1 SANTOS, Luís Cláudio Villafañe G. O império e as repúblicas do Pacífico: as relações do Brasil com Chile,

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "1 SANTOS, Luís Cláudio Villafañe G. O império e as repúblicas do Pacífico: as relações do Brasil com Chile,"

Transcrição

1 Rafael Canaveze. O Brasil e a Guerra do Pacífico: as relações do governo brasileiro com Chile, Bolívia e Peru ( ). (FCL UNESP/ASSIS Pós-graduando). O estudo sobre as relações internacionais é um campo de pesquisa histórica recente no Brasil, principalmente, quando se trata da análise das relações do governo brasileiro com os países andinos, no decorrer do século XIX. Em geral, a ênfase dada pela historiografia tradicional sobretudo é sobre as relações dos governos brasileiros com países europeus, com os Estados Unidos e com países platinos, ignorando outros países do continente americano, como o caso dos países envolvidos na Guerra do Pacífico. Porém, nos últimos anos, foi dada uma maior atenção por parte de estudiosos brasileiros às relações diplomáticas do Brasil com os países andinos. Entre eles destacamos o historiador Luís Cláudio Villafañe 1, que fez uma análise inovadora sobre as relações diplomáticas do Brasil com as repúblicas do Pacífico Sul, no decorrer do século XIX, período no qual eclodiu a Guerra do Pacífico. Essa guerra foi um acontecimento importante na medida em que o mapa do continente sofreu significativas modificações, com o Chile tomando o litoral boliviano e anexando duas províncias peruanas. Esses territórios anexados pelo Chile eram ricos em nitratos e salitre, e, dessa forma, favoreceram o desenvolvimento econômico chileno até as primeiras décadas do século XX, tornando-o uma potência regional, o que, sem dúvida, foi relevante na balança de poder do continente. Portanto, o estudo desse conflito é muito significativo, visto que gerou transformações no quadro político, geográfico, econômico e diplomático na América do Sul. No que se refere à diplomacia imperial brasileira, os principais temas levantados em relação ao continente, no decorrer do século XIX, baseavam-se na definição de limites territoriais, nas questões relativas ao comércio internacional, na definição de regras para a navegação dos rios internacionais e no tráfico de escravos. Nesse contexto, a diplomacia imperial brasileira não considerava importante atender às iniciativas interamericanas de seus vizinhos. Essa postura na política americanista 2 do Império esteve relacionada à natureza da legitimação do Estado brasileiro, que era diferente à de seus vizinhos americanos. A adoção do regime monárquico foi determinante na política internacional brasileira para o continente. Enquanto as outras nações estavam construindo suas identidades, a partir do pressuposto 1 SANTOS, Luís Cláudio Villafañe G. O império e as repúblicas do Pacífico: as relações do Brasil com Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia ( ) Curitiba: Editora UFPR, Em geral, o termo americanista no Brasil refere-se a uma política internacional pró Estados Unidos. Porém, o termo que aqui utilizamos segue a interpretação de Villafañe, na qual o termo americanista refere-se à política internacional brasileira para todo o continente americano.

2 republicano e da idéia de rompimento do Antigo Regime e, consequentemente da Europa, o Brasil mantinha o princípio dinástico como fonte de sua legitimação, aliada a noção de permanecer como o grande representante da civilização européia, naturalmente nos trópicos, entremeado com repúblicas anárquicas. A natureza peculiar do sistema político brasileiro foi relevante no seu comportamento internacional. Com isso, o Estado brasileiro tinha dificuldades em apoiar iniciativas americanas que buscassem a integração política e econômica com seus vizinhos. Desse modo, o Brasil se absteve ou ignorou os convites feitos pelas nações vizinhas para participar de congressos interamericanos, isolando-se diplomaticamente, pois, temia sofrer retaliações por parte das nações republicanas. 3 O Brasil optou pelas negociações bilaterais com seus vizinhos, sobretudo no que se refere às questões litigiosas envolvendo territórios. Não aderiu ao princípio da arbitragem, que se baseia na mediação de um terceiro país para a resolução de um impasse entre duas nações, como desejavam seus vizinhos. O Império considerava-se suficientemente forte para fazer prevalecer suas vontades sobre os países vizinhos, como de fato ocorreu na Guerra do Paraguai ( ), quando o Brasil saiu vitorioso. Contudo, esse conflito trouxe algumas conseqüências para o Império do Brasil, desde um enorme déficit público, que se arrastou até o fim do regime dinástico brasileiro, até na ampliação do exército, que passou a ser uma força de presença nacional cada vez mais influenciada pelos ideais positivistas, aumentando assim a oposição a Dom Pedro II. Desde meados do século XIX, o Brasil vinha passando por transformações nas estruturas social e econômica. Nesse período, a malha ferroviária aumentou, inovando o sistema de transportes e produção. Acompanhava esse processo o fenômeno da urbanização e de adequação da economia brasileira às normas do capitalismo internacional. A agricultura não era mais o único empreendimento a receber investimentos. Na esfera social, o trabalho escravo estava sendo gradativamente substituído pelo assalariado. Dadas essas transformações, novos setores, em geral urbanos, começaram a se organizar e a contestar o regime político brasileiro, exigindo sua substituição por um sistema republicano e sem escravidão. Por causa desse quadro interno e pelo fim da guerra contra o Paraguai, no âmbito das relações internacionais, o Brasil teve de tomar algumas medidas diferentes das de até então. Uma delas foi tomar uma nova postura diplomática, que gerou controvérsia dentro da 3 O Império brasileiro boicotou vários encontros interamericanos como o Congresso do Panamá (1826), Congresso de Lima ( ), os Congressos de Santiago e Washington (ambos em 1856) e o Segundo Congresso de Lima ( ). Confirmou presença apenas na Conferência de Washington ( ).

