Violência entre os Adolescentes Guarani e Kaiowá de Doze a Quinze Anos na Aldeia Te Yikue

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1 Violência entre os Adolescentes Guarani e Kaiowá de Doze a Quinze Anos na Aldeia Te Yikue Otoniel Ricardo Acadêmico do Curso de Licenciatura Indígena Teko Arandu (UFGD/FAED) Profª Me. Nely Aparecida Maciel - Orientadora A terra indígena Te Yikuê se localiza no município de Caarapó-MS e seu acesso se faz através da BR 280 que liga a cidade de Caarapó à cidade de Laguna Carapã. Fica a 300 km de distância da capital do MS (Campo Grande) e a 13 km (aproximadamente dez minutos) da cidade de Caarapó. Foi homologada pelo Serviço de Proteção ao Índio em 1924 com hectares. Nesse período havia cinco famílias extensas, sendo até hoje consideradas fundadoras da reserva, sendo quatro famílias Kaiowá e uma Guarani. Essas famílias kaiowá sempre viveram na região, mesmo antes do período da Mate Larangeira, tendo relatos dessas famílias no período da Guerra do Paraguay. O tema escolhido para o Trabalho de Conclusão de Curso, Violência entre os Adolescentes Guarani e Kaiowá de Doze a Quinze Anos na Aldeia Te Yikue, é relevante porque vai mostrar os motivos pelos quais a comunidade Guarani e Kaiowá foi levada a refletir e elaborar orientações educativas para cada uma das instâncias constituídas na referida comunidade: famílias, escola, lideranças da aldeia, autoridades de instituições da sociedade nacional que atuam na reserva, tais como FUNASA, FUNAI, prefeitura, UCDB, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Promotorias, Ministério Público Federal e etc. A pesquisa está centrada na faixa etária entre doze a quinze anos, de acordo com a percepção da comunidade é a que apresenta maior crescimento. A violência origina-se na reserva a partir de demarcação da terra e o deslocamento de famílias de vários tekoha para o local. A partir daí houve uma mudança modo próprio de se organizar como Guarani e Kaiowá. Também foi a partir do momento em que o Estado brasileiro fez a demarcação da reserva indígena que se intensificaram os contatos mais estreitos com os não indígenas e as agências da sociedade nacional, inaugurando um período de crescente perda de autonomia da comunidade. Com isso os conflitos entre famílias

2 começam a aparecer, pois o modo de resolução de conflitos entre os Kaiowá e Guarani demanda terra ampla, tem que haver certo distanciamento das famílias para evitar possíveis conflitos. Desse modo a política do Estado, baseada na criação de reservas, impõe o padrão não-indígena que força o convívio das famílias extensas em um mesmo espaço, o que torna difícil a resolução dos conflitos nas famílias e conseqüentemente reflete na própria cultura. Antes de demarcar o território havia mais proximidade da criança e do jovem com os ensinamentos para a vida e para a convivência na comunidade no dia a dia. Esses conhecimentos eram repassados pelos membros mais velhos da comunidade, em especial os da própria família, pais, avós, etc. Tais práticas educativas próprias foram aos poucos sendo diminuídas pela crescente incorporação de práticas sociais nãoindígenas. Antes, quem acompanhava a criança era o pai e a mãe, sendo que o rezador ou Ñanderu orientava e ensinava as famílias como deveria ensinar na teoria e a pratica de vida. Assim, a criança aprendia como respeitar os mais velho, e como viver sempre bem acompanhado, assim era o ensinamento. Não tinha contato direto e freqüente com não-indígena. Para enfrentar a situação de violência instaurada na comunidade, as lideranças, especialmente os professores, iniciaram um processo de discussão interna que culminou com a realização de uma reunião entre a comunidade e diversas autoridades com o propósito de construir um regimento que permitisse combater a violência. As pessoas que participaram da reunião discutiram sobre a autonomia e a sustentabilidade dos Kaiowá e Guarani da reserva de Te Yikue. No início as lideranças indígenas relataram como era a vida no período anterior a instituição da reserva. Segundo relataram as lideranças mais tradicionais, como o rezador Kaiowá Lídio Sanches, 57 anos, rezador Kaiowá Florêncio Barbosa, 71 anos, o rezador Kaiowá Homero Martins, 73 anos, o líder político guarani Hipólito Martins, 58 anos, e a liderança familiar guarani Patrícia Costa, 60 anos, num tempo anterior ao de hoje a autonomia da comunidade era muito forte no meio dos Guarani e Kaiowá, sempre a pessoa mais velha tinha autorização da família para decidir sobre sua organização familiar e econômica. Outro ponto destacado era o poder do pai e da mãe, que eram respeitados pelos filhos e os parentes nunca deixava o outro na mão. 2

