Internet Um mundo paralelo Luiz Zico Rocha Soares PROJETO DE LEITURA. O autor. Ficha Autor: Resenha. Quadro sinóptico.
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1 Internet Um mundo paralelo Luiz Zico Rocha Soares PROJETO DE LEITURA 1 O autor Luiz Zico Rocha Soares nasceu na cidade de São Paulo em 10 de novembro de Em 1978, entrou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP com a intenção de se tornar planejador urbano. Formou-se em 1983 e foi fazer desenho animado. Em 1985, descobriu que precisava melhorar suas técnicas de desenho e pintura. Pintou até 1989 (cerca de duzentos quadros). Então parou tudo para trabalhar com marcenaria. Depois de um ano fazendo caixas de madeira, associou-se a dois amigos arquitetos e fundaram uma fábrica de brinquedos. Até 1997, desenhou jogos e brinquedos. Nesse período, começou a usar o computador na tarefa de desenhar os jogos e as embalagens e escreveu seus primeiros livros : as regras dos jogos que criava. Ao desligar-se da fábrica, passou a trabalhar em projetos gráficos para jornais e revistas. Em 2001, foi convidado por um amigo para desenvolver um site para a internet. Apesar de não entender nada de programação e bases de dados, viu que era ali, no mundo virtual, que teria con- dições de pôr em prática as atividades que lhe interessavam: desenhar, escrever e planejar sistemas de comunicação. Com o tempo, até aprendeu um pouco de programação. Resenha A coleção Comunicação Hoje convida o leitor a refletir sobre as formas de comunicação das pessoas na sociedade contemporânea e as mídias utilizadas por elas, como também sobre suas contribuições e influências no comportamento humano, a partir de um viés histórico. No volume Internet Um mundo paralelo, o leitor entra em contato com a história do computador por meio de uma linguagem agradável, que o instiga a conhecer mais sobre o tema e gera um envolvimento gradativo com o livro. As informações sobre o funcionamento do computador, e suas possibilidades de uso e equipamentos, estão vinculadas ao processo histórico de comunicação da sociedade e ao desenvolvimento tecnológico. Essas informações são apresentadas a partir de analogias retiradas de situações comuns do cotidiano, o que auxilia na compreensão do texto. >> >> Ficha Autor: Luiz Zico Rocha Soares Título: Internet um mundo paralelo Pesquisa iconográfica e ilustrações: Luiz Zico Rocha Soares e Sergio Roberto Mancini Formato: 17 x 24,5 cm N o de páginas: 32 Elaboração: Shirley Bragança Quadro sinóptico Gênero: paradidático Palavras-chave: comunicação, hipertexto, link Temas transversais: pluralidade cultural, ética, trabalho e consumo Interdisciplinaridade: Matemática, Música e Informática INDICAÇÃO: leitor fluente: a partir de 11 anos ensino fundamental Internet CP01ed01 PP.indd :38:56
2 >> Outro fator determinante no envolvimento do leitor com o livro são as curiosidades. Elas aparecem salpicadas, o que desperta no leitor o interesse em ampliar a informação recebida. Nos anos de , o engenheiro americano Doug Engelbart pesquisava uma série de inventos que facilitassem a entrada e a manipulação de dados nos computadores (...) a que se mostrou mais eficiente foi uma caixinha de madeira com duas rodas perpendiculares que ficavam encostadas à mesa. (...) A aparência lembrava um inseto, chegaram a chamá-lo de bug (inseto em inglês), mas o fio correndo por trás da caixa e o movimento de vaivém, quando o dispositivo era usado, faziam-no mais parecido com um rato (mouse, em inglês). E foi esse nome que vingou. (p. 8) Além disso, a obra permite que o professor desenvolva um trabalho em sala de aula com os conceitos de rede e hipertexto, uma vez que seu projeto gráfico e sua diagramação funcionam como facilitadores no processamento dessas informações e em sua organização, de modo a tornar temas complexos mais acessíveis. O hipertexto exploratório mantém a autoria original, mas encoraja e permite a uma audiência (os navegadores) controlar a transformação de um corpo de informações para suprir suas necessidades e interesses, criando sequências próprias. Essa transformação de ordem pode incluir a capacidade de criar, mudar e recobrir encontros particulares com um corpo de conhecimentos, mantendo esses encontros como versões do material. Conversa com o professor O computador mudou nossa maneira de ler, construir e interpretar textos, pois, por meio dele, chegamos à decomposição textual e a uma liberdade de escolha