Panorama Bíblico 24 Apocalipse O julgamento de Israel, parábola das dez virgens, e julgamento das nações.

Transcrição

1 11.16 O julgamento de Israel (Ezequiel 20:33-38 e Mateus 24) Na última aula paramos em Apocalipse 20:4; "então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar...". Veremos que Jesus, agora, irá fazer dois julgamentos, duas separações: primeiro em Israel e em seguida nas nações. Depois da batalha do Armagedon, Jesus põe fim ao governo do anticristo, o anticristo e o falso profeta são lançados no lago do fogo, são as primeiras pessoas a irem para lá, e as demais pessoas dos exércitos do anticristo morrem e vão para o Hades. Em seguida, Jesus irá julgar as pessoas que ficaram vivas fisicamente na Terra; primeiro Jesus separará os salvos dos incrédulos vivos de Israel e em seguida os salvos dos incrédulos vivos das demais nações. Por quê Apocalipse não é mais claro e mais extenso neste assunto, mas apenas diz: então vi uns tronos? Porque Jesus já havia descrito esses julgamentos em Mateus 24 e 25. Vamos rever Mateus 24, comparando com o que estudamos em Apocalipse 19: Mateus 24:4-28; resume o período da tribulação. Jesus aqui está respondendo as perguntas dos discípulos do V.3; "Declára-nos quando serão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo". Mateus 24:29-30; falam da volta de Jesus. Correspondem a Apocalipse 19:17 e 21. Mateus 24:31-41; descrevem o Julgamento de Israel propriamente dito. É a separação entre salvos e perdidos de Israel, pois TODO o contexto está tratando da nação de Israel no período da tribulação. Estes versos descrevem como Deus irá separar Israel. Mateus 24:42-52; duas parábolas de exortação à vigilância para Israel. Vigiai! Jesus está trazendo uma palavra de exortação; isso tudo aqui é para Israel: Vigiai, não sabei! A parábola das dez virgens (Mateus 25:1-13) Igreja, não se surpreendam, a parábola das dez virgens não tem nada a ver com a Igreja; a não ser que Jesus seja bígamo, ou polígamo. Vocês já perceberam que Deus não usa nenhuma figura na Bíblia, que não seja literal? A parábola das dez virgens está mostrando justamente a separação dos salvos e perdidos de Israel e só tem a ver com Israel, pois a Igreja está fora da Terra. A parábola mostra que as virgens eram companheiras da noiva e tomariam parte do casamento; as insensatas não entraram e as prudentes entraram. Todas as virgens estavam aguardando a voz do noivo; a parábola está justamente culminando com aquele: "Vigiai...(Mateus 24:42) "Ficai também vós apercebidos" Mateus 24:44 "Quem é, pois, o servo fiel e prudente?" Mateus 24:45 É só compararmos as duas parábolas do final do capítulo24, para concluirmos que a parábola das dez virgens é o cumprimento daqueles alertas que Jesus falou antes. Lucas 12:35-40 Esta passagem é o mesmo aviso sobre a segunda vinda de Jesus, não há nada de arrebatamento aqui; quando os evangelhos foram escritos, não existia Igreja. Estas exortações são para Israel; a exortação para a Igreja, as profecias sobre o arrebatamento, estão nas epístolas, Coríntios, Tessalonicenses. Notem nesta passagem as correlações com a parábola das dez virgens: V.35; "estejam... acesas as vossas candeias" V.36; "Bem-aventurados aqueles servos aos quais o Senhor, quando vier, achar vigiando! os faráreclinar-se à mesa " Que mesa é essa? Mesa da ceia das bodas do Cordeito. V.38; "Quer venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar". Então, as dez virgens representam o Israel salvo e o Israel que não está salvo. Romanos 9:6-33; "porque nem todos os que são de Israel são israelitas" Daniel 12:1 "Naquele tempo"; que tempo? Se lermos o capítulo11 de Daniel, veremos que o mesmo termina falando da destruição do anticristo. Portanto, o capítulo12 refere-se ao tempo do final da Tribulação. "Naquele tempo pg 1 de 5 22/07/2011 João Marcelo Pacheco

