LIDA E APROVADA EM: 23/09/2015 ATA DA 1ª SESSÃO PLENÁRIA EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VITÓRIA / 2015
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- João Vítor Fonseca Arruda
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1 LIDA E APROVADA EM: 23/09/2015 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/15-1 ATA DA 1ª SESSÃO PLENÁRIA EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VITÓRIA / Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do Conselho Municipal de Educação de Vitória - COMEV, realizada aos nove dias do mês de setembro do ano de dois mil e quinze (09/09/15), às 14h (quatorze horas), na sede do COMEV, com a seguinte pauta: - Diálogo com a Secretaria Municipal de Educação - SEME sobre o Decreto nº /2015 e o impacto deste na Educação do município de Vitória, em atendimento ao Of. COMEV nº. 079/2015, datado de 21/08/15, encaminhado à SEME conforme deliberação do Pleno. Participaram da reunião os(as) Conselheiros(as) e os(as) Convidados(as) conforme lista de presença afixada na pasta de Atas do COMEV. A Conselheira/Presidente Denise Pinheiro Quadros iniciou a Sessão apresentando-se aos presentes, explicando a metodologia do encontro e a falta de necessidade da constituição de quórum para a sessão. Explanou sobre a pauta do dia, a importância de entendimento do Decreto Municipal Nº /15, da Portaria SEME Nº 063/15 e o seu impacto na Educação do Município de Vitória. Concedeu a palavra à Sra. Sueli Mattos de Souza que agradeceu ao convite em nome da Secretária Municipal de Educação, Adriana Sperandio, e apresentouse como Secretária Executiva da SEME e coordenadora da Gerência de Recursos Humanos, Gerência Orçamentária Financeira e Gerência Administrativa da Secretaria Municipal de Educação. Iniciou a sua fala contextualizando a origem do Decreto. Segundo a Secretária Executiva, pela primeira vez, na história, o Município de Vitória teve uma queda na receita ao invés do crescimento, portanto, a crise atual já se desenhava desde do ano de 2013 e já era esperada para os anos de 2015 e/ou 2016 tanto que, em fevereiro de 2013, foram publicadas uma série de medidas de contenção de despesas como, por exemplo, redução nos gastos de água, luz, telefone e de concessão de horas extras. Citou os cortes salariais e lembrou do atendimento, no início de 2014, a uma reivindicação que atravessava décadas: o vale alimentação. Explicou que a redução de gastos continuou, mas sem prejudicar a prestação de serviços, principalmente dos setores que atendem diretamente à população. Lembrou do encerramento do FUNDAP (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias) e da redução de 25% para 15% do ICMS que é direcionado ao Município de Vitória. Informou que, em 2015, a situação agravou-se também por conta do aumento dos preços das tarifas públicas, citando como exemplo algumas escolas que antes destinavam cerca de mil reais ao pagamento da conta de energia e que, agora, estão sendo surpreendidas com tarifas que chegam a oito mil reais. Alertou que, apesar da queda de receita no Município, a folha de pagamento teve um crescimento, ou seja, mesmo não tendo nenhuma reposição salarial ou aumento de salário, existe, em alguns setores, uma progressão no plano de carreira e essa
2 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/ diferença salarial tem que ser paga. Explicou sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece um limite para gastos com o pessoal e que, em abril desde ano, o Município recebeu um alerta do Tribunal de Contas de que seria preciso adotar medidas para redução de gastos, pois já tinha atingido o limite para despesa com gastos de pessoal. Relatou que, em quase todos os setores da Prefeitura, estão acontecendo reuniões semanais para discutir e avaliar o que pode ser feito para evitar a redução na prestação de serviço. Daí surgiu a determinação para a elaboração de um Decreto sobre medidas de contenção de gastos, o que resultou na