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1 1ª Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias Grupo de Trabalho Implicações legislativas da Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência doméstica (Convenção de Istambul) Audição da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) Foi solicitada à Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), a 21 de maio de 2014, a comparência em audição a decorrer no dia 30 de maio, no sentido de se pronunciar, podendo enviar contributos escritos, acerca da eventual necessidade de alterações legislativas, na sequência da ratificação da Convenção de Istambul, designadamente em relação à mutilação genital feminina, assédio sexual, casamento forçado e stalking (crime de perseguição), bem como em relação às iniciativas em discussão na Comissão: 504/XII/3.ª (BE) altera o Código Penal, autonomizando o crime de MGF; 515/XII/3.ª (CDS/PP) procede à 31.ª alteração ao Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de setembro, criando o crime de MGF; 517/XII/3.ª (PSD) autonomiza a criminalização da MGF 31.ª alteração ao Código Penal; 522/XII/3.ª (BE) altera a previsão legal dos crimes de violação e coação sexual no Código Penal. Tendo em conta o prazo concedido e as atividades já agendadas, e sem possibilidades de alteração, o juízo opinativo emitido será essencialmente de substância sobre as linhas de alteração que, no parecer da CIG, e de modo mais imediato, decorrem da ratificação da Convenção de Istambul, em termos da necessidade (ou do grau de necessidade) de alteração e ou novação de previsões sancionatórias (porquanto se trata da definição de condutas que consubstanciam atos de violência contra as mulheres e, como tal, sancionáveis), sem prejuízo de outros contributos que possam vir a ser 30 de Maio de

2 prestados, se necessário, e em que um prazo mais alongado permita um maior grau de maturação e propostas mais estruturadas. I Enquadramento da Convenção de Istambul: Enquanto organização para a proteção dos direitos humanos na Europa, o Conselho da Europa tem promovido uma série de iniciativas destinadas a promover a proteção das mulheres contra a violência, desde De salientar, em particular, a adoção, em 2002, da Recomendação do Comité de Ministros do Conselho da Europa Rec (2002) 5 aos Estados-Membros relativa à proteção das mulheres contra a violência e a campanha europeia para combater a violência contra as mulheres, incluindo a violência doméstica, realizada entre 2006 e A Assembleia Parlamentar também tomou uma posição política firme contra todas as formas de violência contra as mulheres. Adotou uma série de resoluções e recomendações, apelando à adoção de padrões legalmente vinculativos na prevenção, proteção e repressão das mais graves formas de violência de género. Relatórios, estudos e pesquisas realizados a nível nacional revelaram a dimensão do problema na Europa 1. A campanha, em particular, mostrou a que ponto as respostas nacionais para combater a violência contra as mulheres e violência doméstica variam na Europa. Impõe-se portanto a harmonização das normas jurídicas para que as vítimas possam beneficiar do mesmo nível de proteção em toda a Europa. A vontade política para agir surgiu da vontade dos/das Ministros/as da Justiça dos Estados-membros do Conselho da Europa, dando início ao debate em torno da necessidade de reforçar a proteção contra a violência doméstica, em particular em contextos de relações de intimidade. 1 A Agência para os Direitos Fundamentais (FRA) da EU divulgou, em 5 de Março deste ano, os resultados de um inquérito, realizado nos 28 EM, sobre violência contra as mulheres: 8% tinham sido vítimas de violência física e/ou sexual, nos 12 meses anteriores à entrevista do inquérito, e uma (1) em cada três (3) tinha sido vítima de algum tipo de agressão física ou sexual, desde a idade dos 15 anos Violence against women: an EU-wide survey. Results at a glance. (Luxembourg), FRA, [2014], pag. 9 (disponível em ww.cig.gov.pt Notícias). 30 de Maio de

