RCP na Criança. Módulo 4. Introdução Mapa do Módulo Compressões Cardíacas Ventilações no SBV Avaliação Inicial
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- Vítor Bacelar Silva
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1 Módulo 4 RCP na Criança Introdução Mapa do Módulo Compressões Cardíacas Ventilações no SBV Avaliação Inicial Atendimento Completo Atendimento em Equipe Via Aérea Avançada Conclusão
2 Introdução RCP na Criança Neste módulo iremos abordar o a Ressuscitação Cardio Pulmonar (RCP) na criança. Consideramos crianças para RCP, todo indivíduo entre 1 ano de idade e os primeiros sinais da puberdade. A maior parte das paradas cardiorrespiratórias em crianças são precedidas de uma hipóxia prévia devido a problemas respiratórios. Por esse motivo, ventilações eficazes assumem um papel de grande importância nesta faixa etária, sendo muitas vezes suficientes para reversão do quadro emergencial. A cadeia da sobrevivência pediátrica traz no seu primeiro elo a prevenção. Muitas das situações de PCR em crianças, podem ser evitadas através de vigilância e prevenção.
3 Mapa do Módulo 1. Introdução 10. Conclusão 9. Observação 2: Parada respiratória 8. Observação 1: Vias aéreas avançadas Módulo 3 : RCP na Criança 2. Mapa do Módulo 3. Compressões Cardíacas 4. Ventilações 5. Avaliação 7. Atendimento em Equipe 6. Atendimento Completo
4 Compressões Cardíacas Como já mencionamos anteriormente no capítulo de RCP o adulto, existem basicamente 4 pontos cruciais para realização de compressões eficazes. Vamos agora pontuar esses 4 pontos para realização de compressões eficazes em crianças. 1.Força: 4 a 5 cm de profundidade 2.Frequência: 100 a 120 compressões por minuto 3.Posição: As compressões podem ser realizadas utilizando apenas uma mão 4.Observação importante: Observar RETORNO COMPLETO do tórax entre duas compressões
5 Compressões Cardíacas Passo a passo para realização de Compressões Cardíacas 1. Localizar a linha Inter mamilar no corpo do Esterno 2. Posicionar a Região Hipotênar no tórax da vítima 3. Posicionar a outra mão realizando abertura das vias aéras 4. Posição correta dos cotovelos e dos ombros O cotovelo do membro que realiza as compressões deve permanecer ESTENDIDO O ombro acima da vítima formando um ângulo de 90º 5. Aplicar Compressões FORTES e RAPIDO com uma das mãos
6 Ventilações no SBV Para ventilar um paciente em Parada Cardiorrespiratória no Suporte Básico de Vida, existem três formas. 1. Boca a Boca 2. Dispositivo Válvula Máscara Pediátrico (Pocket-Mask) ou Máscara Tam. Adulto Invertida 3. Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara Pediátrico (AMBU) ou Máscara Tam. Adulto Invertida Lembrar que a capacidade pulmonar de crianças é costumeiramente menor do que a capacidade pulmonar de adultos. Desta forma, a quantidade de ar a ser insuflada na ventilação será menor. Devemos medir a quantidade de ar a ser insuflada através da elevação torácica. Ar em excesso, provocará insuflação gástrica e diminuirá as chances de sobrevida do paciente.
7 Ventilações no SBV Válvula Máscara (Pocket-Mask) (INVERTIDA) Em crianças devemos utilizar preferencialmente equipamentos pediátricos. Os mesmo possuem tamanho, formato e função desenvolvidos para comtemplar com mais precisão as necessidades deste faixa etária. Na ausência de equipamentos pediátrico, os dispositivos de ventilação tamanho adulto poderão ser utilizados respeitando alguns cuidados. 1. Utilizar a máscara adulto em posição invertida permitirá uma melhorar vedação na face e evitará escape de ar pelas laterais. 2. Abrir a via aérea através da técnica de inclinação da cabeça conforme representado na ilustração. 3. Insuflar um quantidade de ar suficiente para promover uma leve elevação torácica (evitar a qualquer custo a hiper ventilação e a insuflação gástrica.