publicação do Decreto Municipal Nº /15, com validade de um ano, que dispõe sobre medidas de restabelecimento do equilíbrio econômico e financeiro no âmbito da administração direta e indireta do município de Vitória. Disse que a crise não foi causada apenas pelo atual governo, que não existe uma recuperação de receita imediata e, por isso, a necessidade do Decreto. Foi criada uma Comissão Interna para implementação de medidas visando o cumprimento das metas e que, mensalmente, esta Comissão terá que enviar um relatório para o Comitê Interno formado pela Secretaria de Governo, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Gestão Estratégica e Secretaria de Administração para avaliar todas as medidas e todos os impactos. Lembrou da crise semelhante enfrentada pelo Município de Cariacica no ano de 2009, quando foi sacrificada uma parte dos salários dos servidores e contratos temporários. Fez a leitura e explicou o conteúdo de alguns artigos do Decreto, como os de redução nos gastos com luz e telefone e os novos horários de atendimento de algumas secretarias, inclusive da SEME. Como no Decreto foi apresentado que alguns setores teriam que se adequar ao seu cumprimento, a SEME visualizou a necessidade de elaborar a Portaria Nº 063/15 onde foi especificada a forma que será realizado o atendimento dentro dos novos horários estabelecidos e o cumprimento das medidas estabelecidas pelo Decreto. Informou que foi feita uma reunião com o grupo de Diretores da Rede Municipal de Ensino que fazem parte do Fórum de Diretores para apresentação de ideias de como seriam adotadas as medidas, em especial do artigo 6º. Nessa reunião foram criados Grupos de Trabalho para discutir alguns pontos específicos relacionados à Portaria como redução dos gastos com água, luz, telefone, repasses para as escolas, horários de funcionamento, tipologias, concessão de espaços, etc. Ressaltou que todas as sugestões que emergiram desses Grupos de Trabalhos foram acatadas, mas admitiu que a SEME falhou em não dar um retorno sobre isso, não houve uma devolutiva aos Diretores sobre o resultado dessas reuniões. A Conselheira/Presidente Denise Pinheiro Quadros agradeceu à Subsecretária e abriu inscrições para as falas dos(as) Conselheiros(as) e dos(as) Convidados(as) presentes. Antes, chamou a atenção para três situações e disse que gostaria que a Secretária se posicionasse: o COMEV não foi citado no Decreto e nem na Portaria, também não foi chamado para as dialogar sobre as medidas, assim como foi feito com o Fórum de Diretores. Disse não perceber, no Decreto nem na Portaria, onde o Conselho Municipal de Educação e nem os demais Conselhos se encaixam no processo. Lembrou que o Plano Municipal de Educação, aprovado pelo Prefeito e Pela Câmara Municipal de Vitória colocou, já para ano de 2015, 35% do orçamento para a Educação. Indagou sobre qual seria o momento em que a Secretaria e os Grupos de Trabalho irão discutir sobre o impacto dessas medidas para a Educação no Município, qual é o estudo que a Secretaria tem hoje em mãos e qual é o diálogo que ela está realizando com as Unidades de Ensino sobre o assunto. Entende que, dependendo dos cortes, pode haver uma necessidade de revê-los, pois fica
3 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/ complicado lidar com a qualidade pleiteada se todos os cortes forem realmente adotados. A Conselheira Ávila Jane Santos da Rosa, representante dos Servidores Técnico-administrativos da Educação Municipal, expôs preocupação com o impacto que esses cortes podem trazer para a educação. Sabe que, em qualquer ambiente educacional, tanto público quanto privado, a qualidade está ligada também à quantidade de profissionais e sente que o peso dos cortes de pessoal na educação tem sido maior do que nas outras Secretarias. Na educação não se trabalha com números, mas com pessoas, por isso, entende que qualquer corte de pessoal atrapalha a qualidade da educação ofertada. Citou os cortes de contratos, principalmente