TributAção. Setembro de 2012 Edição nº 74. CARF admite dedutibilidade de JCP de períodos anteriores

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1 TributAção Setembro de 2012 Edição nº 74 CARF admite dedutibilidade de JCP de períodos anteriores Na sessão do último dia 11, a 2ª Turma da 4ª Câmara da 1ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais ( CARF ) permitiu a dedução de Juros sobre o Capital Próprio ( JCP ) acumulados de períodos anteriores. Confira detalhes na pág. 6. LEGISLAÇÃO Reduzida a zero a alíquota do IOF para seguro-garantia (pág. 2) Goiás anuncia programa de parcelamento de débitos de ICMS (pág. 2) Governo paulista edita nova regulamentação dos benefícios de ICMS do REPETRO (pág. 3) Espírito Santo permite a transferência de créditos de ICMS acumulados na exportação (pág. 3) Decreto estabelece redução de ICMS para estabelecimentos industriais no Rio de Janeiro (pág. 4) RFB regulamenta a tributação e investimentos em Fundos de Índices de Ações ETFs (pág. 5) TRIBUNAIS Receita Federal admitirá recurso em execução dentro do processo administrativo (pág. 6) STF julgará incidência de ISS sobre software personalizado (pág. 6) STJ reconhece que o furto de energia elétrica afasta tributação pelo ICMS (pág. 7) CSRF/TIT-SP decide que valor cobrado a título de locação de cable modem integra base de cálculo do ICMS na prestação de serviços de telecomunicações. (pág. 7) Decisão do STJ amplia o conceito de operação de venda para fins de aproveitamento de créditos de PIS e COFINS em relação ao frete (pág. 8) Direito Comentado Receita Federal edita novas regras para habilitação no RADAR. Mais detalhes na página 9. Este Boletim foi redigido meramente para fins de informação e debate, não devendo ser considerado opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. TRIBUTAÇÃO é elaborado mensalmente pela Área Tributária de PINHEIRO NETO ADVOGADOS, composta por 114 integrantes, sendo 14 sócios, 4 consultores, 59 associados e 37 estagiários.

2 ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS RELEVANTES Reduzida a zero a alíquota do IOF para seguro-garantia O recente Decreto nº 7.787/2012 prevê alíquota zero do IOF para o seguro. Anteriormente, a alíquota do IOF sobre o Seguro-Garantia era de 7,38%. A nova alíquota valerá a partir de 13 de novembro deste ano. Essa novidade é muito relevante para as empresas que apresentam garantias em processos judiciais, especialmente em Execuções Fiscais, já que agora terá o seu custo de emissão reduzido. Ultimamente, notamos um número maior de casos em que o Judiciário tem aceitado o seguro-garantia. Relembramos que a própria Procuradoria da Fazenda Nacional possui uma norma que descreve os requisitos a serem observados para que a garantia seja aceita (Portaria PGFN nº 1.153/2009). Embora haja decisões favoráveis à apresentação desse instrumento como forma de garantia, a aceitação dessa modalidade de garantia ainda não é pacífica na jurisprudência. Goiás anuncia programa para parcelamento de débitos de ICMS O Governo de Goiás anunciou o Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Pública Estadual (Recuperar II), que permitirá a redução de até 100% da multa (exceto multa formal) e juros e de até 50% da correção monetária para pagamento do débito à vista, se realizado até dia O programa alcançará débitos vencidos até (fato gerador). A adesão ao programa se iniciará logo após a aprovação do projeto de lei pela Assembleia Legislativa, que ainda não ocorreu, e o prazo final de adesão será à vista Forma de Pagamento pagamento até pagamento até 01 a Multa/Juros (exceto multa formal) Correção Monetária Multa Formal 100% 50% 95% 95% 40% parcelas 90% 30% 90% 3 parcelas 85% 20% 85% 4 parcelas 80% 10% 80% 5 a 12 parcelas 75% zero 75% 13 a 60 parcelas 40% zero 40% * No caso de parcelamento, a primeira parcela deve ser paga, obrigatoriamente, até O quadro abaixo ilustra as reduções aplicadas de acordo com a forma de pagamento: 2

