D I A G N Ó S T I C O S O C I A L R E V I S Ã O REGULAMENTO PARA EMISSÃO DE PARECERES. CLAS Felgueiras
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- Ana Lívia Bergler Garrido
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1 D I A G N Ó S T I C O S O C I A L R E V I S Ã O REGULAMENTO PARA EMISSÃO DE PARECERES CLAS Felgueiras 2007
2 REDE SOCIAL CLAS de Felgueiras Apresenta o Regulamento para Emissão de Pareceres Sociais para a Implementação de Serviços, Equipamentos Sociais e Projectos, adoptando as normas do Decreto-Lei nº 115/2006 de 14 de Junho e os novos instrumentos para emissão de pareceres criados pelo ISS. O presente regulamento foi aprovado por unanimidade, em Plenário do dia 25 de Julho de
3 EMISSÃO DE PARECERES SOCIAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS, RESPOSTAS E VALÊNCIAS SOCIAIS E PROJECTOS INTEGRADOS EM PROGRAMAS CAPITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º Enquadramento A Rede Social, conforme consubstanciado no Decreto-Lei 115/2006, de 14 de Junho, passa a ter capacidade para emitir pareceres sobre candidaturas a programas nacionais ou comunitários fundamentados no Diagnóstico Social e no Plano de Desenvolvimento Social, bem como sobre a criação de serviços e equipamentos sociais, tendo em vista a cobertura equitativa e adequada do concelho. Face a esta disposição, o Conselho Local de Acção Social de Felgueiras considerando necessário qualificar o processo de emissão de pareceres sociais, elaborou, para o efeito, o presente Regulamento, que se rege pelas seguintes cláusulas. Artigo 2º Objecto 1- Qualquer entidade, com intervenção no Concelho, no domínio social, deve solicitar à Rede Social de Felgueiras o parecer para a implementação de equipamentos, respostas e valências sociais e projectos integrados em programas. 2- Os PDS, designadamente os desenvolvidos e financiados por entidades públicas, autonomamente ou em parceria, são objecto de parecer prévio, de carácter não vinculativo por parte do CLAS. 3- Não compete ao CLAS a emissão de pareceres, nomeadamente no âmbito da implementação de equipamentos lucrativos, de alargamento de acordos de cooperação e registos de IPSS, já que os mesmos não se enquadram no disposto no art. 37º do Decreto-Lei nº 64/2007, de 14 de Março. 2
4 4- As instituições particulares de solidariedade social (IPSS), devem solicitar, nos termos do disposto no Art. 37º do Decreto-Lei n.º 64/2007, de 14 de Março, parecer ao Conselho Local de Acção Social, cuja fundamentação deve ser sustentada em instrumentos de planeamento da rede de equipamentos, o qual será posteriormente anexado ao pedido de parecer prévio da necessidade local do equipamento a implementar, a efectuar aos serviços competentes dos Centros Distritais da área territorial de abrangência, com vista ao licenciamento da construção dos mesmos. 5- A solicitação acima referenciada, apenas é necessária quando a IPSS pretende após construção do equipamento em causa, celebrar acordo de cooperação com a segurança social. Artigo 3º Tramitação do Processo Todas as entidades que pretendam submeter os seus projectos à apreciação da Rede Social de Felgueiras, deverão efectuar os seguintes procedimentos: 1 Efectuar requerimento a solicitar o parecer, dirigido ao Presidente do Conselho Local de Acção Social, o qual deve ser acompanhado do projecto de candidatura a concurso. Na impossibilidade da sua apresentação, deve ser apresentada a précandidatura, onde conste a justificação do projecto, os objectivos, a metodologia, as linhas de desenvolvimento do projecto, com as principais actividades a promover e respectivo cronograma e os recursos que pretende afectar. 2 O processo deve ser entregue no Gabinete da Rede Social, sito na Divisão Sócio Educativa Acção Social, da Câmara Municipal de Felgueiras Praça Vasco da Gama Felgueiras. 3 Sempre que se considere necessário, poderá ser solicitada informação complementar, ficando assim, suspenso, até entrega das informações solicitadas, a contagem do tempo referido no número 1, do artigo 15º. Artigo 4º Competências 1- No âmbito das estruturas do Conselho Local de Acção Social, cabe ao Núcleo Executivo, a emissão dos pareceres, segundo o definido no presente Regulamento; 3
5 2 No caso do pedido de parecer ser efectuado por uma das entidades que integra o Núcleo Executivo, o membro que a representa no Núcleo, não poderá participar da decisão; 3 Se, eventualmente, no âmbito da decisão, surgir qualquer situação de empate, o representante da Câmara Municipal, no Núcleo Executivo, terá voto de qualidade; 4- Sempre que possível, o Núcleo Executivo deve articular a emissão do parecer com a Comissão Social de Freguesia ou Comissão Social Interfreguesia da área territorial do serviço, equipamento ou projecto em análise; CAPITULO II Indicadores Objectivos para a Operacionalização dos Critérios Artigo 5º Critério 1 - Pertinência 1- Avalia o modo como a candidatura/projecto se enquadra nos instrumentos de planeamento do CLAS (Diagnósticos Sociais, Planos de Desenvolvimento Social, Planos de Acção) elaborados e aprovados pelo Plenário. 2- Distingue as necessidades reflectidas nos instrumentos de planeamento do CLAS, acima mencionados, das necessidades diagnosticadas em outros instrumentos ainda sem referência nos primeiros. 3- Considera ainda a prioridade das necessidades tendo em conta a urgência e a importância. Artigo 6º Critério 2 Subsidiariedade 1- Avalia em que medida foram verificados/equacionados/explorados todos os recursos e/ou potencialidades disponíveis no concelho susceptíveis de ser rentabilizados (parcial ou totalmente) para responder à(s) necessidade(s), objectivos e destinatários previstos na candidatura/projecto. Artigo 7º Critério 3 Concertação 4
