Portugal e os Desafios Atuais da Cooperação para o Desenvolvimento 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Portugal e os Desafios Atuais da Cooperação para o Desenvolvimento 1"

Transcrição

1 Portugal e os Desafios Atuais da Cooperação para o Desenvolvimento 1 1 Texto de Fernando Jorge Cardoso, Patrícia Magalhães Ferreira e Maria João Seabra, baseado no projeto O Desenvolvimento no Centro das Políticas Públicas, do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais, IEEI, co-financiado pelo IPAD.

2 1. As tendências da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento A cooperação para o desenvolvimento tem registado dinâmicas novas e evoluções importantes nos últimos anos, no plano internacional e multilateral, que vieram alterar o panorama global da ajuda ao desenvolvimento e que representam desafios importantes para a cooperação portuguesa Novos desafios globais do desenvolvimento Os desafios atuais do desenvolvimento num mundo globalizado vão muito para além da ajuda ao desenvolvimento ou do combate à pobreza entendida no seu sentido estrito. Sabemos hoje que, não obstante os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), definidos em 2000, terem sido importantes como fio condutor do desenvolvimento e das estratégias de cooperação, são hoje manifestamente insuficientes face aos novos desafios do desenvolvimento. Estes incluem questões cada vez mais globais e interdependentes, como as alterações climáticas, a segurança, a governação global, o comércio, as migrações, a sustentabilidade energética ou a segurança alimentar. A crise financeira tornou ainda mais visível a ligação do desenvolvimento às questões globais. A nova agenda do desenvolvimento, em definição para o período pós-2015, assenta, entre outros aspetos, num maior reconhecimento de que o papel fundamental do combate à pobreza reside nas políticas internas dos países em desenvolvimento e de que a ajuda ao desenvolvimento deve ter em conta o impacto dos outros fluxos externos de financiamento do desenvolvimento, como o investimento direto, o comércio ou as remessas dos emigrantes. Por outro lado, é cada vez mais assumida a necessidade de maior concertação de esforços entre as várias políticas definidas pelos países desenvolvidos, para que as políticas comercial, de imigração e outras não prejudiquem os esforços realizados pelas políticas de desenvolvimento. Estes aspetos são ainda mais importantes num momento de crise económica global, em que os fluxos para os países em desenvolvimento são afetados e em que os orçamentos para a ajuda se encontram sob grande pressão nas economias desenvolvidas. O cumprimento dos compromissos internacionais de aumento da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) para 0,7% do Rendimento Nacional Bruto (RNB) até 2015 parece, neste contexto, impossível de alcançar, particularmente em alguns países, como Portugal. No caso português, verificamos a diminuição do peso e relevância da Cooperação para o Desenvolvimento no seio das políticas públicas, o que, para além de colocar em causa o cumprimento dos objetivos assumidos pelo Estado português em matéria de quantidade e qualidade da ajuda, ignora o peso que a cooperação para o desenvolvimento, mesmo que diminuta e restringida geograficamente, tem tido na afirmação e visibilidade externa de Portugal, particularmente no papel de país charneira do diálogo internacional Norte-Sul Novos atores e doadores emergentes A arquitetura mundial da ajuda ao desenvolvimento tem registado, ao longo da última década, uma complexificação crescente, com o alargamento exponencial do número de atores envolvidos na ajuda não-pública (através da participação crescente de ONG, fundações privadas e outras entidades). Esta realidade verifica-se a par com um fenómeno de fragmentação, corporizado na existência de um número maior de atividades financiadas por um conjunto de doadores de tamanho cada vez mais pequeno. Estas duas tendências têm consequências evidentes ao nível do aumento dos custos de transação e das 1

3 dificuldades de coordenação, pelo que as questões da complementaridade e harmonização assumem cada vez mais relevância na promoção de uma ajuda mais eficaz. Para além disso, a construção de uma nova geografia da ajuda internacional tem assentado, nos últimos anos, no reforço da cooperação entre países em desenvolvimento e na presença crescente de novos doadores (como a China, Índia, Brasil, Turquia, Singapura, Malásia, países e fundos árabes), eles próprios países em desenvolvimento, que oferecem fontes alternativas de apoio aos países parceiros, em boa parte desiludidos com os resultados da ajuda dos chamados doadores tradicionais. Numa primeira análise, os dois modelos de atuação parecem inconciliáveis, como exemplifica a atuação da China e da UE: a China privilegia a atuação bilateral sem grandes preocupações de coordenação com outros doadores, com uma abordagem da cooperação centrada na ajuda ligada e nos negócios e regida pelo princípio de não intervenção nas políticas internas dos estados parceiros; a União Europeia, cada vez mais envolvida em esquemas de coordenação e harmonização, com uma conceção de cooperação marcada ainda em alguns casos pelo assistencialismo e com elementos de condicionalidade política na atribuição da ajuda. Face a estas novas realidades, impõe-se refletir sobre as consequências do novo cenário para os chamados doadores tradicionais, entre os quais se encontra Portugal, incluindo a provável revisão de estratégias e políticas de cooperação. A complexidade crescente da arquitetura da ajuda e a emergência de novos doadores impõem uma reflexão sobre qual o papel de um pequeno doador como Portugal, formalmente identificado com o Norte desenvolvido, mas com formas de atuação algo diferenciadas de alguns países desse Norte e sofrendo a pressão cada vez maior de doadores emergentes do Sul em áreas de excelência da cooperação portuguesa (como a Educação, a Formação/Capacitação Institucional, ou a Saúde). Os condicionalismos colocados pela profunda crise económica e das finanças portuguesas tornam a reflexão mais complexa e reforçam o imperativo de uma maior participação no debate por parte da sociedade civil, particularmente da sociedade civil especializada na cooperação. A abertura do governo, órgãos de soberania e organismos estatais e autárquicos para os benefícios inerentes à participação dos atores da sociedade civil será, porventura, um dos meios para tornar mais eficaz a ação externa portuguesa e o apoio público às políticas e medidas da cooperação A eficácia e coerência da ajuda A insuficiência dos fundos disponíveis para a cooperação e a constatação dos resultados limitados dessa ajuda nos países em desenvolvimento resultou, no final dos anos 90, numa aid fatigue que evoluiu, ao longo da última década, para a necessidade de se utilizarem de melhor forma os fundos disponíveis e assim promover a eficácia da ajuda concedida. A agenda da eficácia da ajuda, expressa nos cinco princípios acordados na Declaração de Paris (2005) e reforçados pela Agenda de Ação de Acra (2008) e pela Declaração de Parceria de Busan (2011) princípios esses subscritos por Portugal, tem contribuído para alterar substancialmente a forma de organizar e implementar as políticas de cooperação para o desenvolvimento, representando um grande desafio para os países doadores tradicionais. A promoção dos cinco princípios acima referidos, designadamente (i) a apropriação dos processos de desenvolvimento pelos próprios países parceiros, (ii) o alinhamento da cooperação com as prioridades e sistemas desses países, (iii) a harmonização entre doadores, (iv) a gestão virada para os resultados, (v) os mecanismos de prestação de contas e responsabilização mútua (entre doadores e países parceiros), é um processo de longo-prazo, que não pode ser visto como questão meramente técnica mas que implica um envolvimento importante ao nível político, incluindo na definição e implementação das políticas. Nesse 2