3 Assumindo o seu papel de liderança na proteção dos direitos humanos, o Conselho da Europa decidiu estabelecer normas gerais para prevenir e combater a violência contra as mulheres e a violência doméstica. Em dezembro de 2008, o Comité de Ministros criou um grupo de peritos/as para preparar um projeto de Convenção sobre a questão, o CAHVIO (Comité adhoc para prevenir e combater a violência contra as mulheres e a violência doméstica), que preparou o projeto de texto, o qual foi finalizado em dezembro de A Convenção sobre a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica, ou Convenção de Istambul, foi adotada pelo Comité de Ministros do Conselho da Europa em 7 de abril de 2011, e aberta para assinatura em 11 de maio de 2011, por ocasião da 121.ª Sessão do Comité de Ministros, que se realizou em Istambul. A Convenção de Istambul entrará em vigor no dia 1 de agosto de 2014, tendo já reunido o número de ratificações necessárias para o efeito. Em Portugal, a Convenção foi aprovada pela Resolução da Assembleia da República n.º 4/2013, de 14 de dezembro de 2012, e ratificada pelo Decreto do Presidente da República n.º 13/2013, ambos publicados no Diário da República, I série, n.º 14, de 21 de janeiro de A Convenção de Istambul constitui, de forma inequívoca, um tratadonormativo e multilateral e o seu confronto com o direito ordinário nacional implica, essencialmente, que se pondere se a aprovação daquela exige alterações da legislação portuguesa, por força do princípio do primado do Direito Internacional Convencional. Esta Convenção cria um quadro jurídico a nível pan-europeu, que visa proteger as mulheres contra todas as formas de violência e evitar, criminalizar e eliminar a violência contra as mulheres e a violência doméstica. A Convenção de Istambul pretende que os Estados-Parte definam e criminalizem várias formas de violência contra as mulheres, incluindo o casamento forçado, a mutilação genital feminina, o assédio sexual, a violência física e psicológica e a violência sexual, incluindo a violação, o aborto forçado 30 de Maio de

4 e a esterilização forçada, o que implica que o conceito de violência constante na Convenção de Istambul poderá ter um âmbito mais alargado do que decorre das várias condutas criminalizadas no ordenamento jurídico português. II Intervenção da CIG no período anterior à ratificação da Convenção de Istambul: Na sequência da solicitação efetuada pela Direção-Geral de Politica Externa do MNE, a CIG emitiu parecer sobre o texto da Convenção de Istambul, bem como sobre o interesse da sua aprovação na ordem jurídica portuguesa, nos termos do Parecer n.º 1/2012/URI/DTJ, de 9 de fevereiro (ANEXO I), o qual mereceu a concordância da respetiva tutela. Em termos gerais, considerou-se que seria útil a opção pela ratificação da Convenção de Istambul, antevendo-se, designadamente, a importância da sua ratificação no ordenamento jurídico interno, designadamente quanto à importância de se aditar um novo artigo ao Código Penal, que previsse e punisse, de forma autónoma, aquela que, no entender da CIG, consubstancia a violência de género, por excelência, ou seja, as práticas de MGF. III A violência contra as mulheres e a violência doméstica em particular no ordenamento jurídico nacional: No direito interno, a matéria da violência contra as mulheres não dispõe de diploma específico, o mesmo não sucedendo com a violência doméstica, a qual não só se encontra tipificada como crime autónomo, nos termos do artigo 152.º do Código Penal, como, por via da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro, se estabelece um regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica, à proteção e à assistência das suas vítimas Outros diplomas complementam a sede geral de prevenção da violência doméstica e de proteção e assistência das suas vítimas, que a Lei n.º 112/2009, de 16 de Setembro, constitui, referindo-se aqui, sem pretensões de exaustão, a Lei n.º 104/2009, de 14 de Setembro, que institui o regime de concessão de indemnização às vítimas de crimes violentos, e o Decreto Regulamentar n.º 1/2006, de de Maio de

