Introdução à Ergonomia

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2 Sumario 1 Introdução à Ergonomia 3 2 Conceito de Ergonomia 4 3 Qualidade de Vida 7 4 NR Soluções ergonômicas 15 6 Equação de NIOSH 19 7 Transporte de cargas 23 8 Antropometria 31 9 Biomecânica Postura Organização do trabalho Condições ambientais Informações visuais e uso de outros sentidos Metabolismo Bibliografia 114 2

3 Introdução à Ergonomia O objetivo desta apostila é dar ao estudante do curso de Técnico em Segurança do Trabalho e também a todos que dela fizerem uso noções fundamentais e sempre que possível pratica de técnicas e conceitos dentro da Ergonomia. Não pretendemos ser profundo no estudo, pois para isso há a necessidade de um tempo bem maior de estudo que os 6 meses de que dispomos dentro do nosso curso. Mas é importante que o aluno tenha essas noções que pelo menos lhe abra a visão sobre o assunto e à medida do possível, posteriormente, no exercício de sua profissão possa buscar através de pesquisa ou mesmo estudo, curso específico, etc., um aprofundamento nesta importante área de conhecimento. Veremos no decorrer de nosso estudo toda a abrangência da Ergonomia, que está presente em toda a atividade humana quer profissional, lazer, e até mesmo no convívio social e em nosso lar. O conteúdo desta apostila é fruto de estudo, pesquisa e também de experiência prática. O impacto que o estudo da Ergonomia causa no aluno de Técnico em Segurança do Trabalho é um pouco variado, uns consideram a matéria um tanto maçante, outros difícil, mas a maioria gosta e se interessa por ela entendendo a importância que ela realmente tem. Então a fica aqui o meu desejo de que todos que com essa matéria tenha contato que se encaixem no ultimo grupo de alunos. Professor Djair Lugli 3

4 Conceito de Ergonomia A palavra ergonomia é de origem grega formada pelas palavras Ergon (trabalho) e Nomos (regra), então na raiz a palavra ergonomia significa regras para o trabalho. Nos Estados Unidos também se usa como sinônimo de Ergonomia o termo human factors (fatores humanos). Existem alguns conceitos que são atribuídos à Ergonomia: Conjunto de estudos que visa a organização metódica do trabalho em função do fim proposto e das relações entre o homem e a máquina (dicionário Aurélio). Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento, ambiente e, particularmente, da aplicação dos conhecimentos de anatomia e fisiologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. (Sociedade de Ergonomia Inglaterra década de 50) Ergonomia é a ciência que objetiva adaptar o trabalho ao trabalhador e o produto ao usuário (Meister- 1998) É o estudo do homem com seu trabalho, equipamento e meio ambiente para que exista maior produtividade com menor prejuízo físico e mental. Os exemplos acima mostram que existem diversas formas de se definir o que vem a ser Ergonomia, existem outras definições, mas todas elas de forma mais completa ou mais simplificada dizem a mesma coisa e que pode ser resumida em uma definição bastante simples: Adaptação do trabalho ao homem. Isto na pratica quer dizer que o trabalho deve estar (ou deveria estar) atendendo as condições que proporcionem conforto e segurança, sem riscos à saúde do trabalhador. A Ergonomia é aplicada ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas, tarefas e ambiente, para além de melhorar a segurança, saúde, 4

5 conforto melhorar também a eficiência no trabalho. Ela focaliza o homem! Não se limita a um conhecimento específico e sim se apóia em outras áreas do conhecimento como: antropometria, fisiologia, biomecânica, psicologia, engenharia mecânica, desenho industrial, informática, eletrônica, toxicologia, etc. A Ergonomia surgiu com a própria evolução da história do trabalho. O trabalho antes de 1750: era obtido pelo uso da energia física do homem ou da tração animal. Não existia outra forma de energia, nas cidades vivia-se do comércio e o padrão econômico era o agropastoril de subsistência e de troca. Revolução industrial: com a invenção da máquina a vapor, passou-se a usar a energia do vapor dando origem às fábricas. Houve então uma migração dos trabalhadores rurais para as cidades industrializadas resultando no aparecimento de favelas com condições subumanas. As condições para o trabalho eram péssimas e as horas de trabalho eram excessivas, resultando em acidentes, doenças ocupacionais, além de salários baixos. A segunda revolução industrial: originou-se na administração científica de Taylor e Ford que estabeleceram a produção em massa aumentando com isso a produtividade das empresas. Reestruturação produtiva: a partir da década de 70, outra mudança significativa ocorreu com a utilização de novas tecnologias, mudanças nas relações de trabalho, mudanças na organização do trabalho e novas formas de gerenciamento. A Ergonomia apareceu em 1950, nos paises socialmente industrializados e desenvolvidos e para entender o porquê do seu desenvolvimento vamos verificar alguns detalhes dentro da evolução do trabalho. 5

