Laboratório de física da terra e do universo

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1 Laboratório de física da terra e do universo Aula 7 Análise Sinótica

2 ANÁLISE SINÓTICA DO TEMPO A previsão do tempo inicia com uma análise das condições mais atuais da região de interesse. Os centros operacionais de análise e previsão de tempo fazem diariamente um diagnóstico da atmosfera denominada Análise Sinótica. Nesta análise, são utilizados dados coletados a partir de diversas fontes (estações meteorológicas, satélites, modelos numéricos, etc.) e produzidos mapas como análise sinótica do campo de pressão reduzida ao nível médio do mar (ou análise de superfície) além de vários outros mapas com diferentes variáveis e para diferentes níveis na atmosfera. Análise sinótica do campo de pressão reduzida ao nível médio do mar Fonte: CPTEC/INPE

3 ANÁLISE SINÓTICA DO TEMPO Na análise sinótica de superfície são identificados os principais sistemas sinóticos. No exemplo ao lado, feito pelo CPTEC-INPE, é possível ver que há um sistema de baixa pressão (Ciclone Extratropical) no Oceano Atlântico, associado a um sistema frontal: a frente fria (azul) se encontra desde o sul do Mato Grosso, passa pela fronteira de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e se estende até se encontrar com a frente quente (vermelho) e a frente oclusa (roxo). Nota-se também a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical laranja) numa faixa quase horizontal bem no topo superior da figura e o sistema de alta pressão no Oceano Pacífico (Alta Subtropical do Pacífico Sul). Análise sinótica do campo de pressão reduzida ao nível médio do mar Fonte: CPTEC/INPE

4 NESTA AULA VEREMOS: Quais são os principais dados coletados em estações meteorológicas e onde algumas estações estão localizadas; O que é hora GMT, UTC ou Z; Como é a variação temporal das principais variáveis meteorológicas; Como a pressão atmosférica varia com a altura; e Como plotar o vento em uma carta sinótica. Assim, no experimento associado a esta aula, você irá produzir uma análise sinótica de superfície simplificada.

5 DADOS METEOROLÓGICOS A coleta de dados em superfície é feita nas estações convencionais e automáticas. As principais variáveis meteorológicas são: Temperatura do Ar Umidade relativa Pressão Precipitação Insolação Direção e velocidade do vento

6 ESTAÇÕES AUTOMÁTICAS DO INMET Dados meteorológicos coletados nos últimos 3 meses pelas estações automáticas do INMET podem ser obtidos em: Dados mais antigos podem ser visualizados em: to_graf

7 DADOS ESTAÇÃO AUTOMÁTICA A701 SÃO PAULO MIRANTE DE SANTANA Nos próximos slides, serão mostradas as evoluções temporais das variáveis meteorológicas observadas na estação meteorológica automática de Mirante de Santana, na região norte da cidade de São Paulo. O gráfico da esquerda mostrará a evolução da variável entre os dias 18 e 26 de setembro de 2009 e o gráfico à direita mostrará a evolução da variável entre 00 e 23 UTC do dia 27 de setembro de 2009.

8 HORA UTC, GMT OU Z Hora São Paulo = Hora UTC 3

9 INSOLAÇÃO 18 A 27 DE SETEMBRO DE 2009

10 TEMPERATURA 18 A 27 DE SETEMBRO DE 2009

11 UMIDADE RELATIVA 18 A 27 DE SETEMBRO DE 2009

12 PRESSÃO 18 A 27 DE SETEMBRO DE 2009

13 PRECIPITAÇÃO 18 A 27 DE SETEMBRO DE 2009

14 DIREÇÃO VENTO 18 A 27 DE SETEMBRO DE 2009 NW NW SW SW SE SE NE NE

15 VELOCIDADE VENTO 18 A 27 DE SETEMBRO DE 2009

16 VARIAÇÃO DA PRESSÃO COM A ALTURA

17 VARIAÇÃO DA PRESSÃO COM A ALTURA NOS PRIMEIROS 5 KM Vamos supor que há um decréscimo de: 500 hpa em 5 km Assim, a cada 100m, há um decréscimo de quantos hpa?

18 REDUÇÃO DA PRESSÃO AO NÍVEL MÉDIO DO MAR Para se comparar as pressões atmosféricas registradas por várias estações meteorológicas, primeiramente, a pressão de todas as estações deve ser ajustada (reduzida) ao NMM Utilizaremos o valor encontrado no slide anterior para fazer esta redução, ou seja, se uma estação estivesse a 5 km de altitude e a pressão registrada fosse de 510 hpa, o ajuste (adicionar 500 hpa) daria uma pressão reduzida ao NMM de ( = ) 1010 hpa.

19 VENTO O vento consiste na circulação, no movimento da atmosfera. Em meteorologia, costuma-se dividir o vento em suas duas componentes: Horizontal Vertical A intensidade da componente horizontal do vento geralmente é muito maior que a vertical. A componente horizontal é representada por: Intensidade (ou velocidade do vento) e Direção/Sentido A componente vertical normalmente está associada à estabilidade da atmosfera (ar quente sobe, ar frio desce)

20 Direção do vento A direção do vento é indicada pela direção de onde o vento é proveniente, ou seja, de onde ele vem. A direção é expressa tanto em termos de ponto cardeal ou colateral ou ainda do azimute, isto é, do ângulo que o vetor da direção forma com o Norte geográfico local. Assim, um vento de SE terá um ângulo de 135º. 292,5 o 270 o 247,5 o 0 o 337,5 o 22,5 o 315 o 225 o 202,5 o 157,5 o 180 o Pontos cardeais, colaterais e subcolaterais 45 o 135 o 67,5 o 112,5 o 90 o

21 PLOTANDO O VENTO EM UMA CARTA SINÓTICA O vento é plotado numa carta sinótica com as intensidades representadas por: traço (< 2 unidades), meia barbela (5 unidades, 3-7 unidades), barbela inteira (10 unidades, 8-12 unidades) ou ainda bandeirola (50 unidades, unidades). A unidade mais comum é nós (kt do inglês knots) mas a velocidade do vento também pode ser medida em m.s -1.

22 PARA SABER MAIS Estações meteorológicas Código SYNOP e METAR (em inglês) Análises sinóticas

23 Redução da pressão ao Nível Médio do Mar