5 Naturalmente que o Código Penal, em algumas das suas secções, já enquadra muitos dos comportamentos abrangidos pela Convenção de Istambul, como são exemplos os crimes de ofensa à integridade física simples (art. 143º), ofensa à integridade física grave (art. 144.º), violência doméstica (art.152.º), maus tratos (art. 152.º-A), coação sexual (art. 163º) ou violação (art. 164º), já para não falar nos crimes de homicídio (art. 131º) ou homicídio qualificado [alíneas a) e principalmente b) do n.º 2 do art. 132º]. A par disto, os Planos Nacionais contra a violência doméstica têm sido instrumentos atuantes na mudança de mentalidades, tentando transpor o desfasamento entre a lei e a vida quotidiana. O V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género , aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 102/2013, de 31 de dezembro, funda-se nos pressupostos da Convenção de de Janeiro, regula as condições de organização, funcionamento e fiscalização das casas de abrigo previstas na Lei n.º 107/99, de 3 de Agosto, e no Decreto-Lei n.º 323/2000, de 19 de Dezembro, e que integram a rede pública de casas de apoio a mulheres vítimas de violência. 3 Em termos da economia do presente parecer, face ao âmbito que se lhe atribuiu (e também por escassez de tempo), não se poderá entrar aqui em cotejo entre a estrutura da Lei n.º 112/2009, de 16 de Setembro, CAPÍTULO I Disposições gerais CAPÍTULO II Finalidades CAPÍTULO III Princípios CAPÍTULO IV Estatuto de vítima SECÇÃO I Atribuição, direitos e cessação do estatuto de vítima SECÇÃO II Proteção policial e tutela judicial SECÇÃO III Tutela social CAPÍTULO V Rede institucional CAPÍTULO VI Educação para a cidadania CAPÍTULO VII Disposições finais e a da Convenção de Istambul, no que já seria um exercício significativo do estádio das políticas públicas de combate à violência doméstica e de género e proteção das suas vítimas, aí se incluindo o ordenamento jurídico, por contraponto ao padrão decorrente da Convenção. 30 de Maio de

6 Istambul e assume-se como uma mudança de paradigma nas políticas públicas nacionais de combate a todas estas formas de violações dos direitos humanos fundamentais, como o são as várias formas de violência de género, incluindo a violência doméstica. Por esse motivo, o III Programa de Ação para a Prevenção e Eliminação da Mutilação Genital Feminina, uma das práticas tradicionais nocivas mais extremas de discriminação contra as mulheres e mais graves do ponto de vista da violação de direitos fundamentais, como a igualdade, a dignidade e a integridade de raparigas e mulheres, integra, pela primeira vez, o V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género, deixando o âmbito do Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e Não-discriminação, sob cuja égide se desenvolveram os dois programas anteriores. Em linha com o preconizado pelo Conselho da Europa, através da Convenção de Istambul, o V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género procura difundir uma cultura de igualdade e não-violência, assumindo o objetivo de tornar Portugal um país livre de violência de género, incluindo a violência doméstica, onde mulheres e homens, independentemente da sua origem étnica, idade, condição sócio económica, deficiência, religião, orientação sexual ou identidade de género possam aspirar, em igualdade, a viver numa sociedade livre de violência e de discriminação, ou seja, uma sociedade com uma forte matriz de respeito pelos direitos humanos fundamentais. O V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e Nãodiscriminação (V PNI), aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 103/2013, de 31 de dezembro, é o instrumento de execução das políticas públicas que visam a promoção da igualdade de género e o combate às discriminações em função do sexo, da orientação sexual e da identidade de género. Pretende-se garantir a articulação entre a implementação do V Plano Nacional para a Igualdade e os restantes Planos Nacionais existentes em domínios de 30 de Maio de

