IMUNIDADE ANTITRUSTE ÀS AÇÕES GOVERNAMENTAIS. Deborah Caixeta
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- Aníbal de Mendonça Barata
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1 IMUNIDADE ANTITRUSTE ÀS AÇÕES GOVERNAMENTAIS Deborah Caixeta
2 Introdução Trade-off Regulação vs. Concorrência
3 State Action Doctrine & Teorias da Regulação Obs: Pervasive Power Doctrine Parker vs. Brown: ante a ausência de competência expressa no Sherman Act para atuar sobre atos oficiais, aquela conduta estaria imune a atuação antitruste. generalização no emprego de rótulos como público, oficial", governamental, um tipo de análise sumária que sequer procura avaliar as reais circunstâncias em que o ato regulatório foi proferido Teoria do Interesse Público: crença na capacidade do Estado de afastar as consequencias das forças do mercado promover a proteção do elo mais fraco da cadeia produtiva
4 State Action Doctrine & Teorias da Regulação California Retail Liquor Dealers Association v. Midcal Aluminum, Inc.. : parâmetros da imunidade concorrencial ao decidir que estariam isentas as entidades privadas que (i) estivessem atuando em conformidade com uma política estatal claramente articulada (clearly-articulated) e (ii) que estivessem constantemente supervisionadas pelo poder público. Qualquer resultado anticompetitivo meramente previsível seria passível de afastar a incidência da regulação concorrencial (caso Midcal). Teoria da Public Choice: interesses estatais reconhecimento de que agencias reguladoras muitas vezes não são criadas para atender o elo mais fraco, mas para proteger a indústria e o comércio
5 State Action Doctrine & Teorias da Regulação Em suma, mesmo com os inúmeros aperfeiçoamentos da State Action Doctrine, pode-se concluir que a imunidade antitruste tem suas raízes em teorias regulatórias desenvolvidas para reconhecer que o objetivo da regulação é justamente substituir o processo competitivo e, em decorrência disso, afastar, por completo, a incidência das normas antitruste e a competência das autoridades de defesa da concorrência.
6 O trade-off Regulação vs. concorrência: 3 possíveis correntes: 1. Regulação e concorrência são mutuamente excludentes reservas de regulação 2. Regulação específica para afastar a concorrência afasta a incidência da legislação antitruste 3. Ambas coexistem complementarmente
7 O caso VU-M o pressuposto da existência de infração à concorrência é precisamente a existência de determinada margem de autonomia que a regulação deixe para os agentes econômicos. Se não há propriamente livre comportamento por parte desses agentes, não há como se lhes imputar conduta autônoma e, muito menos, conduta abusiva.
8 O caso GLP [...] regulação e concorrência não são instrumentos excludentes e, justamente por isso, o que importa em casos como este é analisar a existência ou não de um espaço à concorrência [...] [ ] não se trata aqui de uma combinação para a fixação de preços, mas sim para a divisão de um mercado, que passou a ter a sua racionalidade econômica calcada na variável econômica que não era objeto de uma regulação exaustiva as margens para distribuição do produto pela distribuidora aos revendedores. - Isto é, deve-se procurar acessar a extensão do ato regulatório e se a conduta, de fato, estava acobertada por aquele ato
9 Alguns cenários a serem observados: Observações finais Ato regulatório expresso no sentido de afastar a concorrência - Questões: as consequencias do ato regulatório devem ser investigadas pela regulação concorrencial? Afasta-se a punição do administrado, mas pode a agência antitruste suspender a conduta ou atuar no sentido de mudar o ato regulatório setorial? Se os interesses da agência forem obscuros, poderia a autoridade concorrencial revisar seus atos? Caso GLP hipoteticamente, se existisse uma manifestação escrita do agente público admitindo a conduta dos representados, mas, na realidade, essa manifestação não refletisse os interesses do órgão regulador; neste caso, como ficaria a situação do administrado, da conduta e da atuação do órgão antitruste? Caso VUM o respaldo regulatório é excludente da responsabilidade do infrator Ato não expresso, mas um contexto de atuação do órgão regulador que cria uma expectativa legítima no administrado de que a sua conduta era admitida - Questões: o administrado deve ser penalizado? E a boa-fé do administrado deve ser considerada? Caso GLP Voto da Conselheira Ana Frazão Outras áreas: regulação habitacional no DF Omissão do órgão regulador - Questão: o administrado deve ser punido ou não? Responsabilidade concorrencial objetiva - Art. 36 independente de culpa neste caso, a existência do ato regulatório não afastaria a responsabilidade do administrado
10 Obrigada!
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