fantástica, tanto no ato da leitura relacionando vários textos, sons e imagens como na escrita, em que se evapora a autoridade do autor original, abrindo espaço para um leitor-produtor, que passa a contribuir com o texto por meio de seu próprio corpo de conhecimento, entrelaçandoo pelos links, nós. Esses nós são as conexões. Elas podem ser palavras, gráficos, charges, imagens, sequências sonoras e documentos complexos, aos quais o leitor tem acesso por meio do mouse. Estamos falando de hipertexto, um sistema de textos interligados por referências cruzadas (p. 14); ou seja, um tipo textual não sequencial, não linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real (MARCUSCHI, 2001). Neles, o leitor pode pular de um link para outro sem respeitar hierarquias de divisões de parágrafos, capítulos ou outras divisões convencionais do texto. Os hipertextos podem ser classificados em exploratórios e construtivos: O hipertexto construtivo evapora a autoridade do autor original e requer a capacidade de agir, recriar, recobrir encontros particulares com o desenvolvimento de um corpo de conhecimento. O hipertexto construtivo requer representações visuais e pessoais do conhecimento que desenvolve. No caso de uma narrativa, podem ser acrescentados novos personagens, novas tramas e orientações (MARCUSCHI, 2001). >> 2 >> Internet CP01ed01 PP.indd :39:00
3 >> Essa nova maneira de leitura e escrita exige muito do leitor/produtor. A ele caberá ter domínio de habilidades e de estratégias de processamento de informações que abranjam tanto a linguagem matemática e científica como textos com diagramas, gráficos, tabelas, charges e outros. Como vários tipos de códigos sociais complexos estão sendo incorporados a cada dia e manifestados na linguagem, também é de responsabilidade desse leitor de hipertextos decidir por onde começar a leitura e estabelecer interconexões para uma leitura compreensiva. Nos textos impressos, a interação do leitor é outra e seu poder de interferência é menor, mais controlado, pois as figuras do leitor e do autor são bem distintas em relação ao hipertexto, por suas características internas e estruturais: número limitado de páginas (o que reduz as entradas no texto), texto linear e sequencial (com divisões em capítulos e parágrafos), ausência de links complexos (janelas que se abrem uma atrás da outra simultaneamente) e limitação de códigos e linguagens. No entanto, se atentarmos para o processo de leitura, em especial da literária, podemos dizer que o leitor realiza uma leitura hipertextual complexa do texto impresso, uma vez que no ato da leitura ele abre janelas e o conecta com sua biblioteca interior, encadeando outros textos, imagens, sons etc. gerados de experiências de leituras anteriores. O assunto é complexo e requer do professor estratégia para viabilizar a compreensão do objeto. O livro Internet Um mundo paralelo auxiliará professor e aluno nessa descoberta. Ambos poderão vivenciar experiência de construção e leitura de hipertexto, refletindo sobre a ação realizada por meio de observação dos resultados obtidos com as situações novas propostas por este suplemento. Comentários sobre a obra A coleção Comunicação Hoje é composta de sete livros que chamam a atenção do leitor para as diferentes formas de comunicação. O computador é apresentado por meio do diálogo permanente entre o código verbal e o não verbal, numa perspectiva de linha do tempo. O projeto gráfico da obra Internet Um mundo paralelo faz alusão à linguagem do hipertexto: dinâmico, não sequencial e com várias entradas. A conectividade, ou seja, os links, se dá por temas que remetem a outros temas, apresentando a narrativa por meio do conceito de redes (sistemas abertos, em constante relacionamento com o meio, que têm por característica a não linearidade, a descentralização e a ausência de hierarquia), o que permite uma quebra na maneira tradicional de ler (da esquerda para a direita e de cima para baixo), valorizando a proposta do livro, que é guiar o leitor pelo olhar. A diagramação explora boxes de cores e tamanhos variados a cada página, instigando no leitor um olhar de observador, um olhar que concentra o pensamento e os sentidos com vontade de ver, de apreender, de perceber os detalhes significativos. Esse exercício proposto na obra de maneira muito sutil favorece a quebra do olhar mecanizado do dia a dia e a transformação da informação em conhecimento, por meio da articulação dos códigos. >> 3 >> Internet CP01ed01 PP.indd :39:01
