Decisões de Dividendos (3): Formas de análise.
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- Augusto Salvador Filipe Carvalho
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1 Decisões de Dividendos (3): Formas de análise. Cap Damodaran (2004) Caio Falconi 10/11/16
2 Sumário i. Características dos dividendos. ii. Análise dos dividendos. 1. Fluxo de caixa. 2. Viabilidade de investimentos. 3. Estratégia ótima. iii. Comparação entre firmas. iv. Conclusão. 2
3 Características Dividendos tendem a seguir a trajetória dos lucros; Δπ Δdiv.? Dividendos tendem a ser rígidos; é uma mensagem passada para o investidor. Dividendos são menos voláteis que os lucros. start-up expansão rápida Dividendos seguem o ciclo de vida da empresa alto crescimento maturidade declínio 3
4 Características Como os dividendos, também, dialogam com o investimento e valor da empresa. Portanto, a análise pode levar em conta uma linha do tempo simplificada: Fonte: Tirole,
5 Análise: Fluxo de caixa Quanto sobrou para o acionista após o reinvestimento e o pagamento de dívidas? Quanto foi efetivamente pago? O primeiro passo é encontrar o fluxo de caixa do acionista; simplificadamente: ii.1.1) Subtração dos gastos líquidos com capital (capex líq.) do lucro líquido. ii.1.2) Subtração das necessidades de capital de giro. ii.1.3) Adição líquida da entrada de novas dívidas. 5
6 Análise: Fluxo de caixa Usando o fluxo de caixa o quanto sobrou para o acionista é possível ter dimensão do quanto foi efetivamente pago. < 1; se endivida para pagar. ii.1.4) Dividendos+Recompra de Ações FCDA = = 1; a paga o que tem. > 1; investe ou aumenta o caixa 6
7 Análise: Viabilidade de investimentos A empresa pode não pagar dividendos caso haja investimentos viáveis em perspectiva. Existem formas factíveis de verificar a viabilidade através do portfólio corrente da firma, tais como: ii.2.1) CFROI: ROI base de caixa. ii.2.2) Diferenças dos retornos contábeis. ii.2.3) EVA: mede o excesso do retorno sobre o capital investido. 7
8 Análise: Viabilidade de investimentos A transição de um estágio de crescimento para outro pode inviabilizar o uso dos retornos passados dos projetos. É interessante procurar por tendências estariam na memória dos retornos, o que projetaria o futuro com mais rigor. As medidas marginais capturam melhor as mudanças ano à ano: ii.2.4) Retorno marginal da equity = Resultado Líquido t Resultado líquido t 1 Equity (v.c.) t 1 Equity (v.c.) t 2 ii.2.5) Retorno marginal do capital = EBIT(1 T) t EBIT(1 T) t 1 Capital (v.c.) t 1 Capital (v.c.) t 2 8
9 Análise: Estratégia ótima. A estratégia ótima de pagamento de dividendos leva em conta tanto o nível quanto a margem. Fonte: Tirole,
10 Comparação entre firmas Normalmente, compara-se o dividend yeld e o payout ratio entre firmas. Entretanto, há perigo de falácia, uma vez que as empresas podem estar em momentos diferentes de seus ciclos de crescimento. Tal comparação assume que as empresas analisadas possuam o mesmo capex líquido e a mesma necessidade de capital de giro. A sugestão é comparar com todo o mercado através da estimação de variáveis que afetem o dividend yeld e o payout ratio. 10
11 Comparação entre firmas No uso da regressão, Damodaran aconselha variáveis como: iii.1) Dependente; Y = yield ou payout ratio iii.2) Regressores; Risco = beta, devio padrão. Investimentos = ROE, ROA. Capitalização do Mercado = Valor de mercado da firma, valor contábil da dívida. Alavancagem financeira. 11
12 Comparação entre firmas O autor exemplifica as seguintes regressões, com os dados 1998: iii.3) Payout = 0,32 0,39β + 0,46 ln P + PL + 0,12 P P+PL + 0,04ROE 0,21 IH AÇÕES iii.4) Yield = 0,32 0,39β + 0,46 ln P + PL + 0,12 P P+PL + 0,04ROE 0,21 IH AÇÕES Com poder explicativo de 24,04% e 23,59%, respectivamente. 12
13 Conclusão Quando se trata de observar as leis gerais das finanças não existe apenas uma maneira. Observar o ponto ou observar a trajetória é uma escolha que deriva de qual aspecto é mais interessante para o usuário da informação. Mesmo que as simplificações nos distanciem da realidade, O Fantástico mundo do exemplo nos dá um ponto de partida, inclusive, para refutá-lo. 13
14 Referências DAMODARAN, Aswath. Finanças Corporativas: teoria e prática. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, TIROLE, Jean. The theory of corporate finance. Princeton University Press,
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