Instruções Gerais. Verifique se este caderno está completo, da página 3 a 16. Qualquer irregularidade, comunique o examinador.

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2 Instruções Gerais Verifique se este caderno está completo, da página 3 a 16. Qualquer irregularidade, comunique o examinador. Cada questão tem cinco alternativas: a b c d e. Somente uma alternativa é correta. As respostas deverão ser marcadas neste Caderno de Testes e depois assinaladas na Folha de Respostas, conforme as instruções que serão dadas pelo examinador. Exemplo: 0. 1 de 10 corresponde a 2 a. 2. b. 4. c. 5. d. 8. e. 9. A alternativa c é a única correta. Não vire a página. Aguarde a orientação do examinador.

3 L Í N G U A P O R T U G U E S A 1. Assinale a alternativa em que a seguinte frase, escrita por Guimarães Rosa, está corretamente pontuada. a. Na noite de 11 de novembro de 1872, na comarca de Serro Frio, em Minas Gerais, deram-se fatos de pavoroso suceder, referidos nas folhas da época e exarados nas Efemérides. b. Na noite de 11 de novembro de 1872 na comarca de Serro Frio em Minas Gerais; deram-se fatos de pavoroso suceder referidos nas folhas da época e exarados nas Efemérides. c. Na noite de 11 de novembro de 1872, na comarca de Serro Frio em Minas Gerais, deram-se fatos de pavoroso suceder referidos, nas folhas da época e exarados, nas Efemérides. d. Na noite de 11 de novembro, de 1872, na comarca de Serro Frio, em Minas Gerais; deram-se fatos de pavoroso suceder. Referidos nas folhas da época e exarados nas Efemérides. e. Na noite de 11 de novembro de 1872, na comarca de Serro Frio, em Minas Gerais, deram-se fatos de pavoroso, suceder, referidos, nas folhas da época e exarados nas Efemérides. Fonte: ROSA, G. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 19. ed., 1985, p várias maneiras de estudar: lendo, escrevendo, ouvindo. melhor delas não é predeterminada, mas a leitura parece imprescindível. vezes, porém, uma boa conversa muito nos ensina. A alternativa que, pela ordem, preenche corretamente as lacunas acima é: a. As; A; Há. b. Às; À; As. c. Há; À; Às. d. As; Há; As. e. Há; A; Às. 3. Já tiveste ocasião de observar uma trovoada seca? Pois, meu amigo, fui, certa vez, surpreendido por uma delas e confesso-te que não desejo renovar a impressão que me deixou o medonho espetáculo. É de aterrar, acredita. Fonte: NETO, C. Contos da vida e da morte. Porto: Chardron, 1927, p. 13. Se substituirmos o pronome tu por você, as palavras destacadas da passagem acima teriam de ser modificadas para: a. tivestes; confesso-vos; acreditai. b. teve; confesso-lhe; acredite. c. tiveram; confesso-lhes; acreditam. d. teve; confesso-o; acredite. e. tiveste; confesso-lhe; acreditem. 4. Assinale a alternativa em que todas as palavras são proparoxítonas. a. armação; construção; desarrumação. b. polaróide; homenagem; andróide. c. côncavo; efêmero; rubrica. d. científico; ótimo; descrédito. e. desprezível; combustível; incorruptível. 5. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão escritas corretamente. a. painel; seleção; discuidar. b. arco-íris; honra; ocasião. c. cachoeira; artesão; relójio. d. dispensa; alheio; trofél. e. cansaço; piscina; pedasso. 3