3 historiografia brasileira, propiciando diferentes análises. Para os historiadores Cervo & Bueno 4, a diplomacia brasileira teve que repensar sua política para o continente, dado o conflito com o Paraguai, seu antigo aliado e, para isso, o Império buscou aliar-se com outros países, como Chile e Bolívia, a fim de manter sua presença na bacia platina. Porém, segundo Villafañe G. Santos 5, o posicionamento da diplomacia brasileira foi diferente. Apesar do autor admitir a rivalidade entre Brasil e Argentina, o Império se manteve neutro às iniciativas de formar alianças e contra-alianças no continente. Podemos perceber que a postura do governo imperial brasileiro, no final do século XIX, gerou controvérsia dentro da historiografia, sendo necessário fazer uma análise aprofundada da documentação oficial sobre o assunto. Como vimos, existe uma discussão na historiografia brasileira sobre a ação da diplomacia do Brasil no período posterior à Guerra do Paraguai ( ), esse que foi o evento bélico sul-americano mais conhecido e estudado por essa historiografia. Contudo, outros conflitos armados no continente, também de grandes proporções, não receberam a mesma atenção dos estudiosos brasileiros, pelo simples fato de não envolverem o Brasil diretamente, como o caso da Guerra do Pacífico. Em contraste com os poucos estudos históricos no Brasil sobre esse conflito, sabemos que parte da imprensa brasileira da época publicou vários artigos, em seus periódicos, sobre os incidentes diplomáticos e sobre o confronto bélico entre Chile e Peru-Bolívia. A Guerra do Pacífico recebeu especial atenção do periódico paulista A província de São Paulo que, nos primeiros meses do conflito, entre abril e agosto de 1879 publicava, em geral na primeira página, uma notícia por semana sobre o confronto. Podemos afirmar pela leitura de outros artigos, como os que constam no jornal A província de São Paulo, uma preocupação de parte da imprensa brasileira em noticiar sobre a Guerra do Pacífico. Nesse periódico há dados específicos sobre guerra, como a ação diplomática dos países, o número de soldados e navios dos contendores, o deslocamento de tropas, etc. Essa guerra foi um acontecimento que despertou a atenção de parte da opinião pública paulista. Assim, podemos dizer que esse conflito teve uma considerável repercussão no Brasil, pois, esse periódico era um dos de maior tiragem do país na época final do século XIX e devido a isso, merece uma maior atenção dos historiadores brasileiros. Para melhor compreendermos o tema aqui exposto, traçaremos o panorama histórico do período, tratando das origens do conflito. 4 CERVO, Amado Luiz & BUENO, Clodoaldo. História da política exterior do Brasil. São Paulo: Ática, p SANTOS, Luís Cláudio Villafañe G. O império e as repúblicas do Pacífico: as relações do Brasil com Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia ( ) Curitiba: Editora UFPR, p.166 e 167

4 No período colonial, as fronteiras entre as unidades administrativas na América hispânica eram, em geral, imprecisas. Após o processo de independência e o surgimento de vários países americanos, a questão sobre a definição de fronteiras foi constantemente adiada, seja pelas guerras civis dos novos Estados, seja pelo fato de os governos verem essas regiões como inóspitas e desprovidas de qualquer valor econômico imediato, não havendo assim qualquer interesse em fazer a demarcação dessas fronteiras. No entanto, a partir de meados do século XIX, essas áreas interioranas foram alvo de maior atenção por parte desses Estados. Isso se deveu, segundo Francisco Doratioto, à maior operacionalidade administrativa desses, além do novo significado econômico que tais regiões assumiram, por causa da necessidade crescente da demanda de produtos primários pela Europa. Nessa perspectiva, os governos passaram a buscar diferentes formas para legitimar ou ampliar seus territórios frente aos países vizinhos. Isso gerou várias tensões entre os países, algumas das quais se converteram até em confrontos armados, como foi o caso da Guerra do Pacífico ( ), objeto de nossa análise. Foi nesse contexto que o deserto do Atacama adquiriu importância econômica. Localizado na costa central do Pacífico Sul com aproximadamente km² 6, essa região era a fronteira natural entre Chile e Bolívia. Em meados do século XIX, foram descobertos ali depósitos minerais, em especial de nitratos, que eram utilizados na fabricação de fertilizantes e pólvora. O deserto passou, então, a ser uma área em litígio entre Chile e Bolívia, dado o seu potencial econômico. Apesar da disputa política do deserto pelos dois países, economicamente, havia o predomínio do capital chileno na região, no ramo comercial e mineiro. A expansão do capital chileno, no setor mineiro, deveu-se, principalmente, à passagem legal do poder político no Chile para os liberais, no início da década de 1860, cujo domínio se manteve até o fim dos anos 80. O Partido Liberal, composto principalmente por setores médios urbanos, manufatureiros e os novos empresários mineiros, deu um novo sentido à economia chilena. Como afirma Maria Lígia Coelho Prado, esse período significou a virada do eixo mais dinâmico da economia chilena da agricultura para a mineração. 7 O governo dos liberais chilenos favoreceu o desenvolvimento do sistema financeiro e comercial do país. Além disso, a indústria mineira, metalúrgica, naval e bélica recebeu especial incentivo do Estado. Entre os anos de 1875 e 1895, o setor secundário cresceu 62% e o terciário 44%, em contraste com o setor primário que amargou um decréscimo de 30% no 6 Informação obtida do site Enciclopédia virtual. 7 PRADO, Maria Lígia. A formação das Nações Latino-Americanas. São Paulo, Atual. Campinas, Editora da Unicamp, 1985, p.45.

5 mesmo período. 8 Foi nesse contexto que várias empresas mineradoras chilenas se instalaram na região litigiosa do Atacama. Dado o crescente investimento da burguesia mineradora chilena nessa região, o governo de Santiago iniciou as negociações com a Bolívia, para resolver os limites territoriais na área do deserto. Foram tentados vários acordos, na década de 1860, para solucionar o impasse entre o Chile e a Bolívia sobre o Atacama, porém sem sucesso. O governo boliviano, temendo uma ação bélica chilena, buscou uma aliança com o Peru que, pelos mesmos motivos, além do interesse na região norte do deserto, assinou com a Bolívia um tratado secreto de defesa contra uma ação militar chilena, em Esse acordo entre o governo boliviano e peruano deveu-se à semelhança das condições internas desses dois países e de suas preocupações diante do crescimento do capital chileno em seus territórios. No plano interno, em meados do século XIX, a economia do Peru e da Bolívia estava baseada na mineração. O crescimento da economia boliviana, nesse período, esteve associado ao renascimento das atividades mineiras 9, sobretudo na extração e exportação da prata. Já no Peru, o guano depositado nas ilhas costeiras para ser usado como fertilizante agrícola predominava de maneira absoluta nas exportações do país e foi o responsável por um crescimento anual médio de 5,2% nas exportações, entre os anos de , já que, desde o início da exploração do guano, o governo peruano detinha o monopólio do produto. Nos primeiros anos da década de 1870, Peru e Bolívia entraram em uma grave crise econômica, ocorrida, respectivamente, em decorrência do esgotamento dos depósitos de guano e da brusca queda nas exportações de prata. Além disso, nesse período, ambos os países não conseguiram liquidar com os credores internacionais os vultosos empréstimos realizados pelos governos anteriores e, por isso, não tiveram acesso ao crédito externo, o que agravou ainda mais a crise. Em conseqüência disso, ambos os governos civis tomaram medidas externas semelhantes e conjugadas, para solucionar seus problemas internos. A primeira medida dos governos do Peru e da Bolívia foi assinar o tratado secreto de 1873 de defesa contra o Chile. O segundo passo foi avançar sobre as possessões do capital chileno em seus territórios, em geral investido nas empresas de nitrato. O nitrato, ao contrário do guano, era um recurso da iniciativa privada peruana e chilena. Como estratégia para tirar seu país da crise que vinha atravessando, o primeiro 8 BRUIT, H. H. (Org.). Estado e burguesia nacional na América Latina. São Paulo: Ícone, Editora da Unicamp, 1985, p Durante as guerras de independência, as minas bolivianas foram destruídas e abandonadas. Posteriormente, havia a falta de capital para investimento, escassez de mão-de-obra em decorrência da extinção da mita e a persistência no período pós-colonial do monopólio estatal da compra da prata a preços abaixo do mercado que reduziam drasticamente os lucros e os investimentos nesse setor. 10 Idem, p. 554.