4 sentido, importa reter que, mais que da eficácia da ajuda, é da eficácia do desenvolvimento, ou seja, dos seus resultados que falamos. A atual reformulação da arquitetura mundial da ajuda em resultado de alguns dos aspetos referidos nos pontos anteriores tem dado também uma ênfase crescente à coerência das políticas para o desenvolvimento, ou seja, à necessidade de assegurar que várias políticas (comercial, de segurança, de imigração, agrícola, etc) dos países doadores contribuam para os objetivos globais de desenvolvimento e de redução da pobreza, ou que, pelo menos, não os prejudiquem. Isto exige grandes alterações na forma como os países desenvolvidos concebem e implementam a sua cooperação para o desenvolvimento. Em suma, a contribuição dos doadores tende a ser cada vez mais avaliada não só através da ajuda ao desenvolvimento, mas também na forma como uma série de políticas, para além das políticas de cooperação, contribuem para o objetivo desenvolvimento. Isto significa, nomeadamente, respostas integradas e abordagens conjuntas entre os diversos setores, incluindo as chamadas abordagens intragovernamentais whole-of-government para responder aos desafios multidimensionais do desenvolvimento nos países parceiros. 2. A Política de Desenvolvimento da União Europeia A União Europeia é o principal ator mundial em matéria de ajuda ao desenvolvimento. O crescente envolvimento da UE em termos de coerência das políticas verifica-se desde o Tratado de Maastricht (1993) onde, no art.º 177, [novo art.º 208] é feita referência a um desenvolvimento sustentável dos Países em Desenvolvimento e à cooperação com estes para além do relacionamento comercial. Desde então, contam-se cerca de 30 instrumentos europeus destinados à cooperação externa. Dada a sua disseminação, a UE tem tentado criar mecanismos integrados de modo a permitir que as políticas de cooperação comunitárias sejam mais direcionadas. O Tratado de Lisboa define claramente a redução e erradicação da pobreza como o objetivo central da política de cooperação para o desenvolvimento (art.º 21). A política de desenvolvimento assume-se assim como uma política autónoma e não como um acessório da política externa e de segurança comum. Este objetivo tem de ser respeitado sempre que a UE põe em prática políticas suscetíveis de afetarem os Países em Desenvolvimento. Neste sentido, o Tratado de Lisboa prevê alterações ao nível da estrutura da UE no âmbito da sua ação externa, no sentido de melhorar a coordenação, consistência e, sobretudo, coerência da cooperação abrangendo estratégias comuns em todas as áreas das relações externas (art.º 21). Desta forma, e de modo a que se cumpram os princípios de coerência, a Comissão Europeia tem vindo a publicar relatórios bienais relativos à Coerência das Políticas para o Desenvolvimento. Esta monitorização surge do compromisso da UE em alinhar as diferentes áreas políticas com as 12 áreas prioritárias 2 aprovadas em 2005 pelo Conselho Europeu, de forma coerente e coordenada e evitar que estas se contrariem entre si. São hoje reconhecidos os elevados custos que as incoerências entre políticas têm no desenvolvimento global, considerando-se que melhorias ao nível da Política Agrícola Comum, da Política Comercial, da Política Comum de Pescas ou da Política de Migrações contribuiriam substancialmente para maximizar o impacto da ajuda europeia a países em Desenvolvimento. 2 As 12 áreas prioritárias são: comércio, ambiente, alterações climáticas, segurança, agricultura, pescas, dimensão social da globalização, migrações, inovação e pesquisa, sociedade da informação, transportes, energia. 3

5 Para além do compromisso político assumido pelos Estados europeus no âmbito do Consenso Europeu para o Desenvolvimento (2005), a coerência é uma obrigação legal no âmbito do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. A União deve ter em consideração as relações de interdependência que ligam os seus Estados membros aos países em desenvolvimento e deve avaliar o conjunto das suas políticas internas em função do seu impacto em países terceiros. A coerência da política europeia de desenvolvimento deve basear-se na definição de prioridades mensuráveis e na avaliação das suas políticas internas; na mobilização de recursos financeiros públicos e privados, para além da ajuda pública ao desenvolvimento, que deverão ser enquadrados nos objetivos gerais e no reforço do diálogo com os países em desenvolvimento. Estes serão, certamente, temas centrais na agenda europeia de cooperação nos próximos anos, como demonstra a Agenda para a Mudança, aprovada pelo Conselho Europeu em Maio de Tema transversal a todos os atores políticos é a necessidade de construir e manter um amplo consenso sobre a importância da cooperação e do desenvolvimento. Aqui, não se trata somente de garantir que estes temas recebem a devida atenção ao nível das estratégias e políticas estatais e da capacidade da sociedade civil interveniente neste campo, com particular realce às organizações não-governamentais para o desenvolvimento(ongd), fundações e universidades mas igualmente da adesão da opinião pública portuguesa e europeia aos objetivos da cooperação, aspeto este que maior relevo tem em períodos de recessão e crise económica interna como aquele em que agora nos encontramos. Será interessante notar que, apesar da dimensão que a presente crise económica assume na Europa, os dados do Eurobarómetro continuam a refletir o apoio da opinião pública europeia (e portuguesa) aos objetivos e esforços da cooperação para o desenvolvimento 3.. Neste quadro, a Educação para o Desenvolvimento (ED), sendo uma área onde a actuação portuguesa tem registado evoluções importantes nos últimos anos 4, assume-se como um instrumento fundamental para promover junto dos cidadãos, de diversos setores da sociedade civil e das instituições públicas uma compreensão abrangente e aprofundada das causas e efeitos das questões globais e dos desafios do desenvolvimento, fornecendo aos cidadãos europeus e portugueses os instrumentos para a aplicação de uma cidadania global. A Educação para o Desenvolvimento e a sensibilização da opinião pública são vitais para as políticas de desenvolvimento europeias, conforme declara o Consenso Europeu relativo à Educação para o Desenvolvimento de A Comissão Europeia reconheceu a importância fundamental da ED e decidiu aumentar o financiamento a projetos nesta área, estando neste momento em negociação o montante no quadro das perspetivas financeiras para % dos europeus entrevistados demonstra solidariedade mesmo em tempos de crise e considera a Ajuda ao Desenvolvimento "importante" ou "muito importante". Para Portugal os resultados indicam que 88% dos inquiridos considera a Ajuda ao Desenvolvimento importante. 62% dos cidadãos e cidadãs europeias são a favor do aumento da Ajuda ao Desenvolvimento: pelo menos 0,7% do RNB da UE até Em Portugal, 59% dos inquiridos manifestaram-se nesse sentido. Quase 80% dos europeus acredita que o impacto da ajuda da UE deve ser melhorado, trabalhando de perto com outros governos. Relatório do Eurobarómetro da Comissão Europeia "Fazendo a diferença no mundo os europeus e a ajuda ao desenvolvimento", realizado em novembro de Em 2009, foi aprovada por despacho conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério da Educação, a Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (ENED), cuja implementação está concretizada no Plano de Ação desenvolvido para o período