3 Governo paulista edita nova regulamentação dos benefícios de ICMS do REPETRO Em , foi publicado o Decreto Estadual nº , que regulamentou o ICMS incidente no Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e Gás Natural (REPETRO). Além da revogação formal do antigo Decreto /08, o Decreto /12 incorporou à legislação paulista alguns dos tratamentos fiscais previstos no Convênio ICMS nº 130/2007 (que não eram contemplados pela antiga regulamentação), como forma de atender pleitos específicos do setor e harmonizar a legislação paulista aos benefícios concedidos por outros Estados, propiciando condições de igualdade competitiva aos contribuintes paulistas. Destacamos que a importação de bens ou mercadorias utilizados exclusivamente na fase de exploração de petróleo e gás natural e também de bens e mercadorias de uso interligado às fases de exploração e de produção que ingressem no território nacional para realizar serviços temporários no país por um prazo de permanência inferior a 24 meses poderá gozar de isenção de ICMS. Na antiga regulamentação, tais transações estavam sujeitas à incidência do ICMS, porém com redução de base de cálculo. A partir da nova regulamentação, fica garantida a isenção do ICMS no desembaraço aduaneiro de bens ou mercadorias importadas ao amparo de drawback suspensão e que fiquem submetidos ao REPETRO. Além disso, o benefício do diferimento de ICMS que já existia para operações antecedentes (aquelas que antecedem a saída, a pessoa sediada no exterior, de bens e mercadorias fabricados no país que venham a ser subsequentemente importados ao amparo do REPETRO) foi estendido às saídas internas de matéria-prima e produtos intermediários destinados aos estabelecimentos fabricantes dos bens destinados a pessoas destinadas no exterior. Espírito Santo permite a transferência de créditos de ICMS acumulados na exportação A recentemente Lei nº 9.908, do Estado do Espírito Santo, ampliou as possibilidades de uso dos créditos de ICMS acumulados pelos exportadores. Os contribuintes poderão utilizar essa modalidade de crédito de ICMS para quitar até 90% do valor do mesmo imposto devido na importação. Além disso, o crédito poderá ainda ser transferido a terceiros para utilização no pagamento do ICMS-Importação naquele Estado. A transferência do crédito será efetuada por intermédio dos leilões a serem realizados pelo Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (BANDES) e envolverão obrigatoriamente o deságio, de no mínimo 10%, do valor de face no momento da 3

4 compra. Por outro lado, apesar do deságio na compra, os compradores do crédito poderão utilizá-lo considerando o seu valor de face integral. Portanto, trata-se uma boa oportunidade para os importadores localizados no Espírito Santo e, igualmente, para os exportadores também localizados naquele Estado, que poderão receber, ainda que parcialmente, o valor dos créditos de ICMS acumulados na exportação e que, historicamente, não costumam ser ressarcidos pelos Fiscos Estaduais. Por fim, destacamos que ainda deverá ser publicada regulamentação para tratar dos detalhes do leilão e dos limites de crédito que poderão ser adquiridos e utilizados pelos importadores. Decreto estabelece redução de ICMS para estabelecimentos industriais no Rio de Janeiro Em , foi publicado o Decreto nº , que estabelece novo benefício fiscal, com período máximo de aplicação de 12 meses, para a importação de bens acabados pelos estabelecimentos industriais que possuam tratamento tributário especial de redução do ICMS a ser recolhido ao Estado do Rio de Janeiro. O Decreto prevê o diferimento do ICMS incidente na importação dos bens acabados importados por estabelecimentos localizados no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, prevê a desoneração do ICMS na saída de tais bens desses estabelecimentos. Todavia, tal benefício apenas se aplica se os produtos importados forem da mesma marca e modelo daqueles produzidos no Estado do Rio de Janeiro. Ademais, a importação dos bens acabados deve ser promovida por portos ou aeroportos fluminenses. No mais, o contribuinte interessado na fruição desse benefício fiscal deverá apresentar requerimento à Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro ( CODIN ), a qual encaminhará o pleito para ser deliberado pela Comissão Permanente para Políticas para o Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro ( CPP ). Estão dispensados deste procedimento os contribuintes que tenham firmado termo de acordo ou de compromisso para concessão de benefício fiscal nas saídas dos produtos elencados no anexo único do Decreto /10, modificado pelo Decreto /11. Tais estabelecimentos apenas terão que firmar um termo aditivo ao anterior. 4