6 presidente civil do Peru, Manuel Prado, instituiu, em 1873, o monopólio do nitrato e, em 1875, expropriou seus campos. O objetivo era transformar as reservas de nitrato em um novo recurso capaz de financiar os gastos públicos. Com isso, os ex-proprietários transferiram-se para o Chile, onde contribuíram para a propaganda, do que viria ser mais tarde, a da Guerra do Pacífico. O monopólio do nitrato não alcançou os resultados esperados. Devido à manutenção da crise, a oposição ao governo civilista começou a aumentar, ocorrendo até algumas insurreições armadas organizadas por militares peruanos. Não suportando a pressão, Prado renunciou em 1876, o que gerou a volta dos militares ao poder. No início da década de 1870, em virtude do potencial de cobre, nitrato e guano no território boliviano, várias empresas estrangeiras, em especial chilenas, dirigiram-se para a região do deserto do Atacama, a fim de explorá-lo. Muitas dessas empresas conseguiram concessões do governo boliviano, dentre elas a Companhia de S. F. Antofagasta, de capital chileno. Nesse mesmo período, os portos de Cobija e de Antofagasta, ambos bolivianos, tinham uma população de mais de 90% 11 de chilenos, o que, sem dúvida, foi relevante para o desenrolar da Guerra do Pacífico. Dada a grande presença chilena em seu território, o governo civil boliviano buscou firmar um acordo com o Chile, para definir a fronteira no deserto do Atacama. No ano de 1874, ambos os países alcançaram um entendimento. A fronteira do deserto ficaria delimitada ao paralelo 24 graus da latitude sul e, em troca, o governo boliviano deveria isentar de qualquer reajuste tributário as companhias salitrenhas chilenas em seu território durante os próximos 25 anos. Porém, com o agravamento da crise na Bolívia e a conseqüente oposição política, o governo civil de Frias caiu devido a um golpe de estado organizado pelo general Hilárion Daza, em O novo governo boliviano, assegurado pelo acordo militar de 1873 com o Peru e mergulhado em uma grave crise econômica, viu como única saída para a recessão aumentar a tributação sobre a exploração da principal riqueza do país: os depósitos de nitratos na região do Atacama.O Congresso boliviano definiu um imposto de 10 centavos sobre cada 100 quilos de salitre exportado. Simultaneamente, houve a ameaça boliviana de confiscar os bens da Companhia Anônima de Salitre e Ferrovia de Antofagasta, Isso representava para o governo chileno o rompimento do tratado assinado em O aumento do imposto na exportação de nitratos por parte do governo boliviano foi o estopim para o início da Guerra do Pacífico, em abril de 1879, com o Chile declarando guerra 11 Ver em BETHELL, Leslie, História da América Latina: Da Independência a 1870, volume III; tradução de Maria Clara Cescato, São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, DF, Brasília, 2001, p. 574.

7 à Bolívia e a seu aliado, o Peru. A partir desse momento, os contendores buscaram alianças com outras nações, entre elas o Brasil. Nesse sentido, a análise das relações diplomáticas e do posicionamento do governo brasileiro ante os beligerantes é relevante, pois tais relações foram importantes nos cálculos estratégicos e políticos dos países envolvidos, assim como para o Brasil, preocupado com o desenrolar e as conseqüências do conflito. Nos primeiros dois meses de luta, as forças chilenas ocuparam a província boliviana do Atacama. No fim do mesmo ano de 1879, a esquadra chilena venceu a peruana. Essa vitória deu ao Chile o domínio marítimo da região em conflito e permitiu-lhe realizar a ofensiva por terra rumo à capital boliviana e peruana, já que o deserto do Atacama uma barreira natural impossibilitava qualquer deslocamento das infantarias rumo ao norte. A batalha de Tacna e Arica, nos primeiros meses de 1880, foi uma das maiores do conflito, envolvendo mais de 28 mil homens e registradas mais de 12 mil mortes. 12 Em meados de 1880, o exército chileno tinha o controle sobre o território boliviano. Em janeiro de 1881, as tropas chilenas chegaram a Lima com cerca de 26 mil homens. 13 A guerra continuou no interior do Peru por mais dois anos, com a resistência das forças guerrilheiras ao exército de ocupação. O vencedor do confronto foi o Chile, com a rendição do Peru e da Bolívia, respectivamente, em 1883 e Com a vitória, o Chile teve ampliado o seu território em 1/3, anexando territórios até então bolivianos e peruanos. A Bolívia perdeu km² de sua costa do pacífico e se converteu em um país mediterrâneo. O Peru perdeu suas províncias da costa sul, e recuou do paralelo 21 para o Todos esses territórios adquiridos pelo Chile tinham um grande potencial em nitratos. 16 Nos primeiros anos da Guerra do Pacífico, as disputas territoriais da Argentina com Brasil e Chile também tiveram peso importante na diplomacia sul-americana. O Chile temia uma entente entre Bolívia-Peru e Argentina, dada a disputa deste último com os chilenos pelos territórios da Patagônia e dos Estreitos ao sul do continente. Devido a essa possibilidade, a diplomacia chilena tentou fixar uma aliança estratégica com o Brasil, porém não obteve êxito. O Império, mergulhado em uma crise interna, optou pela neutralidade no conflito, já que não tinha 12 BARROS, Mario. Historia diplomatica de Chile ( ). Barcelona: Ediciones ariel, 1970, p BETHELL, Leslie, História da América Latina: Da Independência a 1870, volume III; tradução de Maria Clara Cescato, São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, DF, Brasília, 2001, p Segundo Leslie Bethell, foram talvez a maior coesão nacional do Chile e as tradições de um governo estável o que fez a diferença fundamental no conflito. Em vários momentos e durante a própria guerra, tanto a Bolívia quanto o Peru foram vítimas de sérias convulsões políticas, provocadas por seus caudilhos. Ver em Idem. 15 DORIATIOTO, Francisco. Espaços nacionais na América Latina: da utopia bolivariana à fragmentação. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994 p Um novo governo peruano acabou por aceitar o Tratado de Ancón (outubro de 1883) no qual Tarapacá foi cedida em caráter definitivo ao Chile, que ainda recebeu a posse temporária de Tacna e Arica. Essas duas últimas províncias ficariam sob o domínio chileno por dez anos e, posteriormente seria realizado um plebiscito para decidir a posse das regiões. O plebiscito foi realizado somente em 1929, com Arica se tornando chilena e Tacna peruana.