6 3. Portugal e a Cooperação para o Desenvolvimento 3.1. Experiência, Problemas e Desafios Perante este cenário global, a cooperação portuguesa enfrenta novos desafios que vão muito para além da ajuda ao desenvolvimento e que requerem uma maior concertação de esforços entre os vários atores envolvidos, bem como uma maior complementaridade de políticas. Torna-se cada vez mais importante potenciar a ação de atores que têm um papel importante na cooperação mas que desenvolvem muitas vezes as suas atividades de forma desenquadrada como as autarquias e outros intervenientes na cooperação descentralizada e de atores com responsabilidade no domínio legislativo e de fiscalização como é o caso da Assembleia da República. Desta forma, é fundamental investir na melhor partilha de informação com públicos específicos e sensibilizar as entidades públicas responsáveis pelas diferentes áreas políticas, quer para a importância da cooperação para o desenvolvimento e da sua eficácia, quer para o impacto dos vários setores na promoção de um desenvolvimento global mais justo e equitativo. Especificamente na Política de Cooperação para o Desenvolvimento, é reconhecido por várias instituições internacionais e pelos próprios países parceiros da cooperação (essencialmente PALOP e Timor-Leste) o grande esforço efetuado por Portugal nos últimos anos e os enormes progressos, nomeadamente em termos de racionalização e concentração sectorial da ajuda ao desenvolvimento, de planeamento estratégico, de aplicação dos princípios internacionais de eficácia da ajuda ou de organização de todo o sistema de cooperação. Isto é também salientado nos exames efetuados pelo Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) da OCDE à cooperação portuguesa (2006 e 2010). Para além disso, Portugal tem já exemplos que são apontados como boas práticas ao nível internacional, como é o caso da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (ENED), da abordagem portuguesa ao desenvolvimento de capacidades nos países parceiros e da cooperação nos domínios policial e da defesa e segurança. A Cooperação Portuguesa tem uma história longa de valores partilhados e de caminhos percorridos no sentido do estabelecimento de relações sólidas e de confiança com os seus principais parceiros. Tem-se assumido como um instrumento fundamental da política externa portuguesa e de projeção de Portugal no Mundo, alavancando e potenciando relações privilegiadas com esses países, ao nível político, económico, social e de desenvolvimento. Nesse contexto, tem materializado o compromisso de Portugal para com um desenvolvimento global mais equilibrado e representado um contributo valioso para a formulação de respostas globais a problemas globais (o que é ainda mais relevante no atual contexto de crise). Dado o reconhecimento das mais-valias da cooperação em setores bem identificados, designadamente educação, a saúde e a capacitação institucional, incluindo das áreas militar e policial, e o caráter de longo-prazo de muitas das intervenções, a Cooperação assumiu-se como Política de Estado, ocupando lugar de relevo no impacto externo das políticas públicas e face a outros vetores de relacionamento internacional. Pode mesmo constituir, no atual contexto de crise, um elemento estratégico para manter a importância e papel ativo de Portugal nas esferas políticas internacionais e no relacionamento bilateral privilegiado com diversos países prioritários na nossa política externa. A política de Cooperação para o Desenvolvimento está muito para além de uma visão assistencialista, e num mundo marcado pela globalização, pode deve ser um instrumento de soft power, essencial para manter a presença global de um país como Portugal. 5

7 Os anos de 2010 e 2011 corresponderam aos últimos anos de vários Programas Indicativos de Cooperação (Angola, Guiné-Bissau, Moçambique 5 e Timor-Leste em 2010, Cabo Verde e São Tomé a Príncipe em 2011). O próximo ciclo programático é particularmente sensível dada a diminuição financeira da ajuda e a consequente incerteza sobre a continuidade de vários apoios. É reconhecido que os cortes financeiros são atualmente inevitáveis, dada a crise económica vivida em Portugal, o que nos afasta do compromisso de atingir 0,7% do RNB em ajuda ao desenvolvimento até No entanto, isto apenas reforça a necessidade de posições políticas claras no sentido do reforço da concretização de compromissos qualitativos que Portugal subscreveu, incluindo em termos de eficácia da ajuda ao desenvolvimento. Neste contexto, algumas opções recentes nesta área denotam sinais que questionam os ganhos e o caminho de consolidação prosseguido pela cooperação portuguesa. Promoção da língua vs cooperação para o desenvolvimento. O paradigma de interligação entre a promoção da língua/cultura e a cooperação, aplicado nos anos de 1960 e 70 por algumas ex-potências coloniais, foi ultrapassado, considerando-se hoje que a finalidade da cooperação é a promoção do desenvolvimento global, não sendo já possível contabilizar as ações de promoção da língua como APD. As recomendações do CAD à cooperação portuguesa, em 2010, afirmavam a este propósito que, não obstante a língua portuguesa ser a língua veicular do ensino e das ações de cooperação, a cooperação para o desenvolvimento não deve ser utilizada para objetivos de política externa relativos à promoção da língua, mas deve antes centrar-se no desenvolvimento dos países parceiros 6. A fusão institucional entre o IPAD e o Instituto Camões sinalizou um caminho contrário, suscitando alguma perplexidade interna e junto aos parceiros internacionais; o mesmo se pode dizer do estabelecido nas Grandes Opções do Plano para , onde se refere o ensino da Língua Portuguesa (em vez do reforço do ensino em Língua Portuguesa) como um objetivo a prosseguir no contexto da Cooperação para o Desenvolvimento. Será interessante verificar em que medida o debate público entretanto suscitado por esta fusão tem impacto na clarificação de objetivos e na programação e práticas do novo instituto. A utilização da ajuda para a promoção de negócios e interesses económicos e empresariais, prática protagonizada por novos doadores e condenada pela UE e pelo CAD, volta a ganhar alguma preponderância nas políticas de cooperação portuguesa. É o caso do aumento da APD centrada em empréstimos concessionais para infraestruturas e serviços económicos, condicionada à aprovação para empresas portuguesas. Isto representa um aumento da ajuda ligada portuguesa (de 8,7% da APD bruta total em 2008, para 48,3% em 2010), contrariando as recomendações internacionais sobre a matéria, subscritas por Portugal, e representando no médio prazo uma contabilização negativa para a APD portuguesa (à medida que os países pagam esses créditos). Na verdade, este tipo de ajuda aumenta a dívida externa dos países parceiros e pode ainda representar uma estagnação ou diminuição dos fundos para setores sociais, que normalmente são canalizados através de donativos para esses países. A necessidade de aumentar exportações e de internacionalizar a economia e as empresas portuguesas levou o atual governo a definir a diplomacia económica como elemento prioritário da sua política e ação 5 Recentemente foi assinado um novo PIC com Moçambique. 6 No exame de 2010 à Cooperação Portuguesa, afirma-se, na p. 12, que (Portugal) should make clear that ODA which supports teaching and using Portuguese should be a means to help achieve development in Lusophone countries, not to promote the Portuguese language as an end itself. Clarifying this in writing would help to enhance the developmental focus of Portuguese cooperation, e na p.28, in some policy documents, including the Strategic Vision, and in other parts of government, promotion of the Portuguese language is seen as an end in itself. When updating the Strategic Vision, Portugal has the opportunity to make this important distinction clear and thus help ensure all ODA focuses on development objectives. DAC-OCDE,