nos CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil). Disse que, antes mesmo do Decreto, a Secretaria Municipal de Educação já tinha sido avisada sobre o fim dos contratos e que não houve nenhuma ação concreta em relação ao que poderia ser feito para renovar ou evitar o fim. Lembrou que alguns benefícios foram cortados, atingindo o atendimento nas Unidades de Ensino. Chamou a atenção para a alteração no horário de atendimento do setor administrativo da escola aos pais, o que poderá dificultar o acesso dos mesmos à escola. Disse que o deslocamento do pessoal para atender aos locais que estão com falta de profissionais está acontecendo sem planejamento, prejudicando o atendimento às crianças. Chamou a atenção para a obrigatoriedade do atendimento às crianças de 4 a 6 anos a partir do ano 2016 e questiona como isso será possível, devido aos cortes que serão adotados para o cumprimento do Decreto. A Conselheira Marlene Busato lembrou que a reunião com o Fórum de Diretores ocorreu em 10/08/15 e que, a partir daí até o dia da publicação da Portaria, pela Secretaria de Educação, não foi dado nenhum retorno para os Diretores, assim, entende que os gestores não são corresponsáveis pelas medidas impostas pela Portaria. Disse que os Diretores estão sentindo os impactos diretamente nas Unidades de Ensino, ressaltou que assumiu uma escola sucateada e que o Recurso para a manutenção ainda não foi depositado. Informou que na EMEF onde é Diretora houve corte de três vigilantes, restando apenas um para vigiar todo o patrimônio. Sugeriu uma discussão mais ampla sobre o assunto. O Conselheiro Rafael Ângelo Brizotto, Diretor do CMEI Darcy Castelo de Mendonça, representante do SINDIUPES no COMEV, solicitou que a Presidente Denise Pinheiro Quadros perguntasse ao Pleno se havia alguém da Diretoria do Sindicato dos Professores presente na Plenária e ninguém manifestou-se. Disse não estar satisfeito com a ausência da Secretária Municipal de Educação, que deveria estar presente em pessoa e não por representação. Relatou situações que está vivenciando na Unidade de Ensino em que é Diretor, como a falta de profissionais. Explanou sobre as dificuldades que outros Gestores de Unidades de Ensino também estão vivenciando com a falta de Pedagogas, Coordenadores, Apoio para a Educação Especial, Informática e Assistentes Administrativos. Falou sobre o problema do corte do adicional de insalubridade das Assistentes de Suporte Operacional (ASO) que são responsáveis pela higienização das crianças nos CMEIs. Também chamou a atenção sobre o fim dos contratos das Assistentes de Educação Infantil, motivo que o fez arcar, pessoalmente, com o pagamento de uma profissional dessa área para atuar no CMEI onde é Diretor, para não precisar dispensar crianças. Lembrou que a Resolução COMEV Nº 06/99 não permite que um(a) professor(a) do grupo 03 trabalhe sozinha na sala de aula com 25 crianças. Outra dificuldade enfrentada é a retirada do Recurso Permanente (15 mil reais), e o Recurso para Manutenção (8 mil reais) pois, no início do ano, o Conselho de Escola se reuniu e definiu sobre como seria a utilização desses recursos. Lembrou que o
4 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/ Fórum de Diretores tinha deliberado por não mais fazer parte do Grupo de Trabalho para discutir sobre a Portaria, pois não houve concordância com os cortes e, mesmo assim, os nomes de dois Diretores foram publicados como membros. Convidou a todos(as) os(as) presentes para uma Sessão que será realizada no dia 15/09/15, às 16 horas, na Câmara de Vereadores de Vitória com o intuito de discutir os cortes no orçamento da Educação. Disse que a falta de certos profissionais nas Unidades de Ensino está prejudicando a prestação de serviços. O Conselheiro Washington Felix Rocha informou que, na EMEF Eunice Pereira, onde trabalha, também houve corte de vigilantes, restando apenas um para fazer a segurança dos(das) estudantes e professores(as). Questionou