8 condições de entrar em uma guerra, ainda mais contra a Argentina, sua mais provável inimiga. 17 Entretanto, a diplomacia chilena fez esforços para divulgar uma aliança informal com o Império. Segundo Villafañe G. Santos, esse mito passou a ser mais conveniente ao Império, cada vez mais enfraquecido por suas dificuldades internas ; seu poder de barganha frente à Argentina seria ampliado na questão das Missões, na medida em que houvesse uma aliança com o Chile, que saiu fortalecido com a vitória na Guerra do Pacífico. Essa idéia de aliança entre ambos os países manteve-se até o final do regime imperial brasileiro. Essas questões diplomáticas foram retomadas na Primeira Conferência Internacional Americana, realizada em Washington, Estados Unidos, entre 2 de outubro de 1889 e 19 de abril de Esse encontro reuniu todos os Estados americanos, com exceção da República Dominicana, e tinha como pauta desde assuntos diplomáticos como a adoção da arbitragem obrigatória no continente para as disputas entre os países até a integração econômica do continente, através da criação de uma união aduaneira americana 18. A partir desse encontro, foi criado um escritório de comércio para as repúblicas americanas, subordinado ao governo norte-americano que, em 1910, deu lugar à União Pan- Americana, transformada em 1948 na Organização dos Estados Americanos. O Império confirmou presença na Conferência, porém, por ser a única monarquia do continente, temia seu isolamento diplomático no encontro. Outro país que tinha a mesma preocupação do governo brasileiro era o Chile, vencedor da Guerra do Pacífico, já que havia conquistado territórios antes peruanos e bolivianos e, por isso, temia que a Conferência decidisse a arbitragem como meio obrigatório e, talvez, retroativo de resolução das disputas territoriais entre os países americanos. Com vistas a solucionar seus problemas, o Império do Brasil e Chile aproximaramse mais ainda diplomaticamente, às vésperas do encontro em Washington. No encontro, adotaram posições em comum, e foram contrários à adoção do principio da arbitragem para a resolução de disputas territoriais e diplomáticas no continente. No entanto, essa aliança não produziu frutos, devido à proclamação da República no Brasil, simultaneamente à realização da Conferência em novembro de Com a queda do regime monárquico, os representantes do Brasil imperial foram substituídos por outros diplomatas, agora republicanos, na Conferência de Washington. Os novos diplomatas, chefiados 17 Isso se dava devido as disputas pela posse da região dos Sete Povos das Missões, ao sul do Brasil. 18 Esse encontro foi convocado por iniciativa norte-americana, que se empenhava nisso desde Apesar da questão do arbitramento, o convite tinha interesses essencialmente econômicos. Sua indústria crescente carecia de um maior mercado consumidor, a proposta de uma zona de livre-comércio continental caminhava nesta direção.

9 agora por Salvador de Mendonça, promoveram uma reversão no posicionamento do Brasil no Congresso. A partir desse momento, a nova delegação brasileira buscou seguir a orientação de dar um espírito americano a sua diplomacia. Dessa forma o Brasil se aproximou da diplomacia argentina e norte-americana, que defendiam a proposta do arbitramento obrigatório, a qual foi aprovada na Conferência, com o apoio de todas as delegações, exceto a chilena, que se absteve. A mudança do posicionamento brasileiro na Conferência causou um desgaste nas relações com o Chile, país com o qual o governo imperial mantinha boas relações às vésperas do encontro interamericano e que, a partir desse momento, via a nova delegação contrapondo-se às suas iniciativas no encontro. Durante o evento em Washington, o Brasil passou de uma situação isolada e contrária a qualquer integração interamericana, apoiado apenas pelos chilenos, a uma posição de destaque no encontro, incentivando uma maior aproximação entre os países do continente, o que transformou o Brasil em uma das principais lideranças políticas e diplomáticas no continente, no decorrer do século XX. O encerramento da Conferência de Washington no ano de 1890 é a data limite de nossa pesquisa, ano em que as questões relativas à Guerra do Pacífico estavam presentes nas relações internacionais, o que resultou em uma estratégia diplomática distinta daquela do governo chileno e dos governos, imperial e republicano, do Brasil para a Primeira Conferência Americana. Com base nisso, podemos dizer que o Brasil desempenhou um papel importante nas estratégias políticas e diplomáticas dos beligerantes. Contudo, essa importância políticoestratégica do governo brasileiro não foi destacada somente no período do conflito, mas se estendeu até o final da Conferência de Washington, em Nesse sentido o nosso objetivo, diante das relações diplomáticas e do posicionamento do governo brasileiro ante a Guerra do Pacífico, é realizar uma nova contribuição sobre esse tema, pouco conhecido e estudado pela historiografia brasileira. Nossa intenção é verificar nas fontes ofícios, despachos e relatórios da Repartição dos Negócios Estrangeiros, que se encontram no Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro, as motivações para a neutralidade da diplomacia brasileira frente aos contendores da Guerra do Pacífico e se, apesar disso, em algum momento, houve favorecimento a algum beligerante envolvido na ação. Também pretendemos verificar se houve transformações no relacionamento com esses países, durante e posteriormente ao conflito, e, nesse caso, detectar as motivações da diplomacia do Brasil para tal alteração.

10 Sabemos que o Império brasileiro manteve-se formalmente neutro ao conflito. Contudo, uma de nossas principais indagações refere-se à existência ou não de uma aliança informal do Brasil com o Chile. Essa interpretação é aceita por parte da historiografia peruana e boliviana e pelo historiador brasileiro Villafañe G. Santos, que fez um estudo geral das relações diplomáticas do Império do Brasil com as repúblicas do Pacífico. Nesse sentido, não encontramos, no Brasil, nenhum estudo específico relacionado à diplomacia brasileira e à Guerra do Pacífico. Portanto, o nosso principal objetivo é esse, tentar preencher essa lacuna na história das relações internacionais no Brasil. Para isso, pretendemos construir nossa análise mediante novos questionamentos do conjunto das fontes, possibilitando assim uma discussão mais rica sobre o assunto. Entendemos que, dessa forma, além da análise do contexto brasileiro e sul-americano da segunda metade do século XIX, sempre considerando suas transformações e seus agentes, poderemos atingir nossos objetivos.

Período pré-colonial

Período pré-colonial CHILE Período pré-colonial O navegador português Fernão de Magalhães, a serviço do rei da Espanha, foi o primeiro europeu a visitar a região que hoje é chamada de Chile. Os mapuches, grande tribo indígena

Leia mais

Unidade II Poder, Estudo e Instituições Aula 10

Unidade II Poder, Estudo e Instituições Aula 10 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Unidade II Poder, Estudo e Instituições Aula 10 2 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Conteúdo O Consulado: Economia, Educação

Leia mais

Colégio Senhora de Fátima

Colégio Senhora de Fátima Colégio Senhora de Fátima A formação do território brasileiro 7 ano Professora: Jenifer Geografia A formação do território brasileiro As imagens a seguir tem como principal objetivo levar a refletir sobre

Leia mais

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Revista Brasileira do Comércio Exterior Outubro/Dezembro 2011 MOTIVAÇÕES PARA A

Leia mais

AMÉRICA: PROJETOS DE INTEGRAÇÃO GEOGRAFIA 8ºANO PRFª BRUNA ANDRADE

AMÉRICA: PROJETOS DE INTEGRAÇÃO GEOGRAFIA 8ºANO PRFª BRUNA ANDRADE AMÉRICA: PROJETOS DE INTEGRAÇÃO GEOGRAFIA 8ºANO PRFª BRUNA ANDRADE A FORMAÇÃO DOS ESTADOS LATINO- AMERICANOS OS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA FORMARAM-SE A PARTIR DA INDEPENDÊNCIA DA ESPANHA E PORTUGAL. AMÉRICA