8 externas. Não está em causa o papel das empresas enquanto motores de desenvolvimento em Portugal e nos países parceiros nem tão pouco que o governo promova a sua ação, mas sim o papel que possam ter, supletivamente, no reforço das ações de ajuda ao desenvolvimento. Mais que um problema, este tema é um desafio que necessita de maior debate na sociedade portuguesa, com particular realce ao debate entre empresas / associações empresariais e ONGD / outras organizações da sociedade civil. Existe lugar a ações concertadas no terreno que potenciem objetivos e interesses comuns, campo esse que não se resume à responsabilidade social das empresas. Porém, os apoios e medidas que venham a ser assumidos e/ou apoiados pelo governo não poderão confundir negócios privados com ajuda pública Operacionalização, Coordenação e Financiamento São endémicas as questões da operacionalização da cooperação portuguesa nos países parceiros. Em avaliações à cooperação portuguesa em diversos países (Angola, Moçambique, Cabo Verde) nas quais participaram investigadores do IEEI, são cronicamente referidos três fatores que diminuem o impacto e a eficácia das ações: A não movimentação atempada das verbas acordadas para financiamento dos projetos em sede dos Programas Indicativos de Cooperação (PIC) assinados com os países parceiros. Portugal aparece quase sempre como o pior doador no que toca à disponibilização em tempo útil dos meios financeiros a que se obriga nos programas e projetos. A acrescentar a este facto não existem, contrariamente ao que se passa nos demais parceiros da cooperação, verbas disponíveis em condições de rápida mobilização através das representações diplomáticas, as quais se encontram desprovidas de meios para fazer face a estrangulamentos pontuais (que são muitos) na execução dos projetos aprovados em sede dos PIC. A prática de não contratação local de peritos, mais uma vez em contradição com o que acontece com a generalidade dos doadores, o que diminui a eficácia da ajuda e aumenta tempos e custos, uma vez que, mesmo quando existe autorização e verba disponível, são preferidas movimentações de pessoal da sede ou a contratação em Portugal, incluindo de estagiários. Portugal só terá a ganhar em termos de poupança financeira e de aumento de eficácia em seguir as práticas internacionalmente adotadas neste domínio. A insuficiente delegação de competências para o terreno, previstas desde 1999 mas por implementar, que é cada vez mais importante para a coordenação entre intervenientes e para a eficácia da cooperação. Comparativamente a outros doadores, as representações portuguesas têm pouca capacidade decisória para a formulação dos programas de cooperação, a elaboração de propostas e a efetiva coordenação com outros doadores. As falhas na coordenação entre políticas e financiamento da cooperação são, desde há muito, decorrentes do modelo descentralizado de cooperação vigente em Portugal e da natureza transversal da atividade da cooperação. Isto significa que é fundamental investir em mecanismos que permitam uma maior transparência, coordenação, complementaridade e sustentabilidade das ações e da Política de Cooperação. Apresentamos aqui algumas ideias que nos parecem importantes neste sentido: Assegurar que a Política de Cooperação é efetivamente uma Política de Estado, e como tal expressa num documento de orientação estratégica pluri-anual e amplamente participado. Para que a sua implementação seja coerente e eficaz, seria recomendável a existência de um Conselho 7

9 de Ministros da Cooperação que, reunindo pelo menos uma vez por ano, definisse e avaliasse as linhas mestras da cooperação portuguesa, de forma transversal. Garantir que a coordenação quer das políticas e programas setoriais quer da afetação das verbas disponíveis sejam da competência do MNE e do seu Instituto da Cooperação, para que não fiquem na dependência de cada um dos Ministérios que as implementam. Apesar de caber ao IPAD, agora Camões - ILC, a coordenação da política de cooperação, apenas cerca de 10% das verbas são geridas por este instituto, sendo mais de 60% das verbas totais implementadas através do Ministério das Finanças e as restantes através de uma multiplicidade de Ministérios e organismos públicos. Elaborar um programa orçamental para a Cooperação abrangente, transversal e transparente. Esta tarefa tem sido dificultada pelo facto de o Orçamento de Estado ter uma lógica vertical, por Ministérios, e de terem sido eliminadas rubricas transversais, por áreas ou programas. Não obstante as tentativas existentes desde , não foi possível estabilizar uma figura orçamental que responda à necessidade de acompanhar e coordenar a execução da cooperação numa base interministerial e horizontal. Esta medida responderia ao objetivo, propugnado por doadores (incluindo Portugal) e parceiros, de tornar mais previsíveis as verbas disponibilizadas pelos doadores e de permitir uma mais eficaz e coerente programação anual e plurianual dos orçamentos de Estado e planos estratégicos dos países parceiros. Isto para além da maior visibilidade e transparência dos fluxos financeiros de ajuda ao desenvolvimento. Considerações finais Para além das constatações e propostas feitas ao longo do documento, tendo em conta o atual contexto de profunda crise económica e financeira que favorece a subordinação de estratégias e visões de longo prazo por considerações de tesouraria e de curto prazo, talvez a mais relevante consideração seja sobre a necessária divulgação e envolvimento da sociedade portuguesa nas questões do desenvolvimento e da cooperação, combatendo tendências para a opacidade, falta de transparência e secundarização deste importante vetor da política externa e da inserção estratégica de Portugal e dos portugueses nas dinâmicas da cooperação e da solidariedade internacional. Na verdade, o envolvimento alargado das escolas, autarquias, associações empresariais, dos media e de instituições da soberania, neste caso com ênfase ao Parlamento, nos debates e demais atividades (regra geral tipificadas como Educação para o Desenvolvimento ), é um elemento essencial para a construção de um amplo consenso na sociedade portuguesa e não pode ser considerado como marginal nas políticas públicas e na ação dos agentes dessas mesmas políticas. 7 De 2004 a 2009 o Programa Orçamental da Cooperação para o Desenvolvimento designou-se por PO05, tendo em 2010, sido criada uma figura orçamental de exceção, equiparada a programa orçamental, designada por Agenda da Cooperação para o Desenvolvimento, para substituir o extinto PO05. Em 2011 voltou a existir um Programa Orçamental da Cooperação para o Desenvolvimento, po PO21. Em 2012 o Orçamento volta a não prever rubricas transversais, incluindo no caso da cooperação. 8

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS. Coerência das Políticas: O Desafio do Desenvolvimento. Sessão Pública ABERTURA

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS. Coerência das Políticas: O Desafio do Desenvolvimento. Sessão Pública ABERTURA MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS Coerência das Políticas: O Desafio do Desenvolvimento Sessão Pública 19.01.2011 Assembleia da República ABERTURA Senhor Presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros

Leia mais

Entre o SABER e o FAZER: A Educação na Cooperação Portuguesa para o Desenvolvimento

Entre o SABER e o FAZER: A Educação na Cooperação Portuguesa para o Desenvolvimento Entre o SABER e o FAZER: A Educação na Cooperação Portuguesa para o Desenvolvimento Sessão de debate e apresentação do estudo ISCTE 29 de Fevereiro de 2012 Estrutura do Estudo 1. Enquadramento Internacional:

Leia mais

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013 PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020 DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013 REDE RURAL NACIONAL NOTA INTRODUTÓRIA O desenvolvimento das fichas de medida/ação está condicionado, nomeadamente,

Leia mais

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Desde a crise económica e financeira mundial, a UE sofre de um baixo nível de investimento. São necessários esforços coletivos