5 RFB regulamenta a tributação e investimentos em Fundos de Índices de Ações ETFs A Receita Federal do Brasil, por meio da Instrução Normativa nº 1.290, de 6 de setembro de 2012 ( IN 1290/12 ), esclareceu os mecanismos de tributação aplicáveis à aquisição e ao resgates de quotas de ETFs, cujas quotas são admitidas à negociação em bolsa no Brasil. Com a publicação da IN 1290/12, os ETFs, que até então eram tributados segundo as regrais gerais aplicáveis aos fundos de investimento, passam a ser tributados de acordo com regras específicas. Dentre os esclarecimentos trazidos pela nova regulamentação, destaca-se a tributação, pelo imposto de renda, do eventual ganho de capital auferido pelo investidor quando da integralização e resgate das quotas dos ETFs com ações. Na integralização das quotas com ações, o imposto de renda será (i) devido à alíquota de 15% sobre a diferença positiva entre o preço de fechamento das ações e o seu respectivo custo de aquisição; e (ii) apurado e recolhido pelo próprio investidor até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, devendo ser respeitado o limite de isenção (alienações de até R$ ,00 por mês) previsto na legislação fiscal em vigor. Ademais, a integralização das quotas dos ETFs com ativos estará sujeita à incidência do IRF, à alíquota de 0,005%, sobre o valor da operação. renda incidirá à alíquota de 15% sobre a diferença positiva entre o valor patrimonial da quota no dia de resgate e o valor da integralização ou de aquisição da quota no mercado secundário. O imposto será retido pelo próprio administrador do fundo. Na alienação de quotas, o ganho de capital será tributado segundo a sistemática de ganhos líquidos, no caso de operações realizadas em bolsa de valores; ou segundo as regras aplicáveis aos ganhos de capital na alienação de bens ou direitos de qualquer natureza, em relação às operações realizadas fora de bolsa. Como regra geral, para operações realizadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão, com intermediação, haverá a incidência do IRF, à alíquota de 0,005%, sobre o valor da operação. Por fim, a IN 1290/12 também esclarece que (i) não estão sujeitos à tributação pelo imposto de renda os ganhos de capital auferidos por investidores estrangeiros não residentes em paraíso fiscal na alienação das quotas de ETFs em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado; e (ii) quotas de ETFs negociados no exterior são equiparadas às ações para os fins de composição de carteira e classificação fiscal de fundos de investimentos como Fundo de Ações. No resgate de quotas de ETFs mediante a entrega de ações ao investidor, o imposto de 5

6 DIREITO TRIBUTÁRIO NOS TRIBUNAIS CARF admite dedutibilidade de JCP de períodos anteriores Em sessão realizada no último dia 11, a 2ª Turma da 4ª Câmara da 1ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais ( CARF ), acolheu recurso de contribuinte (Recurso Voluntário nº ) e permitiu a dedução de Juros sobre o Capital Próprio ( JCP ) acumulados de períodos anteriores. Julgando dessa forma, o CARF decidiu na mesma linha do Superior Tribunal de Justiça que, no julgamento do Recurso Especial nº /PR, destacou que a legislação não condiciona a dedução dos JCP ao mesmo exercício em que for realizado o lucro da empresa. Receita Federal admite recurso em execução dentro do processo administrativo Na Solução de Consulta nº 18 (DOU ), a COSIT declarou a admissão de recurso para discutir questões surgidas na execução de decisões no processo administrativo. Essa posição atinge processos já julgados, mas que, em sua execução, teriam levantado dúvidas acerca do montante do débito ou do valor a ser ressarcido, dentre outras questões. Tal possibilidade, até então não reconhecida pelos órgãos julgadores administrativos, permite que o contribuinte valha-se das regras do Decreto /72, em especial no que tange à possibilidade de apresentação de recursos e a manutenção da suspensão da exigibilidade do crédito até ulterior decisão final. Diante deste recente posicionamento da Receita Federal, deverá o CARF rever sua jurisprudência e passar a admitir e julgar novos recursos dentro do processo administrativo STF julgará incidência de ISS sobre software personalizado O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral do tema da incidência de ISS sobre contratos de cessão/licenciamento de softwares desenvolvidos de forma personalizada, tendo como leading case o RE nº A discussão já se encontrava pacificada pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, que entendia pela incidência do tributo quando o software fosse desenvolvido sob encomenda, de forma personalizada, ao contrário do que ocorre com o chamado software de prateleira. Apesar disto, o Ministro Luiz Fux reconheceu a necessidade do debate do tema sob enfoque constitucional, para que o STF analise se a 6