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca II. POLÍTICA INTERNACIONAL RIO DE

Leia mais

HISTÓRIA - MATERIAL COMPLEMENTAR OITAVO ANO ENSINO FUNDAMENTAL II PROF. ROSE LIMA

HISTÓRIA - MATERIAL COMPLEMENTAR OITAVO ANO ENSINO FUNDAMENTAL II PROF. ROSE LIMA HISTÓRIA - MATERIAL COMPLEMENTAR OITAVO ANO ENSINO FUNDAMENTAL II PROF. ROSE LIMA INDEPENDÊNCIA DO Colonização: espanhola até 1697, posteriormente francesa. Produção açucareira. Maioria da população:

Leia mais

China e seu Sistemas

China e seu Sistemas China e seu Sistemas Em 1949, logo depois da revolução chinesa, a China possuía 540 milhões de habitantes, e se caracterizava por ser predominantemente rural, neste período o timoneiro Mao Tsetung, enfatizava

Leia mais

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A O capitalismo teve origem na Europa, nos séculos XV e XVI, e se expandiu para outros lugares do mundo ( Ásia, África,

Leia mais

Cap. 12- Independência dos EUA

Cap. 12- Independência dos EUA Cap. 12- Independência dos EUA 1. Situação das 13 Colônias até meados do séc. XVIII A. As colônias inglesas da América do Norte (especialmente as do centro e norte) desfrutavam da negligência salutar.

Leia mais

Organizações internacionais Regionais

Organizações internacionais Regionais Organizações internacionais Regionais Percurso 4 Geografia 9ºANO Profª Bruna Andrade e Elaine Camargo Os países fazem uniões a partir de interesses comuns. Esses interesses devem trazer benefícios aos

Leia mais

O indicador do clima econômico piorou na América Latina e o Brasil registrou o indicador mais baixo desde janeiro de 1999

O indicador do clima econômico piorou na América Latina e o Brasil registrou o indicador mais baixo desde janeiro de 1999 14 de maio de 2014 Indicador IFO/FGV de Clima Econômico da América Latina¹ O indicador do clima econômico piorou na América Latina e o Brasil registrou o indicador mais baixo desde janeiro de 1999 O indicador

Leia mais

China e seu Sistemas

China e seu Sistemas China e seu Sistemas Em 1949, logo depois da revolução chinesa, a China possuía 540 milhões de habitantes, e se caracterizava por ser predominantemente rural, neste período o timoneiro Mao Tsetung, enfatizava

Leia mais

MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS

MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES NOTA CONJUNTURAL ABRIL DE 2014 Nº31 E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS NOTA CONJUNTURAL ABRIL DE 2014 Nº31 PANORAMA GERAL Os movimentos de transição da população ocupada entre as

Leia mais

1 O Problema 1.1. Introdução

1 O Problema 1.1. Introdução 1 O Problema 1.1. Introdução O mercado automobilístico nacional passou por intensas mudanças na década de 90. Desde a declaração do Presidente da República que em 1990 afirmou serem carroças os veículos

Leia mais

com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. China Sendo que, esse percentual é de 47% para o total das indústrias brasileiras.

com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. China Sendo que, esse percentual é de 47% para o total das indústrias brasileiras. 73% das indústrias gaúchas exportadoras que concorrem com produtos chineses perderam mercado no exterior em 2010. 53% das indústrias gaúchas de grande porte importam da China Sendo que, esse percentual

Leia mais

Manufatura de Brinquedos Estrela S. A. Autora: Nádia Pontes Mantovani. Orientadora: Profª. Ms. Helane Cabral Universidade Presbiteriana Mackenzie

Manufatura de Brinquedos Estrela S. A. Autora: Nádia Pontes Mantovani. Orientadora: Profª. Ms. Helane Cabral Universidade Presbiteriana Mackenzie Manufatura de Brinquedos Estrela S. A. Autora: Nádia Pontes Mantovani Orientadora: Profª. Ms. Helane Cabral Universidade Presbiteriana Mackenzie Introdução Este estudo de caso tem como objetivo relatar

Leia mais

A América Espanhola.

A América Espanhola. Aula 14 A América Espanhola. Nesta aula, trataremos da colonização espanhola na América, do processo de independência e da formação dos Estados Nacionais. Colonização espanhola na América. A conquista

Leia mais

A GUERRA DO PARAGUAI FOI O MAIOR E MAIS SANGRENTO CONFLITO ARMADO OCORRIDO NA AMÉRICA DO SUL PERÍODO= 1864-1870

A GUERRA DO PARAGUAI FOI O MAIOR E MAIS SANGRENTO CONFLITO ARMADO OCORRIDO NA AMÉRICA DO SUL PERÍODO= 1864-1870 Não é possível exibir esta imagem no momento. A GUERRA DO PARAGUAI FOI O MAIOR E MAIS SANGRENTO CONFLITO ARMADO OCORRIDO NA AMÉRICA DO SUL PERÍODO= 1864-1870 É também chamada Guerra da Tríplice Aliança

Leia mais

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO É claro que o Brasil não brotou do chão como uma planta. O Solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu território, a porção do espaço sob domínio,

Leia mais

Unidade IV Natureza-Sociedade: questões ambientais Aula 21. 1 Conteúdo A conquista do Oeste; Acordos, guerra e ouro; A guerra civil norte-americana.

Unidade IV Natureza-Sociedade: questões ambientais Aula 21. 1 Conteúdo A conquista do Oeste; Acordos, guerra e ouro; A guerra civil norte-americana. CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Unidade IV Natureza-Sociedade: questões ambientais Aula 21. 1 Conteúdo A conquista do Oeste; Acordos, guerra e ouro; A guerra civil norte-americana.

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS 11) China, Japão e Índia são três dos principais países asiáticos. Sobre sua História, cultura e relações com o Ocidente, analise as afirmações a seguir. l A China passou por um forte processo de modernização

Leia mais

VESTIBULAR 2011 1ª Fase HISTÓRIA GRADE DE CORREÇÃO

VESTIBULAR 2011 1ª Fase HISTÓRIA GRADE DE CORREÇÃO VESTIBULAR 2011 1ª Fase HISTÓRIA GRADE DE CORREÇÃO A prova de História é composta por três questões e vale 10 pontos no total, assim distribuídos: Questão 1 3 pontos (sendo 1 ponto para o subitem A, 1,5

Leia mais

Século XVIII e XIX / Europa

Século XVIII e XIX / Europa 1 I REVOLUÇÃO AGRÍCOLA Século XVIII e XIX / Europa! O crescimento populacional e a queda da fertilidade dos solos utilizados após anos de sucessivas culturas no continente europeu, causaram, entre outros

