Mardônio de Oliveira Costa MULHER E MERCADO DE TRABALHO: A REALIDADE CEARENSE

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1 Mardônio de Oliveira Costa MULHER E MERCADO DE TRABALHO: A REALIDADE CEARENSE Fortaleza Instituto de Desenvolvimento do Trabalho

2 Estudo realizado pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT) - Organização Social Decreto Estadual nº , de 03/07/98. Editoração eletrônica, capa e layout Antônio Ricardo Amâncio Lima David Tahim Alves Brito Raquel Marques Almeida Rodrigues Revisão: Regina Helena Moreira Campelo Normalização Bibliográfica: Paula Pinheiro da Nóbrega Correspondência para: Instituto de Desenvolvimento do Trabalho - IDT Av. da Universidade, Benfica CEP Fortaleza-CE Fone: (085) Endereço eletrônico: idt@idt.org.br C837m Costa, Mardônio de Oliveira. Mulher e mercado de trabalho: a realidade cearense / Mardônio de Oliveira Costa. Fortaleza : Instituto de Desenvolvimento do Trabalho, p. 1. Mulher. 2. Mercado de Trabalho. 3. Realidade Cearense. I. Título. CDD:

3 Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT) Francisco de Assis Diniz Presidente Antônio Gilvan Mendes de Oliveira Diretor de Promoção do Trabalho Sônia Maria de Melo Viana Diretora Administrativo-Financeiro Mardônio de Oliveira Costa Diretor de Estudos e Pesquisas Análise e Redação Mardônio de Oliveira Costa Apoio Técnico Arlete da Cunha de Oliveira Rosaliane Macêdo Pinto Quezado 3

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5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 05 2 A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO NOS ANOS A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CEARENSE 13 4 A EVOLUÇÃO RECENTE DA OCUPAÇÃO E DESEMPREGO, POR GÊNERO 22 5 ESPECIFICIDADES DO TRABALHO FEMININO NO CEARÁ Formas de Inserção e Precarização no Mercado de Trabalho Feminino 37 6 A REMUNERAÇÃO DO TRABALHO FEMININO 45 7 CONCLUSÃO 52 REFERÊNCIAS 54 ANEXO 56 5

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7 1 INTRODUÇÃO É notória a crescente presença das mulheres no mercado de trabalho, nas últimas décadas, devido tanto a fatores de ordem econômica quando a aspectos associados às transformações do papel da mulher na sociedade contemporânea, incluindo-se aí a independência financeira, mais autonomia, o papel de chefe de família, realização profissional, a manutenção da família pelo desemprego do cônjuge, a complementação da renda familiar, etc. Tal presença varia de país para país, dependendo do nível de desenvolvimento econômico e social deste. De fato, as mulheres compõem um segmento populacional importante e significativo para as economias nacionais. Localmente falando, elas respondem por 52% da população residente no Ceará, integram 42% da população economicamente ativa do estado, têm uma representatividade de 51% no exército de desocupados cearenses, além de serem responsáveis pela manutenção de aproximadamente 1/3 dos domicílios particulares cearenses, em A partir da década de 1970, intensificou-se a participação das mulheres na atividade econômica em um contexto de expansão da economia com acelerado processo de industrialização e urbanização. Prosseguiu na década de 1980, apesar da estagnação da atividade econômica e da deterioração das oportunidades de ocupação. Nos anos 1990, década caracterizada pela intensa abertura econômica, pelos baixos investimentos e pela terceirização da economia, continuou a tendência de incorporação da mulher na força de trabalho. Contudo, incrementa-se, nessa última década o desemprego feminino, indicando que o aumento de postos de trabalho para as mulheres não foi suficiente para absorver a totalidade do crescimento da PEA feminina. (HOFFMANN; LEONE, 2004, p. 36). Deve-se salientar que, na segunda metade dos anos 1990, a conjugação de diversos fatores, principalmente de ordem econômica, como as baixas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), valorização cambial, altas taxas de juro e o processo de reestruturação da empresa nacional, decorrente da intensificação do processo de abertura da economia brasileira ao mercado global, dentre outros, induziram incrementos substanciais nos indicadores de desemprego e fomentaram a ampliação do contingente de trabalhadores com inserção precária no mercado de trabalho. Este também foi um período de crescimento substancial na produtividade do trabalho. Nos anos 2000, caracterizados pelo aumento da elasticidade emprego/pib, bom desempenho da economia mundial, taxas de juros em queda, elevação dos investimentos e crescimento econômico e do consumo interno mais robustos nos anos recentes, o que fez com que se processasse uma recuperação da ocupação, notadamente do emprego com carteira assinada, refletindo-se em residuais quedas no desemprego, a intensificação da inserção feminina no mundo laboral teve 7

8 continuidade, fato constatado por diversos estudos sobre a evolução do mercado de trabalho nacional e questões de gênero. Na realidade, os diferenciais de gênero, mais especificamente no que concerne ao mercado de trabalho, vêm sendo reduzidos, embora de forma lenta, mas gradual. Apesar dos avanços, as mulheres continuam a ser mais susceptíveis ao desemprego e ao desalento, constituem alvos preferenciais de trabalhos de qualidade inferior, são majoritárias em setores associados a atividades tradicionalmente qualificadas como femininas (serviços sociais e trabalho doméstico), são mais assíduas na informalidade e, consequentemente, percebem remuneração inferior, mesmo sendo mais escolarizadas, enfatizando-se que, em inúmeras situações, a necessidade de conciliar a atividade econômica com as responsabilidades para com a família induz a uma inserção precária no mercado de trabalho. Por conseguinte, é oportuno lembrar que a minimização da discriminação, em seus diversos aspectos, leva à inclusão social e à redução da pobreza, além de fortalecer a cidadania. Portanto, em um mundo no qual se compreende cada vez mais a importância do trabalho decente 1 e produtivo como única via sustentável para sair da pobreza, é crucial analisar o papel que as mulheres desempenham no mundo do trabalho. O progresso via um emprego pleno, produtivo e decente, que é uma nova meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, somente será possível se são levadas em conta as necessidades específicas das mulheres nos mercados de trabalho. (OIT, 2007b, p. 2). Diante do exposto, o presente trabalho tem como finalidade maior analisar o processo de inserção da mulher no mercado de trabalho cearense, no período de 2001 a 2006, no que concerne a sua intensidade e qualidade, em um contexto de crescimento econômico e de recuperação do emprego, conjuntura bastante diferente da constatada, por exemplo, nos anos 90, com ajuste da empresa nacional e forte impacto no mercado de trabalho. Essa conjuntura mais favorável possivelmente influenciará a forma de inserção das mulheres, dadas as possibilidades de elas encontrarem oportunidades de trabalho que dêem mais qualidade a sua participação na atividade produtiva, elevando a renda e o padrão de vida das famílias. Para tanto, foram utilizadas diversas fontes de informação. A primeira delas, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, com informações desmembradas para o Estado do Ceará, Região Metropolitana de Fortaleza e área não-metropolitana, com detalhamentos para variáveis como gênero, idade e tempo de estudo, base de dados a partir da qual foram gerados os indicadores de participação, ocupação e desemprego. A segunda, a pesquisa Desemprego e Subemprego, realizada pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE/CE) e o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), na cidade de Fortaleza, com a interveniência da Secretaria do Trabalho e 1 Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), trabalho decente significa um trabalho assalariado ou por conta-própria, com proteção social básica, que respeita os princípios e direitos fundamentais do trabalho e com diálogo social. É um trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, sem quaisquer formas de discriminação, e capaz de garantir uma vida digna a todas as pessoas que vivem de seu trabalho. 8