4 >> A organização do livro por temas conduz o professor a abrir um leque de discussões sobre assuntos da atualidade que poderão fazer parte de mesas-redondas e debates a serem realizados dentro e fora da sala de aula, como: Conteúdos veiculados na web de natureza preconceituosa, de cunho sectário etc. (É importante incentivar os alunos a procurar esses conteúdos e propor o debate sobre sua inadequação, além de apresentar canais e formas de denúncias, tanto no que diz respeito a sua formação ética e política como no que tange à regulação ética do uso da rede.) A confiabilidade de dados na web. (Discutir a veiculação desses dados e a ação dos hackers na rede.) Os gêneros textuais que circulam na web, suas linguagens e a capacidade de compreensão dos usuários etc. (É importante levar o aluno a compreender o nível de linguagem empregado em cada gênero e as interferências do suporte textual no ato da leitura.) >> >> A obra possibilita ainda ao professor e ao aluno a oportunidade de experienciar a construção de um hipertexto, desenvolvendo no aluno o que Piaget chamou de compreensão contextualizada de conceitos envolvidos em uma tarefa, o que é possível por meio da realização de ações complexas pelas crianças. Essas ações envolvem vários conceitos, e a criança não só é capaz de realizá-las de modo prático, mas também de analisá-las. 4 Internet CP01ed01 PP.indd :39:04
5 Preparando a leitura ATIVIDADES PROPOSTAS 1. Converse com os alunos sobre as atividades que realizamos utilizando o computador. Destaque a maneira como lemos os textos nessa mídia (movendo a barra de rolagem e o mouse, de cima para baixo ou de modo não sequencial, quando nos deparamos com um hipertexto). 2. Leve um jornal impresso para a sala de aula e compare o modo de leitura do computador e do jornal: a organização da primeira página do jornal, as propagandas em movimento na internet, a forma de interação do leitor etc. 3. Apresente as chamadas da primeira página do jornal impresso e mostre aos alunos que elas também podem ser chamadas de links, pois conectam o leitor à notícia que ele quer ler nas páginas internas. Peça aos alunos que deem outros exemplos de link. 4. Pergunte aos alunos se eles conhecem o termo hipertexto e se já leram algum hipertexto. Peça para relatarem a experiência. 5. Destaque duas das atividades mais costumeiras realizadas por eles usando computador: e jogos. Pergunte-lhes quais os assuntos mais abordados nos s, que tipo de arquivos eles costumam anexar às mensagens, se podemos considerar s hipertexto e por quê. No caso dos jogos, pergunte se eles têm alguma semelhança com os hipertextos. 6. Estabeleça um paralelo entre o e a carta. Quais as semelhanças e diferenças que esses dois gêneros textuais apresentam? Como o leitor recebe a mensagem escrita no papel (carta) e no (computador)? 7. E o jogo? Como é a interação entre jogador e jogo via computador e na mídia impressa (palavras cruzadas no jornal, revistas, jogos de raciocínio lógico)? Podemos dizer que, de certo modo, abrimos janelas, links, quando realizamos essas tarefas? 8. Proponha duas brincadeiras: Brincadeiras da vovó e Orkut na era dos Flintstones. O objetivo é levar o aluno a analisar as ações realizadas na atividade, confrontando-as com os argumentos expostos antes da brincadeira a fim de corroborá-los ou não. 5 Internet CP01ed01 PP.indd :39:05
6 6 BRINCADEIRA 1 1. Brincadeiras da vovó: divida a turma em grupos. Distribua os jogos sugeridos abaixo. Vencerá o grupo que terminar primeiro. BRINCADEIRA 2 2. Orkut na era dos Flintstones: prenda com um clipe, ou outro material qualquer, a metade de uma folha de papel branco, tamanho A4, nas costas de cada aluno. Distribua aos alunos canetas hidrocor. O primeiro mouse. Peça a eles que escolham alguns colegas e escrevam recados, elogios etc. no papel colado nas costas de cada um. Os recados deixados não precisam ser identificados. Em seguida, escolha alguns alunos para ler os recados recebidos. Retome as observações feitas pelos alunos antes da realização dos jogos. Estabeleça um paralelo entre o antes e o depois das brincadeiras. Na brincadeira Orkut na era dos Flintstones, compare os recados escritos na folha de papel com os scraps. O aluno usou a mesma linguagem da internet? Por quê? O que influenciou a utilização ou não dessa linguagem? Para fomentar a discussão, apresente o livro como um instrumento facilitador para a compreensão dos assuntos abordados (computador, links, textos, hipertextos, modos de leitura e interação do leitor com os suportes textuais). Trabalhando a leitura 1. Proponha aos alunos iniciar a leitura do livro pela página 27 (Entretenimento). Em seguida, desafie a turma a continuar a leitura escolhendo uma direção (para trás ou para a frente). Interrompa a leitura e recomece da forma tradicional, ou seja, a partir da capa do livro. 