sobre a redução do adicional de insalubridade das ASOs. Falou que, de acordo com a Portaria SEME Nº 063/15, foi suspensa a participação em Congressos, Seminários e Mestrados/Doutorados, o que afeta diretamente o processo de formação e implica na desmotivação dos professores. Informou que a CPLAN (Comissão de Planejamento e Avaliação das Políticas Educacionais) realizará, no dia 24/10/15, o Fórum de Avaliação Escolar e entende que esses cortes afetarão esta avaliação. Reforçou o convite para a Sessão na Câmara de Vereadores no dia 15/09 e questionou sobre qual seria a participação da Câmara de Vereadores no processo de corte de gastos. Lembrou dos 35/% no orçamento do Município destinado à Educação que foi aprovado no Plano Municipal de Educação e torce para que o Prefeito aprove. Denunciou a propaganda do partido PPS, em que são mostradas escolas que não correspondem à realidade vivida nas Unidades de Ensino da Rede Municipal. A Conselheira Célia Maria Vilela Tavares recordou-se da época em que foi Secretária Municipal de Educação em Cariacica e da crise financeira que o Município enfrentou no ano de Lembrou que a crise não é só local, nem mesmo apenas nacional, criada pelo Governo, mas mundial. Informou que existem setores na Prefeitura como, por exemplo, a Secretaria da Fazenda que pagam pela produtividade, o que eleva consideravelmente os salários dos servidores que nela atuam, diferentemente dos salários dos servidores da Educação que são pagos de acordo com o plano de carreira. Indagou se os outros setores da Prefeitura também estariam contribuindo com os cortes, citando o exemplo do contrato para colocação dos cones em toda a orla de Vitória, nos finais de semana e feriados, criando a rua do lazer, para circulação de pedestres e ciclistas. Diferentemente do que pensava, os cones não são colocados pela guarda municipal e sim através do serviço de uma empresa terceirizada, cujo contrato com a Prefeitura, está no valor de R$ ,00 (setecentos e quatorze mil reais) anuais, o que implica, em média, um gasto de R$ ,00 (dez mil reais) por cada vez que esse serviço é prestado. Acredita que o Município de Vitória não havia se preparado para essa queda de receita e precisa se reinventar para sair da crise. A Conselheira Denise Pinheiro Quadros abriu inscrição de fala para os(as) convidados(as) presentes. O Convidado Marcelo Santos Freitas, Vereador do Município de Vitória, disse estar com dificuldade de falar com o Prefeito, pois o mesmo não o recebe, e também lamentou a ausência da Secretária de Educação, Adriana Sperandio, na Sessão Plenária do COMEV de hoje. Sugeriu um diálogo entre o COMEV, a Câmara de Vitória e a Secretaria Municipal para discutir sobre a situação dos cortes nos gastos e términos de contratos. Lembrou, mais uma vez, da Sessão na Câmara de Vereadores, marcada para o dia 15/09/15 às 16 horas. A Convidada Jussara Lia Poletti, Diretora da EMEF Padre Anchieta, parabenizou a Secretária Suelli Mattos de Souza pela presença, pois na maioria das vezes é ela quem está presente nos eventos
5 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/ representando a Secretária. Denuncia e ao mesmo tempo questiona a necessidade da SEME pagar pessoas estranhas para darem palestras, muitas vezes pouco relevantes, sendo que, dentro da própria Rede, existem pessoas qualificadas para tal função, como os Servidores egressos de Mestrado e Doutorado. Criticou a propaganda da Prefeitura Municipal de Vitória que saiu publicada na revista VEJA. Sugeriu a criação de uma Política de Aposentadoria dentro da Secretaria Municipal de Educação. Criticou as medidas sugeridas para cortes de gastos publicadas no Decreto em questão. Explanou sobre a situação vivida na EMEF Padre Anchieta, de onde foram cortadas duas merendeiras e dois profissionais da limpeza. Criticou a terceirização na portaria das escolas, onde são trocados vigilantes por porteiros que, em alguns casos, são traficantes ou ficam assediando