9 Desenvolvimento Social (STDS), objetivando a geração de informações mais qualitativas, com foco no perfil da remuneração do trabalho por gênero, na capital cearense, e a terceira, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), com números atinentes à evolução do emprego formal no estado, nos anos Além dessa introdução, integrando o primeiro módulo, o trabalho apresenta outros seis. O segundo aborda a recuperação do mercado de trabalho nos anos 2000, destacando-se o impulso na geração de empregos formais e a discreta redução do desemprego nos anos recentes; o terceiro mostra em que medida evoluiu a participação das mulheres no mercado de trabalho local, com abrangência geográfica, em nível de estado, região metropolitana e área não-metropolitana do estado, segundo algumas variáveis selecionadas; o quarto aborda as tendências dos indicadores de ocupação e desemprego nas três áreas citadas, também segundo algumas variáveis; o quinto módulo versa sobre algumas especificidades da ocupação das mulheres, destacando o perfil etário, escolaridade, grupos ocupacionais, categorias ocupacionais, setores de atividade, além de considerações sobre o nível de precariedade do trabalho feminino; o sexto contempla o perfil de remuneração das mulheres, fazendo-se um paralelo com o nível de remuneração dos homens e, por último, algumas considerações finais. 9

10 2 A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO NOS ANOS 2000 Segundo estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), um Registro Administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ao longo dos anos 2000, presencia-se uma recuperação do emprego com carteira assinada no Brasil. O número de empregos gerados salta de um resultado negativo, em 1999, com o fechamento de 196 mil vagas, para resultados positivos, entre 600 e 760 mil empregos/ano, em 2000/2003, ultrapassando a barreira de 1,2 milhão de novos empregos, no triênio 2004/2006, sendo atingida a marca 1,5 milhão, em Por sua vez, o desemprego no país apresentou uma ascensão continuada nos anos de 1995 a 1999, saindo de algo em torno de 6% para próximo de 10%, patamar que voltou a ser registrado nos anos de 2005 e 2006, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (IBGE), demonstrando que o volume de empregos formais gerados no mercado de trabalho brasileiro, nos últimos anos, foi inferior ao crescimento da oferta de mão-de-obra, não sendo o suficiente para propiciar reduções mais substantivas nesse indicador, mas apenas cessar a manutenção da tendência de alta do desemprego observada na segunda metade dos anos 90. Além do mais, o Gráfico 1 a seguir demonstra que os níveis de desemprego, no triênio , superavam a marca dos 10% de 2005 e 2006, assumindo taxas anuais entre 11,50% e 12,00%. Gráfico 1 Evolução Mensal do Desemprego Metropolitano Mar./2002 Dez./2006 Fonte: Dados Coletados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa mesma realidade é explicitada ao se considerarem os números da pesquisa de Emprego e Desemprego, da Fundação Estadual de Análise de Dados (SEADE)/ Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), para as seis regiões metropolitanas pesquisadas, comprovando que no biênio 10

11 2005/2006 o patamar de desemprego metropolitano no país era um pouco inferior ao registrado em , conforme ilustrado no Gráfico 2 a seguir. Gráfico 2 Taxas Anuais de Desemprego aberto, por Regiões Selecionadas 2003 a 2006 Fonte: Pesquisa de Emprego e Desemprego Publicada pelo DIEESE/SEADE. Tal qual o ocorrido em nível nacional, essa retomada na geração de emprego formal no Ceará também se processou a partir de 2000, significando um novo patamar de geração de emprego no estado, notadamente nos últimos três anos (2004/2006), tanto em decorrência do crescimento econômico quanto da ação fiscalizadora do MTE. Em , o saldo de emprego cearense, diferença entre o número de empregados admitidos e desligados, que traduz o total de empregos que são criados na economia, foi de apenas 2.394, contra novos empregos, em , dos quais, no biênio (36%). Outro aspecto que reforça a assertiva é que, se no biênio o número de novos empregos/ano era de pouco mais de , em esse número saltou para o patamar de vagas com carteira assinada/ano, alcançando empregos, em 2006, o que dá uma geração média anual de empregos, em Apesar dos empregos gerados nos anos 2000, a realidade do desemprego no estado não foi alterada, pelo menos em termos de sua magnitude. Números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) quantificam taxas de desemprego de 5,02%, em 1995, e de 6,29%, em 1999, no Ceará. Nos anos 2000, o desemprego anual cearense sempre se situou acima dos 7%, alcançando inclusive pouco mais de 8%, em 2003, e registrando queda em 2006, para 7,52%. 11