Leia mais

PROJECTO DE RELATÓRIO

PROJECTO DE RELATÓRIO ASSEMBLEIA PARLAMENTAR PARITÁRIA ACP-UE Comissão do Desenvolvimento Económico, das Finanças e do Comércio ACP-EU/101.516/B/13 18.08.2013 PROJECTO DE RELATÓRIO sobre a cooperação Sul-Sul e a cooperação

Leia mais

PROJETO de Documento síntese

PROJETO de Documento síntese O Provedor de Justiça INSERIR LOGOS DE OUTRAS ORGANIZAÇÔES Alto Comissariado Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH) Provedor de Justiça de Portugal Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal

Leia mais

ACQUALIVEEXPO. Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA

ACQUALIVEEXPO. Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA ACQUALIVEEXPO Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA Lisboa, 22 de Março de 2012 1 1. Introdução A diplomacia económica é um

Leia mais

Fórum Crédito e Educação Financeira 25 de Janeiro de 2012. António de Sousa

Fórum Crédito e Educação Financeira 25 de Janeiro de 2012. António de Sousa Fórum Crédito e Educação Financeira 25 de Janeiro de 2012 António de Sousa Realidade: A literacia financeira dos portugueses Resultados do Inquérito do Banco de Portugal à População Portuguesa (2010):

Leia mais

Sumário executivo. From: Aplicação da avaliação ambiental estratégica Guia de boas práticas na cooperação para o desenvolvimento

Sumário executivo. From: Aplicação da avaliação ambiental estratégica Guia de boas práticas na cooperação para o desenvolvimento From: Aplicação da avaliação ambiental estratégica Guia de boas práticas na cooperação para o desenvolvimento Access the complete publication at: http://dx.doi.org/10.1787/9789264175877-pt Sumário executivo

Leia mais

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS I. INTRODUÇÃO O Governo apresentou ao Conselho Económico e Social o Projecto de Grandes Opções do Plano 2008 (GOP 2008) para que este Órgão, de acordo com

Leia mais

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 INVESTIMENTO TERRITORIAL INTEGRADO POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 As novas regras e legislação para os investimentos futuros da política de coesão da UE durante o período de programação 2014-2020 foram formalmente

Leia mais

Plano de Atividades 2015

Plano de Atividades 2015 Plano de Atividades 2015 ÍNDICE Introdução 1. Princípios orientadores do Plano Plurianual. Desempenho e qualidade da Educação. Aprendizagens, equidade e coesão social. Conhecimento, inovação e cultura

Leia mais

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA E OS REPRESENTANTES DOS GOVERNOS DOS ESTADOS-MEMBROS, I. INTRODUÇÃO

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA E OS REPRESENTANTES DOS GOVERNOS DOS ESTADOS-MEMBROS, I. INTRODUÇÃO 14.6.2014 PT Jornal Oficial da União Europeia C 183/5 Resolução do Conselho e dos Representantes dos Governos dos Estados Membros, reunidos no Conselho, de 20 de maio de 2014, sobre um Plano de Trabalho

Leia mais

Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo

Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo Parecer da Federação Académica do Porto A participação de Portugal na subscrição da Declaração de Bolonha em Junho de 1999 gerou para o Estado

Leia mais

VI REUNIÃO DE MINISTROS DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA. Maputo, 15 de Abril de 2014

VI REUNIÃO DE MINISTROS DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA. Maputo, 15 de Abril de 2014 VI REUNIÃO DE MINISTROS DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Maputo, 15 de Abril de 2014 DECLARAÇÃO FINAL Os Ministros responsáveis pela Ciência, Tecnologia

Leia mais

IIDENTIFICAÇÃO SUMARIA DO PROJETO

IIDENTIFICAÇÃO SUMARIA DO PROJETO IIDENTIFICAÇÃO SUMARIA DO PROJETO Título do projeto: Pensar Global, Agir Global Oito objetivos de Desenvolvimento para o Milénio, Oito Caminhos para mudar o Mundo Localização detalhada da ação (país, província,

Leia mais

49 o CONSELHO DIRETOR 61 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL

49 o CONSELHO DIRETOR 61 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 49 o CONSELHO DIRETOR 61 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL Washington, D.C., EUA, 28 de setembro a 2 de outubro de 2009 CD49.R10 (Port.) ORIGINAL:

Leia mais

Percepção de Portugal no mundo

Percepção de Portugal no mundo Percepção de Portugal no mundo Na sequência da questão levantada pelo Senhor Dr. Francisco Mantero na reunião do Grupo de Trabalho na Aicep, no passado dia 25 de Agosto, sobre a percepção da imagem de

Leia mais

Comemoração dos 30 Anos APAF Análise Financeira: alicerce do mercado de capitais e do crescimento económico Intervenção de boas vindas

Comemoração dos 30 Anos APAF Análise Financeira: alicerce do mercado de capitais e do crescimento económico Intervenção de boas vindas Comemoração dos 30 Anos APAF Análise Financeira: alicerce do mercado de capitais e do crescimento económico Intervenção de boas vindas Exm.ªs Senhoras, Exm.ºs Senhores É com prazer que, em meu nome e em

Leia mais

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE V EUROSAI/OLACEFS CONFERENCE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A V Conferência EUROSAI/OLACEFS reuniu, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de Maio de

Leia mais

IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global. Grupo Parlamentar Português sobre População e

IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global. Grupo Parlamentar Português sobre População e IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global Grupo Parlamentar Português sobre População e Cumprimentos: Desenvolvimento Assembleia da República 18 de Novembro

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2013)462 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativo a fundos europeus de investimento a longo prazo 1 PARTE I - NOTA INTRODUTÓRIA Nos termos do artigo 7.º da Lei n.º

Leia mais

O que é o Portugal 2020?

O que é o Portugal 2020? O que é o Portugal 2020? Portugal 2020 é o novo ciclo de programação dos fundos europeus, que substitui o antigo QREN (Quadro Estratégico de Referência Nacional). Foi acordado entre Portugal e a Comissão

Leia mais

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção 02 Estratégia Nacional de

Leia mais

Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters. Resposta à nova ambição económica

Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters. Resposta à nova ambição económica Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters Resposta à nova ambição económica Resposta à nova ambição económica 02-07-2012 Novo Modelo para o Ecossistema

Leia mais

Documento em construção. Declaração de Aichi-Nagoya

Documento em construção. Declaração de Aichi-Nagoya Documento em construção Declaração de Aichi-Nagoya Declaração da Educação para o Desenvolvimento Sustentável Nós, os participantes da Conferência Mundial da UNESCO para a Educação para o Desenvolvimento

Leia mais

Número 7/junho 2013 O PROGRAMA URBACT II

Número 7/junho 2013 O PROGRAMA URBACT II Número 7/junho 2013 O PROGRAMA URBACT II PARTILHA DE EXPERIÊNCIAS E APRENDIZAGEM SOBRE O DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL O URBACT permite que as cidades europeias trabalhem em conjunto e desenvolvam

Leia mais

SESSÃO DE CAPACITAÇÃO

SESSÃO DE CAPACITAÇÃO SESSÃO DE CAPACITAÇÃO Apoios Financeiros para a Área Social 27 de Maio de 2013 MISSÃO ÁREAS ESTATUTÁRIAS ARTE BENEFICÊNCIA EDUCAÇÃO CIÊNCIA Promoção do desenvolvimento individual e apoio à inclusão social