7 políticas sectoriais ou transversais relevantes para a construção da igualdade, bem como assegurar que a dimensão da igualdade de género se encontra integrada em todos os planos e programas estratégicos. Dada a relação estreita entre este e os restantes Planos, optou-se por não incluir, desta vez, uma área estratégica dedicada à violência de género. Decorrente das obrigações que resultam da ratificação por Portugal da Convenção do Conselho da Europa sobre a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica, esta matéria é alvo de Planos e Programas específicos, não obstante se garantir e acautelar a articulação entre os diferentes instrumentos. IV Correspondência com o ordenamento jurídico português: Relativamente aos artigos da Convenção de Istambul que, em sede de direito material (Capítulo V), preveem a penalização ou o sancionamento de determinadas condutas, é de referir o seguinte: Artigo 33º (Violência Psicológica) da Convenção de Istambul As Partes deverão adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar a criminalização da conduta de quem intencionalmente lesar gravemente a integridade psicológica de uma pessoa por meio de coação ou ameaças. Ordenamento Jurídico Português: Parece-nos que a violência psicológica já encontra contemplada no Código Penal, seja enquanto elemento do tipo legal de crime, seja enquanto resultado do comportamento ilícito, essencialmente em determinados tipos legais de crime que implicam uma relação especial entre o agente e a vítima, como são o caso do artigo 152.º (Violência doméstica) e do artigo 152.º-A (Maus tratos), e que também mais diretamente se reconduzem ao âmbito de aplicação da Convenção todas as formas de violência contra as mulheres, incluindo a violência doméstica que afeta desproporcionalmente as mulheres. (art.1º). Por seu lado, o crime de ameaça e o crime de coação encontram-se previstos, respetivamente, no artigo 153.º e no artigo 154.º, ambos do Código Penal, não 30 de Maio de

8 se perfilando, enquanto tal, razões que apontem no sentido de uma criminalização autónoma da violência psicológica. Artigo 34º (Perseguição) da Convenção de Istambul As Partes deverão adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar a criminalização da conduta de quem intencionalmente ameaçar repetidamente outra pessoa, levando-a a temer pela sua segurança Ordenamento Jurídico Português: Até ao presente momento, este tipo de comportamentos tem sido integrado, por alguma jurisprudência nacional, no âmbito do crime previsto e punido no artigo 153.º (Ameaça) em conjugação, em alguns casos, com outros crimes previstos no Código Penal, designadamente crimes contra a reserva da vida privada, como são o caso do artigo 190.º (violação de domicílio ou perturbação da vida privada) e do artigo 192.º (Devassa da vida privada) ou, ainda, crimes contra outros bens jurídicos pessoais, como é o caso do artigo 199.º (Gravações e fotografias ilícitas). Todavia, e de acordo com a teleologia do artigo 34.º da Convenção de Istambul, afigura-se que o que se pretende é uma criminalização autónoma, com desnecessidade de recurso a um concurso de normas incriminatórias, cuja conjugação pode não beneficiar do mesmo entendimento em todo o aparelho judiciário, tribunais, havendo, por conseguinte, vantagens na opção por uma tipificação autónoma, e cuja clareza e uniformidade redundará em benefício da segurança jurídica da aplicação da norma em situações futuras. De facto, tal como se pode verificar no Explanatory Report do Conselho da Europa, relativamente ao artigo 34.º da Convenção de Istambul, nele é referido que: This article establishes the offence of stalking, which is defined as the intentional conduct of repeatedly engaging in threatening conduct directed at another person, causing her or him to fear for her or his safety. This comprises any repeated behaviour of a threatening nature against an identified person which has the consequence of instilling in this person a sense of fear. The threatening behaviour may consist of repeatedly following another person, engaging in 30 de Maio de