7 cessão/licenciamento de softwares (i) pode se configurar em serviço de telecomunicação, e como tal, ser imune ao ISS e/ou (ii) se tal atividade constitui obrigação de dar e, por isto, não sofre incidência do ISS. STJ reconhece que o furto de energia elétrica descaracteriza tributação pelo ICMS No dia , foi publicado acórdão proferido pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhecendo que energia elétrica furtada nas operações de transmissão e distribuição não sofre incidência de ICMS, uma vez que não ocorre o fato gerador do tributo (Recurso Especial nº PA). O Fisco defende que o imposto seria devido mesmo que a energia seja furtada. Inclusive, a esse respeito, no Estado de São Paulo, o Decreto nº /2010, que alterou o Regulamento do ICMS daquele Estado, determina a incidência do ICMS sobre a energia elétrica furtada nas redes de distribuição. existência de fato gerador de ICMS sobre operações de energia elétrica sem que haja a efetiva utilização dessa especial 'mercadoria'". Ou seja, em operações de fornecimento de energia elétrica o fato gerador do imposto estadual apenas se materializa com o efetivo consumo. Dessa forma, muito embora a questão ainda não esteja definitivamente pacificada, essa recente decisão da Segunda Turma do STJ é um importante precedente favorável para que não seja cobrado o ICMS sobre a energia elétrica furtada, e consolida o conceito de que o fato gerador do ICMS incidente sobre energia elétrica se dá com o consumo. Segundo o Ministro Castro Meira, relator do acórdão em questão, não se pode conceber a CSRF/TIT-SP: Valor cobrado a título de locação de cable modem integra base de cálculo do ICMS na prestação de serviços de telecomunicações A Câmara Superior de Recursos Fiscais do Tribunal de Impostos e Taxas ( TIT/SP ) decidiu que o ICMS incide sobre o valor da locação de modem na prestação de serviço de comunicação. No caso examinado, a empresa de comunicação, que prestava serviço de acesso à Internet, segregava a prestação de serviço de comunicação da locação do modem e recolhia ICMS apenas sobre o valor relativa aos serviços de comunicação. Situação similar vem ocorrendo contra empresas do setor, já que as Autoridades Fiscais exigem o recolhimento do ICMS sob a alegação de que tais equipamentos são meio para a prestação do serviço de comunicação. Assim, por entender que os equipamentos em questão são absolutamente essenciais, as Autoridades Fiscais argumentam que são indissociáveis do próprio serviço de comunicação, devendo assim tal valor compor a base de cálculo do ICMS. 7

8 Há inclusive a Decisão Normativa CAT nº 5 de , de São Paulo, em que afirmam que não se trata aqui de dois serviços independentes, nem um serviço principal e outro acessório, seja um de comunicação, seja o outro de locação. Trata-se de apenas de um serviço, de comunicação, com fornecimento de materiais para sua viabilização, cobrado em separado, mas não por causa separada. Muitas empresas, contudo, conseguem efetivamente demonstrar que a locação de modem e equipamentos do gênero é totalmente diferente e autônoma em relação aos serviços de comunicação, ressaltando que os aparelhos podem ser adquiridos de terceiros, não havendo obrigação por parte do cliente em contratar a locação. No caso específico analisado pelo TIT/SP, a Câmara Superior entendeu que, ainda que o cliente tenha a possibilidade de adquirir o modem de um terceiro, na prática o serviço de comunicação não pode ser prestado sem tal equipamento. Assim, a atividade desempenhada pela empresa seria única. Além disso, a decisão ressaltou que, na realidade, a segregação do serviço de comunicação da locação teria como propósito tão-somente reduzir a carga tributária do ICMS, na medida em que a empresa atribuiria parte do valor da atividade à locação. A despeito do entendimento firmado nessa, entendemos que há bons argumentos para afastar a cobrança de ICMS sobre o valor relativo à locação, desde que seja possível demonstrar documentalmente que a locação é de fato segregada do serviço de comunicação. STJ Decisão que amplia o conceito de operação de venda para fins de aproveitamento de créditos de PIS e COFINS em relação ao frete Foi publicado, em , acórdão proferido pela Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça ( STJ ), nos autos do Recurso Especial nº , que, ao analisar o direito de concessionária de veículos aproveitar créditos de PIS e COFINS em relação ao valor do frete pago na aquisição de veículos do seu fabricante, decidiu, por maioria de votos, favoravelmente ao contribuinte. Os ministros do STJ discutiram o alcance do dispositivo de lei que autoriza a escrituração dos créditos de PIS e COFINS em relação ao frete na operação de venda de bens previamente adquiridos para revenda, quando o ônus é suportado pelo vendedor. Em oposição à interpretação até então dada por referido tribunal que reconhecia o crédito de PIS e COFINS apenas com relação ao frete pago na última etapa da operação de venda de mercadorias, a Primeira Seção do STJ admitiu a possibilidade de uma operação de venda ser complexa, contemplando mais de uma etapa de circulação de mercadorias, cujo frete também deve dar direito ao crédito de PIS e de COFINS. Em que pese a especificidade do caso analisado pelo STJ na decisão acima em destaque, entendemos que essa interpretação da Primeira Seção ao artigo 3º, inciso IX, da Lei nº /2003 atende ao espírito da técnica não-cumulativa do PIS e da COFINS. 8