3 As lideranças mais tradicionais destacaram que na visão dos Guarani e Kaiowá a autonomia significa assegurar a transmissão dos ensinamentos que fazem parte da educação tradicional, bem como a transmissão dos ensinamento que orientam para a vida no mundo atual. Alguns ensinamentos são muito valorizados, tais como a humildade no trato com as pessoas, o esforço para andar no caminho certo, e assim viver no teko porã. Para isto é preciso fortalecer a língua, conhecer a sua história, quem são troncos na sua etnia, conhecer os medicinais tradicionais, entender a culinária tradicional, ou seja, como se preparam alimentos, o nome de cada alimento, etc. Pode-se concluir que quando discutimos a idéia de autonomia no nosso meio guarani e kaiowá, trata-se de uma idéia com implicações muito amplas. A sustentabilidade também anda junto com a autonomia. As comunidades kaiowa e guarani sempre produziram de modo sustentável e autônomo, enquanto dispuseram de seus territórios. Por exemplo, a plantação mandioca de (seda), milho branco (avati moroti puku), milho saboro (avati sa yju), artesanato, pipoca (pichinga), kara, macucu, casa, pesca, armadilha, mondeu. As relações econômicas sempre eram mediadas pela troca, essas relações também fazem parte da economia e da sustentabilidade. ` De acordo da à visão manifestada pela comunidade durante a reunião, também os frutos que se produziam na mata eram carregados para casa e faziam parte da alimentação. Através dos conhecimentos transmitidos pela oralidade e de ensinamento transmitidos durante a realização de atividades práticas. A maior parte da transmissão desses ensinamentos acontece como aprendizado em conversas realizadas dentro da própria casa. Isto pode ser entendido como uma forma de sustentabilidade nativa, praticada por cada família Guarani e Kaiowá que moravam na aldeia Te Yikue, antes de demarcar a reserva. Naquele tempo as famílias extensas viviam sem preocupação a respeito de como produzir alimentos, pois havia espaço suficiente para plantar e colher, dessa forma, prover o sustento para as familiares. Também existia coleta de mel para o consumo e os alimentos eram trocados pela comunidade; esse tipo de vivencia faz parte na economia do Guarani e Kaiowá da Te Yikue. Assim viviam antes de ter contato com os não indígenas. As famílias trabalhavam em grupo, qualquer tipo de atividades era desenvolvidas juntas, as famílias sempre estavam unidas. Mesmo com as terras 3

4 limitadas havia mais organização das famílias e acompanhamento mais atuante, protegiam os filhos e filhas. Também o pai era liderança para os parentes, sempre havia algumas pessoas que coordenavam o tronco da família, isso no contesto da visão Guarani e Kaiowá chama de líder do grupo. Também não tinha capitão somente havia líderes da família e ÑandeRu que ensinavam a família como cuidar e acompanhar de perto a educação dos filhos e filhas na reserva Te Yikue. Apresento parte da carta do professor Claudemiro realizada no primeiro semestre de 2010 sobre o tema; gestão das lideranças. Estou fazendo uma grande reunião, onde espero a participação da comunidade indígena e não indígena ou seja as instituições envolvidas com a comunidades. Tendo visto e acompanhado desde 1999 a disputa de liderança na aldeia. O ser capitão, ou criação de lideres na aldeia... Mas nem uma nem outra está dando certo... a informalidades de idéias tem causados diferentes consequências para esta comunidades... Mas para outros lados os líderes precisa se atualizar para acompanhar a mudança brusca dessa comunidade mais jovens...hoje essas lideranças não sabe mais o que fazer, no fim também ninguém toma providencias e nem inciativas e nem mesmo plano de direção para esta comunidade tem...e que a escola não pode se isolar dessa situação ou realidade vivido por eles... com tanta complexidades eu tenho procurados todos os lideres a pesar da dificuldade que passei para fazer compreender e enxergar que não dá mais para continuar com a mesma organização ou disputa de liderança na aldeia e que precisa a comunidade de novas proposta idéias, convenci de que é necessários audiência públicas, seminários, algumas coisas assim, onde todas as comunidades possa participar é que surgem as melhores idéias que pode servir para esta comunidade...tendo visto que está sendo montado conselho de lideres, mas também capitão anda tem força... e que esses lideres não dialoga entre si... e o pior é que ambos organização, não constrói, não busca, não fiscaliza, não ajuda. (Carta do Professor Claudemiro Lescano do primeiro semestre de 2010). A informalidade de idéias tem causado diferentes conseqüências para esta comunidade. A escola não pode se isolar dessa situação ou realidade vivida por eles, de acordo do professor Claudemiro ele fala que a disputa pela capitania existe fortemente entre os Guarani e Kaiowá, o professor coloca bem isso; da divisão da comunidade na aldeia, também coloca que isso tem gerado violência e politicagem. A FUNAI é responsável pelos conflitos com relação à violência no interior das aldeias até o período de reestruturação da FUNAI. A FUNAI decidia sobre as comunidades indígenas, nossos representantes seguiam as orientações deles e comandavam a comunidade, porém em vês de ajudar manter política Guarani e Kaiowá, só acontecia decisão individual. O capitão tinha poder, falava mais alto e perseguia. Por isso havia muitas mudanças de indígenas para 4