Leia mais

Programa Operacional Regional do Algarve

Programa Operacional Regional do Algarve Programa Operacional Regional do Algarve Critérios de Seleção das Candidaturas e Metodologia de Análise Domínio Temático CI Competitividade e Internacionalização Prioridades de investimento: 11.2 Aprovado

Leia mais

A crise na Zona Euro - Implicações para Cabo Verde e respostas possíveis:

A crise na Zona Euro - Implicações para Cabo Verde e respostas possíveis: A crise na Zona Euro - Implicações para Cabo Verde e respostas possíveis: Uma Mesa-Redonda Sector Público-Privado 7/10/2011 Centro de Políticas e Estratégias, Palácio do Governo, Praia. A crise na Zona

Leia mais

II Fórum Português da Responsabilidade das Organizações

II Fórum Português da Responsabilidade das Organizações II Fórum Português da Responsabilidade das Organizações O Futuro é hoje: visões e atitudes para um Portugal sustentável Introdução 1.Sustentabilidade e Responsabilidade Social; 2. O Desenvolvimento Sustentável;

Leia mais

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira Inclusão Financeira Inclusão Financeira Ao longo da última década, Angola tem dado importantes passos na construção dos pilares que hoje sustentam o caminho do desenvolvimento económico, melhoria das

Leia mais

O Desenvolvimento Local no período de programação 2014-2020 - A perspetiva do FSE - 10 de maio de 2013

O Desenvolvimento Local no período de programação 2014-2020 - A perspetiva do FSE - 10 de maio de 2013 O Desenvolvimento Local no período de programação 2014-2020 - A perspetiva do FSE - 10 de maio de 2013 Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020 Conselho europeu 7 e 8 fevereiro 2013 Política de Coesão (Sub-rubrica

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Plano de Atividades 2014

Plano de Atividades 2014 ADRA PORTUGAL Plano de Atividades 2014 Rua Ilha Terceira, 3 3º 100-171 LISBOA Telefone: 213580535 Fax: 213580536 E-Mail: info@adra.org.pt Internet: www.adra.org.pt Introdução A ADRA (Associação Adventista

Leia mais

Cimeira do Fórum Índia África

Cimeira do Fórum Índia África REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU Presidência da República Cimeira do Fórum Índia África Intervenção de Sua Excelência Senhor José Mário Vaz Presidente da República Nova Delhi, 29 de Outubro de 2015 Excelência,

Leia mais

TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O POSTO DE CONSELHEIRO EM GESTÃO DE FINANÇAS PUBLICAS

TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O POSTO DE CONSELHEIRO EM GESTÃO DE FINANÇAS PUBLICAS I. Introdução TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O POSTO DE CONSELHEIRO EM GESTÃO DE FINANÇAS PUBLICAS O melhoramento da prestação de serviços públicos constitui uma das principais prioridades do Governo da Província

Leia mais

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva PROCESSO DE AVALIAÇÃO EM CONTEXTOS INCLUSIVOS PT Preâmbulo Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva A avaliação inclusiva é uma abordagem à avaliação em ambientes inclusivos em que as políticas e

Leia mais

Mais clima para todos

Mais clima para todos Mais clima para todos 1 Mais clima para todos Na União Europeia, entre 1990 e 2011, o setor dos resíduos representou 2,9% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), e foi o 4º setor que mais contribuiu

Leia mais

Prioridades estratégicas da AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL 2013 2015

Prioridades estratégicas da AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL 2013 2015 Prioridades estratégicas da AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL 2013 2015 VISÃO Prioridades estratégicas 2013-2015 Breve enquadramento e contextualização O mundo não muda sozinho - é um dos mais conhecidos

Leia mais

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite que a FCT me dirigiu para

Leia mais

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC)

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC) AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS Nº 01 / SIAC / 2012 SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC) PROGRAMA ESTRATÉGICO +E+I PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO NO 7.º PROGRAMA-QUADRO DE I&DT (UNIÃO EUROPEIA)

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 1 INOVAÇÃO Ação 1.1 GRUPOS OPERACIONAIS Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento

Leia mais

SEMINÁRIO MODELOS DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DAS CAPACIDADES DE DEFESA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES. Instituto da Defesa Nacional, 29 de março de 2012

SEMINÁRIO MODELOS DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DAS CAPACIDADES DE DEFESA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES. Instituto da Defesa Nacional, 29 de março de 2012 SEMINÁRIO MODELOS DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DAS CAPACIDADES DE DEFESA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES Instituto da Defesa Nacional, 29 de março de 2012 CONCLUSÕES 1. A Europa está atualmente confrontada com um

Leia mais

PROGRAMA CIDADANIA ATIVA 2013-16

PROGRAMA CIDADANIA ATIVA 2013-16 PROGRAMA CIDADANIA ATIVA 2013-16 FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN Luís Madureira Pires Lisboa, 22 de março de 2013 Enquadramento > O Mecanismo Financeiro EEE (MF/EEE) Desde a assinatura do acordo do Espaço

Leia mais

Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020

Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020 COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de julho de 2014 Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020 Informações gerais O Acordo de Parceria abrange cinco fundos: Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO

DOCUMENTO DE TRABALHO PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão dos Orçamentos 15.9.2010 DOCUMENTO DE TRABALHO sobre o mandato externo do BEI Comissão dos Orçamentos Relator: Ivailo Kalfin DT\830408.doc PE448.826v01-00 Unida na

Leia mais

Prioridades do FSE para o próximo período de programação 2014-2020

Prioridades do FSE para o próximo período de programação 2014-2020 Prioridades do FSE para o próximo período de programação 2014-2020 Rosa Maria Simões 31 de janeiro de 2013, Auditório CCDR Lisboa e Vale do Tejo Agenda Resultados da intervenção FSE Contributos do FSE

Leia mais

Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social

Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social O Conselho de Ação Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, atento à

Leia mais

Plano de Atividades 2015

Plano de Atividades 2015 Plano de Atividades 2015 Instituto de Ciências Sociais Universidade do Minho 1. Missão Gerar, difundir e aplicar conhecimento no âmbito das Ciências Sociais e áreas afins, assente na liberdade de pensamento,

Leia mais

PLANO PARA A IGUALDADE DE GÉNERO DO EXÉRCITO

PLANO PARA A IGUALDADE DE GÉNERO DO EXÉRCITO PLANO PARA A IGUALDADE DE GÉNERO DO EXÉRCITO PARA O ANO DE 2014 2 1. ENQUADRAMENTO a. O princípio da igualdade é um princípio fundamental da Constituição da República Portuguesa, em que no seu Artigo 13º

Leia mais

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA Bruxelas, 7 de ovembro de 2008 REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA 1. A unidade dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia para coordenar as respostas

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta: COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005 Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito

Leia mais

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA LITERACIA FINANCEIRA DA U.PORTO Outubro de 2012 Enquadramento do programa na Estratégia Nacional de Formação Financeira Plano Nacional de Formação Financeira

Leia mais

Das palavras à [monitoriz]ação: 20 anos da Plataforma de Acção de Pequim na perspetiva das organizações de mulheres em Portugal