6 Os princípios básicos instituídos por Taylor eram: Análise racional do trabalho e a instituição da técnica de trabalho que consistia na análise de movimentos, cronometragem e a organização da única forma correta de trabalho, contemplando basicamente a alta produtividade. Autoridade técnica do engenheiro para fazer a análise do trabalho: trabalho feito por alguém com preparo específico nessa área. Adaptação do homem ao trabalho: assim para tarefas com grande esforço físico, necessitaria de uma pessoa forte, uma tarefa embaixo uma pessoa baixa, para trabalhos de alta precisão de movimentos, uma pessoa extremamente habilidosa. Pagamento diferenciado de produção: melhor salário para quem produzisse mais. O mais expressivo aumento de produtividade dessa época surgiu em conseqüência da aplicação dos princípios de Henry Ford: Organização do trabalho em linha de montagem; Ritmo de trabalho determinado pela velocidade da esteira; Trabalhador fixo em determinada posição; Produção de grandes quantidades. Problemas causados pelos princípios de Taylor e Ford: Impossibilidade de se conseguir um método correto para a execução do trabalho (o ser humano é diferente e complexo); Alienação do trabalhador (nos engenheiros concentravam o método e a decisão sobre o trabalho); Seleção física e psicológica rigorosa (com a exclusão social daí decorrente, seja porque o individuo não tinha a condição física exigida na seleção por incapacidade, por desgaste seja por gradativa deterioração da capacidade física e exclusão social após determinada idade); 6

7 Trabalho exaustivo até a fadiga (aumento da produtividade); Isolamento do trabalhador numa mesma posição ao longo do tempo (tornando o ser humano autômato); Desencadeamento de distúrbios osteomusculares por sobrecarga funcional (trabalho em uma mesma posição por um longo tempo); Aumento da velocidade da esteira diante da necessidade de produzir mais (gerando fadiga, lesões e distúrbios dolorosos); Colocando a pessoa mais hábil na primeira posição da linha de montagem (correria e sobrecarga para os demais); Neste contexto apareceu a Ergonomia como uma proposta aproveitando o que havia de positivo e a necessidade de preservação do trabalhador. O conceito mais mudado pela Ergonomia é o da adaptação do homem ao trabalho. Ela propõe justamente o contrario, a adequação do trabalho ao homem. É importante destacar que até1960 as fábricas e postos de trabalhos eram construídos sem qualquer consideração sobre o ser humano que ali iria trabalhar, apesar de ainda hoje muitos fabricantes de equipamentos os constroem completamente inadequados aos trabalhadores. O grande desencadeador da Ergonomia foi o projeto da cápsula espacial norte-americana. (os astronautas exigiram melhores condições principalmente dentro da cápsula espacial). Outro grande motivo do rápido desenvolvimento da ergonomia foram as lesões do sistema osteomuscular (geram absenteísmo e quando o trabalhador sai da empresa originam processos de indenização. Então um dos motivos da difusão da Ergonomia foi o custo da Não Ergonomia. Qualidade de Vida O ser humano constrói a sua qualidade de vida a partir das relações com o ambiente e consigo mesmo. Neste contexto a saúde é o bem estar físico e 7

8 psíquico. Ela não é apenas condição fundamental para a qualidade de vida, mas também sua expressão mais evidente. A saúde é condição básica para se ter um excelente desempenho e produtividade. Fatores tais como motivação, treinamento e comprometimento compõem com a saúde o conjunto de condições que permitem que as pessoas tornem o trabalho um diferencial competitivo de importância estratégica para as empresas. A qualidade de vida pode ser encarada sob quatro pontos de vista diferentes: Condições mínimas de vida digna; Condições do meio urbano em que se vive; Qualidade de vida no trabalho Aspectos pessoais. Qualidade de Vida no trabalho é a conciliação dos interesses dos indivíduos e das organizações, ou seja, ao melhorar a satisfação do trabalhador, melhora-se a produtividade da empresa. Uma eficiente área de segurança do trabalho irá garantir que, pelo menos durante o tempo disponível para a empresa, o indivíduo terá um nível adequado de segurança e não sofrerá acidentes. É bom lembrar que, de fato, nas empresas dotadas de trabalhos eficazes de segurança, o trabalhador costuma estar muito mais seguro dentro da mesma do que fora de seus muros. NR 17 - Ergonomia ( ) Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 8

9 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora Levantamento, transporte e descarga individual de materiais Para efeito desta Norma Regulamentadora: Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. ( / I1) Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. ( / I2) Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados. 9

10 Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. ( / I1) O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. ( / 11) O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. ( / 11) Mobiliário dos postos de trabalho Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. ( / I1) Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) Ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; ( / I2) b) Ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; ( / I2) c) Ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. ( / I2) 10

11 Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem , os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. ( / I2) Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: a) Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; ( / I1); b) Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; ( / I1); c) Borda frontal arredondada; ( / I1); d) Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. ( / Il) Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. ( / I1) Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. ( / I2) Equipamentos dos postos de trabalho Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve: 11

12 a) Ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual; ( / I1) b) Ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. ( / I1) Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte: a) Condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; ( / I2); b) O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; ( / I2) c) A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; ( / I2); d) Serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. ( / I2) Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem , observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho Condições ambientais de trabalho As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, 12

