíduo de uma livraria no centro da cidade. Também se diverte com a família em cachoeiras da região e em atrações que aparecem na cidade. Para ele, uma das mesas mais interessantes do 3º fhist foi sobre os índios brasileiros. E quando tiver 16 anos, em 2017, André já tem um compromisso marcado na agenda: o 4º fhist. mil Waimiri-Atroaris na região da edificação da Hidroelétrica de Balbina e dessa rodovia. Onze anos depois restavam apenas 350 índios. Já no caso dos Cintas-Largas, a comissão estimou que cerca de cinco mil índios morreram a partir de 1950 por envenenamento de alimentos misturados com arsênico, aviões que atiravam brinquedos contaminados com vírus da gripe, sarampo e varíola, e assassinatos em emboscadas, nas quais suas aldeias eram dinamitadas ou por pistoleiros. Valente e Zelic destacaram a necessidade de se aprofundar e difundir as pesquisas sobre as violações dos direitos dos povos indígenas. O Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que era vinculado ao Ministério do Interior, foi extinto devido a escândalos e atrocidades. Foi criada a FUNAI em 1967, ligada ao Ministério da Justiça. Agora, a PEC 215, que tramita atualmente no Congresso esse Congresso que tem a maior bancada ruralista da História quer transferir a responsabilidade pela demarcação de terras para si mesmo, alertou Zelic.

7 fotos: Linguagens do racismo Mesa Da escravidão ao racismo Cândida Canêdo A escravidão compôs uma linguagem do racismo que sobreviveu à abolição e persiste até hoje no Brasil, afirmou a antropóloga Lília Schwarcz, professora da Universidade de São Paulo (USP), ao abrir o tema Da Escravidão ao Racismo em Braga, uma das mais concorridas mesas da primeira etapa do 3º Festival de História realizada em solo português, em maio de Para mostrar a força performática do racismo, recorreu a uma série de imagens famosas e oficiais do século XVI ao século XIX que procuravam denotar uma escravidão benfazeja e dotá-la de uma carga de afeto, naturalizando a violência. Linguagens visuais duradouras, transformadas em convenções, argumentou. Schwarcz destacou imagens de mães negras, com seus pequenos senhores brancos, eles com os nomes completos, elas chamadas amas ou babás, quando muito o primeiro nome, como Mônica, o rosto crispado, Macaé Evaristo o sinhozinho Augusto Gomes Leal buscando aconchego, na fotografia de O racismo é a transformação da diferença em desigualdade, definiu a antropóloga, mostrando o ideário do branqueamento após a abolição. Em 1911, o diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, João Baptista Lacerda, representou o Brasil no I Congresso Universal das Raças, em Londres, com a tese Sur Lês Métis, defendendo que o Brasil em três gerações seria uma sociedade branca. Ao voltar, ele trouxe na bagagem a tela A Redenção de Cam, do pintor espanhol Modesto Brocos, de 1895, mas seria duramente criticado: três gerações eram demais! Diploma de brancura Diogo Ramada Curto No Brasil de hoje, com a segunda maior população afrodescendente do mundo, depois da Nigéria, o branqueamento carregado de simbolismos, permanece na linguagem do racismo, a despeito de mudanças significativas com as políticas afirmativas de igualdade racial. O pardo é uma cor social, afirmou a antropóloga, e está presente nas categorias do Censo para pedir a autodeclaração dos brasileiros. Ela relatou um jogo de futebol, promovido anualmente em Heliópolis, no Rio de Janeiro, entre dois times: brancos contra negros. Todos os anos os jogadores mudam de time e entre as razões está a ascensão social, contou. Era o caso de um jogador que foi lhe comunicar que mudaria de time, pois se sentia mais branco. Ela perguntou: mas não há um critério? Há sim, professora, se o cabelo mexer, não pode jogar no time dos negros, ele respondeu. A professora Macaé Evaristo, mestre em Educação, ativista de Movimentos Negros e secretária de Estado de Educação de Minas Gerais, destacou mecanismos utilizados na política de educação, após a abolição, para manter, e até aprofundar, a exclusão social dos negros