9 unwanted communication with another person or letting another person know that he or she is being observed. This includes physically going after the victim, appearing at her or his place of work, sports or education facilities, as well as following the victim in the virtual world (chat rooms, social networking sites, etc.). Engaging in unwanted communication entails the pursuit of any active contact with the victim through any available means of communication, including modern communication tools and ICTs Efetivamente, o que se pretende prever e criminalizar é uma forma particular de violência relacional, a qual pode ser definida como um padrão de comportamento de assédio persistente, que se traduz em formas diversas de comunicação, contacto, vigilância e monitorização de uma pessoa alvo. Estes comportamentos podem consistir em ações rotineiras e aparentemente inofensivas ou em ações inequivocamente intimidatórias, que, pela sua persistência e contexto de ocorrência, se constituem como uma verdadeira campanha de assédio que, muitas vezes, afeta significativamente o bem-estar da vítima. É, precisamente, por esta razão que se entende que a transposição do previsto no artigo 34.º da Convenção de Istambul para o ordenamento jurídico português se deve consolidar com a autonomização de um novo tipo legal de crime com a designação de crime de Perseguição, sendo Stalking um termo estrangeiro que, enquanto tal, e mesmo beneficiando de consolidação em termos concetuais, não será de aplicar num diploma legal interno. Artigo 35º (Violência física) da Convenção de Istambul As Partes deverão adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar a criminalização da conduta de quem intencionalmente praticar atos de violência física contra uma outra pessoa Ordenamento Jurídico Português: O Código Penal Português já contempla, ora enquanto elemento do tipo legal de crime, ora enquanto resultado do comportamento ilícito, vários tipos de crime onde se pune a violência física. São, na maior parte dos casos, os crimes previstos no Capítulo 30 de Maio de

10 III do Código Penal (Crimes contra a integridade física), quer no contexto em que não existe uma especial relação entre o agente e a vítima, como são o caso do artigo 143.º (ofensa à integridade física simples) ou do artigo 144.º (ofensa à integridade física grave), quer nos casos, já apontados a propósito do artigo 33.º da Convenção de Istambul, em que tal relação se encontra presente. Artigo 36º (Violência sexual, incluindo violação) da Convenção de Istambul 1. As Partes deverão adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar a criminalização da conduta de quem intencionalmente: a) Praticar a penetração vaginal, anal ou oral, de natureza sexual, de quaisquer partes do corpo ou objetos no corpo de outra pessoa, sem consentimento desta última; b) Praticar outros atos de natureza sexual não consentidos com uma pessoa; c) Levar outra pessoa a praticar atos de natureza sexual não consentidos com terceiro. 2. O consentimento tem de ser prestado voluntariamente, como manifestação da vontade livre da pessoa, avaliado no contexto das circunstâncias envolventes. 3. As partes deverão adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar que as disposições do n.º1 também se apliquem a atos praticados contra os cônjuges ou companheiros ou contra ex-cônjuges ou ex-companheiros, em conformidade com o Direito interno. Ordenamento Jurídico Português: As condutas descritas integram, no nosso entendimento, os tipos de crime previstos e punidos nos artigos 163.º e 164.º do Código Penal, com as epígrafes, respetivamente, de Coação sexual e Violação. Existe, porém, um elemento novo no artigo 36.º da Convenção de Istambul que não se encontra previsto nos referidos artigos do Código Penal e que se reporta ao consentimento da vítima. Neste sentido, afiguram-se ser de acolher, nas suas linhas gerais, as alterações propostas pelo Projeto de lei n.º 522/XII/3.ª (BE) quanto à previsão do consentimento da vítima para a prática dos atos previstos nos artigos 163.º e 164.º do Código Penal, independentemente da forma como essa questão se possa exprimir em termos de técnica legislativa. De referir, ainda, no que se reporta a este projeto de diploma, que muito embora se compreendam as razões que levam à proposta de alteração do 30 de Maio de