2 se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo...". Quem era o povo de Daniel? Israel. Miguel se levantará a favor de todo o Israel? Não, vejam o final do V.12:1; "mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro". Portanto, Jesus no final da tribulação, estará separando o povo de Israel que permaneceu vivo fisicamente na Terra, em duas partes: salvos e não salvos. Em Mateus 24, as duas parábolas finais, são exortações para Israel devido a este julgamento que ocorrerá. Analisando o que Deus diz em Romanos 9, acerca de que: nem todos que são de Israel são israelitas, então como se cumprirá (Romanos 11:26)? Vejam, Deus considera Israel o conjunto daqueles que realmente crêem Nele e no Messias (assim como Deus considera Igreja, somente aqueles que crêem em Jesus e nasceram de novo; não é porque a pessoa diz ser da Igreja que realmente nasceu de novo). Para ser Israel de Deus, tem que ser de fato israelita, e Deus considera israelita aqueles que reconhecem o Messias; é a mesma base para ser Israel e para ser igreja. Romanos 11:26-27 Então todo o Israel será salvo; todo o Israel aos olhos de Deus, aqueles que aceitaram esse Libertador. Vamos recapitular. Quem Jesus estará julgando após destruir os exércitos do anticristo, e aonde? Primeiro Israel e aqui na terra. Quais israelitas serão julgados? Aqueles que ficaram vivos fisicamente; muitos morreram e fazem parte de outro grupo. Estamos falando dos dois julgamentos que ocorrerão para as pessoas que ficaram vivas na Terra, da nação de Israel e das demais nações; por um milagre ficaram pessoas vivas na Terra após o final da tribulação, nem o anticristo e nem os juízos de Deus as mataram. Então Jesus, estará separando primeiramente o israelita incrédulo daquele que crê. Imaginem, no final da tribulação, tudo estará um caos na Terra, tudo estará destruído neste planeta, porém haverão pessoas vivas. Jesus extermina todos os exércitos do antacristo, nenhuma pessoa desses exércitos permanece viva, morrem todos, pisados no lagar, porém haverão muitos que permanecerão vivos. Agora, entre os que ficarem vivos, como nós estamos na Terra hoje, haverão aqueles que aceitaram a pregação, aceitaram o sangue do Cordeiro e aqueles que não aceitaram. Jesus então, separa nesse julgamento, primeiro os de Israel; os rebeldes dos que creêm. Os incrédulos serão mortos e os que creêm ficam na Terra para entrar no reino; ficam em corpos naturais como somos hoje, não receberão corpos glorificados. Jesus, depois de fazer esse julgamento com os vivos de Israel, fará o mesmo julgamento com as pessoas que permanecerem vivas dentre as demais nações da Terra. Em cada nação da Terra haverão pessoas vivas, os que não fizeram parte dos exércitos do anticristo. Mateus 25:31-33 "Quando vier o Filho do homem na sua glória (segunda vinda de Jesus)... então se assentará no trono da Sua Glória". É a mesma informação de Apocalipse 20:4; então vi uns tronos" "e diante Dele serão reunidas todas as naçoes...", ou seja, as pessoas vivas dentre as naçoes da Terra. Jesus as separará "uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda" Veremos na próxima aula, mais detalhes do julgamento de Israel e este outro julgamento de todas as nações. pg 2 de 5 22/07/2011 João Marcelo Pacheco

3 Jesus, no capítulo24 de Mateus, faz uma narrativa (resumo) do período da Tribulação; vimos que este capítulo tem a ver somente com Israel: do V.1 ao V.30, Jesus descreve a Tribulação e termina com a descrição da sua vinda; já do V.31 ao V.41, vemos o julgamento de Israel, julgamento dos vivos da nação após o término da Tribulação. Nesse ponto Jesus irá separar as pessoas vivas de Israel na Terra, os salvos dos não salvos. V.40-41; quem serão levados para fora da Terra são os não salvos e os salvos permanecerão na Terra, como nos dias de Noé; é exatamente o oposto do arrebatamento. Após a descrição do julgamento de Israel, Jesus conta duas parábolas como advertência à Israel sobre tudo o que Ele descreveu e mais do que nunca a Igreja