e o ideário do branqueamento na cultura brasileira. Embora tenha havido expansão das escolas públicas, isso não favoreceu os afrodescendentes, afirmou. Ela projetou fotos do livro Diploma de Brancura: política social e racial no Brasil, de Jerry Dávila (2006), que investiga a política de educação entre 1910 e 1945, e dá o exemplo do branqueamento do quadro de professores do Rio de Janeiro: em 1911, uma foto mostra cerca de 15% de alunas e professoras negras na escola vocacional Orsina da Fonseca. Já em 1946, havia apenas brancas na Escola Normal. Se não transformarmos as relações raciais no país e no universo da educação básica, provavelmente não teremos êxito nas ações afirmativas de acesso a educação, condiciona a educadora. Segundo Macaé Evaristo, o desafio é fortalecer a identidade da população afrodescendente no ambiente escolar. Não basta universalizar o acesso, a partir do momento em que a criança negra ingressa na escola, ela descobre que alguma coisa a coloca em um lugar desigual, começa a questionar o seu cabelo, a sua estética, explica. Citou o número elevado de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola e o mundo excludente desses jovens negros, chamados bandidos, de quem é preciso esconder a bolsa quando se aproximam. Por outro lado, apontou esperança com a Lei nº , que obriga o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, levando as crianças às suas raízes. Quando avançamos nos marcos jurídicos, as forças conservadoras se rearticulam para revogar as conquistas do movimento negro, lamentou. São exemplos a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, sem a aprovação de seu financiamento, e a tentativa de redução da maioridade penal, citou. Entre os portugueses, o investigador Diogo Ramada Curto, da Universidade Nova de Lisboa, não hesitou em criticar a historiografia portuguesa na abordagem da escravatura e de como ela produziu o racismo, dizendo que os portugueses têm a aprender com os brasileiros. Para Ramada Curto, a historiografia portuguesa lança mão de diferentes estratégias e desculpas em relação à expressão e organização do tráfico negreiro, com o objetivo de sugerir que o colonialismo português foi melhor do que de impérios europeus. O professor português propõe pontos que devem ser mais investigados, entre eles, o nexo entre a história da escravatura e a continuação do trabalho escravo ao longo do século XX nas colônias africanas. Reduzir a escravatura a algo que é contemporâneo da humanidade é naturalizá-la, alertou Curto. Memórias da resistência dos negros Um dos maiores pesquisadores da História da África e da escravidão no Brasil, João José Reis, da Universidade Federal da Bahia, apresentou na segunda etapa do 3º fhist em Diamantina fatos cotidianos de resistência dos escravos. Pouco explorada pela historiografia, essa visão foge à representação de negros e libertos, sempre vítimas ou heróis, destacou. O mais típico era a fuga, quando direitos costumeiros, conquistados por resistências cotidianas, não eram respeitados pelo senhor, explica. Parte de uma safra do café, permissão para o uso da terra com lavoura própria e o sustento da família são exemplos. Segundo o historiador, muitas dessas fugas eram individuais e temporárias, como forma de negociação com pequenos proprietários de escravos, que não tinham dinheiro para mandar recapturá-los. O professor relata que em algumas revoltas os escravos chegaram a escrever um tratado de paz, com reivindicações específicas tal uma greve moderna. Havia, também, a manipulação psicológica, que fazia o senhor crer que sua vontade prevalecia, mas era, na verdade, sugerida pelos escravos. A alforria entra nessa autonomia moral dos escravos de fazer com que o senhor atendesse suas demandas, mencionou. Segundo João Reis, alguns libertos fizeram fortunas, inclusive com o tráfico negreiro, comprando escravos quando havia o desembarque e os preços caiam. Entretanto, mesmo a acumulação de riquezas não lhes garantia reconhecimento social e o Brasil não chegou a ter uma elite negra. João José Reis