13 laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO; ( / I2) b) Índice de temperatura efetiva entre 20 C (vinte) e 23 C (vinte e três graus centígrados); ( / I2) c) Velocidade do ar não superior a 0,75m/s; ( / I2) d) Umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. ( / I2) Para as atividades que possuam as características definidas no subitem , mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 db (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 db Os parâmetros previstos no subitem devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. ( / I2) A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando- 13

14 se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. ( / I2) Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem , este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso Organização do trabalho A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: a) As normas de produção; b) O modo operatório; c) A exigência de tempo; d) A determinação do conteúdo de tempo; e) O ritmo de trabalho; f) O conteúdo das tarefas Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: a) Para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; ( / I3) b) Devem ser incluídas pausas para descanso; ( / I3) c) Quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. ( / I3) 14

15 Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: a) O empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie; ( ) b) O número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; ( / I3) c) O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; ( / I3) d) Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; ( / I3) e) Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente. ( / I3) Soluções Ergonômicas A Ergonomia não é cara. É um dos processos de melhor custo/benefícios, portanto a aplicação de alguns tipos de solução ergonômica (que devem ser aplicados na ordem em que são apresentados a seguir) devem ser criteriosamente analisados quanto a sua aplicabilidade: 1 Eliminação do movimento crítico ou da postura crítica 15

16 Trata-se de procurar novas formas de se fazer aquele trabalho em que a ação técnica de alta sobrecarga ergonômica, não necessite mais ser feita. Exemplo: na fabricação de cubos de roda do caminhão, após estas serem passadas pela máquina de lavar, precisavam ser viradas sobre a bancada para escorrer a água acumulada nos furos onde seriam colocados pinos prisioneiros. O esforço era enorme devido ao peso de cada peça (40kg) e envolvia alta repetição. A solução foi colocar os pinos antes da lavagem. Nem sempre é possível eliminar o esforço crítico, mas muitas vezes é possível reduzir a freqüência dos movimentos ao longo da jornada de trabalho. 2 Pequenas melhorias São atuações mais eficazes na Ergonomia. Cerca de 50% dos problemas ergonômicos existentes na empresa podem ser resolvidos com pequenas melhorias. Exemplo: mudança na altura de máquinas e bancadas visando reduzir os problemas da coluna. Pequenas mudanças no braço de alavanca de determinado esforço, com redução do esforço humano também é uma forma de executar uma melhoria. 3 Equipamentos e soluções conhecidos Talhas elétricas, ventosas, (para manuseio de cargas), mesas e cadeiras com regulagens, talhas elétricas, mesas elevadoras, etc. 4 Projetos ergonômicos Geralmente as soluções que envolvem projetos ergonômicos precisam ser amadurecidas. Devem envolver esforços de diversos setores da empresa: Engenharia, Administração do processo, manutenção, fornecedores, etc. 16

17 Também devem ser vistos os impactos com a logística como por exemplo o ar comprimido; a tubulação de gases; a rede elétrica, etc.) 5 Rodízios de tarefas Funciona como uma forma de reduzir a sobrecarga existente nas diversas operações. Operações feitas sem rodízio, caso sejam biomecanicamente críticas, costumam trazer lesões sérias par ao corpo humano. As mesmas operações, com um rodízio eficiente costumam ser feitas sem lesões. Para o bom funcionamento do rodízio deve-se ter os seguintes cuidados: Isonomia de salários entre todos os trabalhadores participantes do rodízio; Preocupar-se com a qualidade; Deve-se prestar atenção no rodízio para que todos tenham efetivamente padrões diferentes de movimentos; Cuidar para que todos passem pelas posições mais difíceis; 6 Melhoria na organização do trabalho Uma série de situações antiergonômicas tem origem em falhas na organização do trabalho. Uma vez identificado o problema ergonômico como sendo dessa natureza, a solução também deve ser adequada. Assim: Se houver horas extras em excesso por falta de pessoal, a solução envolve um efetivo adequadamente dimensionado e adequadamente treinado; Se as horas extras forem em função de deficiência do processo, deve-se estudar melhorias desse processo para que ele se torne mais produtivo; 17

18 Se a sobrecarga for devido a esforços excessivos por falta de manutenção de um equipamento, a solução é fazer uma manutenção adequada. 7 Condicionamento físico e distensionamento para o trabalho Determinadas tarefas exigem padrões de movimentos musculares específicos que não se adquirem da noite para o dia, ou são feitas em posições forçadas que exigem ginásticas compensatórias ou ainda tem um alto componente de esforço muscular estático, que exige distensionamento. Trabalhar a condição física das pessoas é de grande importância e envolve cinco momentos fundamentais: Preparação física para o trabalho (em tarefas de alta repetibilidade, preparando o trabalhador para executá-la com posturas adequadas); Ginástica de aquecimento e alongamento (indicada para pessoas que executam atividades físicas pesadas); Ginástica de distensionamento (exercícios de alongamento, por exemplo, para quem trabalha com digitação); Ginástica compensatória (quando a tarefa exige postura forçada, os exercícios neste caso são os contrários à posição exigida na tarefa); Ginástica de condicionamento muscular para a tarefa (quando a tarefa exige esforços físicos importantes do trabalhador; neste caso tem-se que cuidar para que o exercício atenda as características individuais das pessoas. Não se deve generalizar). 8 Orientação ao trabalhador e cobrança de atitudes correta Pessoas sentadas de forma imprópria; pessoas fazendo esforços individuais de forma imprópria, quando existem recursos nos postos de trabalho para utilização correta do corpo, etc. Muitas vezes a solução ergonômica é uma postura adequada do trabalhador no seu posto de trabalho. 18

