CI GILIC/SP Licitação /2009 São Paulo, 22 OUT 2009.

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1 CI GILIC/SP Licitação /2009 São Paulo, 22 OUT À GILIC/SP - Licitação Assunto: Julgamento recurso - Anulação Pregão Eletrônico nº 067/ Empresa Albatroz Segurança e Vigilância Ltda.". Ref. : Pregão Eletrônico nº 067/ Contratação de empresa para prestação de serviços de vigilância ostensiva, de acordo com o disposto nas Leis nºs /83 e 9.017/05, Decretos nº /83 e 1.592/95, Portaria nº 387/06-DPF e respectivas alterações, serviços de segurança eletrônica, serviços de atendimento de disparo de alarme contra intrusão e serviços de abertura, fechamento e custódia de chaves, visando a inibir e obstar, nos horários contratados, ações criminosas, tais como roubos, furtos qualificados, furtos simples, seqüestros, respectivas tentativas e outros delitos do gênero, em unidades da CAIXA (imóveis próprios e imóveis sob sua responsabilidade), garantindo a incolumidade de empregados e clientes e a preservação do patrimônio da CAIXA, no Estado de São Paulo, no âmbito das Superintendências Regionais Baixada Santista e Vale do Paraíba e suas respectivas Unidades Administrativas, bem como a prestação de serviços de vigilância com extensão em segurança pessoal privada no âmbito do Estado de São Paulo, também de acordo com a legislação acima citada - Processo /2009 volumes I e VIII. Senhor Gerente 1 Trata o presente da análise de recurso apresentado pela empresa "Albatroz Segurança e Vigilância Ltda.", a qual foi recepcionada aos 21 SET 2009, às 16:08 horas, (fls a 2132) contra a anulação do Pregão Eletrônico nº 067/ em referência, cuja publicação do aviso de anulação se deu aos 14 SET 2209, no DOU (fls. 2129), cujas motivações estão consubstanciadas na CI GILI/SP - Licitação nº /2009, arquivada às fls a A citada recorrente apresenta argumentos o qual resumimos: 2.1 Que ofertou os melhores preços para ambos os lotes do objeto do pregão eletrônico; 2.2 Que a "Capital Serviços de Vigilância e Segurança Ltda." apresentou recurso contra o resultado e que deu provimento a anulação do certame licitatório. 2.3 Tece ainda, que embora o subitem 19.1 do Edital estabeleça como prerrogativa da CAIXA revogar ou anular a licitação mediante parecer escrito e devidamente fundamentado, é mister demonstrar as considerações da recorrente contra a decisão proferida e que alegações apresentadas pela "Capital Serviços de Vigilância" são descabidas ao alegar que ela (Albatroz) não cotou corretamente o salário de vigilante 2.4 Menciona que a empresa "Capital Serviços de Vigilância e Segurança Ltda.", tinha conhecimento que as funções atribuídas ao "vigilante monitor", na verdade se referia ao "operador de monitoramento" deveria ter impugnado o edital. 2.5 Embora a CAIXA tenha averiguado o vício no edital, ela "Albatroz Segurança e Vigilância Ltda." deveria ser sagrada vencedora do certame e que deve ser mantida a decisão proferida a seu favor já que obecedeu todas as normas do edital. 3 Podemos observar que a recorrente "Albatroz Segurança e Vigilância Ltda." se faz de rogada, como se não percebesse ou mesmo não querendo entender que o vício apresentado no