8 rafael silva reprodução Pacto de silêncio Último Valadares As ditaduras produziram cicatrizes profundas nas histórias de Brasil e Portugal. Mas cada país vivenciou essa fase de forma diferente. Foi esse o entendimento, no 3º fhist em Braga e Diamantina, de reconhecidos estudiosos sobre o assunto, como o pesquisador português Antônio Costa Pinto, o historiador brasileiro Boris Fausto e o jornalista e escritor Lucas Figueiredo, entre outros. O período de ditadura militar no Brasil ( ), para Figueiredo, ainda não foi devidamente esclarecido. Segundo ele, a elite militar e os sucessivos governos democráticos no Brasil, de José Sarney a Dilma Rousseff, sonegaram informações sobre o assunto. E até hoje muitas famílias não receberam informações sobre parentes mortos ou desaparecidos durante o regime militar. Também parece intransponível a punição contra os que, ao longo dos 21 anos de ditadura, cometeram crimes, como sequestro, cárcere ilegal, tortura, assassinato e ocultação de cadáver, afirma o jornalista que assessorou a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Antônio Costa Pinto Lucas Figueiredo Para conhecer o que se passou na época, ele recorda a importância dos registros dos centros de informação do Exercito (CIE), da Marinha (Cenimar) e da Aeronáutica (CISA), bem como os arquivos dos DOI-CODI. A versão das Forças Armadas é a de que os acervos da época foram descartados, diz Figueiredo. Ele contesta. Parte do material se perdeu e outra continua nas mãos de militares da reserva e em organizações militares que se recusam a cumprir determinações da Justiça Federal, da Corte Interamericana de Direitos Humanos e da CNV. As informações esclareceriam de vez episódios como o da Guerrilha do Araguaia, no Sul do Pará, ocorrida no início dos anos de O grupo foi descoberto rapidamente e resultou na maior mobilização militar do Brasil após a Segunda Guerra Mundial, com o deslocamento de milhares de soldados para a região. O grupo foi dizimado, mas a captura de seus últimos remanescentes durou quase quatro anos. Paradoxalmente, a falta de informações sobre o período militar brasileiro vem acompanhada pela crescente oferta de documentos irrelevantes como fontes de pesquisa. Hoje temos acesso a mais de 11 milhões de páginas de documentos sigilosos produzidos durante a ditadura; eram 400 mil em 2009, afirma Figueiredo. A documentação não diz nada. São apenas fichas funcionais de burocratas. Transições acordadas Para Antônio Costa Pinto, a ditadura no Brasil foi menos dolorosa que a portuguesa, já que essa perdurou por muito mais tempo (1926/1974) e só foi suplantada à força, após a exaustão do país com o processo de independência das antigas colônias portuguesas na África, como Angola e Moçambique. Para ele, o retorno à democracia no Brasil foi semelhante ao espanhol, onde as elites autoritárias se entenderam com as forças democráticas para uma transição pacífica. O pesquisador lembra que, em 1970, 70% dos países do mundo eram governados por regimes ditatoriais, com o apoio quase unânime das elites sociais, políticas e econômicas. Já em 2010 quase 80% do mundo era dominado por regimes de orientação democrática, em boa parte após as elites autoritárias negociarem com as forças democráticas os respectivos períodos de transição. O primeiro ponto desse pacto de silêncio é não haver punição em relação às ações passadas das elites autoritárias, por meio das ditaduras, observa o historiador português. Já o historiador Boris Fausto, em sua exposição na mesa de debates Tempos de ditaduras e de rupturas, realizada em Braga, aprofundou a análise das características do período autoritário brasileiro. Para ele, o impacto desse período não pode ser minimizado e esquecido, porque deixou sequelas na população, na política e nos rumos da História do país. Memórias da guerrilha Histórias de movimentos e militantes que lutaram de armas em punho contra a ditadura militar ganharam vida em Guerrilheiros: memórias de uma guerra suja, mesa realizada no último dia do 3º