5 outro tekoha. Dentro do processo começou disputas sobre o espaço de cada família. Por isso falamos que FUNAI tem participação e ajudou chegar violência na aldeia Te Yikue. A partir da reestruturação da FUNAI ouve mudança na comunidade indígena, passou a existir os técnicos locais de cada aldeia, esta pessoa recebe orientações e ao mesmo tempo leva as reivindicações da comunidade até o órgão representante. Todas as comunidades indígenas ou famílias extensas te yi, devem participar ativamente das soluções políticas que as afetam. São prováveis que as soluções não sejam exatamente as mesmas em se tratando de locais diferentes. O problema: como tornar isto possível, mas havendo disposição para conversar a solução sempre pode aparecer. Antes do contato dos adolescentes com os não indígenas eles viviam sem ter preocupação, num ambiente saudável, sentia felicidade, segurança, sem medo, com liberdade de espaço, os filhos obedeciam aos pais, participavam das rezas e festas tradicionais. Todos saiam de casa juntos para passear ou para ir à roça. A educação das crianças e adolescentes iniciava diante do fogo pela manha, o pai e a mãe ensinavam os meninos e meninas a viver a vida, ter humildade, respeito, obedecer às pessoas, observar as coisas, analisar o que serve para a vida. As meninas tinham que levantar cedo e eram preparadas como os meninos, aprendiam a limpar o quintal, cozinhar, lavar louças, cuidar os animais e passar por diversos rituais. Os meninos tinham que aprender os conhecimentos do Ñande Ru. O forte era o ensinamento através da oralidade, ensinava a noite e de dia ia para a prática; plantar a roça, pescar, caçar, saber sobre os remédios. Após o contato com os não indígenas os adolescentes indígenas tiveram curiosidade de conhecer o mundo não indígena. A vida dos Guarani e Kaiowá era totalmente diferente, eles não fumavam, não bebiam, se casavam cedo, se preparavam para amigar. A vida do adolescente Guarani e Kaiowa da aldeia Te yikue era assim vivida segundo a nossa história. Após o contato com o não indígena ouve a evolução da forma de pensamento de acordo com a do karai, além da chegada da violência, chegou também vários trabalhos diferentes dos realizados no nosso dia-a-dia. Os trabalhos passaram ser a changa; roçar 5