Das palavras à [monitoriz]ação: 20 anos da Plataforma de Acção de Pequim na perspetiva das organizações de mulheres em Portugal Das palavras à [monitoriz]ação: 20 anos da Plataforma de Acção de Pequim na perspetiva das organizações de mulheres em Portugal Lisboa, 25 de Julho de 2105 Sessão de abertura (agradecimentos; este seminário

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. site do programa, comunicou a suspensão, a partir de 11 de Fevereiro de 2011, de

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. site do programa, comunicou a suspensão, a partir de 11 de Fevereiro de 2011, de ....---.. ~CDS-PP Expeça-se D REQUERIMENTO Número /XI ( Publique-se [gi PERGUNTA Assunto: Suspensão de candidaturas de jovens agricultores ao PRODER Destinatário: Ministério da Agricultura, Desenvolvimento

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar

Leia mais

Portugal 2020: Investigação e Inovação no domínio da Competitividade e Internacionalização

Portugal 2020: Investigação e Inovação no domínio da Competitividade e Internacionalização Portugal 2020: Investigação e Inovação no domínio da Competitividade e Internacionalização Duarte Rodrigues Vogal da Agência para o Desenvolvimento e Coesão Lisboa, 17 de dezembro de 2014 Tópicos: 1. Portugal

Leia mais

Medidas de Revitalização do Emprego

Medidas de Revitalização do Emprego Projeto de Resolução n.º 417/XII Medidas de Revitalização do Emprego A sociedade europeia em geral, e a portuguesa em particular, enfrentam uma crise social da maior gravidade. Economia em recessão e um

Leia mais

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1373/XII/4ª

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1373/XII/4ª PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1373/XII/4ª Recomenda ao Governo a definição de uma estratégia para o aprofundamento da cidadania e da participação democrática e política dos jovens A cidadania é, além de um

Leia mais

Estabelecendo Prioridades para Advocacia

Estabelecendo Prioridades para Advocacia Estabelecendo Prioridades para Advocacia Tomando em consideração os limites de tempo e recursos dos implementadores, as ferramentas da série Straight to the Point (Directo ao Ponto), da Pathfinder International,

Leia mais

Apoio à Empregabilidade e Inclusão dos Jovens

Apoio à Empregabilidade e Inclusão dos Jovens Apoio à Empregabilidade e Inclusão dos Jovens O novo domínio de atuação Luís Madureira Pires Aprovação e objetivos do Programa 2013-16 O Programa Cidadania Ativa é um dos 8 programas em vigor em Portugal

Leia mais

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL INTEGRADO POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 As novas regras e legislação para os investimentos futuros da política de coesão da UE durante o período de programação 2014-2020

Leia mais

4. Trata-se de uma estratégia complementar à cooperação Norte-Sul e que não tem o objetivo de substituí-la.

4. Trata-se de uma estratégia complementar à cooperação Norte-Sul e que não tem o objetivo de substituí-la. VI REUNIÃO PARDEV 17/5/2012 Fala abertura Laís Abramo 1. A Cooperação Sul Sul é um importante e estratégico instrumento de parceria (partnership) para o desenvolvimento, capaz de contribuir para o crescimento

Leia mais

Território e Coesão Social

Território e Coesão Social Território e Coesão Social Implementação da Rede Social em Portugal continental 2007 a 2008 (4) 2003 a 2006 (161) 2000 a 2002 (113) Fonte: ISS, I.P./DDSP/UIS Setor da Rede Social Desafios relevantes no

Leia mais

ASSOCIAÇÃO PARA A ECONOMIA CÍVICA PORTUGAL

ASSOCIAÇÃO PARA A ECONOMIA CÍVICA PORTUGAL ASSOCIAÇÃO PARA A ECONOMIA CÍVICA PORTUGAL MISSÃO A Associação para a Economia Cívica Portugal é uma Associação privada, sem fins lucrativos cuja missão é: Promover um novo modelo de desenvolvimento económico

Leia mais

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 INSTRUMENTOS FINANCEIROS NA POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 A Comissão Europeia aprovou propostas legislativas no âmbito da política de coesão para 2014-2020 em outubro de 2011

Leia mais

XVIII REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

XVIII REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA XVIII REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Maputo, 18 de Julho de 2013 Resolução sobre a Luta Contra o Trabalho Infantil na CPLP O Conselho de Ministros

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 10.7.2013 SWD(2013) 252 final DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO que acompanha o documento Proposta de Decisão do Parlamento Europeu

Leia mais

CONCLUSÕES DO XI CONGRESSO MUNDIAL DE FARMACÊUTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

CONCLUSÕES DO XI CONGRESSO MUNDIAL DE FARMACÊUTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA CONCLUSÕES DO XI CONGRESSO MUNDIAL DE FARMACÊUTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA MAPUTO, 25 a 27 de Março de 2015 A Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP), que congrega mais 200 mil

Leia mais

CUMPRIMENTO DOS PRINCIPIOS DE BOM GOVERNO DAS EMPRESAS DO SEE

CUMPRIMENTO DOS PRINCIPIOS DE BOM GOVERNO DAS EMPRESAS DO SEE CUMPRIMENTO DOS PRINCIPIOS DE BOM GOVERNO DAS EMPRESAS DO SEE Princípios do Bom Governo das Cumprir a missão e os objetivos que lhes tenham sido determinados, de forma económica, financeira, social e ambientalmente

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Excelentíssimas Senhoras e Senhores Deputados,

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Excelentíssimas Senhoras e Senhores Deputados, Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Excelentíssimas Senhoras e Senhores Deputados, Encontro-me hoje aqui para, em nome do Governo Regional da Madeira, apresentar a Vossas

Leia mais

Plano de Actividades do CEA para 2006

Plano de Actividades do CEA para 2006 Plano de Actividades do CEA para 2006 A Direcção do CEA propõe-se preparar as condições para atingir diferentes objectivos e procurar apoios para a sua realização. 1. Objectivos Prioritários 1.1 Redesenhar

Leia mais

PUBLICAÇÕES:TECNOMETAL n.º 139 (Março/Abril de 2002) KÉRAMICA n.º 249 (Julho/Agosto de 2002)

PUBLICAÇÕES:TECNOMETAL n.º 139 (Março/Abril de 2002) KÉRAMICA n.º 249 (Julho/Agosto de 2002) TÍTULO: Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho AUTORIA: Paula Mendes PUBLICAÇÕES:TECNOMETAL n.º 139 (Março/Abril de 2002) KÉRAMICA n.º 249 (Julho/Agosto de 2002) FUNDAMENTOS A nível dos países

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DA REUNIÃO DOS MINISTROS DA SAÚDE DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA - CPLP

REGIMENTO INTERNO DA REUNIÃO DOS MINISTROS DA SAÚDE DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA - CPLP REGIMENTO INTERNO DA REUNIÃO DOS MINISTROS DA SAÚDE DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA - CPLP A Reunião dos Ministros da Saúde da CPLP tendo em consideração: A sua qualidade de órgão da CPLP,