2. Compare as duas leituras. Houve prejuízo da compreensão? O que aconteceu? 3. Apresente a lógica da obra e a alusão que o autor faz aos hipertextos. Compare os caminhos que cada um tomou e as interferências causadas no ato da leitura. Compare as características do livro (texto linear e sequencial) com as do hipertexto (texto não linear, não sequencial, com várias entradas). Explorando a leitura Os hipertextos são atividades estimulantes que envolvem os alunos em todas as etapas. Eles permitem que o professor explore vários tipos de conhecimento e ainda dão a ele abertura para desafiar o aluno, incrementando a qualidade da interação. Por meio dos hipertextos podemos também discutir uma estratégia sobre como relacionar textos e conceitos disciplinares utilizando códigos e linguagens variados. Internet CP01ed01 PP.indd :39:06
7 TECENDO A REDE com hipertextos Primeiro momento 1. Leve a música Pela internet, de Gilberto Gil, para a sala de aula. (Veja a letra da música na seção Quer saber mais?.) 2. Teça comentários sobre a música, destacando a ampliação das possibilidades de comunicação proporcionadas pelo computador/internet. Segundo momento Proponha aos alunos a elaboração de um hipertexto, da seguinte maneira: 1. Escreva um tema em uma cartolina e afixe o cartaz em uma das paredes da sala de aula. Em seguida, vá inserindo setas e os links sugeridos pelos alunos. Esses textos e imagens (ilustrações) serão colados em folhas de papel ofício que deverão ser enroladas como canudos e presas por um clipe. Fixe-as nos lugares escolhidos pela turma. 2. Depois de fixar todas as contribuições, escolha alguns alunos para ler o hipertexto. Os alunos escolhidos tirarão o clipe e lerão três links, a sua escolha, simulando a leitura de um hipertexto. 3. Após a leitura, cada aluno relatará por que escolheu determinado caminho. Em seguida, compare os caminhos percorridos pelos alunos e as interferências dessas escolhas. 4. Caso a escola possua laboratório de informática, distribua os alunos em grupos e solicite a elaboração de um hipertexto com temas retirados do livro Internet Um mundo paralelo. Peça ao professor de informática orientações quanto à organização e ao processamento das informações em um programa adequado. >> 7 >> Internet CP01ed01 PP.indd :39:08
8 >> Terceiro momento Promova uma exposição dos trabalhos dos alunos no laboratório de informática, convidando outras pessoas para assistir. QUER SABER MAIS? Pela internet Gilberto Gil Criar meu website Fazer minha homepage Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve um oriki do meu velho orixá Ao porto de um disquete de um micro em Taipé Um barco que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve meu até Calcutá Depois de um hotlink Num site de Helsinque Para abastecer De Connecticut acessar O chefe da Macmilícia de Milão Um hacker mafioso acaba de soltar Um vírus pra atacar programas no Japão Eu quero entrar na rede pra contatar Os lares do Nepal, os bares do Gabão Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via internet Um grupo de tietes de Connecticut Ilustrações: Ideograma Computação Gráfica Ltda. 8 Internet CP01ed01 PP.indd :39:11
9 ORDEM ORDEM Orkut O site Orkut foi criado em 2004 pelo projetista-chefe e engenheiro do Google, o turco Orkut Büyükkökten. O site tem o seu nome, e o objetivo de Orkut foi criar uma rede social para ajudar seus membros a fazer novas amizades e manter os relacionamentos já existentes. Esse trabalho surgiu como um projeto independente, quando Orkut Büyükkökten estudava na Universidade de Stanford. Seu trabalho ganhou volume e ele o levou também para o Google. Hoje existem milhares de orkuteiros espalhados por várias partes do mundo. Veja o quadro abaixo, no qual é mostrado o ranking de usuários por países. É importante ressaltar que essas informações têm base na origem informada pelos usuários durante o preenchimento do cadastro do site. Dados fornecidos pela Outras obras que exploram a linguagem do computador Demografia do Orkut em 31 de março de 2004 E PROGRESSO Estados Unidos 51,36% Japão 7,74% Brasil 5,16% Países Baixos 4,10% Reino Unido 3,72% Orkut Büyükkökten Nascimento 6 de fevereiro de 1977 Konya, Turquia Nacionalidade T Turco Ocupação Engenheiro de software Demografia do Orkut em 12 de abril de 2007 E PROGRESSO Brasil 55,82% Estados Unidos 18,94% Índia 13,99% Paquistão 1,46% Irã 0,72% Reino Unido 0,61% Japão 0,43% Portugal 0,41% Canadá 0,37% México 0,37% FALCÃO, Adriana. PS Beijei. São Paulo: Ed. Salamandra, Uma história escrita pela troca de s. Narra as peripécias de duas amigas em busca da aventura do primeiro beijo. CAPARELLI, Sérgio. 