12 Observa-se que o desemprego no estado é um fenômeno eminentemente localizado na sua área metropolitana, alcançando taxas de 10,13% (1995) e 13,27% (1999). Esse patamar, acima de 13%, foi também registrado no triênio , declinando nos dois anos seguintes, com taxas de 12,88% (2005) e 12,34% (2006), demonstrando que a geração de empregos formais contribui para uma discreta redução do desemprego somente na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Mais detalhes da evolução do desemprego no Ceará são apresentados adiante. Essa mudança de patamar nos anos 2000 foi impulsionada pelos empregos criados nos serviços (75.989), indústria de transformação (46.780) e no comércio (46.438), com participações de 42,21%, 25,99% e 25,80%, respectivamente, responsáveis por 94% das novas oportunidades de emprego formal no estado, em Observar que, nesse período, o volume de empregos gerados na indústria ultrapassou o verificado no comércio, fruto da recuperação do emprego industrial, notadamente em 2002 e 2004, quando surgiram mais de vagas formais na indústria de transformação cearense. Gráfico 3 Empregos Formais Gerados no Nordeste e no Ceará 1999 a 2006 Fonte: Dados do CAGED Publicados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em , dos nove setores pesquisados, seis eliminaram postos de trabalho, visto que os desligamentos superaram as admissões e, em , apenas dois setores tiveram saldo negativo (serviços industriais de utilidade pública e construção civil), demonstrando que a recuperação do emprego com carteira no Ceará deu-se de forma descentralizada, setorialmente falando. Ao se subdividir esse período em três outros, quais sejam, , e , percebe-se o processo de recuperação do mercado de trabalho formal do Ceará com mais detalhes. Inicialmente, essa evolução do emprego formal cearense mostra que os melhores anos estão associados a períodos de maior 12

13 crescimento do PIB (2000, 2002, 2004 e 2006), quando a economia cearense cresceu a taxas de 4,0%, 2,7%, 4,4% e 4,8%, respectivamente, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE). Nesses quatro anos foi na indústria de transformação que se detectaram os mais expressivos saldos de emprego, isto é, o setor com a maior geração líquida de empregos, com saldos de 8.421, , e empregos adicionais. Nota-se ainda que, apesar de positivos, os saldos da indústria de transformação apresentam-se menores, caindo de empregos ( ) para ( ) e , em , significando dizer que o setor vem gerando cada vez menos empregos, não obstante o número de contratações ainda superar os desligamentos, gerando saldos positivos. Importante também foi a recuperação do emprego na construção civil, que ocorreu em , minimizando, sobremaneira, o saldo negativo de (- 169 vagas). Construção civil e serviços industriais de utilidade pública detiveram saldos negativos nos três primeiros períodos ( , e ), sendo que, na construção civil, esse saldo foi mais negativo no segundo período ( empregos), ao contrário dos serviços industriais de utilidade pública, cujo saldo, embora ainda negativo, foi bem menor (-674 empregos). Ambos apresentaram performance positiva em , com o surgimento de nada menos que vagas na construção civil e 661, nos serviços industriais de utilidade pública. Tabela 1 Saldo do Emprego Formal, por Setor de Atividade Estado do Ceará, 1997 a 2006 Setor de atividade Total Extrativa Mineral Ind. Transformação Serv. Ind. Útil. Pública Construção Civil Comércio Serviços Administração Pública Agropecuária Outros Total Fonte: Dados do CAGED Publicados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Ao contrário da indústria de transformação, comércio, serviços e agropecuária detiveram saldos crescentes em , sendo, no primeiro caso, novos empregos, no segundo, , e no último, De fato, 2005 e 2006 foram dois dos melhores anos, em termos de novos empregos nos serviços e no comércio. Portanto, os números citados ilustram que houve uma ruptura no ritmo de ampliação do emprego formal no Brasil, e em particular, no Estado do Ceará, com um maior volume de empregos com carteira gerados a partir dos anos 2000, sendo gestado em diversos setores de atividade, em decorrência de taxas mais expressivas de crescimento econômico e de um esforço adicional de fiscalização por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), embora insuficientes para propiciar decréscimos mais expressivos no desemprego, apesar das taxas um pouco menores em 2005/2006, mais especificamente, na RMF. Mesmo assim, os resultados alcançados 13

14 retratam uma evolução conjuntural favorável na geração de trabalho e renda, mesmo porque, assumida a visão de que o trabalho possui uma dimensão social que antecede e supera a dimensão estritamente econômica, pode-se asseverar que as ações relativas ao mercado de trabalho são fundamentais para promover a equidade e o bem-estar de uma sociedade. (RAMOS, 2007, p. 7). 14

15 3 A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CEARENSE No intento de se aferir a evolução da presença das mulheres no mundo laboral cearense, em 2001/2006, considera-se, inicialmente, a taxa de participação, ou de atividade, como indicador principal, o qual mede unicamente a pressão sobre o mercado de trabalho. Esta é dada pela relação entre a População Economicamente Ativa (PEA), (ocupados e desempregados) e a População em Idade Ativa (PIA), (pessoas de 10 anos ou mais de idade), a qual será quantificada com base nos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em três níveis geográficos: Estado do Ceará, Região Metropolitana de Fortaleza e área não-metropolitana do estado. A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho é um indicador importante para analisar a evolução dos níveis de desigualdade de gênero existentes em uma sociedade. A inserção no mercado de trabalho é um indicador relevante de avanço para as mulheres, já que constitui um fator cada vez mais importante para aumentar o seu grau de autonomia pessoal, assim como seus níveis de bem-estar (próprio e de suas famílias). (ABRAMO, 2003, p. 2). Em recente estudo sobre a evolução do mercado de trabalho brasileiro, Lauro Ramos mostra que enquanto a taxa de participação dos homens declinou de forma praticamente contínua, acumulando uma queda de aproximadamente 4 pontos percentuais (p.p.) - de 75,0%, em 1992, para 71,3%, em , a taxa de participação feminina apresentou aumento, também de modo paulatino, de cerca de 7 p.p. no mesmo período, partindo de 42,4% em 1992 e atingindo 49,1% em (RAMOS, 2007, p. 21). Portanto, um contexto em que a presença das mulheres no mercado de trabalho nacional mostra-se em alta, decorrente da redução de obstáculos de natureza não econômica ao seu ingresso no mercado de trabalho e, também, da necessidade de complementação dos orçamentos familiares, fator que, por certo, influenciou muito a mudança de postura cultural em relação ao trabalho feminino. (RAMOS, 2007, p. 21). Quanto ao último ponto argumentado, importante mencionar que se as mulheres eram responsáveis (pessoas de referência) por 28,51% das famílias residentes em domicílios particulares do Estado do Ceará, em 2001, elas chegaram a responder por 787,3 milhões das 2,4 bilhões de famílias residentes em domicílios particulares, em 2006, ou seja, 32,53%, segundo a PNAD, isto é, as mulheres cearenses são responsáveis pela manutenção de quase 1/3 dos domicílios particulares do estado. Após essas considerações iniciais, deve-se destacar que, em termos locais, a melhora do mercado de trabalho, observada ao longo do período 2000/2006, no Estado do Ceará, com a expansão do emprego formal, por exemplo, não propiciou alterações substanciais nos seus macroindicadores e as alterações que se processaram 15