6 campos, carpir; na erva mate e outros. Nas últimas décadas trabalhos nas usinas de cana-de-açucar. Os adolescentes começam a ter um maior contato com a sociedade não indígena através dos mascateiros de produtos industrializados, ao ir ao supermercado na cidade comprar produtos de necessidades para as pessoas da família. A liberdade não é mais de controle da família, os adolescentes já se sentem adultos. Na cultura Guarani a fase de adolescente não é considerada; de criança passa para a fase de adulto. Essa mudança rápida de criança para adulto esta afetando na vida de adolescentes de doze a quinze anos na aldeia Te Yikue, pois os adolescentes não são ouvidos e se sentem como se não fosse nada; pude compreender isso através de conversas durante as pesquisas com adolescentes que moram na aldeia. O problema maior com relação à violência adentra a casa das famílias durante a ausência do pai. Os filhos começam a beber, ficam agressivos com o pai e mãe, cria grupos rivais entre os adolescentes em vários locais da aldeia, ingerem drogas. da violência: Veja o que trata Tonico Benites em sua dissertação de mestrado sobre o impacto Alguns dos fatos mais determinantes na minha vida foram observar a forma como eram tratadas as famílias kaiowá pelos agentes do Estado, missionários e fazendeiros (os não-índios: karai kuera). Desde criança, percebia que estas práticas de interferência geravam situações de perplexidade, aflição e constrangimento entre os membros das famílias indígenas, que não conseguiam entender em profundidade os interesses e motivos pelos quais estavam sendo desrespeitados e tratados daquela forma, nas próprias aldeias. Encontravam-se na posição de subalternos e dominados, sem condições de se manifestar e viver com relativa autonomia, como viviam fora da aldeia delimitada. Com freqüência os membros das famílias reiteradamente se queixavam (e ainda se queixam) da forma pela qual são tratados pelas instituições fomentadas pelos não-índios (karai) nas próprias aldeias (através do capitão indígena, chefe de posto, escola, igreja etc.) (BENITES, 2009, p.15). Quando Benites diz que as instituições constrói uma forma participativa diretamente na desorganização isso é verdade; por que elas tiram a autonomia e a sustentabilidade do Guarani e Kaiowá. Tudo que ele passou desde a infância até hoje esta acontecendo no interior de cada família na aldeia Te Yikue. A chegada do conhecimento do não índio atrapalha o progresso do adolescente em nossa comunidade. 6

7 A partir desse contato com o não indígena houve grandes mudanças entre a família e adolescente indígena. Como por exemplo, o pai não acompanha a educação dos filhos, pois sai para trabalhar nas usinas, fazendas em busca de recurso e sustento para a família. Quando os pais estão fora de casa os adolescentes ficam por conta da mãe, muitas vezes eles passam por cima da autoridade dela e vai para cidade. Algumas mães me falaram que tem filhos que chegam ficarem oito dias fora de casa. Chegam a pensar que os filhos foram mortos, procuram as lideranças. Quando o filho volta para casa chegam trazer drogas. Existem casos que os filhos apanham na cidade e um outro caso de adolescente de quinze anos que foi morto por policiais; os mesmos justificaram que mataram por ele por ter reagido contra os policiais. Percebemos que cada dia mais essa questão da violência vem atingindo os adolescentes na cidade. Enfrentamos também o processo de discriminação. Não temos mais espaço para ter liberdade entre os adolescentes Guarani e Kaiowá na aldeia Te Yikue, as criança e adolescente que ficam junto com a mãe em casa, quando vão à escola não indígena aprendem informação sobre a cultura do não índio, no espaço escolar e fazem amizades com pessoas que nem conhecem, ali inicia uma adaptação do sistema do mundo universal, adquirem conhecimentos da cultura não indígena e trazem esses costumes para a aldeia. Como a televisão, o som, o DVD, o filme e outros que levam a perda de autonomia entre as famílias. Pai e a mãe vão perdendo a autoridade sobre os filhos; muitos deixam a correção e a responsabilidade dos filhos para as lideranças da aldeia. O mundo do homem não indígena sempre foi individual, acaba dominando as crianças da própria família, não tem direção de vida como a identidade Guarani e Kaiowá. De acordo com o nosso ensinamento pedagógico tradicional para nós não existem adolescente, nem jovem, nem amizade. O adolescente é considerado como criança, os jovens são considerados como adulto. A cultura indígena e a do não indígena é totalmente diferente cada cultura se organiza de maneira diferente. Para os Guarani e Kaiowá falar de amizade é difícil; não podemos ficar sozinhos com alguém diante do público e em lugar silencioso; isso pode causar maior problema com a liderança, tanto no casamento, como no profissional diante da comunidade onde vivemos. 7