9 DIREITO TRIBUTÁRIO COMENTADO Receita Federal edita novas regras para habilitação no RADAR Mauro Berenholc Luis Fernando Machado William Roberto Crestani José Marcio Rego Filho Sócio e Associados de Pinheiro Neto Advogados A Instrução Normativa RFB nº 1.288, de ( IN RFB 1.288/12 ), revogou a antiga Instrução Normativa SRF nº 650/06 e trouxe uma nova regulamentação para a habilitação de importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus para operação no Siscomex, também conhecida como habilitação no RADAR. Dentre as alterações mais significativas estão as diferentes modalidades e submodalidades da referida habilitação. Assim, as antigas habilitações simplificada e ordinária, deram lugar às atuais habilitações pessoa jurídica (e suas submodalidades expressa, limitada e ilimitada) e pessoa física. A habilitação na submodalidade expressa poderá ser requerida pelas seguintes pessoas: (i) pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão, bem como suas subsidiárias integrais; (ii) pessoa jurídica beneficiária da Linha Azul; (iii) empresa pública ou sociedade de economia mista; (iv) órgãos da administração pública direta, autarquia e fundação pública, órgão público autônomo, organismo internacional e outras instituições extraterritoriais; (v) pessoa jurídica habilitada para fruir dos benefícios fiscais previstos na Lei nº , de 20 de dezembro de 2010 (Lei nº /10 ); e (vi) pessoa jurídica que pretende atuar exclusivamente em operações de exportação. A submodalidade ilimitada se aplicará às demais pessoas jurídicas (não incluídas dentre as diferentes submodalidades da habilitação expressa), cuja estimativa da capacidade financeira seja superior a US$ ,00, enquanto que a submodalidade limitada se aplicará às pessoas jurídicas cuja estimativa da capacidade financeira seja igual ou inferior a US$ ,00. Um dos pontos que mais gerava críticas e incertezas no antigo regramento do RADAR era justamente a chamada análise fiscal para aferir a capacidade financeira (dentre outras) da empresa solicitante, e a falta de critérios claramente estabelecidos para a realização de tal análise por parte das autoridades. Tal situação gerou uma infinidade de problemas para as empresas solicitantes da habilitação no RADAR, sem mencionar os inúmeros recursos e novos pedidos que foram apresentados pelas empresas interessadas. Embora a nova IN RFB 1.288/12 também não tenha estabelecido de forma clara critérios objetivos para tal análise, o 1º de seu artigo 2º determina que, para os requerentes das submodalidades limitada e ilimitada, a estimativa da capacidade financeira para operações de comércio exterior com cobertura cambial em cada período de 6 (seis) meses 9