19 Outras vezes é o uso correto de um recurso ergonômico existente no posto de trabalho ou ainda a orientação quanto à técnica correta para se fazer um determinado esforço. 9 Seleção (mínima) Um dos objetivos da ergonomia é minimizar a utilização de técnicas de seleção em itens que não dependem da qualificação para o trabalho: idade, sexo, compleição física, altura. Mas existem situações em que não se consegue adequar o trabalho à maioria das pessoas e, nesse caso, torna-se necessário apelar para o principio de adaptação do homem ao trabalho. Como uma referência essa seleção não deve ser a primeira, mas uma das últimas medidas, esgotadas todas as outras possibilidades. 10 Pausas de recuperação Devem ser adotadas quando não se consegue a neutralização dos riscos ergonômicos com as medidas colocadas acima. As pausas devem ser instituídas de forma inteligente, somente incidindo quando houver efetivamente um número alto de repetitividade e não existirem mecanismos de regulação no próprio trabalho. Equação de NIOSH Devem ser criadas condições favoráveis para o levantamento de pesos. Se o levantamento manual de pesos (até 23 kg) não puder ser evitado é necessário criar condições favoráveis para isso. a) Manter a carga próxima do corpo (distância horizontal entre a mão e o tornozelo em torno de 25 cm); b) A carga deve estar colocada sobre uma bancada de altura aproximada de 75 cm, antes de começar o levantamento; 19

20 c) O deslocamento vertical do peso não deve ser maior que 25 cm; d) Deve ser possível segurar o peso com as duas mãos; e) A carga deve ter alças ou furos para encaixe dos dedos; f) Deve ser possível escolher a postura mais adequada para o levantamento; g) O tronco não deve ficar torcido durante o levantamento; h) Os levantamentos não devem ter a freqüência superior a um por minuto; i) O tempo de atividade de levantamento não deve ser maior que uma hora, seguindo um período de descanso ou tarefas mais leves de 120% da duração da atividade de levantamento. Somente nas condições descritas acima, uma pessoa pode levantar 23 kg. Quando não existem todas essas condições, o limite deve ser reduzido não podendo exceder alguns quilos. Equação de NIOSH para cálculo da carga máxima Utilizar a equação de NIOSH (criada nos Estados Unidos pelo National Institute for Occupational Safety and Health Instituto Nacional para Segurança e Saúde Ocupacional) para determinar a carga máxima em condições desfavoráveis. 20

21 A equação é composta pelas variáveis: distância horizontal (H) e distância vertical (V), a rotação do tronco (A), o deslocamento vertical da carga (D), a freqüência do levantamento (F) e a dificuldade de manuseio da carga (M). Ela supõe que o trabalhador pode escolher a própria postura e que a carga é segura com as duas mãos. Assim, a carga máxima de 23 kg é multiplicada por seis coeficientes, que representam as variáveis acima: Equação de NIOSH Carga máxima = 23 kg x CM x CH x CV x CF x CD x CA Onde: H = Distância horizontal (cm) V = Distância vertical (cm) F = Freqüência (levantamentos/minuto) D = Deslocamento vertical da carga (cm) A = Fator de assimetria (graus) M = Fator de manuseio Determinação do fator de pega (CM) Coeficiente vertical (CV) Tipo de Fator de pega CM pega V < 75 V 75 Boa 1,00 1,00 Regular 0,95 1,00 Má 0,90 0,90 distância CD distância CD distância CD 0 0, , , , , , , , , , , , , , , , , ,72 Deslocamento vertical de carga (CD) distância CD distância CD distância CD 21

22 0 1, , , , , , , , , , , , , , , , , , ,94 Coeficiente de freqüência (CF): Freqüência (elevações / minuto) Duração do trabalho 1 hora > 1 ~ 2 horas > 2 ~ 8 horas V < 75 V 75 V < 75 V 75 V < 75 V 75 0,2 1,00 1,00 0,95 0,95 0,85 0,85 0,5 0,97 0,97 0,92 0,92 0,81 0,81 1 0,94 0,94 0,88 0,88 0,75 0,75 2 0,91 0,91 0,84 0,84 0,65 0,65 3 0,88 0,88 0,79 0,79 0,55 0,55 4 0,84 0,84 0,72 0,72 0,45 0,45 5 0,80 0,80 0,60 0,60 0,35 0,35 6 0,75 0,75 0,50 0,50 0,27 0,27 7 0,70 0,70 0,42 0,42 0,22 0,22 8 0,60 0,60 0,35 0,35 0,18 0,18 9 0,52 0,52 0,30 0,30 0,00 0, ,45 0,45 0,26 0,26 0,00 0, ,41 0,41 0,00 0,23 0,00 0, ,37 0,37 0,00 0,21 0,00 0, ,00 0,34 0,00 0,00 0,00 0, ,00 0,31 0,00 0,00 0,00 0, ,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 > 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Os valores de V estão em cm. Para freqüências inferiores a 5 minutos, utilizar F = 0,2 elevação por minuto. Coeficiente de assimetria (CA) Coeficiente horizontal (CH) Graus CA Graus CA 0 1,2 70 0, , , , , , , , , , , , ,45 22