fhist em Diamantina. Entre elas, a história de Milton Soares da Costa, militante da Guerrilha do Caparaó capturado na serra que divide Minas e o Espírito Santo e encontrado morto em abril de 1967 em uma cela da temida Penitenciária de Linhares, em Juiz de Fora. Os militares alegaram suicídio e Milton fez parte da lista de desaparecidos políticos até 2002, quando a jornalista Daniela Arbex desvendou o mistério: o guerrilheiro fora assassinado sob tortura e os seus restos mortais jaziam na cova nº 312 de um cemitério em Juiz de Fora. Emocionada, Arbex discorreu sobre a longa investigação jornalística que empreendeu para desvendar as circunstâncias da morte do guerrilheiro que nasceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Durante a pesquisa, ela resgatou o período em que Milton ficou preso em Linhares, localizou amigos que partilharam com ele do suplício no cárcere, obteve documentos inéditos que colocaram em xeque a versão de suicídio, entre os quais guia de sepultamento e laudo de necropsia, e encontrou a cova em que foi enterrado. Além da série de matérias especiais publicada no jornal Tribuna de Minas, a jornalista aprofundou a sua pesquisa para escrever o livro Cova 312, que conta a história de Milton e que em breve ganhará as telas em documentário produzido pelo canal de TV a Cabo HBO. O golpe e as armas Histórias das primeiras ações de guerrilha urbana no Brasil contra a ditadura, iniciadas em Belo Horizonte por militantes do Comando de Libertação Nacional (COLINA) entre 1968 e 1969, foram contadas pelo economista Antônio Nahas Júnior, autor do livro A Queda, Rua Atacarambu, 120, em que reporta a repressão aos guerrilheiros com o cerco do aparelho onde eles estavam escondidos no Bairro São Geraldo. Em sua exposição, Nahas propiciou uma instigante viagem pela história - e fragmentação - das organizações de esquerda e de luta armada no Brasil entre 1960 e 1974, tendo como fio condutor o movimento estudantil e o ambiente político, social e cultural da capital mineira naqueles anos. rafael silva Mesa Guerrilheiros: memórias de uma guerra suja, em Diamantina A guerrilha rural seria retomada pelo jornalista e professor da UNB, Hugo Studart, autor do livro A lei da selva, sobre a Guerrilha do Araguaia. Apostando na sublevação do campo e da zona rural contra o regime de opressão, a exemplo das experiências vitoriosas da revolução chinesa e cubana, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) começara o deslocamento de militantes para o Araguaia, nas divisas entre os estados de Tocantins e Pará, em fins da década de Em 1972, quando a guerrilha foi descoberta pelos militares, o PCdoB contava com cerca de 80 guerrilheiros na região que seriam cassados em operações descomunais das Forças Armadas. A maioria dos militantes acabou morta nas selvas ou executada após a prisão, sendo o foco guerrilheiro aniquilado em outubro de O jornalista brasiliense discorreu também sobre as diversas interpretações sobre o significado da tomada do poder pelos militares em 1964 e sobre a luta armada no Brasil. Para ele, essa diversidade de interpretações pode ser sintetizada em cinco obras de referência: 1964: a conquista do Estado, de René Dreifuss, que defende a tese da aliança civil-militar para o golpe militar; Combate nas trevas, de Jacob Gorender, que sustenta a tese da luta armada como reação ao golpe; A revolução faltou ao encontro, de Daniel Aarão Reis, em que o autor defende a tese de que a luta armada seria uma ação estratégica e não reativa rafael silva ao golpe; A revolução impossível, de Luíz Mir, que busca desconstruir a mística da esquerda da inevitabilidade da revolução, que era baseada na crença do papel internacional do país; e Vida e morte do partido fardado, de Oliveira Ferreira, que analisa o golpe pela ótica da vitória de um projeto estatal desenvolvimentista capitaneado pela facção nacionalista do Exército, em conluio com industriais paulistas. Antônio Nahas