11 regime de queixa do crime de violação, e que passaria a ser um crime público, e que se acompanham enquanto expressão de tornar efetiva a punição dos autores, não deverão deixar de se ponderar as consequências que um tal regime possa ter, em termos de vitimação secundária, para quem já sofreu o dano, pela constante exposição aos factos ou por ter de reviver tais comportamentos durante o procedimento criminal, devendo, por isso, serem assegurados os meios necessários a evitar tal vitimação secundária, antes de se retirar à vítima a decisão de instaurar o procedimento criminal. Artigo 37º (Casamento forçado) da Convenção de Istambul As Partes deverão adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar a criminalização da conduta de quem intencionalmente forçar um adulto ou uma criança a contrair matrimónio. Ordenamento Jurídico Português: A conduta de quem intencionalmente forçar um adulto, ou um menor em idade núbil, a contrair matrimónio pode integrar o tipo legal de crime previsto e punido no artigo 154.º (Coação) do Código Penal, sem prejuízo do regime de anulação do casamento por falta de vontade (art. 1635º do Código Civil). De acordo com o artigo 1601.º do Código Civil, não é configurável a coação de uma criança à celebração de um casamento, na medida em que a idade inferior a 16 anos é um impedimento dirimente do mesmo, obstando ao casamento dessa pessoa. Neste contexto, terá de se entender a previsão do artigo 37.º da Convenção de Istambul como contemplando a conduta de quem obrigue ou sujeite uma criança ou jovem, que não tenha idade núbil, a um determinado ato que, embora não em termos civis, se reconduz, na prática, a uma vivência considerada como casamento, de acordo com as convenções sociais da comunidade a que pertença. Assim sendo, e muito embora o artigo 154.º tenha como bem jurídico protegido a liberdade pessoal, é nosso entendimento que os meios nele previstos, os quais se reconduzem à violência e à ameaça, podem não ser suficientes para prever e punir este tipo de comportamentos, cujas vítimas, na 30 de Maio de

12 maior parte das vezes, dada a sua idade, não têm consciência do alcance do ato nem do seu significado, sendo permeáveis a influências dos familiares próximos e da comunidade a que pertencem, ainda que, e no que respeita a crianças ou jovens até 16 anos de idade, muitas dessas condutas já se possam subsumir aos tipos legais de crime previstos e punidos nos termos do artigo 171.º Abuso sexual de crianças ou do artigo 173.º Actos sexuais com adolescentes. Artigo 38º (Mutilação Genital Feminina) da Convenção de Istambul As Partes deverão adotar medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar a criminalização da conduta de quem intencionalmente: a) Praticar a excisão, infibulação ou qualquer outra mutilação total ou parcial da lábie majore, da lábie minora ou do clitóris de uma mulher; b) Constranger ou criar as condições para que uma mulher se submeta a qualquer um dos atos enumerados na alínea a); c) Incitar, constranger ou criar as condições para que uma rapariga se submeta a qualquer um dos atos enumerados na alínea a). Ordenamento Jurídico Português: Até ao presente momento, as práticas de MGF têm sido enquadradas no tipo legal de crime previsto e punido no artigo 144.º do Código Penal com a epígrafe Ofensa à integridade física grave. Porém, tal enquadramento, num plano teórico, fica aquém do que se pretende proteger com a criminalização destas práticas, pelo que, no nosso entendimento, não é despiciendo, nem sequer uma redundância jurídica, a previsão deste tipo de atos ou comportamentos como portadores de uma ilicitude a ser penalizada autonomamente. Neste sentido, ou seja, de autonomização do crime de MGF, secunda-se a intenção dos 3 projetos de diploma, ou seja, o Projeto de Lei n.º 504/XII/3.ª (BE), o Projeto de Lei n.º 515/XII/3.ª (CDS/PP), e o Projeto de Lei n.º 517/XII/3.ª (PSD), chamando-se a atenção para a letra deste ultimo ser a que mais se apresenta conforme a previsão legal do artigo 38.º da Convenção de Istambul, designadamente pela não utilização de conceitos abertos e 30 de Maio de