23 Distância CH Distância CH 0 1, , , , , , , ,00 Quanto mais desfavoráveis forem as condições, esses coeficientes tenderão a zero se afastando do valor 1,0. O valor de CV cresce até a altura de 75 cm, porque esta é a posição mais conveniente para começar a levantar cargas. A equação de NIOSH supõe que a maioria da população (99% dos homens e 75% das mulheres) não suporta cargas no dorso, superiores a N (340 kg força), e que a energia gasta em uma hora de trabalho repetitivo é 260 W para levantamentos até a altura da bancada (75 cm) e 190 W para levantamentos acima da bancada. Nos casos em que as condições da equação de NIOSH não são satisfeitas (quando o trabalhador não consegue escolher o método de levantamento ou não for possível usar as duas mãos), os coeficientes a serem considerados serão ainda menores, reduzindo-se o valor da carga máxima. O valor de cada carga deve ser escolhido cuidadosamente: por um lado, essa carga não deve superar o valor encontrado pela equação de NIOSH, por outro, não deve ser muito leve, pois isso estimularia o trabalhador a carregar várias cargas simultaneamente correndo o risco de superar o peso permitido. Além disso, são preferíveis cargas unitárias maiores com menores freqüências, do que cargas menores e mais freqüentes, desde que não superem os valores calculados pela equação de NIOSH. Transporte de carga O posto precisa ser adequado para o trabalho pesado. As bancadas, prateleiras, máquinas e outros, onde ocorrerão trabalhos pesados, seguir as recomendações abaixo: a) Ser possível aproximar a carga do corpo quando ela está sendo levantada ou depositada; 23

24 b) Os espaços devem permitir a adoção de uma postura estável para os pés e flexão das pernas; c) Evitar a torção do corpo; d) As mãos devem ficar a aproximadamente 75 cm de altura, encostadas ao corpo, no levantamento e o depósito da carga; e) Nos estoques, os itens manuseados com maior freqüência e os mais pesados devem ficar depositados próximos da altura ideal de 75 cm. Quando não for possível atender as condições acima, reduzir o peso a ser movimentado. Os objetos para serem carregados devem ter duas alças ou furos laterais para o encaixe dos dedos e carga deve ser segura com as duas mãos. Para o levantamento desses objetos utilizar a palma das mãos. O uso somente dos dedos deve ser evitado senão dessa forma se transmitem menores forças. As pegas devem ser arredondadas (sem cantos cortantes) e posicionadas de modo a evitar que as cargas girem ao serem erguidas. O tamanho da carga deve ser pequeno o suficiente para que possa ser mantida junto ao corpo. O volume não deve ter protuberâncias ou cantos cortantes nem deve ser muito quente ou frio, a ponto de dificultar o contato. A carga a ser levantada do chão deve ser posicionada entre os joelhos. No caso de cargas especiais, como gases, líquidos perigosos ou pacientes de um hospital, é necessário planejar a operação e tomar cuidados 24

25 especiais com a segurança. Quando a carga é desconhecida para a pessoa que vai carregá-la, é necessário colocar uma etiqueta, informando o peso e os cuidados necessários para a manipulação da mesma. Técnicas para o levantamento de pesos As pessoas envolvidas na manipulação de pesos devem ser treinadas. Muitas vezes, é difícil mudar hábitos de movimentos arraigados. Para isso, é necessário promover treinamentos intensivos e repetitivos nos seguintes aspectos: a) Analise da carga e do local para onde ela deve ser removida, considerando a possibilidade de usar uma equipe ou equipamento para levantamento de peso; b) Quando o levantamento deve ser feito sem nenhuma outra ajuda, coloque-se bem em frente à carga, com os pés em posição estável (não erguer a carga com os pés juntos); c) Segure a carga firmemente, com a palma das mãos, e não apenas com alguns dedos, usando sempre os dois braços; d) Erga a carga mantendo a coluna reta, na vertical, conservando-a próxima ao corpo, evitando torcer o corpo e, se for necessário, mova a perna. Esta recomendação é muito importante para evitar as dores nas costas. Inclinar ou girar o tronco durante o levantamento de carga pode provocar lesões nas costas. Inclinar o tronco, em vez de usar a musculatura das pernas, provoca um aumento de 30% na tensão do dorso. 25