8 Os casamentos acontecem geralmente entre doze e treze anos, os jovens muitas vezes não estão preparados e os casais entram em crise no casamento, gerando violência, separações de casais, suicídios, nascem crianças. As famílias ficam angustiadas pelos acontecimentos, muitos levam os problemas do casamento para o Ñande Ru resolver os problemas da família. Isso acontece muito entre os adolescente Guarani e Kaiowá na aldeia Te Yikue. A violência chegou com a aproximação dos não índios das crianças e adolescente da aldeia Te Yikue, varias situações levaram essa aproximação, como por meio de vendas de roupas, perfumes, alimentos, ausência do pai e deslocamento dos jovens de casa para a escola. Existe um espaço entre a casa e a escola, esse espaço é organizado para envolver problemas de violência, a maior parte acontece por estar longe da família. O espaço na aldeia onde o adolescente se mobiliza para planejar o uso de drogas por exemplo. Muitas famílias antes de conhecer a história do seu filho acusam a escola de ser culpada de mau caminho. Revolta-se contra a escola dizendo que não vão mandar mais as crianças para estudar. Os professores da escola se sentiram acusados e começam tomar posição diante da violência, como também, pensar como mostrar para os pais que eles precisam acompanhar mais de perto o dia-a-dia de seus filhos e das filhas. A partir desse problema foi iniciada uma discutição sobre violência na escola e o que fazer para achar uma solução diante da situação dos adolescentes. Um grande número de alunos já não respeitava mais os professores, diretores e coordenadores. Diante disso a escola percebeu que estava assumindo a responsabilidade da família, em vez dos pais assumirem o compromisso com os filhos deixavam na responsabilidade para a liderança e professores. A perda da responsabilidade dos pais Guarani e Kaiowá, do valor dos anciãos como portadores do conhecimento Guarani e Kaiowá passou a ser o benefício de sustentação da família; perda do interesse em produzir a própria subsistência da família que gera a sustentabilidade da família (roças no fundo de quintal, a pequena criação de animais). A cada dia os adolescentes estão criando azas e não ouvem mais pai e mãe. Esse é um problema do momento que é preciso enfrentar e melhorar na comunidade. Os adolescentes querem usar roupas elegantes, assistir filmes de brigas, ouvirem músicas; 8

9 reproduzindo logo em seguida uma linguagem de maluco. São envolvidos em situações de violência e infrações atropelam as casas das outras pessoas; roubam os outros; põe fogo nas casas da aldeia. De acordo com as palavras do professor Claudemiro Lescano da aldeia Taquaperi em uma das assembléias que discutia o assunto: a disputa do poder veio desde criança vivenciada no dia-a-dia na pratica que viu dentro de casa, a agressão do pai faz gerar força e quando quer chamar atenção dos filhos eles começam não respeitar pai e a mãe. E o professor Coordenador da escola do Ensino Médio Rodinei Ramires Marques trata o seguinte: A violência vem para a escola através dos problemas com as pessoas da família. O aluno inicia as bagunças e se junta com pessoas que estão envolvidas com drogas. Esse comportamento é levado para a escola e conseqüentemente surgem vários problemas. Outro ponto é que o pai perde autoridade dentro de casa, às vezes, se envolve com bebidas e ele quer orientar os filhos e não tem moral para corrigi-los e jogam o compromisso para a escola e lideranças. E as crianças e adolescentes que apresentam bons comportamentos em casa eles se comportam bem na escola (Entrevista de Rodinei Ramires Marques, em ). Assim como estes colegas os demais professores têm as mesmas preocupações; tentar compreender a situação de violência vivenciada na interior da escola e nos locais da aldeia em geral. A escola passou a orientar as crianças para entender seus direitos e deveres e fortalecer sua própria identidade como Guarani e Kaiowa, contar histórias de como viviam os Guarani no passado e acompanhar conhecimento universal entre índios e não índios que esta dentro da nossa aldeia. Outros fatores foram trazidos pelo contato mais estreito da sociedade envolvente. Um deles é a introdução de produtos industrializados, que afeta a saúde das crianças, pois alimentos da dieta Kaiowá não são consumidos por elas com freqüência. Esses alimentos são: taioba, raiz da folha miúda, batata doce, duas espécies de cana e banana. Outros alimentos consumidos hoje, como a beterraba, o rabanete, a cenoura, o alface, a couve e a batata foram trazidos pelo não índio. Existe uma preocupação em relação às crianças da aldeia. Os Guarani e Kaiowá nunca abandonaram suas crianças, e nas últimas décadas podemos ver as crianças guachos que são deixadas com a avó ou outro parente. Mais uma vez a presença da cultura não indígena interfere na relação da criação das crianças alterada pela presença 9