não está neste contexto. Como estudamos, a Igreja foi arrebatada antes de tudo que Jesus começou a contar em Mateus 24 e aqui Jesus está explicando como será a tribulação, a sua segunda vinda e o que acontecerá após a sua volta. Jesus, no capítulo 25, conta a parábola das dez virgens e veremos mais alguns detalhes, além, dos já vistos na aula passada. (Mateus 25:1-13) Esta parábola é uma ilustração de Israel no final da Tribulação, quando Jesus (o noivo) estiver para voltar. Porque a parábola fala do noivo encontrando-se com as virgens, muitos cristãos concluíram que se trata do encontro de Cristo com a Igreja, porém de maneira nenhuma é o que está acontecendo aqui; dizem ainda que as prudentes representam a parte da Igreja que será arrebatada e as néscias a parte que não será arrebatada, justificando assim erroneamente a perda da salvação para os que são da Igreja. Observe que a parábola começa com o conectivo "então", que liga o que será narrado com o que foi descrito no capítulo anterior. Sendo assim, o período a que se refere esta parábola é a Tribulação e portanto, é impossível de se referir à Igreja. Notem que na parábola a "noiva" nem é mencionada. Na tradução da Vulgata Latina e nas versões siríacas, o V.1 diz: dez virgens, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo e da noiva. O mais provável é que as virgens são as mesmas citadas no Salmo 45:14: "as virgens, suas companheiras (da noiva) que seguem (seguem a noiva), serão trazidas a sua presença". "Virgens", fala de pureza moral e "lâmpadas" fala de testemunho. Na verdade, Israel é um testemunho vivo da fidelidade e soberania de Deus. Porém, dentro da nação, há os que realmente são salvos e os que não são salvos. Paulo, antes de sua conversão na estrada de Damasco, era irrepreensível (Filipenses 3:4-6), mas não era salvo. As virgens prudentes simbolizaram o Israel salvo após o término da Tribulação; elas tem azeite em suas lâmpadas. O azeite é símbolo do Espírito Santo. Zacarias 4:1-6, Atos 10:38, Hebreus 1:9, Romanos 8:9 Já as virgens néscias simbolizam o Israel "religioso" do final da Tribulação, porém não salvo; elas não têm o Espírito, "e se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é Dele". Na descrição do arrebatamento, não existem dois grupos como estes desta parábola: I Coríntios 15:51-56, I Tessalonicenses 4:13-18 Há sim dois grupos também no arrebatamento, porém diferentes: "os que morreram em Cristo" e "os que ficaram vivos" e ambos tem o azeite, o Espírito Santo, Aleluia! 11.18: O julgamento das nações (Mateus 25:31-46) Continuado o capítulo25 de Mateus, temos: V.14-30; relatam uma parábola que enfatiza os galardões, a parábola dos talentos. V.31-46; não registram uma parábola e sim a profecia de Jesus acerca do que acontecerá com as NAÇÕES, quando da sua volta. Os V vão tratar de outro julgamento, o julgamento das nações. Jesus já separou os de Israel e agora ele se volta para as demais nações, para os gentios. pg 3 de 5 22/07/2011 João Marcelo Pacheco

4 V.31-32, "quando, pois, vier o Filho do homem na sua glória..." Portanto, será aqui na Terra, "... e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos". Isaías 34:1-2 e Joel 3:11-16 Mateus 25:31-46 Este texto é muito mau usado nas Igrejas, com ele se prega a salvação através das obras. Esse texto é base para o "evangelho da libertação", que não tem nada de bíblico. Se a salvação fosse através das obras, segundo este texto temos: vamos dar de comer e ajudar como aqui está descrito; vamos todos os domingos às cadeias, hospitais, etc. Vejam, não estou falando que não devemos fazer isso, devemos sim e muito, porém entendermos que este texto é um evangelho de salvação, isso não! Em que contexto esta inserido esse texto? Quando é que Jesus irá colocar estas obras em evidência? Na sua 2ª vinda, após o período da Tribulação. Portanto, a Igreja continua fora do assunto. No texto vemos três grupos distintos de pessoas: Ovelhas; são os salvos das nações, no final da Tribulação. Cabritos; são os não salvos das nações, no final da Tribulação Pequeninos irmãos; meus irmãos, mesmo dos mais pequenos; quem são estes? Estes últimos são os judeus salvos do período da Tribulação. Salmos 22:22-23; meus irmãos Miquéias 5:3; seus irmãos Zacarias 13:7; os pequenos Mateus 10:42; pequeninos, na qualidade de discípulos. Por serem discípulos, não se refere a crianças. Quem irá pregar o evangelho do reino na Tribulação? Inicia-se com os israelitas, discípulos, e com certeza os que se converterem, de Israel, também farão parte deste grupo. Portanto, "meu irmãos, mesmo dos mais pequeninos", refere-se aos judeus convertidos na Tribulação. Então vejamos; na segunda parte da Tribulação, o anticristo perseguirá os israelitas como nunca, numa tentativa de exterminar de vez com essa nação, que Satanás persegue desde a sua formação. Durante esse tempo, quem socorrer, quem ajudar um judeu, vai se expor à ira do anticristo, correndo risco até mesmo da sua própria vida. Ninguém irá ajudá-los, a não ser que sejam movidos pelo Espírito Santo e para ser movido pelo Espírito Santo, precisa ser salvo. Quem não for salvo, ou seja, quem não tiver o Espírito Santo, não conseguirá ajudar os judeus perseguidos, pois a fúria do anticristo será muito grande. Deve ficar bem claro, porém, que a atitude de ajudar os judeus é obra conseqüente da fé, é o fruto e não a causa. Desde o começo do curso, estamos mostrando que as obras não salvam, mas evidenciam em quem nós cremos. Deus só julga através de obras concretas e a obra concreta dessas "ovelhas", que mostram para o Universo que elas são salvas, é o fato de terem ajudado judeus durante o período da Tribulação, correndo risco da própria vida. Não foi a ajuda aos "irmãos, mesmo os mais pequeninos" que os salvaram, mas eles os ajudaram porque eram salvos. A Tribulação é um período que não tem lugar para pessoas mornas, ou é ou não é; não haverá lugar para a Igreja morna que temos hoje. Na Tribulação não tem morno, é quente ou frio; o quente está arriscado a perder a sua própria cabeça e milhões perderão, como vimos aquelas almas no céu por causa do testemunho de Jesus. Portanto, quem ajudar um judeu, estará correndo risco de vida mesmo. Então, as nações julgadas por Jesus e a obra que evidência os salvos dos não salvos, será terem arriscado a sua própria vida: quem acha sua vida perdê-la-á, que perde sua vida (a favor dos irmãos pequeninos, que são os israelitas salvos da Tribulação) achá-la-á. (Mateus 10:39-42) pg 4 de 5 22/07/2011 João Marcelo Pacheco

5 Os julgamentos que estudamos, acontecerão no período de implantação do Reino de Jesus na Terra, período esse entre o final da Tribulação e o Milênio; os julgamentos se darão nos 75 dias após a Tribulação, aos quais se referem Daniel (Daniel12:12). Esses julgamentos acontecerão sobre as pessoas que sobreviverem à Tribulação, e o objetivo é separar os salvos dos não salvos. Os não salvos (perdidos) serão mortos: seus corpos irão para a sepultura e suas almas e espíritos para o Hades. Os salvos, entrarão no Milênio com seus corpos naturais. Portanto na Terra, no início do Milênio, sobreviventes da Tribulação serão somente pessoas salvas, mas ainda com seus corpos naturais (como somos hoje). Estes serão os habitantes da Terra, sobre os quais Jesus Cristo reinará, juntamente com os Santos da Igreja, com os Santos do V.T. e com os Santos (os que morreram) da Tribulação; todos estes já com corpos glorificados. Então, quando o Senhor Jesus estabelecer o Seu Reino, haverão dois tipos de pessoas na Terra: os glorificados e os naturais; todos salvos. Os naturais vão gerar filhos durante o Milênio os quais, como hoje, nascerão com a natureza adâmica (pecadora) e deverão exercer ao longo de suas vidas, individualmente, a decisão de receber ou não Jesus Cristo como Senhor e Salvador. pg 5 de 5 22/07/2011 João Marcelo Pacheco