26 As cargas superiores a 23 kg devem ser manipuladas por duas ou mais pessoas. Os membros dessa equipe devem ter estaturas e forças semelhantes entre si, e devem trabalhar coordenadamente. Um deles deve assumir a coordenação, comandando os movimentos do grupo, de modo a evitar movimentos inesperados. Uso de equipamentos para levantamentos de pesos Muitos equipamentos para levantamento e transporte de carga são disponíveis, incluindo carrinhos, alavancas, roldanas, polias, guindastes, paus de carga e outros. Sempre que possível esses equipamentos devem ser usados com o objetivo de aliviar o trabalho humano. Transporte de cargas Muitas vezes, após o levantamento, é necessário fazer o transporte manual das cargas. Geralmente, andar com uma carga, é mecanicamente estressante e envolve um custo energético. Enquanto se segura um peso, os músculos dos braços e das costas são submetidos a uma tensão mecânica contínua. O peso máximo a ser carregado é determinado pela operação anterior de levantamento da carga. Como já vimos este limite é de 23 kg, podendo ser reduzido, devido a vários fatores já considerados na equação de NIOSH. 26

27 A carga deve ser conservada o mais próxima possível do corpo, para diminuir a tensão mecânica dos músculos e o consumo de energia. Para isso, volumes mais compactos são preferíveis. O uso de mochilas ou correias pode ajudar a manter a carga próxima do corpo. A carga deve ser equipada com alças ou pegas, que não devem ser muito finas nem devem ter ângulos cortantes. Em alguns casos, pode-se usar acessórios como um gancho, que pode ser encaixado na carga. A dimensão vertical da carga deve ser limitada, porque uma pessoa carregando um volume muito alto, tende a erguer os braços, para evitar que o mesmo dificulte o movimento das pernas. Isso provoca fadiga adicional dos músculos dos braços, ombros e costas, além de dificultar a visão. Quando se usa apenas uma das mãos para carregar um peso, o corpo é submetido a uma tensão assimétrica. Exemplos bem conhecidos dessa prática são os alunos carregando pastas e os viajantes carregando malas. Pode-se dividir a carga em dois pesos menores ou usar uma mochila. 27

28 Uso de equipamentos para transporte Existem equipamentos para substituir o transporte manual de cargas como: rolos transportadores, correias transportadoras, plataformas móveis, carrinhos etc.. Mas esses equipamentos exigem outros movimentos corporais, como levantar pesos, puxar e empurrar. Esses movimentos devem provocar um menor esforço que o transporte manual de cargas. 28

29 O movimento de puxar ou empurrar cargas provoca tensões nos braços, ombros e costas. Essas tensões podem ser aliviadas com um carrinho adequado. Para colocar um carrinho em movimento, puxando ou empurrando, a força exercida não deve ultrapassar 200 N (cerca de 20 kg força). Embora a força exigida seja freqüentemente maior, este limite é colocado para evitar maiores tensões mecânicas, principalmente nas costas. Para movimentos com durações superiores a um minuto, a força permitida para puxar ou empurrar é limitada a 100 N. Na prática, isso significa que carrinho com peso total superior a 700 kg, não deve ser movido manualmente. Naturalmente, esse limite pode variar, dependendo do tipo de carrinho, tipo de piso, forma das rodas e assim por diante. Nos casos em que esse peso é ultrapassado, o carrinho deve ser motorizado, usando-se, por exemplo, transportadores elétricos. A postura correta para puxar ou empurrar é aquela que permite usar o peso do próprio corpo a favor do movimento. Para puxar, o corpo deve pender para trás e, para empurrar, inclinar para frente. O atrito entre o calçado e o piso deve ser suficiente para permitir esses movimentos. Deve existir também espaço suficiente para as pernas para que essas posturas se tornem possíveis. Para puxar ou empurrar, a distância horizontal entre o joelho mais afastado e as mãos deve ser 120 cm, no mínimo. Para puxar, deve existir um espaço sob o carrinho para que um dos pés fique na mesma posição vertical das mãos. 29

30 Os carrinhos devem ter pegas em forma de barras, de modo que as duas mãos possam ser utilizadas para transmitir forças. As pegas devem ser cilíndricas, com diâmetro de 3 cm e comprimento mínimo de 30cm. As pegas verticais devem situar-se entre 90 a 120 cm do piso, para permitir uma boa postura tanto para puxar, como para empurrar. Para trafegar em pisos irregulares, deve ter rodas grandes e largas. Duas rodas devem ser giratórias, para se garantir uma boa manobra. Elas devem ser colocadas no lado em que será exercido a força de puxar ou empurrar. A colocação de quatro rodas giratórias não é aconselhável, pois torna a trajetória do carrinho muito instável. A altura total do carrinho quando carregado não deve exceder 130 cm, para que a maioria das pessoas possa enxergar sobre o mesmo. Se possível, o piso deve ser duro, sem depressões ou desníveis, como meio-fios. Se isso for inevitável, o carrinho deve ser munido de pegas 30