os(as) estudantes da escola. Indagou sobre o fato de não ter sido chamada para discutir o fim do Programa Mais Educação que era oferecido na escola onde é Diretora, pois é uma verba do Governo Federal que era importante para a escola. Disse não ter conseguido visualizar nas medidas algo que realmente possa gerar economia para o Município e que a conta da falta de Gestão está sendo paga pelo cidadão, pois mesmo com o reajuste na conta de energia a EMEF Padre Anchieta conseguiu reduzir esse gasto e também o valor da conta de água. O Convidado Paulo da Silva Rodrigues, Diretor da EMEF Álvaro de Castro Mattos, ponderou sobre a possibilidade do Município passar pela crise financeira adotando as medidas dispostas no Decreto, fazendo uma discussão mais ampla com os envolvidos. Criticou a forma como foi encaminhada a Portaria, desconsiderando o Conselho Municipal de Educação e todos(as) os Conselhos de Escola. Criticou a suspensão dos Recursos que deveriam ter sido encaminhados para as escolas. Reprovou a Portaria SEME Nº 063/15 que sugeriu medidas não contempladas pelo Decreto Municipal Nº /15, considerando-a sem amparo legal. Expõe preocupação com o desrespeito à Política de Gestão Democrática. A Convidada Geane Santos Galdino, mãe de alunos(as) da Rede Municipal de Ensino manifestou-se totalmente contrária a medidas de corte de gastos na educação, setor para onde deve-se pensar em maiores investimentos e não na redução de verbas. Não se cria bons cidadãos sem uma boa educação. A Conselheira/Presidente Denise Pinheiro Quadros concedeu a palavra à Secretária Executiva Suelli Mattos de Souza, que expôs o fato de que, independente da posição que ocupa, abraça e defende a política da Educação. Disse que existe um diálogo entre a SEME e o COMEV, mas concorda que os trâmites para a Publicação da Portaria foram falhos devido à não devolutiva, sobre os encaminhamentos dos Grupos de Trabalho, com os gestores, mas que foram feitas Atas de todas as reuniões e que as mesmas estão disponíveis. Disse, ainda, que os Conselhos encaixam-se em todas as ações da Secretaria. Afirmou não ter acúmulo suficiente para responder sobre as questões relacionadas ao Plano Municipal de Educação, mas, se é lei, então os 35% do orçamento serão direcionados para a Educação. O Impacto da gestão, gerado pela obediência ao Decreto, não está sendo agradável, mas a SEME vem lutando pela renovação dos contratos, por isso, em alguns casos, foi possível a renovação por mais um ano, mas, para tanto, foi preciso muito diálogo com o Jurídico do Município. Explica que, atualmente, para a renovação de contratos é preciso justificar de que forma o impacto será absorvido. Infelizmente, o término dos contratos constitui-se em um problema, mas SEMAD e a SEME estão dialogando com o intuito de resolver a questão do término dos contratos e suprir a falta de alguns profissionais na educação infantil. Em relação ao horário de atendimento aos pais nas secretarias escolares, foi sugerido um horário
6 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/ para atendimento de forma que a escola pudesse se organizar para cumprir, sem penalizar a quem demanda esse serviço. Sobre os servidores que trabalham na SEME central, esclareceu que alguns estão lá pelo mesmo motivo que acontece nas escolas, citou como exemplo, as licenças médicas. Esclareceu sobre o sistema de horas trabalhadas dentro da Secretaria. Justificou que os plantões de atendimento, das 7 às 8h e das 17 às 18h, de acordo com o novo horário de funcionamento da SEME estabelecido pela Portaria SEME Nº 063/15, tem o objetivo de atender as escolas e serão realizados pelos profissionais com carga horária de 50h/semanais, o que não onera os cofres. Sobre as empresas terceirizadas, a SEME vem dialogando com os gestores de escolas e tem o intuito de trocar os vigilantes pelos porteiros sem que haja impacto nas Unidades de Ensino; para isso foi feito um estudo sobre a questão com o suporte da Secretaria Municipal