10 do conselho tutelar. As crianças não têm medo dos pais, elas não mais se subordinam a eles e isso deixa toda a responsabilidade de formação para a escola, o que diminui o papel da família. Quanto à educação das crianças, os indígenas se utilizam de histórias para instruí-las, o que de certa forma exerce um controle sobre seu comportamento. Mensagens importantes são passadas através dessas histórias. Todavia o problema do comportamento das crianças está relacionado também com a mudança de valores, pois hoje os padrões da sociedade envolvente estão presentes na família Kaiowá e Guarani nesta aldeia Te yikue. A falta de tempo decorrida da forma de trabalho a que estão submetidos os indígenas deixa como que uma abertura na família. O pai sai para ir à usina trabalhar. Desse modo, valores que antes eram passados pelo grupo ou contavam com a importante presença paterna, hoje são transmitidos quase que exclusivamente pela mãe, apenas. O pai está ausente, o que deixa uma lacuna na formação da criança. A bebida é outro fator que gera a desestruturação da família, pois nesse meio a criança acaba ficando confusa em meio às brigas causadas pela embriaguez. Na aldeia foram entrevistadas duas crianças de duas famílias diferentes. Uma delas estava se prostituindo. A pergunta em questão é por quê? Para responder foi preciso muita reflexão e observação. A conclusão foi a seguinte: a ausência de pai e a desestruturação da família são as causas. A própria violência é resultado desses fatores. Houve uma situação em que flagrei um grupo de jovens armados e com drogas, eram umas sete crianças. O grupo se afastou, estavam armados com facão e lança e utilizavam drogas. Eles chegam a inventar armas, alguns tipos de bombas com bombril que são arremessadas com estilingue. Nessa confusão de valores aparecem vários conflitos decorrentes dessa desestruturação familiar. Algumas famílias não querem cuidar de seus parentes, e ainda não aceitam conselhos, não querem ouvir. Diante dessas dificuldades os educadores das escolas da reserva Te Yikue pensam em elaborar um Regimento para ser executado entre os alunos da aldeia. O documento foi elaborado com o objetivo recuperar os valores que mantém a coesão na família. A idéia é fomentar a preocupação dos pais pelos seus filhos, como o comportamento deles. 10

11 A idéia do regimento foi a de tentar resolver esses conflitos entre os adolescentes que praticam alguma forma de violência. Seguindo essa idéia, o regimento surge para fomentar a parceria entre igreja, escola e a comunidade. Na elaboração do regimento, foram chamadas as lideranças das igrejas, da escola, os rezadores, agentes de saúde, jovens, mulheres e os cabeçantes das usinas para acompanhar o processo de construção da política da comunidade na aldeia Te Yikue. Pensando uma forma de achar saída contra violência que afeta as crianças e jovens. A criação do regimento foi necessária, pois a escola estava assumindo a responsabilidade dos pais das famílias, tudo que acontecia era a escola que resolvia. O projeto iniciou no de 2009, mais especificamente no mês de abril, no XIV Fórum Indígena da Aldeia Te Yikue que acontece anualmente para discutir as principais questões da aldeia. Nesse ano, o debate foi para mostrar para as famílias como a escola esta para orientar sobre os direitos e deveres e buscar uma forma de acompanhar as tecnologias do não indígena, mas sem deixar a identidade do Guarani e Kaiowá. A partir da situação discutimos junto com os professores, liderança e agente de saúde e apresentamos para a comunidade ama proposta, foi dito para os pais sobre o dever de assumir a responsabilidade e a educação dos filhos de dentro de casa e acompanhar o processo de aprendizagem dos filhos na escola. A criação do Regimento já tem mostrado resultados, pois as famílias já demonstram mais preocupação com o comportamento dos filhos. Algumas mães foram chamadas pelas lideranças e pela escola para conversar sobre a postura de seus filhos. Essa iniciativa gerou um estímulo para o cuidado de saber o porquê de seus filhos estarem passando por problemas. Na aldeia existem várias igrejas, antes da elaboração do Regimento a relação das igrejas com a escola era complicada, pois algumas igrejas não permitiam certas atividades das crianças e jovens no conteúdo da escola como, por exemplo, fazer esporte, lazer, arte corporal e pintura. Podemos dizer que as relações melhoraram e isso foi construído no coletivo, foram várias assembléias discutindo o assunto. Após o trabalho desenvolvido acredito que são três fatores que levam a desestruturação da família e à violência: a perda do território tradicional, a criação das reservas indígenas, a ausência do acompanhamento dos pais na educação dos filhos. 11