31 horizontais, para que possa ser erguido. Nesse caso, o peso suportado não deve ultrapassar os limites já apresentados para o levantamento de cargas. Antropometria A antropometria estuda as dimensões físicas e proporções do corpo humano. Ela é muito importante para o estudo do corpo humano no trabalho e para a concepção de postos de trabalho. Princípios antropométricos que são do interesse da ergonomia: Considerar as diferenças individuais do corpo humano Os projetistas de postos de trabalho, máquinas, equipamentos e móveis não devem se esquecer de que existem diferenças individuais entre os seus usuários potenciais. A altura de uma cadeira que é adequada para um indivíduo de estatura média pode ser desconfortável para aqueles mais altos ou para os mais baixos, então uma cadeira regulável seria a mais adequada para atender a essas diferenças. Existem situações em que o projeto é dimensionado deliberadamente para um dos extremos da população como, por exemplo, um painel de controle que deve ser alcançado com os braços, deve ser dimensionado a sua altura pelo usuário mais baixo, ou ainda uma porta deve ser dimensionada para as pessoas mais altas (se fosse dimensionada para as pessoas de estatura média, uma boa parte das pessoas bateria a cabeça, pois tem estatura acima da média). 31

32 A figura acima mostra que mesmo quando se faz um projeto abrangente, levando-se em consideração um maior número de pessoas atendidas, por exemplo, em relação à altura, sempre haverá os extremos que não serão atendidos. Uso de tabelas antropométricas adequadas As tabelas antropométricas apresentam as dimensões do corpo, pesos e alcances dos movimentos e referem-se sempre a uma determinada população e nem sempre podem servir de referência para outras populações. A tabela abaixo apresenta as dimensões de ingleses adultos. As dimensões referem-se a homens e mulheres nus e descalços. As três colunas da tabela têm o seguinte significado: Baixos: significa que existem 5% da população adulta abaixo disso; Médios: média de todos os homens e mulheres adultos; Altos: significa que existem 5% da população acima destes valores ou que 95% dessa população está abaixo. 32

33 Item Medidas em cm Baixos Médios Altos Em pé 1.Estatura 150,5 167,5 185,5 2.Alcance horizontal para agarrar 65,0 74,5 83,5 3.Profundidade do tórax 21,0 25,0 28,5 4.Alcance vertical para agarrar 179,0 198,3 219,0 5.Altura dos olhos 140,5 156,8 174,5 6.Altura dos ombros 121,5 136,8 153,5 7.Altura do cotovelo 93,0 104,4 118,0 8.Altura do punho 66,0 73,8 82,5 Sentado 11.Altura (a partir do assento) 79,5 88,0 96,5 12.Altura olhos-assento 68,5 76,5 84,5 13.Altura do cotovelo-assento 18,5 24,0 29,5 14.Altura poplítea 35,5 42,0 49,0 15.Comprimento do antebraço 30,4 34,3 38,7 16.Comprimento nádegas-poplítea 43,5 48,8 55,0 17.Comprimento nádegas-joelho 52,0 58,3 64,5 Peso (kg) 44,1 68,5 93,7 33

34 No Brasil ainda não existem medidas antropométricas normalizadas da população. A própria composição étnica, bastante heterogênea, da população brasileira e o processo de miscigenação, além dos desníveis socioeconômicos que tem profunda influência sobre as medidas corporais, a partir de variantes nutricionais, dificultam o estabelecimento de padrões antropométricos. Antropometria estática e dinâmica A antropometria estática está se referindo as medidas do corpo parado utilizada para projetos de produtos sem partes móveis ou com pouco movimento. A antropometria dinâmica estuda os limites de movimentos de cada parte do corpo, cuidando para que cada pessoa possa mover-se sem haver solicitação de esforço físico além do necessário, com segurança e preservando a saúde através da postura e dos movimentos adequados ao trabalhar. 34

35 1. Estatura. 2. Altura dos olhos. 3. Altura dos ombros. 4. Altura dos cotovelos. 5. Altura dos quadris. 6. Altura do punho. 7. Altura da ponta dos dedos. 8. Altura do alto da cabeça (pessoa sentada). 9. Altura dos olhos (pessoa sentada). 10. Altura dos ombros (pessoa sentada). 11. Altura dos cotovelos (pessoa sentada) 12. Espessura das coxas. 13. Comprimento nádegas-joelho. 14. Comprimento nádegas-dobra interna do joelho. 15. Altura dos joelhos. 35

36 16. Altura da dobra interna do joelho. 17. Largura dos ombros (deltóide). 18. Largura dos ombros (crista da escápula). 19. Largura dos quadris. 20. Profundidade do tórax. 21. Profundidade do abdômen. 22. Comprimento ombro-cotovelo. 23. Comprimento cotovelo-ponta dos dedos. 24. Comprimento do braço. 25. Comprimento do ombro-pega. 26. Profundidade da cabeça. 27. Largura da cabeça. 28. Comprimento da mão. 29. Largura da mão. 30. Comprimento do pé. 31. Largura do pé. 32. Envergadura. 33. Envergadura dos cotovelos. 34. Altura de pega (em pé). 35. Altura de pega (sentado). 36. Alcance frontal de pega. A utilidade de algumas dessas medidas está exemplificada a seguir: Altura do alto da cabeça (pessoa sentada): determinar as distâncias entre o topo da cabeça e qualquer estrutura acima dela (apoio de cabeça em banco de veículos, espaços interiores etc.). Altura dos olhos (pessoa sentada): determinar a linha de visão em relação a qualquer ponto desejado (estabelecer a altura de terminais, painéis, visores, altura de cadeira de auditórios etc.). Altura dos joelhos: determinar a distância do chão até a parte inferior do tampo da mesa. 36