de Segurança. Sobre As Auxiliares de Serviços Gerais e a questão da insalubridade, lembrou que a um tempo atrás houve uma decisão judicial, em algum lugar do país, onde um servidor, que também cuidava da higienização de crianças, entrou com pedido para receber o adicional de insalubridade e foi negado. Desde então, a SEME foi comunicada que deveria cortar esse adicional gradativamente. Mas a SEMAD está estudando uma maneira de reverter essa decisão e continuar pagando o adicional, pois entende que é o justo. Sobre a ausência da Secretária, lembrou que, sempre que possível, ela está presente em eventos que tratam de questões ligadas à educação. Não foge a debates, mas que a sua agenda de hoje não permitia o comparecimento a esta reunião. Sobre os recursos Permanente e para Pequenos Reparos, internamente existe um diálogo, incluindo a SEMAD, para que não sejam retirados, mas é melhor não criar expectativas. Sobre a suspensão de participações em Mestrados, Seminários e Congresso lembrou que o Decreto tem vigência por um ano. Lembrou que o servidor que deu entrada no primeiro semestre conseguiu liberação para mestrado ou participar de eventos; a suspensão é temporária. Existe uma Comissão Interna na SEME para analisar esses casos. Sobre a questão dos contratos da empresa responsável pela colocação de cones na orla, entende ser importante levar esta questão para a agenda que acontecerá na Câmara de Vereadores dia 15/09/15. Chamou a atenção para o potencial e perfil que Vitória possui para sair da crise financeira atual. Historicizou sobre os períodos financeiros que Vitória atravessou, a conquista do FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental) até chegar ao recurso atual FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Hoje, Vitória está se adequando para evitar fazer retiradas. Foi previsto para Receita do Município de Vitória 1,8 bilhão, mas, em setembro deste ano, a receita foi de 1,5 bilhão, 300 milhões a menos do que foi previsto. Para o FUNDEB a previsão era de 163 milhões, mas a Secretaria da Fazenda já sinalizou uma redução podendo chegar até a 154 milhões. Se um Diretor ligar para Brasília solicitando informações sobre o Mais Educação ele será esclarecido sobre a perspectiva de repasses, mas para a Secretaria, a informação é de negativa total. A SEME chamou algumas escolas para uma conversa sobre a questão do Programa e foi passada a orientação de que as Unidades de Ensino que já receberam o recurso, devem utilizá-lo para a compra de materiais, entretanto, não podemos mais contar com esse recurso. Disse que não pode falar sobre os gastos de outras Secretarias, mas que os Conselhos e os Diretores presentes podem dialogar com representantes dessa atual gestão administrativa. Chamou atenção para a importância do olhar de quem convive no dia a dia das escolas. A Conselheira Denise Pinheiro Quadros abriu para novas
7 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/ inscrições dos(as) Conselheiros(as) e convidados(as). A Conselheira Liudimila Katrini Proximozer, professora e representante do Magistério no COMEV, disse que, quando começou a trabalhar como servidora no Município, imaginava outra realidade, outra estrutura física por conta da verba que o município direciona para a educação. Com o tempo foi percebendo que não era assim e que, gradativamente, fica mais precarizado. Ponderou que o poder de compra vem diminuindo, devido à crise estabelecida e à falta de reajuste de salários. Pelo pouco que conseguiu visualizar no Portal Transparência, percebeu que existem salários fora do padrão. Indagou se os Grupos de Trabalho que foram criados terão autonomia para apontarem caminhos para a redução de gastos em outras Secretarias, incluindo a Câmara de Vitória. Diz-se preocupada com as obras federais, pois foram criadas três escolas de Educação em Tempo Integral e, agora, a prefeitura está fechando programas de Educação em Tempo Integral em todas as escolas por causa da verba