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1 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Curso de Atualização: Atenção intersetorial às crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus e suas famílias 1.2 Coordenação: Alessandra Gomes Mendes (alesgomen@iff.fiocruz.br tel.: ) 1.3 Área do Conhecimento: Saúde Coletiva 1.4 Público-alvo: Profissionais de nível médio ou superior e gestores da rede intersetorial de atendimento, preferencialmente vinculados ao Sistema Único de Saúde, ao Sistema Único de Assistência Social, Educação Infantil e ao Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente; e movimentos sociais do campo da saúde e direitos da criança e do adolescente. 1.5 Local de realização: Instituto Nacional de Saúde da Mulher, criança e adolescente Fernandes Figueira (Depto. de Ensino 4º andar). 1.6 Número de vagas: Carga Horária: 30 horas. 1.8 Regime e Duração: O curso acontecerá no período de 22/11 a 13/12 de Quintas-feiras de 8:30h às 16:30h. 1.9 Perfil do Egresso: gestores, profissionais da rede intersetorial de atendimento e ativistas de movimentos sociais da área com conhecimento das particularidades que implicam o atendimento a crianças com condições crônicas de saúde e suas famílias e capacidade de elaborar planos locais de trabalho Inscrições: Período 20 de setembro a 07 de outubro Acessar o formulário eletrônico de inscrição disponível na Plataforma SIGA no endereço Preencher, imprimir, assinar e enviar em PDF para o pec@iff.fiocruz.br juntamente com documentação descrita abaixo: Curriculum vitae; Carta de intenção elaborada pelo candidato, na qual o mesmo deverá

2 expor sua relação com a temática e motivação para a realização do curso; Carta de recomendação/liberação do serviço Seleção: A seleção dos participantes se dará mediante entrevista e análise dos documentos descritos acima Resultado da primeira etapa da seleção (análise de Curriculum e carta de intenções) 16/10/ Data da entrevista: 26/10/2018. Horário: 13h. Local: Depto. de ensino do IFF (4º andar) Resultado final da seleção: 04/11/ Matrículas: 05/11/2015 a 12/11/2018 Local: Secretaria Acadêmica do Instituto Fernandes Figueira (Av. Rui Barbosa, 716, 4º andar, Flamengo Rio de Janeiro Tel.: ), das 8 às 16h. Documentos necessários: RG, diploma, formulário de matrícula. 2. Projeto Político Pedagógico 2.1 Justificativa: Apesar do aumento do contingente de crianças e adolescentes com condições crônicas de saúde na população brasileira, este público ainda é acometido por uma importante invisibilidade política e social. Esta invisibilidade contribui para que a particularidade de suas demandas, e de suas famílias, sejam contempladas de forma limitada pelas políticas públicas, interferindo no acesso a direitos. A partir da emergência sanitária trazida pela síndrome congênita do zika vírus, cujo auge remonta o período compreendido entre novembro de 2015 e início de 2017, o acometimento congênito de milhares de crianças brasileiras, por um conjunto de comprometimentos neurológicos e malformações fetais, trouxe alguma visibilidade político-midiática para este público. Contudo, traduzir esta visibilidade em cuidado qualificado e acesso a direitos ainda constitui um importante desafio. Sobretudo, porque falar desta síndrome é falar de

3 um conjunto de necessidades em saúde e seguridade social que estão colocadas. Estas se referem não só a uma série de atendimentos clínicos e de reabilitação, como também a medicamentos, equipamentos, políticas de inclusão, educação inclusiva e assistência social. Por outro lado, por se tratar de uma condição de saúde até então inédita, cujos desdobramentos clínicos, políticos, econômicos e sociais ainda são pouco conhecidos pela sociedade de uma forma geral e mesmo pelos profissionais implicados na atenção às famílias, torna-se premente não só a capilarização dos conhecimentos produzidos (onde este Instituto Constitui uma referência) junto à rede de atendimento, mas também a tradução desses conhecimentos em práticas de cuidado. Assim, este curso pretende contribuir para o aprofundamento de conhecimentos dos profissionais da rede intersetorial de atendimento acerca do cuidado de crianças com condições crônicas de saúde, particularmente aquelas advindas da SCZ, face às particularidades das demandas deste público e contribuiu para a construção de propostas de trabalho interdisciplinares e intersetoriais. 2.2 Objetivos Geral: Qualificar profissionais da rede de atendimento à criança e o adolescente para a atenção integral às crianças com condições crônicas de saúde e deficiências, com ênfase na síndrome da zika congênita, possibilitando a construção de projetos de atenção a este público. 2.3 Objetivos específicos: Ampliar conhecimentos acerca da síndrome congênita do zika vírus e suas implicações sociais; Contribuir para a reflexão sobre as potencialidades e desafios presentes no campo da atenção intersetorial a essas famílias; 2.4 Metodologia: o curso será composto de aulas expositivas, permeada por uma metodologia participativa, onde os participantes serão estimulados a refletir sobre suas experiências na rede de atendimento e elaborar planos locais de trabalho. 2.5 Sistema de Avaliação: A avaliação se dará mediante o acompanhamento da frequência, participação nas aulas e do trabalho final do curso. Serão