16 ocorreram, mais nitidamente, entre as mulheres, que lograram uma maior participação, seguindo a tendência nacional, com elevação da ocupação e queda do desemprego, apesar de ser usualmente parcela majoritária dentre os desempregados. Dessa forma, a evolução da taxa de participação no Ceará, nos anos de 2001 a 2006, assumiu uma tendência de alta, saindo do patamar de 60%, no biênio 2001/2002, para alcançar 62,24%, em 2005, a despeito da redução em 2006, para 61,32%, significando dizer que uma parcela adicional da População em Idade Ativa (PIA), passou a ofertar sua força de trabalho, demandando uma vaga nesse mercado. A PEA estadual, que era de trabalhadores, em 2001, passou a , em 2006, com um crescimento médio anual de 2,74%. Nesses termos, a PEA do estado é incrementada anualmente em trabalhadores. Tabela 2 Taxas de Participação, por Nível Geográfico Estado do Ceará 2001 a 2006 Ano Estado do Ceará Reg. Met. Fortaleza Área não-metropolitana Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total ,68 49,17 60,31 69,90 48,60 58,34 74,50 49,59 61, ,72 48,30 59,91 68,45 48,92 57,90 75,63 47,83 61, ,90 49,13 61,09 67,68 47,25 56,92 78,22 50,52 64, ,88 50,16 61,01 68,66 49,02 58,09 75,77 51,04 63, ,06 52,27 62,24 68,95 52,03 59,95 75,92 52,45 63, ,04 50,40 61,32 69,78 51,18 59,89 75,17 49,83 62,32 Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada nos Dados das PNADs de 2001 a Essa tendência foi constatada basicamente entre as mulheres, dado que a referida taxa sai de algo em torno de 49%, no triênio 2001/2003, para 52,27%, em 2005, permanecendo em 50,40%, em 2006, enquanto a participação masculina oscilou próxima a 73%, retratando um contexto de relativa estabilidade. Para fins de comparação, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), quantificou as taxas mundiais de participação masculina e feminina em 78,8% e 52,4%, e na América Latina e Caribe, 79,4% e 52,4%, respectivamente, em 2006, valores que superam as taxas locais. Portanto, enquanto no mundo e na América Latina e Caribe a participação masculina superou a feminina em, aproximadamente, 27 pontos percentuais (p.p.), no Ceará, chegou-se a uma diferença de 23 p.p., em 2006, o que pode ser traduzido como menores níveis de discriminação de gênero no estado, ao mesmo tempo que traduz as dificuldades de inserção no mercado de trabalho de parte das mulheres, notadamente as mais pobres e com menos instrução. Se há diferenças na participação da mulher na força de trabalho nos diferentes países do mundo muitas vezes em função de seu nível de desenvolvimento econômico e social no Brasil, apesar de as regiões terem características diferenciadas, a participação feminina é bastante homogênea. Em todas as grandes regiões, as mulheres correspondem a mais de 40% da PEA, o que demonstra um expressivo movimento de conquista de espaço na atividade econômica. (DIEESE, 2001, p. 104). A realidade expressa na citação anterior refere-se ao ano de 1999, e chegase, em 2006, a uma parcela feminina na PEA nacional ainda maior, de 43,70%, e esta passa a apresentar algumas diferenças quantitativas regionais, em que se constatam menores proporções nas regiões menos desenvolvidas do país. Dados da PNAD/

17 demonstram que, nas Regiões Sul e Sudeste, as mulheres compõem 45% da PEA regional, nas Regiões Nordeste e Centro-oeste, pouco mais de 42% e, no Norte do país, 40%, números que traduzem a magnitude e importância das mulheres na constituição das forças de trabalho regionais, não se tratando, pois, de um segmento com pouca representatividade, representatividade esta que se mostra crescente. Ao se calcular a taxa de participação propriamente dita (PEA/PIA), essa constatação é reforçada, na medida em que a taxa mais elevada é a da Região Sul (57,84%), seguida das Regiões Sudeste (53,19%), Centro-Oeste (52,59%), Nordeste (49,89%) e, por último, a Região Norte, com uma taxa de participação de 48,94%, ou seja, regiões menos desenvolvidas parecem estar associadas a menores participações das mulheres no mundo laboral, embora esta seja crescente em todas elas. Por outro lado, a ocorrência de uma taxa de participação feminina mais elevada na Região Sul do país também está associada ao peso da atividade agrícola na região, setor de atividade com uma presença feminina nada desprezível. Tabela 3 - PEA Total, PEA Feminina e Taxa de Participação das Mulheres, Por regiões Geográficas Brasil e Grandes Regiões Parcela feminina na Taxa de PEA total PEA feminina Região PEA participação (a) (b) (b/a) feminina (PEA/PIA) Norte ,32% 48,94% Nordeste ,37% 49,89% Centro-Oeste ,66% 52,59% Sudeste ,75% 53,19% Sul ,05% 57,84% Brasil ,70% 52,64% Fonte: Dados da PNAD de Tomando-se a diferença entre as taxas masculina e feminina, por região geográfica, chega-se à mesma conclusão. As maiores diferenças de participação entre homens e mulheres, no mercado de trabalho nacional, são encontradas nas regiões socioeconomicamente menos desenvolvidas, tais como: as regiões Norte e Nordeste, com diferenças de 24 e 22 pontos percentuais (p.p.) a favor da participação masculina, respectivamente, e as menores localizam-se nas regiões Sul e Sudeste, com valores de 18 e 19 p.p., sendo que, em nível nacional, a mesma foi de 20 p.p., em 2006 Vide Gráfico 4 a seguir. 17