4 6. Assinale a alternativa que, pela ordem, preenche corretamente as lacunas das frases abaixo: O filme lhe falei está em cartaz. O cachorro ele ganhou era vira-lata. A fruta mais gosto é o mamão. a. de que - que - a que b. que - o que - que c. de que - que - de que d. que - de que - que e. de que - o que - a que 7. Se o piloto a calma, mais chances de vencer a corrida. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas acima. a. mantesse; teria. b. mantivesse; tinha. c. mantinha; tinha. d. mantivesse; teria. e. mantinha; tem. 8. Ele sabia que seu amigo havia sido o aluno avaliado da turma. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima. a. mal - melhor - mais bem b. mau - melhor - mais bom c. mal - mais bom - mais bem d. mau - mais bom - melhor e. mal - melhor - mais bom O texto abaixo se refere às questões de 9 a 16. Ser criança Doze de outubro é declarado o Dia da Criança. Quem comemora tal data? O comércio, sem dúvida. Por mais tímidas que sejam as vendas de brinquedos, eletrônicos e toda sorte de produtos para o público infantil aliás, é bom considerar que até adolescentes correm sério risco de serem presenteados, um aumento sempre acontece. É que pais, tios, avós e amigos da família querem fazer um mimo para a criança, que, exposta que está aos veículos de comunicação, sabe cobrar o que acha devido. Ganhar presentes nessa data tornou-se fato quase banal. Obrigação, digamos. Será que as crianças desfrutam dos presentes? Provavelmente, sim, por pelo menos uns 15 minutos. O fato é que, para crianças que já têm mais do que precisariam para descobrir o mundo pela brincadeira, fica difícil entregar-se a uma única atividade ou escolher um brinquedo entre tantos. Vale lembrar um velho ditado popular que diz que quem tem tudo não tem nada. Pensando bem, o comércio e a indústria talvez sejam os únicos segmentos da sociedade com motivos para comemorar a data. Afinal, o que pais, profissionais da educação e adultos implicados com o futuro teriam a celebrar? O fato de a identidade infantil estar perdida no mundo contemporâneo? Vejamos: as crianças pertencentes a famílias de classe média não têm tempo nem espaço para brincar. Desde cedo, são estimuladas para o aprendizado que deverá render frutos no futuro. São intencionalmente dirigidas pelos adultos em brincadeiras que visam algum aprendizado. Ora, brincadeira com objetivo e traçado planejados não é divertimento, tampouco passatempo. É lição disfarçada de brincadeira. O espaço da criança foi eliminado. Em casa, muitos pais têm a ilusão de que destinar o quarto do filho para que ele esparrame seus muitos brinquedos e faça o que quiser é dar espaço a ele. Mas a criança fica é confinada em seu quarto. O espaço público foi roubado dela. Não dizemos que rua não é lugar para criança? Por outro lado, consideramos que shopping o é. 4

5 Mas o fator que mais contribui para a eliminação da identidade infantil é a maneira como tratamos e educamos as crianças. Elas são introduzidas no mundo adulto de modo repentino e prematuro pelas informações que recebem, pelo modo de se vestirem e se portarem, pelos locais que freqüentam, pela linguagem que aprendem, pela cobrança que recebem etc. Não: as crianças de hoje não são precoces, como muitos acreditam. Suas manifestações são só reflexos dos ensinamentos e estímulos que recebem e do mundo em que vivem. Podemos considerar o Dia da Criança, atualmente, um dia vazio de sentido. Precisamos construir muitos outros dias para que a criança possa ser criança. Afinal, são bem poucos os anos em que se pode ser criança: mais ou menos seis para a primeira fase da infância e, depois, outro período equivalente para a segunda. E temos o restante da vida quase 60 anos, em média para aprender a ser adultos e a cuidar dos mais novos. Por um Dia da Criança infantil! Fonte: adaptado de: SAYÃO, R. Folha de S. Paulo, Equilíbrio, 11 out. 2007, p Podemos afirmar que, na opinião da autora, a. os pais são os principais beneficiados no Dia da Criança. b. quem mais comemora o Dia da Criança são o comércio e a indústria. c. os presentes deveriam ser dados também aos adolescentes. d. as crianças deveriam ganhar mais presentes educativos. e. quem mais aproveita o Dia da Criança são as próprias crianças. 10. Segundo a autora, o principal motivo para a eliminação da identidade infantil, no mundo contemporâneo, é a. a falta de tempo e de espaço para que as crianças brinquem. b. o estímulo a brincadeiras com objetivo e traçado planejados. c. o modo como, precipitadamente, as crianças são introduzidas no mundo adulto. d. a submissão dos pais e dos amigos aos interesses dos vendedores de brinquedos. e. a proibição de as crianças brincarem livremente nas ruas. 11. De acordo com a autora, a expectativa de vida de uma pessoa é de anos, e as duas fases da infância equivalem, aproximadamente, a anos. Assinale a alternativa que preenche corretamente estas duas lacunas. a b c d e Pensando bem, o comércio e a indústria talvez sejam os únicos segmentos da sociedade com motivos para comemorar a data. As palavras destacadas na passagem acima são classificadas, respectivamente, como: a. substantivo; verbo; conjunção. b. adjetivo; adjetivo; preposição. c. verbo; adjetivo; artigo. d. adjetivo; verbo; conjunção. e. substantivo; verbo; preposição. 13. A ordem alfabética das palavras brinquedos, brincadeira, brinquedo e brincar é a. brincadeira, brincar, brinquedo e brinquedos. b. brinquedos, brincadeira, brinquedo e brincar. c. brincadeira, brincar, brinquedos e brinquedo. d. brincar, brincadeira, brinquedo e brinquedos. e. brinquedo, brinquedos, brincadeira e brincar. 5