8 Ventilações no SBV Bolsa-Válvula-Máscara (A.M.B.U) As mesmas observação citadas na página anterior para uso da pocket mask, também valem para uso do AMBU. Atenção com posicionamento de máscara invertida quando utilizado um equipamento tamanho adulto em crianças e atenção com a quantidade de ar insuflada (suficiente para provocar uma leve expansão torácica). Para realizar uma ventilação eficaz com o dispositivo bolsa-válvula-máscara, seguir o passo a passo: 1. O Socorrista deve se posicionar na cabeça da vítima. Acoplar a máscara (invertida) no rosto da vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não permitir escape de ar pelas laterais, utilizando a técnica do C e do E. 2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo. 3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.
9 Avaliação Inicial Avaliação Inicial A avaliação inicial deve envolver a avaliação da cena e a avaliação do paciente. Essa avaliação se aplica em pacientes a priori inconscientes dentro do Suporte Básico de Vida (SBV). O objetivo da avaliação inicial consiste em checar o nível de consciência qualitativamente, a respiração e a presença de pulso carotídeo. Quando necessário, o socorrista deverá pedir ajuda ainda dentro da avaliação inicial. Veremos nas próximas páginas os 4 passos de uma boa avaliação inicial no SBV para pacientes vítimas de morte súbita.
10 Avaliação Inicial Os 4 Passos da Avaliação Inicial Checar a Segurança do Local A segurança da cena é primordial para a equipe de saúde. Não cabe ao profissionais de saúde adentrar a zona quente, sendo esse papel reservado ao corpo de bombeiro e policia, autoridades absolutas nessas circunstâncias. A equipe da saúde deve aguardar a liberação do corpo de bombeiro e/ou policia, uma vez que a segurança da cena esteja garantida, para acessar o local. Em algumas situações, as vítimas são retiradas da zona quente e trazidas para a zona fria para que o atendimento seja efetuado. A segurança do socorrista vem sempre em primeiro lugar!
11 Avaliação Inicial Checar a Responsividade Esse segundo paciente possui diversas funções. Ao mesmo tempo checamos a consciência do paciente, e caso o paciente esteja consciente a perviedade das vias aéreas. Lembrando que neste momento não devemos quantificar o nível de consciência aplicando a escala de Glasgow ou outras e sim qualificar a consciência do paciente em PRESENTE ou AUSENTE. Para isso, devemos adotar a posição do socorrista com um joelho no chão, apoiar as duas mãos na região superior do tórax e aplicar estímulos vigorosos ao mesmo tempo que chamamos o paciente: PODE ME OUVIR?
12 Checar a Respiração + Pulso Avaliação Inicial Caso o paciente não responda aos estímulos táteis e verbais do segundo passo da avaliação, devemos então proceder ao terceiro passo que consiste em checar a respiração e pulso central simultaneamente. Esse passo deve levar entre 5 e 10 segundos. Para isso basta observar se existem movimentos respiratórios eficazes através da elevação torácica e ao mesmo tempo palpar o pulso carotídeo em busca da identificação de presença ou ausência do mesmo.
13 Avaliação Inicial Observações sobre respiração e pulso em crianças Lembrando que em crianças, a presença de gasping ou respiração agônica é frequente. Apesar de haver movimento torácico, esses movimentos não são compatíveis com uma oxigenação alveolar eficaz. Por esse motivo, a respiração agônica deve ser considerada como uma parada respiratória. Crianças em parada respiratória com pulso abaixo de 60 batimentos por minutos e sinais de hipoperfusão, deverão ser tratadas como PCR através de RCP (compressões e ventilações). O Pulso a ser checado em crianças, é o pulso carotídeo assim como em adultos. Atenção! Gasping Pulso < 60 bpm
14 Avaliação Inicial Pedir Ajuda Uma vez identificada a Parada Respiratória, devemos imediatamente PEDIR AJUDA! Para isso devemos Designar alguém que deverá LIGAR PARA O 192 (SAMU) e BUSCAR um DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA). Você! Ligue para o 192 e Traga um DEA! Idealmente deveria ter um DEA por perto para que a desfibrilação não seja retardada (3º Elo da Cadeia da Sobrevivência). A tendência é que esse equipamento seja cada vez mais popularizado e disponível em locais públicos e privados pela importância que possui na Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).