18 Gráfico 4 Taxas de Participação, por Gênero, Segundo Grandes Regiões Brasil Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada na PNAD Em termos estaduais, essa constatação também se mostra verdadeira, na medida em que, considerando-se a média das diferenças das taxas anuais de participação de homens e mulheres, chegou-se aos seguintes valores: para o Ceará, 23 p.p., na RMF, 19 p.p. e na área não-metropolitana, 26 p.p., isto é, as taxas de participação dos homens são mais expressivas e essa diferença é mais intensa na área não-metropolitana. Nacionalmente falando, a taxa de participação feminina de 2006 foi de 52,64% e considerando o valor de 52,4% como estatística mundial e da América Latina, de acordo com a OIT, e desprezando-se algumas diferenças conceituais e metodológicas, conclui-se que a realidade de inserção das mulheres no mercado de trabalho do Estado do Ceará é muito similar, posto que as taxas de participação feminina assumem os seguintes valores: 50,40%, no estado, 51,18%, na RMF e 49,83%, na área não-metropolitana, dados de 2006, seguindo a tendência nacional de menores taxas de participação em áreas menos desenvolvidas. Adicionalmente, além de menores participações das mulheres nas economias menos desenvolvidas, é nessas mesmas regiões que elas tendem a se ocupar em atividades informais com mais intensidade, com relações de trabalho menos regulamentadas e mais fragilizadas, havendo mais trabalhadoras autônomas do que assalariadas, o que concorre para a obtenção de remunerações mais baixas e níveis de precarização do trabalho mais expressivos. Retomando a análise da realidade cearense, em termos percentuais, a presença feminina na PEA estadual sai de 42,90%, em 2001, para 43,72%, em 2005, permanecendo em 42,52%, em 2006, bem similar às Regiões Nordeste (42,37%) e Centro-Oeste (42,66%). Ela amplia-se de para trabalhadoras, com 18

19 um incremento médio anual de pessoas, um crescimento médio de 2,56% ao ano, em 2001/2006. Tabela 4 - Segmentos Populacionais do Mercado de Trabalho Estado do Ceará 2001/2006 Homens Mulheres Total Segmentos Pop. residente PEA Ocupados Desocupados Fonte: Dados das PNADs de 2001 e No Estado do Ceará, havia 75 mulheres para cada 100 homens economicamente ativos, em 2001, número que passou para 78, em 2005, e chegou a 74, em 2006, segundo cálculos efetuados com base nas estimativas da PEA, por gênero, da PNAD. A OIT estima que, em 2006, essa relação, no mundo, era de 66,9, nas economias desenvolvidas, 81,4, nas economias em transição, 81,0, na Ásia Oriental, 79,3, na África Subsaariana, 74,8, na América Latina e Caribe, 69,5, mas, na Ásia Meridional e no Oriente Médio e África do Norte, os valores estão bem abaixo, 41,8 e 36,7, respectivamente. Obviamente que há diferenças entre os diversos países, precipuamente em função do seu nível de desenvolvimento econômico e social. Assim, descontadas, uma vez mais, algumas especificidades metodológico-conceituais, o número de mulheres economicamente ativas para cada 100 homens na mesma condição de atividade, no mercado de trabalho cearense, mostra-se acima da média mundial, superando diversas regiões do mundo, como a América Latina e Caribe, mas também abaixo de países desenvolvidos, países em transição e da Ásia Oriental. Essa tendência de crescimento das mulheres é constatada tanto entre as mulheres jovens quanto adultas, em qualquer das áreas geográficas estudadas. Em termos estaduais, no primeiro caso, a taxa de participação sai de 47,22%, em 2001, para 50,87%, em 2005, declinando para 48,79%, em 2006, e entre as adultas, as taxas são de 58,12%, 61,01% e 58,15%, respectivamente. Tabela 5 - Taxas de Participação Feminina Jovem e Adulta, por Nível Geográfico Estado do Ceará 2001 a 2006 Ano Estado do Ceará Reg. Met. Fortaleza Área não-metropolitana Jovem Adulta Jovem Adulta Jovem Adulta ,22 58,12 49,48 56,12 45,41 59, ,51 55,92 51,03 56,29 48,27 55, ,46 56,76 48,65 54,49 48,32 58, ,34 58,19 47,84 57,26 52,35 58, ,87 61,01 52,78 59,60 49,42 62, ,79 58,15 52,27 58,74 46,24 57,71 Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada nas PNADs de 2001 a Ressalte-se que, no paralelo entre as áreas metropolitana e nãometropolitana do estado, esta última apresenta patamares mais significativos de participação, significando dizer que, nos últimos anos, o mercado de trabalho fora da RMF está sujeito a maiores pressões por parte de sua força de trabalho. Tal fato ocorre independente de gênero e escolaridade e acontece notadamente entre os adultos e os 19

20 homens. Na média do período, a participação masculina foi 7 p.p. mais elevada na área não-metropolitana, enquanto a feminina apresentou quase a mesma média, uma participação de 50%. Isto pode estar associado à influência do emprego industrial na região, que tem condições de influir na dinâmica desse mercado, além de ser um trabalho majoritariamente masculino, tratando-se de emprego formal. Em estudo realizado pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho, utilizando-se de informações da Relação Anual de Informações Sociais, de 2005, quantificou-se que 67,27% do estoque de emprego industrial e 70,95% dos estabelecimentos industriais do Estado localizavam-se na Mesorregião Metropolitana de Fortaleza, e que 60,24% desse estoque era composto por homens. (INSTITUTO..., 2007). Na Região Metropolitana de Fortaleza, a participação masculina vem se recuperando desde 2004, alcançando 69,78%, em 2006, ressaltando-se que somente foi recomposto o patamar de 2001, quando a taxa masculina chegou a 69,90%. Na área não-metropolitana, a exceção do ano de 2003, quando foi estimada em 78,22%, frequentemente assumiu valores pouco acima de 75%, ou seja, a taxa de participação dos homens não apresentou maiores alterações. No caso das mulheres, nessas duas regiões, repete-se a mesma evolução do estado, isto é, incrementos quase que contínuos até 2005, quando atingem uma participação de mais de 52%, com quedas em 2006, notadamente na área nãometropolitana, mas retratando uma nítida tendência de alta, independentemente de ser jovem ou adulta, principalmente na área metropolitana. Observar que a contribuição da PEA feminina da área metropolitana, na composição da PEA feminina estadual, elevou-se de 41,89% (2001) para 42,62% (2006), ou seja, de uma PEA estadual de mulheres, em 2006, integraram a PEA feminina da RMF. Enquanto as mulheres jovens têm mais presença no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Fortaleza, as taxas de participação das adultas apresentam maiores valores nas áreas não-metropolitanas, o que pode ser explicado, pelo menos em parte, por fatores culturais associados aos residentes de áreas não-metropolitanas, como educação mais rígida, maior controle paterno sobre a família, a noção do homem como o responsável pela manutenção da célula familiar e a existência de outras estratégias de sobrevivência nessas áreas, além do trabalho remunerado, do assalariamento em si. Nesse aspecto, os números são muito esclarecedores, pois enquanto na área metropolitana havia 83 mulheres para cada 100 homens integrantes da PEA, em 2001 e 2006, este número passa para 71 e 68, respectivamente, na área não-metropolitana do estado, ilustrando a menor presença das mulheres no mercado de trabalho dessa área. O nível de escolaridade de homens e mulheres tem se mostrado um fator relevante no que concerne à obtenção de trabalho, afirmação que é ratificada quando da avaliação das taxas de participação por anos de estudo, pois é percebido que esse indicador cresce com os anos de estudo. A partir dos oito anos de escola, as taxas de participação são cada vez maiores, entre homens e mulheres, o que independe de se tratar ou não de área metropolitana. Ilustrando com números do Estado do Ceará, 20