Leia mais

AVALIAÇÃO TEMÁTICA SOBRE A COOPERAÇÃO PORTUGUESA NA ÁREA DA ESTATÍSTICA (1998-2008) Sumário Executivo

AVALIAÇÃO TEMÁTICA SOBRE A COOPERAÇÃO PORTUGUESA NA ÁREA DA ESTATÍSTICA (1998-2008) Sumário Executivo AVALIAÇÃO TEMÁTICA SOBRE A COOPERAÇÃO PORTUGUESA NA ÁREA DA ESTATÍSTICA (1998-2008) Sumário Executivo Dezembro de 2009 SUMÁRIO EXECUTIVO A presente avaliação tem por objecto a Cooperação Portuguesa com

Leia mais

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT A análise do quadro jurídico para a ratificação da Convenção 102 da OIT por Cabo Verde, inscreve-se no quadro geral da cooperação técnica prestada

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA CADERNO FICHA 11. RECUPERAÇÃO 11.4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS O presente documento constitui uma Ficha que é parte integrante de um Caderno temático, de âmbito mais alargado, não podendo, por isso, ser interpretado

Leia mais

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR As páginas que se seguem constituem as Declarações Europeias da Farmácia Hospitalar. As declarações expressam os objetivos comuns definidos para cada sistema

Leia mais

UM NEW DEAL para o envolvimento em Estados frágeis

UM NEW DEAL para o envolvimento em Estados frágeis UM NEW DEAL para o envolvimento em Estados frágeis CONSTATAÇÕES 1.5 mil milhões de pessoas vivem em Estados frágeis ou afetados por conflitos. Cerca de 70% dos Estados em situação de fragilidade passaram

Leia mais

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas Algumas Medidas de Política Orçamental CENÁRIO O ano de 2015 marca um novo ciclo de crescimento económico para Portugal e a Europa. Ante tal cenário,

Leia mais

Como preparar um orçamento da saúde que o cidadão-contribuinte entenda?

Como preparar um orçamento da saúde que o cidadão-contribuinte entenda? Como preparar um orçamento da saúde que o cidadão-contribuinte entenda? Do Orçamento da Saúde ao Orçamento das Instituições de Saúde Luís Viana Ministério da Saúde - ACSS 12 de Julho de 2011 workshop organizado

Leia mais

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universidade Do Minho A.1.a. Descrição

Leia mais

Qualidade e Inovação, uma relação biunívoca. AAOUP- Associação de Antigos Orfeonistas da Universidade do Porto

Qualidade e Inovação, uma relação biunívoca. AAOUP- Associação de Antigos Orfeonistas da Universidade do Porto Qualidade e Inovação, uma relação biunívoca AAOUP- Associação de Antigos Orfeonistas da Universidade do Porto Jorge Marques dos Santos, local, Porto, 18 de abril de 2013 IPQ- Instituto Português da Qualidade

Leia mais

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram 10 Sumário executivo Conclusões coordenadas pela Deloitte, em articulação com os membros do Grupo de Trabalho da AÇÃO 7 Sumário executivo Em conjunto, as empresas que implementaram estes 17 projetos representam

Leia mais

Assembleia Parlamentar da União para o Mediterrâneo. II Cimeira de Presidentes de Parlamentos. Lisboa, 11 de maio de 2015

Assembleia Parlamentar da União para o Mediterrâneo. II Cimeira de Presidentes de Parlamentos. Lisboa, 11 de maio de 2015 Assembleia Parlamentar da União para o Mediterrâneo II Cimeira de Presidentes de Parlamentos Lisboa, 11 de maio de 2015 Senhora Presidente da Assembleia da República, Senhores Presidentes, Senhores Embaixadores,

Leia mais

CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1

CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1 CONFERÊNCIA AS RECENTES REFORMAS DO MERCADO LABORAL EM PORTUGAL: PERSPECTIVAS DOS PARCEIROS SOCIAIS 1 A atual conjuntura económica e financeira portuguesa, fortemente marcada pela contração da atividade

Leia mais

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone 517 Fax: 517844

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone 517 Fax: 517844 SA11715 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone 517 Fax: 517844 MECANISMO REVISTO DE ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO, MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO

Leia mais

Sessão Divulgação LIFE 2014-2020. Tipologias de projetos

Sessão Divulgação LIFE 2014-2020. Tipologias de projetos Sessão Divulgação LIFE 2014-2020 Tipologias de projetos Isabel Lico DRE-Norte - Porto 19-09-2014 Programa LIFE Ambiente e Ação Climática Tipologia de projetos Projetos integrados Projetos de assistência

Leia mais

Solidariedade. Inovação. Oportunidade. Cultura. A s s o c i a ç õ e s F u n d a ç õ e s. E m p r e s a s C o o p e rativa s. Inclusão Social e Emprego

Solidariedade. Inovação. Oportunidade. Cultura. A s s o c i a ç õ e s F u n d a ç õ e s. E m p r e s a s C o o p e rativa s. Inclusão Social e Emprego Solidariedade A s s o c i a ç õ e s F u n d a ç õ e s P a r c e r i a Oportunidade Cultura E m p r e s a s C o o p e rativa s Empreendedorismo PORTUGAL Inclusão Social e Emprego Inovação A c o r d o I

Leia mais

PAZ, FRAGILIDADE E SEGURANÇA A AGENDA PÓS-2015 E OS DESAFIOS À CPLP

PAZ, FRAGILIDADE E SEGURANÇA A AGENDA PÓS-2015 E OS DESAFIOS À CPLP PAZ, FRAGILIDADE E SEGURANÇA A AGENDA PÓS-2015 E OS DESAFIOS À CPLP 7 Maio 10 Horas NÚCLEO DE ESTUDANTES DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ORGANIZAÇÃO: COM A PARTICIPAÇÃO: Paz, Fragilidade e Segurança A A G E

Leia mais

Caixa Mais - Gestão de Atuação Comercial Política de Sustentabilidade

Caixa Mais - Gestão de Atuação Comercial Política de Sustentabilidade Caixa Mais - Gestão de Atuação Comercial Política de Introdução Política de O BI assume o papel importante que desempenha na promoção do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde, uma vez que pode contribuir

Leia mais

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente.

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente. The role of Project management in achieving Project success Ao longo da desta reflexão vou abordar os seguintes tema: Definir projectos, gestão de projectos e distingui-los. Os objectivos da gestão de

Leia mais

Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005.

Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005. Cooperação empresarial, uma estratégia para o sucesso Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005. É reconhecida a fraca predisposição

Leia mais

EXPERIÊNCIA DE MOÇAMBIQUE NA IMPLEMENTAÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL BÁSICA

EXPERIÊNCIA DE MOÇAMBIQUE NA IMPLEMENTAÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL BÁSICA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA MULHER E DA ACÇÃO SOCIAL EXPERIÊNCIA DE MOÇAMBIQUE NA IMPLEMENTAÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL BÁSICA 16 DE OUTUBRO DE 2013 1 CONTEXTO DE MOÇAMBIQUE Cerca de 23 milhões de

Leia mais

Acção Social Produtiva em Moçambique: algumas questões chave para discussão

Acção Social Produtiva em Moçambique: algumas questões chave para discussão Acção Social Produtiva em Moçambique: algumas questões chave para discussão Denise Magalhães Projecto STEP em Moçambique Maputo, 12 de Maio de 2010 1 Elementos chave na definição de um Programa Nacional

Leia mais

Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas Maria Teresa de Jesus Gouveia Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Leia mais