33 Ciberpoemas e uma Fábula Virtual. Porto Alegre: L&PM, Poemas interessantes, e bem-humorados, que exploram a linguagem do computador. BRAZ, Júlio Emílio. O Blog da Marina. São Paulo: Saraiva, Marina é uma garota divertida, antenada e blogueira. Por meio de seu blog, ela apresenta o comportamento de uma garota de catorze anos apaixonada e as inevitáveis preocupações de uma mãe cuidadosa. 9 Internet CP01ed01 PP.indd :39:15
10 Filmes Série Edunet. Composta por quatro programas educativos de aproximadamente onze minutos que apresentam a internet como ferramenta pedagógica em sala de aula. Realização/veiculação: TV Escola Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. 1. Apresentando a internet. 2. Passeios virtuais pela internet. 3. Pesquisando na internet. 4. Comunicando-se via internet. 10 Internet CP01ed01 PP.indd :39:17
11 ANEXO TEÓRICO Ler é dotar de sentido, tirar à luz os sentidos possíveis que a obra traz em si e em sua relação com as demais. Cada leitura é uma nova escrita do texto. O ato de criação não seria o autor, mas o leitor. (Bella Jozef) Ao pensarmos sobre releituras e dialogismo, e no desafio do leitor em deslindar um texto com toda a sua complexidade, sentimos a necessidade de sugerir um caminho para você, professor. Por isso indicamos a Metodologia dos Três Olhares, concebida por Francisca Nóbrega, no Rio de Janeiro, e a Estética da Recepção, concebida por Hans Robert Jauss, na Alemanha, como instrumentos valiosos para auxiliar no processo de leitura de textos verbais e não verbais. Nessa metodologia, o leitor tem a função de confirmar a existência do texto e de deslindar seus múltiplos significados, promovendo o jogo interpretativo que ele quer e exige (OLIVEIRA, 1996). Ou seja, o texto se mostra ao leitor como algo a ser compreendido, interpretado e explorado em sua plurissignificação, reconstruído de acordo com o horizonte de experiências dele mesmo. 11 Internet CP01ed01 PP.indd :39:20
12 Método dos três olhares à luz da estética da recepção MOMENTOS DO OLHAR O que acontece O que faz Como faz O que importa 1 o MOMENTO Olhar receptivo Encontro do leitor com um mundo que não conhece Uma leitura que apanha os elementos significativos, sinais, referentes Olha e vê Reconhecer os elementos significativos, sinais, referentes 2 o MOMENTO Olhar mediador Encontro do leitor com o mundo significativo Uma leitura de diálogo com o texto, por meio da pergunta e da resposta Olha, vê, interroga e busca O exame da realidade representada, por meio do questionamento da busca dos porquês, causas e motivos 3 o MOMENTO Olhar ativo Encontro do leitor com o mundo novo que agora conhece Uma leitura de cruzamento do ver e do sentir, do exterior e do interior, ou seja, cruzar experiências Olha, encontra, associa, reúne, interioriza, vê e lê A integração do novo que se vê e do antigo que é a experiência do já visto, fusão de horizontes, ampliação de conhecimento Bibliografia COSTA, Larissa. Redes Uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto- -organização. Brasília: WWF-Brasil, MARCUSCHI, Luiz Antônio. UNIVERSIDA- DE FEDERAL DE PERNAMBUCO. O hipertexto como um novo espaço de escrita em sala de aula. Disponível em rle.ucpel.tche. br/php/edicoes/v4n1/f_marcuschi.pdf OLIVEIRA, V. S. de. O Leitor em Diálogo e o Discurso Literário A estética da recepção. 14 a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Seminário Nacional de Literatura Infantil e Juvenil, PAULINO, Graça. Tipos de Textos, Modos de Leitura. Belo Horizonte: Formato Editorial, Acessado em 10/7/ Este projeto de leitura está com a Nova Ortografia conforme o Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa. O que resulta Compreensão VER-POR- -CONHECER Interpretação VER-E-PENSAR Aplicação VER-PENSAR-LER 12 Internet CP01ed01 PP.indd :39:22
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