Leia mais

8º ANO ATIVIDADES ONLINE

8º ANO ATIVIDADES ONLINE 8º ANO ATIVIDADES ONLINE 1) Analise a tabela e responda. a) Entre os países andinos, qual apresenta maior desenvolvimento, de acordo com o IDH? E menor desenvolvimento? b)que tipo de produto predomina

Leia mais

FORMAÇÃO DO TERRITORIO BRASILEIRO. Prof. Israel Frois

FORMAÇÃO DO TERRITORIO BRASILEIRO. Prof. Israel Frois FORMAÇÃO DO TERRITORIO BRASILEIRO Prof. Israel Frois SÉCULO XV Território desconhecido; Era habitado por ameríndios ; Natureza praticamente intocada Riqueza imediata: Pau-Brasil (Mata Atlântica) Seus limites

Leia mais

20 CURIOSIDADES SOBRE A GUERRA DO PARAGUAI

20 CURIOSIDADES SOBRE A GUERRA DO PARAGUAI 20 CURIOSIDADES SOBRE A GUERRA DO PARAGUAI No dia 18 de setembro de 1865, ocorre a rendição do Paraguai, depois do cerco de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. É um bom momento para lembrarmos daquele que

Leia mais

CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL

CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL BASES COMUNS DO SISTEMA COLONIAL PACTO-COLONIAL Dominação Política Monopólio Comercial Sistema de Produção Escravista ESTRUTURA SOCIAL DAS COLONIAS ESPANHOLAS Chapetones

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes.

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Por Palmira Santinni No Brasil, nos últimos anos, está ocorrendo um significativo aumento na criação de novas empresas e de optantes pelo

Leia mais

Profª: Sabrine Viviane Welzel

Profª: Sabrine Viviane Welzel Geografia 9 ano Japão 1- A importância de não nascer importante. Porque, essa frase de Eduardo Galeano, pode ser relacionada ao Japão? 2 A indústria japonesa desenvolveu-se aceleradamente no Pós-Segunda

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38

Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38 Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38 Karina Magalhães, Kenny Afolabi, Milena Ignácio, Tai Afolabi, Verônica Santos e Wellington Souza 39 Inter-Relações

Leia mais

EXERCÍCIOS ON LINE DE GEOGRAFIA 8º 2º TRI. Assinale a única alternativa que não indica uma característica do sistema capitalista.

EXERCÍCIOS ON LINE DE GEOGRAFIA 8º 2º TRI. Assinale a única alternativa que não indica uma característica do sistema capitalista. EXERCÍCIOS ON LINE DE GEOGRAFIA 8º 2º TRI Questão 1 Assinale a única alternativa que não indica uma característica do sistema capitalista. a) Os preços das mercadorias variam de acordo com a procura por

Leia mais

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural Marcos Santos Figueiredo* Introdução A presença dos sindicatos de trabalhadores

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA (1808-1826) Profª Adriana Moraes

INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA (1808-1826) Profª Adriana Moraes INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA (1808-1826) Profª Adriana Moraes A independência foi o processo político e militar que afetou todas as regiões situadas entre os vicereinados da Nova Espanha e do Rio da

Leia mais

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação 2ª PROVA PARCIAL DE GEOGRAFIA Aluno(a): Nº Ano: 8º Turma: Data: 04/06/2011 Nota: Professor: Edvaldo Valor da Prova: 40 pontos Assinatura do responsável: Orientações

Leia mais

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado. Professor Dejalma Cremonese

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado. Professor Dejalma Cremonese FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado Professor Dejalma Cremonese A ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa. O comércio interno europeu, em intenso

Leia mais

Até então o confronto direto entre os aliados não havia acontecido.

Até então o confronto direto entre os aliados não havia acontecido. Confronto entre os aliados, vencedores da 2ª Guerra: Inglaterra, França, EUA e União Soviética. Acordo pós-guerra definiria a área de influência da URSS, onde estavam suas tropas (leste europeu). Conferência

Leia mais

PROFª CLEIDIVAINE DA S. REZENDE DISC. HISTÓRIA / 8º ANO

PROFª CLEIDIVAINE DA S. REZENDE DISC. HISTÓRIA / 8º ANO PROFª CLEIDIVAINE DA S. REZENDE DISC. HISTÓRIA / 8º ANO 1 CONTEXTO HISTÓRICO Crescimento econômico da Inglaterra no século XVIII: industrialização processo de colonização ficou fora. Ingleses se instalaram

Leia mais

CIA. INDUSTRIAL VALE DO PARAÍBA S/A. UM CASO DE SUCESSO?

CIA. INDUSTRIAL VALE DO PARAÍBA S/A. UM CASO DE SUCESSO? CIA. INDUSTRIAL VALE DO PARAÍBA S/A. UM CASO DE SUCESSO? Autoria: Amadeu Nosé Junior Mestre em Administração de Empresas Universidade Presbiteriana Mackenzie A Cia. Industrial Vale do Paraíba S/A., é uma

Leia mais

SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO ESCOLA ESTADUAL DOMINGOS BRIANTE TÂNIA REGINA CAMPOS DA CONCEIÇÃO

SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO ESCOLA ESTADUAL DOMINGOS BRIANTE TÂNIA REGINA CAMPOS DA CONCEIÇÃO SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO ESCOLA ESTADUAL DOMINGOS BRIANTE TÂNIA REGINA CAMPOS DA CONCEIÇÃO A VINDA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA AO BRASIL Projeto apresentado e desenvolvido na

Leia mais

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 55 O CONGRESSO DE VIENA E A SANTA ALIANÇA

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 55 O CONGRESSO DE VIENA E A SANTA ALIANÇA HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 55 O CONGRESSO DE VIENA E A SANTA ALIANÇA Fixação 1) Em perfeita sintonia com o espírito restaurador do Congresso de Viena, a criação da Santa Aliança tinha por objetivo: a)

Leia mais

A expansão dos EUA (séc. XVIII-XX)

A expansão dos EUA (séc. XVIII-XX) 1803 Os Estados Unidos compram a Louisiana da França. Cronologia 1846 a 1848 Guerra do México. Os Estados Unidos conquistam e anexam os territórios da Califórnia, Novo México, Nevada, Arizona e Utah. 1810

Leia mais

TEMA 3 UMA EXPERIÊNCIA

TEMA 3 UMA EXPERIÊNCIA TEMA 3 UMA EXPERIÊNCIA DOLOROSA: O NAZISMO ALEMÃO A ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha colocou em ação a política de expansão territorial do país e o preparou para a Segunda Guerra Mundial. O saldo

Leia mais

ESTADOS UNIDOS: superpotência mundial. Capítulo 8 Educador: Franco Augusto

ESTADOS UNIDOS: superpotência mundial. Capítulo 8 Educador: Franco Augusto ESTADOS UNIDOS: superpotência mundial Capítulo 8 Educador: Franco Augusto EUA: Processo histórico Colônia de povoamento (Reino Unido, em especial a Inglaterra) A ocupação da costa do Atlântico foi baseada