federal e a previsão era de abrir mais três escolas de Educação em Tempo Integral para o ano de Incomoda-se com a estrutura física e precarização dos CMEIs, com a redução das AEIs e ASOs que lidam diretamente com as crianças. Comunga com os colegas que relatam preocupação em relação à redução dos profissionais de vigilância nas escolas. A verba do Programa Brasil Carinhoso ainda não foi repassada para as escolas que estão sem brinquedos e material pedagógico. Pergunta o que está sendo pensado para essa verba federal que já está em caixa. A Convidada Ivani Coelho Andrade, professora da Rede e Conselheira no CMEI Ocarlina Nunes Andrade, também lembrou a crise de 2009 quando também foi publicado um Decreto para redução de gastos, mas que impactou diretamente nas Secretarias; já esse Decreto atual está afetando diretamente as escolas. Sugeriu pensar uma outra política que não impactasse diretamente as Unidades de Ensino e a população. Questionou se foi feita uma análise detalhada dos recursos que existem nos caixas escolares. Já existe prejuízo na prestação de serviço, pois as escolas não estão conseguindo executar os Planos de Ação. Indagou quais aspectos foram considerados relevantes pela Secretaria Municipal de Educação para cortar os recursos essenciais para as Unidades de Ensino. O diretor da EMEF Prezideu Amorim, Sr. Aguinaldo Rocha de Souza disse morar no bairro Bonfim e ressaltou que a escola em que atua vem sendo precarizada, as crianças da região estão sendo entregues ao tráfico de drogas. Entende que a crise é mais política do que econômica. Chamou a atenção sobre uma declaração de que o Prefeito atual não tem condições de dar reajustes para a categoria do Magistério. O risco é de chegar ao final da gestão atual com perda salarial de 30%. Lembrou que o prefeito, em 2012, concedeu aumento para todo o seu secretariado, alegando que se não aumentasse o salário do secretariado não teria funcionários competentes para trabalhar no Município. Primeiro o Governo corta e depois chama a categoria para dialogar. Ponderou que o Fórum de Diretores não pode ser responsabilizado pela criação do Grupo de Trabalho que resultou na Portaria, pois ele havia solicitado à SEME a retirada dos nomes dos representantes do Fórum de Diretores. Chamou a atenção para os pagamentos de carga horária de profissionais com mais com 30 anos de casa, pois fica muito caro, isso deveria ser revisto. Entende que a forma de economizar recursos seria a descentralização, passar para as escolas a responsabilidade de gerenciar os recursos, pois, fazem uma economia muito maior. A Convidada Maria Aparecida da Costa Santos, Diretora do CMEI Reinaldo Ridolf, disse sentir-se contemplada com as falas anteriores, chamou atenção para a não participação do Fórum de Diretores na
8 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/ no Grupo de Trabalho, percebeu nas reuniões entre o Fórum e a SEME que muitas propostas já iam prontas sem possibilidade de alteração, ou seja, nem tudo o que os Diretores apontavam como mudança era considerado, não havia o que discutir sobre os cortes e reduções que já estavam postos. Por isso, os Diretores deliberaram por se retirarem do Grupo de Trabalho. A Convidada Clarisse O. R. F. D, Diretora do CMEI Georgina da Trindade Faria, chamou a atenção para as tipologias e o não cumprimento delas, pois na escola na qual é Diretora também foram cortadas profissionais da limpeza, restando apenas uma para dar conta de uma escola que possui uma área muito grande. Afirmou não contar com estagiário de Educação Especial nem do Regular e quando ligou para a Gerência de Educação Especial foi orientada a liberar criança mais cedo para casa, não aceitou e não fez. As ordens de serviço estão sendo suspensas, deixando obras inacabadas. Questionou se o Plano de Ação entre SEME e PMV contemplou esses cortes e redução de pessoal. A Conselheira/Presidente Denise Pinheiro Quadros chamou a atenção para o fato de que as questões levantadas