10 será apurada mediante a sistemática de cálculo definida em ato normativo expedido pela Coordenação Geral de Administração Aduaneira (COANA). Além disso, também é importante destacar que as novas regras trazidas pela IN RFB 1.288/12 determinam a utilização do processo eletrônico durante o procedimento da habilitação no RADAR, inclusive impondo a obrigatoriedade aos solicitantes das submodalidades limitada e ilimitada de prévia adesão ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE). Uma importante mudança trazida pela IN RFB 1.288/12 em relação ao antigo regramento do RADAR está justamente nos prazos previstos para a atuação das autoridades fiscais face aos pedidos feitos pelas pessoas físicas e jurídicas relativos à sua habilitação. Enquanto os requerimentos de habilitação na modalidade ordinária eram em tese analisados no prazo de 30 (trinta) dias pelas autoridades, de acordo com as novas regras, os pedidos de habilitação nas submodalidades limitada e ilimitada deverão ser apreciados no prazo de 10 (dez) dias contados de sua protocolização. Já as futuras solicitações relativas às submodalidades da habilitação expressa, que, além de não se submeterem ao crivo da análise fiscal para a estimativa da capacidade financeira, deverão, nos termos da IN 1.288/12, ser respondidas pelas autoridades no prazo de até 2 (dois) dias úteis contados de sua protocolização. Também como tentativa de tornar o processo de habilitação no RADAR mais célere, o prazo para que as empresas atendam eventuais exigências feitas pelas autoridades no curso do pedido de habilitação foi reduzido de 30 (trinta) para 10 (dez) dias. Outra relevante alteração diz respeito ao estabelecimento do limite mínimo de US$ ,00 de capacidade financeira para que o solicitante possa obter o RADAR ilimitado. Muito embora ainda continue sendo definido um limite para o volume das operações de importação e exportação de acordo com a capacidade financeira do solicitante (como já ocorria até então), as novas regras dão a entender que, a partir de agora, bastará à empresa interessada demonstrar a capacidade mínima de US$ ,00 para que o RADAR na modalidade ilimitada seja concedido (ainda que o seja com um limite abaixo do solicitado). Antes não existia essa referência mínima na modalidade de RADAR Ordinário e mesmo empresas com capacidade muito superior a US$ ,00 acabavam não conseguindo a concessão do RADAR por simplesmente não conseguirem demonstrar ter a capacidade financeira condizente com o limite que solicitavam. Outro ponto importante está nas chamadas regras de transição, que determinam que a IN 1.288/12 entrará em vigor 30 (trinta) dias após sua publicação no Diário Oficial (o que ocorreu em ) e também que os requerimentos dea habilitação apresentados e não deferidos até a publicação da IN RFB 1.288/12 deverão ser analisados segundo as novas regras. Aparentemente a intenção das autoridades foi trazer inovações e agilidade aos procedimentos de habilitação no RADAR, sobretudo quando se verifica a redução nos prazos para que as autoridades façam a análise dos pedidos de habilitação, bem como no prazo para que as empresas atendam eventuais exigências no curso do seu processo de habilitaçãopensamos na imposição de que todo o trâmite seja feito por processos eletrônicos. Contudo, ainda é cedo para afirmar que a nova IN RFB 1.288/12 resolverá todos os problemas existentes durante a vigência das regras trazidas pela IN SRF 10

11 650/06, pois a grande questão que ainda hoje atormenta a vida das empresas, que é justamente a estimativa da sua capacidade financeira, ainda não tem critérios claramente estabelecidos, o que se espera que possa acontecer com a edição de ato normativo da COANA. Assim, pelo menos por ora as empresas que vierem a apresentar seus pedidos de habilitação nas submodalidades limitada e ilimitada (ou mesmo na revisão de limites) deverão estar preparadas para convencer as autoridades a respeito de sua capacidade financeira para operar no comércio exterior. O Informativo TributAção é desenvolvido mensalmente pelos profissionais que integram a Área Tributária de Pinheiro Neto Advogados. Sócios da Área Tributária: São Paulo: José Roberto Pisani, Sérgio Farina Filho, Marcelo Mazon Malaquias, Ricardo Luiz Becker, Luciana Rosanova Galhardo, Mauro Berenholc, Eduardo Carvalho Caiuby, Luiz Roberto Peroba Barbosa, Tércio Chiavassa, Marcelo Marques Roncaglia e Giancarlo Chamma Matarazzo. Rio de Janeiro: Carlos Henrique T. Bechara, Marcos de Vicq de Cumptich e Emir Nunes de Oliveira Neto. Colaboraram com esta edição: Mauro Berenholc, Tércio Chiavassa, Emir Nunes de Oliveira Neto, Flávio Veitzman, Vinicius Jucá Alves, Luis Fernando Machado, Otávio Henrique de C. Bertolino, William Roberto Crestani, Felipe Cerrutti Balsimelli, Leonardo Battilana, Bruno Toledo Checchia, Mariana Monte Alegre de Paiva, Pedro Colarossi Jacob, Murillo Estevam Allevato Neto, José Márcio Rego Filho, Gustavo Andrejozuk, André Duarte Montuori e Katherine Borges Sato. RUA HUNGRIA, 1.100, SÃO PAULO, SP T.: +55 (11) F.: +55 (11) BRASIL RUA HUMAITÁ, 275, 16º ANDAR RIO DE JANEIRO, RJ T.: +55 (21) F.: +55 (21) BRASIL SAFS QUADRA 2, BLOCO B, 3º ANDAR, ED. VIA OFFICE, , BRASÍLIA, DF T.: +55 (61) F.: +55 (61) BRASIL PNA@PN.COM.BR 11

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