37 Altura dos cotovelos (pessoa sentada): determinar a altura de apoio para os braços de cadeiras, poltronas, superfícies de mesas de trabalho etc. Altura da dobra interna do joelho: determinar a altura do assento para trabalhos realizados na posição sentada. Comprimento nádegas-dobra interna do joelho: determinar a profundidade de assentos. Comprimento nádegas-joelho: determinar a distância entre a parte posterior do assento e qualquer obstáculo físico ou objeto em frente aos joelhos. Largura dos quadris: determinar a largura dos assentos. Largura entre os cotovelos: determinar a distância entre os apoios de braços das cadeiras e os espaços entre os assentos ao redor de mesas. Comprimento do pé: determinar o comprimento do apoio para os pés e de pedais. Largura do pé: determinar a largura de apoio para os pés. Comprimento da mão: dimensionar tamanho de pegas de ferramentas, tamanho de luvas. Perímetro da mão: dimensionar a largura de luvas e de pegas de ferramentas. Espessura da coxa: determinar a distância entre o plano do assento e a altura sob a mesa. Estatura: determinar a altura mínima para portas e vãos. Altura dos olhos: determinar a linha de visão em relação a qualquer ponto desejado (em teatros, auditórios etc.) e para estabelecer a altura de divisórias, sinalizadores, quadros de avisos etc. Altura dos ombros: determinar a altura de alcance do braço na posição em pé. Altura dos cotovelos: determinar a altura de bancadas para trabalhos moderados. 37

38 Altura de pega: determinar a altura máxima de alcance do braço em relação ao solo, como interruptores, alavancas, estantes, cabides, controles etc. Alcance do braço: distância horizontal da parte posterior até a extremidade do dedo indicador, estando o indivíduo com as costas apoiadas na parede. Utilidade: determinar a distância de alcance máximo no posto de trabalho (painéis, mostradores etc.). Altura dos quadris: determinar a altura da bancada para trabalhos pesados. Biomecânica Parte do conhecimento da Ergonomia aplicada ao trabalho origina-se no estudo da máquina humana. Os ossos, os músculos, ligamentos e tendões são os elementos dessa máquina que possibilitam realizar movimentos. No estudo da biomecânica, as leis físicas da mecânica são aplicadas ao corpo humano. Assim, pode-se estimar as tensões que ocorrem nos músculos e articulações durante uma postura ou um movimento. Os princípios mais importantes da biomecânica para a ergonomia são descritos a seguir. O ser humano tem pouca capacidade de desenvolver força física no trabalho. O sistema osteomuscular possibilita desenvolver movimentos de grande velocidade e amplitude, mas com pequenas resistências. Isso em função do tipo de alavanca predominante nesse sistema. Examinando os tipos de alavancas existentes no corpo humano, temos a alavanca de 1º grau [ou interfixa] existe especialmente no pescoço e na coluna vertebral. A alavanca de 2º grau [inter-resistente] adequada para a realização de esforço físico, praticamente não existe no corpo humano. Então o que predomina no corpo humano é a alavanca interpotente, onde o movimento e a velocidade são grandes, mas o esforço que é possível de se fazer é muito pequeno. 38

39 O ser humano é adaptado a fazer contrações musculares dinâmicas, mas tem pouca adaptação para fazer contrações musculares estáticas nas quais ocorre dor muscular intensa e fadiga precoce, devido ao acúmulo do ácido lático e outros metabólitos. As situações de fadiga por esforço muscular estático são aliviadas pelo relaxamento do músculo, durante o qual ocorre o fluxo do sangue e remoção das substâncias tóxicas produzidas durante o esforço. Os músculos têm força, resistência, flexibilidade, velocidade, potência, agilidade, equilíbrio e coordenação. Definições: a) Força: potência máxima que pode ser exercida numa única contração voluntária; b) Resistência: capacidade de repetição de contrações ou o tempo de sustentação do esforço; c) Flexibilidade: amplitude de movimento através da qual os membros são capazes de mover-se; d) Velocidade: tempo de reação e o tempo de movimento; muito útil em atividades esportivas; e) Potência: combinação de força e velocidade (é à distância percorrida pelo músculo em determinada carga em determinado tempo); f) Agilidade: capacidade de mudar de direção e posição rapidamente, com precisão e sem perda do equilíbrio; g) Equilíbrio: capacidade de o manter o posicionamento correto do corpo durante movimentos vigorosos. h) Coordenação: relação harmoniosa entre os movimentos repetidos e de alta velocidade. Compatível com essas características, no aproveitamento racional do ser humano no trabalho, as regras abaixo devem ser aplicadas: Nunca usar esforço excessivo sobre o trabalhador de uma só vez; 39

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