21 enquanto nas duas faixas superiores (11 anos ou mais), as taxas assumem valores acima de 77%, nas duas inferiores (até 7 anos de estudo), observam-se participações de, no máximo, 58%. A maior escolaridade das mulheres tem se constituído em um diferencial estratégico para a sua inserção/permanência no mercado de trabalho, contribuindo para amenizar as desigualdades de gênero no mercado de trabalho, conforme comprovam as considerações seguintes. Isto se deve ao fato de que há uma correlação positiva entre o nível de instrução e a diferença de participação por gênero, ou seja, constata-se que quão maior a escolaridade feminina, menor a diferença entre as suas taxas de participação e as dos homens. Em nível de estado, na faixa de 8 a 10 anos, essa diferença chega a 24 p.p., em média, declinando para 15 p.p., na faixa de 11 a 14 anos de estudo e chegando a somente 3 p.p. entre aqueles com 15 anos ou mais. Na RMF, essas diferenças são de 22, 16 e 4 p.p. e na área não-metropolitana, 27, 15 e 4 p.p., respectivamente. Tabela 6 Taxa de Participação por Gênero, Segundo os Anos de Estudo Estado do Ceará 2001 a 2006 Gênero/Anos Anos de estudo Masculino 0 a 3 anos 71,68 71,02 71,85 71,49 71,01 69,54 4 a 7 anos 66,58 66,76 68,17 65,01 64,38 65,46 8 a 10 anos 77,68 76,99 77,64 74,72 76,18 76,20 11 a 14 anos 87,17 85,25 87,38 87,62 88,98 88,61 15 anos 86,59 91,33 87,19 88,67 86,94 89,44 Feminino Total 0 a 3 anos 43,71 39,84 41,70 42,39 44,64 40,53 4 a 7 anos 41,37 40,31 40,82 41,06 43,25 40,39 8 a 10 anos 52,84 53,25 52,49 51,15 51,50 51,78 11 a 14 anos 71,00 71,18 72,11 71,77 73,76 71,25 15 anos 82,48 86,55 82,83 85,82 88,03 84,95 0 a 3 anos 58,26 56,16 57,62 57,57 58,53 56,00 4 a 7 anos 53,01 52,40 53,54 52,25 53,12 52,24 8 a 10 anos 63,79 63,94 64,13 62,10 62,84 63,61 11 a 14 anos 77,26 76,96 78,77 78,62 80,40 78,69 15 anos 84,19 88,58 84,63 86,84 87,61 86,53 Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada nas PNADs de 2001 a Além do mais, ao se quantificar o número de mulheres para cada homem economicamente ativo, segundo as faixas de anos de estudo, infere-se que esta quantidade é aproximadamente três vezes maior, ao se passar do intervalo de 0 a 3 anos para 15 anos ou mais de estudo, qualquer que seja a área trabalhada. Vide Gráfico 5 a seguir. Isso significa que as mulheres mais pobres e menos escolarizadas enfrentam importantes dificuldades adicionais para entrar no mercado de trabalho, como conseqüência, entre outros fatores, dos maiores obstáculos que têm de enfrentar para compartilhar as responsabilidades domésticas, em particular o cuidado com os filhos. (ABRAMO, 2003, p 3). 21

22 Assim sendo, a melhor formação escolar das mulheres é uma estratégia que tem propiciado a redução da discriminação de gênero no mundo laboral, na medida em que facilita sua entrada/permanência no mercado de trabalho. Gráfico 5 Número de Mulheres para Cada Homem Economicamente Ativo, Segundo o Número de Anos de Estudo, por Região Estado do Ceará Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada na PNAD que Sobre esse tema, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), destaca a educação é um direito fundamental. É essencial para o desenvolvimento, já que ajuda às pessoas a encontrar soluções para seus problemas e lhes possibilita ter acesso a novas oportunidades. Aumenta as possibilidades de participar nos mercados de trabalho e de buscar empregos mais dignos. (OIT, 2007b, p. 6, tradução nossa). Enfim, [...] em todos os países, com maior ou menor intensidade, cada vez mais mulheres passaram a ingressar no mercado de trabalho. Desejo pessoal de realização, necessidade de compor a renda familiar ou a obrigação de assumir a responsabilidade total da família pelo desemprego ou ausência do cônjuge são alguns dos fatores que contribuíram para que, ao longo das últimas décadas do século XX, a taxa de participação feminina seja crescente. (DIEESE, 2001, p. 103). Na década de 80, por exemplo, anos de estagnação econômica, elevada inflação e mudanças na estrutura do emprego, o aumento mais intenso da participação feminina na atividade econômica ocorreu, exatamente, com mulheres que têm uma posição dentro da família 22