9 16 17 História x jornalismo: sem campo sagrado Felipe Canêdo Estou pendurando minhas chuteiras. Quero voltar a fazer o que de alguma forma faço nos meus livros, que é voltar a fazer jornalismo. Vou parar de escrever livros. Ganho mal, sofro muito para escrever, desabafou o renomado jornalista e escritor Fernando Morais na mesa Universos literários: a História pelas lentes dos historiadores e jornalistas, no Festival de História, em Braga. Com livros traduzidos em mais de 40 países, entre eles biografias célebres como O Mago, sobre Paulo Coelho, e Chatô, sobre Assis Chateaubriand que acaba de ser lançada em filme pelas lentes de Guilherme Fontes, Morais defendeu que não há contradição entre o trabalho do jornalista e do historiador. Eu tenho uma relação conjugal com a historiografia, porque sou casado com uma historiadora. Faço essa discussão dentro de casa há 30 anos -, brincou. Para ilustrar a distância entre os dois campos, Morais contou um episódio curioso de quando estava escrevendo a biografia de Olga Benário. Em uma entrevista, o líder comunista Luís Carlos Prestes revelou, com a mais completa naturalidade, que nunca tinha estado com uma mulher até se casar com a militante alemã. Procurei colocar isso no livro sem tratar como uma bisbilhotice. Ainda assim, na hora que minha mulher, historiadora, leu o original, ela me disse: isso aqui é uma coisa vulgar. Você não pode colocar isso no livro. A virgindade do Prestes não interferiu na história do Partido Comunista Brasileiro. Ao que Fernando Morais redarguiu: Isso pode não ser interessante para a sua história, mas para a minha é. Porque eu acho que é uma informação relevante para se entender a personalidade do Prestes. Vira-lata e puro-sangue O jornalista Lucas Figueiredo sublinhou que há grandes diferenças entre as duas formações, de jornalista e historiador, mas afirmou categoricamente que não há mais campo sagrado. Nós somos os vira-latas, somos tarefeiros. Você joga o pauzinho e o vira-lata vai lá buscar. É simples. O historiador é o puro-sangue. E um não é melhor do que o outro. Em defesa de seus pares, ele comentou também que jornalistas têm se destacado em reportagens inéditas sobre o fotos: Fernando Morais Roberto Said período da ditadura militar, agraciadas ano após ano com o Prêmio Esso de Jornalismo. Quando o jornalista Laurentino Gomes lança 1808 e estoura, ali existe um estranhamento. Mas ele fez o livro, foi um fenômeno, teve gente que soube da existência de Dom João VI através dele. E quando o professor Kenneth Maxwell escreve uma crônica à quente na Folha de São Paulo sobre a crise do PT, para mim é muito melhor do que muito jornalista que está fazendo isso todo dia, ponderou Figueiredo. Já o historiador Roberto Said, que trabalha em uma reconstrução biográfica de Carlos Drummond de Andrade sobre o período em que o poeta viveu em Belo Horizonte, apontou a vida do itabirano como um caso exemplar de biografia para os estudos literários. A biografia sempre nos coloca uma série de problemas, por estar nessa fronteira entre real e ficção, a memória. E no caso do artista o problema dá um parafuso porque o poeta é um fingidor. O jovem Drummond colocou mais lenha na fogueira, porque a tentativa de entender que sujeito foi aquele revela uma multiplicidade de pseudônimos, uma coisa meio Fernando Pessoa. Já o jornalista Sinval do Itacarambi evocou Heródoto ( a a.c.) tido como o pai da história para mostrar como matérias de correspondentes estrangeiros no jornalismo moderno poderão ser as fontes científicas para os historiadores de amanhã. Sinval também citou Ryszard Kapuscinski, jornalista que trabalhou em diversos países, como Heródoto, e que acabou escrevendo sobre o próprio historiador grego. Durante os debates, a historiadora Heloísa Starling referendou as opiniões dos debatedores, argumentando: São dois ofícios com suas especificidades, mas quando eles se aliam na produção de conhecimento, o resultado é muito bom. O conhecimento não pode ficar fechado nas paredes dos que podem saber. E esse é o problema da historiografia, embora não seja o problema dos grandes historiadores do Brasil. O