13 indeterminados, de difícil concretização jurídica, como são o caso das expressões capacidade de valorização e determinação sensivelmente diminuída constantes no Projeto de Lei n.º 515/XII/3.ª (CDS/PP). Em linhas gerais, e no que à autonomização do crime de MGF concerne, parecem ser de considerar os seguintes aspetos: A) Quanto à sistematização e moldura penal: Afigura-se-nos que, em termos sistemáticos, o crime de MGF se deva inserir na sequência do artigo 144.º do Código Penal, sem prejuízo da eventual agravação da pena face às circunstâncias em que o mesmo possa ser praticado (não se crê que deva ser censurada de forma igual um ato de MGF praticada com anestesia e, portanto, com pouco sofrimento, ou, e como é mais frequente nos relatos que vêm a lume, em circunstâncias de completa barbárie e de enorme sofrimento para a vítima). B) Quanto aos autores e meios utilizados: No que diz respeito aos seus autores, o tipo legal de crime de MGF deverá incluir, para além dos autores materiais dos atos de mutilação, também todo o círculo de pessoas que, de algum modo, forcem, levem ou incitem a vítima à prática de tais comportamentos. No nosso entender, também terá de ser ponderado o afastamento da regra geral de não punição dos atos preparatórios prevista no artigo 21.º Atos preparatórios do Código Penal, em especial no que concerne a vítimas menores, conhecendo-se casos em que estas são levadas aos seus países de origem para a prática de MGF. De igual modo, e na sequência do que decorre do número 2 do artigo 41.º da Convenção de Istambul, também a tentativa deste tipo legal de crime deve ser punida. C) Quanto ao consentimento da vítima: Como forma de não excluir, em caso algum, a ilicitude deste tipo de comportamentos, seria de prever a irrelevância do consentimento da vítima para o efeito. D) Quanto à natureza do crime de MGF: Parece ser importante sublinhar que este tipo legal de crime não dependa da apresentação de queixa por parte da vítima, reforçando a natureza de crime público, à semelhança do que sucede com o artigo 144.º Ofensa à integridade física grave do Código Penal. 30 de Maio de

14 Artigo 39º (Aborto forçado e esterilização forçada) da Convenção de Istambul As Partes deverão adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar a criminalização da conduta de quem intencionalmente: a) Fizer abortar uma mulher sem o seu consentimento prévio e informado; b) Realizar uma intervenção cirúrgica que tenha como finalidade ou efeito pôr fim à capacidade de reprodução natural de uma mulher, sem o seu consentimento prévio e informado ou sem que ela tenha compreendido o procedimento. Ordenamento Jurídico Português: As condutas descritas no artigo 39.º da Convenção de Istambul integram os tipos legais de crime previstos e punidos nos artigos 140.º e 144.º, ambos do Código Penal, com as epígrafes, respetivamente, de Aborto e Ofensa à integridade física grave. Artigo 40º (Assédio sexual) da Convenção de Istambul As Partes deverão adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem necessárias para assegurar que qualquer tipo de comportamento indesejado de natureza sexual, sob a forma verbal, não-verbal ou física, com o intuito ou o efeito de violar a dignidade de uma pessoa, em particular quando cria um ambiente intimidante, hostil, degradante, humilhante ou ofensivo, seja passível de sanções penais ou outras sanções legais. Ordenamento Jurídico Português: O assédio sexual, descrito como todo o comportamento indesejado de caráter sexual, sob a forma verbal, não-verbal ou física, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afetar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador, é previsto como um ato discriminatório, quando seja lesivo de trabalhador ou candidato a emprego, nos termos do artigo 28.º, em conjugação com os números 2, 3 e 4 do artigo 29.º, ambos do Código do Trabalho. Constitui contra-ordenação muito grave. Idêntica previsão consta do Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro (n.º 3 do art. 15º). Formas particularmente graves de assédio sexual são punidas, sob violação, nos termos do número 2 do artigo 164.º do Código Penal. 30 de Maio de

15 De acordo com a leitura que se faz do artigo 40.º da Convenção de Istambul, os comportamentos a punir ou a sancionar parecem não se restringir aos ocorridos ou praticados no âmbito de relações laborais, antes alcançando outros ambientes e outros tipos de relações, em que não exista uma dependência hierárquica stricto sensu, o que terá de levar a uma ponderação sobre o grau de projeção deste preceito no ordenamento jurídico interno, no sentido de confirmar se o nível de sancionamento pretendido pela Convenção encontra resposta no regime que se deixou descrito. 30 de Maio de

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