23 Complementarmente, que dificulta esta participação, sugerindo que ela foi particularmente motivada por necessidade econômica, provocada pela deterioração da situação ocupacional e de renda do chefe, tendo contribuído para evitar uma maior deterioração das condições socioeconômicas das famílias. (LEONE, 1996, p. 153). não é adequado, entretanto, reduzir a questão da participação da mulher na economia a um problema de simples necessidade econômica da família. Outras causas, além da necessidade econômica, explicam o comportamento feminino. Como destacou corretamente Bruschini (1995), essas causas têm a ver com as transformações nos padrões de comportamento e nos valores relativos ao papel social da mulher, intensificadas pelo impacto dos movimentos feministas. (LEONE, 1996, p. 167). Motivos como estes também fizeram com que, no Estado do Ceará, a mulher se apresentasse mais ativa no mercado de trabalho local, com indicadores de participação similares às médias mundial, da América Latina e Caribe e do Brasil, quer em nível de região metropolitana ou não-metropolitana, independente de a mulher ser jovem ou adulta, apesar das reduções nas taxas de participação observadas em Elas representam nada menos do que 42% da PEA estadual, havendo 74 mulheres para cada homem economicamente ativo no estado e com menores diferenças entre as taxas de participação por gênero no Ceará, paralelamente ao mundo e à América Latina, o que não ocorre no paralelo com os 20 p.p. em nível de Brasil. Essa diferença é menor na RMF, comparativamente a área não-metropolitana, ou seja, em termos de mercado de trabalho, a desigualdade de gênero é menor na RMF. Deve-se salientar que taxas de participação mais expressivas não implicam, necessariamente, que o mercado de trabalho vem evoluindo favoravelmente às mulheres, mesmo porque elas não traduzem as chances de as mulheres estarem trabalhando, nem fazem referência à qualidade dos trabalhos exercidos por elas, visto que elas têm conformado parcela cada vez maior do desemprego, como se percebe adiante. (OIT, 2007b). Por isso, analisa-se como ocorreu a evolução dos indicadores de ocupação e desemprego, notadamente o feminino. 23

24 4 A EVOLUÇÃO RECENTE DA OCUPAÇÃO E DESEMPREGO, POR GÊNERO Buscando melhor compreender a intensificação da presença das mulheres no mercado de trabalho cearense, já explicitada por taxas crescentes de participação, passa-se a analisar os indicadores de ocupação e desemprego por gênero, com enfoque na força de trabalho feminina, no intuito de se determinar se a elevação dessa participação foi gestada pelo incremento na ocupação e/ou desemprego, além de alguns paralelos com os indicadores masculinos, no interstício , mantida a PNAD como fonte de informação. O nível global de ocupação no Estado do Ceará, calculado pelo quociente entre o total de ocupados e a PIA, mostrou-se em ampliação no triênio 2003/2005, com a taxa de ocupação chegando a 57,36% (2005), apresentando queda em 2006, para 56,71%. Isto foi ocasionado pela substancial redução verificada na ocupação da área não-metropolitana, que saiu de um patamar de mais de 61% (2001/2002), para algo em torno de 64%, no triênio 2003/2005, registrando 59,63%, em Por sua vez, a ocupação na RMF, apesar do declínio observado em 2001/2003, apresentou tendência de crescimento nos anos de 2004 a 2006, com uma taxa de 52,50%, nesse último ano, o que significa que tanto a região metropolitana quanto a nãometropolitana têm sido contempladas com o processo de recuperação do mercado de trabalho local, reflexo de uma conjuntura macroeconômica mais favorável, que tem propiciado taxas de crescimento do produto interno bruto, brasileiro e estadual, mais elevadas, gerando mais oportunidades de trabalho e renda, tanto nas regiões metropolitanas quanto fora delas. Tabela 7 - Taxas de Ocupação, Segundo o Gênero, por Nível Geográfico Estado do Ceará Estado do Ceará Reg. Met. Fortaleza Área não-metropolitana Ano Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total ,16 45,11 56,03 62,59 41,90 51,36 71,82 47,46 61, ,15 43,45 55,19 60,55 41,20 50,10 73,33 45,15 61, ,15 44,04 56,16 60,04 39,41 49,18 75,48 47,47 64, ,36 45,34 56,34 60,79 41,66 50,49 73,55 48,16 63, ,35 47,24 57,36 61,32 44,22 52,22 73,24 49,52 63, ,38 45,84 56,71 62,09 44,05 52,50 72,50 47,12 59,63 Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada nas PNADs de 2001 a Segundo o gênero, a evolução da ocupação nas áreas metropolitana e nãometropolitana foi bastante diferenciada. A recuperação da ocupação na RMF, em 2004/2006, de modo geral, beneficiou homens e mulheres, em que os primeiros recuperaram o nível de ocupação de 2001 e as segundas conseguiram manter um patamar mais elevado, alcançando mais de 44%, em 2005/2006, contra quase 42%, em 2001/2002. Como conseqüência, a representação das mulheres ocupadas da RMF, na ocupação feminina estadual, oscila de 39,37% (2001) para 40,34% (2006), isto é, do universo de mulheres ocupadas no Ceará, em 2006, trabalham na RMF. 24

25 Por outro lado, a redução da ocupação na área não-metropolitana processou-se também entre ambos, mas com maior intensidade entre as mulheres. Nesse caso, se a ocupação masculina fluiu de 73,24% (2005) para 72,50% (2006), a feminina variou de 49,52% para 47,12%. Tais evoluções fizeram com que a ocupação masculina, em nível de estado, fosse mantida no mesmo nível, pouco mais de 68%, e a feminina tivesse seu processo de recuperação interrompido em 2006, com uma queda de 47,24% para 45,84%, em 2005/2006, após crescimento contínuo em 2003/2005. A verticalização da análise em nível de ocupação jovem e adulta, por gênero, possibilita perceber melhor o ocorrido com as tendências da ocupação na área não-metropolitana, em que as mulheres foram mais penalizadas. Inicialmente, os números demonstram que houve queda tanto da ocupação jovem quanto adulta, mas a ocupação jovem vinha em declínio desde 2005 e com mais velocidade, ao passo que a ocupação adulta só caiu em 2006, independente de gênero. Destaque-se que tanto as mulheres adultas quanto as jovens, residentes na área não-metropolitana, experimentaram reduções expressivas da ocupação, em 2005/2006. No caso das adultas, a variação foi de 59,93% para 55,81% e, entre as jovens, de 43,13% para 39,84%. Resultados mais favoráveis são registrados na RMF, posto que, independente de faixa etária ou de gênero, os números da ocupação apresentam alterações residuais no biênio 2005/2006, demonstrando certa estabilidade desse indicador, inclusive, com crescimento da ocupação adulta masculina, que recuperou o patamar de 2001, acima dos 78%. Tabela 8 - Taxas de Ocupação Jovem, Segundo o Gênero, por Nível Geográfico Estado do Ceará Estado do Ceará Reg. Met. Fortaleza Área não-metropolitana Ano Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total ,43 39,09 50,84 52,10 37,29 44,03 70,91 40,54 55, ,00 38,88 51,75 51,56 35,45 43,14 74,81 41,68 58, ,05 38,17 51,34 48,63 33,59 41,16 75,40 41,69 58, ,08 40,25 51,68 47,15 33,88 40,23 74,01 45,36 60, ,75 40,17 52,00 50,92 36,28 43,39 72,52 43,13 58, ,62 38,25 50,32 50,88 36,08 43,23 70,53 39,84 55,30 Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada nas PNADs de 2001 a