Leia mais

ABSTRACT. Diagnóstico e situação das cooperativas de produção no Paraguai

ABSTRACT. Diagnóstico e situação das cooperativas de produção no Paraguai ABSTRACT Diagnóstico e situação das cooperativas de produção no Paraguai No Paraguai, o associativismo se origina de práticas seculares de sua população original: os guaranis. Para eles, a organização

Leia mais

OITAVO ANO ESINO FUNDAMENTAL II PROFESSORA: ROSE LIMA

OITAVO ANO ESINO FUNDAMENTAL II PROFESSORA: ROSE LIMA OITAVO ANO ESINO FUNDAMENTAL II PROFESSORA: ROSE LIMA http://plataformabrioli.xpg.uol.com.br/historiaresumo/2ano/epopeialusitana.pdf http://blog.msmacom.com.br/familia-real-portuguesa-quem-e-quem-na-monarquia/

Leia mais

América: a formação dos estados

América: a formação dos estados América: a formação dos estados O Tratado do Rio de Janeiro foi o último acordo importante sobre os limites territoriais brasileiros que foi assinado em 1909, resolvendo a disputa pela posse do vale do

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA Nome Nº Ano Data: Professor: Piero/ Thales Nota: (valor 2,0) 2º semestre a) Introdução Neste semestre, sua média foi inferior a 6,0 e você não assimilou os conteúdos

Leia mais

Aula 9.1 Conteúdo: Tentativas de união na América Latina; Criação do Mercosul. FORTALECENDO SABERES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES

Aula 9.1 Conteúdo: Tentativas de união na América Latina; Criação do Mercosul. FORTALECENDO SABERES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Aula 9.1 Conteúdo: Tentativas de união na América Latina; Criação do Mercosul. 2 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Habilidade:

Leia mais

Expansão do território brasileiro

Expansão do território brasileiro Expansão do território brasileiro O território brasileiro é resultado de diferentes movimentos expansionistas que ocorreram no Período Colonial, Imperial e Republicano. Esse processo ocorreu através de

Leia mais

PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA TREZE COLÔNIAS Base de ocupação iniciativa privada: Companhias de colonização + Grupos de imigrantes = GRUPOS DISTINTOS [excedente da metrópole;

Leia mais

Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade

Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade CFM analisa relatórios internacionais e mostra preocupação com subfinanciamento da saúde, que tem afetado

Leia mais

AMÉRICA: ASPECTOS NATURAIS E TERRITORIAIS

AMÉRICA: ASPECTOS NATURAIS E TERRITORIAIS AMÉRICA: ASPECTOS NATURAIS E TERRITORIAIS Tema 1: A América no mundo 1. Um continente diversificado A América possui grande extensão latitudinal e, por isso, nela encontramos diversas paisagens. 2. Fatores

Leia mais

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA Indicadores CNI INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA Momento difícil da indústria se reflete nos investimentos Intenção de investimento para 2015 é a menor da pesquisa Em 2014, 71,8% das empresas investiram 7,9

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

Entre esses eventos, destacam-se, recentemente:

Entre esses eventos, destacam-se, recentemente: Resumo Com a criação do Ministério do Turismo em 2003, o Brasil passa a ter, pela primeira vez em sua história, um ministério voltado exclusivamente para a atividade turística. A partir de então a Embratur

Leia mais

UNIDADE 4 A CRISE DO GUERRA MUNDIAL. CAPITALISMO E A SEGUNDA. Uma manhã de destruição e morte.

UNIDADE 4 A CRISE DO GUERRA MUNDIAL. CAPITALISMO E A SEGUNDA. Uma manhã de destruição e morte. UNIDADE 4 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. Uma manhã de destruição e morte. No início de agosto de 1945, os Estados Unidos tentavam, sem resultado, conseguir a rendição japonesa. A solução

Leia mais

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP VERSÃO: 03-04-2008 2 O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP 1. Apresentação do Programa O Programa de Inclusão Social da USP (INCLUSP) foi concebido a partir da preocupação

Leia mais

Brasil Império. Sétima Série Professora Carina História

Brasil Império. Sétima Série Professora Carina História Brasil Império Sétima Série Professora Carina História Confederação do Equador Local: Províncias do Nordeste. Época: 1824. Líderes da revolta: Manuel Paes de Andrade, frei Caneca e Cipriano Barata. Causas:

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

American Way Of Life

American Way Of Life Crise de 1929 Ao final da Primeira Guerra, a indústria dos EUA era responsável por quase 50% da produção mundial. O país criou um novo estilo de vida: o american way of life. Esse estilo de vida caracterizava-se

Leia mais

DE DÉCADAS DE ESTAGNAÇÃO DO MERCADO INDUSTRIAL, VERIA A REDUÇÃO DE OPORTUNIDADES, CEDIDAS À INVASÃO DE PROFISSIONAIS ESTRANGEIROS?

DE DÉCADAS DE ESTAGNAÇÃO DO MERCADO INDUSTRIAL, VERIA A REDUÇÃO DE OPORTUNIDADES, CEDIDAS À INVASÃO DE PROFISSIONAIS ESTRANGEIROS? CUMPRIMENTO AOS SENHORES E SENHORAS PRESENTES, NA PESSOA DO PRESIDENTE DA COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO, EXCELENTÍSSIMO DEPUTADO ROBERTO SANTIAGO, A QUEM PARABENIZO PELA CONVOCAÇÃO

Leia mais

Guerra fria (o espaço mundial)

Guerra fria (o espaço mundial) Guerra fria (o espaço mundial) Com a queda dos impérios coloniais, duas grandes potências se originavam deixando o mundo com uma nova ordem tanto na parte política quanto na econômica, era os Estados Unidos

Leia mais

CRISE DO PRIMEIRO REINADO RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

CRISE DO PRIMEIRO REINADO RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL CRISE DO PRIMEIRO REINADO RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL O que seria necessário, para que o Brasil, após a independência fosse reconhecido como uma Nação Livre e soberana? Seria necessário que

Leia mais

INTEGRAÇÃO DO CONE SUL: A INSERÇÃO REGIONAL NA ORDEM GLOBAL 2

INTEGRAÇÃO DO CONE SUL: A INSERÇÃO REGIONAL NA ORDEM GLOBAL 2 INTEGRAÇÃO DO CONE SUL: A INSERÇÃO REGIONAL NA ORDEM GLOBAL 2 INTEGRAÇÃO DO CONE SUL: A INSERÇÃO REGIONAL NA ORDEM GLOBAL HAROLDO LOGUERCIO CARVALHO * A nova ordem internacional que emergiu com o fim da

Leia mais

A Cooperação Energética Brasil-Argentina

A Cooperação Energética Brasil-Argentina 9 A Cooperação Energética Brasil-Argentina + Sebastião do Rego Barros + Rodrigo de Azeredo Santos Os atuais desafios brasileiros na área energética fizeram com que as atenções de técnicos, investidores,

Leia mais

Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname

Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai, a República Oriental do Uruguai, a República Bolivariana

Leia mais

EXPEDIENTE RELIZAÇÃO: PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ PREFEITO: JOÃO AVAMILENO VICE-PREFEITA: IVETE GARCIA