2 CI GILIC/SP Licitação / fls.2/4 certame é gravíssimo e mesmo assim quer que seja declarada vencedora do certame em referência sobre a alegação que atendeu plenamente as condições do edital. 3.1 Neste caso a CAIXA não pode e muito menos, deve compactuar com tal entendimento ou mesmo levar uma licitação com vício evidente a via de fatos, ou seja, efetuar uma contratação como se nada tivesse de errado, isto é, querer levar não só o Pregoeiro e a autoridade superior, mas também à CAIXA as esferas judiciais é inconcebível. 3.2 Como pode a recorrente, com toda a fundamentação para anulação do certame, constante na CI GILIC/SP /2009, onde ficou demonstrado que o objeto licitado apresentava um vício, querer que a CAIXA concorde em contratá-la, mesmo sabendo que o posto de segurança contido no edital não corresponde ao posto que a CAIXA pretendia contratar Frise-se, se a CAIXA procedesse como quer a recorrente viria não só ter, mas sofrer uma série de processos judiciais por parte do sindicato da categoria por ter contratado um serviço que não corresponde a cargo firmado pela convenção coletiva, com salário que não equivale ao posto, isto é um flagrante desvio de função. 3.3 Este Pregoeiro e muito menos essa autoridade superior, não concordaria com tal gravidade, muito menos quer ou pretende imputar a CAIXA qualquer tipo de processo trabalhista e judicial, que ocasionaria uma série de multas e passivos que poderia advir de uma adjudicação/contratação mal feita e com vícios que este pregão eletrônico apresentou. 4 A fundamentação apresentada para anular o certame está mais que exteriorizada na CI GILIC/SP - Licitação citada no item 1 acima e muito menos a que se falar em manter o resultado do Pregão eletrônico nº 067/ como quer a recorrente. 5 A recorrente que ser passar por vitima, salientando que atendeu as exigências do edital e aos os tramites do certame. 5.1 O que a recorrente esquece é que todas as propostas foram devidamente analisadas e classificadas na ótica de um edital defeituoso, cujo defeito só veio a ser percebido após a apresentação de expediente recursal, cuja peça trouxe motivação para um fato superveniente o que conseqüentemente denotou vício grave no certame. 5.2 Caso a CAIXA não atentasse ao enunciado na peça recursal, a propósito foi graças ao recurso que foi detectado o vício, estaríamos contratando um objeto defeituoso e que por ventura desencadearia uma série de pleitos judiciais a CAIXA, o que seria totalmente danoso a Administração. 5.3 Assim, por ser um fato superveniente, a Administração tem por obrigação de verificar se tal ação é relevante ou não, o que é o caso deste Pregão Eletrônico, cuja ocorrência é grave sim. (g.n) 5.4 Sobre isto o Prof. Marçal Justen Filho menciona em sua obra "Comentários à Lei de Licitações e contratos Administrativos" - 11ª edição - Ed. Dialética - pág "2.1) Revogação e fato novo Ao determinar a instauração da licitação a Administração realiza juízo de conveniência acerca do futuro contrato. Esse juízo é confirmado quando da elaboração e aprovação do ato convocatório. No momento final da licitação, após apurada a classificação, exercita-se novo juízo de conveniência. Não se trata, porém, do mesmo juízo. Exercita-se sobre supostos fáticos distintos. Vale dizer, a Lei reconhece um condicionamento à revogação. A Administração pode desfazer seus próprios atos, a qualquer tempo, tendo em vista avaliação de sua inconveniência. Tendo concluído que o ato é

3 CI GILIC/SP Licitação / fls. 3/4 conveniente e determinado sua prática ou manutenção, a Administração se vincula a essa decisão. Poderá revê-la desde que existam circunstâncias novas, inexistentes ou desconhecidas à época. Logo, não se admite que a Administração julgue, posteriormente, que era inconveniente precisamente a mesma situação que fora reputada conveniente em momento pretérito. Nesse sentido, a Lei determina que a revogação dependerá da ocorrência de "fato superveniente devidamente comprovado". Isso indica a inviabilidade de renovação do mesmo juízo de conveniência exteriorizado anteriormente. Em termos práticos, significa uma restrição à liberdade da Administração, criando uma espécie de preclusão administrativa. Uma vez exercitada determinada competência discricionária, a Administração não pode rever o ato, senão quando surgissem fatos novos. (...) (...) A revogação pode ser praticada a qualquer tempo. Cabe modificar afirmativa contida em edições anteriores, acerca da revogação posterior ao encerramento da licitação, quando já adjudicado o objeto ao licitante considerado vencedor. Ao contrário do que defendera anteriormente, deve reconhecer-ser competência para revogação a qualquer tempo, respeitados limites insuperáveis. O juízo de conveniência, exercitado por ocasião da homologação, não pode ser renovado posteriormente. Porém, o surgimento de fatos novos poderá autorizar avaliação acerca da conveniência da manutenção dos efeitos da licitação. Diante de fato novo e não obstante a existência de adjudicação do objeto a um particular, a Administração tem o poder de revogação. Poderá revogar a adjudicação e a homologação anteriores, evidenciando que a nova situação fática tornou inconveniente ao interesse coletivo ou supra-individual a manutenção do ato administrativo anterior". (grafamos) Podemos observar no mencionado pelo Prof. Marçal Justen, que a anulação pode ser praticada a qualquer tempo, ou seja, mesmo quando o objeto já tenha sido adjudicado, o que não foi o presente caso, pois em nenhum momento como pode ser verificado na Ata nº 188/2009 (fls a 2047) o Pregoeiro se quer mencionou que o objeto estava adjudicado a licitante "Albatroz Segurança e Vigilância Ltda." Mesmo que tivesse sido adjudicado, A CAIXA tem e teria por obrigação de rever seus atos depois de evidenciado um vício. Assim a Administração, como bem frisa o Marçal Justen tem o poder de revogar (em nosso caso anular) o certame quando evidenciado uma situação fática que tornou inconveniente ao interesse da administração ou público. 5.3 Sobre esse mesmo assunto o mestre Prof. Dr. Hely Lopes Meirelles em sua obra "Licitação e contrato Administrativo" - 7ª edição Atualizada- Editora Revistas dos Tribunais, pág. 134/135 diz: "A licitação, como procedimento administrativo, é suscetível de anulação e revogação.. (...) A competência para anular ou revogar é, em princípio, da autoridade superior que autorizou ou determinou a realização da licitação, mas tratando-se de julgamento, a Comissão que proferiu poderá anulá-lo no recurso próprio, ao reexaminar sua decisão. Anulando ou revogando a licitação, o Poder Público estará exercitando a sua faculdade de corrigir os próprios atos, quando eivados de ilegalidade ou carentes de utilidades para o serviço público. O que a Administração não pode é invalidar licitação sem justa causa, para favorecer ou prejudicar licitante. Se assim agir praticará ato nulo por excesso ou abuso de poder, com todos os consectários desse desvio de finalidade.