26 Tabela 9 - Taxas de Ocupação Adulta, Segundo o Gênero, por Nível Geográfico Estado do Ceará Ano Estado do Ceará Reg. Met. Fortaleza Área não-metropolitana Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total ,43 54,84 67,23 78,56 50,53 63,18 83,37 58,07 70, ,99 52,57 65,30 76,06 50,46 61,92 82,71 54,20 67, ,44 52,77 66,29 76,57 48,18 61,17 84,81 56,28 70, ,64 54,51 67,15 78,25 51,30 63,41 84,01 57,03 69, ,14 57,27 68,42 77,81 53,90 64,70 83,50 59,93 71, ,05 54,94 67,67 78,52 53,78 65,02 84,40 55,81 69,55 Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada nas PNADs de 2001 a Portanto, houve uma melhora da ocupação das mulheres na RMF, que ocorreu precipuamente entre as adultas, processo que não se constatou no estado como um todo em virtude da redução da ocupação feminina ocorrida na área nãometropolitana cearense, em Mas apesar dessa constatação, é percebida uma tendência de alta na ocupação feminina, em quaisquer das áreas estudadas, mais explicitamente, entre aquelas de 25 anos e mais de idade, sinalizando uma presença mais vigorosa da mulher no mercado de trabalho, o que contribuiu para taxas de participação mais expressivas. Ratificando afirmação da influência da escolaridade na obtenção de trabalho, observa-se que as taxas de ocupação realmente são mais elevadas para a mão-de-obra com 11 (onze) anos ou mais de estudo, independente de gênero. Em nível estadual, por exemplo, ela sai de 55,33% (8 a 10 anos) para 82,91% (15 anos e mais), em Além do mais, fato que merece menção é que o maior número de postos de trabalho criados no Ceará, em 2001/2006, foi na faixa de 11 a 14 anos de estudo. Nesse aspecto, utilizando dados da Pesquisa Mensal de Emprego (IBGE), Ávila observa que a ocupação por escolaridade mostra claramente a crescente competição por uma oportunidade de trabalho. A necessidade das empresas por aumento de produtividade para se manterem no mercado, aliada ao crescimento da ocupação insuficiente para absorver todos os entrantes na PEA, formam um filtro natural de seleção da ocupação beneficiando somente os detentores de maior grau de escolaridade. Vale notar que não só as pessoas com menor grau de escolaridade estão perdendo participação na ocupação, mas também outros contingentes com mais tempo de permanência na escola. (ÁVILA, 2007, p. 24). 26

27 Tabela 10 - Taxa de Ocupação por Gênero, Segundo os Anos de Estudo Estado do Ceará Gênero/Anos Anos de estudo Masculino 0 a 3 anos 69,40 68,46 69,62 69,32 68,78 67,26 4 a 7 anos 61,82 62,47 63,54 60,99 59,86 61,07 8 a 10 anos 68,37 68,65 69,33 66,74 67,51 68,01 11 a 14 anos 78,17 76,81 77,83 78,97 80,92 81,20 15 anos 83,95 88,54 83,54 83,96 84,28 87,18 Feminino 0 a 3 anos 42,04 37,60 39,50 40,32 42,57 38,66 4 a 7 anos 37,41 36,57 37,13 37,26 39,64 37,50 8 a 10 anos 45,44 44,08 42,25 42,87 42,55 43,40 11 a 14 anos 63,06 61,68 62,43 62,90 63,77 63,05 15 anos 78,95 83,80 79,66 80,70 86,24 80,60 Total 0 a 3 anos 56,27 53,75 55,41 55,46 56,38 53,91 4 a 7 anos 48,68 48,41 49,42 48,35 49,08 48,63 8 a 10 anos 55,55 55,14 54,78 53,96 54,03 55,33 11 a 14 anos 68,92 67,89 69,15 69,85 71,26 70,83 15 anos 81,03 85,82 81,26 81,86 85,49 82,91 Fonte: Elaboração Própria do Autor Baseada nas PNADs de 2001 a Esta influência parece ter mais impacto entre as mulheres, na medida em que as diferenças das taxas de ocupação por gênero tendem a ser menores quão mais elevado o tempo de escola, isto é, a maior escolaridade das mulheres tem contribuído para reduzir as desigualdades de acesso ao mercado de trabalho no estado. De fato, a relação ocupação feminina/ocupação masculina cresce de 0,55 (0 a 3 anos) para 0,95 (15 anos e mais), em 2002, e, em 2005, passa de 0,62 para 1,02, por exemplo. Em absolutos, o total de mulheres ocupadas no Ceará passou de para pessoas, no período 2001/2006, com uma taxa de crescimento médio anual de 2,39%, abaixo da registrada para a PEA feminina (2,56% a.a.), o equivalente a um incremento médio anual de mulheres ocupadas, enquanto a ocupação masculina ampliou-se em pessoas/ano, ou seja, para cada nova oportunidade de trabalho/ano criada para as mulheres, houve 1,6 para os homens. Além do mais, as taxas de crescimento médio anual da PEA e dos ocupados homens, de 2,88% e 2,84%, respectivamente, estão muito mais próximas do que no caso feminino, que foram de 2,56% e 2,39%, respectivamente, de onde se deduz que a oferta de trabalho para os homens foi mais compatível com a ampliação de sua PEA, vis-à-vis a situação feminina, no período em apreço, com reflexos no desemprego das mulheres. Assim sendo, a parcela feminina no total de ocupados do estado mantevese na casa dos 42%, sendo 42,36%, em 2001, 42,87%, em 2005, retraindo-se para 41,82%, em De outra forma, para cada homem ocupado no estado, havia 0,73 mulher, em 2001 e, em 2006, 0,72. 27

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