6 14....as crianças pertencentes a famílias de classe média não têm tempo nem espaço... O sujeito da oração acima é a. a famílias de classe média. b. as crianças pertencentes a famílias de classe média. c. as crianças pertencentes a famílias. d. as crianças. e. não têm tempo nem espaço. 15. Não: as crianças de hoje não são precoces, como muitos acreditam. Suas manifestações são só reflexos dos ensinamentos e estímulos que recebem e do mundo em que vivem. No trecho acima, os sinônimos das palavras precoces, manifestações e estímulos são: a. preconceituosas; birras; influxos. b. antecipadas; maneiras; presentes. c. mimadas; vontades; provocações. d. adiantadas; atitudes; impulsos. e. prematuras; ações; propagandas muitos pais têm a ilusão de que destinar o quarto do filho para que ele esparrame seus muitos brinquedos e faça o que quiser é dar espaço a ele. Nesta passagem, o verbo ter está acentuado pela seguinte razão: a. o sujeito ao qual se refere é indeterminado. b. concorda com um sujeito do gênero neutro. c. o sujeito ao qual se refere é oculto. d. concorda com um sujeito do gênero masculino. e. o sujeito ao qual se refere está no plural. O texto abaixo se refere às questões de 17 a 20. A raposa e as uvas Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisa de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem pulando. O matreiro bicho torceu o focinho. Estão verdes murmurou. Uvas verdes, só para cachorro. E foi-se. Nisto deu o vento e uma folha caiu. A raposa ouvindo o barulhinho voltou depressa e pôs-se a farejar... Quem desdenha quer comprar. Fonte: LOBATO, M. Obra Infantil Completa. São Paulo: Brasiliense, v. 3, p Nesta fábula, quando a raposa disse que as uvas estavam verdes, ela a. julgou que as frutas ainda não estavam maduras. b. fingiu que as frutas não estavam maduras, já que não podia alcançá-las. c. achou que só cachorros se interessariam por uvas verdes. d. fez de conta que não estavam maduras, já que não tinha coragem de colhê-las. e. não percebeu que estavam maduras, pois não enxergava bem. 18. O texto sugere que, após a queda da folha, a raposa voltou com a intenção de a. ver se algum animal passara pelo local. b. verificar se o dono das uvas a flagrara. c. comer as uvas maduras, caso elas tivessem caído. d. colher as uvas verdes, para comê-las mais tarde. e. sentir o cheiro da folha de parreira que caíra. 6

7 19. Certa raposa esfaimada... O matreiro bicho torceu o focinho. Quem desdenha quer comprar. Assinale a alternativa que, de acordo com o texto, contém antônimos das palavras destacadas acima: a. alegre; importuno; lamenta. b. faminta; ardiloso; despreza. c. farta; inocente; distorce. d. medrosa; gentil; aprecia. e. saciada; ingênuo; respeita. 20. As palavras raposa, uvas e esfaimada têm, respectivamente, o mesmo número de sílabas que a. certa, uma e encontrou. b. parreira, lindos e carregadinha. c. maduros, cachos e barulhinho. d. bicho, focinho e matreiro. e. murmurou, verdes e cachorro.