4 CI GILIC/SP Licitação / fls. 4/ O Prof. Hely Lopes Meirelles, cita ainda, na pág. 135: "É de assinalar ainda que a revogação é privativa da Administração por basear-se em motivos de oportunidade ou conveniência do serviço público, ao passo que a anulação tanto pode ser feita pela Administração como pelo Poder Judiciário, por assentar em ilegalidade no procedimento licitatório Podemos também concluir pelo enunciado acima pelo Prof. Hely Lopes Meirelles, que se a Administração não anular o Poder Judiciário poderá fazê-lo quando verificado uma ilegalidade. 5.4 Para ser claro, quando da análise da peça recursal apresentada pela empresa "Capital Serviços de Vigilância e segurança Ltda.", o pregoeiro mencionou claramente que não tinha competência para julgá-la procedente ou improcedente, como segue: Se julgasse pela procedência do recurso quem de fato deveria ser declarada vencedora do certame seria justamente a empresa "Capital Serviços de Vigilância e Segurança Ltda." por ter sido a única a apresentar e ofertar uma proposta condizente, sendo a licitante "Albatroz Segurança Vigilância Ltda." desclassificada justamente, por apresentar uma proposta com o vício detectado após a análise da peça recursal E se julgasse pela improcedência, a licitante "Albatroz" seria declarada vencedora, uma vez atendeu todas as exigências do edital (vicioso), assim como as demais licitantes que atenderam aquelas especificações, com exceção da "Capital Segurança". 5.5 Portanto, como podemos muito bem observar nos subitens acima, o pregoeiro não teria parâmetro para julgar a peça recursal da "Capital" procedente ou improcedente, considerando que o edital tinha um vício, fazendo com que as licitantes ofertassem suas propostas o valor para o posto de "Vigilante Monitor" e não para "Operador de Monitoramento" posto de fato que a RESEG/SP pretendia contratar. (destaco). 6 Também não há que se falar em efetuar o decréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) visando excluir aquele posto viciado no edital e que foi licitado indevidamente, como pretende a Recorrente "Albatroz Segurança e Vigilância Ltda." e seu recurso contra anulação do presente pregão eletrônico, pois estaríamos efetuando uma contratação alterando o teor do edital, bem como prejudicando as demais licitantes, que com certeza tomariam conhecimento do fato e ingressariam com medida judicial visando à anulação da contratação e do certame pois tomaram conhecimento do fato que o edital tinha um vício e que todas as propostas foram analisadas com base naquele edital. 6 Pelo exposto, as alegações apresentadas pela recorrente contra a ANULAÇÃO do certame não merecem prosperar, uma vez que a administração constatou um vício e esse vício trouxe prejuízos, a todas licitantes participantes do certame, mas principalmente traria sérios prejuízos a CAIXA, caso mantivesse a decisão do Pregão Eletrônico. 6.1 A que ressaltar ainda que o próprio gestor demandante, no subitem 1.4 de sua msg. às fls. 2065, solicitou a ANULAÇÃO do pleito, além do mais no subitem 1.5 a RESEG/SP menciona que o Anexo I - Termo de referência sofrerá retificação e conseqüentemente no edital. 6.1 Assim nos termos do art. 109 da Lei 8.666/93 submetemos o presente a essa autoridade superior. Tadeu Landin de Castro Pregoeiro GILIC/SP Licitação

5 De acordo São Paulo, 22 OUT Joilce Meira Guerra Gerente de Serviços GILIC/SP - Licitação De acordo Considerando os motivos elencados na presente CI GILIC/SP - Licitação /2009, ratifico os entendimentos apresentados quando da ANULAÇÃO do presente Pregão Eletrônico nº 067/ , constantes na CI GILIC/SP /2009, negando provimento ao presente recurso apresentado pela empresa "Albatroz Segurança e Vigilância Ltda." contra a anulação do presente certame. São Paulo, 22 OUT 09. Emerson Alves Pinto Gerente de Filial GILIC/SP