15 Atendimento Completo Avaliação Responsividade Respiração + Pulso (Atenção: Gasping e pulso < 60 bpm) Ajuda (192 + DEA) RCP 30 Compressões 2 Ventilações Troca de função entre socorristas após cada 2 min
16 Mais de 1 Socorrista na Cena Quando temos a oportunidade de ter mais de um socorrista na cena precisamos aproveitar da melhor forma. Cada um terá uma função durante o atendimento. Enquanto o 1º Socorrista está realizando as compressões cardíacas, o segundo Socorrista se posiciona na cabeça da vítima, mantém a via aéreas aberta e aplica ventilações com o AMBU. Em crianças, devem ser realizados ciclos de 15 compressões para 2 ventilações quando houver mais de um socorrista na cena. Após 2min ou 10 ciclos de 15:2, deve ocorrer a troca de funções entre os socorristas, de forma organizada para que não ocorra perda de tempo. Caso tenha um terceiro socorrista na cena, o mesmo poderá segurar a máscara do A.M.B.U no rosto da vítima, realizando uma vedação otimizada, enquanto o segundo socorrista aplica as ventilações.
17 Vias Aéreas Avançadas Dentro de ambientes de saúde, é possível que pacientes que se encontram em ventilação mecânica através de um tudo endotraqueal, precisem de RCP caso evoluam para PCR. Caso não haja médico presente no momento da identificação na PCR, os profissionais de SBV presentes na cena deverão iniciar a RCP com manobras de SBV. Neste caso, deverão ser realizadas compressões contínuas e paralelamente, 1 ventilação a cada 6 segundos, ou seja, 10 ventilações por minuto. Não devemos interromper as compressões para aplicar as ventilações quando o paciente se encontra com um dispositivo de vias aéreas posicionado. Para isso, basta conectar o dispositivo de ventilação manual (AMBU) à cânula endotraqueal e realizar 1 ventilação a cada 6s enquanto o outro socorrista realizar compressões contínuas por 2 min antes de trocar as funções.
18 Parada Respiratória Ao realizar a avaliação inicial é possível encontrar um paciente que apresente uma ausência de movimentos respiratórios associados à presença de pulso central superior a 60 bpm em crianças. Essa situação caracteriza uma parada respiratória, que se não tratada adequadamente, poderá evoluir para uma parada cardiorrespiratória (PCR). A parada exclusivamente respiratória deverá ser tratada com ventilações de resgate e com a frequência de: 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos no adulto. O que equivale a 12 a 20 ventilações por minuto. Neste caso não é necessário realizar compressões, já que existe um pulso central palpável e superior a 60 batimentos por minuto. Após 2 min o socorrista deverá reavaliar o pulso central e a respiração do paciente.
19 Conclusão Esse foi o módulo 4 do treinamento Suporte Básico de Vida programa Multiplicadores do Bem nível I. Nele abordamos os principais conceitos de RCP no criança. Lembrando que crianças para o a RCP são todos os indivíduos a partir de 1 ano de idade e até os primeiros sinais da puberdade. Neste módulo aprendemos como realizar compressões cardíacas na criança e como realizar ventilações no Suporte Básico de Vida com as devidas adaptações quando utilizamos dispositivos tamanho adulto em crianças. Além disso vemos como realizar a avaliação inicial de um paciente inconsciente, pontuando as diferenças em relação à avaliação inicial no adulto e como realizar atendimentos em equipe. No próximo módulo aprenderemos como realizar todos esses passos em lactentes.
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