12 Desde a minha infância sempre acompanhei minha família através de ensinamentos tradicionais Guarani, percebo que estávamos vivendo um paraíso de liberdade entre todas as famílias. Não tinha limitação de terra, tinha muito espaço e brincava muito. Cresci trabalhando com meus pais; mesmo trabalhando para ajudar os pais na roça e levantando de madrugada vivíamos em paz e com alegria. Antes a família conseguia obrigar os filhos a viver de acordo com os ensinamentos da cultura. Estávamos preparados para viver o mundo futuro de acordo com os ensinamentos Guarani e Kaiowá. Após a demarcação da terra, fomos reservados e desapropriados de nosso modo tradicional de viver. A partir dessa desapropriação interrompe nossa economia, religião e sustentabilidade em geral. Iniciou a desestruturação da família, os filhos passam a ficar separados do pai que sai em busca de trabalho para sustentar a família. Junto com a delimitação da terra vem a FUNAI, tirando o poder de ensinamento dos Ñade Ru e criase o cargo de capitão. Nesse momento vai haver a divisão política, a disputa de poder. No caso da reserva de Caarapó no período da implantação da FUNAI, os encarregados autorizaram a derrubada de matas para retirar madeiras. Com todos esses fatos que envolveram os indígenas na reserva Te Yikue a coletividade entre as famílias deixou de existir, o contato com o não indígenas iniciou uma mudança na maneira de se comportar. O lugar de liberdade passou a ser limitado e vem à falta de sustento para a economia, ausência do pai na família, políticas partidárias, permanência da FUNAI, disputa de lideranças, trabalhos nas usinas e fazendas. Os contatos dos indígenas com os não indígenas através da modernidade e tecnologias foram trazendo curiosidades para os indígenas de conhecer o novo. Ele começa a se perder no mundo da sociedade envolvente. Ao mesmo tempo em que entende os costumes indígenas quer viver os não indígenas. Não compreendendo os fatos que os cercam e se envolvem com drogas, bebidas alcoólicas, mídia, músicas e querem ser os donos do espaço que eles vivem. O maior problema vivenciado no espaço da reserva Te Yikue, ou seja, nas casas, escolas, igrejas é não parar para ouvir esses adolescentes. E preciso apoio da parte das lideranças, dos políticos, das instituições e dos Ñande Ru. A comunidade esta 12

13 preparada para atender bem os adolescentes que tem um bom comportamento. Os adolescentes problemas são deixados de lado, pois ele é visto como um mau elemento. Termino meu trabalho pensando que precisamos trabalhar três pontos importantes com relação aos adolescentes Guarani e Kaiowá envolvidos na violência da reserva Te Yikue; primeiro lutar para reconquistar nosso território, segundo promover uma política especifica voltada para adolescentes e o terceiro fortalecer a responsabilidade da família. E assim acredito que num futuro próximo a juventude será feliz... Referências: Fontes orais: História Oral transmitida por: Lídio Sanches, 57 anos, rezador Kaiowá Florêncio Barbosa, 71 anos, o rezador Kaiowá Homero Martins, 73 anos, o líder político guarani Hipólito Martins, 58 anos, e a liderança familiar guarani Patrícia Costa, 60 anos, CLAUDEMIRO LESCANO (Coronel Sapucaia) dados relatados em uma assembléia. RODINEI RAMIRES MARQUES (Caarapó). Entrevista e transcrição de Otoniel Ricardo. Em 12 de dezembro de 2010) Fonte escrita: CARTA para Levi Marques Pereira, de Claudemiro Lescado, do primeiro semestre de 2010 (aldeia Taquaperi de Coronel Sapucaia, MS) Fonte Bibliográfica: BENITES, Tonico. A Escola na ótica dos Avá Kaiowá: impactos e Interpretações indígenas f. Dissertação de Mestrado PPGAS do Museu Nacional UFRJ. Rio de janeiro, Museu PPGAS do Museu Nacional - UFRJ. Rio de Janeiro. 13

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