jornalista consegue fazer isso com mais eficiência do que nós, exatamente porque os ofícios são diferentes. Tempos digitais As tecnologias digitais, a multimídia e as mídias móveis estão abrindo novos caminhos para se contar a História, ao permitir a criação de teias interativas nas quais as pessoas podem escolher itinerários diferentes e navegar em eventos em sequência não linear, sem a necessidade de que os fatos sejam apresentados cronologicamente. No século XX, quando se percebe que o conhecimento é mutável e dinâmico, tem-se um grande desafio. E as ferramentas digitais nos ajudam a construir uma escrita da história que seja uma passagem para o conhecimento, afirmou no 3º fhist, em Braga, a professora de História do Brasil da UFMG, Heloísa Starling. Ela assinalou que as linguagens estéticas da cultura e da multimídia são recursos essenciais para que o historiador faça uma visita à imaginação. Hannah Arendt dizia que pensar com uma mente aberta permite treinar a imaginação e o historiador tem exatamente esta tarefa, defendeu Starling, ao participar da mesa Sons e imagens: narrativas históricas em tempo de mídias móveis realizada no auditório do complexo cultural GNRation. Uma imaginação que examine os acontecimentos, explore posições desconhecidas, permita outros discursos e alimente novas perguntas, argumentou. Para a professora, as novas mídias e a combinação dos recursos de texto, áudio, vídeo e imagens oferecem ao historiador ferramentas de mediação interativa de acontecimentos, lugares e tempos que permitirão ao público acessar conhecimentos antes encarcerados. O historiador está sendo desafiado cada vez mais a sair de sua bolha e a interagir com o público, sentenciou. Limites Embora entusiasta das possibilidades que as novas tecnologias oferecem para as narrativas históricas, Starling alertou que o excesso de recursos traz o risco de banalização dos conhecimentos e pode, ao final, mais atrapalhar do que ajudar. Além disso, o designer e artista gráfico Gringo Cardia, do alto da sua experiência de mais de dez anos no desenvolvimento de projetos de reformulação e de implantação de museus, lembrou que uma visita virtual em computadores, smartphones ou tablets não substitui a experiência de se visitar um museu. No museu, a iluminação muda, o som é diferente, há imagens tridimensionais. São fotos: Mesa Sons e imagens: narrativas históricas em tempo de mídias móveis, em Braga sensações que atraem o público, destacou Cardia que, entre outros projetos, atuou na implantação do Memorial Minas Gerais, em Belo Horizonte, da casa do escritor Jorge Amado, em Salvador, e do caminhão-museu Sentimentos da Terra, do Projeto República da UFMG. Em cada ambiente, a teatralidade e o lúdico provocam a imersão na história para encaminhar ao conhecimento, observou, destacando, por exemplo, documentos antigos que ganham movimento com simulações em 3 Dimensões. Somos uma narrativa, completou, por sua vez, o professor Nelson Troca Zagalo, investigador do Departamento de Ciências de Comunicação da Universidade do Minho, ao salientar a narrativa como essencial às interações de uns aos outros. Onde não há relação de causalidades e narrativa, a memória se perde, ensinou. Entretanto, Troca Zagalo advertiu que o uso de sons e imagens funciona apenas em um primeiro nível - que classificou como de impac- Heloisa Starling Gringo Cardia to e deslumbramento - e cujo objetivo é atrair o interesse para que a pessoa prossiga depois em torno do assunto. Se ficar apenas nas imagens, vídeos, sons e textos curtos da linguagem em digital, a atenção não fica por mais do que dois minutos e o interesse pelo assunto vai ser muito reduzido ou desaparecer, ponderou. Para ele, o aprofundamento desse interesse ocorrerá ou pelo texto ou pela experimentação concreta. Mas como, na História, que trata do passado, eu não posso experimentar voltar a 1830, o texto é o caminho mais eficaz para dar continuidade à História que se pretende narrar e aprofundar, defendeu.

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