não serão finalizadas nessa Sessão Plenária do COMEV. Reforçou o convite para que todos(as) se façam presentes na Sessão da Câmara de Vereadores para debates. Repassou a fala final para a Secretária Executiva Suelli Mattos de Souza. A Conselheira Liudimila Katrini Proximozer sugeriu que a Secretaria, em um próximo momento, apresente números do que foi economizado com os cortes. A Secretária Suelli Mattos de Souza fez a leitura do artigo 4º, parágrafo 1º, explicando como serão realizados os plantões de atendimento na SEME. Disse que, por ter trabalhado em Vila Velha e Cariacica, fazendo um breve comparativo, não consegue visualizar toda essa precaridade nas Unidades de Ensino como foi levantado. Em relação à folha de pagamento, lembrou que o IPAMV (Instituto de Previdência e Assistência do Município de Vitória) também conta na receita dos pagamentos. Citou que o Portal da Transparência de Vitória é uma ótima ferramenta e é possível visualizar até o processo. Alguns pagamentos não podem ser realizados com a receita de pagamentos de pessoal, citando, por exemplo, os terceirizados. Ressaltou que houve uma queda imensa na receita do Município. Os Critérios observados nos cortes dos repasses, são que os custeios estão garantidos, a alimentação está garantida e está havendo uma tentativa de captar recursos de outras fontes. A Secretária de Educação solicitou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que não convocasse mais os servidores do magistério para trabalhar nas eleições e o juiz respondeu negativamente, de próprio punho, afrontando a solicitação da Secretária. Esclareceu que existe um empenho, por parte da Secretaria para que as medidas não afetem a prestação de serviços e a qualidade da educação. Ao final, agradeceu por todas as observações levantadas. A Conselheira/Presidente Denise Pinheiro Quadros chamou a atenção pela falha em mais uma vez o COMEV não ter sido convidado para discutir o PPA (Plano Plurianual) do Município e nem para o Planejamento da SEME. De acordo com a Lei Orgânica do Município, o COMEV deveria ser contemplado e participar. Agradeceu a participação de todos(as) encerrando a Sessão e eu, Médylen Barbosa Silva, lavrei esta Ata que, após ser lida e aprovada, segue assinada pelos presentes. Denise Pinheiro Quadros (Presidente/Conselheira Titular - representante do magistério das instituições escolares da rede pública municipal de ensino)
9 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/15-9 Liudimila Katrini Proximozer (Conselheira Suplente - representante do magistério das instituições escolares da rede pública municipal de ensino) Marlene Busato (Conselheira Titular- representante dos Diretores rede pública municipal de ensino) Cirlane Mara Natal (Conselheira Titular - representante da Secretaria Municipal de Educação de Vitória) Célia Maria Vilela Tavares (Conselheira Titular - representante da Secretaria Municipal de Educação de Vitória) Débora Almeida Souza (Conselheira Titular - representante da Comunidade Científica) Marina Alves Silva Couto (ConselheiraTitular- representante da Comunidade) Marinete Maria Lopes (Conselheira Titular- representante de pais de alunos da rede pública municipal de ensino) Washington Felix Rocha (Conselheiro Suplente- representante de pais de alunos da rede pública municipal de ensino) Bianca Araújo Brandão Arrieiro (Conselheira Suplente- representante de pais de alunos da rede pública municipal de ensino) Maria Cândida Souza Pereira (Conselheira Titular - representante das instituições de educação infantil da iniciativa privada) Roberta Daniel Carvalho Fernandes Borba (Conselheira Titular - representante dos professores das instituições de educação infantil da rede privada de ensino) Ana Moscon de Assis Pimentel Teixeira (Assessora Técnica do COMEV)
10 Ata da 1ª Sessão Plenária Extraordinária do COMEV de 09/09/15-10 Marcia Sagrillo Smiderle (Assessora Técnica do COMEV)
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