EXPEDIENTE RELIZAÇÃO: PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ PREFEITO: JOÃO AVAMILENO VICE-PREFEITA: IVETE GARCIA EXPEDIENTE RELIZAÇÃO: PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ PREFEITO: JOÃO AVAMILENO VICE-PREFEITA: IVETE GARCIA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: CLEUZA REPULHO APOIO: Instituto Castanheira de Ação

Leia mais

Gabarito 7º Simulado Humanas

Gabarito 7º Simulado Humanas GEOGRAFIA QUESTÃO 01 a) Alguns fatores físico-naturais são: relevo, área de encosta de forte declividade; clima, elevada precipitação pluviométrica e infiltrações em áreas desflorestadas, levando a deslizamentos

Leia mais

América Latina: Herança Colonial e Diversidade Cultural. Capítulo 38

América Latina: Herança Colonial e Diversidade Cultural. Capítulo 38 América Latina: Herança Colonial e Diversidade Cultural Capítulo 38 Expansão marítima européia; Mercantilismo (capitalismo comercial); Tratado de Tordesilhas (limites coloniais entre Portugal e Espanha):

Leia mais

Eixo Temático 1 Instrução e Cult uras Escola res

Eixo Temático 1 Instrução e Cult uras Escola res 97 A INSTRUÇÃO NOS JORNAIS, RELATÓRIOS E MENSAGENS DOS PRESIDENTES DE PROVÍNCIA E DE ESTADO NA PARAÍBA (1889-1910). Algumas palavras iniciais: Michelle Lima da Silva Bolsista CNPQ/PIBIC/UFPB (graduanda)

Leia mais

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA ENSINO MÉDIO ÁREA CURRICULAR: CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS DISCIPLINA: HISTÓRIA SÉRIE 1.ª CH 68 ANO 2012 COMPETÊNCIAS:. Compreender

Leia mais

Exercícios sobre Israel e Palestina

Exercícios sobre Israel e Palestina Exercícios sobre Israel e Palestina Material de apoio do Extensivo 1. Observe o mapa a seguir, que representa uma área do Oriente Médio, onde ocorrem grandes tensões geopolíticas. MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO,

Leia mais

História. baseado nos Padrões Curriculares do Estado de São Paulo

História. baseado nos Padrões Curriculares do Estado de São Paulo História baseado nos Padrões Curriculares do Estado de São Paulo 1 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA Middle e High School 2 6 th Grade A vida na Grécia antiga: sociedade, vida cotidiana, mitos,

Leia mais

Exerc ícios de Revisão Aluno(a): Nº:

Exerc ícios de Revisão Aluno(a): Nº: Exerc íciosde Revisão Aluno(a): Nº: Disciplina:HistóriadoBrasil Prof(a).:Cidney Data: deagostode2009 2ªSériedoEnsinoMédio Turma: Unidade:Nilópolis 01. QuerPortugallivreser, EmferrosqueroBrasil; promoveaguerracivil,

Leia mais

36,6% dos empresários gaúchos julgam que o. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que. 66,0% das empresas contempladas pela medida a

36,6% dos empresários gaúchos julgam que o. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que. 66,0% das empresas contempladas pela medida a 36,6% dos empresários gaúchos julgam que o faturamento é a melhor base tributária para a contribuição patronal. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que a medida contribuirá parcialmente ou será fundamental

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA

A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA Que dimensões sociológicas existem numa passeio ao supermercado? A variedade de produtos importados que costumamos ver nos supermercados depende de laços econômicos

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO

SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO Marco Túlio dos Santos(mtuliods@hotmail.com) Thales Macieira(monteiro_macieira@yahoo.com.br) Richardson Mendes(richardsonmendes407@gmail.com) Resumo: O artigo a seguir tem

Leia mais

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS O percentual de famílias endividadas em Santa Catarina caiu de 93% em julho para 90% em agosto.

Leia mais

PRIMEIRO BIMESTRE. Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das paisagens mundiais.

PRIMEIRO BIMESTRE. Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das paisagens mundiais. COLÉGIO ESTADUAL NOVO HORIZONTE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PLANO DE TRABALHO DOCENTE (PTD) PROFESSORA: Cleunice Dias de Morais DISCIPLINA: Geografia ANO: 8º A PERÍODO: 2014 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão

Leia mais

Empresas de Minas diminuem investimento

Empresas de Minas diminuem investimento Ano 5 Nº 1 JANEIRO 2015 Empresas de Minas diminuem investimento No ano de 2014 mais da metade das empresas mineiras realizaram investimentos, no entanto, desde o início da pesquisa em 2010, o percentual

Leia mais

A expansão dos EUA (séc. XVIII-XX)

A expansão dos EUA (séc. XVIII-XX) 1803 Os Estados Unidos compram a Louisiana da França. Cronologia 1846 a 1848 Guerra do México. Os Estados Unidos conquistam e anexam os territórios da Califórnia, Novo México, Nevada, Arizona e Utah. 1810

Leia mais

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros Categoria Setor de Mercado Seguros 1 Apresentação da empresa e sua contextualização no cenário competitivo A Icatu Seguros é líder entre as seguradoras independentes (não ligadas a bancos de varejo) no

Leia mais

TEMA I A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉC. XX

TEMA I A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉC. XX TEMA I A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉC. XX A supremacia Europeia sobre o Mundo A Europa assumia-se como 1ª potência Mundial DOMÍNIO POLÍTICO Inglaterra, França, Alemanha, Portugal e outras potências

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

HISTÓRIA-2009 2ª FASE 2009

HISTÓRIA-2009 2ª FASE 2009 Questão 01 UFBA - -2009 2ª FASE 2009 Na Época Medieval, tanto no Oriente Médio, quanto no norte da África e na Península Ibérica, muçulmanos e judeus conviviam em relativa paz, fazendo comércio e expressando,

Leia mais

Prova bimestral. história. 1 o Bimestre 5 o ano. 1. Leia o texto a seguir e responda

Prova bimestral. história. 1 o Bimestre 5 o ano. 1. Leia o texto a seguir e responda Material elaborado pelo Ético Sistema de Ensino Ensino fundamental Publicado em 2012 Prova bimestral 1 o Bimestre 5 o ano história Data: / / Nível: Escola: Nome: 1. Leia o texto a seguir e responda Na

Leia mais

Lista de Recuperação de Geografia 2013

Lista de Recuperação de Geografia 2013 1 Nome: nº 8ºano Manhã Prof: Francisco Castilho Lista de Recuperação de Geografia 2013 Conteúdo da recuperação: Nova Ordem Mundial e os blocos econômicos, América: clima, vegetação e população, Canadá:

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca PASSOS DECISIVOS "Assim como 1970

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

A melancolia das commodities: o investimento empresarial na América Latina Nicolás Magud

A melancolia das commodities: o investimento empresarial na América Latina Nicolás Magud A melancolia das commodities: o investimento empresarial na América Latina Nicolás Magud May 12, 2015 O investimento privado vem desacelerando em todos os mercados emergentes desde meados de 2011, e a

Leia mais