6 1- Pretende avaliar em que medida a candidatura/projecto apresentada resulta de acordo prévio em sede de CLAS, relativamente à candidatura/projecto e à(s) entidade(s) detentora(s) de melhores condições para a sua apresentação. Artigo 8º Critério 4 Parceria 1- Avalia a existência de um trabalho de parceria na concretização da candidatura/projecto, que possibilite a gestão partilhada de recursos, em que cada parceiro potencia a sua especialidade para uma maior qualidade da resposta à população. 2- Distingue as seguintes características reveladoras da qualidade/credibilidade da parceria: identificação dos parceiros, definição dos papéis/responsabilidades, bem como dos recursos (humanos, financeiros ou materiais) a disponibilizar por cada um. Artigo 9º Critério 5 Inovação 1- O critério inovação avalia a existência de componentes aos níveis da metodologia, estratégia ou resultados, que permitam distinguir a candidatura/projecto face às práticas correntes. Artigo 10º Critério 6 Divulgação 1- Avalia a existência de mecanismos na candidatura/projecto que permitam alimentar o sistema de informação da Rede Social (dimensão local e/ou nacional). Artigo 11º Critério 7 Empregabilidade 1- Pretende avaliar em que medida a candidatura/projecto cria ou mantém postos de trabalho e promove a qualificação dos recursos humanos. Artigo 12º Critério 8 Sustentabilidade 1- Avalia o modo como é equacionada a continuidade da resposta/serviço no futuro, finda a fase de implementação da candidatura/projecto. 5
7 CAPITULO III EMISSÃO DE PARECERES Artigo 13º Grelha de Critérios 1- Os critérios definidos, constam da grelha anexa a este Regulamento, a qual define as regras de operacionalização, as pontuações respectivas e os factores de ponderação. Artigo 14º Pontuação Final 1- Os pareceres a emitir serão classificados em termos de Parecer Favorável e Parecer Desfavorável. 2 A pontuação final resulta do somatório da pontuação atribuída a cada critério, multiplicada pelo respectivo factor de ponderação; 3 Merecem parecer favorável os projectos que tiverem pontuação entre 50 a 100 pontos e parecer desfavorável os projectos que tiverem entre 0 a 49 pontos. Artigo 15º Pareceres 1 O parecer deve ser emitido no prazo máximo de 30 dias após a data de entrega do projecto de candidatura remetido a apreciação; 2 Em caso de parecer desfavorável, o Núcleo Executivo deverá precedê-lo das recomendações que considerar necessárias para um melhor enquadramento do projecto nos critérios aprovados por este Regulamento; 3- Em caso de parecer desfavorável, a entidade proponente pode reclamar, no prazo de quinze dias. A análise do pedido de reapreciação deve ser efectuada até quinze dias após recepção da reclamação. 4- Compete ao CLAS de Felgueiras votar e aprovar o parecer emitido pelo respectivo Núcleo Executivo. 5- Como forma de obviar a convocação extraordinária de Plenários para deliberação sobre quaisquer pareceres emitidos pelo Núcleo Executivo, a ratificação dos pareceres pelo CLAS pode ser feita, em alternativa à reunião plenária, com o recurso ao envio dos mesmos aos parceiros através de , fax 6
8 ou correio com aviso de recepção, nos termos do disposto no Art. 70º do CPA e com o pedido expresso de aprovação/ não aprovação sobre a matéria, no prazo de 10 dias úteis, sob pena de se considerar os mesmos validados. 6- Findo o prazo supra referenciado, caso não seja recepcionada qualquer resposta em contrário, o parecer do Núcleo Executivo é considerado tacitamente aprovado. 7- Os representantes das entidades candidatas não votam na sua própria candidatura, quer no âmbito das competências da sua emissão em sede de Núcleo Executivo, quer no âmbito das competências deliberativas do Plenário. Podem, contudo, solicitar/consultar o parecer relativo às suas próprias candidaturas; Artigo 16º Actas e Registos de Presenças 1- De cada reunião de Emissão de Pareceres é lavrada uma acta, onde se registam os assuntos tratados e a indicação dos pareceres emitidos, que será assinada por todos os elementos do Núcleo Executivo. CAPITULO IV DISPOSIÇÔES FINAIS Artigo 17º Omissões Todas as dúvidas e omissões que possam surgir na aplicação do presente Regulamento serão resolvidas de acordo com a lei geral e princípios gerais de direito. Artigo 18º Revisão do Regulamento O presente regulamento poderá, a todo o tempo, ser alterado, exigindo-se, para tal, a aprovação do CLAS. Artigo 19º Entrada em Vigor 7
9 1- O presente regulamento entra em vigor logo que aprovado, por maioria dos presentes em reunião do Plenário. 2- Este regulamento aprovado revoga o anterior Regulamento para Emissão de Pareceres Sociais. 8
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