4 fornecidos certificados ao final do curso pelo Departamento de Ensino do Instituto Fernandes Figueira, mediante o cumprimento dos seguintes prérequisitos: aprovação do plano local de trabalho e frequência mínima de 75% das aulas. 2.6 Unidades de aprendizagem Unidade I: Síndrome Congênita do zika Vírus e seus impactos nas condições de vida das famílias. Apresentação do curso Aspectos clínicos e epidemiológicos da síndrome Impactos da SCZ sobre as condições de vida das famílias. Unidade II: Gênero, cuidado, protagonismo das mulheres no enfrentamento à SCZv Adoecimento crônico na infância, cuidado e protagonismo das mulheres. Enfrentando uma nova realidade a partir da SCZV: articulação e mobilização das mulheres (mães das crianças com SCZV). Unidade III: Desafios da atenção intersetorial às crianças com síndrome congênita do zika vírus: um diálogo com as políticas públicas. O Desafio da intersetorialidade no contexto das políticas sociais A articulação das redes locais de atendimento às famílias das crianças com condições crônicas de saúde A transferência de cuidados da alta complexidade para os territórios onde as famílias habitam Unidade IV: Elaboração de propostas/planos locais de atendimento às crianças com SCZ e suas famílias.

5 PROGRAMA DO CURSO Aula Professor Data CH Aspectos clínicos e Dra. Maria Elisabeth 22/11/ h epidemiológicos da SCZV Moreira Impactos da SCZV nas condições de vida das famílias Adoecimento crônico na infância, cuidado e protagonismo das mulheres Enfrentando uma nova realidade a partir da SCZV: articulação e mobilização das mulheres (mães das crianças com SCZV) O desafio da articulação da rede de atendimento intersetorial no cuidado às famílias de crianças com SCZV: O Desafio da intersetorialidade no contexto das políticas sociais A rede de atendimento encontrada e a rede desejada Dra. Mirian Calheiros Dra. Alessandra Gomes Mendes Dra. Martha Cristina Nunes Moreira Fátima Benincaza dos Santos (Presidente da ANOI) Dra. Corina Helena F. Mendes Me. Vanessa Godoy (Associação Lótus) Me. Adriana Medalha Perez Amanda Mota da Silva (Associação Lótus) 22/11/ h 29/11/ h 29/11/ h 06/12/ h

6 A articulação das redes locais de atendimento às famílias das crianças com condições crônicas de saúde A transferência de cuidados da alta complexidade para os territórios onde as famílias habitam Me. Juliana Souza Santos Dra. Dolores Lima da Costa Vidal 06/12/ h Elaboração de Orientação realizada Apresentação 06h propostas/planos locais de por professores 13/12/2018 atendimento às crianças com diversos. SCZ e suas famílias Coordenação: Me. Daniel de Souza Campos e Dra. Alessandra Gomes Mendes Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vírus Zika no Brasil: a resposta do SUS [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017., Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Secretaria Nacional de Atenção à Saúde e Secretaria Nacional de Assistência Social, Instrução Operacional Conjunta nº 01. Brasília, DF: Senado Federal; Estabelece procedimentos e rotinas conjuntas de atenção às famílias no âmbito do sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do SUS no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti e atenção às famílias com microcefalia.. Ministério da Saúde e Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.

7 Portaria Interministerial nº 405, de 15 de março de Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e do sistema Único de Assistência social (SUAS), a Estratégia de Ação Rápida para o Fortalecimento da Atenção à Saúde e da Proteção Social de Crianças com Microcefalia.. Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Portaria nº 58 de 3 de junho de Dispõe sobre ações articuladas das redes de Assistência Social e Previdência Social na atenção às crianças com microcefalia para o acesso ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social,, Presidência da República, Casa Civil. Decreto nº 8805, de 07 de julho de -2016, Altera o Regulamento do Benefício de Prestação Continuada, aprovado pelo Decreto n o 6.214, de 26 de setembro de Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2016 DINIZ, D. Zika: do sertão Nordestino à Ameaça Global. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, EICKMANN, et al. Síndrome da infecção congênita pelo vírus Zika. In: Cadernos de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública, vol.32, nº 7; Julho, 2016: 1-3. MOREIRA, M.C.N, MENDES, C.H.F., NASCIMENTO, M. Zika, protagonismo feminino e cuidado: ensaiando zonas de contato. Interface comunicação, saúde e educação, 2018, 22(66): , Gomes, R. e Sá, M.C de. Doenças crônicas em crianças e adolescentes: uma revisão bibliográfica. Ciência & Saúde Coletiva, 2014, 19 (7): SILVA, J. S e ANGERAMI, R.N. Viroses Emergentes no Brasil. Rio de Janeiro, ed. FIOCRUZ: 2008.